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Medicação pré-anestésica
“antes da realização de qualquer anestesia,
exceto nas situações de urgência e
emergência, é indispensável conhecer, com
a devida antecedência, as condições
clínicas do paciente, cabendo ao médico
APA anestesista decidir sobre a realização ou
não do ato anestésico”
Planejar a anestesia
Anamnese
Exame físico
Solicitações de exames
Comorbidades associadas
DPOC
Enfisema
Doença vascular periférica
Doença cardíaca isquêmica
Doença cerebrovascular
Cessação do Tabagismo
https://youtu.be/tGo3Y0ItO30
Alcoolismo
Questionário CAGE
Cute down
Você já pensou em largar a bebida?
Annoyde by criticims
Ficou aborrecido quando outras pessoas criticaram seu hábito de beber?
Guilty
Se sentiu mal ou culpado pelo fato de beber?
Eye-opener
Bebeu pela manhã para ficar mais calmo ou se livrar de uma ressaca (abrir os olhos)?
Antibióticos (46%)
Bloqueadores Neuromusculares (33%)
Clorhexidina (9%)
Azul patente (4,5%)
Látex
Alergia ao látex
Pacientes com risco de sensibilização ao látex
https://www.fmb.unesp.br/Home/ensino/Departamentos/Neurologia%2CPsicologiaePsiquiatria/ViverBem/had_com_escore.pdf
Ansiedade
Ansiedade
o pré-operatório ocasiona: estimulação dos sistemas simpático,
parassimpático e endócrino, provocando alterações hormonais e do
metabolismo, do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras.
consequências pós-operatórias: alterações do comportamento na
recuperação pós-anestésica e aumento da dor e da necessidade de
analgésicos no pós-operatório.
redução da diminuição do
ansiólise amnésia agitação ao metabolismo
despertar basal
• metabolismo rápido
• solúvel em água
• ansiólise;
• sedação;
Midazolam
CARACTERÍSTICAS
• produção de amnésia;
• relaxamento muscular;
• depressão mínima da ventilação e do sistema cardiovascular;
• diminuição na incidência de vômitos; e ação anticonvulsivante.
• não possui efeito analgésico
• pode causar agitação na vigência de dor.
• pode causar hipotensão arterial em situações de intoxicação grave ou instabilidade
hemodinâmica, apesar de ser praticamente desprovido de efeitos cardiovasculares.
• pode ainda levar a comprometimento cognitivo, alterações do comportamento e agitação
quando associado ao sevoflurano e à depressão respiratória, principalmente se usado com
opioide.
• metabolização hepática, com formação de metabólitos ativos que são excretados pelos rins.
• adultos:
IM ou EV: 1 mg a 15 mg;
VO: 0,05-0,1 mg.kg-1 (máx.15mg) de 5 a 15 mg;
Midazolam • pediatria:
DOSES VO: 0,5 mg.kg-1 30 minutos antes.
EV: - 0,5 a 5 anos: 0,05-0,1 mg.kg-1
- > 5anos: 0,025-0,5 mg.kg-1
• Tem efeito hipnótico e/ou sedativo,
analgésico e amnésico (perda da
memória de curta duração), entre
outros.
• Pode ser utilizada como MPA por via
oral, nasal, retal e intramuscular,
Cetamina isolada ou associada ao midazolam;
promove sedação e analgesia, com
estabilidade cardiovascular e ausência
de depressão respiratória.
• A dose preconizada por via oral é 3-5
mg.kg-1, 30 minutos antes da cirurgia.
Clonidina e dexmedetomidina promovem:
• sedação
• analgesia,
• diminuição da necessidade de outros
anestésicos e redução da liberação de
catecolaminas
α-2-AGONISTAS • mantêm a estabilidade cardiovascular
quando utilizados por via oral,
• não potencializam a depressão
respiratória causada por opioides e
podem causar mínima interferência na
respiração.
• utiliza-se a clonidina na dose de 4 μg.kg-
1 por via oral de 60 a 90 minutos antes
da cirurgia.
Jejum Líquidos claros 2h
Alimentos sólidos 6h
Leite materno 4h
Fórmula infantis 6h
✔ Ingesta de alimentos sólidos deve ser desencorajada em
pacientes em trabalho de parto ativo
✔ Administrar antagonistas dos receptores H2 antes de
cesariana eletiva
✔ Se urgência, associar a administração de 30 mL de citrato de
sódio se anestesia geral
✔ Reintrodução da dieta após 3h do procedimento, há evidências
de redução da incidência de vômitos
Aspiração
causa mais comum de
Fatores predisponentes morte em eventos de
• Cirurgias de emergência anestesia, anestesia geral
• Anestesia insuficiente (1:3000 e 1:6000) e 1:600
• Doenças abdominais em cirurgias de
• Obesidade emergências
• Uso de opioides
• Déficit neurológico
• Posição de litotomia
• Situação de intubação difícil
• Doença do refluxo gastroesofágico
• Hérnia de hiato
Avaliação pré-anestésica
Exame físico na avaliação pré-operatória
Exame Físico
✔Sinais vitais (PA, FC, FR, temperatura, SatpO2)
✔Peso, altura, IMC
✔Estado nutricional
✔Anemia, cianose, icterícia
✔Avaliação da permeabilidade das vias aéreas
✔Exame cardiopulmonar (ausculta, turgescência jugular, tiragem
intercostal, supraesternal ou supraclavicular, edema de mmii, pulsos
periféricos, temperatura e coloração das extremidades)
✔constituição física (se o paciente é obeso ou apresenta tórax em tonel)
✔Avaliação do nível de consciência
**É na ectoscopia que é feita a previsão da intubação difícil, através da
classificação de Mallampati
Resolução CFM n° 2.174/2017
Comarck e Lehane
Dispõe sobre a prática do ato anestésico e deve ser de conhecimento
obrigatório para todo médico anestesiologista.
Anexo II, determina que a documentação da anestesia no pré-operatório
deve conter, dentre outros aspectos, estratificação do risco do paciente,
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido específico para a anestesia,
ficha de consulta e/ou avaliação pré-anestésica.
Nesta ficha, deve constar o exame físico, incluindo avaliação das VAS
• abertura de boca e mandíbula
• classificaçāo de Mallampati
• mobilidade atlanto-occipital
• distância tireomentoniana
• condições dentárias
• prótese dentária
• circunferência cervical
• identificar no pré-operatório os pacientes nos quais
os meios alternativos de ventilação ou oxigenação
têm probabilidade de falhar, minimizando as
situações do tipo “impossível ventilar, impossível
oxigenar”.
• APA da VA permite escolher entre usar indução
convencional de anestesia e manejo da VA ou
assegurar a VA antes da indução da anestesia e
Avaliação das
apneia, por exemplo através de intubação em
paciente acordado com videolaringoscopia.
• anamnese e intuição clínica do anestesista
Vias Aéreas
experiente.
• exames clínicos: um único exame isolado, não
oferece sensibilidade e especificidade suficiente
para fazer previsões confiáveis ou descartar a
possibilidade de manejo respiratório difícil.
• exames complementares: RX simples e TC, para
observar massas ou desvio traqueal, também podem
ser utilizados na avaliação de obstrução de VAs.
Avaliação das Vias Aéreas
Costa, A. O., Carvalho, C. J., Abramides, T. L., RAMALHO,. (01/2011). Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva
[VitalSource Bookshelf version]. Retrieved from vbk://9788520454732
Avaliação da permeabilidade das Vias Aéreas
Realizada com o paciente sentado de frente para o especialista, devendo estar na mesma
altura.
Paciente realiza a protrusão da língua.
Observa-se as seguintes estruturas: pilares amigdalianos, úvula e palato mole.
Costa, A. O., Carvalho, C. J., Abramides, T. L., RAMALHO,. (01/2011). Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia,
Dor e Terapia Intensiva [VitalSource Bookshelf version]. Retrieved from vbk://9788520454732
Estimar o risco de manejo respiratório difícil
ou mal sucedido
•anatomia da face
•tamanho das narinas
• abertura da boca
• mobilidade da mandíbula
Costa, A. O., Carvalho, C. J., Abramides, T. L., RAMALHO,. (01/2011). Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva [VitalSource Bookshelf version]. Retrieved from vbk://9788520454732
Avaliação das Vias Aéreas
Deve-se reconhecer uma possível via aérea difícil pelas seguintes avaliações:
• extensão do pescoço limitada (< 35°);
• índice de Mallampati III ou IV
• índice de Cormack Lehane III ou IV
• distância dos interincisivos (abertura bucal) menor que 3,5 cm
• distância tireomentoniana menor que 6,5 cm
• distância esternomentoniana menor que 12,5 cm
com a cabeça em extensão completa e boca fechada
• limitação da mobilidade mandibular.
** obesidade, mobilidade cervical prejudicada e trauma de face também são
preditores de uma intubação difícil.
Costa, A. O., Carvalho, C. J., Abramides, T. L., RAMALHO,. (01/2011). Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva [VitalSource Bookshelf version]. Retrieved from vbk://9788520454732
Via Aérea Difícil -VAD
•
Critérios para intubação difícil
• Não existe um teste único capaz de prever, de modo eficiente e confiável,
dificuldades no manejo da VA, e estudos indicam que é mais seguro usar uma
combinação de testes. A combinação de critérios preditivos para ID tem 100%
de sensibilidade e especificidade, além de bons valores preditivos positivos e
negativos.
• Uma vez que o manejo da VAD resulta de uma combinação de fatores
anatômicos, funcionais, ambientais e humanos, a avaliação da VA deve focar
na oxigenação e não na intubação, e deve ser multifatorial (com alguns
fatores críticos isolados) e empregar uma gama de estratégias (ventilação,
intubação, dispositivos supraglóticos, intubação guiada por fibra óptica e
cricotireoidotomia/FONA- Acesso pela região anterior do pescoço).
Dificuldades de manejo de VA
Brown III, CA, Walls RM. Identification of the difficult and failed airway. In: Brown III CA, Sakles JC, Mick NW. The Walls manual of emergency airway management. 5th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer, 2018. p. 32-53.
Preditores mnemônicos de dificuldade com a VA
Ventilação sob máscara difícil
ROMAN
• R – Radiação/Restrição
• O – Obesidade/Obstrução/Apneia Obstrutiva do Sono: “triplo O”
• M – selo da Máscara/Mallampati/sexo Masculino
• A – Age (Idade): > 55 anos; perda de tônus muscular e tecidual nas
VAS
• N – No teeth (ausência de dentes)
Brown III, CA, Walls RM. Identification of the difficult and failed airway. In: Brown III CA, Sakles JC, Mick NW. The Walls manual of emergency airway management. 5th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer, 2018. p. 32-53.
Preditores mnemônicos de dificuldade com a VA
Dificuldade na colocação de DEG
RODS
• R – Restrição: pulmonar, de abertura da boca, de movimento da coluna
cervical
• O – Obstrução/Obesidade: no nível da laringe ou glote, abaixo das
pregas vocais
• D – Disrupted or Distorted airway (via aérea interrompida ou distorcida):
tais como deformidade fixa em flexão da coluna, lesão penetrante no
pescoço com hematoma, epiglotite e abcesso faríngeo
• S – Short (distância tireomentoniana curta)
Preditores mnemônicos de dificuldade com a VA
Cricotireoidostomia difícil
SMART
• S - Surgery (cirurgia – recente ou remota): a anatomia pode
ser sutil ou obviamente distorcida; a recente pode estar
associada a edema ou sangramento
• M - Massa: hematoma, abcesso ou outra massa na via de
acesso
• A - Acesso/Anatomia: obesidade pode dificultar identificação
das estruturas anatômicas, infecção tecidual ou edema,
imobilização (por colar cervical ou outra)
• R - Radiação (e outras deformidades ou cicatrizes)
• T - Tumor: dentro da VA (cuidado com o paciente
cronicamente rouco) ou invadindo as VAs pode apresentar
dificuldades, tanto do ponto de vista do acesso quanto do
sangramento
Avaliação Cormarck-Lehane
Comarck e Lehane
Avaliação da dificuldade de intubação por laringoscópia direta
hemograma completo
coagulograma
dosagem de glicose A história clínica e o exame
dosagem de eletrólitos físico são a melhor forma de
provas de função renal e hepática rastrear e nortear possíveis
análise de sedimento urinário patologias que possam
alterar o curso do processo
eletrocardiograma anestésico-cirúrgico
radiografia de tórax
urinocultura
parasitológico de fezes
Hemograma
Hemograma
Procedimentos de grande porte p/ avaliar anemia ou policitemia
Insuficiência renal
Desnutrição
Portadores de neoplasia
Infecção
esplenomegalia,
uso de anticoagulantes
radio ou quimioterapia recentes
imunossuprimidos
pacientes acima de 60 anos
Coagulograma
Coagulograma
TAP-atividade protrombina e PTT-tempo parcial de
tromboplastina
Em pacientes com sinais indicativos de alteração da
coagulação:
✔história de sangramentos anormais O TAP encontra-se alterado em
✔hepatopatias crônicas cerca de 1% e o PTT em até
16% e nenhum estudo indicou
✔desnutrição que alterações nestes
parâmetros tenham relação
✔drogas com maior risco de hemorragia.
ASA 4 Paciente com doença sistêmica grave que representa risco de vida
ASA 6 Paciente com morte cerebral declarada e cujos órgãos serão removidos para doação
Hipoglicemiantes Suspender cerca de 24 horas antes da cirurgia. Como paciente não pode se alimentar no pós-
orais operatório imediato, ao retirar esses fármacos reduz-se o risco de hipoglicemia
Anticonvulsivantes Não é recomendada a suspensão
Antidepressivos Não devem ser suspensos, para evitar a síndrome de descontinuação ou piora do quadro
depressivo, com exceção dos inibidores da monoaminoxidase. Os estabilizadores do humor,
como o lítio e o valproato sódico, devem ser mantidos, até mesmo ao longo da cirurgia.
Entretanto, o lítio pode prolongar o efeito dos relaxantes musculares, o que exige melhor
observação.
Anticoagulantes Devem ser suspensos uma semana ou, no mínimo, quatro dias antes da cirurgia. Além disso,
orais deve haver controle rigoroso do tempo de atividade da protrombina (TAP) e razão normalizada
internacional (IIN, RNI ou INR). Isso é importante, pois existe forte correlação entre hematoma
peridural e distúrbios hemorrágicos, principalmente em pacientes em tratamento com esses
Conduta pré-operatória-medicamentos de uso contínuo
Medicamentos Indicação
Tromboprofiláticos Para retirar tromboprofiláticos, avaliar benefícios x riscos, já que com a continuação
e antiagregantes aumenta-se o risco de hematomas em bloqueios do neuroeixo.
plaquetários Atentar-se para a suspensão de antiagregantes plaquetários.
Apenas para a aspirina em doses baixas isso não é necessário (se não estiver associada a
fármacos anticoagulantes).
Fitoterápicos Sedativos naturais devem ser suspensos e, se preciso, substituídos por benzodiazepínicos.
Também devem ser interrompidos:
efedra – aumenta a incidência de disritmias, o risco de infarto agudo do miocárdio e acidente
vascular cerebral; logo precisa ser interrompida um dia antes;
garlico, ginkgo biloba e ginseng – devem ser suspensos sete dias antes do procedimento por
seus efeitos eletrolíticos;
kava-kava – aumenta o efeito sedativo dos anestésicos; deve ser retirada 24 horas antes;
Erva-de-são-joão – suspender cinco dias antes do procedimento, por promover indução
enzimática
Suplementos Vitamina E de 100 mg deve ser suspensa 10 dias antes da cirurgia, pois aumenta a incidência
vitamínicos de sangramento, principalmente em pacientes em uso de anticoagulantes
Medicamentos que Betabloqueadores, anti-hipertensivos, broncodilatadores, corticoides, anticonvulsivantes,
devem ser mantidos insulina (dose deve ser ajustada), antialérgicos e potássio.
Náusea e vômito
Náusea e pré-operatório
vômitos
ESCALA DE APFEL