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AO JUÍZADO ESPECIAL FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA

DE VITORIA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GAEL GRAUNA SOUZA, menor impúbere, neste ato representado por


sua genitora, ROSELAINE SOUZA SILVA, residente e domiciliada
na rua 12, nº 274, bairro Rosa Nova da Penha, Cariacica ES,
vem por intermédio de seu advogado, vem a presença de Vossa
Excelência propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO


CONTINUADA À PESSOA DEFICIENTE (BPC/LOAS)

em face do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS,


doravante REQUERIDO, que deverá ser citado na pessoa de seu
Representante Legal no endereço sito na Av. Mal.
Mascarenhas de Moraes, 1737 - Monte Belo, Vitória - ES,
29053-245, pelas razões de fato e de Direito a seguir
expostas:

1 - DOS FATOS

A Parte Autora tem 12 (doze) anos de idade, e convive com


seu genitor e madrasta, possuindo o quadro de TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA CID F84, conforme documentos acostados
nos autos.

No 24/05/2022, requereu junto à agência da Previdência


Social a concessão do benefício de prestação continuada da
assistência social a pessoa portadora de deficiência NB °
711.458.327-4, o qual restou indeferido, sob o argumento de
que não foi configurado A DEFICIENCIA.
Em continuação, a deficiência só não foi reconhecida devido
a chamada Funções do Corpo, que fora tido como leve, e as
demais avalições como GRAVE.

Entretanto, como fazem prova os documentos anexados com a


presente ação judicial, bem como os demais a serem
produzidos no decorrer do processo, a Parte Autora faz jus
ao benefício previdenciário indeferido, razão pela qual
busca o Poder Judiciário para ver seu direito reconhecido.

2 - DA TUTELA DE URGÊNCIA

Desde logo, registre-se cuidar-se a pretensão autoral de


requerimento com natureza alimentar, a qual, com base na
comprovação dos pressupostos dos arts. 294 e 300 do CPC,
pretende obter provimento favorável já em primeira
instância, por meio de pedido de tutela de urgência.

O Código de Processo Civil de 2015 mantém a possibilidade


do pedido de tutela de urgência como espécie de
“antecipação dos efeitos da tutela” ligada a pedido que
envolve a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo, sendo aqui requerida
aquela de natureza satisfativa.

Na presente situação, além da evidente existência de teses


jurisprudenciais e inúmeros dispositivos legais que
corroboram com o pleito autoral, tudo o quanto relatado
está devidamente comprovado por robusta documentação, vez
que fora acostado novos Laudos e Exames médicos, atestando
o quadro clínico grave e incurável; b) cópia do comunicado
de decisão negativa do INSS; c) Declaração de
Hipossuficiência constatando o seu estado de miserabilidade
d) CAD UNICO

O perigo de dano é evidenciado pelo fato de Autor se


encontrar deficiente como também em estado de
miserabilidade, sendo plenamente válido o requerimento do
BPC/LOAS,
Isto posto, pugna pela concessão da tutela de urgência em
caráter de medida liminar inaudita altera pars, pela
condenação da Ré a conceder-lhe o benefício previdenciário
pretendido, no prazo máximo de 30 dias.

3 - DO DIREITO
3-1 DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
3-1-2 DO IMPEDIMENTO A LONGO PRAZO
A Constituição Federal instituiu o benefício assistencial a
pessoa portadora de deficiência nos seguintes termos:
É cediço que a LOAS, no que diz respeito à pessoa portadora
de deficiência, condiciona a concessão do benefício de
prestação continuada ao preenchimento de dois requisitos:
1°) que o beneficiário tenha impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os
quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas e 2°) que sua família
tenha renda per capita inferior a ¼ (um quarto) do salário
mínimo.
Dessa forma, para a concessão do benefício assistencial, é
necessária a comprovação de 02 (dois) requisitos:

1. Ser pessoa com mais e 65 (sessenta e cinco) anos


de idade ou ser portador de deficiência;
2. Impossibilidade de possuir meios de prover sua
própria subsistência ou tê-la provida por sua
família.

Outrossim, a pretensão da Autora também encontra amparo no


art. 203, V, da Constituição Federal, que assim dispõe:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem


dela necessitar, independentemente de contribuição
à seguridade social, e tem por objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício
mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso
que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei”.
Neste sentido, foram colacionados laudos que confirmam as
patologias do autor, bem como reforçam a necessidade de
certos acompanhamentos e suas dificuldades/sintomas.

Assim a enfermidade que aflige o Autor constitui barreira


ao seu desenvolvimento natural, afetando até mesmo o
exercício das tarefas escolares, ainda que em
acompanhamento especializado. Disto importa frisar que a
sua inserção no mercado de trabalho quando da maioridade
será bastante difícil, pois estará em disparidade de
condições na busca pelo labor com as demais pessoas,
apresentando importante déficit mental.

Nesse sentido, importante registrar que a Lei 12.764/2012


versa sobre a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, ocasião em que
assim dispõe:

Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos


Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e
estabelece diretrizes para sua consecução.

1oPara os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno


do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica
caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:

I - deficiência persistente e clinicamente significativa da


comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência
marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação
social; ausência de reciprocidade social; falência em
desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de
desenvolvimento;

II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos,


interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores
ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais
incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de
comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.

2º A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada


pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

Art. 3º São direitos da pessoa com transtorno do espectro


autista:

I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre


desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;
II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;

III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção


integral às suas necessidades de saúde, incluindo:

a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;

b) o atendimento multiprofissional;

c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;

d) os medicamentos;

e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento;

IV - o acesso:

a) à educação e ao ensino profissionalizante;

b) à moradia, inclusive à residência protegida;

c) ao mercado de trabalho;

d) à previdência social e à assistência social.

Ainda assim, importante ressaltar que esse conjunto de


fatores demonstrados com certeza tornar-se-á um obstáculo
não só físico, como psíquico e mental. Tal diagnóstico,
juntamente com suas condições socioeconômicas, demonstra
que o Autor jamais competirá em igualdade de condições com
as demais pessoas na busca por emprego!

Outrossim, a Convenção Internacional sobre dos Direitos das


Pessoas com Deficiência de Nova Iorque foi incorporada no
ordenamento jurídico brasileiro com força de EMENDA
CONSTITUCIONAL, pela sistemática do art. 5º, § 3º da
Constituição Federal. No ponto, o Decreto 6.949/09 que
introduziu a norma citada assim dispõe em seu art. 7º:
Artigo 7

Crianças com deficiência

1. Os Estados Partes tomarão todas as medidas necessárias para


assegurar às crianças com deficiência o pleno exercício de todos
os direitos humanos e liberdades fundamentais, em igualdade de
oportunidades com as demais crianças.

2. Em todas as ações relativas às crianças com deficiência, o


superior interesse da criança receberá consideração

3. Os Estados Partes assegurarão que as crianças com deficiência


tenham o direito de expressar livremente sua opinião sobre todos
os assuntos que lhes disserem respeito, tenham a sua opinião
devidamente valorizada de acordo com sua idade e maturidade, em
igualdade de oportunidades com as demais crianças, e recebam
atendimento adequado à sua deficiência e idade, para que possam
exercer tal

Evidente que a patologia que acomete o Autor impõe imensas


dificuldades de inserção e participação social. Se não
realizado o tratamento adequado, futuramente o Demandante
não só verá frustradas eventuais buscas por emprego, como
também será levado à marginalização social, inegavelmente.

Dessa forma, não há que se falar em não preenchimento do


requisito de deficiência, sendo certo que a deficiência da
Requerente é clara e poderá ser facilmente constatada
através de Perícia Médica.

Outrossim, no que tange à incapacidade para vida


independente, a Turma Nacional de Uniformização de
Jurisprudência dos JEF já firmou entendimento de que não é
somente aquela que impede as atividades mais elementares da
vida da pessoa, mas também a impossibilita de prover seu
próprio sustento, conforme se lê, in verbis:

Enunciado da Súmula 29:

“Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742,


de 1993, incapacidade para a vida independente não
é só aquela que impede as atividades mais
elementares da pessoa, mas também a impossibilita
de prover ao próprio sustento”.

3-1-2 DA CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE


A parte autora entende que não há necessidade da pericia
social, eis que, o proprio INSS já reconheceu a
miserabilidade do requerente:
4- DO INDEFERIMENTO
Sustenta autarquia que o autor não preenche os requisitos
do art. 16, o 1º, 2º e 3º do Decreto nº 6214/2007 e
parágrafo 3º do art 16 do Decreto 6.564/2008.

Resta claro e evidente que tal argumento, não merece se


mante, pois o autor traz à baila, novos documentos e laudos
atualizados.

A jurisprudência acoberta o autor quanto ao direito ao


benefício:

E M E N T A BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. LOAS. PESSOA COM


DEFICIÊNCIA. MENOR IMPÚBERE. LAUDO POSITIVO. AUTISMO. CONDIÇÃO
DA AUTORA COMPROVADA. PERÍCIAS MÉDICA E SOCIAL. MISERABILIDADE.
NECESSIDADE PERMANENTE DE AUXÍLIO DE TERCEIROS PARA ATIVIDADES
COTIDIANAS. MISERABILIDADE INCONTROVERSA. NECESSIDADES BÁSICAS
NÃO ATENDIDAS. INTERVENÇÃO DO PODER PÚBLICO QUE SE JUSTIFICA.
BENEFÍCIO DEVIDO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA. DIB NA DER.
TEMA 810 STF. CONCECTÁRIOS LEGAIS. RECURSO DA PARTE RÉ
DESPROVIDO. (TRF-3 - RecInoCiv: 00002150220204036322 SP,
Relator: Juiz Federal LUCIANA JACO BRAGA, Data de Julgamento:
10/02/2022, 15ª Turma Recursal da Seção Judiciária de São
Paulo, Data de Publicação: DJEN DATA: 15/02/2022).

CONSTITUCIONAL. SEGURIDADE SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO


CONTINUADA AO DEFICIENTE (BPC). MENOR IMPÚBERE PORTADOR DE
AUTISMO. ANÁLISE CONJUNTA DA PERÍCIA MÉDICA E CONDIÇÕES
SOCIOECONÔMICAS, CONCLUI- SE RESTAR PREENCHIDO OS REQUISITOS DO
ART. 20, DA LEI Nº 8.742/93. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA
REFORMADA. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO. (TRF-5 - Recursos:
05090477720174058500, Relator: FÁBIO CORDEIRO DE LIMA, Data de
Julgamento: 31/10/2018, Primeira Turma, Data de Publicação:
Creta 31/10/2018 PP-).

No que tange ao primeiro requisito, a perícia médica realizada


por profissional designado pelo Juízo constatou que a autora,
com 7 anos de idade, apresenta transtornos globais do
desenvolvimento (autismo). Concluiu que ela apresenta
impedimento de longo prazo devido à incapacidade mental,
intelectual e sensorial desde 40 meses de vida (fls. 100/102).
Assim, a demandante preenche o requisito de ter deficiência.
Quanto ao segundo requisito, a lei exige que a renda familiar
per capita do requerente seja inferior a ¼ do salário mínimo
vigente (art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993). [...]Nesse sentido,
devem ser considerados os aspectos peculiares de cada caso, a
fim de se avaliar se a condição de necessidade do postulante
está presente, podendo, então, ser ultrapassado o limite
estabelecido em lei, utilizando-se o julgador da livre
convicção. Portanto, o requisito objetivo da renda per capita
de ¼ do salário mínimo não deve ser considerado como único
critério para preencher o requisito atinente à situação
socioeconômica do pleiteante ao benefício de prestação
continuada. Deve-se, ao invés disso, analisar se o postulante
possui ou não meios de prover à sua subsistência digna ou de
tê-la provida por sua família. [...] Logo, a parte autora faz
jus ao benefício de prestação continuada previsto no artigo 20
da Lei nº 8.742/1993 desde a data do requerimento
administrativo em 11/08/2014 (fls. 45). [...] TRF2 • 0088740-
78.2015.4.02.5152 • 02º Juizado Especial Federal de Niterói do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região - Inteiro Teor.

A escola em que estuda o requerente, realizou um relatório


quanto ao desempenho escolar do menor e descreveu que o
mesmo possui seletividade alimentar grande, tendo chorando
compulsivamente durante todo o período e difícil adaptação
com a professora.

Quanto à sua partipação em convívio, a escola é categoria


ao descrever que o menor possui dificuldade em falar para
os colegas de turma, se mantendo calado com a cabeça
abaixada.

Por fim, quando o mesmo está de frente para TV, esquece de


todo o resto e somente se concentra naquilo que está na
TV.

Logo, resta demonstrado o direito do Autor ao benefício


pretendido, do ponto de vista médico.

5 – DOS POSSIVEIS QUESTIONAMENTOS

1. Informar o telefone da parte autora, bem como ponto de


referência relativo ao endereço do requerente, de modo
a facilitar o cumprimento do mandado de verificação a
ser expedido oportunamente.

Rua Presidente Kennedy, 23, Jardim Carapina, tel


2798899-5191

2. Com quem a parte autora reside? Discriminar nome, CPF,


sexo, estado civil, profissão, data de nascimento e o
respectivo vínculo de parentesco com a parte autora.
Juntar documentos comprobatórios do parentesco.

O autor reside com sua genitora e seus três irmãos,


vivendo de benefícios assistenciais.
A parte autora tem filhos que não moram em sua
residência? Quantos? Informar nome, CPF, sexo, data de
nascimento, profissão, telefone e estado civil.

Não, trata-se de menor, mas possui dois irmãos, Victor


Gabriel Souza Neves e Gabrielly Vitoria Silva Martins

3. Informar nome, CPF, sexo, data de


nascimento, profissão, telefone e estado civil dos
genitores da parte autora (caso não estejam incluídos
na pergunta 2).

ELIEZIO GRAUNA DA SILVA, não sabendo informar o estado


civil, bem como profissão.

4. Discriminar, separadamente, qual a fonte de renda de


cada pessoa que reside com a parte autora. Exibir
cópia de contracheque. Caso alguma pessoa com mais de
dezoito anos de idade informe não ter renda, deverá
assinar declaração confirmando que não trabalha nem
mesmo no mercado informal fazendo biscates.

Renda apenas de benefícios assistenciais

5. A parte autora recebe pensão alimentícia de ex-cônjuge


ou de algum dos pais? Informar nome, CPF, sexo, data
de nascimento, profissão, telefone e estado civil do
alimentante.

Não recebe valores de pensão alimenticia

6. O imóvel da família é próprio ou alugado? Juntar cópia


de recibos e de contrato de locação, se for o caso. Em
caso de imóvel cedido (ou de locação com contrato
verbal), informar nome, CPF, sexo, data de
nascimento, profissão, telefone e estado civil do
cedente.

Reside em imóvel simples cedido pelo tio da genitora

7. A família da parte autora é beneficiada por algum


programa assistencial, como o Programa Bolsa Família?
Especificar o valor mensal benefício e identificar o
código NIS do benefício.

Recebe Bolsa Família, NIS: 12843580295

6 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:

1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,


na pessoa do seu representante legal, para que, querendo,
responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de
revelia;

2. Seja recebida a presente ação e que seja deferida a


SÚPLICA DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, ANTES MESMO DA CITAÇÃO DA
REQUERIDO;

3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS para conceder o benefício de prestação continuada
desde o requerimento administrativo, bem como pagar as
parcelas atrasadas, monetariamente corrigidas desde o
respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios,
ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;

4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS para arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios;

5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de


prova admitidos em direito, notadamente a documental e
testemunhal.

6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de


audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319,
VII, do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$ 23.086,03 (vinte e três mil e


oitenta e seis reais e três centavos).

Nestes Termos, pede deferimento

Vila Velha, 20 de Setembro de 2023.


JONATAS PEREIRA DA LUZ ARAUJO
OAB/ES 35.453

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