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HOSPITAL CENTRAL DE MAPUTO

DEPARTAMENTO DE MEDICINA

SERVIÇO DE NEUROLOGIA

TEMA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DE


CEFALEIA CRÔNICA
Hugo Benedito Hugo
(Residente em Medicina Interna)
07 de Março, 2022

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INTRODUÇÃO
• Cefaleias primárias e secundárias;

 Migrânea em suas diversas formas clínicas;


 Cefaleia do tipo tensional episódica e crônica;
 Cefaleia em salvas episódica e crônica;
 Hemicrânia paroxística episódica e crônica;
 Hemicrânia contínua; e
 Cefaleia tenso-vascular.

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Estruturas craneanas sensíveis a dor
Pele, tecido subcutáneo, músculos, arterias extracraneanas e
perióstio craneal
Elementos delicados de olho, ouvido, cavidades nasais e seios
paranasales
Seios venosos intracraneanos e seus grandes vasos tributarios

Partes da duramater na base do cráneo e arterias dentro de


duramater, em particular porções proximais das ACA e ACM e
segmento intracraneal da arteria carótida interna

Arterias meníngea media e temporal superficial


Nervos óptico, oculomotor, trigémino, glosofaríngeo, vago e primeiros
3 nervos cervicais
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ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DE CEFALEIA
CRÔNICA
Diagnóstico:
 É clínico e baseia-se na anamnese e no exame
físico.

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I. ANAMNESE
• Localização: holocraniana, bilateral, unilateral, retro-orbital,
occipital, cervical.
• Duração: idade de início ou há quanto tempo o paciente
apresenta a dor; se a dor é contínua ou episódica, duração de
cada episódio, frequência das crises e modo de início.
• Características/intensidade: como é a dor (em aperto/pressão
ou latejante), e intensidade (leve, moderada ou forte)

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• Sintomas associados:
 identificar sintomas prodrômicos, duração;
 Avaliar se fatores como luz, barulho ou cheiros pioram ou
atrapalham o paciente durante a dor.
 Questionar náusea ou vômito, congestão nasal,
lacrimejamento, olho vermelho, diplopia, sintomas visuais,
tontura, perda de força, parestesia, etc.

• Fatores desencadeantes: estresse, privação de sono, jejum


prolongado, álcool, cafeína, período menstrual, uso de
medicamentos, tipos de alimentos ou outros, fatores
agravantes e de alívio.
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• Tratamentos realizados:
 Tratamentos utilizados e se fez tratamento profilático para
cefaleia.
 Se paciente está usando analgésico duas ou mais vezes por
semana, suspeitar de cefaleia por abuso de analgésico

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Cont……
II EXAME FÍSICO

• Sinais vitais: pressão arterial e temperatura.


• Oroscopia, otoscopia e avaliação dos seios da face na
presença de sintomas associados.
• Palpação cervical e do crânio em busca de hipertonia
muscular cervical, pontos dolorosos.
• Palpação trajeto da artéria temporal superficial pensando em
diagnóstico diferencial de arterite temporal em pacientes com
mais de 50 anos.
• Palpação da ATM.

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• Exame neurológico:
• - Exame do estado mental: nível de consciência normal,
deprimida ou hiperalerta.
• - Exame dos pares cranianos: (I) Olfatório, (II) Óptico: acuidade
visual e campo visual; (III e IV) reflexo pupilar, (V) Trigêmeo:
sensibilidade facial, reflexo corneano, teste motor facial e
simetria facial.
• - Exame motor: prova dedo-nariz; Rebote.
• - Exame sensorial: Romberg;
• - Reflexos: Babinski.
• - Sinais de irritação meníngea: a rigidez de nuca pode estar
associada à meningite ou hemorragia subaracnóidea .
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Critérios Diagnósticos

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QUANDO PEDIR EXAME DE NEUROIMAGEM

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QUANDO ENCAMINHAR????

Para Neurologia

 Paciente com necessidade de investigação com exame de


imagem
 Enxaqueca ou cefaleia tensional refratária ao manejo
profilático na atenção primária (tentativa de profilaxia com
duas classes de medicamento diferentes para migrânea ou
com tricíclico para cefaleia tensional, por um período mínimo
de 3 meses); ou
 Outras cefaleias que não se caracterizam como
migranea(enxaqueca) ou tipo tensão.

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Para Neurocirurgia

 Paciente com cefaleia e exame de imagem (Ressonância


Magnética Nuclear ou Tomografia Computadorizada de
Crânio) com alteração sugestiva de potencial indicação
cirúrgica:
• Lesão com efeito expansivo (tumores, cistos ou malformações),
• Lesão sugestiva de tumor cerebral, independente do tamanho,
• Aneurisma cerebral ou outra malformação vascular,
• Hidrocefalia, independente da causa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Adams y Victor. Principios de Neurología. Undecima edición.


Mcgraw-hill interamericana editores. 2020.

• SOCIEDADE INTERNACIONAL DE CEFALEIAS. Classificação


Internacional de Cefaleias. 3. ed. Lisboa: Sociedade
Internacional de Cefaleias, 2014.

• HARZHEIM, E.; AGOSTINHO, M. R.; KATZ, N. (Org.) Protocolos


de regulação ambulatorial: neurologia adulto [Internet].
Porto Alegre: TelessaúdeRS/UFRGS, 2015

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• Obrigado pela atenção

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