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PR1
V A N E S S A L U D W I G
Para uma adequada compreensão das doenças neurológicas é preciso um bom conheci-
mento de neuroanatomia e neurofisiologia e do efeito(s) que a(s) doença(s) exercem
sobre a estrutura e a função (fisiologia) normal.
HISTÓRIA NEUROLÓGICA:
Em certas doenças as afecções neurológicas a história cllínica será o único meio de se
chegar a um diagnóstico (ex: cefaléia primaria—tipo enxaqueca)
Objetivo: Reunir dados pertinentes que irão levar a uma análise correta da doença do pa-
ciente
SINTOMAS SINAIS
Manifestações subjetivas da doença. Manifestações objetivas da doença.
Como relatadas pelo paciente Serão revelados pelo exame físico, clínico,
neurológico e exames auxiliares.
NEUROLOGIA
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Craniossinostose—Escafocefalia
EXAME NEUROLÓGICO
• Estado mental / Status mental / exame neuropsicológico
• Teste da função dos nervos cranianos
• Sistema motor (avaliação da força muscular e do tônus motor)
• Sistema sensitivo / sensibilidade
• Reflexos profundos e superficiais
• Função cerebelar
• E outros sinais: Avaliação da marcha, exame das meninges, funções corticais superio-
res, funções neurovegetativas.
Personalidade
Estado intelectual
Reações emocionais ou estado emocional
Orientação
Atenção e concentração: visível na ectoscopia
Compreensão
Insight e julgamento crítico
Memória (imediata, curto prazo, longo prazo)
Julgamento
Raciocínio Abstrato
Linguagem
Escrita
Leitura
Cálculos
Nível da consciência
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NERVOS CRANIANOS
ÓPTICO
OCULOMOTOR
TROCLEAR
TRIGÊMEO
ABDUCENTE
FACIAL
VESTIBULO-
COCLEAR
GLOSSOFARÍN-
GEO
VAGO
ACESSÓRIO
HIPOGLOSSO
NEUROLOGIA
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SISTEMA MOTOR
* tractografia
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SISTEMA SENSITIVO
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REFLEXOS
NEUROLOGIA
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SINAIS CEREBELARES
As manifestações principais de disfunção cerebelar são os distúrbios de coordenação mus-
cular, locomoção e equilíbrio
Dissinergia – perda da capacidade/ faculdade de realizar movimentos +ou- complexos
(decomposição do movimento – modo robô ou marionete)
Dismetria – perda da habilidade em calibrar a distância , velocidade ou força do movi-
mento
Disdiadococinesia – Comprometimento da capacidade de realizar movimentos rápidos
alternados
Hipotonia
Hipercinesia ou movimentos anormais ( tremor intencional ( ativo , cinético ou termi-
nal)
Anormalidade de marcha e postura
Distúrbios de fala
Nistagmo ( Vias Cerebelo vestibular)
Rigidez
Reflexos Profundos : Pode haver reflexos pendulares.
Outros sinais:
Rigidez nucal (cervical)
Sinal de brudzinski
Sinal de romberg
Sinal de hoffmann
Sinal de tromner
Sinal de chaddock (parte lateral do pé)
Sinal de opeenheim (borda anterior tíbia)
Sinal de gordon (panturrilhas)
Sinal de Bragard (lasegue + dorsoflexão do pé)
Sinal de sicard (lasegue + extensão do halux)
Sinal de spurling (lasegue e todas variações acima—teste de estiramento)
NEUROLOGIA
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DEFINIÇÃO
Manifestação clinica e/ou anatomopatológica causada por comprometimento
da circulação cerebral
AVC Obstrutivo/ Isquêmico
Trombose: Aterosclerose (principal causa)
Embolia (originadas do coração/ artéria aorta ou carótidas)
Dissecção da Parede Arterial
Arterite (inflamações especificas das artérias cerebrais / rara / estudo histológico)
Compressão
Malformação
AVC Hemorrágico
Parenquimatosos ou Subaracnóideos / micóticos *
NÃO—MODIFICÁVEIS
Idade
Raça Negra e Asiática
Sexo Masculino (30%)
Fatores genéticos
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ABORDAGEM CLÍNICA
Exclusão de:
Trauma craniano
Encefalopatia metabólica
Alteração psiquiátrica
Infecções do SNC ou outra região
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Trombólise > ou = 16
Lesão extensa >15 HCD e > 20 HCE
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AVEI
Acidente vascular encefálico isquêmico
OBSTRUÇÃO****
Classificação:
• Ataque isquêmico transitório
• Déficit neurológico isquêmico reversível
• Infarto: trombótico (aterosclerótico), embólico (cardíaco), lacunar, em evolução, he-
morrágico
• Trombose venosa central
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Fatores cooperativos:
Hiperlipemia
Hipertensão Arterial Instável
Tabagismo
AIT prévio
Infarto lacunares:
HAS
Outras condições:
• Deficiência de plasminogênio
• Concentração excessiva de ativador / inibidor de plasminogênio
• Trombocitemia essencial
• Policitemia
• Púrpura trombocitopênica trombótica
• Coagulação intravascular disseminada
NEUROLOGIA
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Sinais/Sintomas—território carotidiano
• Disfunção motora contralateral atingindo membros e/ou face, geralmente com intensi-
dade diferente (Apraxia, Paralisia ou Paresia, Disartria)
• Amaurose Fugaz (para AIT)
• Hemianopsia homônima contralateral, geralmente acompanhado ao déficit motor
• Alexia, agrafia, acalculia, afasia se há lesão no hemisfério dominante
• Disfunção sensitiva atingindo membros e/ou face, para todas as modalidas
(hipoestesia, parestesia)
• Negligencia do lado afetado (hemisfério não dominante)
Síndrome de Gerstamann
Apraxia ideomotora
Agrafia
Alexia
Acalculia
Desorientação direta—esquerda
Agnosia digital
Sinas/Sintomas—território vértebro-basilar
• Disfunção motora geralmente dos 4 membros e/ou face uni ou bilateral (Dismetria, Pa-
ralisia ou Paresia)
• Cegueira cortical ou quadrantopsia bilateral
• Disfunção sensitiva dos 4 membros e/ou face uni ou bilateral (Hipoestesia, Parestesia)
• Alterações do equilíbrio (Vertigem, Ataxia, Nistagmo)
• Alterações de outros nervos cranianos (Diplopia, Disartria, Disfonia, Disfagia)
Síndrome de Weber:
AVC do pedúnculo cerebral
Síndrome de Wallenberg
PICA—bulbo
EXAMES COMPLEMENTARES
Imagem, laboratorial
TC de crânio
Laboratorial: Hemograma, VSH, TP, KTTP, fibronogenio, perfil lipididoc, glicose, ureia, cre-
atinina, função hepática, acido úrico.
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AngioTC e AngioRM
Avaliação cardiológica:
ECG, Holter
Ecocardiograma transtoracico e transesofagico
RX de tórax
Testes para atividade inflamatória e para estados pro-trombóticos,; outros conforme ana-
lise clinica inicial e evolução
CONDUTA
Conduta 1 / Geral
Conduta 2
B- hipotermia ?
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Conduta 3
TROMBÓLISE
Critérios de inclusão:
Idade: 18-80 anos
Instalação do quadro: < 4,5 horas—EV (ate 6 horas para trombólise intra-arterial)
Ausência à tomografia de: edema, efeito-massa, apagamento de sulcos, hemorragias
(sinais indiretos precoces)
Critérios de exclusão:
AVEI com pouco sintomas e tendendo a melhora
Antecedentes de AVC I, trauma craniano nos últimos 3 meses
AVC pregresso com sequela incapacitante
Crises convulsivas no inicio dos sintomas
Uso de anticoagulante oral
Uso de heparina nas 48 horas precedentes
Alterações no coagulograma: TP>15 segundos/RNI >1,7/ Plaquetas < 100.000/mm3
Glicemia < 50mg/dl ou > 400mg/dl
Cirurgia de grande porte nas 2 semanas precedentes
Suspeita de sangramento ativo
Suspeita de dissecção aórtica ou vertebral
IAM recente (entre 24 horas e 21 dias)
NEUROLOGIA
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PAS > 185mmHg ou PAD > 110mmHg com pouca resposta a hipotensores
Qualquer indicio ou suspeita de hemorragia no SNC
CONDUTA:
Escala NIH: qualquer piora de índice, suspender administração
Banco de sangue no hospital, com disponibilidade de hemoderivados prontamente
Alteplase
Clínica:
Variável, conforme a localização, velocidade de progressão, extensão da trombose e etio-
logia.
Trombose venosa cortical: Cefaleia, náusea e vômitos, crises convulsivas, sinais focais
progressivos, diminuição do nível da consciência.
Trombose do seio lateral: Edema cerebral, com síndrome HIC, extensão para veia ju-
gular: lesão de IX, C e XI nervos cranianos homolaterais
Trombose do seio petroso inferior ou superior: Diplopia por lesão do VI nervo crania-
no e dor facial.
Exames complementares:
TC de crânio
RM de crânio
Angio-TC ou angio-RM do crânio
Angiografia cerebral
Laboratorial: hemograma com plaquetas, VHS, coagulograma, proteína C e S, anticorpos
anti-fosfolípes, ANCA C E ANCA P, fator antinuclear, outros indicadores.
NEUROLOGIA
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TRATAMENTO
Repouso
Cabeceira do leito a 30°
Hidratação
Anticoagulação, exceto se há hemorragia significativa
Anti-agregantes plaquetários, iniciando 1-2 semanas apís o início do quadro se contra-
indicada anticoagulação
Anti-edematoso (manitol ou dexametasona) somente com papiledema persistente e redu-
ção da visão
Trombólise: sem evidencia atual de beneficio e contra-indicada se houver hemorragia
Anticovulsivantes
Sedação: alprazolam ou clonazepam
Analgésicos e anti-eméticos
Prevenção secundária
Estatinas (atorvastatina 20 mg) redução agressiva do colesterol sérico AVC, AIT
AAS (150mg/d) / Clopidogrel (75mg/d)
AVEH SUB-ARACNOIDEO
Acidente vascular encefálico hemorrágico
Quadro clínico:
• Cefaleia/nucalgia
• Náuseas/vômitos
• Redução do nível de consciência
• Eventualmente sinais focais (hemiparesia, paralisia de III par /
Putamen, capsula interna (50%): hemiplegia, paresia, hemihipoestesia, hemia-
nopsia, disfasia, afasia (hemisfério dominante), desvio conjugado dos olhos.
Tronco cerebral (6%): torpor ou coma, tetralogia, paresia, oftalmoplegia ou des-
vio conjugado dos olhos, alterações respiratórias.
• Sinais de irritação meníngea
• Hipertermia de origem central
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Causas:
Ruptura de aneurisma (75%)
Ruptura de MAV (10%)
HAS grave
Distúrbios de coagulação (incluindo toxinas exógenas)
Exames complementares:
TC de crânio
Exame de liquor
Angiografia digital encefálica
Laboratorial: hemograma, coagulograma, proas de função hepática
Eventuais: doppler transcraniano; outros conforme analise clinica inicial e evolutiva
Conduta
Repouso
Cabeceira do leito a 30°
Emolientes fecais
Antitussígenos
Analgésicos: paracetamol ou tramadol
Sedação com alprazolan ou clonazepan
Nimodipina até 96 horas do ictus: 60 mg de 4/4 horas V.O por 21 dias (hipotensão arteri-
al)
Heparina profilática 5.-000 ui sc 12/12 horas
Hipertensão arterial: enalapril 10 mg 12/12 horas ou captopril 12,5mg 8/8 horas. Se ne-
cessário (PAM > de 120 mmHg ou PAS > 180 mmHg: nitroprussiato de sódio EV 0,5-
20mg/kg/min.
Inundação ventricular: dexametasona 10mg EV (ataque) e 4 mg 6/6 horas até 10 dias
Angiografia cerebral o mais precoce possível
NEUROLOGIA
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AVEH—HEMORRAGIA INTRA-PARENQUIMATOSA
Acidente vascular encefálico hemorrágico
Cerebelo (10%): ataxia grave, vômitos, progressão com paralisia facial, nistagmo, alte-
rações no olhar conjugado e alterações respiratórias e de consciência (EMERGÊNCIA CI-
RURGICA)
Exames complementares:
TC do crânio
Laboratorial: hemograma, ureia, creatinina, sódio, potássio, glicose
Angiografia digital encefálica
Outros exames conforme avaliação clínica inclusive evolutiva
Conduta
Monitoramento cardiológico e pressórico
Sedação: clonazepan ou alprazolan
Sedação de tosse; emolientes fecais
Cabeceira do leito a 30° - 45°
Diuréticos osmóticos (manitol)
Evitar agentes hipoosmolares
Considerar tratamento neurocirúrgico:
Hematomas supratentoriais: Glasgow 6 a 12, lesões lobares, entre 30-80 cm3
Hematomas cerebelares: drenagem cirúrgica considerada se SCG<13 ou >4cm
Conduta Cirúrgica
Decisão individualizada com base em:
Condição neurológica
Idade
Tamanho e localização do hematoma
Desejo da família e paciente em relação a medidas heroicas face a doença catastrófica
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CONVULSÃO EPILEPSIA
É uma descarga neuronal, paroxística, anor- Define-se pela recorrência das crises con-
mal, suficiente para provocar eventos clini- vulsivas (pelo menos duas) e pelo fato de
camente detectáveis tanto pelo paciente co- serem espontâneas (não provocadas por fe-
mo por um examinador. bre, insultos agudos ao sistema nervoso
central ou desequilíbrios tóxico-metabólicos
graves)
EPILEPSIA
Definida como ‘’um distúrbio cerebral caracterizado pela predisposição persistente do cé-
rebro para gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas , cognitivas psi-
cológicas e sociais desta condição
Prevalência:
Variam entre 1,5-5% na população
Classificação:
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CAUSAS
Genética
A epilepsia , no estado atual de conhecimento , é o resultado direto de um defeito genéti-
co conhecido ou presumido no qual as crises são o sintoma fundamental do distúrbio.
¨Estrutural ou metabólica¨
Incluem neste grupo condições estruturais , metabólicas ou doenças associadas ao risco
aumentado de desenvolver epilepsia em estudos apropriadamente desenhados. Adquiridas
como lesões vasculares, traumáticas e infecciosas.... Malformações do desenvolvimento
cortical e outras.
¨Causa desconhecida¨
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Atenção em especial:
Pacientes com inicio de crises recentes
Pacientes com alterações focais no exame neurológico
Pacientes com epilepsia de difícil controle e com isso candidatos a tratamento cirúrgico
(esclerose temporo medial—principal causa de cirurgia)
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Quando iniciar?
Em geral o tto medicamentoso é instituído após uma segunda crise não provocada
Quando parar?
Em geral a retirada de medicamentos é considerada quando o paciente permanece 2 anos
sem crise. Os fatores de risco precisam ser investigados criteriosamente.
Medicações:
NEUROLOGIA
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EPIDEMIOLOGIA:
Prevalência aumenta com a idade
Após 60 anos dobra a cada 5 anos
Após 85 anos -> 35-45%
Maior em analfabetos
Alzheimer: HF +
CLASSIFICAÇÃO NOSOLÓGICA:
Demência
Sem evidência de lesão estrutural -> se torna reversível.
Com evidência de lesão estrutural
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DOMÍNIOS COGNITIVOS
NEUROLOGIA
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ATENÇÃO
Excitação: faz alusão ao nosso nível de ativação e nível de atenção, cansaço/energia
Atenção focada: faz alusão à nossa habilidade (atenção à estimulo)
Atenção constante: habilidade para se central em um estímulo ou atividade durante um
período longo de tempo
Atenção seletiva: habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade na presença de
outros estímulos que desviam a atenção
Atenção alternada: a habilidade para alterar a atenção focada entre dois estímulos
Atenção dividida: a habilidade para se central ou prestar atenção a diferentes estímulos
ao mesmo tempo
TESTES
LINGUAGEM-> Atenção-> Memória e aprendizagem-> função executiva-> cognição social
MEEM: avalia atenção, memória, linguagem
MOCA: para quem faz psicotécnico
Bateria breve de imagens
Teste do relógio
Fluência verbal
RASTREIO LABORATORIAL
Hemograma e VHS TSH, T4
Vitamina B12 VDRL, FTA-Abs
HIV Ureia, Creatinina, Na+, K+, Ca+
TGO, TGP, função hepática
OUTROS
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Caracteriza-se:
Inicio insidioso de comprometimento da memória (déficit de aprendizado e de novas
tarefas) seguido de alterações das funções executivas, visoconstrutivas e de linguagem
Normalmente > 65 anos
Tentativas de uniformizar diagnóstico: necessita mais estudos
Exames de sangue
PET
RM
Diagnóstico clínico
DOENÇA DE ALZHEIMER
Atrofia***
(fissura subiana)
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FASE INICIAL
• Perda de memória
• Problemas cognitivos
Localização (perde-se)
Funções prejudicadas no trabalho e em casa
Finanças
FASE AVANÇADA
• Vagam a esmo
• Incapacidade de discernimento e raciocínio
• Alucinações e delírios
• Perda das inibições
• Alterações do padrão de sono e vigilia
Tornam-se rígidos, mudos, incontinentes e confinados ao leito
Diagnóstico diferencial:
Doença tireoidiana (lembrar sempre da tireoide—paciente hipo -> hipoativo)
Deficiência de vitaminas: alcoolismo, deficiência de B12
Tumor cerebral
Demência fontotemporal: alterações comportamentais sem significativa alteração da
memória
Intoxicação exógena: epilepsia, depressão, ansiedade, insônia
Infecção crônica
Hidrocefalia de pressão normal: distúrbio precoce da marcha
Depressão
Doença de Creutzfeldt-Jackob: progressão rápida, ataxia, rigidez, mioclonia
NEUROLOGIA
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EXAME FÍSICO:
Mini exame do estado mental
MOCA
IMAGEM:
RM: atrofia temporal
PET-TC com fluordeoxiglicose: hipometabolismo temporo-parietal posterior
TRATAMENTO:
Estímulo cognitivo
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Critérios DIAGNÓSTICOS:
Parkinsonismo espontâneo
Alucinações visuais
Disfunção visuoespacial
Distúrbios do sono REM
Flutuação cognitiva (melhora e piora, melhora e piora)
1 = diagnóstico possível
2 = define o diagnóstico
Na demência de Parkinson é necessário pelo menos 1 ano entre o início das alterações
parkinsonianas e o das alterações cognitivas; um intervalo menor sugere DCL (demência)
Flutuação cognitiva:
Critério principal e mais prevalente 90%
Atenção!!!
Na demência sempre tem os sintomas dos sentidos cognitivos antes do sintomas de
Parkinson
No Parkinson tem sempre os sintomas de Parkinson primeiro e depois os declínios
cognitivos
Alucinações visuais:
Recorrentes, bem estruturadas, detalhadas e em fase inicial (Alzheimer normalmente não
tem ou se tiver é em fase tardia)
Critérios secundários:
Quedas recorrentes
Alterações do sono e do comportamento
Síncopes
Sensibilidade aos neurolépticos e benzodiazepínicos
Outros tipos de alucinações
NEUROLOGIA
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DEMÊNCIA FRONTO-TEMPORAL
RM:
atrofia frontal e temporal
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NEUROLOGIA
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DOENÇA DE PICK
Termo usado para doença fronto temporal
Autossômica dominante:
Cromossomo 17
Gene Tau
TRATAMENTO DA DLFT
Prevalência de 50%
Forma mais prevalente das demências secundárias
Mais prevalente em países onde o controle dos fatores de risco é escasso
Comprometimento cognitivo vascular *
-> Paciente hipertenso, DM, obeso, sedentário e teve vários infartos -> entupimento ->
comprometimento cognitivo vascular
Reversíveis: 5-47%
Metabólicas, tumores, HCF obstrutiva, HSD crônico, infecções, condições toxicas, doenças
sistêmicas, vasculites, insuficiência hepática, depressão, hipovitaminoses
Doença vascular cerebral = demência por múltiplos infartos -> comprometimento cogniti-
vo vascular
NEUROLOGIA
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DOENÇA DE BISNWANGER
(Comprometimento cognitivo vascular subcortical)
Provável diagnóstico:
Demência
Doença cerebrovascular
Relação entre demência e doença cerebrovascular (Inicio após 3 meses do AVC / Dete-
rioração abrupta / Flutuações, deterioração em degraus)
Características clínicas compatíveis (Alteração precoce de marcha/ Desequilíbrio e
quedas frequentes / Sintomas urinários (não urológicos) / Paralisia pseudobulbar / Al-
terações de personalidade / Déficits subcorticais
NEUROLOGIA
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QUESTÕES
NEUROLOGIA
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Não se conhece a causa da DP, de modo que ela também é chamada de OS primário ou
DP idiopática
CRITÉRIOS :
Presença de pelo menos 2 entre 4 sinais cardinais:
Parkinsonismo secundário:
• Induzido por drogas
• Vascular
• Pós-TCE
• Pós tumor cerebral
• Por intoxicação exógena
• Por distúrbios metabólicos (hipoparatireoidismo)
NEUROLOGIA
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Parkinsonismo idiopático
Paralysis Agitans
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Estágio 1
• Doença leve normalmente unilateral
• Sintoma inicial mais comum é um tremor no membro superior em repouso
• A tríade clássica de Parkinsonismo (tremor, rigidez e acinesia) também pode acometer
o membro inferior
• Exame já aparece: perda destreza dos movimentos da mãe, disdiadococinesia, micro-
grafia
Estágio 2
• Envolvimento bilateral com alterações /modificações posturais
• A medida que a doença gradualmente torna-se bilateral o paciente passa a assumir
uma postura inclinada para frente ao ortostatismo e ao caminhar
• Movimentos realizados inconscientemente tais com o balançar os braços ao caminhar,
expressões /mímica facial tornam –se reduzidos
• Alguns pacientes já começam a gradualmente abandonar o emprego, se afastar de
eventos sociais e apresentar desinteresse . Depressão reativa começa aparecer. En-
tretanto, incapacidade física ainda é mínima /pequena
Estágio 3
• Distúrbio de marcha pronunciado e moderada incapacidade generalizada
• O inicio de propulsão ou retropulsão reflete comprometimento de reflexos posturais e
marca o início do 3* estágio
• Os passos tornam-se mais rápidos e curtos e devido retropulsão e propulsão as quedas
passam a ser frequentes assim como paradas súbitas
• Paciente passa a ter dificuldade pra se vestir sozinho e realizar pequenas e simples ta-
refas
Estágio 4
• Incapacidade significante
• Depois de alguns ano com a progressão da doença o paciente necessita assistência pa-
ra atividades da vida diária e já não é possível ou capaz de viver sozinho. Quedas fre-
quentes, comprometimento motor . O tremor pode diminuir , porém a rigidez e bradi-
cinesia aumentam.
Estágio 5
• Invalidez completa
• O paciente torna-se severamente rígido e bradicinético. Já não consegue permanecer
de pé e/ou caminhar.
• Fácies fica sem expressão, fala monótona, intelegível
NEUROLOGIA
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• Disfagia severa e perda de saliva pela boca, devido boca aberta e deglutição espontâ-
nea comprometida
• Alimentação torna-se difícil e aumento propensão para infecções, desidratação e efei-
tos da imobilidade e caquexia
TRATAMENTO
Objetivo: repor os estoques de Dopamina no gânglios da base (Corpo estriado)
A Dopamina não pode cruzar a barreira hemato encefálica, portanto a terapia consiste
em utilizar seu precursor metabólico, Levodopa, a qual cruza a barreira.
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Fisioterapia
Devido aos sintomas motores da doença , há comprometimento progressivo das funções
do paciente , o que pode ser minimizado e recuperado pela associação da intervenção fi-
sioterapêutica ao tratamento medicamentoso
Fonoaudiologia
Da mesma forma, a fonoaudiologia apresenta importância nos casos em que a hipofonia
tem repercussão funcional ou quando há engasgos, sugerindo a possibilidade de disfagia,
com risco de aspirações.
Outros profissionais da área de saúde também podem auxiliar nas medidas de intervenção
dos pacientes com DP, de acordo com as necessidades e as prioridades de cada caso, co-
mo o terapeuta ocupacional, o neuropsicólogo e o nutricionista.
NEUROLOGIA
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80-90% da população brasileira terá pelo menos um tipo de cefaleia ao longo da vida
Avaliação:
NEUROLOGIA
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*RM
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DIAGNÓSTICO:
Clínico
(97% pela história da dor de cabeça)
(2,7% pelo exame físico)
(0,3% por exames)
MENINGITE
Cefaléia aguda, intensa, com rigidez de nuca e febre
Pode ter algumas características migranosas (fotofobia, dor pulsátil, náuseas)
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HEMORRAGIA INTRACRANIANA
• Hemorragia subaracnóide
Dor de cabeça súbita, máxima dor <1min (até 5 min), rigidez de nuca
Rotura de aneurisma
• Hemorragia intraparenquimatosa
Malformação arteriovenosa
AVC hemorrágico
* perda de consciência..
TUMOR CEREBRAL
Cefaleia continua, profunda, piora com esforço ou mudança de decúbito, náuseas
Pode ser parecida com as características migranosas
Perda ponderal (CA estômago, pâncreas), outros sinais sistêmicos, alteração neurológica
focal (geralmente progressiva)
Ressonância com lesão temporal esquerda (corte axial) * PENSAR em metástase (50%)
NEUROLOGIA
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Tratamento: corticoides
Cefaleia de leve a moderada intensidade, holocraniana, em aperto, pode haver piora com
movimentação e esforço
ENXAQUECA
Cefaleia primária
Alta prevalência (15% M; 6% H)
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FISIOPATOLOGIA
Disfunção dos sistemas de controle sensitivos monoaminérgicos localizados no tronco en-
cefálico e hipotálamo
Ativação celular no núcleo trigeminal
Liberação de neuropeptídeos vasoativos (CGRP)
Projeções para tálamo e hipotálamo
5HT – serotonina (triptanos)
Dopamina – desregulação (bocejo, náusea)
Genética – migrânea hemiplégica familiar
DIAGNÓSTICO
Náusea
Vômito
Fotofobia
FASES DA MIGRÂNEA/ENXAQUECA
3– CEFALÉIA / geralmente:
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AURA (5-60minutos)
DOR: Inicia leve e atinge sua intensidade máxima entre 15-60 minutos
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LOCALIZAÇÃO
SINTOMAS ASSOCIADOS
• Náuseas e vômitos
• Fotofobia
• Osmofobia
• Fonofobia
• Tontura
• Alodinia: sensibilidade da pele
FASE PÓS-DRÔMICA
• Dificuldades de Concentração
• Sensação de cansaço
• Irritabilidade
• Euforia
• Fraqueza e dores musculares
• Anorexia
• Aumento do apetite
NEUROLOGIA
PR1
V A N E S S A L U D W I G
TRATAMENTO AGUDO
Individualizado conforme dor e sintomas associados
Terapia endovenosa
Dor intensa
>24h de dor
Muita náusea e vômitos
Analgésicos, anti-inflamatórios, anti-eméticos
Anti-eméticos
Domperidona (até 10mg 8/8h)
Metoclopramida (até 10mg 8/8h)
Ondansetrona (até 8mg 8/8h)
V A N E S S A L U D W I G
TERAPIA PROFILÁTICA
• Candidatos:
Alta frequência de crises (≥4/mês)
Baixa/sem resposta a terapias agudas
Crises incapacitantes
Duração por 6 a 12 meses a partir da melhora clínica
Alguns casos necessitam por mais tempo
V A N E S S A L U D W I G
OUTRAS CLASSES
FLUNARIZINA 5-15MG 4X/DIA SEDAÇÃO, GANHO PONDERAL, PAR-
KINSONISMO, TONTURA
CANDESARTANA 4-24MG/DIA HIPOTENSÃO
ERENUMAB 70-140MG/MÊS APLICAÇÃO, CONSTIPAÇÃO
MIGRÂNEA CRÔNICA
TOXINA BOTULÍNICA A 155U EFEITOS DA APLICAÇÃO
Bilateral
‘’cinta’’ ao redor da cabeça
Não piora com atividade física rotineira
Ausência de náuseas (exceto na dor intensa)/ Foto ou Fonofobia
Dolorimento craniano
V A N E S S A L U D W I G
INTENSIDADE
MODERADA
TRATAMENTO
CEFALEIAS TRIGEMINO-AUTONÔMICAS
V A N E S S A L U D W I G
APRESENTAÇÃO CLÍNICA:
Localização:
Retro-orbital;
• Início
Desconforto vago -> piora até dor excruciante
86% dos pacientes apresentam sua intensidade máxima ao final de 9 minutos
DIFERENTE DAS CEFALÉIAS “THUNDERCLAP”
• Manutenção
Dor excruciante ou apresenta discretas flutuações
• Final
Abrupto e com rápida diminuição da intensidade
Alguns mantêm desconforto leve entre crises
SINTOMAS AUTONÔMICOS
Alguns pacientes se suicidam durante uma crise, motivo pelo qual esta cefaléia é de-
nominada de CEFALÉIA SUICIDA
NEUROLOGIA
PR1
V A N E S S A L U D W I G
TRATAMENTO
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
2° causa de morte no mundo (associado a eventos coronarianos)/ DATASUS: 1° causa de morte no BR Incidência dobre a cada década de vida após os 55 anos
AVC OBSTRUTIVO/ISQUÊMICO: Trombose (aterosclerose) principal causa/ Embolia/ Dissecção/ Arterite/ Compressão/ Malformação
AVC HEMORRÁGICO: parenquimatoso ou subaracnóideo/ Causas: micro aneurisma (intraparenquimatoso) Trauma/aneurisma (subaracnóideo)/ Malformação/ Discrasia
Fatores de risco: quando não modificáveis: Idade (55anos); Raça negra e asiática, masculino, fatores genéticos/ Quando modificáveis: HAS (6x), DM (4x), Tabagismo, alcoolismo,
dislipidemia/ Quando tratáveis: Fibrilação arterial (17x), estenose de carótidas, condições hemorrágicas
Clínica: Alteração da consciência, déficit neurológico focal (perda de movimento local), cefaleia severa
Excluir: trauma, encefalopatia, alteração psiquiátrica, infecções do SNC. Diagnóstico clínico + TC
• Garantir ao paciente via área livre, monitoramento, via venosa adequada NIHSC (escala de avaliação de AVC)/ trombólise =/+ 16 ESCORE ICH (avc hemorrágico)
AVEI (obstrução)
Classificação: ataque isquêmico transitório, déficit neurológico isquêmico reversível, infarto (trombo, embólico, lacunar (HAS), em evolução..) trombose venosa central (seios)
Etiologia: arteriosclerose (50%), microangiopatia (25%), origem cardíaca (20%). Fatores que cooperam: hiperlipemia, HAS, tabagismo, AIT prévio
Sinais e sintomas (carotidiano): apraxia, paralisia, paresia, disartria, hemianopsia, alexia, agrafia, acalculia, afasia, amaurose fugaz (AIT), hipoestesia, parestesia. Negligência do
lado não afetado. Sinais e sintomas (vertebro-basilar): dismetria, paralisia, parestesia, cegueira cortical, hipoestesia, parestesia, vertigem, ataxia, nistagmo, diplopia, disartria,
disfonia, disfagia.
Exames: TC de crânio. Laboratoriais: hemograma, creatinina (função renal). Cardiológico: doppler de carótidas e eletrocardiograma
Conduta 1: manter via área livre, via venosa adequada, temperatura ideal, glicemia abaixo de 160, com insulina regular
Conduta 2: AAS, temperatura ideal, sedação se necessário, heparina profilática
Conduta 3: manejo da pressão arterial: > 220/120 ou em caso de isquemia miocardia, IR, IC descompensada e dissecção de aorta/ Em caso de trombólise: menor que 185/110
TROMBÓLISE: 18-80 anos/ início do quadro < 4,5horas, TC sem edema, efeito-massa, apagamento de sulcos, hemorragias). Exclusão: sangramento, uso de ACO, plaquetas <
100.000/ glicemia < 50 ou > 400, IAM recente (entre 24horas e 21 dias), crises convulsivas, trauma craniano nos últimos 3 meses, AVEI com poucos sintomas.
AVEH subaracnóideo
Mulheres negras/ Tabagismo, abuso de drogas estimulantes, HAS
Chance de ruptura (75%): até 3mm (mínimo) de 5-10mm (expressivo) maior que 10mm (muito alto) *maior que 7mm ou com sangramento: CIRURGIA
Sinais e sintomas: cefaleia, nucalgia, náuseas, vômitos, redução da consciência, sinais focais (paralisia do III par), sinais de irritação meníngea, hipertermia. ESCALA DE FISHER: 3
(maior vasoespasmo) ESCALA de Hunt&Hess: I: assintomático, cefaleia discreta, rigidez de nuca leve/ II: cefaleia moderada a grave, rigidez de nuca, sem déficit excesso paresia
de nervo craniano/ III sonolência, confusão mental, sinais focais leves/ IV: torpor, hemiparesia moderada a severa, alterações vegetativas/ V: coma, rigidez de decerebração
Exames: TC de crânio/ Exame de liquor/Doppler Hemograma, função hepática/ coagulograma/Angiografia cerebral + PRECOCE possível
Conduta: repouso, cabeceira do leito 30°, antitussígenos, analgésicos, sedação se necessário, HAS, heparina profilática, angiografia
AVEH intraparenquimatoso
Sinais e sintomas: cefaleia LOCALIZADA, nucalgia, náuseas, vômitos, redução da consciência, sinais focais (paralisia do III par): Gânglios da base (50%), Lobares (10-32%),
Cerebelo (10%) *EMERGÊNCIA, tronco cerebral (6%) *Origem HIPERTENSIVA (microaneurisma)
Exames: TC de crânio/ Hemograma, ureia, creatinina, sódio, potássio, glicose/Angiografia cerebral + PRECOCE possível
CONDUTA: monitorar coração e pressão, sedação, sedação da tosse, cabeceira 30-45°, diuréticos, evitar agentes hipoosmolares, considerar tto cirúrgico (Glasgow 6 a 12, lesões
lobares, hematoma para drenagem cirúrgica/ verificar idade, condição neurológica, tamanho e localização do hematoma, desejo da família e paciente
EPILEPSIA
Recorrência de crises convulsivas (pelo menos 2) e pelo fato de serem espontâneas
FOCAL/PARCIAL: uma área cerebral/ simples (consciência não afetada) complexa (fenômeno neuropsiquiátrico) *MAIS COMUM CONVULSAO EM ADULTOS/ APENAS UM LADO
GENERALIZADA: todo o córtex cerebral/ ACOMETE OS DOIS LADOS * sempre acomete a consciência
Causas: genética, estrutural/metabólica (malformação, trauma, infecções)/ desconhecida GRUPO MAIS DESAFIADOR: CRISES PSICOGÊNICAS
INVESTIGAÇÃO DE PACIENTE: Clínica? Tipo de síndrome? Idade? Tipo de crise? Retardo mental? Doenças associadas?
EEG (é fundamental) durante período assintomático (entre crises ou durante registro das crises)
NEUROIMAGEM: TODOS = TC/RM, exceto aqueles com epilepsia generalizada (mioclônica juvenil, ausência da infância)
Atenção: paciente com início de crises recentes/ alterações focais no exame neurológico/ paciente com epilepsia de difícil controle (esclerose temporo medial – epilepsia do lado
temporal) principal causa de cirurgia
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Crises sintomáticas agudas (não necessitam de tratamento com DAEs) mas sim, controle do fator desencadeante
TTO iniciado após segunda crise NÃO provocada. Retirada somente quando o paciente permanece 2 anos sem crise. *investigar fatores de risco
Crise congênita: não retirar medicação***
Valproato/ácido valpróico: episódios mioclônicos, crise do tipo ausência não usar: mulheres em período fértil, obesos e idosos.
DOENÇA DE PARKINSON
Transtornos do movimento ou doenças extra-piramidais (Causa importante de morbidade e incapacidade)
2° tipo + frequente de transtorno de movimento (1° Alzheimer)
Causa: Disfunção do sistema dopaminérgicos do SNC (substância negra) ou desordem metabólica/agentes farmacológicos
Diagnóstico: pelo menos 2 BABINSKI não faz parte da DP
Bradicinesia (lentificação dos movimentos) Tremor (em repouso, mas pode ser postural ou cinético)
Rigidez (aumento do tônus simétrico, tanto flexão quanto extensão) Instabilidade postural (dificuldade do ortostatismo, com ocorrência de quedas)
PRIMEIRA ETAPA: diagnosticar (pelo menos 2 dos 4)
SEGUNDA ETAPA: exclusão da DP *Síndrome rígido-hipocinética Babinski* Parkison pós-TCE? Parkinson vascular? (AVC)
TERCEIRA ETAPA: sustentar diagnostico, pelo menos 3
Tremor em repouso, inicio unilateral, doença progressiva, assimetria persistente, resposta excelente a LEVODOPA (70-100% melhora), evolução clínica de 10 anos ou mais
Parkinsonismo secundário: induzido por drogas, vascular, pós-TCE, pós tumor cerebral, por intoxicação exógena ou distúrbios metabólicos (tireoide)
Parkinsonismo atípico: demência de corpos de lewy
Parkinsonismo idiopático: raro. Início insidioso e progride lentamente (10-20 anos) até culminar em invalidez severa
ESTÁGIO 1 unilateral, tremor em repouso, tríade (tremor, rigidez, bradicinesia)
ESTÁGIO 2 bilateral, postura inclinada para frente, balança os braços ao caminhar, depressão reativa
ESTÁGIO 3 distúrbio de marcha e moderada incapacidade, retropulsão e propulsão a quedas, dificuldade em pequenas tarefas
ESTÁGIO 4 incapacidade significante (rigidez e bradicinesia aumentam) *tremor pode diminuir
ESTÁGIO 5 invalidez completa (hígido e bradicinético) não permanece em pé e nem caminha. Sem expressão, inteligível, deglutição comprometida
TRATAMENTO: Sintomático = Repor estoques de Dopamina nos gânglios da base LEVODOPA** (não efetiva em parkisonismo secundário ou iatrogênico)
Levodopa converte-se em dopamina pela enzima dopa descarboxilase (diminui os efeitos colaterais) FISIOTERAPIA FONOAUDIOLOGA
Complicações do levodopa: encurtamento da duração/ acinesia matinal ou noturna/ fenômeno on-off/bloqueio motor ou congelamento nas pernas/ hipercinesias
DEMÊNCIA
Decréscimo do nível cognitivo, comprometendo as funções sociais e funcionais, com memória e outras funções acometidas
DEGENERATIVA/IRREVERSIVEL: Alzheimer, Corpos de Lewi, Demência fronto-temporal, Parkinson
NÃO DEGENERATIVA/REVERSÍVEL: Multi-infartos vascular, HCF PN, doença de binswanger Prevalência aumenta com a idade (após 60 dobra a cada 5)
• Prejuízo cognitivo progressivo, interferência na funcionalidade, excluir intoxicação e delirium HF +, maior em analfabetos
CRITÉRIOS PARA DEMÊNCIA:
1.Comprometimento da memória 2.Um ou + dos seguintes: Afasia, Apraxia, Agosia, distúrbios das funções executivas.
Alterações significativa na atividade social/profissional, representando declínio Alteração de marcha, incontinência urinaria, declínio cognitivo...
Exposição a toxinas ou a combinação de fatores (toxinas + condição médica geral)
Medicamentos que podem desenvolver quadro demencial: benzodiazepínicos e neurolépticos Demência é diferente de depressão
TESTES: MEEM, MOCA, BATERIA BREVE DE IMAGENS, TESTE DO RELÓGIO, FLUÊNCIA VERBAL
Linguagem -> atenção -> memória e aprendizagem -> função executiva -> cognição social
Rastreio laboratorial: Hemograma, VHS, vit B12, HIV, TSH, T4, VDRL, UREIA, CREATININA, TGO, TGP...
TC/RM, LIQUOR, EEG, PET TC (metabolismo cerebral), avaliação neuropsicológica
IRREVERSIVEL/DEGENERATIVA
Alzheimer (+ comum) > 65 anos
FASE INICIAL: perda da memória, problemas cognitivos (perde-se, finanças, funções prejudicadas)
FASE INTERMEDIARIA: perde-se com frequencia, não consegue trabalhar, necessita supervisão, linguagem prejudicada (Boas maneiras preservadas – comer, agir, se vestir)
FASE AVANÇADA: incapacidade de raciocínio, perda das inibições, alteração do sono e vigília, alucinações e delírios
RM: atrofia (aumento de espaços/sulcos) *fissura subiana
DD: doença tireoidiana, deficiência de vitB12, tumor, demência fronto temporal, intoxicação exógena, hidrocefalia de pressão normal, depressão.
Demência de início precoce (< dos 65 anos)
Atrofia temporal. TTO estímulo cognitivo: Anticolinérgicos/ Antocolinestera´sicos de ação no SNC (Donepezila)
Demência com Corpos de Lewy (2° + comum) > 75 anos
Critérios diagnósticos: Parkisonismo espontâneo (bradicinesia, rigidez simétrico com pouco ou nenhum tremor) intervalo menor de 1 ano = demência, Alucinações visuais,
disfunção visuoespacial, distúrbios do sono REM, flutuação cognitiva (90%) (1: diagnostico possível/2: define diagnóstico)
Critérios secundários: Quedas recorrentes, alterações do sono e comportamento, sincopes, sensibilidade aos neurolépticos e benzodiazepínicos e outros tipos de alucinação.
Demência fronto-temporal (pré-senil) 45-65 anos
Afasia e alterações comportamentais (perda das inibições), compulsão, perda progressiva das habilidades linguísticas
RM: atrofia frontal e temporal (focal das porções anteriores do cérebro) *doença de pick (diagnostico anatomopatológico) TTO: serotonina (trazadona), antipsicótico (quet)
REVERSÍVEL/NÃO DEGENERATIVA
Demência vascular (Comprometimento cognitivo vascular)
Perda das funções cognitivas: afasia, agnosia, apraxia, disfunção executiva/ interferência na vida diária
Fatores de risco: homem, AVC prévio, ingestão de gorduras (transtornos aterogênicos) Fatores protetores: alta escolaridade, exercício físico
AVC LACUNAR (tipo de infarto cerebral + comum) babinski* RM: múltiplas áreas de infarto DD: leucoaraicose (anormalidade da substância branca)
Doença de Bisnwanger (comprometimento cognitivo vascular subcortical)
Progressão lenta: confusão leve, apatia, alteração de personalidade, 50% alteração de marcha TTO: causa subjacentes (HAS,DM. Ateromatose)
Hidrocefalia de pressão normal (HCF PN) > anos
Quadro clínico: Alteração de marcha, demência (cognição prejudicada), incontinência urinaria
CEFALEIA
Cefaleia primária: Tensional, Enxaqueca/Migrânea, Cefaleia em facadas, ao esforço e em salva/trigêmino autonômicas
Cefaleia secundária: infecção sistêmica, ferimento na cabeça, distúrbio vascular, AVCH subaracnóideo, tumor cerebral. EXAMES COMPLEMENTARES UTEIS (RM)
DOR = estimulação de nociceptores periféricos devido lesão tecidual, distensão visceral e outros fatores
Primária: com períodos assintomáticos, unilateral ou bilateral, qualquer horário, mantem sua intensidade
Secundária: sem períodos assintomáticos, comum unilateral, mais comum durante o sono, piora progressivamente (febre, perda de peso, claudicação da mandíbula/ao mastigar)
Red flags (SINAIS DE ALERTA): cefaleia de início súbito, primeira dor de cabeça forte, pior dor de cabeça de todos os tempos, vômitos que precedem a dor de cabeça, piora ao
longo de dias ou semanas, dor induzida por flexão, levantamento ou tosse, dor que perturba o sono ou se apresenta imediatamente ao acordar, doença sistêmica conhecida,
inicio após os 55 anos, febre ou sinais sistêmicos inexplicáveis, exame neurológico anormal, dor associada a sensibilidade local (artéria temporal)
Meningite
Cefaleia aguda, intensa, com rigidez de nuca e febre Características migranosas (fotofobia, dor pulsátil, náuseas) 3 testes: Brudzinski, teste de rigidez de nuca, Kerning
Hemorragia intracraniana
Subaracnóidea (trauma) rotura de aneurisma, TCE. Dor de cabeça súbita <1min, rigidez de nuca. Déficit motor, alteração de par craniano/ TC**
Intraparenquimatosa (hipertensão): cefaleia localizada + déficit focal/ perda de consciência/
Tumor cerebral
Cefaleia continua, profunda, piora com esforço ou mudança de decúbito, náuseas
Perda ponderal (CA estômago, pâncreas), alteração neurológica focal *pensar em metástase (50%)
Arterite Temporal (de células gigantes)
Doença inflamatória que acomete artérias de grande e médio calibre. Mulheres > 70 anos
Cefaleia em pontadas, unilateral ou bilateral VHS aumentado (15-30) TTO: corticoides
Cefaleia pós-infecciosa ou trans-infecciosa
Durante ou após uma infecção sistêmica ou localizada (COVID). Cefaleia holocraniana, piora com esforço TTO: infecção de base e analgesicos
Enxaqueca
Mulheres Alta sensibilidade a estímulos ambientais e sensitivos
Critérios diagnósticos: Pelo menos 2: dor unilateral, dor forte e latejante, dor que piora com movimento, dor de intensidade grave a moderada
Pelo menos 1: náuseas/vômitos, fotofobia, fonofobia Dor intensidade máxima entre 16-60 minutos/ exceto criança: 1-72 horas
FASES: PRODROME(6-48horas) -> AURA(1hora) náuseas, vômitos, alteração visual, tontura-> CEFALEIA(4-72horas) vomito, foto/fonofobia-> RECUPERAÇÃO(1-72horas)
Localização: unilateral fixa, unilateral alternante ou bilateral
TTO: leve a moderada: analgésicos: paracetamol/dipirona AINES: cetoprofeno/ibuprofeno/ opioides: fase aguda da enxaqueca não usar.
Moderada a intensa: triptanos / terapia endovenosa / refratários *anti-eméticos
Terapia profilática (alta frequencia de crises > 4 mês)/ Baixa/sem resposta a terapias agudas/ Crises incapacitantes)
BB (propranolol), Antidepressivos (amitriptilina) Anticonvulsivantes (topiramato) Outras classes (flunarizina) Migrânea crônica (botox) Nutracêuticos (coenzima q10)
Cefaleia do tipo Tensional
Bilateral ‘’em faixa’’ Livre de sintomas associados (foto/fonofobia, náuseas) Não piora com atividade física rotineira Dor em pressão/aperto (30min-7 dias)
TTO: analgésicos, AINES, crônica: amitriptilina/ não medicamentoso: acupuntura, técnicas de relaxamento
Cefaleia trigemino-autonomicas / em salva
Unilateral *Lacrimejamento, congestão nasal e ocular DOR muito forte 9 min (retro-orbitária/supra-orbitária (temporal, mandíbula, dente, ouvido, nariz, pescoço, ombro)
Pacientes inquietos, comprimem o local da dor.. *cefaleia suicida TTO: oxigênio 3L por minuto, verapamil, topiramato, indometacina (paroxística – orgásmica)
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
É uma doença de baixa prevalência, mas tem grande impacto social por ser a que mais
provoca sequelas neurológicas em adultos JOVENS, principalmente na América do Norte e
Europa
Está assumindo uma importância significativa, pois afeta predominantemente adultos eco-
nomicamente ativos, provocando impacto financeiro às famílias e a sociedade. Em alguns
países desenvolvidos chega a ser a causa mais comum de incapacidade em adultos.
Sua prevalência varia conforme a localização geográfica, apresentando maiores taxas nas
regiões mais setentrionais do planeta. EUA, Canadá e muitos países do norte da europa
apresentam as mais altas ocorrências, chegando a 240 casos por 100.000 habitantes, co-
mo acontece no Canadá.
FISIOPATOLOGIA:
• Doença imunomediada, predominantemente inflamatória, mediada pelas células T.
• Pode dividir a fisiopatologia em três tipos de processos, os quais hoje se acredita que
ocorram simultaneamente, e não sequencialmente, como antes se acreditava. Esses
processos são inflamação, desmielinização e perda axonal.
predisposição *
Linfócitos tipo T, reconhecem partículas que constituem a membrana de mielina e desen-
cadeiam vírus, príons, bactérias... E acabam promovendo uma fagocitose dessas estrutu-
ras.
INFLAMAÇÃO:
O Indivíduo predisposto à EM possui linfócitos T pré-ativados contra antígenos presen-
tes na molécula da mielina ( por ex., proteína básica da mielina, glicoproteína oligo-
dendrocítica, glicoproteína associada a mielina e, etc.)
Esses Linfócitos T pré-ativados, penetram no SNC e estimulam os linfócitos CD4 nati-
vos a se diferenciarem em Linfócitos CD4 Th1 e CD4Th2
As Células Th1 produzem citocinas inflamatórias , com IL-2, TNF e IFN gama, ativando
as células apresentadoras de antígenos, a micróglia, e aumentando a cascata de even-
tos pró –inflamatórios.
Aumento a adesão endotelial ( moléculas de adesão celular , p. ex., V- CAM) e rola-
mento da células T, seguido de transmigração desses linfócitos em direção ao tecido
inflamado.
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
DESMIELINIZAÇÃO:
• Pode ser resultado de dano direto das células de Schwann, provocada pelas células in-
flamatórias, ou dano indireto, pelo ambiente provocado pela inflamação.
• A remielinização é prejudicada pelo seguintes fatores: perda dos oligodendrócitos (
precursores de mielina), sinais inibitórios provocados pela inflamação, obstrução dos
oligodendrócitos causada pela cicatrização e reduzida receptividade dos axônios lesa-
dos a remielinização.
PERDA AXONAL:
• Ocorre em qualquer estágio da doença, tanto durante um primeiro surto quanto
após 30 anos
• Estudos apontam que a lesão axonal é mais intensa nos primeiros anos após o diag-
nóstico, diminuindo com o passar do tempo. Em todos os estágios da doença, há au-
mentada velocidade de perda neuronal e consequente atrofia. A velocidade de redu-
ção do volume de tecido neurológico ocorre na taxa de 0,6 a 1% ao ano; em indiví-
duos normais é de 0,1 a 0,3 % ao ano. A perda axonal é seletiva , acometendo prefe-
rencialmente as fibras de menor calibre.
QUADRO CLÍNICO/SINTOMAS
Relativos à disfunção do SNC
Mais comuns:
Perda aguda de visão unilateral (neurite óptica)
Tetraplegia e/ou paraplegia aguda
Hemiplegia
Ataxia
Alterações sensitivas
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
FORMAS DE EVOLUÇÃO
DIAGNÓSTICO
Quadro clínico + RNM/líquor
O mais importante para o diagnóstico de EM é o quadro clínico, seguido de achados de
Ressonância Nuclear Magnética (RNM). O líquido cerebroespinhal somente adquire impor-
tância diagnóstica se a RNM não for típica.
Deve se considerar que a EM não apresenta um marcador biológico que sirva como crité-
rio diagnóstico . Existe um somatório ou combinado de achados clínicos e de exames, co-
nhecido como critérios de MacDonald que determinam uma maior sensibilidade e especifi-
cidade ao diagnóstico.
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Critérios de MacDonald
NEUROLOGIA
PR2
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Diagnóstico diferencial:
NEUROLOGIA
PR2
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Tratamento do surto
Tratamento da doença
Após o primeiro surto( por ex. uma neurite óptica ), se a RM de Encéfalo demonstrar pelo
menos duas lesões desmielinizantes não-correspondentes á topografia do surto, medindo
pelo menos 3 mm, o risco de conversão para EM , em cinco anos, será de 88%. Estudos
recentes, principalmente o BENEFIT, tem demonstrado que o tratamento precoce desses
pacientes desde o primeiro surto, com o uso de imunomoduladores, retarda a evolução
para EM. O FDA, órgão americano, já aprovou o uso de dois imunomoduladores nessa si-
tuação, o Betaferon® e o Avonex®.
NEUROLOGIA
PR2
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Definições:
RADICULOPATIAS:
Dorsais ou ventrais
Cervicais, lombares, torácicas
Hérnias discais
Herpes-zoster
PLEXOPATIAS:
Traumáticas
Plexo cervical e lombar
MONONEUROPATIAS:
Um único nervo afetado
Sintoma motor ou sensitivo
Traumatismo, tumor, compressões externas
Nervo mediano: STC
MONONEUROPATIAS MÚLTIPLAS:
Acometimento de 2 ou mais nervos periféricos
*inflamatórios/infeciosos
*vasculites
*inflamatórios não infecciosos
*doenças metabólicas
*hereditárias
*síndromes desmielinizantes
POLINEUROPATIAS:
Simultâneo e simétrico
Ambos os dimídios
Bota e luva
MMII > MMSS; exceção deficiência de B12
Etiologias:
Adquiridas ou hereditárias
Crianças 80% hereditárias
Adultos prevalecem as adquiridas
NEUROLOGIA
PR2
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Polineuropatias Adquiridas
DM
Metabólicas
Etílico-carências
Amiloide
Desmielinizantes agudas e crônicas
Vasculites
Infecciosas
Toxicas
Sarcoidóticas
Paraneoplasicas
Pós quimioterapia
Evolução polineuropatias:
Podem ter curso fulminante (H)
Graves alterações sensitivo/motoras e comprometimento respiratório e risco a vida
Pode ser insidiosa e indolente
NEUROPATIAS AGUDAS
Evolução em até 4 semanas
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NEUROPATIAS SUBAGUDAS
Evolução se dá ao longo de 4-8 semanas
Vasculite
Paraneoplásico
DM
Tóxico
NEUROPATIAS CRÔNICAS
Evolução é superior a 8 semanas
FISIOTATOGENIA:
AXONAIS
Lesão do axônio—degeneração axonal
Mono, multi, poli
Predominio de sintomas motores
Alterações sensitivas nas polineuropatias predominam distal, com evolução ascendente—
os maiores nervos tendem a ser comprometidos primeiro em suas porções mais distais
MMII
DESMIELINIZANTES
Decorrentes do comprometimento da bainha de mielina
SGB ou PDIC (segmentar)
Homogênea—hereditárias
MISTAS
Tanto axônio como bainha de mielina
SINTOMAS
MOTORES
Elemento primordial nas neuropatias periféricas: Fraqueza, predomínio em musculatura
distal, pode ser simultâneo, mas raro acometimento predominando proximal (miopático)
Atrofia: axonal a atrofia é mais evidente que na desmielinizante
Reflexos tendinosos abolidos ou diminuidos
Câimbras
Mioquimias
Fasciculações
Outros: tremor, rigidez, mioclonias, discinesias, espasmos
Peso, dificuldade de andar, perda da destreza
Distúrbios sensitivos leves
NEUROLOGIA
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SENSITIVOS
Subjetividade: maior dificuldade na pratica medica
Dor
Pontada
Dormência
Frieza
Calor
Formigamento
Queimação
Quentura
AUTONÔMICOS
Hipotensao postural
Labilidade pressórica
Bradicardia ou taquicardia
Sudorese
Boca seca, olhos secos
Constipação
Impotência
*DM
Amiloidose familiar ou adquirida
Porfiria
NEUROLOGIA
PR2
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NERVOS CRANIANOS
SGB: Subtipos
Miller-Fischer
Oftalmoplegia (III, VI)
Assimetria facial (VII)
Hiporeatividade pupilar (III)
*vago
DIAGNÓSTICO
Clínico
ENMG: medida da neurocondução sensitiva, motora e potenciais evocados
Laboratoriais: glicemia de jejum, hemograma, VHS, função renal, vit B12, HIV
Líquor: desmielinizantes: aumento de proteínas
Biopsia de nervo
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Miopatias
Fraqueza costuma ser proximal
Ausência de sintomas sensitivos
Aumento de enzimas musculares
ENMG
Mielopatias
Abolição dos reflexos tendinosos
Alteração de sensibilidade em níveis
Precocidade de distúrbio esfincteriano
Menos dor
TRATAMENTO
Tratamento especifico
Fisioterapia
Estudo genético
NEUROLOGIA
PR2
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HANSENÍASE
É uma das causas mais comuns de doença do nervo periférico
Bacilo gram—(Mycobacterium leprae)
Transmissão: contato com secreção nasal, lesões cutâneas ulceradas, urina, fezes e LM
Predileção pelas células de Schwann
Comprometimento sensitivo, motor e autonômico.
Nervos periféricos:
Ulnar, mediano, auricular posterior, radial, fibular comum, tibial posterior
Aumento dos nervos
Dolorosos a palpação
Diagnóstico:
Pelo menos 1
Lesão hipopigmentada ou eritematosa com perda de sensibilidade
Espeçamento do nervo periférico
Baciloscopia +/- ou bacilos viáveis no local da biopsia
Tratamento:
Rifampicina, dapsona e clozimina em combinação
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Poliradiculoneuropatia autoimune
Inflamatório desmielinizante aguda
Quadro clínico:
Paralisia flácida progressiva, duração inical de 10-30 dias, platô e posterior recuperação
Arreflexia
Acometendo primeiramente os MMII com características ascendentes simétrico
Paralisa respiratória
Dor neuropática
Comprometimento de NC
Disfagia/Disartria
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
DIAGNÓSTICO
Quadro clinico
Elevação das proteínas no líquor (dissociação albumina citológica)
TRATAMENTO
Plasmaferese
Imunoglobulina intravenosa
Prognostico bom
5-25%: sequelas
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
Para o diagnostico diferencial entre as doenças que atingem os neurônios motores, é fun-
damental LOCALIZAR A LESÃO. Clinicamente, podemos diferenciar o acometimento do
neurônio motor superior e inferior.
SINAIS E SINTOMAS:
NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR NEURÔNIO MOTOR INFERIOR
Fraqueza Fraqueza
Disatria Fasciculação
Disfagia Câimbras
Humor pseudobulbar Disfagia
Incoordenação Disfonia
Espasticidade Hipotonia
Diminuição da força muscular Atrofia muscular
Reflexos tendinosos aumentados Distúrbios de marcha
Sinal de Babinski, Hoffman e Trommer Reflexos tendinosos normal/diminuídos/ abolidos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
MIOPATIAS—principais exames:
• Enzimas presentes em miócitos: Creatinoquinase (CK), aldolase, lactato desidrogenase
(LDH), alanina transaminase (ALT), asparto transaminase (AST)
• Líquor
• Testes genéticos
• Eletroneuromiografia (ENMG): exame neurofisiológico que avalia toda a extensão do
sistema nervoso periférico. Trata-se de uma extensão do exame neurológico, capaz de
identificar sinais típicos de acometimento do neurônio motor e seu axônio, como fibri-
lações/ondas positivas (desnervação ativa) recente e potenciais de unidade motora gi-
gantes (desnervação crônica)
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
O termo amiotrófico provém da língua grega: significa não ou negativo, myo refere-se ao
músculo, e trophic, meio-nutrição - "não músculo alimentação", ou seja, músculo sem
energia. Quando um músculo não tem qualquer alimento, ele tem "atrofia".
"Lateral" identifica as áreas da medula espinal em que as porções de células nervosas es-
tão localizadas. Como essa área sofre degeneração, leva à cicatriz ou ao endurecimento
("esclerose") na região.
A degeneração progressiva dos neurônios motores em ELA eventualmente leva à sua mor-
te através da perda do controle do movimento ou contração muscular voluntária, sobretu-
do em músculos essenciais à vida, como o diafragma e os intercostais, levando ao óbito 3
a 5 anos após o início dos sintoma.
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Movimentos finos da mão prejudicados
• Ossos metacarpos proeminentes indicam atrofia dos músculos interósseos
• Baba salivar devido a deglutição prejudicada e tônus muscular
• Marcha fraca e arrastada
• Pé caído ou fadiga precoce ao caminhar
• Fraqueza
• Atrofia e fasciculados da língua muitas vezes assimétrico
• Dificuldade em mastigar e engolir
• Parâmetro de fala variável devido a fraqueza de torque, palato mole, laringe e múscu-
los respiratórios
• O paciente pode responder a escrita, porem pode ter dificuldade em se comunicar
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
ETIOPATOGENIA:
Os mecanismos causadores da morte dos neurônios motores são complexos e multifatori-
ais. Diversas mutações, recentemente descritas, caracterizam mecanismos das formas fa-
miliares da ELA, que representam 5 a 10% dos casos; dentre eles, a mutação na enzima
Cu/Zn SOD1 (superoxidodismutase 1) é a causa mais conhecida.
Com relação às formas esporádicas, que representam a maioria dos casos, temos uma
multiplicidade de fatores, que unitária ou associadamente determinam a propagação do
apoptose neuronal. Esta se caracteriza pela a morte celular decorrente de distúrbios me-
tabólicos intracelulares ou estruturais, sendo a marca de muitas doenças neurodegenera-
tivas como ELA, doença de Alzheimer e Parkinson. Torna-se muito importante entender a
variação fenotípica que envolve as doenças do neurônio motor, que apresentam uma am-
pla heterogeneidade com mutações específicas, que nos leva a diferentes etiopatogenias,
que influenciarão na evolução clínica e nos achados histopatológicos. A variação fenotípica
dos diferentes tipos de ELA e alguns prognósticos, como a forma bulbar e apendicular são
bem conhecidos; porém, o conhecimento de formas específicas como paraplegia braquial
ou "flail in arm" atrofia monomélica de Hirayma, atrofia muscular progressiva, neuronopa-
tias motoras hereditárias, que apresentam etiopatogenia e bases biomoleculares cada vez
mais conhecidas através de pesquisas, tem contribuído para o conhecimento de mecanis-
mos específicos de apoptose celular da DNM/ELA.
QUADRO CLÍNICO:
Geralmente acomete indivíduos por volta da 6º e 7ª décadas de vida (média de idade de
inicio dos sintomas é de 61,8 anos): porém, o início nas formas familiais costuma ser mais
precoce. No Brasil, dados epidemiológicos demonstram média de idade de início dos sinto-
mas inferior (54,9 anos).
Nas formas de início bulbar, o comprometimento do NMS pode ser visto na disartria espá-
stica e na exaltação dos reflexos axiais da face, enquanto o comprometimento do NMI po-
de ser evidenciado na disartria flácida, disfagia, atrofia e fasciculações da língua.
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
O quadro normalmente se instala com paresia, que é focal e distal e progride, de maneira
rápida, para as demais regiões, gerando um quadro de fraqueza generalizada ou tetrapa-
resia. Mesmo nos estágios finais da doença costumam ser preservadas a movimentação
ocular, a função esfincteriana e a sensibilidade
O humor pseudobulbar é frequente e caracterizado por episódios súbitos de riso e/ou cho-
ro incontroláveis e desproporcionais ao estado emocional do paciente
Desnutrição é comum nos pacientes com ELA e é decorrente principalmente da disfagia.
Sintomas respiratórios são prevalentes e normalmente resultam da paresia diafragmática
e dos músculos da caixa torácica.
Pode haver comprometimento cognitivo (prejuízo da função executiva, atenção, lingua-
gem e/ou memória episódica) e comportamental (desinibição, impulsividade e apatia).
Os pacientes podem se queixar ainda de fadiga, sialorreia, distúrbios do sono e dor.
DIAGNÓSTICO:
CLINICAMENTE DEFINIDA Sinais de disfunção dos neurônios motores superior e in-
feriores em três regiões
Sinais de disfunção dos neurônios motores superiores e
inferiores em pelo menos duas regiões. E algum sinal de
CLINICAMENTE PROVÁVEL disfunção dos neurônios motores superiores necessaria-
mente em nível mais cranial que o sinais de disfunção dos
inferiores
Sinais de disfunção dos neurônios motores superiores e
PROVAVEL COM SUPORTE inferiores em somente uma região. E evidencia eletromio-
LABORATORIAL gráfica de disfunção dos neurônios motores inferiores em
ao menos dois membros (com exames laboratoriais e
RNM encefálica e de coluna cervical excluindo outras cau-
sas)
CLINICAMENTE POSSIVEL Suspeita clinica, porem sem preencher nenhum dos crité-
rios anteriores
NEUROLOGIA
PR2
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
TRATAMENTO:
Com relação ao tratamento, a primeira pergunta de um paciente com ELA é se existe uma
medicação que promova a cura da doença ou pelo menos reduza a sua progressão. A úni-
ca medicação aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) para o uso na ELA é o
riluzole, um agente antiglutamatérgico, utilizado na dose de 50 mg duas vezes ao dia, que
reduz os níveis de glutamato na fenda sináptica, reduzindo a estimulação de receptores
Ampa e NMDA, embora seu efeito na sobrevida dos pacientes seja somente de três me-
ses. Por se tratar de uma doença fatal devido ao frequente insucesso das terapias, os pa-
cientes costumam buscar terapias alternativas e muitas vezes tratamentos sem base e
comprovação científica, provocando a piora de suas condições clínicas.
PROGNÓSTICO:
Prognóstico limitado, em geral, os pacientes vao a óbito cerca de 3-5 anos após inicio dos
sintomas, em virtude de insuficiência respiratória ou de complicações relacionadas a disfa-
gia.
A despeito do curso progressivo, há grande variação prognostica entre os pacientes
Fatores como o predomínio do acometimento de NMS e inicio apendicular dos sintomas
estão associados a evolução mais lenta, as vezes chegando a décadas
Pacientes com inicio bulbar da doença e pacientes com idade avançada de inicio dos sinto-
mas normalmente apresentam pior prognostico.
NEUROLOGIA
PR2
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No SNP -> neurites infecciosas, podendo comprometer tanto função motora quanto sensi-
tiva.
Outra doença que pode prejudicar os nervos periféricos é a Hanseníase, moléstia infecto-
contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou o bacilo de Hansen.
CLASSIFICAÇÃO:
De acordo com o agente infeccioso
V A N E S S A L U D W I G
Streptococcus Pneumoniae
Gram =, em forma de coco/ disposta aos pares= diplococos
Mycobacterium tuberculosis
Bacilo não formador de esporos
Sem flagelos
Não produz toxina
É uma espécie aeróbica estrita (O2)
Forma de basotnete, medindo de 1 a 4 micra
Quando corado pelo método de Ziehl-Neelsen, fixa a fucsina, não se descorando depois de
tratado pelos álcoois (álcool-ácido resistente)
Haemophilus Influenzae
Gram -
VIRÚS
MENINGITES VIRAIS
Outros:
HIV
COVID
HERPES
NEUROLOGIA
PR2
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TRANSMISSÃO:
Em geral: pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da
nasofaringe (contato íntimo = residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o
mesmo dormitório, comunicantes de creche, namorado) ou contato direto com as secre-
ções respiratórias do paciente
NEUROLOGIA
PR2
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PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
Em geral, é de 2-10 dias / média de 3-4 dias
SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE
A suscetibilidade ao meningococo é geral:
Mais vulnerável são as crianças < 5 anos e adultos > 60 anos
Nos primeiros meses de vida, os lactentes estão protegidos por anticorpos específicos da
classe IgG
FISIOPATOLOGIA:
Para atingir o SNC as bactérias precisam vencer quatro etapas:
1. Aderir ao epitélio da mucosa nasofaríngea do hospedeiro e proliferar
2. Invadir o interior dos vasos subjacentes e sobreviver a ativação do sistema comple-
mento
3. Atravessar as barrerias hematoencefálica e hematoliquórica, atingindo o líquor (LCR)
4. Sobreviver e replicar-se no LCR
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Ceftriaxona, vancomicina
Exames: PCR, palpar fontanela abaulada, verificar inchaço
EPIDEMIOLOGIA:
• Pneumococo (47%)
• Meningococo (25%)
• Streptococo do grupo B (13%)
70% das meningites bacterianas em neonatos
transmissão via vaginal
• Listeria monocytogenes (8%)
Imunossuprimidos
• Haemophilus influenzae (7%)
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Em geral, o quadro clinico é grave
Febre, cefaleia intensa, náusea, vomito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental
Sinais de irritação meníngea (Sinal de Kerning, Sinal de Brudzinski) *crianças de até 9
meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea*, acompanhados
de alteração do LCR
Outros sinais e sintomas tais como: febre, irritabilidade ou aitação, choro persistente, gri-
to meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente quando se flete as pernas
para trocar a fralda) e recusa alimentar, acompanhada ou não de vômitos, convulsões e
abaulamento da fontanela.
SINTOMAS:
Se manifestam de forma gradual e progressiva
Cefaleia holocraniana, que piora com movimento e valsalva, é o sintoma clássico
Segunda fase: vômitos
Num estágio posterior: rigidez de nuca
Sistema Nervoso Periférico: dor na região afetada. Alterações de sensibilidade, como for-
migamento, dormência, queimação e/ou perda de força, dependendo da região nervosa
comprometida, hipoestesia
DIAGNÓSTICO:
Anamnese
Exame físico:
Kerning
Brudzinski
Rigidez de nuca
Rebaixamento da consciencia
Líquor:
Neutrofilia bacteriana
Aumento de linfócitos: viral
• BACTERIANA: aumenta neutrófilos
• VIRAL: aumenta linfócitos
NEUROLOGIA
PR2
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Líquor
Exames complementares:
TC
RNM
ENMG (SNP)
Complicações:
Resposta imuno-inflamatória: o resultado é inflamação/ Meningite que pode causar com-
plicações como:
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Empiema subdural: por vezes, há acumulo de pus sob a camada mais externa (dura-
máter) das meninges, causando um empiema subdural.
Complicações sistêmicas: esses problemas incluem choque séptico (pressão arterial
perigosamente baixa decorrente de infecção bacteriana da corrent e sanguínea) e coa-
gulação intravascular disseminada (desenvolvimento de pequenos coágulos de sangue
por toda a corrente sanguínea, oq eu acaba por causar sangramento excessivo.) Esses
problemas podem ser fatais
Alteração de sinal
ENCEFALITE VIRAL
ABSCESSO CEREBRAL
*edema periférico
PARTE CORONAL
*abscesso
NEUROLOGIA
PR2
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NEUROCISTICERCOSE
FUNGO
TRATAMENTO
Atraso no inicio da ATB ou erro na escolha do antimicrobiano associam-se a elevada mor-
talidade e sequelas neurológicas
Demora maior que 3 horas para inicio da ATB após admissão hospitalar eleva os índices
de mortalidade em 3 meses
S. pneumoniae/N.meningitides/ H.influenzae
18-50 ANOS: = CEFTRIAXONA/CEFOTAXIME vancomicina
< 50 anos = AMPICILINA/ vancomicina ceftriaxona cefotaxime
V A N E S S A L U D W I G
RECOMENDAÇÃO PATÓGENO/ESPECÍFICA
QUIMIOPROFILAXIA
Não aasegura efeito protetor absoluto e prolongado, tem sido adotada como um medida
eficaz na prevenção de casos secundários. Está indicada para os contatos íntimos de casos
de doença meningocócica e meningite por h. influenzae.
V A N E S S A L U D W I G
IMUNIZAÇÃO
DPT/Tetravalente
Meningococo
Pneumococo
Influenza
TB
ENCEFALITE
Infecção aguda do parênquima encefálico
Imunossuprimidos:
CMV
Epstein-Barr
Herpes virus humano 6
Apresentação clinica:
Deterioração do nível de consciência e déficit neurológico focal podem ocorrer
Convulsões (focais ou generalizadas) são uma manifestação comum
Diplopia, disartria e ataxia: imunocomprometidos com encefalite por herpes simples de
tronco encefálico
*suspeitar em pacientes febris com alteração do estado mental ou outro sinal de dis-
função cerebral difusa
Pródromos são comuns e se caracterizam por febre, cefaleia, mialgia e infecção respi-
ratória moderada
V A N E S S A L U D W I G
TRATAMENTO:
Geralmente de suporte
Antivirais: beneficio na encefalite por HSV, com diminuição da mortalidade de 70% para
menos de 20% se iniciados dentro dos primeiros 2 dias de infecção
ABSCESSO CEREBRAL
Infecção supurativa intracraniana que se inicia como uma área localizada de cerebrite no
parênquima e evolui para coleção de pus confinada por uma capsula bem vascularizada
H 3:1 M
Predomínio nas 2 primeiras décadas de vida
Origem:
Disseminação purulenta por contiguidade (ex: sinusite frontal que ocasiona abscesso fron-
tal)
Disseminação hematogênica ou meastática (ex: infecção pulonar, cardiopatia congênita e
endocardite)
TCE
Procedimento neurocirúrgico
Imunossupressão (atenção)
V A N E S S A L U D W I G
DIAGNÓSTICO:
Quatro estágios:
TC e RNM de crânio
Fases iniciais: contraste é mandatório
Maioria dos abscessos -> edema perilesional considerável, principalmente durante as fa-
ses de cerebrite tardia e formação inicial da capsula (entrada de líquido)
TRATAMENTO:
Antibióticos (cefalosporina de 3° geração / ceftriaxona) + metronizadol ou cloranfenicol,
IV, por 6-8 semanas
Ressecção cirúrgica
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
SEGUIMENTO:
Mortalidade: 40-60% na era pré-TC, atualmente 10%
Glasgow < 9 inicialmente: mais que 60$ morrem ou ficam em estado vegetativo
EMPIEMA SUBDUAL
Infecção supurativa que acomete o espaço virtual existente entre a dura=máter
e a aracnoide
Microorganismos isolados:
Estreptococos aeróbicos (30-50%)
Estafilococos (15-20%)
Estreptococos microaerófilos e anaeróbios (15-20%)
Bacilos aeróbios gram—(5-10%)
Outros anaeróbios (5-10%)
Febre (95%), cefaleia (86%), meningismo (83%), hemiparesia (80%), alteração do esta-
do mental (76%), convulsão (44%)
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
TRATAMENTO
Drenagem cirúrgica
SEGUIMENTO
Déficits neurológicos presentes em 55% dos pacientes na ocasião hospitalar
Pior prognostico: idade > 60 anos, coma no principio do quadro e historia de TCE ou neu-
rocirurgia associados
Convulsões (34%)
Hemiparesia residual (17%)
Mortalidade 10-20%
VENTRICULITE
Infecção do sistema ventricular do SNC
Complicação de meningite em 30% dos adultos e 90% dos neonatos, mas pode também
ocorrer como processo primário
Os ventrículos podem agir como reservatórios da infecção, dificultando a ação das drogas
V A N E S S A L U D W I G
V A N E S S A L U D W I G
V A N E S S A L U D W I G
A SM Eaton Lambert está associada a presença de auto anticorpos contra canal de cálcio
ligado a voltagem do tipo P/Q e frequentemente se associa a tumores de pequenas célu-
las.
Cerca de 85% dos casos de SM AA tem anticorpos anti- R Ach. 15% restantes, a metade
tem anticorpo anti-Musk e os demais são considerados soronegativos.
Quadro clínico:
Os sintomas da MG variam de leves a severos, dependendo do grau da doença e regiões
acometidas por ela.
Entre os mais comuns temos:
Pálpebra caída (ptose palpebral)
Fraqueza muscular dos membros
Visão dupla
Dificuldade pra falar, mastigar e engolir (disfagia)
É quase sempre possível caracterizar uma queixa de piora dos sintomas com o correr do
dia ou com o uso da musculatura acometida e melhora após repouso.
Diagnostico diferencial:
Dependerá da localização dos sinais encontrados e da forma de apresentação da doença
aguda, subaguda ou crônica.
Doença do Neurônio motor
Miopatias hereditárias ou inflamatórias
Neuropatias periféricas – Síndrome de Guillain - Barré (apresentação mais comum)
Nos casos restritos a pseudo oftalmoplegia: Encefalites, tumores e aneurismas
FARMACOLÓGICAS:
Agentes que demonstrem a melhora da força muscular por meio da inibição da colineste-
rase, como as substâncias edrofônio, neostigmina e piridostigmina (+ AcetilCoa na fenda)
anticolinesterásicos****
ELETROFISIOLÓGICAS:
Estimulação repetitiva a 3 Hz evidencia um decremento da resposta motora à estimulação
repetitiva , com sensibilidade , entre53-100%. A eletromiografia de fibra única é uma téc-
nica que tem sensibilidade em torno de 82 a 99%, porém não é feita de rotina
IMUNOLÓGICAS:
Pesquisa de anticorpos que reagem com os receptores da acetilcolina ( Anti – AChR)
Pesquisa de anticorpos contra o receptor da tirosina quinase músculo específica ( MuSK)
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
Tratamento
1. Anticolinesterásicos: impedem a ação da acetilcolinesterase na placa mioneural,
mantendo a interação da acetilcolina com seus receptores por tempo prolongado e com
melhora na transmissão neuromuscular. A dose recomendada de piridostigmina oral é de
60 mg de 6/6 h, podendo ser aumentada.
2. Timectomia
3. Corticosteróides
4. Imunossupressor : Azatioprina, Ciclofosfamida, Micofenolato de mofetila
5. Rituximabe. Anticorpo monoclonal
6. Plamaferese
7. Imunoglobulina intravenosa
Sorriso retificado
V A N E S S A L U D W I G
DX diferencial:
Ptose palpebral
Caso suposto pelo professor: se ver uma lesão do oculomotor: um ptose completa com
miose: o que pensaríamos como diagnostico? Não apresenta nenhuma alteração, apenas
ptose e miose , qual doença: neuropatia diabética
Lesão de terceiro nervo, olho dilatado, pulsando e vermelho: fistula carótida cavernosa
NEUROLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
HEREDITÁRIAS ADQUIRIDAS
Distrofias musculares Miopatias inflamatórias
Miopatias congênitas Miopatias endocrinológicas
Miotonias e canalopatias Miopatias associado a doenças sistêmicas
Miopatias metabólicas Miopatias medicamentosas e toxicas
Miopatias mitocondriais
NEGATIVOS POSITIVOS
Fraqueza: Dor, mialgia
Proximal, distal ou craniana Câimbras
Constante ou episódica Contraturas
Mnofásico ou recidivante (metabólicas) Atrofias/hipertrofias
Progressivo ou não Rigidez ou inabilidade para o relaxamento—
Agudo, subagudo ou crônico miotonia (musculo não relaxa)
Fadiga e intolerância ao exercício Urina escura (vermelho escuro)
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FORÇA
Medir a força
5– NORMAL
4– Vence a gravidade com contra-resistencia diminuída ao examinador
3– Vence a gravidade sem contra-resistencia ao examinador
2– Movimenta apenas sem a ação da gravidade
1– Contrações musculares perceptíveis sem movimentação segmentar
0– Plegia (não movimenta nada—plégico)
ENMG (ELETROMIOGRAFIA)
Normal, miopático ou até mesmo neurogênico
DIAGNÓSTICO
Historia clinica
Exame físico
Exames laboratoriais
CPK
CKMB/CKMM
ENMG
Biópsia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS
Desordens reumáticas autoimunes
Adultos e crianças
*Fraqueza progressiva para subir escadas, levantar de cadeira, pentear
*Dificuldade de engolir
NEUROLOGIA
PR2
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POLIMIOSITE é o protótipo
DERMATOMIOSITE: há lesões cutâneas
Miopatia por corpúsculos de inclusão (senilidade): punhos e coxas
Epidemiologia:
M (2): H (1)
Pico de incidência:
DPM: 10-15 e 40-55 ex de caso:
PM: 40-55
Etiopatogenia desconhecida
Patogenia:
POLIMIOSITE: resposta imune celular, infiltrado LT-CD8 + macrofagos -> libera perforina
-> destrói musculo
Manifestações:
Mialgias
Atrofia muscular Rigidez
Disfagia Edema
Perda de peso Fadiga
RASH—dermatomiosite Febre
Prurido Fenômeno de Raynaud
Poliartrite Livedo reticular
Diagnóstico:
Fraqueza muscular insidiosa e progressiva, simétrica de musculatura proximal
20% acamados ao diagnostico
50% algum grau de disfagia
V A N E S S A L U D W I G
POLIMIOSITE
Definida: todos os critérios de 1 a 4
Provável: 3
Possível: 2
DERMATOMIOSITE Mãos de
Definida: o critério 5 e mais 3 de 1-4 mecânico
Provável: critério 5 + 2 de 1-4
Possível: 5 + 1 de 1-4
Diagnostico
Dermatomiosite:
NEUROLOGIA
PR2
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MIOPATIAS METABÓLICAS
Doenças que envolvem o metabolismo muscular
MacArdle
Doença de Pompe (envolve metabolismo)
DISTROFIAS MUSCULARES
Casos mais graves
Mortalidade precoce
Outros de inicio na vida adulta e mais brandos
HF+
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Diagnóstico
Aumento de CPK 300x que o normak
ENMG: padrão miopático
Biopsia muscular (distrofia)
Tratamento
Prednisolona:
Aumenta força muscular
Prolonga tempo de deambulação
0,75mg/kg/dia nos primeiros 10 dias do mês, ou esquema com dias alternados
Multidisciplinar:
Cardio, pneumo, neurologista, fisioterapia
MANOBRA DE GOWERS
MARCHA ANSERIANA:
DISTROFIAS MITOCONDRIAIS
Raro
MIOPATIAS TÓXICAS
Alcool, estatinas, cloroquina, colchicina, cocaína
ESCLEROSE MÚLTIPLA (doença inflamatória desmielinizante)
Doença de baixa prevalência, mas de grande impacto social pois provoca Quadro clínico: (disfunção do SNC)
sequelas neurológicas em ADULTOS JOVENS Neurite óptica (perda da visão unilateral/baixa acuidade visual/dor a
- Características mistas: auto-imune e degenerativa movimentação ocular/defeito pupilar aferente relativo)
Tetraplegia e/ou paraplegia aguda, Hemiplegia, Ataxia de marcha, nistagmo,
FISIOPATOLOGIA: doença imunomediadas, inflamatória (células T) incoordenação de membros
3 processos simultâneos: inflamação, desmielinização e perda axonal. Alterações esfincterianas (retenção/incontinência fecal/urinaria, disfunção
erétil)
FORMAS DE EVOLUÇÃO DIAGNÓSTICO Quadro clínico + RNM (lesões em chama de vela)/líquor
Surto-remissão (remitente-recorrente): + comum, piora em surtos, podendo Liquor: bandas oligoclonais, índice aumentado de IgG, pleocitose.
haver remissão espontânea/uso de CE e pode ou não persistir sequelas
neurológicas (entre os surtos: estabilidade clínica) CRITÉRIOS DE MACDONALD:
Secundariamente progressiva: é a forma que os casos do tipo S-R atingem 2 ou mais surtos + evidencia clinica de 2 ou mais lesões: definitivo (nenhum exa)
após 10 anos da doença. NÃO há estabilidade entre os surtos, progressão
lenta e gradual
Primariamente progressiva: evolução lenta e progressiva, sem surtos
Primariamente progressiva com surto: rara. Evolução lenta e gradual que ESCALA EDSS
pode ocorrer surtos.
NEUROPATIA PERIFÉRICA
DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR
DOENÇA DE JUNÇÃO NEUROMUSCULAR: fraqueza flutuante, tônus muscular normal/reduzido, ausência de alterações sensitivas, reflexos tendinosos
normal/reduzidos
MIOPATIAS: fraqueza proximal, ausência de atrofia ou alterações de reflexos tendinosos, ausência de alterações sensitivas ou distúrbios esfincterianos
NEURO-INFECÇÃO (doenças infecções que acometem o SNC/SNP provocadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários)
N. meninigitidis (transmissibilidade persiste até que o meningococo despareça TRÍADE CLASSICA: febre, rigidez de nuca e alteração do estado mental)
da nasofaringe – após 24h ATB) – suscetibilidade: < 5 anos e > 60 anos. AO MENOS 2 DOS 4 SINTOMAS: cefaleia, febre, rigidez de nuca e alteração do
estado mental
Neonatos raramente adoecem -> proteção através de anticorpos maternos (IgG)
Imunidade declina até os 3 meses -> aumento da susceptibilidade. FATORES DE RISCO PARA DESFECHO DESFAVORAVEL:
(70% Streptococcus do grupo B – meningites bacterianas em neonatos por Idade avançada, sinusite/otomastoidite, ausência de rash, baixo escore de
transmissão via vaginal) Glasgow, taquicardia, hemocultura +, VHS elevado, trombocitopenia, baixa
contagem de leucócitos no liquor
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: DIAGNÓSTICO:
Quadro grave; febre, cefaleia, náusea/vomito, rigidez de nuca, confusão mental. Anamnese + Exame físico (kerning, brudzinski, rigidez de nuca, rebaixamento
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA: Kernig e Brudzinski *até 9 meses podem não da consciência)
apresentar sinais* alteração de LCR. Criança: irritabilidade, choro persistente, Laboratorial: hemograma, cultura, PCR, VHS, sorologia: LUES, anti-HIV,
grita ao ser manipulada (troca de fralda), abaulamento de fontanela. toxoplasmose
No curso da doença, pode surgir delírio e coma, convulsões, paralisias, tremores, LCR:
transtornos pupilares, hipoacusias, ptose pálpebra e nistagmo. *sepse=morte. BACTERIANA: neutrófilos, turvo, hipoglicemia, aumento de proteínas
Cefaleia holocraniana -> piora com movimento de valsalva (sintoma clássico) VIRAL: linfócitos, límpido, glicose normal, leve aumento de proteínas
SNP: dor na região afetada, parestesias, dormência, perda de força.. TC, RNM, ENMG (SNP)
COMPLICAÇÕES: mediadas pela resposta imune do hospedeiro e funções leucocitárias TRATAMENTO
Vasculite com vasoconstrição e formação de coágulos -> AVC Demorar mais que 3 horas para inicio de ATB após admissão hospitalar
Edema cerebral (com pequenos sangramentos) eleva os índices de mortalidade (demora ou erro do antimicrobiano)
Aumento da PIC (herniação do cérebro – deslocamento de partes dele) S. pneumoniae/N.meningitidis/H.influenza
Hidrocefalia (aumenta a PIC) infecção obstrui o líquor 18-50 anos: ceftriaxona/ cefotaximae/vancomicina
Inflamação dos nervos cranianos (surdez, diplopia..) Imunodeprimidos: ampicilina, vancomicina, ceftriaxona, cefepime
Empiema subdural (acúmulo de pus na dura-mater) TCE, alteração do liquor, neurocirurgia: vancomicina, cefepime, ceftazedime
Complicações sistêmicas (choque séptico, CIVD)
QUIMIOPROFILAXIA
Prevenção para casos secundários. Está indicada para os contatos íntimos de
casos de doença meningocócica e meningite por H. Influenzae
Droga de escolha: rifampicina (administrada em dose adequada e
simultaneamente a todos os contatos íntimos, até 48h da exposição a fonte de
infecção)
O uso restrito da droga visa evitar a seleção de sepas resistentes de meningococo
MIASTENIAS GRAVIS
Alteração fisiológica mais comum, decorrente de autoanticorpos contra os receptores de acetilcolina na junção neuromuscular
Pode ser: Congênita, adquirida ou autoimune.
Sexo FEMININO, 20-40 anos, associada a hiperplasia do timo (histopatológico)
Sexo MASCULINO, 40 anos, TIMOMA HLA-A1, B8, DR3 (mulheres jovens, caucasianos, anti corpo anti-receptor de acetilcolina)
Pacientes > 60 anos, atrofia tímica B7, DR2 (idosos)
*Sorologia: anti-receptor de acetilcolina, anti-musk, anti LRp4
Quadro clínico: ptose palpebral, diplopia, fraqueza muscular dos membros, disfagia (dificuldade para falar, mastigar, engolir)
FRAQUEZA/FATIGABILIDADE/FLUTAÇÃO (queixa de piora dos sintomas com o correr do dia ou com o uso da musculatura acometida (melhora após repouso)
Diagnostico:
Farmacológico (quando demonstram melhora da força muscular por meio da inibição da colinesterase – edrofonio, neostgmina, piridostigmina)
Eletrofisiológicas (eletromiografia (sensibilidade 82-99%, porém não é feita de rotina)
Imunológicas (anti-aChR e anti-musk – receptor da tirosina quinase)
Tratamento:
Anticolinesterásicos: piridostigmina 60mg 6/6h (melhora da transmissão neuromuscular)
Crise miastenica: plasmaferese, imunoglobulina IV (crise, casos refratários)
Paciente crônico: imunossupressor (azatioprina, micofenolato, ciclofosfamida, tacrolimus)
CE (usado para paciente crônico *efeitos colaterais*)
Quando cirúrgico: Timectomia*
SÍNDROME MIASTÊNICA DE EATON LAMBERT (SMEL) (2° patologia + comum relacionada a junção neuromuscular)
Causada por anticorpos formados contra os canais voltagem-dependentes de cálcio, nos terminais pré-sinápticos dos nervos motores
Clínica: fraqueza proximal e fatigabilidade (MMII também associados a sintomas: constipação, impotência, boca seca e visão borrada)
ENMG: aumento do potencial de ação do musculo com estimulação repetitiva de alta frequência -> sinais de fraqueza *sorriso retificado/língua trissulcada
Diagnostico diferencial: doença do neurônio motor, Sd guillain-barré, encefalites, tumores, aneurismas/ ptose palpebral: (Sd ronner, proptose, tireoide, DM- III)
MIOPATIAS Doença do musculo esquelético; (desordem com defeito primário estrutural ou funcional)
HEREDITÁRIAS: distrofia muscular, miopatias congênitas/metabólicas/mitocôndrias, miotonias e canalopatias
ADQUIRIDAS: miopatias inflamatórias/endocrinológicas/associadas a doenças sistêmicas/medicamentosas e toxicas
Sintomas:
NEGATIVOS: fraqueza proximal/distal, constante ou episódica, monofásica ou recidivante, aguda/subaguda ou crônicas, fadiga e intolerância ao exercício
POSITIVOS: dor, mialgia, câimbras, contraturas, atrofias/hipertrofias, rigidez/inabilidade para o relaxamento, urina escura
*costuma ter fraqueza PROXIMAL, ausência de distúrbios sensitivos, reflexos abolidos e hipoatenuados, aumentos de enzimas musculares: CKMB e CPK
FORÇA: medir a força!
5: normal 4: vence a gravidade com contra resistência diminuída ao examinador
3: vence a gravidade sem contra resistência ao examinador 2: movimenta apenas sem a ação da gravidade
1: contrações musculares perceptíveis sem movimentação segmentar 0: plegia (não movimentava nada)
ENMG (normal, miopático ou neurogênico) -Auxilia na escolha do musculo para biopsia
Diagnostico: história clínica (idade de início, HF, fatores precipitantes) + exame físico + exames laboratoriais (CKMB/CPK), ENMG, biópsia
MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS (desordens reumáticas autoimunes)
Fraqueza progressiva para subir escadas, levantar da cadeira, pentear/ dificuldade para engolir sexo FEMININO (10-15) (40-55)
POLIMIOSITE: L CD8 + macrófagos -> libera perforina -> destrói musculo
DERMATOMIOSITE (lesões cutâneas) imunidade humoral -> inflamação -> B CD4 -> atrofia perifasciular
MIOPATIA POR CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO
Clínica: mialgias, atrofia, disfagia, perda ponderal, rash (DM), prurido , poliartrite, rigidez, edema, fadiga, febre, fenômeno de Raynaud, livedo reticular
Diagnóstico: fraqueza muscular insidiosa e progressiva, simétrica de musculatura proximal (20% acamados ao diagnostico, 50% algum grau de disfagia)
CPK (50x valor de referência – aumento precede fraqueza, seus níveis diminui após início do tratamento)
CRITÉRIOS DE BOHAN/PETER, para PM/DM:
1- Fraqueza muscular proximal simétrica
2- Biopsia muscular com evidência de miosite Polimiosite: definida (todos os critérios de 1-4) provável: 3, possível:2
3- Elevação sérica de enzimas musculares Dermatomiosite: definida (4 e mais 3 de 1-4) provável (5 + 2 de 1-4) e possível (5 + 1 de 1-4)
4- EMG com padrão característico
5- Rash típico da dermatomiosite (heliotropo, sinal/pápula de Gottron)
MIOPATIA METABÓLICA
Clínica: câimbras e perda de força com atividade prolongada (mioglobunúria – degradação do musculo) *MacArdle/ Doença de Pompe
DISTROFIA MUSCULARES (casos mais graves)
Distrofia muscular de Duchenne Sexo MASCULIINO (raros casos em mulheres com Sd de turner)
gene p21 do cromossomo X (gene: proteína distrofina -> falta: apoptose da fibra muscular)
Início da sintomatologia < 4 anos e perda da deambulação até os 12 anos;
Distrofia muscular de Becker Início da sintomatologia > 4 anos (5-25 anos) mantem deambulação até os 20 anos *menos frequente de Duchenne
Dor, fadiga, fraqueza lentamente progressiva simétrica, acometimento cardíaco/ * Manobra de Gowers (chão: escalar -> levantar) marcha ANSERIANA
Diagnostico: CPK 300x, ENMG: padrão miopático, biopsia: distrofia; TTO: prednisolona (aumentar força muscular, prolongar tempo de deambulação