Você está na página 1de 3

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.....

VARA CÍVEL DA COMARCA DE


ITAPETININGA - SÃ O PAULO .
Nome, brasileira, casada, do lar, portadora do RG. 00000-00e, CPF. 000.000.000-00,
residente e domiciliada na Endereço, por seu advogado e procurador que esta subscreve,
com fundamento no artigo 203, Inciso V, da Constituiçã o Federal de 1.988 c/c Lei 8.742/93
e demais legislaçõ es atinentes a matéria, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência ajuizar a presente .
AÇÃ O DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL - LOAS POR IDADE C/C PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA
contra o NomeDE SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. , com sede na rua Coronel Nome; nº. 1.345 -
centro, ITAPETININGA - SÃ O PAULO, pelos motivos fá ticos e de direito a seguir deduzidos:
Preliminarmente requer que Vossa Excelência digne-se em conceder-lhe os beneplá citos da
"JUSTIÇA GRATUITA", nos moldes da Lei 1.060/50 e demais legislaçõ es atinentes a matéria,
por ser pobre e, em razã o de seus problemas de saú de, pois nã o possui nenhuma renda
para suportar as custas e despesas processuais, sem prejuízo de seus encargos familiares.
DOS FATOS
A requerente nasceu em 11 de outubro de 1946, na cidade de Espera Feliz - MG, contando
atualmente com 67 anos idade, sendo que nunca trabalhou com registro em sua CTPS, e
também nunca teve condiçõ es de contribuir com a previdência social.
Que teve nove filhos, e a maior parte da vida teve que ficar na casa cuidando dos filhos e
dos afazeres domésticos, e por esse motivo nã o pode trabalhar com registro na carteira de
trabalho.
A ú nica renda do conjunto familiar é oriunda da aposentadoria de seu marido que conta
com 70 anos de idade, mas que esse beneficio é comprometido com as despesas bá sicas do
lar conjugal, os quais sejam: á gua, luz, supermercado, remédios, alimentaçã o, etc..., sendo
que na maioria das vezes a renda familiar é insuficiente para a mantença do lar e todas as
despesas com medicamentos e tratamentos médicos.
A autora e seu marido tem comprometido o seu orçamento familiar, em especial, com a
saú de, por serem pessoas idosas e nã o mais ter as reais condiçõ es de trabalho, certo de que
seus problemas de saú de comprometem a renda familiar, com a compra de medicamentos
e outras necessidades afeitas a vida de todo idoso.
Outrossim, é importante salientar que o marido da requerente possui vá rios problemas de
saú de como: pressã o alta, diabete, glaucoma, angioplastia de coraçã o, e faz tratamento
contínuo necessitando de medicamentos diá rios para controlar sua saú de.
Que a autora nã o dispõ e de nenhuma renda certa, e seus filhos e familiares pró ximos sã o
pessoas de baixa renda e também tem compromisso com suas pró prias famílias e nã o tem
condiçõ es de ajudá -los, sendo certo que por nã o possuir nenhuma renda certa, faz jus ao
beneficio pleiteado, pois preenche todos os requisitos necessá rios para a Procedência da
presente açã o.
DODIREITO
Conforme faculta o artigo 203, Inciso V, da Constituiçã o Federal de 05/10/1988, e da Lei
8.742/93 - A assistência social é a política social que prevê o atendimento das necessidades
bá sicas, traduzidas em proteçã o à família, à maternidade, à infâ ncia, à adolescência, à
velhice e à pessoa portadora de deficiência física ou mental, independentemente de
contribuiçã o à seguridade social.
Outrossim, cumpre-nos salientar que o artigo 34, § ú nico da Lei nº 10.741/2003 -
ESTATUTO DO IDOSO, garante e expressamente dispõ e que quando 02 idosos (marido e
mulher) sobreviverem no mesmo teto, é devido o pagamento do Benefício Assistencial
LOAS, aquele que nã o possuir meios de prover sua subsistência, nem de tê-la provida por
sua família, benefício assistencial LOAS
A requerente preenche todos os requisitos legais para a concessã o do "amparo social",
benefício previsto na LOAS - Lei Orgâ nica da Assistência Social, consistente no recebimento
de um (01) salá rio Mínimo por mês, haja vista, que sua família nã o dispõ e de recursos
financeiros para auxiliá -la e suportar todos seus encargos, em especial, a compra de
medicamentos necessá rios a manter está vel o seu quadro clinico.
Que no dia 31/07/2013 buscou administrativamente o beneficio ora em questã o, todavia,
passados mais de 08 meses, e nã o foi deferido o benefício pleiteado e tampouco obteve
qualquer informaçã o da autarquia-ré, fato que nos causa estranheza e indignaçã o, mesmo
porque é pessoa idosa e nã o dispõ e de condiçõ es físicas para buscar outra alternativa de
trabalho, sendo mantida em totalmente numa vulnerabilidade social.
Vê-se Excelência, que a Autora é pessoa pobre, e nã o pode esperar ajuda de seus familiares,
e neste momento nã o tem condiçõ es de cuidar de sua saú de, sem que para isso disponha de
recursos financeiros, razã o pela qual busca a tutela jurisdicional para que o Poder
Judiciá rio, em melhor analise da presente açã o, faça por prevalecer a costumeira justiça,
determinando a implantaçã o do referido benefício previdenciá rio, certo de que o mesmo
tem cará ter eminentemente assistencial e alimentar.
Os requisitos exigidos para a obtençã o do referido benefício assistencial, sã o os seguintes: o
primeiro requisito é incontroverso, conforme pode-se aferir nos documentos acostados a
presente, pois tem a autora 67 anos de idade e sua família nã o tem condiçõ es de prover as
suas necessidades bá sicas, pois nã o possui nenhuma renda pró pria, sobrevivendo da renda
de seu esposo, que é insuficiente para a demanda de gastos com remédios, e outras
despesas impostas pelo Poder Pú blico, certo que sobrevive as margens da miséria, pois
com muitas dificuldades e sem condiçõ es de prover sua pró pria subsistência.
Assim sendo, em breve síntese, podemos dizer que o requisito da idade é inquestioná vel,
porquanto o segundo, em consonâ ncia com as garantias constitucionais, será assegurado a
todo cidadã o apó s cabalmente demonstrado a falta de condiçõ es para sua pró pria
mantença, portanto, tal direito nã o pode ser afastado, devendo ser considerado
inconstitucional a restriçã o e concessã o do referido benefício, como se vê em decisõ es que
afloram nos Tribunais:
"E se a renda familiar" per capita"corresponder a 1/3 do salário mínimo, presumir-se-ia por esta razão que o
deficiente ou o idoso (ou suas respectivas famílias) teriam condições de proverem as próprias subsistências ? Com
certeza, não foi este o espírito da norma constitucional" (TRF da 3a Região, 2a Turma, Apelação Cível nº 98.00000-
00 - SP, Rela SYLVIA STEINER, julgada em 26.10.98. T ambém entendemos no mesmo sentido, que a norma contida
no artigo 20 da Lei 8.742/93 é inconstitucional, impondo a necessidade de comprovação de que a renda própria ou
familiar "per capita" seja inferior a 1⁄4 ou 25% do salário mínimo ( AV nº 94.03.87935, 2a Turma do TRF-3a Região,
in DJU 06.11.1996, Relator Juiz ARICÊ AMARAL).

Lembre-se que a idéia essencial da seguridade é dar aos indivíduos e suas famílias,
tranqü ilidade no sentido de que, na ocorrência de uma contingência (doença, invá lidez,
morte, etc...), a qualidade de vida nã o seja significativamente diminuída, proporcionando os
meios necessá rios para manutençã o das necessidades bá sicas dessas pessoas.

Você também pode gostar