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SUMÁRIO

1. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 3


1.1 TESTES DE DIAGNÓSTICO EM ORTOPEDIA. ................................................... 3
1.1.1 TESTE DE JOBE:............................................................................................... 3
1.1.2 TESTE DE HAWKINS/ KENNEDY (2 MODOS): ................................................ 3
1.1.3 TESTE DE YOCUM: ........................................................................................... 4
1.1.4 TESTE DE APPLEY: .......................................................................................... 4
1.1.5 TESTE DE GERBER: ......................................................................................... 5
1.1.6 TESTE DA QUEDA DO BRAÇO:........................................................................ 6
1.1.7 GAVETA ANTERIOR E GAVETA POSTERIOR: ................................................. 6
1.1.8 TESTE DE SPEED: ............................................................................................ 7
1.1.9 TESTE DE YERGASON: .................................................................................... 8
2. COTOVELO. ........................................................................................................... 8
2.1 TESTE DE COZEN: .............................................................................................. 8
2.1.1TESTE DE MILL: ................................................................................................. 9
2.1.2 TESTE DE ESFORÇO EM ADUÇÃO: ................................................................ 9
3. PUNHO E MÃO. ...................................................................................................... 9
3.1 TESTE DE PHALEN E PHALEN INVERTIDO:...................................................... 9
3.1.1 TESTE DE FIENKELSTEIN: ............................................................................ 10
4. CERVICAL. ........................................................................................................... 11
4.1 TESTE DE COMPRESSÃO CERVICAL E COMPRESSÃO CERVICAL DE
JACKSON: ................................................................................................................ 11
4.1.1 TESTE DE UNDERBURG: ............................................................................... 11
5. LOMBAR ............................................................................................................... 12
5.1 TESTE DE LASÉGUE E TESTE DE ELEVAÇÃO COM A PERNA ESTENDIDA: 12
5.1.1 TESTE DE PHEASANT: ................................................................................... 13
5.1.2 TESTE DE MILGRAN: ...................................................................................... 13
5.1.3 TESTE DE KERNIG: ........................................................................................ 14
5.1.4 MANOBRA DE VALSALVA: .............................................................................. 15
6. QUADRIL. ............................................................................................................. 15
6.1 TESTE DO PIRIFORME (2 MODOS): ................................................................. 15
6.1.1 TESTE DE HOOVER: ...................................................................................... 16
6.1.2 TESTE DE PATRICK E FABERE: .................................................................... 16
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6.1.3 TESTE DE THOMAS: ....................................................................................... 17


6.1.4 TESTE DE OBER: ............................................................................................ 17
6.1.5 TESTE DE TRENDELENBURG: ...................................................................... 18
7. JOELHO. ............................................................................................................... 19
7.1 TESTE DE GAVETA ANTERIOR E POSTERIOR E TESTE DE LACHMAN: ...... 19
7.1.1 TESTE DE DEJOUR: ....................................................................................... 19
7.1.2 TESTE PIVOT SHIFT: ...................................................................................... 20
7.1.3 TESTE DE MCMURRAY: ................................................................................. 21
7.1.4 TESTE DE APPLEY POR COMPRESSÃO E APPLEY POR TRAÇÃO: .......... 21
7.1.5 TESTE DE STEINMAN: ................................................................................... 22
8. TORNOZELO ........................................................................................................ 23
8.1 TESTE DE THOMPSON: .................................................................................... 23
8.1.2 TESTE DE SINAL DE GAVETA DO PÉ: ........................................................... 23
9. TESTES SORTEADOS, CRISLAINE, GABRIELA E TANISE. ............................... 23
9.1 TESTE DE NEER: - (Tanise) ............................................................................... 23
9.1.1 TESTE DE COMPRESSÃO PATELAR E RASPAGEM PATELAR: - (Tanise)... 24
9.1.2 AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL: - (Tanise) ................................................ 25
9.1.3 AVALIAÇÃO DOS PARES CRANIANOS: - (Tanise) ......................................... 29
9.1.4 TESTE DE GAENSLEN, (Crislaine). ................................................................ 35
9.1.7 TESTE DE SPURLING (Gabriela). ................................................................... 38
9.1.8 TESTE DE INSTABILIDADE LATERAL (STRESS EM INVERSÃO) E
INSTABILIDADE MEDIAL (STRESS EM EVERSÃO) (Gabriela). ............................. 39
9.1.9 TESTE DE REAÇÃO AUTOMÁTICA (Gabriela) ............................................... 39
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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 TESTES DE DIAGNÓSTICO EM ORTOPEDIA.

1.1.1 TESTE DE JOBE:

O teste serve para detectar se o paciente tem uma ruptura parcial do tendão ou
uma tendinite.
Como é realizado o teste: Paciente com o braço estendido em supinação,
fisioterapeuta irá aplicar uma resistência sobre o punho do paciente e solicita ao
mesmo para que faça uma rotação interna do ombro, caso o paciente sinta dor o teste
é positivo para ruptura parcial do tendão ou tendinite, se ele sentir fraqueza iremos
detectar fraqueza do supra espinal.

1.1.2 TESTE DE HAWKINS/ KENNEDY (2 MODOS):

Posição do paciente: Idem ao teste anterior.


Descrição do teste: O terapeuta deverá apoiar a sua mão no ombro do paciente
e com a outra mão conduzir o cotovelo em flexão de 90º de rotação externa para
interna. Esse teste proporciona o atrito do tendão supra-espinhoso sob a abóboda
acromial, podendo reproduzir a sintomatologia dolorosa.
Sinais e sintomas: O paciente no momento do teste refere dor ao movimento
que abrange o ombro e a face ântero-lateral do braço.
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1.1.3 TESTE DE YOCUM:

Posição do paciente: Em pé com o braço acometido em flexão e adução,


cotovelo a 90º e mão apoiada no ombro oposto.
Descrição do teste: Terapeuta, em frente ao paciente, instrui para que o mesmo
realize uma flexão do braço até o cotovelo tocar a testa. O terapeuta poderá auxiliar o
paciente a elevar ainda mais o cotovelo, isso irá exacerbar os sintomas de uma
tendinite ou alguma lesão na articulação acromioclavicular.
Sinais e sintomas: Tanto para o quadro de tendinite do supra-espinhoso como
no caso de uma artrite acromioclavicular o paciente manifestará dor no ápice do
ombro.

1.1.4 TESTE DE APPLEY:

Descrição: O teste de Appley é usado para avaliar pacientes com suspeita


de lesão nos meniscos do joelho. O diagnóstico deste tipo de lesões meniscais pode
ser difícil por os meniscos serem avasculares e não terem suprimento nervosos nos
seus dois terços internos, resultando em muito pouca dor ou inchaço quando ocorre
uma lesão.
Técnica: Colocar o paciente em decúbito ventral, com o joelho flexionado a
90º. O examinador roda então a tíbia lateral e medialmente, combinando este
movimento primeiro com distração e depois com compressão. Se a rotação a
crescida de distração é mais dolorosa ou mostra amplitude de rotação
aumentada em relação ao normal para aquele joelho (testar joelho contralateral), a
lesão é provavelmente ligamentosa. Se a rotação acrescida de compressão é mais
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dolorosa ou mostra rotação diminuída em relação ao normal, a lesão


é provavelmente no menisco.

1.1.5 TESTE DE GERBER:

Estruturas envolvidas: Subscapular.


Posicão inicial: O Teste de Gerber geralmente é realizado com o paciente em
pé, mas também pode ser realizado com o paciente sentado. O braço do paciente é
colocado em rotação interna com a mão atrás da parte inferior da coluna lombar
traseira / média. O dorso da mão (parte de trás da mão) é contra a coluna lombar do
paciente.
Movimento de teste: Nesta posição, o paciente tenta afastar a mão da parte
inferior das costas estendendo-se e fazendo girar o braço internamente. O
examinador também pode fornecer resistência a este movimento se o paciente for
capaz de completar o movimento.
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1.1.6 TESTE DA QUEDA DO BRAÇO:

Objetivo do teste: Serve para detectar um problema no ombro chamado


Síndrome do impacto.
Como é realizado o teste: Paciente faz a abdução do ombro a 90º,
Fisioterapeuta solicita que o paciente desça o braço lentamente, se o mesmo não
conseguir o teste é positivo, sugere ruptura total do tendão do supra espinal. Ao
realizar a abdução do ombro (com a suspeita da síndrome do impacto), neste
movimento o tubérculo maior do úmero se choca com o acrômio, vai rasgando o
tendão e nos casos mais graves pode detectar ruptura total do tendão.

1.1.7 GAVETA ANTERIOR E GAVETA POSTERIOR:

Descrição: O teste de gaveta anterior é comumente usado para testar


a integridade do ligamento cruzado anterior (LCA). Este é um dos mais conhecidos e
mais utilizados exames especiais em ortopedia e é também um dos mais fáceis de
executar.
Técnica: O teste é realizado com o paciente deitado de barriga para cima, com
os joelhos dobrados a cerca de 90º. O examinador senta-se em ambos os pés do
paciente e coloca suas mãos em torno da tíbia superior da perna a examinar. Os
polegares de ambas as mãos devem ficar na tuberosidade anterior da tíbia. A partir
desta posição o examinador puxa a tíbia para si. Este teste é considerado positivo se
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houver translação anterior excessiva e uma sensação de fim de movimento mole, que
é indicativo de que o movimento é parado não pelo LCA, mas sim por estruturas
secundárias. O examinador deve fazer o mesmo teste com a outra perna como
comparação.

1.1.8 TESTE DE SPEED:

Descrição: O teste de Speed é usado para testar o labrum glenoidal e o tendão


bicipital, perante suspeita de lesões como ruturas no bordo superior do labrum
glenoidal ou tendinite bicipital.
Técnica: Para executar o teste de Speed, o examinador coloca o braço do
paciente em flexão de ombro, rotação externa, extensão completa do cotovelo e
supinação do antebraço. Resistência manual é então aplicada pelo examinador no
sentido descendente. O teste é considerado positivo se for reproduzida a dor no
tendão bicipital ou sulco bicipital.
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1.1.9 TESTE DE YERGASON:

Descrição: O Teste de Yergason é utilizado para testar o tendão bícipite, em


suspeita de patologias como a tendinite bicipital.
Técnica: O paciente deve estar sentado ou em pé, com o úmero em posição
neutra e o cotovelo em 90º de flexão. O paciente é solicitado a fazer rotação externa
e supinação do seu braço contra a resistência manual do terapeuta. O Teste de
Yergason é considerado positivo se for reproduzida a dor no sulco bicipital durante o
teste.

2. COTOVELO.

2.1 TESTE DE COZEN:

Descrição: Este teste é utilizado para determinar a presença de epicondilalgia


lateral do cotovelo.
Técnica: Estabilizar o antebraço do paciente e instruí-lo para fechar o punho,
fazer pronação do antebraço, desvio radial, e extensão do punho. Em seguida, o
fisioterapeuta palpa o epicôndilo lateral e, com a outra mão aplica uma força de para
flexão do punho contra a resistência do paciente. O teste é considerado positivo se for
reproduzida a dor na face lateral do cotovelo.
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2.1.1TESTE DE MILL:

Descrição: O objetivo deste teste é determinar a presença de um epicondilalgia


lateral do cotovelo.
Técnica: O fisioterapeuta deve palpar o epicôndilo lateral, enquanto
passivamente faz pronação do antebraço, flexão do punho e extensão do cotovelo. O
teste é considerado positivo se reproduzir a dor na face lateral do cotovelo.

2.1.2 TESTE DE ESFORÇO EM ADUÇÃO:

Descrição: Testa o ligamento colateral radial.


Técnica: Paciente sentado ou em pé, o fisioterapeuta estabiliza o braço do
paciente e com a outra mão segurando o antebraço realiza stress em varo, se houver
relato de dor, ou haver instabilidade, ou aumento do espaço articular, o teste é positivo.

3. PUNHO E MÃO.

3.1 TESTE DE PHALEN E PHALEN INVERTIDO:

Posição do paciente: Sentado ou em pé, com os cotovelos fletidos à 90º e com


os punhos com o dorso em contato e à 90º de flexão.
Descrição do teste: O terapeuta instrui o paciente para realizar uma flexão do
punho e colocar o dorso da mão em contato com a outra mão, permanecendo por 1
minuto.
Sinais e sintomas: Esse teste serve para diagnosticar a síndrome do túnel do
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carpo e o aparecimento de formigamento ou dormência na mão, principalmente na


região que vai até o 3º dedo, demonstra positividade do teste.

3.1.1 TESTE DE FIENKELSTEIN:

Posição do paciente: Sentado ou em pé, com o polegar aduzido e fletido, sendo


“segurado pelos outros dedos”, associado a um desvio ulnar.
Descrição do teste: Teste utilizado para diagnosticar a tenossinovite
estenosante De Quervain, que abrange o primeiro compartimento dorsal (tendões do
abdutor longo e do extensor curto do polegar). O terapeuta instrui o paciente para
realizar ativamente ou passivamente o desvio ulnar estando com o polegar aduzido e
fletido na palma da mão.
Sinais e sintomas: Dor com forte sensação de “agulhada” sobre o processo
estilóide do rádio.
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4. CERVICAL.

4.1 TESTE DE COMPRESSÃO CERVICAL E COMPRESSÃO CERVICAL DE


JACKSON:

Compressão Cervical: Paciente sentado com a cabeça em posição neutra,


terapeuta exerce uma compressão na cabeça com as duas mãos. Se o paciente
relatar dor é sugestivo de compressão e/ou irritação nervosa ou alterações nos discos
intervertebrais.
Compressão Cervical de Jackson: Paciente sentado com a cabeça em posição
neutra, terapeuta realiza uma compressão com inclinação para o lado acometido. Se
o paciente relatar aumento da dor é sugestivo de compressão discal. Quando inclinar
para o outro lado e o pacientet relatar alívio da dor é positivo para compressão discal
e se ele relatar queimação e/ou parestesia é sugestivo de irritação da raiz nervosa.

4.1.1 TESTE DE UNDERBURG:

Paciente em pé: Orientá-lo para estender os braços, com abdução de 20º e


supinar as mãos. Fechar os olhos, realizar uma extensão da cabeça e marchar em
seguida. Depois pedir para o paciente olhar para um dos lados se ele relatar tontura,
vertigem, turvação visual ou náusea é sugestivo de compressão da artéria basilar ou
artéria vertebral.
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5. LOMBAR

5.1 TESTE DE LASÉGUE E TESTE DE ELEVAÇÃO COM A PERNA ESTENDIDA:

Teste de Laségue: Paciente em posição supina. Realizar a flexão do quadril com


o joelho fletido, se o paciente relatar alívio da dor o teste é positivo; e ao realizar a
extensão do joelho ele relatar dor em queimação é a confirmação do teste. O objetivo
do teste é verificar radiculopatia do isquiático ou uma provável hérnia discal.
Teste de Elevação com a Perna Retificada: Este teste é realizado para estirar
proximalmente o nervo isquiático e sua cobertural dural. Deve ser realizado com
paciente em supino com os membros inferiores estendidos. Terapeuta segura o
calcanhar e realiza a flexão do quadril com o joelho estendido do membro pesquisado,
se o paciente sentir agravamento da dor na região lombar entre 35º a 70º de flexão,
pode-se suspeitar de irritação da raiz nervosa do isquiático por patologia do disco
interverbral. “Caso o paciente referir dor na perna oposta, isso será chamado de
resposta cruzada positiva, sendo significativa para um disco herniado”. Atenção: Você
pode determinar se a dor é causada por isquiotibiais encurtados ou se é de origem
neurogênica, elevando a perna até o ponto da dor; então baixando-a levemente, isso
deverá reduzir a dor na perna. Depois faça a dorsiflexão passsiva do pé, para
aumentar o alongamento do isquiático. Se essa manobra causar dor, então será de
origem neurogênica.
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5.1.1 TESTE DE PHEASANT:

Paciente em decúbito ventral, terapeuta exerce uma pressão com uma das
mãos na região lombar e realiza passivamente a flexão dos joelhos até que os
calcanhares toquem as nádegas. Se o paciente sentir dor neste movimento, o teste é
sugestivo para uma vértebra luxada ou fora do espaço.

5.1.2 TESTE DE MILGRAN:

Posição do paciente: Decúbito dorsal com as pernas em extensão de 5º a 10º.


Descrição do teste: O terapeuta solicita ao paciente que realize uma extensão
dos membros inferiores e pede que os mantenham elevados em um intervalo de 30
segundos. Essa manobra estira o músculo iliopsoas e os músculos abdominais,
aumentando consideravelmente a pressão intratecal.
O teste será positivo somente se o paciente se queixar de uma dor muito intensa no
momento de elevar as pernas, pois pode haver patologias intra ou extratecais como a
presença de hérnias discais ou até mesmo tumores.
Sinais e sintomas: Durante a realização do teste o paciente que apresentar
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fraqueza abdominal (o que pode ser muito natural) e não apresentar aumento da dor
na região lombar ou irradiação para os membros identificará sinal negativo.

5.1.3 TESTE DE KERNIG:

Posição do teste: Paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores em


flexão (mãos abraçam os joelhos).
Descrição do teste: O teste de Kernig é realizado também para verificar
aderências das raízes nervosas na sua passagem pelo forâmen de conjugação, tanto
no nível da região cervical, como na região lombar.
Também evidenciará a presença de hérnias ou outras patologias que comprometam
o saco dural.
Sinais e sintomas: Quando o paciente realiza ativamente a extensão de um dos
membros inferiores a dor aparecerá e o paciente obterá alívio dos sintomas quando
realizar a flexão do joelho.
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5.1.4 MANOBRA DE VALSALVA:

Com o paciente sentado, peça para que ele faça um inspiração completa, que
flexione o tronco levemente a frente e faça força como se estivesse defecando, mas
concentrando a maior parte do esforço na região lombar. Se paciente referir aumento
da dor, o teste é positivo para lesões ocupadores de espaço (hérnia, massa, osteófito).

6. QUADRIL.

6.1 TESTE DO PIRIFORME (2 MODOS):

1º modo: Paciente em prono, orientá-lo pra deitar-se junto a borda da maca com
a perna para fora. Terapeuta realiza a flexão e adução da perna sob pressão; depois
com o auxílio da mão, localizar uma linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior
até o cóccix e onde estiver o dedo médio, palpar com a ponta do dedo. Se o paciente
referir dor durante a execução ou na palpação o teste é positivo.
2º modo: Paciente em supino, terapeuta realiza passivamente a flexão, adução
e rotação interna exercendo uma pressão. Se o paciente relatar dor, que aumenta com
a palpação o teste é positivo.
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6.1.1 TESTE DE HOOVER:

Este teste auxilia a determinar se o paciente está simulando ao afirmar que não
pode elevar a perna. Paciente em posição supina, terapeuta apoia sua mão na região
posterior do calcâneo do membro inferior contralateral ao da queixa e solicita para o
paciente elevar estendida a perna a qual refere a dor. Quando o paciente está
tentando realmente elevar a perna, exercerá uma pressão no calcanhar da perna
oposta, utilizando-o como alavanca. Quando isto não acontecer o teste é positivo.

6.1.2 TESTE DE PATRICK E FABERE:

Descrição: Este teste tem o objetivo de avaliar se a origem da dor do paciente é


a articulação sacro-ilíaca ou anca.
Técnica: O paciente está deitado de barriga para cima, a perna a ser testada é
colocada numa posição de "figura-4", em que o joelho é flectido e tornozelo é colocado
em frente do joelho oposto. A anca é colocada em flexão, abdução e rotação externa
(que é de onde vem o nome FABER). O examinador aplica uma força posterior contra
a face medial do joelho. O teste é considerado positivo quando ocorre dor na virilha
ou dor na nádega. Devido à força aplicada através da articulação da anca, o paciente
pode experimentar dor na anca se a patologia se localiza nessa articulação.
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6.1.3 TESTE DE THOMAS:

Descrição: Este teste é utilizado para avaliar retrações anteriores ou laterais


da cápsula articular da coxofemoral ou contratura dos flexores da anca.
Técnica: O paciente deve deitar-se de barriga para cima, o examinador deve
verificar se existe aumento da lordose lombar, que é um sinal de contratura dos
flexores da anca. Se seguida o examinador flexiona a coxofemoral contralateral,
trazendo o joelho para o peito e pede ao paciente para o segurar. O teste é positivo
quando a perna que ficou para baixo se eleva na marquesa. A falta de
extensão completa da anca com uma flexão do joelho menor que 45° indica contratura
do iliopsoas. Se a extensão total da anca é alcançada e se verifica uma extensão do
joelho, indica contratura do reto femoral. Se for observada qualquer rotação externa
da anca pode indicar contratura da banda iliotibial.

6.1.4 TESTE DE OBER:

Descrição: O teste de Ober é utilizado para avaliar se existe contratura ou


inflamação do tensor da fáscia lata e banda iliotibial.
Técnica - existem duas variantes do teste:
Teste de Ober: O paciente encontra-se deitado sobre o lado não envolvido com
a anca e joelhos fletidos a 90º. O examinador coloca o joelho superior num ângulo de
5º de flexão, e pega no membro inferior trazendo-o para extensão e abdução da anca,
então, permite que a força da gravidade atue sobre o membro trazendo-o o máximo
possível para adução.
Teste de Ober modificado: O mesmo que o anterior, no entanto a anca fica na
posição neutra e o joelho a 0º de flexão.
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Se houver lesão da banda iliotibial, a anca estará limitada no movimento de adução


e/ou o paciente sentirá dor na face lateral do joelho, neste caso, o teste é considerado
positivo.

6.1.5 TESTE DE TRENDELENBURG:

Descrição: Este teste é utilizado para detectar lesões no tendão/músculo glúteo


médio ou fraqueza muscular nos abdutores do quadril.
Técnica: O paciente deve fazer o teste em um pé. Existem dois tipos de testes
positivos. Um sinal de trendelenburg compensado observa-se quando o tronco do
paciente se inclina para o mesmo lado da perna testada. Um sinal de trendelenburg
não compensado observa-se quando desvio pélvico contralateral. O teste considera-
se normal, quando o paciente é capaz de manter o nível pélvis, sem ocorrer qualquer
uma destas substituições. O examinador deve também prestar atenção a quaisquer
desvios no plano transversal, que poderão significar dificuldades de mobilidade.
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7. JOELHO.

7.1 TESTE DE GAVETA ANTERIOR E POSTERIOR E TESTE DE LACHMAN:

Gaveta Anterior: Paciente em posição supina, quadril e joelho fletidos com os


pés apoiados na maca. terapeuta senta sobre o pé do paciente para estabilizar, coloca
as mãos na região posterior do joelho e puxa a tíbia anteriormente. Se a tíbia deslocar
anteriormente indica possível lesão de LCA.
Gaveta Posterior: Paciente em posição supina, quadril e joelho fletidos com os
pés apoiados na maca. terapeuta senta sobre o pé do paciente para estabilizar, coloca
as mãos na região anterior do joelho e empurra a tíbia posteriormente. Se a tíbia
deslocar posteriormente indica possível lesão de LCP.
Lachman: Paciente em supino, joelho fletido a 30º, segurar o fêmur com uma das
mãos e com a outra tracionar a tíbia para frente e para trás. Se houver deslocamento
um anterior da tíbia o teste é positivo para lesão do LCA, se houver um deslocamento
posterior o teste é positivo para lesão do LCP.

7.1.1 TESTE DE DEJOUR:

Paciente em posição supina, terapeuta abraça a perna do paciente colocando


sua mão na região posterior da tíbia e a outra na região anterior do femur.
EXECUÇÃO: Terapeuta com o braço que segura a perna realiza um stress em valgo
promovendo o movimento de flexão do joelho, a mão cefálica estabiliza o femur e a
mão caudal realiza uma pressão anterior da tíbia. Caso durante o movimento de flexão
e o seu retorno ocorrer um “click ”, o teste é sugestivo para lesão do LCA.
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7.1.2 TESTE PIVOT SHIFT:

Descrição: O teste de Pivot-Shift é utilizado para avaliar a integridade


do ligamento cruzado anterior (LCA).
Técnica: O doente encontra-se de barriga para cima. O examinador deve
levantar a perna testada com o joelho totalmente estendido, colocar a palma de uma
das mãos por trás da cabeça da tíbia e usar a outra mão para agarrar a tíbia, enquanto
palpa a linha articular medial. Enquanto mantém uma força em valgo e rotação interna
da tíbia durante o teste, lentamente flexionar o joelho do paciente. Um teste positivo
ocorre quando o prato tibial lateral começa a subluxar anteriormente e volta para a
posição neutra quando flexiona o joelho até cerca de 30 graus.
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7.1.3 TESTE DE MCMURRAY:

Definição: O teste de McMurray é usado é usado para avaliar pacientes com


suspeita de lesão nos meniscos do joelho.
Técnica: Com o paciente deitado de barriga para cima, o examinador segura o
joelho e palpa a linha interarticular com o polegar de um lado e os dedos do outro,
enquanto que a outra mão segura a planta do pé e actua de modo a suportar o membro
e proporcionar o movimento desejado. Neste caso o examinador em seguida, aplica
uma tensão de valgo ao joelho, enquanto que, com a outra mão, roda externamente
a perna e estende o joelho. Dor e/ou um estalido enquanto executa esta manobra
pode indicar uma rutura do menisco medial. Para examinar o menisco lateral, o
examinador repete esse processo mas aplica um uma força para varo no joelho e
rotação medial da tíbia antes de estender o joelho mais uma vez.

7.1.4 TESTE DE APPLEY POR COMPRESSÃO E APPLEY POR TRAÇÃO:

Appley por Compressão: Paciente em prono com joelho fletido a 90º, terapeuta
apoia uma das mãos sobre o calcâneo e uma de suas pernas (com o joelho fletido)
na coxa do paciente. Exercer uma força de compressão associada ao movimento de
rotação interna e externa. No lado do compartimento que o paciente relatar dor é
sugestivo de lesão meniscal (geralmente associado ao movimento de rotação externa,
o paciente relata dor no compartimento medial e vice-versa).
Aplley por Tração: Mesmo posicionamento que o anterior, mas agora o
terapeuta realiza uma força de tração associada a rotação interna e externa. Em caso
de ausência de dor o teste é positivo para lesão meniscal. Mas se ocorrer dor
associada a moviemento articular o teste é sugestivo de lesão dos ligamentos
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colaterais. (pois a distenção provoca tensão nos ligamentos colaterais medial e


lateral).

7.1.5 TESTE DE STEINMAN:

Descrição: Esta manobra é utilizada para avaliar pacientes com suspeita


de lesão nos meniscos do joelho.
Técnica: O paciente deve estar deitado na marquesa, de barriga para cima. O
fisioterapeuta pega no membro inferior a testar, com uma mão no pé e outra palpando
a inter-linha articular do joelho. Deverá flexionar o joelho aplicar rotação medial e
lateral da tíbia sobre o fémur. De seguida testar o mesmo movimento em amplitudes
de flexão progressivamente menores. O teste é considerado positivo se reproduzir dor
medial durante a rotação lateral da tíbia ou reproduzir dor lateral durante a rotação
medial da tíbia.
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8. TORNOZELO

8.1 TESTE DE THOMPSON:


Paciente em posição prona, solicitar a flexão do joelho a 90. Comprimir com as
mãos os músculos da panturrilha de encontro à tíbia e à fibula. Se não acontecer o
movimento de flexão plantar, o teste é sugestivo para ruptura do tendão calcâneo.

8.1.2 TESTE DE SINAL DE GAVETA DO PÉ:

Paciente em posição supina, estabilizar o tornozelo com uma mão e com a outra
apoiar o calcâneo, exercer uma pressão no sentindo posterior empurrado a tíbia. Se
ocorrer um espaçamento o teste é sugestivo para lesão do ligamento talofibular
anterior. A seguir, estabilzar com uma mão o dorso do pé e com a outra apoiada na
região posterior da tibia, exercer uma pressão no sentido anterior, caso ocorra um
espaçamento o teste é sugestivo para lesão do ligamento talofibular posterior.

9. TESTES SORTEADOS, CRISLAINE, GABRIELA E TANISE.

9.1 TESTE DE NEER: - (Tanise)

Objetivo do teste: Testar a presença de choque subacromial.


Posição de teste: Sentado ou parado.
Executando o teste: Enquanto a rotação do escapamento é impedida com uma
mão, o braço do paciente é forçado a elevar-se em uma escala de movimento
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escapular. O teste é positivo se ocorrer dor. O teste original é descrito com o ombro
na rotação neutra, enquanto outras versões colocam o ombro na rotação interna.
Teste positivo: O teste de Neer é considerado positivo se a dor for relatada no
aspecto anterior-lateral do ombro.
Importância do teste: Lembre-se de que no choque subacromial, à medida que o
braço é elevado no plano escapular, há uma diminuição na quantidade de espaço
entre a maior tuberosidade do úmero e o acrômio. Alguns clínicos colocam o braço na
rotação interna antes de elevá-lo, mas o teste original descrito por Neer não indica
isso. Paciente com choque Subacromial pode ter dor com braço em rotação interna
ou rotação externa, portanto a posição do braço não foi especificada. O artigo que
estamos referenciando relatou que o teste de Neer e os testes Hawkins-Kennedy
apresentaram a maior sensibilidade de todos os testes de choque
subacromiais. Embora tenham alta sensibilidade, ambos tiveram menor
especificidade, diminuindo a capacidade de discriminação desses testes para o
choque subacromial.

9.1.1 TESTE DE COMPRESSÃO PATELAR E RASPAGEM PATELAR: - (Tanise)

Compressão Patelar: Paciente em posição supina, terapeuta apoia uma das mãos
no bordo superior da patela e realiza uma pressão no sentido posterior e inferior ao
mesmo que o paciente realiza a contração do quadríceps. Dor associada a um
estalido, o teste é positivo para condromalacea patelar.
Raspagem Patelar: Paciente em posição supina, terapeuta move a patela
medial e lateralmente enquanto exerce uma pressão para baixo. Dor embaixo da
patela é sugestivo de condromalacea patelar ou de doença degenerativa.
25

9.1.2 AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL: - (Tanise)

O exame do estado mental é a pesquisa sistemática de sinais e sintomas de


alterações do funcionamento mental, durante a entrevista psiquiátrica. As informações
são obtidas através da observação direta da aparência do paciente, da anamnese,
bem como do relato de familiares e outros informantes como atendentes, amigos,
colegas ou até mesmo autoridades policiais. O exame do estado mental não deve ser
realizado apenas pelos psiquiatras, mas deve fazer parte do exame clínico do
paciente, independente da sua morbidade. É essencial não só para o diagnóstico de
possíveis transtornos psiquiátricos, como pode também oferecer indícios importantes
de transtornos neurológicos, metabólicos, intoxicações ou de efeitos de drogas. Para
fins didáticos e de forma arbitrária, divide-se o funcionamento mental em funções na
seguinte ordem: Consciência, Atenção, Sensopercepção, Orientação, Memória,
Inteligência, Afetividade, Pensamento e Linguagem.
Inicia-se com uma descrição sumária sobre o local onde se realiza a entrevista
(hospital, posto de saúde, consultório particular). Em seguida, descreve-se o motivo
pelo qual está sendo realizada (avaliação para internação hospitalar ou tratamento
ambulatorial, diagnóstico, consultoria), seguindo-se de impressões sobre o paciente
registradas pelo entrevistador:
Aparência: Deve-se observar o modo do paciente de andar, sua postura, roupas,
adornos e maquiagem utilizados, sua higiene pessoal, cabelos alinhados ou em
desalinho, atitude (amigável ou hostil), humor ou afeto predominante, modulação
afetiva, sinais ou deformidades físicas importantes, idade aparente, as expressões
faciais e o contato visual.
26

Atividade psicomotora e comportamento: A atividade psicomotora refere-se a


maneira como a atividade física se relaciona com o funcionamento psicológico,
considerando os aspectos quantitativos e qualitativos do comportamento motor do
paciente. Um paciente em agitação psicomotora caminha constantemente, não
consegue ficar quieto e frequentemente apresenta pressão para falar e ansiedade.
Atitude frente ao examinador: Frequentemente os pacientes são inicialmente
reservados, limitando-se a responder as perguntas do examinador. Alguns são mais
abertos, fornecendo mais dados e informações ricas a partir de menos perguntas.
Outros são reticentes, fechados e até desconfiados, por vergonha, falta de vontade
ou medo de contar suas experiências pessoais.
Comunicação com o examinador (atividade verbal): Devem ser descritas as
características da fala do paciente, em termos de quantidade, velocidade e qualidade
de produção. Dessa forma, o tipo de comunicação pode ser descrito como
normalmente responsivo, loquaz, taciturno, prolixo, volúvel, não espontâneo.
Sentimentos despertados: O entrevistador deve relatar a impressão emocional
geral transmitida pelo paciente, ou seja, os sentimentos despertados em sua pessoa
pelo paciente. Geralmente são sentimentos de tristeza, pena, irritação, desejo de
ajudar.
Funções mentais, consciência.
Avaliação: Observar as reações do paciente frente aos estímulos, se sua
reação é rápida ou lenta; se se mostra sonolento ou não. No caso de lucidez, percebe-
se através da própria conversa com o paciente, porém, se houver alguma alteração
devem-se utilizar estímulos verbais e/ou táteis.
Alterações: Obnubilação/sonolência: está alterada a capacidade de pensar
claramente, para perceber, responder e recordar os estímulos comuns, com a rapidez
habitual.
Transtornos mais comuns: A obnubilação ocorre frequentemente em pacientes que
sofrem traumatismos cranianos ou processos infecciosos agudos.
Atenção.
Vigilância: Designa a capacidade de voltar o foco da atenção para os estímulos
externos.
Tenacidade: Capacidade de manutenção da atenção ou de uma tarefa
específica.
27

Concentração: é a capacidade de manter a atenção voluntária em processos internos


do pensamento ou em alguma atividade mental.
Alterações: Desatenção: incapacidade de voltar o foco para um determinado
estímulo. Distração: incapacidade de manter o foco da atenção em determinado
estímulo.
Transtornos mais comuns: A desatenção ocorre em depressões, demências, delirium,
efeito adverso de medicamentos, Transtornos de Déficit de Atenção.
Sensopercepção.
Avaliação: A sensopercepção é investigada através da entrevista com o
paciente.
Alterações: Ilusões: ocorrem quando os estímulos sensoriais reais são
confundidos ou interpretados erroneamente; geralmente ocorrem quando há redução
de estímulos ou do nível de consciência.
Alucinações: ocorre a percepção sensorial na ausência de estímulo externo. Tipos de
alucinações: Visuais, Auditivas, Táteis, Vestibulares, Olfativas, De Presença,
Somáticas.
Transtornos mais comuns: transtornos psicóticos (principalmente esquizofrenia) e
Síndromes Cerebrais Orgânicas.
Orientação.
Avaliação: Tempo: pode-se perguntar ao paciente qual é a hora aproximada,
dia da semana, do mês, mês, ano, estação e há quanto tempo ele está no hospital.
Espaço: o paciente deve ser capaz de descrever o local onde se encontra (consultório,
nome do hospital), o endereço aproximado, a cidade, o estado, o país, sabendo
também quem são as pessoas à sua volta. A própria pessoa: deve-se perguntar dados
sobre o paciente, como nome, data de nascimento, profissão e o que faz no hospital.
Alterações: Quando um paciente fica desorientado, após um quadro de
delirium, por exemplo, a primeira noção de orientação perdida é em relação ao tempo,
depois espaço e por último (e raramente) em relação a si próprio.
Transtornos mais comuns: Síndromes Cerebrais Orgânicas, psicoses afetivas,
esquizofrenia.
Memória.
Avaliação: Memória imediata: pode-se pedir ao paciente para repetir uma
seqüência de números com algarismos, ou mencionar 3 objetos não relacionados.
Memória recente (passado recente):
28

a) de curto prazo: Pode-se solicitar ao paciente que guarde três palavras e que
as repita 5 minutos após.
b) de longo prazo: Indaga-se ao paciente sobre o que comeu no café da manhã
ou na janta na véspera, ou o que fez no último fim-de-semana.
Alterações: Amnésia: incapacidade parcial ou total de evocar experiências
passadas. Amnésia imediata: geralmente existe um comprometimento cerebral
agudo. Amnésia anterógrada: o paciente esquece tudo o que ocorreu após um fato ou
acidente importante
Inteligência.
Avaliação: É importante coletar informações sobre o desenvolvimento e
rendimento escolar do paciente: idade de ingresso na escola, se repetiu algum ano,
dificuldades em matérias específicas, dificuldade de leitura e escrita, quando parou os
estudos, por que motivo (se por dificuldade em acompanhar).
Alterações: Deficiência mental: atraso ou insuficiência de desenvolvimento
intelectual, com interferência no desempenho social e ocupacional. É classificado
como leve (classe espacial), moderado (escola especial), grave e severo.
Afetividade.
Avaliação: A avaliação da afetividade e do humor é feita ao longo da entrevista,
observando-se a expressão facial do paciente, sua postura, o conteúdo afetivo
predominante no seu relato (tristeza, euforia, irritabilidade, etc), o tipo de afeto que
transmite e que desperta no entrevistador.
Alterações: Ansiedade e sintomas autonômicos de ansiedade; medo e tensão;
irritabilidade, raiva, ódio, desprezo, entre outros...
Pensamento.
Avaliação: Em uma amostra do discurso do paciente, ou seja, durante a
entrevista, observa-se a produção, o curso e o conteúdo do seu pensamento. Na
avaliação da produção (ou forma) do pensamento observa-se se o paciente tem um
discurso coerente, se segue as leis da sintaxe, se a inferência de conclusões é lógica,
e se as associações entre as idéias fazem sentido.
Linguagem.
Avaliação: Costuma-se dar mais ênfase à fala, avaliando-se a quantidade
(loquaz, prolixo, taciturno, não-espontâneo ou normal), velocidade ou fluxo
(verbalização rápida, lenta, hesitante, monótona) e qualidade (gagueira, ecolalia).
29

Alterações: Podem ser encontradas na comunicação oral, escrita e mímica,


espontânea ou em resposta.

9.1.3 AVALIAÇÃO DOS PARES CRANIANOS: - (Tanise)

O posicionamento do indivíduo para a avaliação do nervo craniano varia de


acordo com nervo a ser testado. A ação do examinador também deverá variar de
acordo com o nervo a ser testado.
Nervo craniano I (olfatório): Os pares de bulbos olfatórios estão localizados na
base do lobo frontal subjacente à placa cribiforme.
É um nervo sensitivo e, o olfato começa com a transdução de odores do ar para
a mucosa nasal. Esses odores se difundem ou são transportados para células
receptoras bipolares localizadas no neuroepitélio olfatório, no teto da câmara nasal.
Os potenciais de ação são induzidos nessas células, que realizam sinapse com
glomérulos do bulbo olfatório.
Testes comerciais de identificação de odor estão disponíveis, os quais exigem
que os pacientes identifiquem vários odores pré-definidos. Esses testes podem ser
úteis para confirmar a disfunção olfatória. Testes psicofísicos são úteis para validar e
classificar a disfunção olfatória, mas para estabelecer a causa da perda olfatória
depende muito da história.
Os distúrbios podem se manifestar como uma perda total do olfato (anosmia),
perda parcial do olfato (hiposmia), distorções (disosmia) ou alucinações olfativas
espontâneas (fantosmia). Raramente, a disfunção olfatória pode ser o sinal/sintoma
de apresentação de distúrbios neurodegenerativos ou uma lesão intracraniana com
efeito de massa.
Nervo craniano II (óptico): Também sensitivo. Suas fibras estão relacionadas
com os impulsos visuais. Os axônios que compõem o nervo óptico surgem de células
do gânglio retiniano. Esses axônios correm em direção à lâmina crivosa e se fundem
na papila óptica. Nesse ponto, eles formam o nervo óptico. No ápice orbital, o nervo
atravessa as origens musculares e entra no canal óptico.
Os sintomas da lesão de nervo óptico podem representar mudanças na
acuidade visual, contraste, brilho ou cor. Para definir o grau de disfunção do nervo
óptico, os testes a seguir são realizados com frequência.
Acuidade visual: esse teste pode ser feito usando a tabela de Snellen. A lesão
30

do nervo óptico pode resultar em perda da visão central.


Visão das cores: pode ser avaliado com uma série de placas de cor. Os
pacientes com deficiência unilateral do nervo óptico têm grande dificuldade de
identificar cores entre os olhos (discromatopsia), e isso é mais afetado que a acuidade
visual.
Exame das pupilas: um defeito pupilar aferente relativo é a única prova objetiva
de disfunção do nervo óptico.
Teste de campos visuais: o teste de campo visual básico pode ser realizado à
beira do leito pela comparação da visão periférica do paciente com a do médico. Se
um defeito for identificado, testes formais poderão ser solicitados com perímetro de
Goldmann.
Oftalmoscopia direta: ao visualizar o nervo óptico à medida que ele entra na
parte de trás do olho pode revelar palidez (atrofia óptica) ou inchaço do disco (papilite
ou papiledema).
As lesões do nervo óptico tipicamente produzem perda da visão monocular, a
qual pode ser súbita ou gradual, e pode ou não estar associada à dor. As possíveis
causas de neuropatia óptica são diversas e incluem etiologias vasculares, tóxicas,
metabólicas, traumáticas, compressivas, infecciosas, inflamatórias e idiopáticas.
Nervo craniano III (oculomotor): está localizado no núcleo do mesencéfalo
situado ventralmente ao aqueduto Silviano.
Nervo motor que se relaciona ao movimento dos olhos. É importante salientar
que esse nervo relaciona-se com quatro dos seis músculos externos que movem essa
importante estrutura
O examinador pede para o individuo levantar a pálpebra e da mesma forma
levantar, abaixar e aduzir os olhos. O controle motor voluntários dos músculos
elevadores das pálpebras; reto inferior, superior e medial e dos músculos oblíquos
inferiores dos olhos é a função primaria do nervo oculomotor.
Os pacientes muitas vezes apresentam paralisia de adução, elevação e
depressão, e quando a pupila está envolvida observa-se uma grande pupila não
reativa. Essa manifestação pode sugerir distúrbios neurológicos graves, ou seja,
hemorragia subaracnóidea, aneurisma cerebral, hérnia uncal ou meningite; portanto,
a avaliação e o reconhecimento imediatos são necessários.
Nervo craniano IV (troclear): Está localizado no segmento do mesencéfalo no
nível do folículo inferior.
31

Esse nervo é o menor dos nervos cranianos. Ele inerva o músculo oblíquo
superior do olho. Os fascículos do nervo correm póstero-inferiormente até no véu
medular anterior, antes de saírem do aspecto dorsal do mesencéfalo. O nervo troclear
é o único nervo que surge do aspecto dorsal do tronco encefálico.
O examinador pede para o individuo levantar os olhos (olhar para cima). O
nervo funciona primariamente no controle motor voluntario do músculo obliquo
superior dos olhos.
É a causa mais comum de diplopia vertical. É difícil relatar com precisão a
frequência da paralisia do quarto nervo, mas em uma grande série ela foi mais comum
que as paralisias do oculomotor e do abducente. O nervo abducente inerva o músculo
reto lateral e controla a abdução. Os pacientes geralmente apresentam visão dupla
horizontal. Pode ser um achado isolado ou parte de uma doença sistêmica.
Nervo craniano V (trigêmeo): O nervo trigêmeo tem 3 ramos principais:
oftálmico, maxilar e mandibular. O oftálmico entra na cavidade craniana através da
fissura orbital superior, o maxilar através do forame redondo e o mandibular através
do forame oval. Oftálmico e Maxilar atravessam o seio cavernoso.
É um nervo misto: fibras motoras estão relacionadas com os músculos da
mastigação; e as sensitivas enviam mensagens dos olhos, glândulas lacrimais,
pálpebras, dentes, gengivas, lábios, palato, pele da face e couro cabeludo.
A avaliação sensorial da integridade do nervo trigêmeo representa a
capacidade do individuo para perceber o toque ao longo da pele da face. O
examinador pede para o individuo realizar movimentos de elevação, protusão,
retrusão, e desvio lateral da mandíbula para testar a função motora. A principal função
do nervo trigêmeo é s sensação de tato e dor na pele facial, membrana mucosa do
nariz, seios, boca e porção anterior da língua. Também age no controle motor
voluntario dos músculos mastigatórios.
O diagnóstico diferencial de uma neuropatia do trigêmeo é muito amplo. A
patologia intra-axial, particularmente da ponte, pode resultar em disfunção do
trigêmeo, mas isso apenas raramente resulta em uma mononeuropatia. Lesões extra-
axiais têm maior probabilidade de afetar o nervo trigêmeo ou seus ramos isolados. Os
sintomas de neuropatia do trigêmeo dependem da localização e da etiologia da lesão
e podem incluir perda de sensibilidade na distribuição de um ou mais ramos do nervo
trigêmeo, dor neuropática ou fraqueza dos músculos da mastigação.
Nervo craniano VI (abducente): Contém neurônios motores do músculo reto
32

lateral e interneurônios que viajam através do fascículo longitudinal medial ao núcleo


contralateral do terceiro nervo (para permitir o movimento simultâneo do músculo reto
medial contralateral.
Nervos predominantemente do tipo motor que são responsáveis por
informações relacionadas com os movimentos dos olhos, bem como o ajustamento
do foco e de luz. Algumas fibras sensitivas atuam em informações relativas às
condições musculares do indivíduo.
O examinador pede para o individuo abduzir os olhos (manter a cabeça em
uma direção e olhar de um lado para o outro). A principal função do nervo abducente
é o controle motor voluntario do músculo reto lateral do olho.
É a causa mais comum de diplopia vertical. É difícil relatar com precisão a
frequência da paralisia do quarto nervo, mas em uma grande série ela foi mais comum
que as paralisias do oculomotor e do abducente. O nervo abducente inerva o músculo
reto lateral e controla a abdução. Os pacientes geralmente apresentam visão dupla
horizontal. Pode ser um achado isolado ou parte de uma doença sistêmica.
Nervo craniano VII (facial): O nervo facial é composto pela raiz motora e
sensitiva (nervo intermédio) e tem um percurso intracraniano longo com 3 curvas e
múltiplas ramificações.
Nervo misto. Fibras motoras fornecem impulsos relacionados com a expressão
facial e liberação de lágrimas e saliva. Fibras sensitivas são responsáveis por
aspectos relacionados com a gustação.
Os pacientes são solicitados a apertar seus olhos com força e resistir em abri-
los, levantar as sobrancelhas contra a resistência, mostrar os dentes e franzir os
lábios. Se a lesão for no neurônio motor superior, apenas a metade inferior do rosto
no lado contralateral será afetada, por causa da inervação bilateral dos músculos
faciais superiores. Se a lesão for no neurônio motor inferior, haverá fraqueza superior
e inferior no lado ipsilateral.
Esta é a mononeuropatia do nervo craniano mais comum. Ela pode afetar
pessoas de todas as idades. Há muitas etiologias, e a etapa inicial mais importante é
descartar causas centrais, incluindo acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e
neoplasias pontinas. A causa mais comum de paralisia facial periférica é a paralisia
de Bell.
Nervo craniano VIII (vestibulococlear): Os corpos celulares da divisão vestibular
residem no gânglio vestibular (Scarpa) no meato acústico interno.
33

Esse nervo sensitivo está relacionado com o equilíbrio corporal e audição.


Testes simples de audição realizados à beira do leito, como sussurrar uma
palavra ou um número em um ouvido com o outro coberto e pedir para o paciente
repetir a palavra, podem ser usados para avaliar o grau de deficiência auditiva.
Teste de Rinne: um diapasão é colocado no osso mastoide (condução óssea)
até que o som não possa mais ser ouvido. O diapasão é então colocado ao lado da
orelha externa (condução aérea). Geralmente, a condução aérea é melhor que a
condução óssea e, portanto, o som ainda pode ser ouvido; esse é o teste de Rinne
positivo. Se a condução óssea for melhor que a condução aérea, então o teste de
Rinne será negativo e indica perda auditiva condutiva naquele ouvido.
Teste de Weber: o diapasão é colocado na testa. Pergunta-se ao paciente em
qual orelha o som é mais alto. Se o paciente ouvir o som igualmente em cada ouvido
ou não conseguir localizar, será normal, denominando-se Weber de linha média. O
Weber se lateraliza em direção a uma perda auditiva condutiva e para longe de uma
perda auditiva neurossensorial. Por exemplo, se o paciente ouvir o som de maneira
mais alta no ouvido direito, haverá a indicação de uma perda auditiva condutiva direita
ou neurossensorial esquerda.
Seus axônios correm juntos através do meato acústico interno (que também
transmite o nervo facial) e do tronco encefálico. Os sintomas de disfunção incluem
perda auditiva, zumbido e vertigem.
Nervo craniano IX (glossofaringeo): O nervo glossofaríngeo sai da região costal
do bulbo na junção ponto medular, atravessa a cisterna cerebelo pontino e sai da
cavidade craniana pelo forame jugular.
As fibras sensitivas são responsáveis pelos impulsos originários da faringe,
tonsilas, língua e carótidas; e as motoras, por levar impulsos às glândulas salivares e
músculos faríngeos.
O examinador avalia a habilidade do indivíduo de distinguir objetos
identificáveis e/ou substancias com a porção posterior da língua, para testar a
sensibilidade do nervo glossofaríngeo. Para estabelecer a integridade motora, o
examinador pede para o indivíduo deglutir. A função primaria do nervo é a
sensibilidade ao toque e dor na porção posterior da língua e faringe, paladar na porção
posterior da língua e controle motor voluntario de alguns músculos da faringe.
A neuropatia glossofaríngea isolada é rara, já que as lesões muitas vezes
afetam outros nervos cranianos muito próximos (VIII, X, XI e XII). Além disso, a
34

paralisia isolada do nervo glossofaríngeo muitas vezes pode ser assintomática, por
causa da inervação redundante de estruturas alvo por outros nervos cranianos. O
nervo inerva a língua e faringe, incluindo dor, temperatura e sensibilidade tátil desde
o terço posterior da língua, amígdalas, membrana timpânica medial e tuba auditiva.
Também inerva o músculo estilofaríngeo, envolvido na deglutição, medeia a gustação
desde o terço posterior da língua, e envia inervação parassimpática até a glândula
parótida.
Nervo craniano X (vago): O nervo vago sai do tronco encefálico logo abaixo do
nervo glossofaríngeo, na junção ponto medular, atravessa o ângulo cerebelo pontino
e deixa o crânio pelo forame jugular.
Nervo misto que está relacionado com os batimentos cardíacos, funcionamento
dos pulmões e sistema digestório, fala e deglutição.
O examinador avalia o estado das vísceras abdominais e torácicas. A principal
função do nervo vago é a sensação de toque e dor da faringe, laringe e brônquios. O
controle muscular autônomo das vísceras torácicas e abdominais também é uma
função primaria.
A paralisia do décimo nervo pode resultar em rouquidão, disfagia e dispneia,
bem como inclinação palatina e desvio da úvula para o lado contralateral. Lesões
distais até os ramos faríngeos ou uma lesão do próprio nervo laríngeo recorrente se
manifestam com rouquidão isolada. O reflexo faríngeo está ausente, enquanto a via
eferente é formada pelo nervo vago.
Nervo craniano XI (acessorio): Se origina a partir do núcleo ambíguo no bulbo
e emerge do aspecto lateral do bulbo.
Nervo motor que envia mensagens aos ombros, pescoço, faringe, laringe e
palato mole.
O nervo acessório pode ser avaliado testando a força dos músculos trapézio e
esternocleidomastoideo (ECM). Fraqueza do trapézio resulta em ombro caído em
repouso e escápula alada leve na tentativa de elevação do ombro e abdução do braço
com ângulo 90°. Quando o paciente encolhe os ombros contra resistência, é possível
detectar uma fraqueza unilateral. A fraqueza do ECM resulta em dificuldade de girar a
cabeça na direção oposta à lesão. Para testar, o paciente é solicitado a girar sua
cabeça para o lado contra a resistência. Lesões proximais do nervo produzem
fraqueza tanto do trapézio quanto do ECM.
O nervo acessório é um nervo puramente motor e abastece os músculos
35

esternocleidomastoideo (ECM) e trapézio. Consiste de uma parte cranial e outro


espinhal. Não é comumente lesionado, mas por causa do percurso extracraniano
superficial e longo, é suscetível à lesão iatrogênica.
Nervo craniano XII (hipoglosso): Está localizado no aspecto dorsal da região
caudal do bulbo, logo abaixo do assoalho do quarto ventrículo.
Nervo motor responsável pelos movimentos dos músculos da língua, faringe e
laringe.
A mononeuropatia do 12° nervo pode ser decorrente de lesões nucleares
(bulbares) ou infranucleares. Um exame mais aprofundado da língua em repouso e
em movimento pode ajudar a estabelecer o diagnóstico. Os sintomas de uma paralisia
do 12° nervo incluem, tipicamente, fraqueza unilateral ou bilateral da língua com
desvio para o lado afetado na protrusão da língua, atrofia da língua (com serrilhamento
ou acentuação do sulco da linha mediana), fasciculação da língua em repouso,
flacidez da língua ou a incapacidade de movimentar a língua rapidamente de um lado
para o outro ou verticalmente.
As lesões bulbares (lesões nucleares) podem causar disfunção do nervo,
mas estão geralmente associadas a outros sintomas neurológicos e déficits de nervos
cranianos.

9.1.4 TESTE DE GAENSLEN, (Crislaine).

Descrição: O teste de Gaenslen tem o objetivo de avaliar a dor proveniente


da articulação sacro-ilíaca.
Técnica: O paciente está deitado de barriga para cima, a perna não testada é
mantida em extensão, enquanto a perna testada é colocada em flexão máxima. De
seguida o fisioterapeuta coloca uma mão na parte anterior da coxa da perna não
testada e a outra mão sobre o joelho da perna testada para aplicar uma pressão para
36

flexão máxima (posição alternativa é a região posterior da coxa, proximal ao joelho,


para os pacientes que têm patologia no joelho). O teste é considerado positivo quando
se reproduz a dor lombar.

9.1.5 MANOBRA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS OU MINGAZZINI PARA MEMBROS


SUPERIORES (Crislaine).

A manobra de Mingazzini verifica déficit motor da musculatura dos MMSS.


O paciente na posição sentada ou em pé, estende os MMSS, afasta os dedos,
com a mão pronadas lhe é solicitado que mantenha a posição por 2 min. O teste será
positivo se houver um membro parético que oscilará e abaixará de forma lenta e
progressiva.

9.1.6 ESCALA DE ÁSIA DE LESÃO MEDULAR.

Utilizar uma avaliação padronizada é de grande importância para o


acompanhamento de indivíduos incluídos em um programa de reabilitação. Tal
padronização facilita não só a comunicação entre a equipe multiprofissional como
também oferece um registro confiável da evolução do paciente.
37

Para a avaliação de pessoas que sofreram um Traumatismo Raquimedular (TRM), a


escala da ASIA é sem dúvida a avaliação mais utilizada por especialistas e tem grande
aceitação em nível mundial.
A escala da ASIA foi desenvolvida em 1984 pela Associação Norte Americana
de Lesão Medular (American Spinal Injury Association – ASIA) e sofreu revisões em
1992 e em 2002. No momento, a escala baseia-se na avaliação da sensibilidade e da
função motora, sendo possível classificar o paciente quanto ao tipo de lesão (completa
ou incompleta) e determinar o nível neurológico, além de gerar um escore baseado
nos achados sensitivos e motores.
A principal característica da ASIA é a nomenclatura utilizada para classificação
dos pacientes. De acordo com a ASIA é possível classificar o paciente com TRM em
uma de 5 categorias, de acordo com o resultado do exame dos componentes sensitivo
e motor. A classificação segue abaixo:
ASIA “A” - Lesão Completa: A definição de ASIA “A” é a mais simples e a que
todo mundo entende. Uma pessoa é classificada como ASIA “A” caso não seja
evidenciada função motora e nem função sensitiva no segmento S4-S5.
ASIA “B” - Lesão incompleta: A classificação B é definida como “Perda da
função motora, porém função sensitiva preservada abaixo do nível neurológico e inclui
sensibilidade do segmento sacral S4-S5”
ASIA “C” - Lesão incompleta: Uma pessoa é classificada como ASIA C se tiver
sensibilidade sacral e alguma função motora abaixo do nível neurológico. Porém um
detalhe importante: Menos da metade dos músculos-chave abaixo do nível
neurológico devem ter força grau 3 ou superior.
ASIA “D” - Lesão incompleta: Uma pessoa é classificada como “ASIA D” se 50%
ou mais dos músculos-chave testados abaixo do nível neurológico tiverem força
muscular grau 3 ou superior.
ASIA “E” - Lesão incompleta: Aqui temos uma situação interessante. Ao
contrário do que pode parecer, classificar uma pessoa como "ASIA E" não significa
necessariamente que esta pessoa se recuperou totalmente. Lembro que a ASIA não
é, e nem tem o objetivo de ser uma avaliação neurológica completa. Assim, o máximo
que podemos dizer a respeito do quadro neurológico de uma pessoa classificada
como "ASIA E" é que ela não apresenta déficits detectáveis pelos critérios da escala
ASIA.
38

O exame da ASIA não avalia a presença de espasticidade, de dor neuropática,


e de fraqueza sutil, as quais podem acontecer em casos de lesão medular.

9.1.7 TESTE DE SPURLING (Gabriela).

Posição do paciente: Sentado com a cabeça inclinada.


Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, exerce uma pressão
contínua no topo da cabeça do paciente no sentido axial em torno de 15 segundos. O
paciente permanece com a coluna cervical na posição de extensão e rotação para um
dos lados a serem testados. O teste é considerado positivo quando os sintomas são
reproduzidos ou exacerbados por meio da compressão. Dores inespecíficas podem
ser consequentes ao aumento de pressão das superfícies articulares das vértebras
(uncoartroses) ou devido a espasmos musculares.
Sinais e sintomas: Nesse teste o paciente poderá manifestar dor irradiada para
o membro superior do lado da inclinação da cabeça, o que será um indício de
compressão radicular e sofrimento neural. Realizar esse teste com inclinação tanto
para o lado direito como para o lado esquerdo e observar a reação do paciente.
39

9.1.8 TESTE DE INSTABILIDADE LATERAL (STRESS EM INVERSÃO) E


INSTABILIDADE MEDIAL (STRESS EM EVERSÃO) (Gabriela).

Instabilidade Lateral (Stress em inversão): Paciente em posição supina, o


terapeuta, com a mão distal apóia a região posterior levemente superior a articulação
do tornozelo e com a mão proximal no antepé realiza o movimento de inversão. O
teste é sugestivo a lesão dos ligamentos quando na região dos ligamentos houver
depressão ou espaço, após histórico de trauma.
Instabilidade Medial (Stress em eversão): O mesmo posicionamento do teste
de instabilidade lateral só que agora o terapeuta realiza o movimento de stress em
eversão. O teste é sugestivo a lesão dos ligamentos quando na região dos ligamentos
houver depressão ou espaço, após histórico de trauma.

9.1.9 TESTE DE REAÇÃO AUTOMÁTICA (Gabriela)

Reflexos são ações involuntárias em resposta a um estímulo externo e


consistem nas primeiras formas de movimento humano.
Reações são respostas mais elaboradas aos estímulos. Têm um tempo
refratário para acontecerem. Nos acompanham até o fim de nossas vidas. Algumas
são modificadas e aprimoradas. Servem como fonte primária de informações, as quais
se armazenam no córtex em desenvolvimento.
Nos primeiros meses de vida a presença, intensidade e simetria desses
reflexos podem ser usadas para avaliar a integridade do sistema nervoso central e
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para detectar anormalidades periféricas, como alterações musculoesqueléticas


congênitas ou lesões em estruturas nervosas. Por outro lado, a persistência da
maioria desses reflexos no segundo semestre de vida, também indica anormalidades
do desenvolvimento.
São denominados reflexos primitivos aqueles relacionados à sobrevivência,
com funções de busca de alimentação e de proteção. Já os chamados reflexos
posturais, são os precursores de movimentos voluntários. Alguns desses reflexos,
como o de sucção, preensão palmar, plantar e o da marcha serão substituídos por
atividades voluntárias; outros, como o de Moro simplesmente desaparecerão.
O sistema nervoso central regula todas as nossas funções corporais. Recebe
estímulos internos e externos. Registra certas percepções que podem ser:
armazenadas, suprimidas ou provocar respostas.
Reação de equilíbrio
Um importante aspecto no desenvolvimento motor normal é a liberação dos
braços e das mãos do seu papel primitivo de manutenção do equilíbrio. Com o tempo
esta função passa para a alçada do tronco e das pernas. A evolução da postura no
homem, necessitou o desenvolvimento de um mecanismo reflexo, servindo para a
manutenção e recuperação do equilíbrio, na posição ereta e ao andar. Estas reações
são específicas para o homem e seu aparecimento surge numa ordem cronológica
sobrepondo-se às reações de retificação.
Habilidade do indivíduo em manter a projeção do seu centro de gravidade
dentro da base de sustentação , por meio da interação de diversas forças que agem
sobre o corpo .
Sua função é mantém a projeção do centro de gravidade o mais próximo
possível do centro da base de sustentação, facilitando a manutenção da postura
estática e dinâmica .
Reação de proteção
Habilidade de, após a perda do equilíbrio em uma postura, utilizar
movimentos automáticos para mudar a base de sustentação e adquirir o equilíbrio em
nova
posição. Reflexo
da Marcha Automática: Levanta-se a criança e pressiona a face
dorsal de um dos pés contra a bordo de uma mesa.
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Como resposta teremos a flexão dos diferentes segmentos da perna,


trazendo o pé acima da mesa e assim que se estabelece o contato ativo ou passivo
da face plantar do pé com a mesa, ocorre a extensão do membro inferior.
Reação Cervical de Retificação: Está presente ao nascimento e desaparece
por volta do segundo mês.
É obtida virando-se a cabeça do bebê para um lado (pode ser ativo ou
passivamente).
Como resposta vamos ter um aumento do tônus do tronco e o bebê vira para o lado
oposto em bloco.
Reação Labiríntica de Retificação: Está presente no recém-nascido e começa
a ficar mais presente por volta do quarto mês. Esta reação permite a elevação da
cabeça na posição prona.
No início a cabeça pode ser mantida levantada fraca ou intermitentemente,
mas, o bebê irá mantê-la bem na linha média, a partir da oitava semana (2 meses).
Ao conseguir levantar a cabeça na posição prona, inicia-se um processo de extensão
geral do tronco e dos membros, contra a gravidade, que começa céfalo-caudal e
alcança quadril e joelhos por volta do sexto mês.
Reação Óptica de Retificação: Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo
também giram em direção ao objeto, ao qual a atenção foi direcionada. Com a
maturação das vias ópticas por volta dos seis meses de idade, é que se inicia a reação
de retificação pela visão.

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