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Analgesia e

anestesia
aula
Conceito
 Compreende num estado inconsciente reversível
caracterizado por amnésia (sono, hipnose), analgesia
(ausência de dor) e bloqueio dos reflexos autônomos, obtidos
pela inalação, ou via endovenosa.
 Os anestésicos líquidos produzem anestesia quando seus
vapores são inalados, juntamente com oxigênio e,
usualmente, com o óxido nitroso.
AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA
 Visita pré operatória;
 Determinação dos diagnósticos efetivos e riscos. Entrevista, exame
físico, exames diagnósticos, dados
laboratoriais, etc.;

 O QUE SE AVALIA
 Avaliação do estado atual, processos patológicos, estado nutricional,
função cognitiva, emocional;
 Identificação dos fatores de risco cirúrgico, fatores que aumentem os
riscos de complicações intra e pós-operatórias;
 Plano de cuidados que diminua os riscos e as possibilidades de
complicações
FORMAS DE AVALIAÇÃO
 ASA é um sistema de avaliação médico do risco anestésico-
cirúrgico; É classificação quanto as condições físicas, desenvolvida
pela ASA – American Society of Anesthesiologists para avaliação
da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades
anatômicas é dada por:
 ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico
ou psiquiátrico; o processo patológico que necessita de cirurgia
não é sistêmico. Braz e Castiglia (2000, p16) = paciente sadio
 ASA 2 – presença de distúrbio sistêmico de grau
leve ou moderado, resultante ou do problema
que requer a cirurgia ou de outros processos.
 ASA 3 - presença de doença sistêmica graves.

 ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves com padrões já instalados de


insuficiência e que constituem ameaça a vida, não sendo, necessariamente,
corrigidas com cirurgia.

 ASA 5 – classificação para pacientes moribundos com probabilidade


mínima de sobrevivência. Braz e Castiglia (2000, p16)

 ASA 6 - paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo
removidos para doação.
Aspectos da avaliação

 Idade;

 Estado geral de consciência,

 nutricional e emocional;

 Histórico de doenças ou complicações


anteriores;
 Obesidade: Obesidade IMC até 26 ; 29 estaria com excesso de peso;
maior que 30 seriam obesos; acima obesidade mórbida.
 No caso deste últimos tem-se alteração fisiológicas severas:
pulmonares, cardíacas, doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo
em determinadas regiões dificultando a intubação, punções, etc..

 Sistema cardiovascular
 Angina instável;
 Pacientes com Infarto do Miocárdio; não devem ser submetidos a
cirurgia eletiva nos 6 meses subsequentes;
 No caso de hipertensão não controlada, aumenta a alteração da PA e
de FC, com risco de isquemia miocárdica ou acidente vascular
cerebral;
 Sistema respiratório
 Acúmulo de secreções (pneumonias) bronquite podem levar a
insuficiência respiratória;
 A anestesia e a cirurgia vão diminuir os mecanismos de defesa
orgânica e alterar a dinâmica pulmonar;
 As cirurgias superiores e abdominais induzem mais as
alterações;
 Sistema digestivo

 Alterações gastrintestinais predispõem a alterações como


desidratação, distúrbios eletrolíticos e nutricionais.
 Alcoolismo é uma doença crônica que compromete a
recuperação anestésica; entre 6 a 8 h inicia-se a síndrome de
abstinência que dura de 2 a 5 dias, evolui para o delirium
tremens.
 Sistema urinário
 Identificar pacientes de alto risco, com função renal diminuída;
 Implica em dificuldades para excreção
de drogas;
 Susceptíveis a insuficiência renal
no intra operatório.

 Sistema nervoso
 Investigar desmaios, convulsões, paralisias,
tremores, cefaléias, alterações de motricidades,
uso de medicações
Medicação Pré – Operatório

 O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir


ansiedade.
 Pode ser:
 Sedativos: Midazolan
 Ansioliticos: alprazolam,olcadil, clonazepan,
diazepam
 Tranquilizantes: flurazepam, lorazepam, nitrazepam
 Analgésicos ou narcóticos: Morfina, dimorf
tramaldol,propofol
 Antieméticos: Dramim . Bromoprida, plasil
Funções exercidas pelo
anestesiologista:
 • Aliviar a dor,
 • Bloquear a consciência,
 • Monitorizar o organismo,
 • Manter as funções vitais principalmente a respiração,
 • Manter a estabilidade cardíaca e vascular,
 • Prover reposição de líquidos (soroterapia) e de sangue
(transfusão),
 • Manter a temperatura corporal,
 • Diagnosticar problemas que podem acontecer durante a
realização do procedimento e tratar sempre que necessário.
ANESTESIA LOCAL

 Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos


quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local
como lidocaína ou bupivacaína.
 Este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e
depressão das funções vitais, produzindo perda da
sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução
nervosa.
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS

 Através da administração de medicamentos obtemos


anestesia de apenas algumas áreas do corpo.
 O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor
dos nervos que irão para o local da cirurgia a ser realizada.
Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas
com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da
administração de anestésicos próximos a estes, na altura da
axila ou do pescoço.
 Meninges: Membranas de tecido conjuntivo com
função de proteger o encéfalo e a medula espinha.
 Divididas em: Dura-máter, Aracnóide, Pia-máter
 Liquido Cefálo Raquidiano: Esse líquido flui continuamente
pelo espaço subaracnóide (entre a aracnóide e a pia-mater),
em torno do encéfalo e medula espinhal.
 Sendo um meio de proteção, troca de nutrientes entre o
sangue e o tecido.
 ANESTESIA EPIDURAL / RAQUIANESTESIA
 Na epidural o anestésico é administrado no espaço
peridural. Neste caso não há perfuração da duramater e
nem perda liquórica.
 O bloqueio é produzido nas fibras sensoriais, espinhais
e também nas fibras nervosas,podendo ser
parcialmente bloqueadas.

 Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da
coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do
espaço subaracnóide.
 O anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo
perfuração da duramater.
 As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades
totais de anestésicos, o local onde cada anestésico é
administrado e o tipo de agulha utilizada.
 CATETER EPIDURAL
 A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos
/ anestésicos, e que tem por fim o tratamento da dor.
 ANESTESIA GERAL

 Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte.


 Cabeça,
 Pescoço
 Abdome superior, entre elas:
 Gastroplastia,
 Gastrectomia,
 Enterectomia,
 Abdominoplastia,
 Mamoplastia,

 A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro
elementos: hipnose, analgesia, relaxamento muscular e
bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao
trauma cirúrgico.
 Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir
ao paciente um estado de inconsciência suave e rápida, de
maneira adequada, durante o tempo necessário e, a seguir,
permitir uma recuperação rápida da consciência.
 TIPOS DE ANESTESIA GERAL
 1 – Venosa: Anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa
veia do paciente. Atinge diretamente a corrente sangüínea e em
seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação
principal.
 2 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores
anestésicos através das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é
absorvido pela corrente sangüínea e daí atinge o cérebro.
 3 – Balanceada: Anestesia que combina o uso de
medicamentos pelas vias inalatória e venosa. A associação
permite reduzir as doses e obter melhores resultados com
menos efeitos colaterais.
 Antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia, o
anestesiologista é responsável pelo preparo de todos os
equipamentos e materiais que serão utilizados na anestesia.
 Esse preparo exige tempo.
 Os equipamentos hoje utilizados para a realização da
anestesia são complexos e sofisticados.
 Durante a cirurgia vários monitores e aparelhos eletrônicos são
utilizados:
 O aparelho de anestesia, máquina de uso específico pelo
anestesiologista; monitores como o aparelho de pressão; o
estetoscópio; eletrocardiógrafo (faz eletrocardiograma de forma
contínua); oxímetro de pulso (mede a oxigenação do sangue);
capnógrafo (mede a eliminação de gás carbônico pelos
pulmões), termômetros (para verificar a temperatura corporal);
analisadores de gases (para medir a concentração de anestésicos
inalados).
 Profundidade da anestesia:
 A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos,
sendo classificado em quatro estágios, cada um dos quais com
grupo definido de sinais e sintomas.
 Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência.
No início da anestesia, onde o paciente respira a mistura
anestésica no qual pode experimentar sensação, calor, tontura,
formigamento movimentar-se. O pulso e a respiração são
irregulares

 Estágio II: são caracterizados por agitação psicomotora, gritos,
falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e
respiração irregular, pode ser frequentemente evitado através da
administração do anestésico EV. Estágio de delírio e
desaparecimento do reflexo palpebral,pupilas dilatadas e
responde ao reflexo da luz.
 Estágio III: anestesia cirúrgica, obtida através da administração
contínua de vapor ou gás, onde o cliente encontra-se
inconsciente.
 Estágio IV: é atingido quando for administrada uma quantidade
excessiva de anestésico.
 Com necessidade de intubação.
 Vantagens da intubação
 Vias aéreas livres e desobstruídas;
 Redução do espaço morto;
 Diminuição do esforço respiratório;
 Não aspiração de corpos estranhos;
 Instalação de respiração artificial;
 Controle da pressão intrapulmonar;
 Prevenção de espasmos laríngeos;
 Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar.
 EXTUBAÇÃO
 Avaliar a respiração espontânea do paciente;
 Realizar uma boa oxigenação do paciente;
 Antes da extubação aspirar secreções;
 Retira-se a fixação do tubo;
 Desinsufla o balonete;
 Paciente deve respirar profundo;
 Tracionar a cânula ao final da inspiração –(favorecer a
abertura das cordas vocais evitando seu trauma)
 PROBLEMAS COMUNS RELACIONADOS A ANESTESIA:
 Dor, Laringite,
 Náuseas Vômitos,
 Retenção urinária,
 Flebite

 COMPLICAÇÕES
 Comumente são decorrentes do traumas e pressão:
 Manobras da intubação (traumatismos de dentes, língua , gengiva
e lábios); faringite, laringites, bronquites, etc...
 Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose, estenose
traqueal)

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