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PRIORIDADE: IDOSO
XXXXX nã o possui endereço eletrô nico, por intermédio de seu advogado que esta
subscreve, com endereço comercial inserido no rodapé desta, endereço eletrô nico:
priscilamaceio.adv@gmail.com, contato telefô nico , onde recebe intimaçõ es e notificaçõ es
vem, com o devido respeito perante Vossa Excelência, ajuizar a presente:
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM PEDIDO DE
TUTELA
Em face do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL (INSS), – Autarquia Federal, a ser citada na pessoa de seu representante legal,
situada no Bloco O, Quadra 02, Via AS Três, Brasília/DF, pelos seguintes fundamentos
fá ticos e jurídicos que passa a expor:
DAS PRELIMINARES
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Antes de adentrar no mérito da presente lide, a parte Requerente requer lhe sejam
deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, por nã o poder arcar com os ô nus financeiros da
presente açã o, sem que com isso sacrifique o seu pró prio sustento e o de sua família,
conforme declaraçã o que segue anexa e fundamentaçã o exarada no tó pico presente.
Novo CPC, desde logo, clama pela concessã o dos benefícios da GRATUIDADE DA JUSTIÇA
lato sensu, eis que se trata do primeiro pronunciamento da parte autora, o qual, vem
instruído com a declaraçã o de hipossuficiência da requerente.
Nesse diapasã o, requer a juntada aos autos da inclusa declaraçã o de sua “insuficiência de
recursos” para o deferimento da benesse, cuja afirmaçã o goza de presunçã o de veracidade (
§ 3º do art. 99, NCPC).
Saliente-se, por oportuno, que o simples fato de a parte estar representada por advogado
particular nã o constitui condiçã o para o indeferimento do pedido da gratuidade de justiça;
questã o sanada pelo § 4º, do Artigo 99, do Novo CPC.
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE EVIDÊNCIA
ENTENDE O ASSISTIDO QUE A ANÁLISE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA PODERÁ SER
MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA.
O novo Có digo de Processo Civil estabeleceu em seu art. 300 que “A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado ú til do processo”. Nesse sentido, o novo diploma legal exige
para a concessã o da tutela de urgência dois elementos, quais sejam o fumus boni iuris e o
periculum in mora.
Ora, Excelência, a parte Autora necessita da concessã o do benefício em tela para custear a
sua vida, tendo em vista que nã o reú ne condiçõ es de executar atividades laborativas, é
idosa e, consequentemente, nã o pode patrocinar a pró pria subsistência.
Portanto, apó s a realizaçã o da perícia pertinente ao caso, (social) ficará claro que a parte
Autora preenche todos os requisitos necessá rios para o deferimento da Antecipaçã o de
Tutela, tendo em vista que o laudo psicossocial fará prova inequívoca quanto ao direito
pretendido, comprovando assim o fumus boni iuris. O periculum in mora se configura pelo
fato de que se continuar privada do recebimento do benefício, a Demandante terá seu
sustento prejudicado, tendo em vista que o atestado de pobreza, o registro no Cadastro
Ú nico, como também todo o processo administrativo de concessã o do assistencial do LOAS
que foi negado pelo requerido
Os requisitos de que haja fundado receio de dano irrepará vel ou de difícil reparaçã o nã o
está caracterizado porque se trata de verba de natureza alimentar essencial para
subsistência da autora e de sua família com base na sua condiçã o de miserabilidade.
Aliá s, nã o há ó bice de concessã o de tutela antecipada para a concessã o de benefício
assistencial do LOAS, dado o seu cará ter alimentar.
Assim tem se manifestado a jurisprudência de forma pacífica:
Ementa: BENEFÍCIO DE AMPARO SOCIAL À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊ NCIA E AO
IDOSO. ART. 203, V, CF/88. LEI 8.742 /93. REQUISITOS PREENCHIDOS. TERMO A QUO.
CORREÇÃ O MONETÁ RIA. JUROS DE MORA. HONORÁ RIOS. IMPLANTAÇÃ O DO BENEFÍCIO.
1. Sentença sujeita à revisã o de ofício, eis que proferida contra o INSS (art. 475 , I , do CPC)
e de valor incerto a condenaçã o (a contrá rio sensu do § 2º do mesmo artigo). 2. A
concessã o do benefício de prestaçã o continuada denominado Amparo Social à Pessoa
Portadora de Deficiência Física e ao Idoso (art. 203 da CF/88 e art. 2º , V , Lei 8.742 /93)
exige apenas a comprovaçã o de que a parte requerente é deficiente e/ou idosa e que nã o
possui meios de prover a pró pria manutençã o ou de tê-la provida por sua família. 3. No
caso dos autos, a prova pericial (laudo médico) e o laudo social demonstram que a parte
requerente é deficiente e que nã o possui meios de prover a pró pria manutençã o ou de tê-la
provida por sua família, devendo ser concedido o benefício assistencial pleiteado,
observado o quanto disposto no art. 21 da Lei n. 8.742 /1993, ainda que o direito ao
benefício tenha sido assegurado apenas em juízo. 4. Nã o caracteriza ato ilícito, a ensejar
reparaçã o moral, o indeferimento de benefício previdenciá rio por parte do INSS, ou o seu
cancelamento, ou a demora na sua concessã o, salvo se provado o dolo ou a negligência do
servidor responsá vel pelo ato, em ordem a prejudicar deliberadamente o interessado. A
Administraçã o tem o poder-dever de decidir os assuntos de sua competência e de rever
seus atos, pautada sempre nos princípios que regem a atividade administrativa, sem que a
demora nã o prolongada no exame do pedido, a sua negativa ou a adoçã o de entendimento
diverso do interessado, com razoá vel fundamentaçã o, importe em dano moral ao
administrado. O direito se restaura pela determinaçã o de concessã o do benefício
previdenciá rio e nã o mediante indenizaçã o por danos morais. 5....Encontrado em: A Turma,
à unanimidade, negou provimento à apelaçã o do INSS e à remessa oficial, tida por
interposta, e deu parcial provimento à apelaçã o da parte autora. PRIMEIRA TURMA
18/11/2015 e-DJF1 P. 145 - 18/11/2015 APELAÇÃ O CIVEL AC 00002301620114014002
0000230-16.2011.4.01.4002 (TRF-1) DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS
OLIVEIRA.
I – DOS FATOS
A Requerente é extremamente pobre, contando atualmente com mais de 73 (setenta e
três) anos de idade, sem estudo e ao longo da vida nada conseguiu construir em termos de
patrimô nio.
Quando mais jovem nada conseguiu de emprego registrado, eis que quando jovem e casada
era do lar, por essa razã o nã o conta com contribuiçõ es sociais suficientes para requerer o
benefício da aposentadoria por idade nem a aposentadoria por tempo de contribuiçã o. A
autora reside atualmente sozinha, sobrevive e com ajuda de vizinhos.
Diante de tal situaçã o, o autor requereu o benefício assistencial do LOAS, junto ao INSS
conforme o requerimento administrativo em 27/04/2021, juntado em anexo do processo
administrativo a essa petiçã o.
Todavia, apó s o trâ mite normal, o benefício lhe foi negado, sob o argumento de que a
Autora nã o se encaixa na condiçã o de vulnerabilidade, por ultrapassar a renda per capta
para a concessã o do benefício, o que nã o se pode aceitar, eis que, nã o retrata a verdade dos
fatos, e é isso que legitima a propositura da presente Açã o.
E de clareza solar que, a vulnerabilidade social da requerente, pessoa idosa sem recursos
ou condiçã o de se manter com alimentos e remédios, exsurge desta forma o legítimo direito
de agir, assim a requerente busca a proteçã o jurisdicional, para que realize as perícias
necessá rias e ao final determine a Concessã o do benefício de prestaçã o social continuada-
BPC- LOAS, por medida de JUSTIÇA!!!
II – DO DIREITO
A pretensã o da autora em receber o benefício assistencial do BPC-LOAS encontra-se
amparada no art. 203, V, da Constituiçã o Federal que diz:
“A assistência social será prestada a quem dela necessitar, e tem por objetivos:
independentemente da contribuiçã o da Seguridade Social.”
(...)
V – a garantia de 1 salá rio mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência,
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la
provido por sua família conforme dispuser a lei.”
Com efeito, a Lei 8.742/93, aduz que:
Art. 2. “A assistência social tem por objetos:
(...)
V – a garantia de 1 (um) salá rio mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem nã o possuir meios de prover a pró pria manutençã o
ou de tê-la provida por sua família.”
Pois bem, a lei supramencionada garante a concessã o do benefício assistencial mediante a
comprovaçã o de 2 requisitos que sã o:
1) IDOSO COM MAIS DE 65 ANOS ou pessoa com portadora de deficiência;
2) Impossibilidade de prover seus próprios meios de subsistência ou tê-la provido
pela família. (grifo nosso).
Conforme dispõ e o art. 20 da Lei 8.743/93:
“Art. 20. O benefício de prestaçã o continuada é a garantia de um salá rio mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem
nã o possuir meios de prover a pró pria manutençã o nem tê-la provida por sua família.”
E diz o art. 34, da Lei 10.741/2003:
“Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que nã o possuam meios para prover sua
subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1
(um) salá rio mínimo, nos termos da Lei Orgâ nica da Assistência Social – Loas.”
No tocante a subsistência é vá lido mencionar mais uma vez que o autor e sua família é
extremamente pobre nã o podendo contar com a ajuda de seus familiares por estarem na
mesma condiçã o de pobreza atualmente contando com a comiseraçã o de pessoas solidá rias
para garantir de sua subsistência.
Impende mencionar que a necessidade de nossa família é pú blica e notó ria, ainda mais
quando se encontra em casa um idoso, contando com mais de 73 anos de idade.
Se já nã o bastassem as necessidades bá sicas da senhora Lenita, como o alimento, vestuá rio,
á gua, luz, a requerente possui despesas extras em virtude de inú meros tratamentos de
saú de, que se submete, e necessita de remédios que muitas vezes nã o se encontram no
posto de saú de do SUS.
Como, já nã o fosse o suficiente para constatar a situaçã o de miséria em que vive, a autora,
em virtude da necessidade, era difícil está se tornando insuportá vel, em dignidade, é
impossível falar, por isso atende ao requisito da miserabilidade imposto pela lei e faz jus ao
benefício.
Verifica-se, portanto que a pretensã o da autora deve ser acolhida pois preenche todos os
requisitos legais quais sejam a idade de 65 anos e a impossibilidade de prover sua
subsistência ou contar com a renda de seus familiares.
Assim acredita ter o legítimo direito reconhecido para que seja concedido à autora o
benefício assistencial do BPC-LOAS.
Assim tem se manifestado a jurisprudência de forma pacífica:
Ementa: BENEFÍCIO DE AMPARO SOCIAL À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊ NCIA E AO
IDOSO. ART. 203, V, CF/88. LEI 8.742 /93. REQUISITOS PREENCHIDOS. TERMO A QUO.
CORREÇÃ O MONETÁ RIA. JUROS DE MORA. HONORÁ RIOS. IMPLANTAÇÃ O DO BENEFÍCIO.
1. Sentença sujeita à revisã o de ofício, eis que proferida contra o INSS (art. 475 , I , do CPC)
e de valor incerto a condenaçã o (a contrá rio sensu do § 2º do mesmo artigo). 2. A
concessão do benefício de prestaçã o continuada denominado Amparo Social à Pessoa
Portadora de Deficiência Física e ao Idoso (art. 203 da CF/88 e art. 2º , V , Lei 8.742 /93)
exige apenas a comprovaçã o de que a parte requerente é deficiente e/ou idosa e que nã o
possui meios de prover a pró pria manutençã o ou de tê-la provida por sua família. 3. No
caso dos autos, a prova pericial (laudo médico) e o laudo social demonstram que a parte
requerente é deficiente e que nã o possui meios de prover a pró pria manutençã o ou de tê-la
provida por sua família, devendo ser concedido o benefício assistencial pleiteado,
observado o quanto disposto no art. 21 da Lei n. 8.742 /1993, ainda que o direito ao
benefício tenha sido assegurado apenas em juízo. 4. Nã o caracteriza ato ilícito, a ensejar
reparaçã o moral, o indeferimento de benefício previdenciá rio por parte do INSS, ou o seu
cancelamento, ou a demora na sua concessão, salvo se provado o dolo ou a negligência
do servidor responsável pelo ato, em ordem a prejudicar deliberadamente o interessado.
A Administraçã o tem o poder-dever de decidir os assuntos de sua competência e de rever
seus atos, pautada sempre nos princípios que regem a atividade administrativa, sem que a
demora nã o prolongada no exame do pedido, a sua negativa ou a adoçã o de entendimento
diverso do interessado, com razoá vel fundamentaçã o, importe em dano moral ao
administrado. O direito se restaura pela determinaçã o de concessão do benefício
previdenciá rio e nã o mediante indenizaçã o por danos morais. 5....
Encontrado em: A Turma, à unanimidade, negou provimento à apelaçã o do INSS e à
remessa oficial, tida por interposta, e deu parcial provimento à apelaçã o da parte autora.
PRIMEIRA TURMA 18/11/2015 e-DJF1 P. 145 - 18/11/2015 APELAÇÃ O CIVEL AC
00002301620114014002 0000230-16.2011.4.01.4002 (TRF-1) DESEMBARGADOR
FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA