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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA

DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL “V” DE SÃO MIGUEL


PAULISTA DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP

MARIA LINDINALVA DE OLIVEIRA PINTO,


brasileira, casada, saladeira, portadora da cédula de identidade RG nº
15.352.720-1, inscrita no CPF nº 086.048.528-59, residente e domiciliada na Rua
Teodósio de Araújo , 92, São Paulo/SP, CEP: 08051-610 e LUIZ ANTÔNIO
PEREIRA PINTO, brasileiro, casado, demais dados desconhecidos,
representada por sua advogada que a esta subscreve, pertencente ao NÚCLEO
DE PRÁTICA JURÍDICA DA ESCOLA PAULISTA DE DIREITO - EPD,
sendo o escritório sediado na Avenida Liberdade, nº 956, Liberdade, São
Paulo/SP – CEP: 01502-001. Para onde desde já requer que sejam enviadas
todas as notificações e intimações processuais, vem respeitosamente perante
Vossa Excelência, com fundamento no que dispõe os artigos 319, e artigo 24 e
seguintes da Lei 6.515/77, com as alterações EC n° 66/2010, artigo 226 da
CF/88, propor a presente:

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
pelos motivos fáticos e jurídicos que, articuladamente, passam a expor:

I - DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Os requerentes pleiteiam pelos benefícios da Justiça


Gratuita assegurados pela Constituição Federal, artigo 05 º, LXXIV e artigo 98
do Código de Processo Civil, tendo em vista que, conforme os documentos
juntados, acompanhados do Estudo Sócio Econômico e Parecer Social expedido
pelo Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Cruzeiro do Sul, assinado pela
respectiva assistente social, credenciada ao Conselho Regional de Serviço Social
de São Paulo 9º Região, dão conta de que os assistidos se enquadra nos
respectivos critérios para deferimento do benefício da justiça gratuita, visto que
não possuem condições financeiras de arcar com as custas do processo sem
prejuízo do seu sustento próprio e de sua família.

Esse é o posicionamento da jurisprudência:

“Agravo de Instrumento. Decisão recorrida denegou à agravante, os


benefícios da Justiça Gratuita. – Irresignação - O juiz só pode indeferir
o pedido de concessão da benesse, se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão.
Inteligência do artigo 99, §2º, NCPC. No caso sub judice, há nos autos
prova de que a autora não possui condições financeiras para arcar com
custas do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família. Demais
disso, a mera constituição de advogado não permite, por si só, como,
aliás, dá conta o art. 99, § 4º., do CPC, inferir que a parte não faça jus
à gratuidade judiciária. Por fim, segundo o § 3º., do art. 99, do NCPC,
presume-se verdadeira a alegação de hipossuficiência econômica
deduzida exclusivamente por pessoa natural, caso dos autos. Destarte,
o deferimento da benesse é medida que se impõe. Recurso provido.

1 TJSP; Agravo de Instrumento 2179695-50.2018.8.26.0000;


Relator (a): Neto Barbosa Ferreira; Órgão Julgador: 29ª Câmara
de Direito Privado; Foro de São Sebastião - 2ª V.CÍVEL; Data
do Julgamento: 05/02/2019; Data de Registro: 05/02/2019”.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
II- DOS FATOS

Os Requerentes se casaram no dia 22/09/1984, sob o


Regime da Comunhão Parcial de Bens, conforme Certidão de Casamento
lavrada perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelião de
Notas do Distrito de Mooca, fls. 16 vº, no livro B-06, sob o nº 148, devidamente
juntada nos presentes autos.

III - DA RUPTURA DA UNIÃO CONJUGAL

O casal encontra-se separado de fato há mais de 27 (vinte


e sete) anos, não havendo possibilidade de reconciliação, razão em que
procuram a tutela jurisdicional para a decretação de seu divórcio.

IV– DOS ALIMENTOS ENTRE OS CÔNJUGES

Os Requerentes não pleiteiam e não ofertam alimentos


entre si, por possuírem meios próprios de subsistência, conforme determina o
artigo 1.707 do Código Civil Brasileiro.

V – DOS FILHOS

Da união adveio o nascimento de uma filha, hoje maior e


capaz;

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
VI– DA PARTILHA DOS BENS

Os Requerentes declaram que não adquiriram bens na


constância do casamento, assim, não há qualquer bem a partilhar.

VII– DA ALTERAÇÃO DO NOME

A requerente voltará a usar ao nome de solteira, qual seja:


MARIA LINDINALVA DE OLIVEIRA.

VIII – DO DIREITO

O divórcio põe fim ao casamento e aos efeitos civis do


casamento religioso, conforme dispõe o artigo 24 da lei nº 6. 515/77, senão
vejamos:

“Art. 24. O divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis


do matrimônio religioso.”

O artigo 226,§ 6º, da Constituição Federal dispõe que:

“Art. 226 A família, base da sociedade, tem especial proteção


do Estado”.

(...)§ “6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo


divorcio.”.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
Destarte, patente está o direito dos Requerentes em
divorciarem-se, uma vez que o direito dispensa maiores formalidades e
exigências legais para que o presente divórcio seja decretado.

IX – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Nos termos do artigo 334 do Código de Processo Civil, os


Requerentes informam que NÃO possuem interesse na designação de
Audiência de Conciliação.

X–DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante todo o exposto, requerem a Vossa Excelência:

a) A procedência do pedido, decretando o divórcio do


casal, nos termos propostos, para que produza todos os seus efeitos jurídicos
propiciando aos Requerentes a condição de divorciados;

b) Que seja expedido o mandado de averbação à


margem do perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelião
de Notas do Distrito de Mooca, fls. 16 vº, no livro B-06, sob o nº 148,
devidamente juntada nos presentes autos.

c) A concessão dos benefícios da Assistência Judiciária


Gratuita aos Requerentes, nos termos do artigo 98 do Código de Processo civil,
declarando para tal, serem pessoas pobres na acepção jurídica do termo,
conforme declarações que ora se anexa, visto que os mesmos não reúnem
condições momentâneas para arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo próprio de seu sustento.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
d) A desistência do prazo recursal para que seja
imediatamente certificado o trânsito em julgado da sentença que decretou o
divórcio do casal;
e) Os requerentes informam que não possuem interesse
na designação de audiência de conciliação, conforme disposto no artigo 339, I,
do Código de Processo Civil;

f) Requer a contagem em dobro para todas as


manifestações processuais, nos termos do art. 186, §3o do Novo Código de
Processo Civil, que entendeu referido benefício aos escritórios de prática
jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei;

g) Com fundamento no disposto no artigo 272,§5º


do Novo Código de Processo Civil , requer, sob pena de nulidade, que todas as
notificações, intimações e publicações sejam realizadas em nome dos
advogados WELINGTON CASTILHO GARCIA, inscrito na OAB/SP sob o n°
290.014, MARIÂNGELA DE JESUS PURCINO, OAB/SP 446.375 e DOUGLAS
DA SILVA BRAGA, OAB/SP 407.699.

XIV – DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa o valor de R$ 1.212,00 (mil


duzentos e doze reais) para efeitos meramente fiscais e de custas.

Termos em que

Pedem deferimento.

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
São Paulo, 07 de abril de 2022.

MARIÂNGELA DE JESUS PURCINO

OAB/SP 446.375

EDUARDO GARCIA FERREIRA

ACADÊMICO DE DIREITO RGM: 23432551

VITORIA ELISIA GOMES DE MATOS

ACADÊMICA DE DIREITO RGM: 26566745

DE ACORDO:

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.
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MARIA LINDINALVA DE OLIVEIRA PINTO

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LUIZ ANTÔNIO PEREIRA PINTO

Recredenciada pela Portaria Ministerial nº 644 de 18/05/2012, DOU nº 97 de 21/05/2012, seção 1, p. 13.

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