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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROS DA JUNTA DE

RECURSOS DO CONSELHO DE RECURSOS DO SEGURO SOCIAL

Numero do benefício: XXXX


Recorrente: XXX
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DA SEGURIDADE SOCIAL
Data do indeferimento: 04/10/2019

JOÃO XXX, brasileiro, união estável, portador


do CPF nº XXXX e do RG nº XXXXX SSP/GO, NIT: XXXXX, residente
e domiciliado na XXXXX, Padre Bernardo – GO, vem,
respeitosamente, perante Vossa Ilustríssima, apresentar

RECURSO ORDINÁRIO

contra decisão no processo administrativo que


indeferiu o benefício de prestação continuada sob a alegação
de não atender ao critério de deficiência para acesso ao BCP-
LOAS.

DOS FATOS

Em face da correspondência emitida pelo Serviço


de Monitoramento Operacional de Benefícios do INSS, vem o
Requerente informar que há flagrante equívoco na verificação
do critério da deficiência, motivo pelo qual foi indeferido
injustamente o benefício.

Entende que tal alegação é completamente


equivocada, visto que os documentos acostados dão conta de que
o Requerente desde o nascimento é PORTADOR DE SEQUELA DE BRIDA
DE CONSTRICÇÃO AMNIÓTICA EM MÃO ESQUERDA, CARACTERIZADA POR
AUSÊNCIA CONGÊNITA PARCIAL DO 1°, 2º E 3º QUIRODÁCTILOS, E
DIMINUIÇÃO DO PRIMEIRO ESPAÇO INTERDIGITAL com base nos CIDs:
Q71.3, Q74.9, M20.6, M21.8, Q68.1, conforme consta do
relatório médico emitido pela Rede Sarah de Hospitais de
Reabilitação, com data de 18/09/2019, documento anexo.
Para tanto cabe ressaltar que se trata de
sequela definitiva e irreversível de Síndrome de brida
amniótica na mão esquerda que apresenta desde a infância e
deformidade em garra no pé, sem indicação de procedimentos
cirúrgicos para as mãos e pés.

DO DIREITO

Assim, conforme o §2º, do art. 20, da Lei


8.742/93:

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a


garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco)
anos ou mais que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção nem de tê-la provida
por sua família.
(...)
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de
prestação continuada, considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com
as demais pessoas.
(...)

Não é possível vislumbrar o motivo pelo qual o


pedido do Requerente foi indeferido, visto que, conforme
consta dos laudos médicos, não houve melhora no seu quadro de
saúde.

Portanto, o motivo sustentado pelo INSS é


indevido e não merece amparo, devendo ser concedido o
Benefício Assistencial a pessoa com deficiência ao Requerente
que não possui condições para trabalhar em razão de seus
acentuados problemas de saúde, comprovados mediante
relatórios, laudos e receituários médicos.

DOS PEDIDOS

Assim, requer que seja concedido o Benefício


Assistencial a pessoa com deficiência. Para tanto, anexamos
cópias dos exames e relatórios que demonstram de forma límpida
o direito do requerente e a necessidade do referido Benefício
de Prestação Continuada, com vista a aplicação da mais lídima
justiça.

Nestes termos
Pede e espera deferimento

Padre Bernardo – GO, 28 de Outubro de 2019.

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