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SPIKES

1. O primeiro passo é o S (setting up the interview), ou seja, a


preparação.
2. O segundo passo é o P (assessing the patient’s perception), ou seja,
perceber o que o paciente sabe.
3. O terceiro passo é o I (obtaining the patient’s invitation), ou seja,
determinar quanto o paciente quer saber.
4. O quarto passo é o K (giving the knowledge and information to the
patient), ou seja, a partilha de informação.
5. O quinto passo é o E (adressing the patient´s emotions), ou seja,
responder às emoções dos pacientes.
6.O sexto e o último passo é o S (strategy and summary), ou seja
plano e seguimento

Hospice
São instituições de internamento com espaço físico próprio para
acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em
situação clínica complexa e de sofrimento decorrentes de doença
severa
Se assemelha a casa do paciente para propiciar um ambiente
aconchegante. Visitação irrestrita ao paciente conforme seu desejo,
inclusive de crianças e animais domésticos.
Cada hospice oferece serviços diferenciados. Com equipe
multiprofissional 24 horas.
Ortotanásia
ocorre a suspensão dos procedimentos médicos na fase terminal do
paciente para que ocorra a morte natural, com o alívio dos sintomas
que levam ao sofrimento. Neste processo, profissionais como
médicos, enfermeiros e psicólogo, interagem com o paciente e seus
familiares.
Avaliação de prognósticos

ECOG e Karnofsky
PS 0: Atividade normal (de 80 a 100%)
PS 1:Sintomas da doença, mas leva seu dia a dia normal (de 60 a
80%)
PS 2: Fora do leito mais de 50% do tempo (de 40 a 60%)
PS 3: No leito mais de 50% do tempo, carente de cuidados mais
intensivos (20 a 40%)
PS 4: Restrito ao leito (até 20%)

PPI (Palliative Prognostic Index)


Indicadores de pior prognostico
 Infecções de difícil tratamento (, pneumonia, pielonefrite e sepse)
 Piora significativa da ingestão alimentar.
 Perda de funcionalidade e dependência de terceiros.
 Associação de múltiplas comorbidades.

BISEP:
Taxa de mortalidade de idosos após 1 ano de internação hospitalar
Índice de comorbidades de Charlson:
estima mortalidade em 10 anos, quanto maior a pontuação maior a
chance de falecimento no período

Insuficiência Cardíaca
 Classes funcionais
Classe I Sem limitação à atividade física; a atividade física comum não causa
fadiga, palpitações ou dispneia.
Classe II Limitação leve da atividade física; atividade física moderada resulta
em fadiga, palpitações ou dispneia.
Classe III Limitação significativa da atividade física; pequenos esforços causam
fadiga, palpitações ou dispneia
Classe V Incapaz de realizar qualquer atividade física sem desconforto; em
repouso apresenta sintomas de insuficiência cardíaca; aos mínimos esforços o
desconforto aumenta.

Demência

 Escala FAST
estágio 7:
A. -Fala restrita
B -Vocabulário inteligível
C -Perda da capacidade de andar
D -Perda da capacidade de sentar-se na cama
E -Perda da capacidade de sorrir
F -Perda da capacidade de manter a cabeça ereta

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

 O índice BODE: estima sobrevida em 4 anos de pacientes com DPOC.


Ele foi desenvolvido para pacientes estáveis, fora de períodos de crise.
 “DECAF Score”: é uma ferramenta para avaliar mortalidade
intrahospitalar de pacientes com DPOC exacerbado

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico(AVC)

 NIHSS (National Institute of Heath Stroke Scale): é um bom


preditor
Cirrose

 A classificação de Child-Pugh: é clássica para pacientes cirróticos. Ela


se baseia em critérios clínicos e laboratoriais

Neoplasias Malignas
 ECOG e Karnofsky
Dor
As 3 dimensões principais:
 Dimensão sensitiva-discriminativa
 Dimensão afetiva-emocional
 Dimensão cognitivo-avaliativo

Classificação quanto:
Ao tempo de instalação:
 Dor aguda
 Dor sub-aguda
 Dor crônica
A etiologia:
 Nociceptiva
 Neuropática
 Disfuncional
 Miofascial
 Mista

Anamnese da Dor
 Localização da dor
 Instalação
 Tipo
 Irradiação
 Sintomas associados
 Temporalidade
 Fatores de melhora ou piora
 Intensidade
Escala da Dor
 Escala Visual Analógica:

 Escala Visual Numérica:

 Escala Categórica Verbal:


Leve, moderada ou forte

Escala e faces:

Opioides
O termo opioide se refere a um grupo de substâncias capazes de se ligar aos
principais receptores de opioides (mu, kappa e delta)
São classificados, quanto à relação entre dose e eficácia analgésica, em fortes e
fracos.
Grupos de risco: Pacientes mais velhos, doença renal e insuficiência hepática.
Fármacos: Morfina; Codeína; Tramadol; Metadona; Hidromorfona; Oxicodona;
Meperidina; Fentanil Transdérmico; Buprenorfina

Cirurgia Paliativa
Objetivos
O alívio possível e durável de sintomas, Restauração da função de
órgãos; Melhoria de qualidade de vida; Melhora da imagem corporal;
Otimização de cuidados com o paciente

Indicações
Restabelecimento de função:
 Obstrução gastrointestinal;
 Obstrução biliar;
 Sangramento tumoral;
 Obstrução da via aérea;
 Falência renal.
Controle de Sintomas:
 Controle da dor;
 Controle do odor;
 Controle de dispneia restritiva;
 Complicações de úlceras por pressão;
 Infecção cutânea.

Radioterapia
promove melhora na qualidade de vida e, em algumas situações, aumento da
sobrevida
indicações: Metástases cerebrais; Metástases ósseas; Sangramento tumoral;
Metástase hepáticas.
Musicoterapia
Uso sistemático da música com intuito terapêutico de restaurar, manter e
promover aspectos emocionais, físicos e de saúde mental do indivíduo.
Usada em várias áreas, como nos cuidados intensivos e cuidados paliativos. Os
pacientes paliativos são altamente beneficiados por essa técnica, principalmente
os com diagnostico de demência.
Busca promover:
 tratamento do estresse, diminuindo os níveis de Cortisol.
 tratamento da dor, diminuindo as dosagens necessárias de analgésicos
 tratamento de AVC, Demência, Amnésia, Afasia.
Tratamento de Afasia
Frases comuns são transformadas em frases melódicas.

Espiritualidade
Espiritualidade
 Diz respeito a uma força interior que motiva a busca por um
sentido para a vida como um todo, para uma situação, para a
própria história de vida.
Religião
 Envolve, dentro de uma coletividade, a expressão da
espiritualidade através de uma organização, com tradições,
rituais, crenças, práticas, normas e celebrações em comum.
Desfechos de saúde: Há a associação positiva entre pacientes com
medidas elevadas de espiritualidade e melhor qualidade de vida
Pacientes com doenças avançadas desejam que o médico considere
suas necessidades espirituais, como suas crenças e desejos
respeitados, contribuindo positivamente no enfrentamento da
situação.
Angústia Espiritual
 Desesperança
 Falta de sentido
 Remorso
 Sentimento de futilidade
 Angústia Espiritual
 Desapontamento
 Ruptura da identidade
Abordagem da Angústia Espiritual
A equipe multiprofissional treinada nessa abordagem suprirá as
demandas espirituais por conexão e sentido. A pessoa é convidada a
compartilhar sua história e o profissional deve ouvir e explorar o
conteúdo, com empatia e compaixão, validando seu sofrimento. Desta
forma, o paciente pode sentir algum conforto e assim, gradativamente,
ter paz. É importante ressaltar que o sofrimento pode ser amenizado,
mas nem sempre será completamente aliviado.
Como implementar a Assistência Espiritual
 FICA
 SPIRIT

O morrer
Eutanásia: Ato de proporcionar uma morte indolor, com o intuito de
aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável. Antecipação
da morte.
Distanásia: Prolongação da vida, por meios artificiais e
desproporcionais, de um enfermo incurável. Postergação da morte.
Ortotanásia: Processo que não interfere no momento da morte, com
alivio adequado dos sintomas, ou seja, o processo natural e paliado da
morte. Morte no tempo certo.

Reunião familiar
Situações para a realização da reunião
 Alinhamento de informações;
 Diagnóstico e prognóstico;
 Opções de tratamento;
 Planejamento de cuidados;
 Definição sobre instituição de medidas de suporte avançado;
 Definição sobre cuidados de fim de vida;
 Familiares mais presentes no cuidado que apresenta sinais de
ansiedade e/ou insegurança.
Estratégias na Reunião Familiar
 Valorizar e respeitar a fala dos familiares;
 Reconhecer as emoções expressadas;
 Escutar ativamente e de forma empática;
 Estimular e permitir a realização de perguntas;
 Fornecer informações sobre o processo de luto;
 Reconhecer alguns aspectos do funcionamento familiar
Durante a Reunião Familiar
 Agradeça a presença e inicie as apresentações;
 Esclareça a todos os objetivos da reunião;
 O profissional deve perguntar o que os familiares sabem sobre a
doença, como o paciente tem evoluído em relação ao tratamento;
 Cheque se existe um cuidador mais frequente;
 Faça um resumo de adoecimento do paciente desde que a equipe
iniciou o acompanhamento e da condição clínica atual;
 Use uma linguagem clara, acessível e objetiva;
 Confirme também seu entendimento;
 Permite que os familiares tirem dúvidas e expressem suas
preocupações;
 Atente-se a comunicação não verbal;
 Descreva brevemente a história natural da doença e qual a
evolução clínica mais provável;
 Combine o próximo encontro.

Aceitação do diagnóstico.

Depende da:
 Personalidade do paciente.
 Cultura.
 Religião.
 A maneira como a equipe médica se porta frente a morte e a
forma que é passada essa informação ao paciente.

Fases:
 Negação
 Raiva
 Barganha
 Depressão
 Aceitação
Premissas Básicas na Comunicação de Más Notícias

 Identificação.
 Reunir todas as informações necessárias.
 Comunicação progressiva.
 Não mentir.
 Ser claro sobre o diagnóstico.
 Empatia/Validação de sentimentos.
 Escutar ativa e atentamente.
 Atentar-se a linguagem não verbal.

Comunicando uma Má Notícia


 Local calmo, reservado e condições psíquicas favoráveis do
paciente.
 Perguntar ao paciente ou familiar se compreende a situação,
como estão lidando e expectativas.
 Perguntar ao paciente se gostaria de discutir sobre a doença e
quadro clínico. Caso seja negativo, procurar entender a
resistência.
 Passar informações e recordatório, juntamente com informações
oferecidas pelo paciente.
 Médico realista, esperançoso, mas sem minimizar o problema
 Fazer pausa de após falar uma notícia importante para o paciente
se expressar.
 Validar e responder aos sentimentos do paciente.
 Compreensão do prognóstico pelo paciente
 Realizar uma síntese ao final e programar as etapas seguintes
Doação de órgãos.
Esse processo pode ser realizado em vida ou post mortem
Post mortem
 O transplante deverá ser precedido de diagnóstico de morte
encefálica, a qual consiste na parada total e irreversível das
funções encefálicas equivale à morte, constatada e registrada por
dois médicos não participantes das equipes de remoção e
transplante.
 Após a morte só pode ser feita a doação com a autorização do
cônjuge ou parente de maior idade de até segundo grau familiar.
 Órgãos que podem ser doados: Córneas, coração, pulmões, rins,
fígado, pâncreas e ossos.
Em vida
 é preciso que o doador tenha compatibilidade com o paciente
que receberá a doação, boas condições de saúde e tenha
parentesco de até quarto grau familiar ou ser casado com a
pessoa. Se não existir vínculos, a doação só poderá ser realizada
mediante ordem judicial.
 A doação de órgãos não pode afetar a saúde do doador e ele
precisa estar ciente dos riscos e consequências da cirurgia. O
órgão para ser doado precisa ser duplo ou ter capacidade de
reconstituir no organismo, como rim, parte do fígado ou parte
do pulmão.

Equipe: médico, enfermeiros, assistente social e psicóloga

Autorização familiar
A doação de órgãos e tecidos acontece somente após a autorização
familiar. É comum a família não autorizar a retirada quando o
indivíduo declarou ser doador.
Motivos para a negação familiar
 Falta de informação
 Medo do comércio de órgãos
 Receio da desfiguração

Complicação na doação pelo Deslocamento


A recomendação é que a remoção seja realizada no hospital do
doador, se isso não ocorrer existem riscos:
 Risco de instabilidade hemodinâmica e até de parada cardíaca;
 Transtorno aos familiares;
 Dificuldades na devolução do corpo, principalmente se for para
outra cidade

Avaliação do Potencial Doador (PD)


A avaliação é de extrema importância para garantir a segurança dos
receptores. O enfermeiro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de
Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) ou da Organização
de Procura de Órgãos (OPO), após a autorização familiar para a
doação de órgãos, realize exame físico minucioso e colete exames
específicos para verificar a viabilidade dos órgãos, assim como
excluir riscos de transmissão de doenças neoplásicas ou infecciosas
aos receptores.
Exames: Observação, Ausculta, Percussão e Palpação
Tumores que não excluem o doador para doação
 Meningioma benigno
 Adenoma de hipófise
 Schwannoma de acústico
 Craniofaringioma
 Astrocitoma pilocítico (grau I)
 Cisto epidermoide

Tumores que excluem o doador para doação


 Astrocitoma anaplástico (grau III)
 Gliobastoma multiforme
 Meduloblastoma
 Enpedimoma maligno
 Meningioma anaplástico e maligno
 Sarcoma intracranial

Modelo de Avaliação de Riscos do Potencial Doador (PD)


 Risco inaceitável: Contraindicações absolutas. Negar- Não seguir
com a doação
 Risco calculado: Trata-se de PD com doenças que, apesar de
terem risco de transmissão, já se encontram em atividade nos
receptores. Alertar a equipe de transplante/ Seguir com a doação
 Risco não valorável (incalculável): O PD de órgãos pode ser
completamente avaliado em virtude de falta informações
fidedignas. Alertar a equipe de transplante/ Seguir com a doação
 Risco básico: Doador ideal. Seguir com a doação.
RELIGIÃO E DOAÇÃO DE ORGÃOS
 os Israelitas não permitem o transplante de coração porque este
ainda é um sinal de vida; é permitida a retirada dos demais
órgãos imediatamente após a morte.
 As Testemunhas de Jeová não permitem o transplante caso haja
necessidade de transfusão sanguínea.
 No Budismo, remover um órgão de um cadáver é visto como
perturbador da unidade corpo e espírito, pois a remoção de
órgãos pode acarretar grande dor ao espírito, o que interfere para
um renascimento bem-sucedido.
 Alguns budistas alegam que não há nada intrinsecamente
sagrado sobre o corpo e que doar órgãos é um grande ato de
compaixão.

Luto
Estágios:
 Negação
 Raiva
 Barganha
 Depressão
 Aceitação

Fases:
 entorpecimento
 busca e saudade
 desorganização e desespero
 reorganização
Tarefas do processo de luto
 aceitar a realidade da morte
 vivenciar o peso ajustar-se a um meio no qual o falecido não
mais se encontra
 retirar energia emocional e reinvesti-la em outra relação

Dimensões nas reações frequentemente encontradas no luto:


 Dimensão Intelectual do Luto
 Dimensão Emocional do Luto
 Dimensão Física do Luto
 Dimensão Espiritual do Luto
 Dimensão Social do Luto

A fase de crise
A fase crônica
A Fase final

Comunicação da Morte e Doação de Órgãos


COMUNICAÇÃO VERBAL:
• Cumprimentar/apresentar-se
• Chamar o falecido pelo nome
• Utilizar linguagem clara, sem termos técnicos, mensagens curtas e
frases estruturadas e breves
• Facilitar a expressão das emoções
• Não utilizar frases como “fique tranquila”, “não chore”

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL:


• Olhar aberto
• Expressão facial serena
• Contato físico (exceto em situações de agressividade)
• Tom de voz suave
• Ritmo da linguagem calmo
• Fazer pausas

AMBIENTE:
• Local com privacidade e sem interferência
• Desconectar telefone, colocar o celular no silencioso
• Ter em mãos lenço de papel e bebidas (água, chá, etc.)
• Evitar barreiras físicas (mesas, escrivaninhas, etc.)
• Não estabelecer barreiras como pernas cruzadas, braços cruzados
Importante: FALAR SOBRE DOAÇÃO SOMENTE SE A
FAMÍLIA ENTENDEU QUE SEU ENTE QUERIDO ESTÁ
MORTO

RECOGNIZE

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