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EXMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE

MOGI GUAÇU/SP.
LOAS IDOSO
Tramitaçã o Preferencial
Nome, brasileira, casada, portadora do RG n.° 00000-00 no CPF n. 000.000.000-00,
residente e domiciliada na cidade e comarca de Mogi Guaçu, na Endereço, Jardim Novo I,
através de suas advogadas e procuradoras, infra-assinado, com endereço na Endereço,
Parque Itacolomy , onde receberam as intimaçõ es, vem perante V.Excia., propor a presente
Açã o de Benefício com Pedido de Tutela de Urgencia
(Loas/Amparo Social ao IDOSO)
em face do Nome , autarquia com endereço e procuradoria na EndereçoCep 00000-000 o
que faz pelos motivos de direito que a seguir expõ e:
DA PRIORIDADE LEGAL
Primeiramente, cumpre ressaltar a condiçã o peculiar da Autora, que é pessoa idosa, com 80
anos de idade (data de nascimento - 30.07.1938 ), fazendo jus, assim, à prioridade legal nos
termos dos artigos 1048,I, do Có digo de Processo Civil , e 71 da Lei n° 10.741 de 01.10.03 -
Estatuto do Idoso . Nessa esteira, requer, desde já , que se viabilize a rapidez dos trâ mites
processuais do caso em tela, concedendo-lhe os benefícios da prioridade legal.
DA CONCESSÃ O DA GRATUIDADE PROCESSUAL - JUSTIÇA GRATUITA
Face a autora nã o ter condiçõ es financeiras de arcar com o pagamento das despesas
processuais, sem prejuízo do pró prio sustento, bem como, de seus familiares, conforme
declaraçã o de pobreza em anexo, os benefícios da Assistência Judiciá ria, nos termos da Lei
n° 1.060/50;
Nos termos do art. 4°, § 1°, da Lei n° 1.060/50, milita presunçã o de veracidade da
declaraçã o de pobreza em favor do requerente da gratuidade. Desta forma, o ô nus de
provar a inexistência ou o desaparecimento da condiçã o de pobreza é do impugnante ."
DA AUSÊ NCIA DE INTERESSE PELA AUDIÊ NCIA DE CONCILIAÇÃ O OU MEDIAÇÃ O
Por se tratar de açã o movida contra a Fazenda Pú blica, é fato notó rio que tal instituiçã o
raramente procede com a celebraçã o de acordos nas demandas em que é parte, motivo pelo
qual o Autor manifesta, desde já , que nã o tem interesse na realizaçã o de audiência de
conciliaçã o ou mediaçã o, nos termos do art. 334, § 5° do Novo Có digo de Processo Civil.
DOS FATOS E DO DIREITO
1.- A Autora requereu na Agência da Previdência Social de Mogi Guaçu o benefício de
Amparo Assistencial - Lei 8.742/93 (LOAS), que foi protocolado sob o n° 88/ 00000-00 -
AMPARO SOCIAL AO IDOSO.
2.- A concessã o do benefício de Amparo Assistencial está prevista no artigo 20 da Lei
Orgâ nica de Assistência Social - LOAS, Lei n° 8.742/93 , sendo requisito que o idoso ou
deficiente comprove "nã o possuir meios de prover a pró pria manutençã o e nem de tê-la
provida por sua família." .
2.1.- O §3° do mesmo artigo define que: "Considera-se incapaz de prover a manutençã o da
pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja
inferior a 1⁄4 (um quarto) do salá rio mínimo.".
3.- Conjuntamente, dispõ e a Lei n° 10.741/03 - Estatuto do Idoso, em seu artigo 34, acerca
da concessã o do benefício mensal de 1 (um) salá rio mínimo nos termos da Lei Orgâ nica da
Assistência Social - Loas, ressaltando que o pará grafo ú nico do mesmo artigo garante que o
benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput NÃ O será
computado para os fins do cá lculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas. Para
melhor instruir, transcreve:
Art.34 . Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência,
nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário- mínimo, nos termos da Lei
Orgânica da Assistência Social - LOAS. Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos
termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.

4.- Com direito, a Autora requereu administrativamente a concessã o do Amparo Social ao


Idoso, tendo, porém, seu pedido indeferido sob a alegaçã o de que " A renda per capta da
família é igual ou superior a 1⁄4 (um quarto) do Salá rio Mínimo", sendo essa decisã o
fundamentada no artigo 20, §3°, da Lei 8.742/93.
4 .1- INSTA INFORMAR que a situaçã o de hipossuficiência econô mica; no caso em tela,
enquadra-se no rol da Legislaçã o, uma vez que a renda total familiar é (claramente)
insuficiente para a mantença da Autora, NÃ O sendo capaz de proporcionar suas
necessidades mais elementares .
4.2- A partir das consideraçõ es feitas pela ASSISTENTE SOCIAL,observa-se que a obtençã o
de produtos de alimentaçã o e higiene, juntamente com a compra de vestuá rio, está
condicionada à solidariedade de terceiros, fato este que denota a condiçã o de
miserabilidade em que inserida a Autora.
4.3 Oportuno elucidar que, diante de sua saú de debilitada, a Demandante faz uso de
diversos medicamentos, cuja compra daqueles que nã o sã o obtidos gratuitamente junto ao
Sistema Ú nico de Saú de acarreta uma despesa de R$ 00.000,00 em media por mês.
5.- Assim a autora, preenche todos os requisitos que autorizam a concessã o do benefício
pleiteado, porquanto sua renda mensal per capita é precá ria, nã o sendo suficiente para
garantir seu sustento com dignidade.
6- Neste aspecto, salienta que o requisito do limite da renda, previsto no § 3° do art. 20 da
Lei n. 8.742/93, nã o deve ser visto como uma limitaçã o dos meios de prova da condiçã o de
miserabilidade da família do idoso, mas sim, apenas como um parâ metro, sem exclusã o de
outros, entre eles as condiçõ es de vida da família, devendo-se emprestar ao texto legal
interpretaçã o hermenêutica, inclusive com inteligência analó gica das leis n°s 9.533/97 e
10.689/03.
7- De qualquer sorte, analisando restritamente o grupo familiar conforme a LOAS, mesmo
levando-se em conta a tese de renda per capta familiar superior ao previsto no referido
artigo, o que prevalece é o fato de que a parte Demandante é submetida a viver em estado
de miserabilidade.
8- Nesse sentido, cabe ressaltar o advento do Estatuto do Idoso, lei 10.741/2004, que, no
pará grafo ú nico do seu artigo 34, previu a nã o computaçã o do valor recebido por benefício
assistencial já concedido a outro membro familiar para o cá lculo da renda per capta. Com
isto, o diploma reconheceu que a renda mínima necessá ria para garantir dignidade a um
idoso é a de um salá rio mínimo, pois a interpretaçã o da norma leva ao entendimento ló gico
de que se houver um ou mais idosos no grupo familiar, cada um deles merece receber um
salá rio mínimo para poder manter-se dignamente.
9- Assim, é inevitá vel o raciocínio jurídico que nã o somente o benefício assistencial
percebido por um idoso deve ser excluído do cô mputo da renda familiar per capta, mas
também qualquer benefício previdenciá rio que ficasse dentro de tal limite de valor, o que,
diga-se de passagem, ocorre in casu, POIS A RENDA DO GRUPO FAMILIAR DA AUTORA,
ultrapassou o valor do SALÁ RIO MÍNIMO.
9.1- Como bem demostrado nos documentos em anexo, a requerente enquadra no Rol da
Legislaçã o, uma vez que a mesma é idosa, se encontra comprovado, no caso em apreço, o
requisito " renda ". Isto, pois o grupo familiar do Requerente é composto por duas pessoas :
o Autor e sua esposa.
10.- A pretensã o da parte Autora vem amparada no art. 203, inciso V, da Constituiçã o
Federal de 1988 e demais normas aplicá veis. A parte Requerente necessita da concessã o do
benefício em tela para custear a pró pria vida, tendo em vista que nã o reú ne condiçõ es de
patrocinar seu sustento desenvolvendo atividades laborativas.
11.- Dessa forma, o nã o enquadramento no critério estabelecido pelo artigo 20, §3°, da Lei
8.742/93 (renda per capita inferior a 1⁄4 do salá rio mínimo), com o conseqü ente
indeferimento do seu pedido de beneficio, se deu em razã o da renda do salario percebido
pelo esposo da Autora , a título de aposentadoria, ser superior ao valor determinado na
legislaçã o.
11.1- Logo, tem-se a situaçã o de RISCO E MISERABILIDADE em que inserido o grupo
familiar, onde a renda total é ( claramente ) insuficiente para garantir seu sustento com
dignidade.
12.- Ou seja, nã o obstante o esposo da Requerente receber o pagamento mensal no valor de
um pouco maior que o salá rio mínimo, sua renda mensal NÃ O pode ser computada para
fins de cá lculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.
12.1.- É o que se extrai do ARTIGO 34, PARÁ GRAFO Ú NICO, DA LEI N° 10.741/03
(dispositivo acima transcrito), certo que o benefício mensal de UM salá rio mínimo recebido
por qualquer membro da família, como ú nica fonte de recursos, nã o afasta a condiçã o de
miserabilidade do nú cleo familiar, em cuja situaçã o se justifica a concessã o de amparo
social a outro membro da família.
13.- Ao interpretar a norma de concessã o do benefício de Amparo Assistencial quando há
no nú cleo familiar um membro que receba LOAS ou qualquer outro benefício no valor de
um salá rio mínimo , a orientaçã o uníssona da jurisprudência é de que nã o é a NATUREZA
do benefício (previdenciá rio ou assistencial) que deve ser considerada para a concessã o do
benefício assistencial, mas sim o seu VALOR .
14.- Nessa toada, através da Açã o Civil Pú blica n° 2004.38.00000-00 ajuizada pela
Procuradoria da Repú blica do município de Uberlâ ndia em face do INSS e Uniã o, restou
determinado que se desconsidere, para efeito de cá lculo da renda familiar que se refere à
Lei n° 8.742/93, QUALQUER BENEFÍCIO PREVIDENCIÁ RIO DE VALOR IGUAL AO SALÁ RIO
MÍNIMO CONCEDIDO A OUTRO MEMBRO DA FAMÍLIA , estendendo seus efeitos
igualmente a idosos e deficientes físicos.
15. - E mais A INSTRUÇÃ O NORMATIVA N.° 02, DE 09 DE JULHO DE 2014, DA ADVOCACIA
DA GERAL DA UNIÃ O, ESTABELE EM SEU ARTIGO 1.°, I, A, A CONCESSÃ O DE PAGAMENTO
DE LOAS AO IDOSO.
16.- Assim, é pacífico que o que deve ser considerado é o VALOR do benefício ( um salá rio
mínimo ) que outro membro do nú cleo familiar receba, e nã o sua NATUREZA
( previdenciá rio ou assistencial ).
17.- Nessa esteira, NÃ O DEVE SER IGUALMENTE CONSIDERADA A TITULARIDADE DOS
BENEFICIÁ RIOS, "IDOSO" OU "DEFICIENTE", MAS SIM O VALOR DO BENEFÍCIO QUE UM
OU OUTRO RECEBA.
18.- Destarte, o fato de o esposo da Requerente receber o pagamento mensal nã o impede a
concessã o do "benefício assistencial" a ela, pois, independentemente da natureza ou origem
da renda, A SITUAÇÃ O ECONÔ MICA É A MESMA , devendo ser aplicada a regra do
Pará grafo ú nico do artigo 34 da Lei 10.741/03.
19.- Há , igualmente, PROVA INEQUÍVOCA do direito ao benefício, pois as Leis n° 8.742/93 e
10.741/03 (Estatuto do idoso) sã o expressas ao dispor sobre a concessã o do benefício
assistencial ao idoso com mais de 65 anos, que nã o possuir meios de prover a pró pria
manutençã o e nem de tê-la provida por sua família, nã o devendo a renda no valor de um
salá rio mínimo percebida por qualquer membro da família ser computada para fins do
critério adotado para se concluir pela incapacidade de prover a pró pria manutençã o, qual
seja, renda mensal per capita inferior a 1⁄4 do salá rio mínimo.
20.- O artigo 203, V da CF dispõ e sobre a organizaçã o da Assistência Social e deu origem à
publicaçã o da Lei n° 8.742/93, ao autorizar o recebimento do benefício assistencial, por
idade e por deficiência , o fez de maneira idêntica, limitando o seu recebimento à ausência,
por si pró prio e por seus familiares, de meios de subsistência, "in verbis" :
Art.203: A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
V - a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei. (Grifo da subscritora).

Pelo exposto, a Autora faz jus ao amparo assistencial que ora pleiteia, independentemente
de seu marido auferir pequeno rendimento por meio do exercício de trabalho informal, que
nã o alcança sequer o valor de 01 (um) salá rio mínimo.
DO PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA
21.- Os requisitos autorizadores da tutela de urgência encontram-se presentes no pedido
por ó bvias razõ es.
22.- O benefício que aqui se trata - amparo assistencial - mais do que natureza alimentar ,
tem CARATER EXISTENCIAL .
23.- A Autora encontra-se em estado de necessidade, vivendo situaçã o emergencial, em
razã o das patologias anteriormente anunciadas necessita de contínuo tratamento de saú de
e cuidados especiais, sem, contudo, dispor de qualquer fonte de renda que lhe garanta o
tratamento de saú de e até a pró pria alimentaçã o, despesas que também nã o podem ser
suportadas por seus familiares.
24.- Trata-se de uma questã o de SOBREVIVÊ NCIA, configurando, destarte, FUNDADO
RECEIO DE DANO IRREPARÁ VEL se nã o atendido o pedido da tutela de urgência com a
imediata implantaçã o do benefício. Destaque-se a jurisprudência a respeito:
PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. LEI 8.742/93. ART. 20. TUTELA ANTECIPADA CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
1. A não-concessão da tutela pode muitas vezes acarretar um dano de difícil reparação, como, na hipótese, se trata
de pessoa portadora de moléstias gravíssimas, não podendo ser prejudicada com a demora do processo.
2. O entendimento de que não pode haver antecipação de tutela contra a Fazenda Pública está ultrapassado, pois
fere os comezinhos princípios de direito; o direito que todos têm de um tratamento igualitário. O Supremo
Tribunal Federal, inclusive, entende que, em questões previdenciárias, não se aplica o que foi decidido na ADC 4
(cf. Reclamações 1.157, 1.022 e 1.104 ajuizadas pelo INSS).
3. Sendo o autor portador de moléstias que o incapacitam para a vida independente e para o trabalho, bem como
não dispondo de renda familiar per capita superior a 1/4 do salário mínimo, cabível a antecipação da tutela para
conceder-lhe o benefício previsto no art. 20 da Lei 8.742/93.
4. Agravo de instrumento provido.(Agravo de Instrumento n° (00)00000-0000/DF, 2a Turma do TRF da 1a Região,
Rel. Des. Federal Tourinho Neto. j. 14.05.2003, unânime, DJ 11.06.2003, p. 34).

25.- Há igualmente, PROVA INEQUÍVOCA do direito ao benefício, pois a Lei n° 8.742/93 é


expressa ao dispor sobre a concessã o do benefício assistencial ao deficiente que nã o
possuir meios de prover a pró pria manutençã o e nem de tê-la provida por sua família, nã o
devendo a renda no valor de um salá rio mínimo percebida por qualquer membro da
família, ser computada para fins do critério adotado para se concluir pela incapacidade de
prover a pró pria manutençã o, qual seja, renda mensal per capita inferior a 1⁄4 do salá rio
mínimo.
26.- A Autora encontra-se em estado de extrema necessidade, vivendo situaçã o
emergencial, pois somente o salá rio do companheiro, é insuficiente para prover até as
necessidades bá sicas mensais da família com alimentaçã o, á gua, energia elétrica,
medicamentos, etc, conseqü entemente impõ e toda a família a uma existência humana
indigna, trata-se de uma questã o de SOBREVIVÊ NCIA.
27.- Embora já fora extensamente debatido quanto à possibilidade ou nã o da concessã o da
antecipaçã o da tutela em face da Endereço que a Lei n°. 9.494, de 10.09.97, ao disciplinar o
assunto, regula as condiçõ es em que se dará a concessã o. Neste diapasã o, discorre o Douto
jurista Nome:
" Pensamos, aliás, que a tão comentada MP 1.570, de 26.03.1997, convertida na Lei 9.494, de 10.09.97, ao querer
dificultar, impor óbice, criar embaraço à concessão de antecipação de tutela contra a Fazenda Pública, veio, na
verdade, reconhecer ser possível a antecipação de tutela contra a Fazenda, já que praticamente determinou em
que condições deve ser concedida". (Luiz Rodrigues WAMBIER, Curso de Avançado de Processo Civil - Teoria Geral
do Processo e Processo de Conhecimento - Vol.1, 4a edição, Editora Revista dos Tribunais, p. 378).

28.- Nã o obstante o disposto no art. 100 da CF, acerca do regime dos precató rios devidos
pela Endereço observar que há no presente caso um conflito de normas de mesma
hierarquia, isto é, de um lado o regime de precató rios descrito no art. 100 da CF, de outro, o
direito à vida e à dignidade , previstos no art. 5°, " caput " e art. 1°, inciso III, da Lei Maior,
respectivamente.
29.- Destarte, verifica-se que o citado "conflito" se dá entre normas de uma mesma fonte
legal e de mesma hierarquia, assim, para que seja solucionado mister se faz a utilizaçã o dos
Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade , para verificar qual direito deve ser
sacrificado em virtude de um mais importante, como nos ensina Nome:
" O princípio da razoabilidade atua sempre como instrumento de eficácia negativa, ou seja, mediante moderação,
ponderação, equilíbrio etc., objetivando impedir que o poder estatal cometa excessos contra os direitos
fundamentais do cidadão ". (Francisco Fernandes de Araújo, Princípio da Proporcionalidade - Significado e
Aplicação Prática , Editora Copola, p. 55) (Grifo da subscritora).

30.- No tocante a aplicaçã o do princípio da proporcionalidade, constata-se que podemos


dizer que este tem por escopo a ponderaçã o, harmonia e equilíbrio, assentado no
entendimento comum dos valores encontrados na sociedade, devendo assim sacrificar um
direito digno de tutela em razã o de um direito maior,
31.- Insta esclarecer que os princípios que regem o Nome nã o esta amparado nos princípios
que regem a vida humana??? Estamos aqui falando de um principio que rege o Direito da
Autora, O DIREITO AO AMPARO CONSTITUCIONAL, assim temos os princípios bá sicos da
seguridade social, também chamados de objetivos, onde estã o previstos no art. 194 da
Constituiçã o Federal de 1988 e seguem abaixo enumerados:
PRINCIPIO DA Solidariedade; onde este principio garante que as pessoas não fiquem à mercê da própria sorte
diante de determinados problemas em suas vidas, amparando os segurados que necessitam;
Princípio da Obrigatoriedade - Esse princípio decorre da solidariedade, mas informa que a solidariedade que forma
a seguridade social não é optativa, mas obrigatória a todos.

32.- A norma constitucional exige para a concessã o do benefício assistencial, a


impossibilidade de a Requerente se manter, por si pró prio ou por sua família o que fica
provado é que a Autora preenche todos os requisitos para recebimento do beneficio, por
ser deficiente e ainda pelo fato de estar grá vida, já em fase final de gestaçã o, nã o tendo
como trabalhar para sobreviver, vivendo de ajuda de familiares .
33.- Diante disso, requer-se à Vossa Excelência se digne deferir a Tutela Antecipada,
oficiando-se ao Requerido para que o mesmo inicie o pagamento do benefício.
Pelo exposto, a Autora faz jus ao amparo assistencial que ora pleiteia, independentemente
de seu marido auferir renda, pois nã o é motivo de indeferimento para o beneficio pleiteado.
DO PEDIDO
Requer a citaçã o do Nome-réu para que, querendo, conteste o pedido, comparecendo até o
seu final, quando julgado totalmente procedente, seja condenado a:
a) Reconhecer que estã o preenchidos os requisitos legais, restabelecendo o Amparo Social
para Pessoa Idosa (LOAS), a partir de sua suspensã o, ou seja, 20.04.2017 e seu respectivo
pagamento;
b) Tudo acrescido dos juros de lei, despesas processuais, custas judiciais e honorá rios
advocatícios em razã o da sucumbência;
c) Sejam antecipados os efeitos da tutela, restabelecendo desde já , o benefício LOAS -
benefício de cará ter alimentar, realizando-se os pagamentos a partir de REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO, compensando-os quando da decisã o final do processo;
d) Diante dos princípios da celeridade e efetividade e, levando em conta o cará ter alimentar
do pedido, requer que este D. Juízo, caso julgue procedente a presente açã o, determine a
implantaçã o da renda mensal, no prazo de 30 (trinta dias);
e) Que o Nome-réu, seja compelido a juntar, nos autos, có pia do processo administrativo
referente ao benefício assistencial n° 88/00000-00
Por derradeiro, requer:
Para provar o alegado, todos os meios de prova em direito permitido, oitiva de
testemunhas, juntada e requisiçã o de novos documentos, vistorias, exames, avaliaçã o
assistência e prova pericial.
Os benefícios da justiça gratuita em face do cará ter alimentar da açã o e dos parcos recursos
da Autora, que nã o lhe permitem suportar as despesas do processo.
Dá à causa o valor de R$ 00.000,00.
Termos em que,
P. Deferimento.
Mogi Guaçu.01 Nome 2019.
Nome C. Rosa Barbosa
00.000 OAB/UF

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