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Advocacia e Consultoria Jurídica Rimi

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ____ ª. DE FAMÍLIA E


SUCESSÕES DA COMARCA DE GUARULHOS/SP.

ANA PAULA RIBEIRO MARTINS, brasileira, maior,


casado, nascido em 15-08-1988, assessora, portadora da Cédula de Identidade RG
nº. 45.580.354-7-SSP/SP, CPF/MF sob o nº. 362.516.718-23, filha Maria das Dores
Ribeiro Rocha, endereço eletrônico: anapaulapaulete16@gmail.com, e

EDVAN FRANCISCO MARTINS, brasileiro, maior, casado,


desempregado, nascido em 02-12-1981, portador da cédula de identidade RG nº.
33.021.734 - SSP/SP, CPF/MF sob o nº. 303.433.288-28, filho de Tereza Sabina da
Silva Martins, endereço eletrônico desconhecido nesta oportunidade, residente e
domiciliado na Viela Taquaritinga do Norte, nº 77, Jardim Cumbica, Guarulhos, SP,
Cep: 07240-001, ambos através da advogada e bastante procuradora, com escritório
profissional localizado na Rua José Maurício, nº. 24, sala 02, Centro, Guarulhos, SP,
Cep: 07011-060, Tel.: (11) 4969-1958, Cel.: (11) 9-6507-8866, endereço eletrônico:
rimirosi@hotmail.com, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência
propor a presente

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

nos termos do artigo 226, § 6º da Constituição Federal, alterado pela Emenda


Constitucional 66/2010, c/c com o artigo 1571, inciso IV do CC c/c com os artigos
1120 à 1124 todos do CPC, pelos fatos e motivos que passa a expor:
DA PRELIMINAR DE CONCESSÃO DAS BENESSES DA JUSTIÇA GRATUITA:

Os requerentes atualmente passam por uma séria e


enorme crise financeira, assim como a maior parte da população mundial, razão pela
qual declaram que não reúnem condições econômicas de arcar com o pagamento
das custas e despesas processuais, sem causar prejuízos à subsistência e à família,
razão pela qual protestam pela concessão dos benefícios da Justiça Gratuita,
conforme preconiza o art. 5º LXXIV da CF, cumulada com o disposto no artigo 4º. da
Lei 1060/50.

Vale ressaltar que os requerentes são pessoas honestas


e responsáveis, razão pela qual fazem absoluta questão de informar a esse Douto
Juízo, de que vem bater na porta do Poder Judiciário, com intenção de requerer as
benesses da justiça gratuita por necessidade, pois se houvesse qualquer
possibilidade em sentido contrário, os mesmos já a teriam usado.

Assim por questão de analogia, podemos ainda constatar


que geralmente tem sido sensata, a resposta do Poder Judiciário ao conceder os
benefícios da justiça gratuita aos pares dos requerentes.

Sendo que se consubstancia no fato de que, também


aqueles que possuem bens imóveis, ou um automóvel, ou mesmo um bem qualquer,
também está sujeito às mazelas econômicas e financeiras.

Destarte, esse posicionamento merece aplausos, aquele


firmado pelos tribunais pátrios, quando reconhecem o direito à justiça gratuita a todo
aquele que se declare impossibilitado de arcar com as custas judiciais, independente
de possuir, ou não, algum bem móvel ou imóvel, conforme o caminho foi trilhado
pela Lei nº. 1.060/50, em seu artigo 4º:

"A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,


mediante simples afirmação, na própria petição inicial,
de que não está em condições de pagar as custas do
processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou de sua família”.

Todavia, uma vez comprovada a insuficiência de recursos


dos requerentes, para o pagamento de custas e honorários, deve ser deferido o
pedido da justiça gratuita, por se medida da mais lídima e inteira Justiça!

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Entretanto, caso não seja esse o entendimento deste D.
Juízo, o sinceramente não esperamos de forma nenhuma, protestam os requerentes
pela concessão de prazo legal, para o pagamento e a comprovação do pagamento
das custas processuais devidas ao final da demanda, após a publicação no DOE, por
ser medida de economia e celeridade processual.

DA PRELIMINAR DE NÃO INDEFERIMENTO:

Lado outro os requerentes são pessoas economicamente


hipossuficientes e juridicamente vulneráveis, nos termos do artigo 319, II do CPC.

Não obstante, de acordo com o disposto nos § 2º e 3º do


art. 319 do CPC, tais informações não podem ensejar a emenda, tampouco o
indeferimento da inicial, sob pena de se restar configurado intransponível óbice ao
acesso à justiça.

DA PRELIMINAR DE TRAMITAÇÃO DO FEITO SOB SEGREDO DE JUSTIÇA:

Oportuno esclarecer que a presente demanda versará


sobre direitos particulares, assim sendo, para preservar a intimidade das partes
envolvidas e eventuais riscos de constrangimentos desnecessários, que em nada
contribuiriam para o deslinde do feito, as requerentes requerem o seu prosseguimento
em segredo de justiça, nos termos do artigo 189, inciso II, do CPC, conforme abaixo
transcrito:

“Institui o Código de Processo Civil.


Art. 189. Os atos processuais são públicos. Correm,
todavia, em segredo de justiça os processos:
II - que dizem respeito a casamento, filiação, desquite,
separação de corpos, alimentos e guarda de menores”.

Assim sendo, se faz absolutamente necessário a


realização de tarja nos autos do processo em epígrafe, com a finalidade de manter-se
acesso apenas para as partes envolvidas e operadores do direito devidamente
habilitados, nos termos da Lei, se for do entendimento deste D. Juízo.

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DA REALIZAÇÃO PRÉVIA DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO POR
VIDEOCONFERÊNCIA:

Com fulcro no artigo 319, VII, do CPC é requerida a


realização de todos os atos e prévia de audiência de conciliação a ser realizada na
modalidade de videoconferência, com a finalidade de celeridade processual, como
também, uma resolução pacífica entre as partes, se for da vontade deste D. Juizo.

DOS FATOS:

Os requerentes se casaram em 24-03-2012, conforme


atesta a matricula número 115212 01 55 2012 2 00038 010 0011034 87, lavrado pelo
Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do 2º.
Subdistrito Município e Comarca de Guarulhos/SP.

O casamento foi realizado pelo regime de comunhão


parcial de bens, conforme atesta e respectiva certidão de casamento ora juntada nos
autos.

Lado outro, os requerentes declaram que não foi


constituído patrimônio durante a constância do casamento a ser partilhado.

Do convívio matrimonial nasceram 03 (três) filhos


menores de idade, a saber:

1- EMYLLEN RIBEIRO MARTINS, brasileira, menor impúbere, nascida em 09-05-


2007, atualmente com 16 (dezesseis) anos de idade, portadora da cédula de
identidade RG nº. 52.462.480-X-SSP/SP, devidamente inscrita no CPF/MF sob o
nº. 434.326.528-52, conforme documento ora acostado nos autos.

2- EVELLYN RIBEIRO MARTINS, brasileira, menor impúbere, nascida em 09-05-


2007, atualmente com 16 (dezesseis) anos de idade, portadora cédula de
identidade RG nº. 52.462.098-2-SSP/SP, devidamente inscrita no CPF/MF sob o
nº. 434.326.538-24, conforme documento ora acostado nos autos.

3- GUILHERME RIBEIRO MARTINS, brasileiro, menor impúbere, nascido em 12-


06-2013, atualmente com 10 (dez) anos de idade, portador da cédula de

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identidade RG nº. 59.444.291-6-SSP/SP devidamente inscrito no CPF/MF sob o
nº. 559.530.718-84, conforme documento ora acostado nos autos.

A guarda dos filhos menores de idade permanecerá com


a genitora, como de fato já vem ocorrendo desde a separação de fato do casal.

Nesse primeiro momento as partes de comum acordo


estabeleceram que os filhos menores de idade poderão ser retirados quinzenalmente
para pernoitar na companhia do genitor no sábado às 09h00 e deverá retornar para
a residência da genitora no domingo à noite até às 19h00.

Tal rotina de horários visa única e exclusivamente não


prejudicar a dinâmica escolar dos filhos menores de idade.

Contudo, os menores passarão o dia dos pais com o


genitor enquanto que o dia das mães deverá permanecer com a genitora, natal
permanecerá com a genitora enquanto que o ano novo com o genitor e no ano
seguinte essa ordem deverá ser invertida, assim como todos os feriados do
calendário iniciando-se com a permanência do menor com a genitora.

O dia das crianças os filhos menores deverão


permanecer com a genitora enquanto que no ano seguinte ficará com o genitor, os
15 primeiros dias das férias escolares com a genitora e os 15 dias subseqüentes
com o genitor e no ano subsequente essa ordem deverá ser invertida, desde que
não essa retirada não traga nenhum prejuízo para a educação dos filhos menores.

O aniversário da genitora os menores passarão em sua


companhia, assim como o aniversário do genitor em sua companhia, o aniversário do
menor no primeiro ano com a genitora e o segundo ano com o genitor e assim
alternada e sucessivamente.

Podendo ser alterada de acordo com a vontade dos


menores que já consegue expressar o desejo de permanecer mais tempo com o
genitor ou com a genitora, sem qualquer intervenção e/ou restrição das partes.

As partes de comum acordo estabelecem que o genitor


pagará aos seus filhos menores a pensão alimentícia no importe de 1/3 dos seus
rendimentos líquidos em caso de labor com vínculo empregatício, inclusive a
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homologação desse acordo deve ser encaminha ao RH da sua empregadora para a
que mesma providencie o repassa das parcelas alimentares diretamente para
requerente.

Em caso de labor sem vínculo, trabalho autônomo e/ou


desemprego, o requerente pagará a titulo de pensão alimentícia para seus filhos o
equivalente a 50% do salário mínimo nacional vigente.

As parcelas alimentares serão pagas diretamente à


genitora do menor mediante apresentação de recibo simples e/ou através da
indicação de movimentação bancária indicada pela mesma, sendo certo que os
comprovantes bancários servirão de recibos de quitação das parcelas alimentares,
todos os dias 10 de cada mês.

Os requerentes, por terem meios próprios de


sobrevivência, dispensam reciprocamente o pagamento da pensão alimentícia.

A primeira requerente voltara a usar o nome de solteira:


ANA PAULA RIBEIRO ROCHA.

Em vista ao divórcio consensual, não deve ser imputada


culpa de parte à parte.

DOS PEDIDOS:

Dessa forma, não havendo possibilidade de manterem a


vida em comum, senão a de pleitear em Juízo que seja decretada por r. Sentença
Judicial, o DIVÓRCIO CONSENSUAL DO CASAL, pondo fim a sociedade conjugal,
uma vez que já encontram-se separados de fato.

Isto posto, requerem à Vossa Excelência, após a


manifestação do Doutor representante do Ministério Público, se assim desejar, que
os ouçam sobre os fatos alegados neste pedido e que seja HOMOLOGADO POR
SENTENÇA O PEDIDO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL, determinando a expedição
de mandado de averbação e ofício ao competente cartório de Registro Civil,
conforme informado.

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DAS PROVAS:

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova


em direito admitidas, em especial pela juntada de documentos, oitiva de
testemunhas, depoimentos pessoais, exames, perícias e outras provas que se
fizerem necessárias e requeridas, e desde já consignadas na forma da lei, caso haja
necessidade

DAS NOTIFICAÇÕES E/OU INTIMAÇÕES:

Por fim, os requerentes protestam para que as eventuais


e futuras notificações e/ou intimações sejam publicadas em nome da advogada
outorgada nos Instrumentos de Procurações “Ad-Judicia” APARECIDA ROSI RIMI
devidamente inscrita na OAB/SP 292.978, com escritório profissional localizado na
Rua José Maurício, nº. 24, Sala 02, Centro, Guarulhos, SP, Cep.: 07011-060, Tel.:
4969-1958, Cel.: (11) 9-6507-8866, endereço eletrônico: rimirosi@hotmail.com, sob
pena de nulidade processual.

DO VALOR DA CAUSA:

Dá-se a causa o valor da causa de R$. 1.000,00 (um mil


reais), para efeitos de alçada, ante ao pleito de concessão das benesses da justiça
gratuita ora pretendida.

Termos em que.,
Pede deferimento
Guarulhos, 7 de outubro de 2023.

____________________________________________.
APARECIDA ROSI RIMI.
OAB/SP 292978.

__________________________________. _______________________________.
ANA PAULA RIBEIRO MARTINS. EDVAN FRANCISCO MARTINS.
Primeira requerente. Segundo requerente.

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