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AVC

Acidente Vascular Cerebral


História
• Hipócrates;
• Wepfer;
• Rudolf Virchow.

• O termo AVC foi introduzido em 1927;


• Termo “brain attack”,foi introduzido de
acordo com a American Stroke
Association (Associação de AVC), desde
1990.

BÜRGE,2008
Hipócrates Johann Jacob Wepfer Rudolf Virchow

BÜRGE,2008
.
Definição
De acordo com a OMS, o AVC refere-se
ao desenvolvimento rápido de sinais
clínicos de distúrbios focais e/ou globais
da função cerebral, com sintomas de
duração igual ou superior a 24 horas, de
origem vascular, provocando alterações
nos planos cognitivo e sensório motor, de
acordo com a área e a extensão da lesão.

ASFORD,2009
Etiologia

CALAIS,2005
.
Etiologia

CALAIS,2005
Etiologia

CALAIS,2005
Etiologia
Hemorrágico x Isquêmico

CALAIS,2005
Etiologia
A investigação da etiologia divide-se conforme o tipo de AVC e a idade do paciente:

• Paciente > 45 anos com AVCI: • Paciente < 45 anos com AVCI:
⚬ Eletrocardiograma; ⚬ Ressonância magnética de crânio;
⚬ Doppler de carótidas; ⚬ Angiotomografia dos vasos intracranianos e
⚬ Ecocardiograma; extracranianos;
⚬ Investigação para dislipidemia; ⚬ Sorologias para disfunções trombofílicas, de
⚬ Investigação para diabetes. origem genética e inflamatórias.

• Paciente com AVCH (hemorragia


• Paciente com AVCH (hemorragia subaracnóidea):
intraparenquimatosa): ⚬ Angiotomografia dos vasos intracranianos;
⚬ A análise deve ser guiada pelo local e pela
⚬ Geralmente, a etiologia deste quadro é a
aparência da área lesionada na
aneurisma intracraniano, assim, a investigação
neuroimagem;
deve ser feita com agilidade.
⚬ Angiotomografia e ressonância magnética
são realizadas quando há hipótese de
neoplasia ou anomalia de vasos.

CALAIS,2005
.
Epidemiologia
No Brasil, apesar do declínio nas taxas de mortalidade, o
AVC representa a primeira causa de morte e incapacidade no
País.
• Incidência anual de 108 casos por 100 mil habitantes,
taxa de fatalidade aos 30 dias de 18,5% e aos 12 meses
de 30,9%, sendo o índice de recorrência após um 1 de
15,9%.
• Não existem, em nosso País, estatísticas sobre AVC em
crianças e adolescentes, e os dados mundiais variam
muito de acordo com a metodologia adotada para o
estudo.

Yugar-Toledo,2018.
Epidemiologia

Yugar-Toledo,2018.
O encéfalo é vascularizado por
dois sistemas:
Vértebro-basiliar e Carotídeo.
Na base do crânio estas artérias
formam o Polígono de Willis, de
onde saem as principais artérias
para vascularização cerebral.

Arnaud,2006.
Fisiopatologia
Mecanismos do AVC isquêmico e ATI:
• Aterotrombóticos;
• Cardioembolismo:
• Trombose de pequenas artérias;

Mecanismos da Hemorragia intraparenquimatosa (HIP);


Mecanismos da Hemorragia subaracnóide (HSA).

Arnaud,2006.
Fisiopatologia
Achados clínicos no AVCi:
• A artéria mais acometida, geralmente, é a artéria cerebral média
(ACM).

• Lesões vasculares em seu território geram os sintomas clássicos


de AVC:
- Alterações de fala/linguagem (disartria/afasia);
- Paresia (fraqueza) ou plegia/paralisia (perda total da força), que pode
ser tanto de membros quanto facial.

Arnaud,2006.
Arnaud,2006.
Fisiopatologia
AVCH decorre do rompimento do vaso e da efusão de sangue, que pode
ocorrer na região do parênquima ou das meninges.
O dano decorre do aumento da pressão intracraniana gerada pela
compressão realizada pelo sangue no exterior do vaso.

Principais causas do AVCh:


• Hipertensão
• Angioma cavernoso
• Angiopatia amiloide
• Neoplasia intracraniana
• Malformação ou fístula arteriovenosa
• Aneurisma roto

Arnaud,2006.
Diagnóstico
QUADRO CLÍNICO:

• Sinais e Sintomas;
• Histórico familiar.

EXAMES:

• Ressonância magnética
• Tomografia computadorizada
• Angiografia
• Ultrassonografia
• Ecocardiograma.
FOLEY,2008.
Diagnóstico
Escala de Cincinatti

FOLEY,2008.
Diagnóstico
Escala de Cincinatti

• Grupo 1 – início dos sintomas em até 4 horas e 30 min


⚬ Angiotomografia cerebral e cervical;
⚬ Tomografia computadorizada de crânio sem contraste.

• Grupo 2 – início dos sintomas após 4 horas e 30 min e em até 24 horas;


⚬ Ressonância magnética de encéfalo;
⚬ Tomografia computadorizada de crânio sem contraste;
⚬ Angiotomografia cerebral e cervical.

FOLEY,2008.
Prognóstico
• Déficit motor ou sensitivo;
• Afasia ou Apraxia;
• Negligência;
• Agnosia Visual;
• Déficit de memória;
• Lesões no tronco cerebral;
• Alterações comportamentais;
• Depressão;
• Transtorno de estresse pós-traumatico (TEPT).

FLAMAND-
Tratamento Médico
Existem diferentes tipos de acidentes vasculares cerebrais, sendo assim, diferentes condutas
de tratamento devem ser realizadas.

• Identificação da patologia;
• Estabilidade clínica - ABCDE;
• MOV.

MEHRHOLZ,201
Tratamento Médico
Se diagnosticado AVCI, inicia-se o protocolo que se baseia em 3 aspectos de intervenção:
• Trombólise;
• Manejo clínico;

Se identificado AVCH, manejo se dá por três pilares:

• Correção de discrasias sanguíneas;


• Controle da pressão arterial;
• Tratamento cirúrgico.

MEHRHOLZ,201
Os itens que esta escala avalia são:

1A- nível de consciência,


1B- perguntas de nível de consciência (orientação no
tempo),
1C - comandos de nível de consciência (execução de tarefa
Avaliação da motora),

gravidade do AVC 2 - melhor olhar (paralisia do olhar),


3 - campos visuais,
ESCALA NIH (NIHSS) 4 - paralisia facial,
National Institutes of Health Stroke Scale 5 - comando motor para membros superiores;
6 - comando motor para membros inferiores,
7 - ataxia de membros,
8 - sensibilidade,
9 - melhor linguagem (afasia),
Link do vídeo: https://youtu.be/M3JFuz5ccvg
10- disartria
11- extinção ou desatenção.
MEHRHOLZ,201
Caso Clínico
• Paciente M.H.S.P, feminina com 54
anos;
• Sofreu um AVC em 2017, ficou 8
semanas internada e apresenta afasia
mista tanto de compressão como
expressão;
• Apresentou quadro compulsivo desde
2019 e segue tendo episódios;
• Apresenta deficit auditivo.
Caso Clínico
AVALIAÇÃO DO CASO:

• QUEIXA PRINCIPAL: Perca de função nos AVD's; algia e cansaço


ao andar; órtese no joelho direito/pé direito caído.
• DIAGNÓSTICO MÉDICO: AVC isquêmico.
• DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO: Hemiparesia imcompleta
com predominio braquial a direita.
Caso Clínico
OBJETIVO FISIOTERAPÊUTICAS:

• Manutenção da ADM em MMSS e


MMII;
• Aumento da força muscular global;
• Aperfeiçoamento da marcha;
• Ganho de mobilidade articular em MSD e
MID;
Caso Clínico
CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS:

• Plataforma Vibrátoria;
• Treino de marcha associado a obstáculos
(bola,cone) e tambem na escada e rampa;
• Fortalecimento da pelve;
• Exercícios para controle de tronco;
• Mobilização nos MMSS e MMII;
• Exercícios relacionados AVD's;
• Orientação para uma vida de qualidade.
Caso Clínico
FARIA, C. D. C. M. et al. Identificação das categorias de participação
da CIF em instrumentos de qualidade de vida utilizados em indivíduos
acometidos pelo AVC. Revista Panamericana de Salud Pública, [S. l.], v. 31, p.
338-344, 2012.

FRENCH, B. et al. Repetitive task training for improving functional


ability after stroke. Cochrane Database Systematic Reviews., n. 4,

Referências
2007 Oct 17. DOI:CD006073.

BLEYENHEUFT, C. et al. Assessment of the Chignon dynamic anklefoot orthosis


using instrumented gait analysis in hemiparetic adults.
Ann. Readapt. Med. Phys., [S. l.], v. 51, n. 3, p. 154-160, apr. 2008.

BÜRGE, E. et al. Neutral functional realignment orthosis prevents hand


pain in patients with subacute stroke: a randomized trial. Arch. Phys. Med.
Rehabil., [S. l.], v. 89, n. 10, p. 1857-1862, 2008.

GUSTAFSSON, L.; MCKENNA, K. A programme of static positional


stretches does not reduce hemiplegic shoulder pain or maintain
shoulder range of motion a randomized controlled trial. Clin. Rehabil., [S. l.], v. 20,
n. 4, p. 277-286, 2006.
Discentes

Milena da Silva Alves Weslley Miranda Godoy


7297207 8512690
OBRIGADO!

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