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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA ÚNICA DE SUCESSÕES E

FAMÍLIA DA COMARCA DE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.


AÇÃO DE ADOÇÃO C/C GUARDA LIMINAR
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileira, casada, o lar, RG. Nº 00000000000000000 SSPDS/CE,
inscrito no CPF sob 0000000000000e xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, casado,
xxxxx, RG. Nº 000000 SSP/CE, inscrito no CPF sob n.º 000000000, ambos residentes e
domiciliados na Rua xxxxxxxxxx, nº 000, bairro xxxxx na cidade de xxxxxxxxx, Estado
xxxxxxx CEP 0000000, com endereço eletrô nico e telefone para contato: (000000000,
representados neste ato pela xxxxxxxxxxxxxx infra-assinada, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 000 e. Do xxxxxxxxxxxxx - Lei
n.º 000000 propor a presente AÇÃ O DE ADOÇÃO C/C GUARDA LIMINAR de xxxxxxxxxx,
brasileira, menor impú bere, residente e domiciliada à Rua xxxxxxxx, nº 000, bairro xxxxxxx,
na cidade de xxxxxxxxxxxxxxxx, Estado xxxx CEP 000000,, pelos motivos de fato e de
direito a seguir aduzidos:
DAGRATUIDADEDAJUSTIÇA
Os autores requerem, inicialmente, os benefícios da Justiça Gratuita por serem pobres na
forma da Lei, conforme declaraçõ es de hipossuficiências em anexo. Nã o dispondo de
numerá rio suficiente para arcar com taxas, emolumentos, depó sitos judiciais, custas,
honorá rios ou quaisquer outras cobranças dessa natureza sem prejuízo de sua pró pria
subsistência e de sua família, os suplicantes requerem a assistência da Defensoria Pú blica
com fulcro na Lei nº 1.060/50, acrescida das alteraçõ es estabelecidas pela Lei nº 7.115/83,
tudo consoante com o art. 5º, LXXIV, da Constituiçã o Federal. Bem como, consoante o art.
98, §§ 1º e 5º do NCPC.
DASPRERROGATIVASDADEFENSORIAPÚBLICA
Por oportuno, é vá lido esclarecer que, por se tratar das partes representadas judicialmente
pela Defensoria Pú blica Geral do Estado, possuem as prerrogativas do prazo em dobro e da
intimaçã o pessoal do Defensor Pú blico afeto à presente Vara, consoante inteligência do art.
5º, caput, da Lei Complementar Estadual nº 06, de 28 de maio de 1997[1].
O pará grafo ú nico do supramencionado dispositivo legal, completa o mandamento acima
esposado, ao dispor que a atuaçã o da Defensoria Pú blica dar-se-á em juízo
independentemente de procuraçã o, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes
especiais.
DO ART. 319, II, CPC
Requer o recebimento e processamento da presente demanda ainda que nã o indicados
amiú de todos os dados pessoais das partes, assim também quanto a eventual nã o
atendimento ao inc. II do art. 319 do CPC uma vez que a obtençã o de alguns daqueles dados
é, no momento, excessivamente onerosa a (o) Autor (a), a teor do quanto autoriza o § 3º do
já mencionado artigo.
DOS FATOS
xxxxxxxxxxxxxxx
DO DIREITO
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/1990, asseguram à s crianças e
adolescentes todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, nos termos do seu
art. 3, a seguir:
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual
e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Pará grafo ú nico. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminaçã o de nascimento, situaçã o familiar, idade, sexo, raça, etnia
ou cor, religiã o ou crença, deficiência, condiçã o pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condiçã o econô mica, ambiente social, regiã o e local de moradia ou outra
condiçã o que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
No tocante aos requisitos pertinentes a concessã o da [A1] pedido de açã o da menor, o casal
requerente cumpre todos os exigidos pelo ECA, que em princípio, podem ser divididos em
subjetivos e objetivos, a saber:
“Art. 29. Nã o se deferirá colocaçã o em família substituta a pessoa que revele, por qualquer
modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou nã o ofereça ambiente familiar
adequado.”
“Art. 40. O adotando deve contar com, no maximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se ja
estiver sobre a guarda ou tutela dos adotantes.
“Art. 43. A adoçã o será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e
fundar-se em motivos legítimos.”
Os primeiros requisitos objetivos para a adoçã o sã o relativos à idade das pessoas
envolvidas e ao parentesco, natural ou civil, entre elas, sendo que o artigo 42 do ECA
estabelece as regras de forma clara:
“Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado
civil.
§ 1º. Nã o podem adotar os ascendentes e os irmã os do adotando.
§ 2º Para adoçã o conjunta, é indispensá vel que os adotantes sejam casados civilmente ou
mantenham uniã o está vel, comprovada a estabilidade da família.
§ 3º. O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
está gio de convivência tenha sido iniciado na constâ ncia do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele nã o
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessã o § 5º Nos casos do § 4º
deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a
guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 - Có digo Civil.
§ 6º A adoçã o poderá ser deferida ao adotante que, apó s inequívoca manifestaçã o de
vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.
Portanto, podemos observar que o casal requerente enquadra-se nos requisitos, sendo
maiores de 18 (dezoito) anos, possuindo mais de 16 (dezesseis) anos de diferença da
adotanda, bem como nã o possuem parentesco impeditivo. Comprovadamente possuem
idoneidade para adotar conjuntamente, pois sã o casados civilmente, o que comprovada
estabilidade familiar.
Ademais, o pró prio Estatuto autoriza a mitigaçã o do disposto no § 3 do artigo 28, uma vez
que estabelece como um dos critérios fundamentais à adoçã o e a relaçã o afetividade:
Art. 28. A colocaçã o em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoçã o,
independentemente da situaçã o jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
(...)
§ 3o Na apreciaçã o do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relaçã o de
afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.
Por fim, necessá rio destacar que os cidadã os hipossuficientes economicamente, e muitas
vezes desprovidos de informaçã o, nã o podem ser preteridos em direitos, sendo impedidos
de adotar crianças e adolescentes com quem tenham evidentes vínculos afetivos e de
afinidade, que atendam ao interesse da criança e do adolescente, em razã o de nã o ter
regulamentado legalmente a guarda fá tica existente anteriormente.
O melhor interesse da criança e do adolescente deve prevalecer à adoçã o cadastral na
hipó tese de comprovada guarda de fato exercida, que tenha desenvolvido vínculos de
afinidade e afetividade, trazendo evidentes benefícios à criança e adolescente, consoante o
disposto no art. 43, adiante:
Nã o se pode olvidar que além dos direitos fundamentais há diversos princípios
fundamentais que norteiam o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dentre eles se
encontra o princípio do melhor interesse da criança consagrado expressamente no art. 3º
da Convençã o dos Direitos da Criança.
Art. 3.1. Todas as ações relativas às crianças, levadas a efeito por autoridades
administrativas ou ó rgã os legislativos, devem considerar, primordialmente, o interesse
maior da criança.
Este princípio está relacionado ao melhor equilíbrio físico e psicoló gico, que faz prevalecer
o interesse da criança. Nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE FAMÍLIA. GUARDA. PRINCÍPIO DO MELHOR
INTERESSE DA CRIANÇA. 1. As decisõ es acerca da guarda de menores sã o SEMPRE
tomadas exclusivamente no interesse deles, levando-se em conta todos os aspectos de seu
desenvolvimento psicoló gico, moral e afetivo. 2 A modificaçã o da guarda exige
demonstraçã o de situaçã o fá tica que demanda dilaçã o probató ria, sendo assim, revela-se
mais prudente aguardar a instauraçã o do contraditó rio e a instruçã o processual na açã o
originá ria, a fim de avaliar o melhor interesse da criança. 4. Recurso conhecido e
desprovido. (TJ-DF - AGI: 20150020161479, Relator: GILBERTO PEREIRA DE
OLIVEIRA, Data de Julgamento: 09/09/2015, 3ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE: 17/09/2015. Pág.: 110).[A2]
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GUARDA PROVISÓ RIA DE MENOR CONCEDIDA AO PAI.
GUARDA DE FATO JÁ EXERCIDA. MANUTENÇÃ O DA CRIANÇA COM O PAI. 1. A GUARDA
DEVE OBSERVAR O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA, E SUA ALTERAÇÃ O DEVE
OCORRER QUANDO VERIFICADO QUE O SEU DETENTOR NÃ O ESTÁ PRESTANDO A
DEVIDA ASSISTÊ NCIA MORAL, EDUCACIONAL E MATERIAL À MENOR. 2. VERIFICADO QUE
O PAI JÁ EXERCE A GUARDA FÁ TICA DA MENOR HÁ OITO MESES, E QUE A ADOLESCENTE,
A PRINCÍPIO, PREFERE FICAR COM ELE, NÃ O SE JUSTIFICA A ALTERAÇÃ O DA GUARDA. 3.
NEGOU-SE PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (TJ-DF - AGI: 20130020149156
DF 0015766-73.2013.8.07.0000, Relator: SÉ RGIO ROCHA, Data de Julgamento:
18/09/2013, 2ª Turma Cível, Data de Publicaçã o: Publicado no DJE: 25/09/2013. Pá g.:
113)
É importante ressaltar que nã o há que se falar em consentimento dos pais, consoante art.
45, do ECA, uma vez que os mesmo sã o desconhecidos, no que se requer desde já a sua
dispensa, nos termos do § 1º do mesmo dispositivo, a seguir:
Art. 45. A adoçã o depende do consentimento dos pais ou do representante legal do
adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos
pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar.
Por fim, necessá rio registrar que os requerentes preenchem os requisitos objetivos e
subjetivos esboçados no Estatuto da Criança e do Adolescente para a adoçã o, conforme
comprovam os documentos anexados.[A3]
Em virtude do novo panorama constitucional, o Estatuto da Criança e do Adolescente
procurou aprimorar o instituto da guarda da criança e do adolescente, buscando tornar
efetivo o seu direito fundamental à convivência familiar, o que, aliá s, foi também previsto
no artigo 19 do referido diploma legal.
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitá ria,
em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
Visando a concretizaçã o dos princípios da proteçã o integral e do superior interesse, o
Estatuto levou em consideração a situação de fato vivenciada pela criança e
adolescente, conforme se extrai do § 1º do artigo 33:
Art. 33. A guarda obriga a prestaçã o de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar
ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoçã o, para
atender a situaçõ es peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsá vel, podendo
ser deferido o direito de representaçã o para a prá tica de atos determinados.
A doutrina, tecendo consideraçõ es acerca do referido dispositivo legal, demonstra a
pertinência de concessã o da guarda por simples medida provisó ria nos processos cujo
objeto é a tutela ou adoçã o da criança, de modo a regularizar a posse de fato durante o
trâ mite processual:
O Direito sempre tomou em consideraçã o certas situaçõ es de fato, levando em
consideraçã o, por este motivo, também a ‘guarda de fato’, capaz de fazer gerar alguns
efeitos jurídicos, como alguém toma a seu cargo, sem intervençã o do juiz, a criação de
educação do menor, a guarda “jurídica” a que se refere o § 1º do art. 33 destina-se a
regularizar a posse de fato. Embora o § 1º do art. 33 se refira à concessã o da guarda,
‘liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de guarda e adoçã o”, é certo que a guarda
do infante pode ser objeto de simples medida provisó ria deferida pela autoridade
judicialmente, ao ensejo de abertura de procedimento de colocaçã o em família substituta
(art. 167), antecedendo à guarda definitiva (art. 167). [A4] [2][A5] [3]
A Lei 12.010/09 criou algumas restriçõ es à adoçã o realizada fora do cadastro, porém os
princípios norteadores da Constituiçã o da Republica e da Lei 8069/90 sã o prioridade
absoluta e interesse superior da criança e do adolescente. Assim, o cadastro para
adoçã o nã o é princípio legal, nem constitucional.
A partir da Constituiçã o de 1988, generalizou-se a compreensã o de que a família repousa
sob o valor afeto. Tudo, afinal, começa e gira em torno da afetividade, mas isso nã o é
novidade, pois desde os romanos já se proclamava a “affection maritalis”. Assim, o que há
de novo é o reconhecimento do afeto como valor jurídico fundamental. E, tratando-se de
um sentimento, sem dú vida, é extremamente difícil sujeitar-se a uma regulamentaçã o, a
uma delimitaçã o por parte do legislador. A adoçã o “intuitu personae” é uma das figuras que
surge e se desenvolve a partir do afeto.
Inspirados nos princípios constitucionais afetos à família e à criança e adolescente, a
doutrina e jurisprudência, inclusive das cortes superiores, admitiam a adoçã o “intuitu
personae”, desde que fundadas no superior interesse da criança e no vínculo de afeto
estabelecido entre os adotantes e o adotado.
Com o avento da Lei 12.101/09 o cadastramento para o fim de adoçã o passou a ser
obrigató rio, já que, desta forma se evita que seja dada preferência anti-isonô mica a alguma
pessoa ou casal em detrimento de outros que já aguardavam por uma criança ou
adolescente para adoçã o.
Todavia, o legislador elencou hipó teses permissivas de adoçã o fora do cadastro de
postulantes. Assim, o artigo 50, § 13º disciplinou as situaçõ es em que a adoçã o pode ser
deferida a pessoa ou casal que nã o estava já previamente habilitada e inserida nos
cadastros de postulantes à adoçã o:
Art. 50. A autoridade judiciá ria manterá , em cada comarca ou foro regional, um registro de
crianças e adolescentes em condiçõ es de serem adotados e outro de pessoas interessadas
na adoçã o.
§ 13. Somente poderá ser deferida adoçã o em favor de candidato domiciliado no Brasil nã o
cadastrado previamente nos termos desta Lei quando
(...)
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3
(três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a
fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-
fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
De acordo com a doutrina e jurisprudência, tal regra deve ser mitigada, visando à
concretizaçã o do melhor interesse da criança e adolescente e a valorizaçã o dos vínculos de
afeto dos pretensos adotantes que nã o se enquadram nas hipó teses de exceçã o do prévio
cadastro.
Nesse sentido é a liçã o de Ká tia Regina Ferreira lobo Andrade Maciel:
“Considerando o posicionamento da doutrina e da jurisprudência sobre a possibilidade de
permissã o da adoçã o intuito personae, temos a esperança que esta péssima regra constante
do § 13, do art. 50, do ECA, seja mitigada, continuando a ser modalidade de adoçã o em
estudo, permitida sempre que ficar demonstrado que os adotantes já mantém vínculo
de afeto para com as crianças.” ([A6] [4]
A interpretaçã o do referido dispositivo com rol taxativo autorizador da adoçã o de pessoa
ou casal nã o cadastrado violaria frontalmente o princípio da vedaçã o ao retrocesso, posto
que tal restriçã o causaria inadmissível retrocesso ao princípio da absoluta prioridade da
criança.
Ainda no campo doutriná rio, Valter Kenji Ishida aduz com clareza:
"Acreditamos, todavia que o rol não é taxativo, mas sim exemplificativo. Existirão
outras hipóteses que excepcionalmente o juiz poderá deferir o pedido de adoção,
como na hipótese de adoção intuito personae, considerando o interesse maior da
criança ou do adolescente"
O entendimento com relaçã o à relatividade do cadastro de pretendentes em face do
superior interesse da criança e do adolescente, também está elencado na jurisprudência:
ADOÇÃ O DE MENOR. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. CADASTRO DE
ADOTANTES.A observância da ordem de preferência do cadastro de adotantes não é
absoluta. Deve ser atenuada em homenagem ao princípio do melhor interesse da
criança, sobretudo se há vínculo afetivo entre a criança e o pretendente à adoção,
ainda que esse não esteja inscrito no referido cadastro. Apelaçã o provida. (TJ-DF -
APC: 20140130116952, Relator: JAIR SOARES, Data de Julgamento: 22/04/2015, 6ª
Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 28/04/2015. Pág.: 755).
DA PERDA DO PODER FAMILIAR
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mã e que:
II - deixar o filho em abandono;
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
IV - pela adoçã o;
DO PEDIDO
Posto isto e visando à proteçã o e os interesses da menor, requer a Vossa. Excelência se
digne em:
I. Deferir da gratuidade judiciá ria integral para todos os atos processuais (cf. Artigo 98
caput e § 1º, § 5º do CPC/15);
II. Receber a presente açã o, atendendo ao disposto nos artigos 28, 39 e seguintes da Lei
8.069/90, em:
III. Determinar a elaboraçã o de estudo social na residência dos requerentes para
comprovaçã o dos fatos narrados já presente;
IV. Determinar a intimaçã o do representante do Ministério Pú blico da Comarca para
acompanhar o feito, nos termos do art. 178, n. II do NCPC;
V. Dispensar os requerentes do cadastro de pessoas interessadas na adoçã o, na forma do §
13, n. III, do art. 50 da Lei 8069/90;
VI. Julgar procedente o feito, determinando a destituiçã o do poder familiar da família
biologia, nos termos do art. 1.638, n. III c/c art. 1.635, n. IV, do CC/2002 e a sua concessã o
aos requerentes: a ADOÇÃO da menor xxxxxxxxxxxxxx;
VII. A expediçã o de mandado judicial ao Cartó rio do Registro Civil de Pessoas Naturais de
xxxxxxxxxxxxxxx com todas as prerrogativas legais previstas pela Lei 8.069/90, para a
lavratura da Certidã o de Nascimento da menor xxxxxxxxxxxxxx.
DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial
pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias sociais e psicoló gicas, e outras
que se fizerem necessá rias.
Dá a causa o valor de xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxx.
ROL DE TESTEMUNHAS

xxxxxxxxxxxxx

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