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Anestesiologia – aula 1

Introdução a anestesiologia
O termo anestesiologia vem do grego ‘’insensibilidade’’ podendo ser ela local ou regional. A indução
anestésica ocorre por fármacos que deprime atividade nervosa em determinado local.
‘’A dor é uma experiência sensorial e emocional associada a lesão tecidual real ou potencial’’
Tranquilização e sedação:
A tranquilização se dá a uma alteração comportamental que envolve o alívio da ansiedade, porém continua
ciente do que esta acontecendo com ele. Por outro lado a sedação caracteriza a depressão central
acompanhada por sonolência e relaxamento induzido por fármacos, não há consciência do que o rodeia,
porém ainda não é recomendado sedação para paciente cirúrgico pois ainda existe percepção de dor e
estímulos nocivos.
Anestesia geral:
Inconsciência induzida por fármaco e caracteriza-se por depressão total do SNC. profundidade controlada e
reversível. A anestesia geral não possui um antagonista e é diminuída conforme se diminuem as dosagens.
Mantém-se dormindo na exposição a estímulos nocivos.
Profundidade anestésica

A profundidade anestésica é dividida em 4 planos e estágios de acordo com a dosagem e tempo de oferta do
medicamento:
Estágio 1 – Início da administração até a perda de consciência, alguns animais podem se debater e prender a
respiração por medo. Ocorre liberação de epinefrina que estimula o sistema simpático que acelera o coração
e dilata as pupilas. Pode ocorrer salivação, micção e defecação. É denominado estágio do movimento
voluntário
Estágio 2 – estágio da movimentação involuntária (delírio), vai da perda de consciência até o início de uma
respiração regular. Esse processo ocorre posteriormente a quadros taquipneicos e cardíacos.
Estágio 3 – estágio de anestesia cirúrgica padroniza-se em perda de reflexos, inconsciência, relaxamento
muscular e ausência de reflexos de vômito e deglutição.

 Plano 1 – cessam os movimentos involuntários, musculatura encontra-se ainda em relaxamento


insuficiente nistagmo e midríase (possível taquicardia e taquipneia)
 Plano 2 – plano cirúrgico, perda de reflexos laringotraqueais e interdigitais. Reflexos de pálpebra e
córnea presentes. Batimentos e respiração compensadas e padronizadas
 Plano 3 – plano cirúrgico mais profundo. Bradicardia, bradpneia, discreta hipotensão, ausência de
reflexos. respiração no padrão abdominotorácico
 Plano 4 – plano de anestesia inadequado por profundo grau anestésico. Há perda de todos os reflexos
protetores, pupilas em midríase, hipotensão, bradicardia e bradpneia.
Estágio 4 – Depressão extrema do SNC por sobredose anestésica. A respiração cessa e o coração bate por
pouco tempo. As pupilas ficam dilatadas, ocorre choque por baixa pressão e o TPC fica extremamente lento.
Se não houver tentativa de reanimação como interrupção da medicação anestésica e ventilação mecânica
imediatamente voltando os estágios anteriores o animal evoluirá á óbito.
Avaliação pré anestésica
A avaliação pré anestésica permite o anestesista conhecer as capacidades do organismo do animal em reação
a determinado tipo de fármaco anestésico. É um ponto valioso para se identificar a saúde do animal e
conhecer os riscos. Deve-se alertar o tutor sobre as possibilidades e riscos antes da anestesia e cirurgia em
todos os casos. Distúrbios hematológicos, cardiopulmonares, bioquímicos e neurológicos pré dispõem a
complicações e devem ser observados com antecedência na avaliação pré anestésica.
O sistema de avaliação ASA (sociedade americana de anestesiologias) é um tipo de classificação usado para
avaliar o estado físico de um paciente antes de uma intervenção cirúrgica ou procedimento anestésico.
Classifica os pacientes em diferentes categorias com bases em suas condições. A gradação crescente
atribuída pelo ASA é associada ao risco maior de morte

Para uma boa indução anestésica e cirúrgica é importante anamnese e exame físico específico para o animal
submetido, seguido da assinatura do termo de ciência e riscos anestésicos e operatórios
Anamnese – Exame físico geral Exames complementares
Tempo de jejum respeitado P.A ECG
Comorbidades sistêmicas TPC Bioquímicos
Desordens neurológicas Temperatura Hemograma
Tratamento farmacológico Frequência respiratória Raio X
Disfunção fisiológica importante BPM Ultrassom
Alergias Palpação (textura, temperatura,
Cirurgias prévias sensibilidade, dor)

Próteses e órteses

A avaliação de anamnese, exame físico e complementar definem a escala de risco ASA para direcionamento
de riscos de morte do animal.

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