Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PARALISIA CEREBRAL
ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA DA
INFÂNCIA
CAUSAS DA P.C
PRÉ NATAIS:
60% das lesões. Causas: Infecções, hipertensão materna, distúrbios metabólicos graves,
desprendimento de placenta, medicamentos, drogas, exposição a RX.
PERI NATAIS:
30% das lesões. Causas: Parto prolongado, obstrução pélvica com sofrimento fetal,
traumatismos no parto, prematuridade e baixo peso, icterícia neonatal grave, etc.
PÓS NATAIS:´
10% das lesões, até os 2 anos de idade. Causas: Meningoencefalites, processos vasculares.
INTENSIDADE DOS SINTOMAS: As alterações dos movimentos e da
postura, os déficits sensoriais e mentais, bem como as convulsões,
dependem de fatores agravantes e atenuantes, quais sejam:
1.Fatores agravantes:
O agente causal e a duração de sua ação;
A idade gestacional em que ocorreu a agressão;
Más condições de atendimento durante o trabalho de parto;
Convulsões neonatais;
2.Fatores atenuantes:
Fatores protetores placentários e maternos genéticos;
Equipamentos hospitalares para monitorização do parto;
Boa qualificação do pessoal envolvido no atendimento perinatal;
Plano de saúde para cobertura do parto cirúrgico;
Fisioterapia neonatal;
Estimulação precoce;
CLASSIFICAÇÃO DA TOPOGRAFIA:
Os quatro membros, cabeça e o tronco são afetados (MSS são tão ou mais afetados que os
MMII). Um lado pode ser mais comprometido que o outro.
Causas: Leucomalácia periventricular, lesões císticas múltiplas na substância branca, atrofia
cortical difusa, estado marmóreo que afeta córtex e gânglios da base; lesões de caráter
predominantemente hipóxico isquêmicos.
CLASSIFICAÇÃO:
Na prática utiliza-se uma classificação sintomática subdividindo-as em:
Espásticas (ou piramidais) 75%
coreoatetósicas (ou extrapiramidais) 18%
Atáxicas (ou cerebelares) 2%
Mistas 5%
ESPASTICIDADE
Significa puxar/contrair.
É definida como “anormalidade motora caracterizada como aumento dos reflexos
tônicos dependentes da velocidade do movimento, resultando em hiperreflexia
miotática decorrente da hiperatividade reflexa, como componente da síndrome do
neurônio motor”.
Paralisia Cerebral Espástica
Caracterizam-se por aumento do tônus e hiperreflexia, movimentos de amplitude
pobre e fixações em posturas, podendo levar ao desenvolvimento de contraturas e
deformidades.
Os movimentos da criança espástica não são harmoniosos, há alteração da inervação
recíproca levando a falta de sincronismo muscular (na tentativa do movimento,
músculos espásticos se opõem a músculos espásticos ou ocorre excesso de inibição do
antagonista ficando o agonista espástico sem oposição), falta de ajustamento postural
(falta das automáticas básicas) ocasionando os movimentos em bloco.
Casos mais graves podem apresentar complicações respiratórias e distúrbios
associados frequentes (sensoriais, fala, deglutição, deficiência mental e epilepsia)
SEVERIDADE DO COMPROMETIMENTO
LEVE: alteração de tônus, baixo prejuízo funcional, apresentação de deambulação e
independência.
MODERADA: alteração de tônus moderada, apresentação do sentar-se com
equilíbrio, podendo chegar a desenvolver marcha e atingir bom nível de
independência, necessitando de algum apoio em situações mais instáveis e
movimentos mais precisos.
GRAVE: Tônus bastante alterado, importante déficit funcional, pode haver ausência
de controle cervical, de tronco, incapacidade de sentar-se com apoio, manusear
objetos e locomover-se com ou sem apoio. Apresentação de necessidade de
adaptações para manutenção de postura mais adequada e/ou utilização das mãos.
Frequentemente apresentam outros comprometimentos associados.
Instalação da Espasticidade
A lesão cerebral interfere no funcionamento dos mecanismos reflexos posturais normais e
pode interferir em três fatores do controle postural:
1. Tônus postural anormal,
2. Desvios, disfunção da inervação recíproca,
3. Padrões anormais de coordenação/controle muscular com liberação dos reflexos
posturais anormais (tônicos), que interferem tanto no controle postural normal e o
equilíbrio, quanto no desenvolvimento das habilidades funcionais (postura e movimento).
MICROCEFALIA
HIDROCEFALIA
Diagnóstico:
Ultrassom
Tomografia computadorizada
Ressonância magnética
Prevenção: As gestantes devem consultar seu ginecologista assim
que souber que engravidou e fazer o pré-natal.
TRATAMENTO: Colocação cirúrgica de tubos de silicone que formam
derivações (shunts) em todo o trajeto, desde um dos ventrículos até a cavidade
peritoneal para dentro do intestino, ou em qualquer outra parte da cavidade
peritoneal onde o líquido pode ser reabsorvido.
A derivação pode precisar ser substituída periodicamente quando a
criança cresce ou se o paciente desenvolve uma infecção ou ainda se a
derivação ficar obstruída
Ventriculoscopia: Ventriculoscópios permitem que novas vias de liquór possam ser
criadas no cérebro, ou as antigas possam ser reabertas.
Síndrome de down
EPIDEMIOLOGIA:
• 1:650 nascidos vivos, 60.5 mil crianças portadoras no brasil
De acordo com a idade maternal:
• 20 a 24 anos: 1:14000
• Acima de 35 anos: 1-350
• Acima de 45 anos: 1-25
ASPECTOS GENÉTICOS
• Trissomia simples
• Translocação
• Mosaicismo
Trissomia simples:
MOISACISMO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
MÃOS: Largas e curtas, dedos curtos e grossos (branquidactilia)
• o quinto dedo pode apresentar-se curvado (clinodactilia),
• prega única no quinto quirodáctilo (prega simiesca – 45%).
OLHOS: Olhos pequenos e amendoados.
• Fissura palpebral oblíqua, prega epicântica larga;
• 15 a 20% dos portadores apresentam alterações visuais como
estrabismo e catarata congênita.
PESCOÇO: Largo, curto, pele abundante.
ORELHAS: Orelhas displásicas e baixa implantação.
Nariz pequeno e ponte nasal achatada,
Face achatada,
Língua protraída.
Defeitos cardiacos septais – 40% apresentam cardiopatia congênita,
Feto de tamanho menor,
Espessamento nucal,
Facies não patognomônicas quando recém nascidos.
Pés são largos e curtos,
3 a 7,5% tem defeitos no tubo digestivo,
Deficiência do sistema imunológico,
Maior risco de desenvolver leucemia
Tendência a sobrepeso na primeira infância.
32% apresentam hipotireoidismo.
Hipodesenvolvimento ósseo,
Hipodesenvolvimento dentário,
Atraso da erupção dental.
Comprometimento intelectual.
CUIDADOS ESPECIAIS
Instabilidade atlanto-axial
• Evitar posições exageradas de flexão, extensão, rotação e giros
rápidos da cabeça.
• Evitar exercícios de salto, batidas, cambalhotas e movimentos
bruscos de cabeça.
• Evitar mau posicionamento da cabeça (alinhamento biomecânico
inadequado)
Cardiopatia Congênita
Devemos estar atentos a alterações como:
• Dispnéia
• Taquicardia
• Broncoespasmo
• Cianose de extremidades
OBJETIVOS DE TRATAMENTO
• Promover adequação das habilidades do desenvolvimento motor
normal,
• Promover independência nas transferências (mudanças de decúbito),
• Promover adequação do tônus muscular (na tentativa de aumentá-lo)
para melhora do controle postural
• Promover adequação sensorial
• Promover formas de locomoção independente,
• Promover condicionamento cardiopulmonar,
• Promover independência funcional nas atividades de vida diária (AVDs),
• PROMOVER MELHOR QUALIDADE DE VIDA AO PACIENTE.
CONDUTAS DE TRATAMENTO
• Alongamento da musculatura encurtada (se houver),
• Fortalecimento muscular global,
• Estimular descarga de peso (em todas as posições a partir de onde o
paciente realiza),
• Treino de mudança de decúbito (a partir da posição que o paciente
realiza),
• Utilização de técnicas para aumentar o tônus muscular: pontos chave
de controle, tapping de pressão e de deslizamento, movimentação
rápida.
• Treino de equilíbrio (nas posições que o paciente realiza),
• Estimulação vestibular,
• Utilização de técnicas de integração sensorial com objetos coloridos,
som, texturas e pisos diferentes,
• Treino de locomoção independente (na postura em que o paciente é
capaz de ficar: arrastar-se, rolar, engatinhar, andar),
• Treino de tarefas funcionais (AVDs),
• Utilização de enfaixamento em oito durante os exercícios com descarga
de peso nos MMII e em casa para evitar a abdução excessiva dos
quadris,
• Utilização de palmilha no caso de pé plano,
• Exercícios aeróbios controlados (bicicleta, esteira, esportes),
• Orientações domiciliares sobre o manuseio e o posicionamento do
paciente.
• Hidroterapia.
• Equoterapia (evitar quando houver instabilidade atlanto-axial).