Você está na página 1de 5

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ª VARA DE

FAMÍLIA DO TERMO JUDICIÁRIO DE SÃO LUÍS, DA COMARCA DA ILHA DE


SÃO LUÍS.

Assistência Judiciária Gratuita (Artigos 98 e 99, do CPC).

Prazo em dobro (Artigo 186, § 3º, do CPC).

FRANCISCO AGENIRO ANDRADE JUNIOR , brasileiro, casado, vigilante , inscrito


no RG nº 0190819020012 e CPF nº 007.415.943-74, Nascido em 05/04/1994,
Telefones: (98) 982268339, residente e domiciliada na Rua 5 N° 30 b, Bairro: Vila
Magril , , CEP. 65010000 São Luís/MA, E TAISSA COSTA AGUIAR, brasileira,
casada, dona do lar, inscrito no RG nº 04391997 e CPF nº 609987003-20, nascido
em 27/11/1995, residente e domiciliada na Rua 5 N° 30 b, Bairro: Vila Magril , ,
CEP. 65010000 São Luís/MA, CEP. 65.010-000 São Luís/MA, por intermédio de
seus Procuradores e estagiário ao final assinados, do Escritório-Escola “Prof.
Expedito Alves de Melo”, vinculado ao Núcleo de Prática Jurídica Santa
Terezinha-CEST, localizado à Avenida Casemiro Junior, nº 260, Anil, nesta
cidade e comarca, vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro no Art. 226,
§6°, da CRFB/88, ajuizar a presente.
:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA

do menor, MANOEL DA CONCEIÇÃO PINHEIRO NETO, em face de, HILMAR


BATISTA SOUZA PINHEIRO, brasileiro, solteiro, pedreiro, RG nº 031425082006-2
e CPF nº 037181003-55, sem endereço eletrônico, Telefone: (98) 989208442,
residente e domiciliada na Rua Santa Rita, nº 06, quadra 17, Vila Pavão Filho, nesta
capital, CEP 65058-618, pelas razões de fato e de direito passa a expor:

1- DA JUSTIÇA GRATUITA

Considerando que a Requerente não possui condições de arcar com as


despesas referentes às custas processuais, honorários advocatícios e demais
encargos legais, sem prejuízo do próprio sustento, assim como de sua família,
requer a Vossa Excelência, com base no arts. 98 e 99, do CPC, que sejam deferidos
os benefícios da assistência judiciária gratuita, visto que é declarada através do
atestado de hipossuficiente nos termos da lei.

2- DOS FATOS

A Requerente é a avó materna do menor, de quem vem requerer a


regularização da sua guarda, porque desde o falecimento de sua genitora, no dia 03
de setembro de 2011, conforme comprova a certidão de óbito anexo, tem cuidado do
neto, MANOEL DA CONCEIÇÃO PINHEIRO NETO, de 07 anos.

O casal, HILMAR BATISTA SOUZA PINHEIRO e ROSINETE FERREIRA


DE SOUSA, conviveu por cerca de 2 anos, separados somente quando a esposa
veio a óbito.

O pai do menor, sempre presente, tem contribuído de forma satisfatória


com os alimentos da criança, também concorda com a guarda pela requerente,
como constata declaração anexa.

Cumpre salientar que a Requerente é pessoa íntegra, vive em um


ambiente familiar saudável, estando a criança perfeitamente adaptada à
convivência com a Requerente, seu esposo e o irmão por parte de mãe. O menor,
MANOEL DA CONCEIÇÃO PINHEIRO NETO, convive com os avós e o irmão e
está regularmente matriculado e frequentando a escola.
A Requerente tem a guarda e responsabilidade do menor apenas de fato
e não de direito, querendo então regularizar a situação a fim de garantir que o
mesmo tenha os cuidados necessários e suficientes ao seu bem-estar.

3-DO DIREITO

A Guarda Compartilhada obrigatória é a regra hoje no Brasil, devido


ao comando imperativo dos Art. 1.583, § 2º e Art. 1.584, § 2º - Código Civil, com
nova redação inserida pela Lei nº 13.058/2014. Sendo que, a Guarda Unilateral só
será aceita quando um dos genitores declarar em juízo que não pretende a guarda
compartilhado do menor.
Longos debates foram feitos no Congresso Nacional até chegar a
esse dispositivo legal, tendo em vista que, três quartos da população carcerária são
oriundos de filhos criados sem a presença do pai-genitor. Sem falar nas
complicações psicossociais que o menor enfrentará, inclusive, algumas
enveredando pelo suicídio, amplamente divulga na literatura Psicológica.
Quem não demonstra maturidade para lidar com as situações da
vida, também não terá de cuidar e educar um menor em formação. A aversão a
Guarda Compartilhada é razão suficiente para a inversão da guarda unilateral de
fato, além de ser uma forma de Alienação Parental. A sociedade, o menor e o
genitor não podem ser reféns de sentimentos de vinganças, ciúmes, desprezo e
medo de perder a guarda.
Desta forma, nunca podemos confundir direito de convivência ou
visitas com guarda compartilhada, esta última, segundo comando legal trata com
isonomia tanto o genitor quanto a genitora, vejamos;

Art. 1.583, § 2º. Na guarda


compartilhada, o tempo de convívio
com os filhos deve ser dividido de
forma equilibrada com a mãe e com o
pai, sempre tendo em vista as
condições fáticas e os interesses dos
filhos.
Art. 1.584. § 2º. Quando
não houver acordo entre a mãe e o
pai quanto à guarda do filho,
encontrando-se ambos os genitores
aptos a exercer o poder familiar, será
aplicada a guarda compartilhada,
salvo se um dos genitores declarar ao
magistrado que não deseja a guarda do
menor. (grifos nossos).

4-DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se:

a) Os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos dos arts. 98 e 99, do Código


de Processo Civil;

b) A intimação do Ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito;

c) Requer que seja concedido o PRAZO EM DOBRO para todas as manifestações


processuais de acordo com o artigo 186, § 3º, do CPC;
d) A citação do requerido para responder, querendo, aos termos da presente ação;
e) A realização do estudo social do caso, a ser feito por profissionais
especializados;

f) A designação de audiência para a oitiva da Requerente e de testemunhas


arroladas;

g) Que seja determinado, em termos inequívocos na sentença, Guarda


Compartilhada Obrigatória, atendendo ao comando imperativo do Art. 1.583, § 2º e
Art. 1.584, § 2º - Código Civil, com nova redação inserida pela Lei nº 13.058/2014,
salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a Guarda
Compartilhada do menor.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em


direito, especialmente pelo protesto pessoal da Requerida, oitiva de testemunhas e
juntada de outros documentos.

Dá-se à causa de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais),


para todos os efeitos legais.

Termos em que,

Pede deferimento.

São Luís, 26 de junho de 2018.

WELLIGTON FONTENELE CUNHA JÚNIOR


OAB/MA 10.610

FABIANA DE OLIVEIRA GOMES


Estagiária

Você também pode gostar