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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___a VARA CÍVEL

DA COMARCA DE IRANDUBA/AM
NomeFELIX, brasileiro, menor impú bere, portador do RG nº. 00000-00e inscrito no CPF nº
000.000.000-00, neste ato representado pela sua genitora Nome, brasileira, solteira,
desempregada, portadora da cédula de identidade RG nº 00000-00e inscrita no CPF nº
000.000.000-00, ambos residentes e domiciliados na EndereçoCEP: 00000-000, em
Iranduba/AM, por seus procuradores e advogados infra-firmados, com escritó rio
profissional no endereço citado no cabeçalho, onde recebem intimaçõ es e notificaçõ es,
vem, perante Vossa Excelência, com fundamento na Lei nº 8.742/93, Decreto nº 1.744/95 e
pela Constituiçã o Federal art. 203, propor a presente :
AÇÃ O PREVIDENCIÁ RIA DE CONCESSÃ O DE AMPARO ASSISTENCIAL A PESSOA COM
DEFICIÊ NCIA - LOAS
Em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL , na pessoa de seu
representante legal, agência localizada na EndereçoCEP: 00000-000, em Iranduba/AM, com
endereço eletrô nico: email@email.com, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos a
seguir expostos:

I - PRELIMINARMENTE
● Dos benefícios da justiça gratuita
Antes de adentrarmos no mérito da lide, o autor requer a concessã o dos benefícios da
justiça gratuita, tendo em vista que nã o possui condiçõ es financeiras de arcar com as custas
processuais, sem que ocasione prejuízo para seu sustento e de sua família, conforme
declaraçã o em anexo.
● Da Ausência de Endereço Eletrô nico do Autor
O Autor parte hipossuficiente, nã o disponibiliza de acesso ao sistema eletrô nico de
comunicaçã o. Desta forma, vem informar com base no artigo 319, § 3º, do Có digo de
Processo Civil, ser impossível tal informaçã o, haja vista que, a realidade social que persiste
sobre o Autor, impossibilitado de obter o endereço eletrô nico.
● DA NÃ O NECESSIDADE DE AUDIÊ NCIA DE CONCILIAÇÃ O
O novo Có digo de Processo Civil tratou de estipular os requisitos para realizaçã o da
audiência de conciliaçã o. Nesse sentido, em seu art. 334, § 4º, inciso II normatizou que:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 4 o A audiência não será realizada:
II - quando não se admitir a autocomposição . (grifado)
Excelência, o presente feito versa acerca de benefício por incapacidade, ao que sabemos na
vigência do antigo CPC já nã o se admitia a audiência de conciliaçã o para casos desta
natureza, ainda que fosse no â mbito dos juizados especiais. Portanto, nã o faria sentido que
à luz do novo diploma legal fosse realizada a audiência de conciliaçã o, até mesmo pela
impossibilidade de autocomposiçã o nos casos que tratam de benefícios por incapacidade,
tendo em vista a necessidade de perícia médica judicial.
Sendo assim, diante do exposto, requer a Parte Autora a nã o realizaçã o da audiência de
conciliaçã o, tendo em vista que o presente feito nã o admite autocomposiçã o, estando assim
acobertado pelo escopo de incidência do inciso II do art. 334, § 4º do NCPC.

II - DOS FATOS
O autor requereu junto ao INSS o benefício de Amparo Assistencial à Pessoa Portadora de
Deficiência, que lhe foi negado INDEVIDAMENTE pela Autarquia Previdenciá ria, sob a
alegaçã o de "nã o atende ao critério de deficiência para acesso ao BPC-LOAS" conforme
indeferimento administrativo anexo, vejamos:
NB: 87/00000-00
DER: 26/03/2018
Como se nota, o benefício pretendido pelo autor foi indeferido por razã o de nã o se
enquadrar no critério de deficiência para o Loas, contudo, as pró prias normas
regulamentadoras do benefício preleciona que o critério a ser observado - quanto à
deficiência - é o grau de restriçã o para a participaçã o plena e efetiva da pessoa com
deficiência na sociedade.
Destarte, é perceptível a profunda modificaçã o no enquadramento da pessoa com
deficiência, de maneira que a ultrapassada (e incompatível com a atual ordem
constitucional) definiçã o de pessoa com deficiência, originalmente concebida pela Lei
8.742/93, merece dar espaço à nova conceituaçã o, dada pela Convençã o Internacional
Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Ademais, o Autor preenche todos os requisitos para a concessã o do benefício do LOAS - Lei
Orgâ nica da Assistência Social, ou seja, apresenta quadro clínico de: Hiperatividade (CID
10 R 46.3) e Anormalidade dos leucó citos nã o classificada em outra parte (CID 10 R 72),
cujo comprometimento do relacionamento social é definitivo e a limitaçã o de sua
capacidade para garantir a sua subsistência está comprometida em definitivo, induzindo,
pois, a doença em incapacidade total e permanente para o trabalho.
Em decorrência de ser portador de sequela incapacitante, ocasionado por hipó xia neonatal,
evoluindo com retardo mental, déficit de atençã o e hiperatividade, apresenta
agressividade, irritabilidade, nã o consegue se portar como uma "criança", dificuldades para
se relacionar, "morde" outras crianças, faz uso de medicamentos controlados, bem como
acompanhamento médico, necessita da atençã o da sua genitora o tempo todo, nã o só pela
idade (3 anos), como também pelo comportamento do autor, o que de fato o capacita em
receber o benefício pleiteado.
De outro vértice , muito embora nã o é requisito discutido pela Autarquia na negativa, o que
denota-se ser matéria incontroversa, apenas por amor ao debate, pelos documentos
acostados aos autos, o Autor encontra-se vivendo em situaçã o de miserabilidade , reside
em casa simples, sem conforto, nã o possui renda capaz de suprir suas necessidades
bá sicas, e nem cobrir as despesas como medicamentos, alimentaçã o, entre outros fatores,
sobrevivendo com a comiseraçã o de terceiros, pois o autor necessita de cuidados médicos
especiais, insofismavelmente necessitando do benefício para poder pagar suas despesas
bá sicas para viver.
O grupo familiar é composto da seguinte forma.
Componente: Parentesc Data de nascimento Renda:
o
NomeFélix Autor 12/09/2015 R$ 00.000,00
NomeGenitora 02/04/2000 R$ 00.000,00
NomeAvó 07/11/1975 R$ 00.000,00Vitó ria NomeTia 11/08/2004 R$ 00.000,00
A aná lise da verdadeira condiçã o física do Autor, por meio de realizaçã o de perícia médica,
permitirá verificar a necessidade da concessã o do benefício ora pleiteado, para assim levar
o autor dignidade de uma forma mais justa.
O princípio da dignidade da pessoa humana encontra-se disposto na Constituiçã o Federal
da Repú blica no artigo 1º, inciso III, como fundamento para a construçã o e
desenvolvimento da pá tria.
Portanto, o Autor atende aos requisitos legais para a concessã o do benefício LOAS
deficiente, já que nã o tem condiçõ es físicas para exercer um trabalho remunerado futuro,
conforme laudos médicos anexos.
O autor junta os seguintes documentos:
✓ CNIS;
✓ Cadú nico;
✓ Indeferimento;
✓ Laudos Médicos;
✓ Exames e receitas;
✓ Documentos pessoais do autor e do grupo familiar.
Os documentos juntados confirmam que o autor faz jus ao benefício de amparo assistencial
à pessoa portadora de deficiência , confirmando tais fatos pela juntada de documentos que
comprovam a incapacidade e a miserabilidade.
Desta forma, nã o restou ao autor, alternativa senã o a propositura da presente açã o, haja
vista, aquela Autarquia Previdenciá ria nã o estar cumprindo seu papel previdenciá rio e
social, privando-o de um direito quando dele mais necessita, por uma enorme
desumanidade e visível procedimento protelató rio.

III - DO DIREITO
1. DA NEGATIVA FUNDAMENTADA DA AUTARQUIA
(Teoria dos motivos determinantes)
O benefício de amparo assistencial pretendido pelo autor foi indeferido
administrativamente em virtude da alegaçã o de "nã o atende ao critério de deficiência para
acesso ao BPC-LOAS". Assim, em respeito à teoria dos motivos determinantes , nã o há que
se falar em realizaçã o de perícia socioeconô mica, uma vez que a razã o que deu ensejo à
decisã o de indeferimento do pedido baseou-se tã o somente na suposta inexistência de
incapacidade.
Em sendo assim, a teoria dos motivos determinantes estabelece que, o agente
administrativo se vincula à motivaçã o adotada, de modo que se presume que o motivo
indicado foi o ú nico a justificar a decisã o adotada.
A aplicaçã o mais importante desse princípio incide sobre os discricioná rios, exatamente
aqueles em que se permite ao agente maior liberdade de aferiçã o da conduta. Mesmo que
um ato administrativo seja discricioná rio, nã o exigindo, portanto, expressa motivaçã o, está ,
se existir, passa a vincular o agente aos termos em que foi mencionada.
Nessas situaçõ es em se fazendo constar o motivo no ato administrativo, passarã o este a
vincular a sua prá tica, exigindo que os mesmos sejam reais. Isto porque, segundo a Teoria
Dos Motivos Determinantes, a administraçã o, ao adotar determinados motivos para a
prá tica de ato administrativo, ainda que de natureza discricioná ria, fica a eles vinculada.
Esse é o entendimento deste Tribunal:
TRF1-0227050) APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. AMPARO ASSISTENCIAL. PESSOA DEFICIENTE. ARTIGO 20 DA
LEI 8.742/93. ARTIGOS 1º E 9º DO ANEXO DO DECRETO 6.214/07. INDEFERIMENTO. RENDA FAMILIAR. PROVA
PERICIAL. PRESCINDIBILIDADE. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. TERMO INICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA.
JUROS DE MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CUSTAS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. POSSIBILIDADE. REQUISITOS
PREENCHIDOS. PRELIMINAR NULIDADE DA SENTENÇA REJEITADA. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. A
antecipação de tutela é concedida quando, existindo prova inequívoca, se convença o Juiz da verossimilhança da
alegação e ocorrer fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou ficar caracterizado abuso do
direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 273, I e II, do CPC). 2. Incabível a alegação de
nulidade da sentença por considerar a perícia médica existente nos autos como prova emprestada, haja vista que
restou comprovado que em tempo hábil foi oportunizado o direito de resposta e defesa e tendo permanecido
silente, o que configura a sua anuência e, portanto, a preclusão. Preliminar rejeitada. 3. O Benefício de Prestação
Continuada previsto no art. 20 da Lei 8.742/93, com a redação dada pelas Leis 12.435/11 e 12.470/11, é a garantia
de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso, com idade de sessenta e cinco anos ou mais,
que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. 4. O
preceito contido no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 não é o único critério válido para comprovar a condição de
miserabilidade preceituada no artigo 203, V, da Constituição Federal. A renda familiar per capita inferior a 1/4 do
salário mínimo deve ser considerada como um limite mínimo, um quantum objetivamente considerado
insuficiente à insubsistência do portador de deficiência e do idoso, o que não impede que o julgador faça uso de
outros fatores que tenham o condão de comprovar a condição de miserabilidade da família da parte autora.
Precedentes do STJ e do Plenário do STF. 5. O benefício de amparo assistencial pretendido pela parte autora foi
indeferido administrativamente em virtude de a renda per capita apurada ser superior ao limite legal. Assim, em
respeito à teoria dos motivos determinantes , não há que se falar em realização de perícia médica, uma vez que a
razão que deu ensejo à decisão de indeferimento do pedido baseou-se tão somente na suposta inexistência de
hipossuficiência. 6. O benefício assistencial é devido a partir da indevida cessação, do requerimento administrativo,
observada a prescrição quinquenal e, na sua ausência, a partir do ajuizamento da ação, vedada a reformatio in
pejus e observados os estritos limites objetivos dos pedidos inicial e recursal. 7. A correção monetária e os juros
devem incidir na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal. 8. A verba honorária é devida em 10% (dez por
cento) sobre as parcelas vencidas ( Súmula 111/STJ), em conformidade com o artigo 20, § 4º, do CPC, e a
jurisprudência desta Corte, vedada a reformatio in pejus. 9. Nas causas ajuizadas perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição federal (§ 3º do art. 109 da CF/88), o INSS está isento das custas somente quando lei
estadual específica prevê a isenção, o que ocorre nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rondônia e Mato Grosso. Em
se tratando de causas ajuizadas perante a Justiça Federal, o INSS está isento de custas por força do art. 4º, inc. I,
da Lei 9.289/96, abrangendo, inclusive, as despesas com Oficial de Justiça. 10. Apelação e remessa oficial
parcialmente providas. (Apelação Cível nº 0000373-65.2012.4.01.4003/PI, 1a Turma do TRF da 1a Região, Rel.
Ângela Catão. j. 19.02.2014, unânime, e-DJF1 13.05.2014).

TRF-1 - APELAÇÃ O CÍVEL AC 3232 MG 2005.38.00000-00 (TRF-1) Publicaçã o 19/01/2009:


PREVIDENCIÁ RIO E CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. REMESSA OFICIAL TIDA POR
INTERPOSTA. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. LEI Nº. 8.742 , DE 1993 (LOAS). REQUISITOS
LEGAIS. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊ NCIA OU IDOSA. COMPROVAÇÃ O DA
DEFICIÊ NCIA. APLICAÇÃ O DA TEORIA DOS
MOTIVOS DETERMINANTES. HIPOSSUFICIÊ NCIA FINANCEIRA. RENDA FAMILIAR PER
CAPITA SUPERIOR A 1⁄2 DO SALÁ RIO MÍNIMO. PEDIDO IMPROCEDENTE. 1. Remessa oficial
tida por interposta, porquanto proferida a sentença apó s a vigência da Lei nº. 9.469 , de 10
de julho de 1997. Nã o incide, na hipó tese, o § 2º do artigo 475 do Có digo de Processo Civil ,
em virtude de nã o ter sido demonstrado que o conteú do econô mico do pleito é de valor
inferior a 60 salá rios mínimos. Também nã o incide o § 3º desse artigo, tendo em vista que a
sentença nã o se fundamentou em jurisprudência do plená rio ou sú mula do Supremo
Tribunal Federal, ou do tribunal superior competente. 2. A Renda Mensal Vitalícia será
devida ao idoso, maior de 65 (sessenta e cinco) anos de idade ou ao invá lido que nã o
exercer atividade remunerada, nã o for mantido por pessoa de quem dependa
obrigatoriamente e nã o tiver outro meio de prover o pró prio
20 da Lei 8.742 /93. 3. Imperiosa sustento, na forma do art.
aplicação, à espécie, da teoria dos motivos determinantes, segundo a qual o ato administrativo praticado se
vincula ao que nele fora alegado pelo administrador , ensejando a conclusão de que, na esfera administrativa, por
ocasião da indispensável perícia médica referente à apreciação do pedido então formulado pelo autor, resultou
claramente demonstrado o preenchimento do requisito da deficiência pelo apelado, na medida em que a única
justificativa do INSS para fazer cessar o benefício então recebido foi a renda familiar per capita ser superior a 1⁄4 do
salário-mínimo. 4. As Leis nº 9.533 /97 e nº. 10.689 /2003, cujos beneficiários devem possuir renda mensal familiar
inferior a 1⁄2 salário mínimo, estabeleceram critério mais vantajoso para análise objetiva da miserabilidade (...)
TRF1-0230042) PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. BENEFÍCIO DE AMPARO SOCIAL À PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA E AO IDOSO. RESTABELECIMENTO. ART. 203, V, CF/88. LEI Nº 8.742/93. TERMO A QUO. CORREÇÃO
MONETÁRIA. JUROS DE MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CUSTAS PROCESSUAIS. IMPLANTAÇÃO DO
BENEFÍCIO. 1. A sentença proferida está sujeita à remessa oficial, já que de valor incerto a condenação imposta ao
INSS. 2. Atendidos os requisitos legais para a concessão do benefício assistencial - LOAS, previstos no art. 203 da
CF/88 e art. 2º, V da Lei 8.742/93, visto que a parte autora é deficiente e não possui meios para prover a própria
manutenção nem tê-la provida por sua família. 3. A suspensão do benefício resultou da alegação da perda da
incapacidade. Resta incontroverso, deste modo, a comprovação da hipossuficiência da parte autora. Obediência à
teoria dos motivos determinantes. 4. Correção monetária calculada nos termos dos índices do Manual de Cálculos
da Justiça Federal, aplicando-se o INPC após a entrada em vigor da Lei nº 11.960/2009, tendo em vista a
imprestabilidade da TR - atualmente usada na remuneração das cadernetas de poupança - como índice de
correção monetária de débitos judiciais, conforme fundamentos utilizados pelo STF no julgamento das ADI nº 493
e 4.357/DF, e ainda pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.270.439/PR, pelo rito do art. 543-C do CPC. 5. Juros
moratórios de 1% ao mês, observados os respectivos vencimentos, reduzindo-se a taxa para 0,5% ao mês a partir
da Lei nº 11.960/09. 6. No que concerne ao adiantamento da prestação jurisdicional, seja em razão do
cumprimento dos requisitos exigidos no art. 273 do CPC, ou com fundamento no art. 461, § 3º, do mesmo
Diploma, fica esta providência efetivamente assegurada na hipótese dos autos, já que a conclusão daqui
emergente é na direção da concessão do benefício. 7. Em qualquer das hipóteses acima fica expressamente
afastada a fixação prévia de multa, sanção esta que somente é aplicável na hipótese de efetivo descumprimento
do comando relativo à implantação do benefício. 8. Apelação a que se nega provimento e remessa oficial, tida por
interposta, parcialmente provida. (Apelação Cível nº 0073465-76.2010.4.01.9199/MG, 1a Turma do TRF da 1a
Região, Rel. Convocado Carlos Augusto Pires Brandão. j. 02.09.2014, unânime, e-DJF1 10.10.2014 )

Desse modo, em homenagem a teoria dos motivos determinantes, pugna o autor pelo
deferimento apenas de aná lise médica, na medida em que a ú nica justificativa do INSS
para negar o benefício entã o requerido foi a alegaçã o de "nã o atende ao critério de
deficiência para acesso ao BPC-LOAS", sendo incontroverso a miserabilidade.

2. DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL
A pretensã o do autor vem amparada no art. 203, inciso V, da Constituiçã o Federal de 1988,
na Lei 8.742/93 e demais normas aplicá veis. Tais normas dispõ em que para fazer jus ao
Benefício Assistencial, o Requerente deve estar incapacitado para o trabalho ou ser pessoa
com mais de 65 anos de idade, além de comprovar a impossibilidade de ter seu sustento
provido pelo seu nú cleo familiar.
2.DA INCAPACIDADE DO AUTOR
Ademais, pelo que se extrai do mencionado artigo 203 da CF/88, em seus incisos I e II, a
assistência social tem por objetivo, também, a proteçã o das
de Doença crianças e adolescentes. Neste sentido, sendo a Demandante portadora
intestinal, tem-se que a mesma apresenta necessidades específicas de saú de e cuidados ,
bem como profissional, de modo que a intervençã o do estado, por meio da assistência
social, torna-se imperativa.
De mesmo modo, eis o entendimento jurisprudencial:
CONCESSÃ O DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. MENOR DE IDADE. CONDIÇÃ O DE
DEFICIENTE. SITUAÇÃ O DE RISCO SOCIAL. REQUISITOS PREENCHIDOS.
1. O direito ao benefício assistencial pressupõ e o preenchimento dos seguintes requisitos:
a) condiçã o de deficiente (incapacidade para o trabalho e para a vida independente,
consoante a redaçã o original do art. 20 da LOAS, ou impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interaçã o com diversas
barreiras, podem obstruir a participaçã o plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condiçõ es com as demais pessoas, consoante a redaçã o atual do referido dispositivo) ou
idoso (neste caso, considerando-se, desde 1º de janeiro de 2004, a idade de 65 anos); e b)
situaçã o de risco social (estado de miserabilidade, hipossuficiência econô mica ou situaçã o
de desamparo) da parte autora e de sua família. 2. Inexiste impedimento à concessã o do
benefício assistencial de prestaçã o continuada a menor de idade. Ao contrá rio, a
assistência social a crianças e adolescentes é prioritá ria em nosso País, à luz do art. 203,
incisos I e II, da Constituiçã o Federal. Se o menor é deficiente, a proteçã o social é reforçada,
conforme os incisos IV e V do mesmo artigo. Em matéria de assistência social, à vista do
princípio da dignidade da pessoa humana, fundamento do Estado Democrá tico de Direito (
CF, art. 1º, III), nã o é possível interpretaçã o restritiva contrá ria aos que a Constituiçã o e a
lei manifestamente buscaram proteger. Precedentes da Corte. 3. Comprovado o
preenchimento dos requisitos legais, deve ser concedido o benefício em favor da parte
autora, desde a data do requerimento administrativo
(24-10-2007). (TRF4, APELREEX 0003348-33.2012.404.9999, Sexta Turma, Relator Roger Raupp Rios, D.E.
03/04/2014, com grifos acrescidos)

De qualquer sorte, prudente destacar a sú mula 29 da Turma Nacional de Uniformizaçã o.


Veja-se:
"Para os efeitos do artigo 20, § 2º, da Lei nº 8.742 de 1993, incapacitada para a vida independente não só é aquela
que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilidade de prover seu próprio
sustento."

Assim, ao longo da instruçã o processual (por meio da elaboraçã o das provas pertinentes ao
caso) a Parte Autora pretende comprovar o direito ao benefício de prestaçã o continuada,
vindo o Poder Judiciá rio a reparar a lesã o sofrida quando do indeferimento ao pedido
elaborado na esfera administrativa.
3.DA MISERABILIDADE DO AUTOR
De outra banda, se encontra igualmente satisfeito, no caso em apreço, o requisito
econô mico. Isto, pois o grupo familiar do Requerente é composto por quatro pessoas: O
autor menor de idade, tia menor de idade, avó e sua genitora, ambas desempregadas. A
renda total da família é nula, sendo que a sua genitora se vê impossibilitada de trabalhar,
uma vez que a patologia do autor, necessita de vigilâ ncia o tempo todo.
Ora, Excelência, é "gritante" a situaçã o de MISÉ RIA no caso em tela, haja vista que a família,
composta por quatro integrantes, sem renda para sobreviver. Aliá s, merece destaque o fato
de o grupo familiar ser composto por crianças, sendo uma delas, com sérios problemas de
saú de, que certamente merece cuidados especiais. Se nã o garantidas as condiçõ es
necessá rias a uma vida digna, sem dú vida será prejudicado futuramente, arcando com as
consequência da marginalizaçã o ora vivenciada.
Ademais, cumpre salientar que a condiçã o de vulnerabilidade da família em nada colabora
para a saú de do Autor, que possui doença grave e nã o ostenta meios de subsidiar o
tratamento adequado, O QUE É IMPERATIVO , em face da já reiterada dificuldade de
(futura) inserçã o no mercado de trabalho.
Vale destacar o texto constitucional pertinente (com grifos):
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos :
I - a proteção à família, à maternidade, à infância , à adolescência e à velhice;

II - o amparo à s crianças e adolescentes carentes;


III - a promoçã o da integraçã o ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei.

Portanto, imperioso seja concedido o benefício de prestaçã o continuada a Demandante,


pois, nã o somente ela apresente deficiência (nos termos da legislaçã o inerente à matéria),
também vive em estado de profunda e lastimá vel miséria, carecendo do devido amparo
estatal.
Sendo assim, apó s a instruçã o processual, restará plenamente comprovado que a parte
Autora satisfaz todos os requisitos necessá rios à percepçã o do benefício pleiteado.

4. DA INCONSTITUCIONALIDADE DOS PARÁGRAFOS 5º, 6º, 7º E 8º, DO


ARTIGO 535, DO
NOVO CÓ DIGO DE PROCESSO CIVIL- LEI N. 13.105/2015
A Lei Infraconstitucional quando prevê a possibilidade da inconstitucionalidade da coisa
julgada, incorreu em ofensa ao Princípio da Isonomia, pois deferiu a possibilidade de
revisã o mediante açã o rescisó ria ou de inexigibilidade do Título Judicial apenas para a
Fazenda Pú blica.
Nas lides previdenciá rias e assistenciais sabe-se em regra que o (a) segurado (a) ou
assistido (a) sã o pessoas de baixa renda, de pouco conhecimento, traduzindo-se assim, em
parte hipossuficiente, mesmo que, observando-se o princípio da isonomia dentro de sua
perspectiva material a quebra dele só poderia ocorrer para dar ao hipossuficiente,
condiçõ es de igualdade.
Contudo, somente a Fazenda Pú blica foi agraciada com tal possibilidade o que, demonstra
afronta expressa ao princípio da isonomia, garantia constitucional, devendo entã o, ser
declarado inconstitucional ou ainda receber interpretaçã o conforme, dando ao cidadã o as
mesmas prerrogativas.
5. DA PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL
Considerando que a prova pericial é fundamental para o deslinde das questõ es ligadas aos
benefícios por incapacidade e para uma adequada aná lise do nexo de causalidade e da
consequente incapacidade, faz-se mister que o Médico Perito observe o Có digo de É tica da
categoria e especialmente em relaçã o ao tema, a Resoluçã o 1.488/98 do CFM, que dispõ e
sobre as normas específicas de atendimento a trabalhadores.
Portanto, requer a Parte Autora que quando da realizaçã o da prova pericial sejam
observadas as referidas disposiçõ es legais, uma vez que se trata de norma cogente e -
portanto - vincula a atividade do médico, sob pena de nulidade do laudo pericial.
Outrossim, tendo em vista que a perícia médica é ato complexo, que nã o envolve apenas o
exame clínico, mas também a aná lise dos documentos fornecidos ao médico e demais
elementos essenciais à realizaçã o satisfató ria do procedimento, se faz imperativo que o
Perito Judicial observe o Parecer nº 10/2012 do CFM , que versa acerca da
responsabilidade do expert pelas consequências da sua avaliaçã o, tendo por objetivo evitar
a confecçã o de pareceres irresponsá veis. Neste sentido, destaca-se o seguinte trecho do
referido Parecer:
"O médico do trabalho pode discordar dos termos de atestado médico emitido por outro médico, desde que
justifique esta discordância , após o devido exame médico do trabalhador, assumindo a responsabilidade pelas
conseqüências do seu ato ."

Sendo assim, REQUER seja observado o Parecer nº 10/2012 do CFM, quando da avaliaçã o
pericial.

6. TUTELA DE URGÊNCIA
ENTENDE O DEMANDANTE QUE A ANÁ LISE DA MEDIDA ANTECIPATÓ RIA PODERÁ SER
MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA.
O novo Có digo de Processo Civil estabeleceu em seu art. 300 que "A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado ú til do processo ". Nesse sentido, o novo diploma legal exige
para a concessã o da tutela de urgência dois elementos, quais sejam o fumus bonis iuris e o
periculum in mora .
Ora, excelência, a parte Autora necessita da concessã o do benefício em tela para custear a
sua vida, tendo em vista que nã o reú ne condiçõ es de executar atividades laborativas e,
consequentemente, nã o pode patrocinar a pró pria subsistência.
Portanto, apó s a realizaçã o da perícia pertinente ao caso, ficará claro que a parte Autora
preenche todos os requisitos necessá rios para o deferimento da Antecipaçã o de Tutela,
tendo em vista que os laudos médicos fará prova inequívoca quanto à incapacidade
laborativa, comprovando assim o fumus bonis iuris . O periculum in mora se configura
pelo fato de que se continuar privada do recebimento do benefício, o Demandante terá seu
sustento prejudicado.
De qualquer modo, as moléstias incapacitantes e o cará ter alimentar do benefício traduzem
um quadro de urgência que exige pronta resposta do Judiciá rio, tendo em vista que nos
benefícios por incapacidade resta intuitivo o risco de ineficá cia do provimento jurisdicional
final, exatamente em virtude do fato da parte estar afastado do mercado de trabalho e,
consequentemente, desprovida financeiramente, motivo pelo qual se torna imperioso o
deferimento deste pedido antecipató rio em sentença.

IV - DOS PEDIDOS
Posto isso, pede e requer:
1. O acatamento das preliminares arguidas:
a)
com a concessã o dos benefícios da justiça gratuita , por nã o ostentar condiçõ es de arcar
com as custas processuais, sem prejuízo do sustento pró prio e de sua família, com fulcro na
Lei 10.060/50;
b) com a dispensa do pedido de endereço eletrô nico da parte autora, haja vista que, a
realidade social que persiste sobre o Autor, impossibilita de obter o endereço eletrô nico;
Requer a Parte Autora a nã o realizaçã o da c)
audiência de conciliaçã o, estando assim acobertado pelo escopo de incidência do inciso II
do art. 334, § 4º do NCPC;
A citaçã o do INSS , na pessoa de seu representante legal, 2.
para em querendo, apresentar defesa;
3. A determinaçã o de perícia médica , por perito nomeados por Esse Juízo, com
especialidade em Neurologia infantil , nomeado por esse Juízo, com base no artigo 465 do
NCPC e que seja observada a Resoluçã o 1.488/98 do Conselho Federal de Medicina e o
parecer Nº 10/2012 do conselho Federal de Medicina;
4. Requer a aplicaçã o da teoria dos motivos determinantes , com a consequente dispensa
da perícia socioeconô mica, posto que o INSS negou o pedido do benefício assistencial,
baseado na afirmaçã o de que "nã o atende ao critério de deficiência para acesso ao BPC-
LOAS", sendo incontroversa a incapacidade, no entanto, nã o sendo esse o entendimento de
V. Exa., requer a determinaçã o de perícia socioeconô mica , por perito especialista na á rea,
cujos quesitos seguem abaixo;
condenaçã o da requerida para a IMPLANTAÇÃ O do 5.
benefício LOAS Deficiente , desde a data de 26/03/2018, data do requerimento, acrescido
de juros e correçã o monetá ria;
6. O deferimento da tutela de urgência com a apreciaçã o do pedido de implantaçã o do
benefício em sentença;
7. A condenaçã o da requerida , no pagamento das despesas processuais, honorá rios
advocatícios e demais cominaçõ es legais;
8. Requer seja declarado inconstitucional os pará grafos 5, 6, 7 e 8 do artigo 535 do CPC, ou
ainda receber interpretaçã o conforme, dando ao cidadã o as mesmas prerrogativas;
9. Para efeito de liquidaçã o de sentença, a aplicaçã o do artigo 100 da Constituiçã o Federal,
bem como, no que couber, o Artigo 130 da Lei 8.213/91 e Lei 10.099/2000;
10. Requer que o Instituto Réu seja compelido a juntar nos autos, có pia do processo
administrativo referente ao pedido do benefício indeferido de nº 00000-00, conforme
artigo 11 da Lei 10.259/2001 e o Manual de Perícia Médica da Previdência Social, item
12.5;
11. O presente pedido seja declarado de natureza alimentícia.

V - DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente
pelo depoimento pessoal da representante legal da requerida, sob pena de confissã o, oitiva
de testemunhas, cujo rol será apresentado no prazo legal, perícias, juntada de documentos,
etc.
Apresenta por final, em anexo, os quesitos para o ilustre perito nomeado, a serem
respondidos quando da perícia judicial.

VI - DO VALOR DA CAUSA
1
Nestes Termos, dá -se à presente o valor de R$ 00.000,00(vinte e cinco mil setecentos e
vinte e quatro) reais.
Requer a intimaçã o de todos os atos processuais exclusivamente em nome do patrono do
Autor Nome 00.000 OAB/UFA, com escritó rio profissional na EndereçoBairro Sã o
Francisco, em Manaus/AM, ou pelo e-mail: email@email.com, sob pena de nulidade, nos
termos do artigo 272 § 2º do Novo Có digo de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Iranduba/AM, 15 de Outubro de 2018.
Nome
00.000 OAB/UF
1 Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ 00.000,00) + parcelas vencidas (R$
00.000,00) = R$
19.080,00.
QUESITOS
NomeFELIX neste ato representada por sua genitora Nome, ambos já qualificadas nos
autos supra, por meio de seu procurador e advogado abaixo assinado, com escritó rio
profissional no endereço de rodapé, onde recebe intimaçõ es e notificaçõ es, vem, perante
Vossa Excelência, com urbanidade e respeito, apresentar QUESITOS , para a perícia médica
judicial, conforme se segue:
Neste sentido, cabe destacar que o Perito Judicial, ao elaborar o parecer técnico
competente, deverá observar os ditames do Có digo de É tica da categoria, e especialmente
em relaçã o ao tema, a Resoluçã o nº 1.488/98 do Conselho Federal de Medicina, norma
cogente que vincula a atividade do profissional. Além disto, ao responder aos quesitos o
Perito deve fundamentar todas as suas respostas, nos termos do art. 473 do CPC/2015,
nã o podendo enfrentar os quesitos apenas com respostas do tipo "sim ou nã o", segue:
QUESITOS PARA PERÍCIA MÉ DICA
1. É possível que o Periciando se enquadre no conceito de deficiência (que nã o se confunde
com incapacidade laboral) estabelecido pela Convençã o Internacional sobre os Direitos da
Pessoa com Deficiência?
2. Em caso de resposta negativa ao quesito anterior, o Sr. Perito afirma que a Pericianda
nã o possua qualquer impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que
em interaçã o com barreiras urbanísticas, arquitetô nicas, nos transportes, nas
comunicaçõ es e nas informaçõ es, atitudinais e tecnoló gicas, possam obstruir sua
participaçã o na sociedade em igualdade de condiçõ es com as demais pessoas?
3. Na aferiçã o da existência da deficiência, foram seguidos TODOS os parâ metros e
procedimentos estabelecidos pela Lei nº 13.146/15 e o Decreto nº 6.214/07, além do
Índice De Funcionalidade Brasileiro Aplicado Para Fins De Classificaçã o E Concessã o Da
Aposentadoria Da Pessoa Com Deficiência (IF-BRA) e da Classificaçã o Internacional de
Funcionalidades, Incapacidade e Saú de (CIF)?
4. Qual a doença e/ou lesã o que acomete a parte autora? Especifique com o CID-10.
5. Qual a idade do Autor?
6. Em se tratando de menor de 16 anos, a deficiência avaliada, considerado a idade, produz
limitaçã o no desempenho de atividade cognitiva, física, etc? E a restriçã o da parte social
(aet 4º. § 2º, Decreto 6.214/07)?
7. Há prognó stico de normal desenvolvimento quando da idade adulta, incluindo colocaçã o
no mercado de trabalho, desenvolvimento social, afetivo, etc?
8. Existe a possibilidade de melhora de seu quadro clínico?
9. Caso constatada a incapacidade, esta é total ou parcial, levando-se em consideraçã o ainda
os aspectos sociais do caso em específico? É permanente ou temporá ria? Se, permanente é
uniprofissional, multiprofissional ou omniprofissional?
10. É possível indicar qual o grau de reduçã o de sua capacidade laborativa para a atividade
laboral que exercia habitualmente?
11. A parte autora recebe alguma renda ou benefício previdenciá rio?
12. A parte autora faz algum tipo de tratamento médico? Em caso afirmativo, faz uso de
medicamentos controlados? Se positivo, esses medicamentos têm algum efeito colateral
e/ou reaçõ es adversas? Se sim, quais?
13. A doença/moléstia ou consequências desta (s) irradia sintomas para algum ou alguns
membros do corpo além do afetado pela enfermidade? Caso positivo, irradia para qual ou
quais membros ou partes do corpo?
14. Que tipo de sintoma (s) é(sã o) irradiado (s)?
15. O (s) membro (s) atingido (s) pelo (s) sintoma (s) e irradiaçõ es descritos nos quesitos
anteriores, afetam, ainda que minimamente ou em grau leve, a capacidade laborativa da
funçã o de soldador?
16. Qual a especialidade do Perito Judicial?
17. Tecer consideraçõ es que entender pertinente, dentro do estudo socioeconô mico feito e
do objeto da perícia.
18. Demais esclarecimentos que entender necessá rios.
Iranduba/AM, 15 de Outubro de 2018.
Nome
00.000 OAB/UF
QUESITOS PARA A PERÍCIA SÓ CIO-ECONÔ MICA
1. Quantas pessoas residem sob o mesmo teto da autora? Especificar, em relaçã o a cada
qual, seu nome, idade, grau de parentesco e ocupaçã o (se estuda o local e a série, se
trabalha indicar onde, com quem e qual atividade exercida).
2. Além da autora, existe mais algum portador de deficiência que necessite de apoio? Essa
pessoa recebe algum benefício assistencial? Em caso positivo, indique o valor mensal do
mesmo?
3. A autora necessita de cuidados contínuos de terceiros? Descrever para que atividades,
porque e quem presta os cuidados.
4. A parte autora está recebendo algum tipo de benefício, ou está inserida em algum
programa social, tais como geraçã o de renda, cesta bá sica, programa do leite, bolsa escola,
bolsa criança cidadã , programas para jovens, transporte gratuito, habitaçã o popular, ou
outros? Em caso positivo, especificar.
5. As pessoas que residem sob o mesmo teto da parte autora exercem atividade
remunerada? Especificar se trabalha com carteira assinada ou se o trabalho é informal,
bem como a renda mensal de cada qual. Alguém recebe algum benefício assistencial? De
que elementos se utilizou a/o perita (o) para concluir pela resposta dada a este
questionamento?
6. Quais sã o as atuais condiçõ es financeiras da parte autora, isso é, queira a assistente
social indicar como a parte autora sobrevive atualmente .
7. Quem arca com as despesas os medicamentos e eventuais tratamentos de que a parte
autora necessita?
8. Descrever todas as despesas do grupo familiar (por exemplo, com alimentaçã o, energia,
etc.)
9. Descrever a moradia da parte autora, o tipo de construçã o, a quantidade de cô modos, o
que guarnece a casa, a eventual existência de veiculo automotor e seu estado.
10. No caso de a parte autora ser portadora de alguma deficiência, indicar se ela frequenta
alguma escola especial e em caso de positivo com que frequência.
11. Diante do estudo social realizado, pode a/o perita (o) informar se o periciado atende ao
requisito socioeconô mico de renda per capita de 1/2 (meio) salá rio mínimo? Quais os
motivos que levaram a tal conclusã o?
12. É possível determinar a partir de quando a autora vive em situaçã o de miserabilidade?
13. Tecer consideraçõ es que entender pertinente, dentro do estudo socioeconô mico feito e
do objeto da perícia.
Iranduba/AM, 15 de Outubro de 2018.
Nome
00.000 OAB/UF

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