Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORÇA MUSCULAR
É um termo que se refere à habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força
resultante baseada nas demandas colocadas sobre o músculo, isto é, é a capacidade do músculo
em produzir uma contração.
O músculo produz uma tensão que resulta em uma força que movimenta as alavancas.
A força muscular também é a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo
ou grupo muscular para vencer uma resistência.
POTÊNCIA MUSCULAR
Diz respeito à força e, principalmente, a velocidade com que o músculo se contrai. Pode ocorrer
em um disparo único de alta intensidade ou então em disparos menores com intensidade
menor.
- Gera uma explosão muscular.
- Fadiga mais rápido.
RESISTÊNCIA À FADIGA
Habilidade de realizar atividades de baixa intensidade, repetitivas ou sustentadas, por um tempo
prolongado.
Portanto, é a capacidade do músculo em contrair o máximo de tempo sem que ele fique cansado
e fadigado.
Alguns músculos possuem maior resistência à fadiga e outros possuem maior força e potência.
Músculos posturais precisam de resistência à fadiga para manter a nossa postura contra a
gravidade. Eles estão sempre em contração isométrica.
Já os músculos de membro inferior e superior possuem maior força e potência muscular, já que
há uma alternância de contração, então o músculo não precisa de uma resistência à fadiga
maior. Além disso, estão relacionados aos nossos movimentos funcionais.
Portanto, por exemplo, se for um jogador de futebol, ele precisará de potência para chutar
rápido; ou se uma pessoa trabalha bastante tempo em pé, ela precisará de resistência à fadiga;
ou se a pessoa trabalhar com atividades domésticas, ela precisará de força muscular.
ALINHAMENTO
O alinhamento correto determinado pela direção das fibras musculares e pela linha de tração
do músculo a ser fortalecido.
ESTABILIZAÇÃO
Refere-se à sustentação de um segmento do corpo ou manutenção do corpo estável.
Pode ser externa, como a ajuda do fisioterapeuta ou uma maca, e interna, através da contração
isométrica de um grupo muscular.
INTENSIDADE/CARGA
É a quantidade de resistência imposta ao músculo durante o exercício. Pode ter uma carga
submáxima ou máxima.
A utilização de cargas submáximas são utilizadas para aumentar a resistência à fadiga. Isto é, o
objetivo é aguentar mais tempo e não a maior quantidade de carga.
Carga máxima:
Este tipo de carga elevada é indicada para:
• Aumentar a potência e a força muscular;
• Adultos saudáveis na última fase de reabilitação após lesão musculoesquelética;
• Programa de condicionamento;
• Atletas e fisiculturistas.
ATENÇÃO!
A intensidade do exercício nunca deve ser tão grande a ponto de causar dor.
À medida que a intensidade aumenta e o paciente exerce um esforço máximo, o risco
cardiovascular eleva-se substancialmente.
VOLUME
O volume é a soma do número total de repetições e séries de cada exercícios durante uma única
sessão.
➔ Quanto maior a intensidade menor o volume (quanto menor o número de repetições,
maior poderá ser a carga).
➔ Quanto menor a intensidade maior o volume (quanto menor o número de repetições,
menor deverá ser a carga).
Para melhorar o desempenho muscular, estudos têm recomendado uma carga de exercícios que
causa fadiga após 6 ou 12 repetições após duas ou três séries.
Quando a fadiga não ocorre mais, é necessário aumentar o nível de resistência para
sobrecarregar o músculo.
- Primeiro aumenta-se a intensidade e quando ficar mais fácil aquela resistência, aumenta-se o
número de repetições.
FREQUÊNCIA
Refere-se ao número de sessões de exercícios resistidos por dia ou por semana.
Quanto maior a intensidade e o volume, mais tempo será necessário entre as sessões para se
recuperar do exercício.
- Ao realizar cargas e volumes muito elevados durante o exercício, não é recomendado a pratica
todos os dias. Deve-se ter um descanso para o músculo.
Apesar de não existir uma frequência ideal, sugere-se que para paciente no início do tratamento
sejam realizados exercícios de baixa intensidade e volume diariamente, já que não será tão
agressivo.
À medida que a intensidade e o volume aumentam, pode-se realizar os exercícios em dias
alternados ou 5 vezes por semana.
INTERVALO DE REPOUSO
O repouso é essencial no programa de exercícios para dar tempo ao corpo de se recuperar dos
efeitos agudos do exercício (fadiga) ou de respostas adversas provocadas pelo exercício, como
dor tardia.
O repouso também deve ocorrer entre cada série e a sua duração vai depender do grupo
muscular trabalhado e a intensidade do exercício.
DURAÇÃO
É o número total de semanas ou meses durante o qual um programa de exercícios resistidos é
executado.
Dependendo do comprometimento, este programa pode requerer apenas 1 ou 2 meses.
Já outros pacientes precisaram continuar o programa por toda a vida para manter a função ideal.
MODO DE EXERCÍCIO
O modo refere-se à forma, ao tipo de exercício ou à maneira como ele é realizado.
Também diz respeito às formas de resistência:
• Manual;
• Mecânica;
• Constante;
• Variável;
VELOCIDADE
A velocidade com que um músculo se contrai afeta a tensão produzida e também a força e
potência musculares.
No início do tratamento deve-se utilizar velocidades lentas e médias, para então progredir para
velocidades mais rápidas.
INTEGRAÇÃO DA FUNÇÃO
As tarefas funcionais relacionadas às AVD’s requerem níveis distintos de força, potência e
resistência muscular à fadiga.
O uso de movimentos funcionais no programa de exercícios, realizados de forma controlada e
supervisionada, é um meio de garantir a independência do paciente.
IMPORTANTE!
Sempre inicie e termine o treinamento com carga submáxima, dessa forma o músculo será
aquecido e desaquecido.
INDICAÇÕES DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS:
• Aumentar a força muscular;
• Aumentar a resistência à fadiga;
• Melhorar o desempenho muscular;
• Otimizar a performance;
• Manter a elasticidade e contratilidade muscular;
• Prover estímulos para a integridade óssea e muscular;
• Aumentar a circulação sanguínea (pois quando contrai o músculo necessita-se que chegue
mais oxigênio para ajudar na contração, além disso precisa de mais sangue, então trabalha mais
a circulação sanguíneo. E ainda, o exercício resistido tende a melhorar o retorno venoso, pois os
músculos ao contrair comprimem também as veias, auxiliando então o retorno do sangue ao
coração. Isso explica porque os exercícios resistidos nos membros inferiores pode diminuir a
pressão arterial, já que aumenta o fluxo de sangue ao coração, forçando menos o coração a
bombear – pacientes hipertensos controlados, com cuidado, pode-se realizar exercícios nos
membros inferiores e imediatamente depois diminuirá a pressão arterial. Exercícios resistidos
em membros superiores tende a aumentar a pressão arterial);
• Desenvolver coordenação e habilidades motoras.
CONTRAINDICAÇÕES:
• Dor (é sinal de processo inflamatório e com exercício resistido a tendência é que a
inflamação piore)
- Dor articular ou muscular intensa durante movimentos ativos livres;
- Dor muscular aguda durante uma contração isométrica resistida;
- Dor que não melhora se diminuir a resistência.
• Inflamação (deve-se diminuir a inflamação para iniciar a resistência)
- Exercícios resistidos dinâmicos são contraindicados na presença de inflamação aguda de uma
articulação – pode irritar uma articulação e causar mais inflamação;
- Doenças neurológicas e inflamatórias (Guillain-Barré, Poliomielite);
• Doença Cardiopulmonar Grave
- Paciente com hipertensão arterial descompensada;
- Evitar exercícios resistidos que envolvam os membros superiores;
- Paciente que refere angina ou falta de ar durante os exercícios.
PRECAUÇÕES:
• Manobra de Valsalva (aumento da pressão abdominal e intra-torácica ao fazer força demais
e prender o ar ao realizar o exercício. Essa força intra-abdominal produzida acaba “esmagando
os órgãos” e a musculatura lisa, pode causar episódios de vômitos, evacuação, além de
consequências cardiológicas, como comprimir as artérias por essa pressão e depois elas são
descomprimidas muito rápido, gerando alterações na pressão arterial, em que o paciente pode
desmaiar, romper aneurisma. Passamos por ela várias vezes ao dia ). Para evitar que ela ocorra
deve orientar o paciente a antes de iniciar o exercício inspirar e enquanto ele faz a força ele
expirar, e não prender o ar). Pode ser responsável por AVE e glaucoma.
- Atenção em pacientes com histórico de doenças coronarianas, infarto do miocárdio, distúrbios
cerebrovasculares e hipertensão arterial;
- Pacientes que realizaram cirurgias oculares ou apresentem hérnia de disco.
• Movimentos Compensatórios.
- Não aplicar muita resistência, pois isso pode ocasionar movimentos compensatórios;
-Músculos enfraquecidos ficam fadigados com mais rapidez e podem adotar movimentos
compensatórios;
- Estabilização ajuda a minimizar este problema.
• Treinamento e esforço excessivo.
- Exercícios com resistências pesadas e com muitas repetições podem ocasionar lesões por
esforço repetitivo;
- Treinamento excessivo está relacionado com intervalos inadequados de descanso entre as
sessões;
- Esforço excessivo está relacionado a deterioração da força nos músculos já enfraquecidos.
• Dor Muscular Induzida por exercícios.
- Dor aguda pode ser ocasionada por falta de fluxo sanguíneo adequado, isquemia e acúmulo
de ácido láctico e potássio;
- Dor muscular tardia pode ocorrer entre 12h e 24h após os exercícios e está relacionada ao
treinamento vigoroso e não-habitual.
• Fraturas.
- Pacientes com osteoporose ou osteopenia grave não podem ser submetidos a resistências
severas;
- Evitar realizar exercícios resistidos em segmentos que apresentem fraturas não consolidadas.
PRECAUÇÕES GERAIS:
- Mantenha a temperatura ambiente confortável;
- Não inicie o tratamento no nível máximo de resistência;
- Evite grandes resistências em idosos, crianças e pacientes com osteoporose;
- Evite movimentos balísticos; -
- Não coloque sobrecargas sobre a coluna; -
- Interrompa imediatamente o tratamento se o paciente referir dor aguda, tontura, falta de ar
ou angina.
BENEFÍCIOS:
• Favorecem o desempenho muscular;
• Contribuem para a menor desmineralização óssea;
• Diminuem a sobrecarga sobre as articulações durante atividades físicas;
• Melhoram o equilíbrio;
• Favorecem o desempenho físico durante as AVD’s;
• Aumentam a porcentagem de massa magra e diminuem a gordura corporal;
• Geram sensação de bem-estar físico;
• Melhora a qualidade de vida.
TIPOS DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS
EXERCÍCIOS ISOCINÉTICOS
É uma forma de exercício dinâmico em que a velocidade de encurtamento ou alongamento do
músculo do músculo, assim como a velocidade angular do membro, são predeterminadas e
mantidas constantes por um dispositivo limitador de velocidade conhecido como
dinamômetro isocinético.
PRINCÍPIOS GERAIS DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS
EXAME E AVALIAÇÃO
• Faça um exame minucioso do paciente, incluindo principalmente a história de saúde;
• Determinar a força muscular do paciente;
• Avaliar a ADM ativa e passiva;
• Integre os exercícios resistidos à outras intervenções de exercícios terapêuticos, como
alongamentos, mobilização e exercícios de ADM;
• Faça reavaliações periódicas da intensidade, volume e frequência do exercício, além do
tempo de repouso.
- Posicionamento da Resistência
• Geralmente é aplicada na extremidade distal do segmento;
• Revise o posicionamento se houver desconforto. Direção da Resistência
• No exercício concêntrico a resistência é aplicada na direção oposta ao movimento desejado;
• No exercício excêntrico a resistência é aplicada da mesma direção do movimento desejado.
- Estabilização
• Geralmente a estabilização é aplicada na inserção proximal do músculo a ser fortalecido;
- Intensidade do Exercício
• Inicialmente faça o paciente praticar o padrão de movimento em uma carga mínima;
• O nível de resistência deve permitir um movimento suave e não-balístico ou trêmulo;
• Ajuste o alinhamento, a estabilização e a quantidade de carga se o paciente não conseguir
completar a ADM, houver tremor ou compensações.
- Número de Repetições
• Geralmente usa-se de 8 a 12 repetições, pois desta maneira há ganhos de força muscular;
• Diminua o número de repetições caso o paciente não consiga completá-lo;
• Após um breve descanso, faça uma segunda série, se possível;
• Em um programa de carga progressiva, primeiro ajuste o número de repetições e séries.
Depois aumente a carga.
- Instruções ao paciente
• Ao ensinar um exercício use instruções simples que sejam facilmente compreendidas;
• Evite terminologia médica ou científica;
• Para exercícios domiciliares, faça instruções por escrito e com ilustrações.
- Monitorando o paciente
• Avalie as respostas durante e após os exercícios;
• Em pacientes cardiopatas, aconselha-se monitorar os sinais vitais com frequência.
- Desaquecimento
• Após uma série de exercícios resistidos, faça o desaquecimento com movimentos rítmicos,
sem resistência;
• O alongamento suave é indicado após exercícios resistidos.