Você está na página 1de 135

Atuação da Psicologia

na Oncologia

Ludmyla Dornelas Magalhães


Psicóloga Especialista em Psico-oncologia
e-mail: ludmyla.magalhaes@fcv.org.br
Breve Histórico:
Idade Século 1987: 1992: Jimmie
Freud + Holland
Média XIX Simonton LeShan
Jung

Refere a
integração
mente/ corpo
com Estudos
sobre a Histeria.
Jimmie Holland
• O que são respostas normais ao câncer?
• Quais são anormais, refletindo um sofrimento que
possa interferir no plano de tratamento?
• Qual a prevalência de problemas psicológicos
que indicam a necessidade de psicoterapia?
• As reações emocionais afetam o curso da
enfermidade positivamente ou negativamente?
• Quais intervenções e métodos de enfrentamento
podem reduzir o sofrimento?
Para Jimmie Holland:
"uma subespecialidade da Oncologia que procura estudar
duas dimensões psicológicas presentes no diagnóstico do
câncer:
• o impacto do câncer no funcionamento emocional do
paciente, sua família e dos profissionais envolvidos em seu
tratamento;
• o papel das variáveis psicológicas e comportamentais na
incidência de sobrevivência do câncer.
Psico-oncologia no Brasil
• 1989 :1° Encontro Brasileiro de Psico-Oncologia em
Curitiba

• 1993: Primeiro curso de extensão em Psico-Oncologia


no Instituto Sedes Sapientiae

• 1994: Fundação da Sociedade Brasileira de Psico –


Oncologia.
Definição Brasileira
• Gimenes (1994), formulou uma definição:
A Psico-Oncologia representa a área de interface entre a
Psicologia e a Oncologia e utiliza conhecimento
educacional, profissional e metodológico proveniente da
Psicologia da saúde para aplicá-lo:
• 1º Na assistência ao paciente oncológico, sua
família e profissionais de saúde envolvidos com a
prevenção, o tratamento, a reabilitação e a fase
terminal da doença;
• 2º Na pesquisa e no estudo de variáveis psicológicas
e sociais relevantes para a compreensão da
incidência, da recuperação e do tempo de sobrevida
após o diagnóstico de câncer;
• 3º Na organização de serviços oncológicos que visem
ao atendimento integral do paciente, enfatizando de
modo essencial a formação e o aprimoramento dos
profissionais da Saúde envolvidos nas diferentes
etapas do tratamento.
Dados Relevantes
• 60% dos casos de câncer são preveníveis, o que torna
o trabalho de prevenção essencial.

• Políticas de saúde/ações comunitárias.

• Alta porcentagem de casos curáveis, o que indica


necessidade de uma ênfase cada vez maior no
trabalho de reabilitação física e emocional.
Prevenção do câncer
• A prevenção possui o objetivo de causar interferência
nos fatores predisponentes e ainda detectar muito
cedo o surgimento do câncer.
• A prevenção do câncer é dividida em:
❖ Prevenção primária;
❖ Prevenção secundária;
❖ Prevenção terciária.
Pré-diagnóstico
• Esta etapa é caracterizada como um percurso no qual o
paciente e sua família percorrem uma trajetória, às vezes muito
difícil no intuito de descobrir o que acomete a pessoa que está
doente.
• Neste momento de incerteza, o tratamento adequado que
está em questão. Como se sabe, é amplamente difundido que
o diagnóstico precoce de câncer, seguida de uma intervenção
e tratamento rápido, possuem maiores possibilidades de
extinguir com o câncer antes que esse atinja a formação de
metástases.
• Na etapa pré-diagnóstica, a psicoeducação torna-se uma
ferramenta muito eficaz, já que se trata de uma situação em
que o tempo é algo muito importante. Assim, campanhas
que enfatizem a importância da detecção precoce
do câncer são muito relevantes.
Diagnóstico
• Podemos considerar que, de certo modo, o diagnóstico
possui um lado de alívio para o paciente e seus próximos.
• O diagnóstico não termina neste momento, ele traz com
ele vários medos e anseios antes não existidos no
cotidiano, o tratamento demorado e intenso faz com que a
instabilidade se faça presente na vida dessas pessoas
acarretando em problemas emocionais antes não
existentes .
Receber o diagnóstico de câncer ainda é
associado a receber uma notícia de que o fim
da vida está próximo devido a associação
entre câncer e a morte, isso faz com que haja
uma grande dificuldade de atuação dos
profissionais da saúde e adesão dos pacientes
oncológicos ao tratamento.
• Com o diagnóstico, diversas mudanças na rotina,
na organização familiar, no trabalho, no estudo
terão, inevitavelmente, que ocorrer. Isto é,
existem mudanças nos relacionamentos,
econômicas, culturais e sociais, sendo que todas
essas, por sua vez, reverberam de modo
subjetivo no modo como o paciente verá o seu
adoecer.
• A maior parte dos pacientes se ajustará de forma
gradual a essa situação de crise, porém outros
apresentarão dificuldades para se adaptar. O
ajuste psicossocial ou adaptação ao câncer é um
processo no qual cada paciente busca manejar
seus sofrimentos, solucionar os problemas e
conquistar certo controle acerca dos
acontecimentos gerados pela doença.
Possíveis etapas do diagnóstico
• Ocultar do enfermo informações de seu
adoecer.
• Evitar nomear a palavra “câncer”.
• Linguajar técnico x Compreensão.
• Comunicação delicada, diante possíveis
sentimentos.
Sentimentos:
• Medo
• Insegurança
• Ansiedade
• Humor deprimido

• Perdas:
• Privacidade
• Autonomia

• Mudanças repentinas da rotina


• Ambiente novo e estranho
• Saúde e vida ameaçada
• Passam a conviver com o estranhos.
Possíveis resposta do paciente a
um diagnóstico de câncer

• Choque / negação

• Medo / regressão

• Crenças mágicas e esperanças


irreais

• Barganha

• Decepção / Depressão

• Aceitação
DOR
ESPIRITUAL

DOR
TOTAL DOR
DOR SOCIAL EMOCIONAL

DOR FÍSICA
Atuação do psicólogo no
diagnóstico
• O profissional deve reconhecer e permitir a expressão tais
sentimentos, é a porta de entrada para um mundo de
significados e sentidos.

• Atuar em conjunto com o paciente para dar novos


significados à doença e melhorar sua qualidade de vida;
Atendimento a família
Ao receber o diagnóstico de uma doença grave todo o
núcleo familiar recebe o impacto da “notícia”. Qualquer
que seja o tipo de vínculo, seja positivo ou negativo, a
família se vê diante de “uma perda iminente”.
Portanto ela também estará vivenciando dificuldades e
ao mesmo tempo precisando exercer um papel
importante psicossocial durante o tratamento.
SIMULAÇÃO
O Tratamento
• O tratamento oncológico implica a realização de
protocolos rigorosos, responsáveis pela redução da
doença e sua possibilidade de cura, mas também por
efeitos adversos devastadores. Entre os efeitos
colaterais comuns observados nessa clínica,
salientamos:
• Queda do cabelo;
• Vômitos e náuseas;
• Mucosites;
• Astenia;
• Anemia;
• Procedimentos invasivos;
• Queda drástica da imunidade;
• Entre outros efeitos que afetam a vida dos
pacientes.
Quimioterapia
• Tratamento agressivo;
• Morte indiscriminada de células cancerígenas e
saudáveis;
• Perda de cabelo;
• Feridas na boca e trato gastrintestinal;
• Pior do que a própria doença”;
• O estigma de estar sem cabelos e a culpa por sentir essa
dor como uma das maiores.
Radioterapia
• Tratamento diário;
• Radiação invisível por alguns segundos/minutos;
• Relação íntima com a equipe e com os “colegas” de
tratamento;
• Pode ser o final do tratamento adjuvante ou usada
antes de uma cirurgia para diminuir o tumor ou até em
pacientes terminais para conforto/alívio da dor.
• No adoecimento não se trata somente da morte física,
do corpo daquele que padece do câncer, mas também
corresponde à morte de si mesmo, do seu eu, de
partes de si, de seus objetos. Há diversas mortes
simbólicas, as quais, por sua vez, estarão sendo
vivenciadas por meio de seus respectivos lutos.
Efeitos de um tratamento
neoplásico

• Mudanças físicas

• Mudanças hormonais
NÃO SOU
• Mudanças comportamentais MAIS O
MESMO
• Mudanças cognitivas

• Mudanças de personalidade
Coping
• Tradução: “LIDAR”;
• É compreendido como um processo dinâmico e modulável,
definido como uma mudança cognitiva e comportamental
para manejar demandas externas (do ambiente) e/ou
internas (do próprio sujeito) que são avaliadas como
excedentes aos recursos do indivíduo;
• Exemplos de Coping:
❖ Positivo
❖ Negativo
A questão imunológica
• Todos estamos, todos os dias, apresentando
disfunções celulares potencialmente cancerígenas;
• Reações emocionais x sistema imune.
Avaliação do paciente
• Investigar:
❖ História da doença (como se iniciaram os sintomas, de
que forma, como percebeu?)
❖ O que ocorreu antes e logo depois do adoecimento?
❖ O que estava acontecendo na vida do paciente no
momento da descoberta?
• Ponto de Partida:
❖ Como o paciente fala de sua doença? Como se refere a ela?
❖ Como descreve seus sintomas?
❖ De que forma busca ajuda (caso o faça);
❖ O que prioriza?
❖ O que omite de seu quadro clínico (questão do sigilo/o que optou
em não falar).
❖ Sente medo? Do que? Como?
❖ Como representa a morte?
❖ Como a família representa a morte?
❖ Crenças.
❖ Representação familiar sobre o adoecimento:
mitos, culpas, crenças.
Intervenção em Psico-Oncologia
• Escrever
Abordagem psicossocial de
caráter breve
• Controle do medo e da fantasia de recidiva
• Ajuste a mudanças na hierarquia familiar
(ajuste de papéis)
• Moderar estados de afeto desagradáveis
• Ressignificação da vida
• Ajuste ao prognóstico
• Favorece:
❖ Alívio de sintomas;
❖ Crescimento;
❖ Mudança;
❖ Amadurecimento.
Objetivos da psicoterapia
• Promover relacionamento de apoio com a equipe;
• Reforçar a força do paciente (habilidades de
enfrentamento e capacidade de usar o ambiente);
• Reduzir o estresse;
• Promover o máximo grau possível de independência
da doença;
• Estimular autonomia nas decisões referentes ao
tratamento (participação mais ativa);
Processo Terapêutico
• Ligação;
• Trabalhar resistências;
• Transferência;
• Mostrar progressos, mesmo quando pequenos.
Primeiro atendimento
• Atenção ao histórico da doença, mesmo que no início
o foco do paciente seja apenas na cronologia e nos
sintomas;
• Ir aos poucos mostrando que o que nós vamos ouvir
ali é de outra ordem;
• O que o paciente imagina em relação ao tratamento;
• Não excluir o familiar; usar a percepção do familiar
• Cuidado com o desejo de ser “agradável”;
• Propor continuidade, mostrar a necessidade e o que
vai ser trabalhado
Após primeiro atendimento
• Focar na compreensão dinâmica do paciente;
• Costurar sessões – conexões;
• Progressivamente avançar nas hipóteses;
• Considerar sessões familiares;
• Aprofundar a compreensão da problemática do
paciente;
• Revisar com o paciente o estado emocional atual e de
todo o processo de tratamento;
• Encerrar com relacionamento positivo.
O que não fazer?
• Evitar sentimentos intensos
• “ Aconselhar” demais
• Culpar o paciente
• Adotar o paciente
Desafios do Atendimento
• Como trabalhar sentimentos sem a certeza da
continuidade?
• Necessidade de deixar o mínimo possível de
questões em aberto;
• Fazer cada sessão ter um objetivo que seja
atendido, nem que seja “apenas” o alívio;
• Reforçar defesas saudáveis ao final;
• Jamais mobilizar questões novas perto do final do
encontro
Comunicação
Todos nós, profissionais da saúde, precisamos nos comunicar
com nossos pacientes e seus familiares em algum momento.
Falta de eficácia na comunicação pode levar a um mal
entendido e a não adesão ao tratamento.
Como se comunicar...

1. Identifique barreiras na comunicação;


2. Fala de fácil entendimento;
3. Escute e compreenda as perguntas antes de responde-
las;
4. Atente-se à comunicação não-verbal;
5. Tenha empatia;
6. Respeite as diferentes culturas;
Fatores que dificultam a
comunicação
• Perguntas fechadas que impliquem em uma resposta
desejada: “Você se sente melhor, não é mesmo?”

• Impor, dizer às pessoas o que devem fazer. A imposição


gera atitudes contrárias às que são propostas: “Coma, isso
vai te fazer sentir melhor... não me diga isso!...Saia para
passear!”
• Perguntas múltiplas as quais o paciente não vai saber
qual responder.
• Dizer que não há motivo para preocupar-se quando o
paciente está preocupado.
• Ameaçar: “Levante-se agora mesmo, ou vou chamar a
enfermeira!”
• Aconselhar” demais como: “deve, tem que, não deve
fazer assim, não fique assim”
• Dar soluções, tentar resolver os problemas dos outros;
ao invés de ajuda-los a encontrar a solução que
considerem mais oportuna a si mesmos.
Fatores que facilitam a
comunicação
• Realizar perguntas abertas e dirigidas: “Como está
seu ânimo hoje?”.
• Identificar do modo mais específico possível as
preocupações, necessidades e temores.
• Motivar o paciente a se comunicar: “Bem...continue,
estou te entendendo”
• Perguntar sem dar nada por entendido: “O que
entendes por neoplasia?” “Sabes o que é um catéter?”
• Escutar os sentimentos e dar mostras de que se
entendem e se aceitam.
• Explorar outros problemas: “Além desse problema,
tens outras preocupações”?
• Identificar atribuições: “A que você atribui seu mal-
estar? O que acredita que lhe ajudaria nesses
momentos”?
• Pedir opinião: “Você acha que podemos falar do resultado
de sua biópsia agora?”
• Devolver percepções: “Parece que está sendo muito difícil
para você; me dá a impressão de que você se sente...”
• Resumir devolvendo ao paciente o que foi compreendido:
“Se eu entendi bem o que lhe preocupa mais nesse
momento...”
• Procurar congruência entre comunicação verbal e não
verbal. A comunicação não verbal é de grande importância
principalmente àqueles enfermos que apresentam
dificuldade em estabelecer a comunicação verbal;
A UTI é mais um dos frutos do extraordinário avanço que
as ciências médicas e sua tecnologia atingiram no século XX.
Objetivado para um tratamento intensivo do enfermo, veio se
evidenciando como uma unidade indispensável para o
tratamento de doentes graves.
Equipamentos sofisticados, pessoal técnico qualificado,
atenção constante, 24 horas diárias de medicações, exames,
testes, tensão, rotina, objetivando a um só fator: a pessoa
enferma.
Não obstante a essas conotações e a todo aparato
científico e tecnológico, observa-se um fato que se repete nas
centenas de UTI’s espalhadas pelo nosso País.
Existe, na maioria das pessoas, um estereótipo bastante
arraigado, associado ou colocado como sinônimo de UTI:
A MORTE IMINENTE.
Intervenção do psicólogo
no contexto da UTI

• Atendimento ao paciente;
• Atendimento aos familiares;
• Avaliação de delirium;
• Interação multidisciplinar
• Atendimento pós óbito;
• Facilitar a comunicação entre equipe, paciente e família.
Intervenção do psicólogo
com o paciente
Observamos que a situação do paciente não tem somente
o ângulo de vida e morte, mas também o sentimento de
abandono, pois é regra comum, na maior parte da UTI, a
proibição das visitas e “regra” em hospitais, por um provável
vício do cotidiano, tratar as pessoas como: sintomas, órgãos
ou numero (o “202 A”, a “esterose” do leito 01, o “neuro” do 5o
andar...), resultando na despersonalização, o que evidencia a
importância do trabalho do psicólogo, ressaltando o “tempo e o
interesse humano” como preponderantes para o auxílio na
recuperação ampla da pessoa enferma.
Intervenção do psicólogo
com a família
Nunca se pode esquecer que do lado de fora da UTI, no
corredor, da sala de espera, existe uma família, igualmente
angustiada e sofrida, que se sente impotente para ajudar seu
familiar, que também se desorganizou com a doença e que
também se assusta com o espectro da morte que muitas
vezes ronda seus pensamentos.
• Psicoeducação com a família:
✓ Visitantes leigos;
✓ Ambiente restrito;
✓ Receio de se aproximar do paciente;
✓ Estimular a fala, a interação, mesmo em doentes sedados
ou comatosos.

• Identificação de prioridades:
✓ Perceber comportamentos dos visitantes.
Visita de criança?
• Idade Mínima de 12 anos;
• Tema de diversas discussões e opiniões;
• Avaliação em conjunto
• Como agir?
O que considerar:
• Grau de parentesco;
• Estado clínico do paciente;
• Intensidade da relação;
• Maturidade emocional da criança;
• Suporte familiar;
• Compreensão e vontade da criança;
• Vontade do paciente.
Morte no contexto
hospitalar
Ao contrário dos tempos atuais, no passado, a morte era
encarada com certa naturalidade. A falta de recursos
tecnológicos e as grandes epidemias tornavam a
terminalidade um evento habitual. As pessoas buscavam em
suas casas o último local de repouso, desenvolvendo rituais
de despedida que envolviam a participação da família e da
comunidade, contribuindo para a manutenção da identidade
do sujeito adoecido, tornando-o como parte ativa de todas as
decisões referentes ao fim de sua vida (Mendes, Lustosa &
Andrade, 2009; Faraj, Cúnico, Quintana & Beck, 2013).
Nesse sentido, o moribundo possuía
oportunidades de reestabelecer a organização
familiar, tinha os últimos pedidos considerados por
seus convíveis e, sua opinião era respeitada até o
derradeiro momento (Kovács, 2008; Mendes et al.,
2009).
Desse modo, a morte deixa de ser pública para se
tornar privada e individual. Cada vez mais, investe-se em
tecnologias para combatê-la, muitas vezes, sem
considerar os aspectos emocionais envolvidos
(Braga & Queiroz, 2013).
Delirium
Delirium é o distúrbio psiquiátrico mais comum em pacientes
idosos hospitalizados. É uma síndrome que se inicia
subitamente, tem curso flutuante e se manifesta por
comprometimento global das funções cognitivas, distúrbio da
atenção e do ciclo sono-vigília e atividade psicomotora
anormalmente elevada ou reduzida.

Em sua quase totalidade, o delirium é secundário a


doença física grave, intoxicação medicamentosa e
abstinência a hipnossedativos, álcool ou outra droga de
abuso.
Flutuante: Oscilação da consciência.

Não é incomum um paciente com delirium parecer relativamente


lúcido durante as visitas matinais, ficando mais confuso conforme
o dia passa.
Síndrome do por do sol”

Secundário: Estado Clínico grave


O delirium é, portanto, uma das complicações mais comuns entre pacientes
idosos hospitalizados. Está associado à maior taxa de morbimortalidade,
mais sinais de deterioração física e complicações pós-cirúrgicas, maiores
taxas de admissão em unidades de terapia intensiva, maior tempo de
permanência hospitalar.
Foram identificados três subtipos clínicos de delirium.
Eles incluem:

Delirium hiperativo - um quadro clínico em que o paciente pode


apresentar um nível de alerta elevado, com inquietação, agitação,
alucinações e comportamento inapropriado

Delirium hipoativo - um quadro clínico em que o paciente pode apresentar


letargia, atividade motora reduzida, fala incoerente e falta de interesse

Delirium misto - uma combinação de sinais e sintomas hiperativos e


hipoativos.
Fatores desencadeantes
Complicações decorrentes da hospitalização, como escaras de
decúbito, quedas, infecções, incontinência urinária e má nutrição
são mais frequentes nos pacientes que desenvolvem delirium.
➢ Doença neurológica prévia, como Parkinson, Alzheimer ou AVC;
➢ Idade avançada;
➢ Internação hospitalar prolongada;
➢ Uso de vários medicamentos, principalmente sedativos, ansiolíticos, antidepressivos ou
antipsicóticos;
➢ Infecções;
➢ Desidratação;
➢ Deficiência visual ou auditiva;
➢ Doenças crônicas em estágio avançado;
➢ Abstinência de álcool ou drogas;
➢ Pouca mobilidade, estando restrito à cama;
➢ Privação do sono;
➢ Estresse emocional;
➢ Dor;
➢ Uso prolongado de sonda vesical, nasoenteral e gastroenteral.
➢ Banho noturno
➢ Ausência de próteses e órteses
Avaliação de Delirium

Uso da escala CAM - ICU


Itens investigados na avaliação de delirium
segundo o CAM

1. Mudança aguda do estado mental (início agudo e curso flutuante)


2. Distúrbios da atenção
3. Pensamento desorganizado
4. Alteração no nível de consciência
5. Desorientação
6. Distúrbios de memória
7. Distúrbios da percepção
8. Agitação ou retardo psicomotor
9. Alteração no ciclo de sono-vigília
CAM – ICU
Método de Avaliação de confusão para Unidade de
terapia Intensiva
Uso da escala de agitação - sedação de
Richimond (rass)

➢ Quando o paciente apresenta Rass -4 e -5 a avaliação não é realizada.


➢ Paciente apresentando Rass superior a -3, realizo avaliação.
Atenção Auditiva
“S A V E A H A A R T”
Atenção Visual
Pensamento desorganizados ou incoerente

Perguntas:

• Uma pedra flutua na água?


• Existe peixe no mar?
• Existe Elefante no céu?
• Um quilo pesa mais do que dois quilos?
• Pode-se usar um martelo para bater um prego?
Orientação temporal e espacial
Medidas preventivas
• Liberação de acompanhante diante da demanda
apresentada (Idade maior que 65)
• Solicitação de órteses ou próteses
• Orientação quanto ao procedimento e internação
• Orientação temporal e espacial
• Inserir psicoativos de uso habitual
• Identificar abstinência para intervir
• Propiciar um ambiente favorável para qualidade do
sono.
Atuação da psicologia
em oncologia.
Cuidados Paliativos em Oncologia e
Espiritualidade.

Izabella de Oliveira Bitencourt


Psicóloga
Pós graduanda em Cuidados paliativos.
CRP: 04/50016
Morte
Processo histórico:
• Morte reconhecida, esperada e cuidada
• Maior proximidade, apoio e respeito ao sujeito em processo de
morte
• Cuidados e velórios em domicílio
Arquivo pessoal
Século XX
• Avanços tecnológicos
• A morte moderna, institucionalizada e medicalizada
• Morrer na solidão
• Imortalidade
A morte institucionalizada

• Medicina curativa
• Procedimentos invasivos desnecessários
• O sucesso e o fracasso profissional
• Sofrimento dos profissionais de saúde
• Dificuldade de comunicação com o sujeito – conspiração do
silêncio
Luto
• Processo caracterizado pela dor emocional frente a uma
ruptura de vínculo e perda de um objeto significativo.
• Sentimentos despertados: choque, desespero, choro, raiva,
dificuldade de concentração, entre outros.
• Dificuldade de entrar em contato com os sentimentos
decorrentes da perda: dor, ruptura, interrupção,
afastamento.
Luto
• Luto dos profissionais de saúde
• Reflexões sobre sua própria morte
• Luto não autorizado devido ao distanciamento
criado pelo profissional.
• Sofrimento decorrente do luto não elaborado, pode
gerar esgotamento, cansaço, depressão.
Luto
• Elaboração do luto: aceitação, enfrentamento, adaptação,
lembranças, reconstrução.

• Luto antecipatório: elaboração do luto a partir da confirmação


do adoecimento
Elizabeth Kubler Ross –psiquiatra
suiça
➢ Livro “Sobre a morte e o morrer” 2008
➢ Os cinco estágios do luto: defesas pessoais para lidar
com o sofrimento.

• Negação: Tentativa de negar a realidade (fuga).


• Raiva: Reação diante a realidade encarada.
Agressividade direcionada ao outro na tentativa
inconsciente de reafirmar a vida.
• Barganha: Tentativa de uma troca com o “sagrado”

• Depressão: Preparação diante da perda iminente e separação


aproximada

• Aceitação: Momento de despedida, separação gradativa


A esperança permanece presente em todos os estágios.
Comunicação
• Importância da boa comunicação para promover o
cuidado necessário e suporte adequado
• Influencia na adesão ao tratamento
• Ouvir para atender às necessidades reais do paciente
• Preparação dos familiares
• Linguagem clara
• Ajustamento de expectativas
Protocolo SPIKES

onvidando
ooencontro • Expressando
• Transmitindo
para
paciente as• informações
o diálogo Resumindo
emoçõese organizando estratégias
STRATEGY
SETTING KNOWLEDG
PERCEPTION INVITATION EMOTIONS AND
UP E
SUMMARY
Cuidado paliativo
• Hóspice na era cristã (Sec V) – Destinada a viajantes e
peregrinos
• Instituições de caridade (Séc XVII) – Abrigo para pobres,
doentes e órfãos
• Hóspice moderno – Em 1967 Cicely Saunders funda o St
Christopher’s Hospice – Assistência aos doentes e
pesquisas.
• Primeiro estudo 1958 – 1965 – Alívio da dor
Cuidado paliativo
• Definição de Cuidado paliativo pela OMS em 1990 e
atualizada em 2002:
➢ “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida,
através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a
identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e
outros problemas de natureza física, psicossocial e
espiritual”.
Princípios do cuidado paliativo

1. Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis


2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo
normal da vida
3. Não acelerar nem adiar a morte
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado
ao paciente
Princípios do cuidado paliativo

5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente


viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua
morte

6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares


durante a doença do paciente e a enfrentar o luto
Princípios do cuidado paliativo

7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades


dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento
no luto

8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o


curso da doença
Princípios do cuidado paliativo

9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível,


juntamente com outras medidas de prolongamento da vida,
como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as
investigações necessárias para melhor compreender e
controlar situações clínicas estressantes

Manual de cuidado paliativo, 2012


Atuação do psicólogo diante da
morte no hospital
• Mediador entre paciente e equipe, facilitando o processo de
comunicação
• Oferecer acolhimento, criando espaço para escuta e
elaboração dos sentimentos vivenciados pelo paciente e
familiares
• Facilitar no processo de resolução de questões, despedidas,
perdão
• Discussão multidisciplinar
• Suporte pós óbito
Espiritualidade e saúde
Definições

Espiritualidade: Busca pelo sagrado; tentativa de dar respostas


e sentido aos aspectos fundamentais da vida.

Religiosidade: Prática do crente; as experiências místicas que


podem ou não estar associadas à uma instituição religiosa.

Religião: Conceito institucional e doutrinário através de alguma


forma de vivência religiosa (ritos e crenças).
Espiritualidade e saúde
➢ Abordar sobre a espiritualidade (história espiritual) dos
pacientes para compreender a sua participação ao longo do
tratamento.

➢ A espiritualidade como estratégia de enfrentamento,


possibilitando ressignificação através da fé e crenças.

➢ Redução de mortalidade e práticas religiosas: incentivo à


hábitos de vida saudável, suporte social, menores taxas de
estresse e depressão.

➢ Pacientes gostariam de receber apoio no sentido espiritual


durante seu processo saúde-doença.
Espiritualidade e cuidados
paliativos
➢ Questionamentos existenciais: desenvolvimento espiritual
promove qualidade de vida.

➢ Alívio do sofrimento moral e espiritual

➢ Necessidades no fim da vida: Revisão da vida; livrar-se da


culpa; reconciliação; busca do sentido; tempo;
continuidade.
Reflexão…

• Dinâmica

• Material: papel e lápis


Vídeo
Dicas
Livro: Sobre a morte e o morrer – Elizabeth Kubler Ross

Livro: A morte é um dia que vale a pena viver – Ana


Claudia Quintana Arantes

Médica paliativista: Ana Claudia Quintana Arantes –


Instagram: @anaclaudiaquintanaarantes
Youtube: Ana Claudia Quintana Arantes

Paciente paliativa: Ana Michele


Instagram: @paliativas
Quando alguém se despede -
Teresa Gouvea
“(...) Os dias seguem e nós seguimos com eles,
procurando paz na dor, ternura na saudade. Os dias
seguem e nossa dor pede alívio, não porque seja fácil,
apenas é necessário. E aí a gente se inventa pra ter paz
por aqui e dar paz a quem se foi. A gente se inventa
porque partidas pedem chegadas, pedem olhos para
aquelas coisas que não enxergávamos, estranhamente a
vida fala através da morte, percebemos que vivemos
porque alguém se despede.”
Referências
AFONSO, Selene Beviláqua Chaves. Sobre a morte e o morrer. Ciênc. saúde
coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 9, p. 2781-2782, 2013 .

ANCP, Manual de cuidados paliativos, 2012.

CANTARELLI, Ana Paula Silva. Novas abordagens da atuação do psicólogo no


contexto hospitalar. Revista da SBPH, v. 12, n. 2, p. 137-147, 2009 .

CARVALHO, Lucimeire Santos et al. A morte e o morrer no cotidiano de


estudantes de enfermagem. Rev. enferm. UERJ, p. 551-557, 2006.

CERVELIN, A. F., & KRUSE, M. H. L. Espiritualidade e religiosidade nos cuidados


paliativos: conhecer para governar. Escola Anna Nery, Revista de Enfermagem,
18(1), 136-142, 2014.

CRUZ, Carolina de Oliveira; RIERA, Rachel. Comunicando más notícias: o


protocolo SPIKES. Diagn. tratamento, v. 21, n. 3, p. 106-108, 2016.
Referências
DOMINGUES, Glaucia Regina et al. A atuação do psicólogo no tratamento de
pacientes terminais e seus familiares. Psicologia Hospitalar, v. 11, n. 1, p. 02-24,
2013.

ESPERANDIO, M. R. G; MACEDO, E. P. N., & FANINI, L. Envelhecimento e


Espiritualidade: o Papel do Coping Espiritual/Religioso em Idosos Hospitalizados.
Interação em Psicologia, 23(02), 2019.

FRANCO, Maria Helena Pereira. Luto em cuidados paliativos. Conselho Regional


de Medicina do Estado de São Paulo (Org.). Cuidado paliativo, p. 559-570, 2008.

GOBATTO, C. A., & ARAUJO, T. C. C. F. Religiosidade e espiritualidade em


oncologia: concepções de profissionais da saúde. Psicologia USP, 24(1), 11-34,
2013.
Referências
GOMES, N. S.; FARINA, M., & FORNO, C. D. Espiritualidade, religiosidade e
religião: reflexão de conceitos em artigos psicológicos. Revista de Psicologia da
IMED, 6(2), 107-12, 2014.

GUERRERO, G. P., ZAGO, M. M. F., SAWADA, N. O., & PINTO, M. H. Relação entre
espiritualidade e câncer: perspectiva do paciente. Revista Brasileira de
Enfermagem, 64(1), 53-59, 2011.

GUIMARÃES, H. P., & AVEZUM, Á. O impacto da espiritualidade na saúde física.


Archives of Clinical Psychiatry, 34(supl. 1), 88-94, 2007.

KOVÁCS, Maria Julia. Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar:


cuidando do cuidador profissional. O mundo da saúde, v. 34, n. 4, p. 420-429,
2010.

KOVÁCS, M. J. Espiritualidade e psicologia–cuidados compartilhados. O mundo


da saúde, 31(2), 246-55, 2007.
Referências
MEDEIROS, Luciana Antonieta; LUSTOSA, Maria Alice. A difícil tarefa de falar
sobre morte no hospital. Revista da SBPH, v. 14, n. 2, p. 203-227, 2011.

NETO, Valdir Barbosa Lima. Morte e sentido da vida: Tanatologia e Logoterapia,


um diálogo ontológico. Revista Logos & Existência: Revista da Associação
Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial, v. 1, n. 1, 2012.

OLIVEIRA, G. R; NETO, J. F; SALVI, M. C, et al. Saúde, espiritualidade e ética: a


percepção dos pacientes e a integralidade do cuidado. Buscando a excelência
na disseminação do conhecimento científico, 11(2), 140-4, 2013.
Vídeo
Psico-oncologia pediátrica
• Os tipos mais comuns de neoplasias infantis são:
❖ Leucemias;
❖ Tumores do sistema nervoso central;
❖ Linfomas.
• Momentos referentes ao tratamento da criança com
câncer e todas as alterações psicossociais que estes
eventos podem provocar. São eles:
❖ Hospitalizações;
❖ Procedimentos médicos;
❖ Efeitos colaterais;
❖ Acompanhamento a longo prazo.
Efeito da hospitalização para as
crianças

CHORO AGRESIVIDADE SOLIDÃO

APATIA RECUSA DE ALIMENTO


Atenção à família da criança
com câncer
• Quando uma criança é diagnosticada com câncer,
são os pais os primeiros a necessitarem de ajuda,
pois visto que a criança desconhece a doença, são
eles quem vão transmitir ao filho todos os
sentimentos provocados pela descoberta do
diagnóstico.
• Um dos meios de minimizar e organizar a confusão de
sentimentos que acomete com o recebimento do
diagnóstico do filho é desmistificar o caráter mortal do
câncer. E que estes tenham consciência de que não
há culpados e de que buscar uma causa para a
doença, não ajudará na recuperação da criança.
• Um dos meios de minimizar e organizar a confusão de
sentimentos que acomete com o recebimento do
diagnóstico do filho é desmistificar o caráter mortal do
câncer. E que estes tenham consciência de que não
há culpados e de que buscar uma causa para a
doença, não ajudará na recuperação da criança.
Efeito da hospitalização para as
famílias
❖ Alguns problemas existentes a nível familiar:
• Aumento das despesas financeiras;
• Perda de oportunidades (trabalho);
• Isolamento social;
• Stress que por vezes leva à separação do casal;
• Angustia, tristeza, depressão, culpa e ansiedade.
Atenção aos IRMÃOS
• Experimentam muitas mudanças;
• São cuidados fora de casa por cuidadores as vezes que não
são parentes;
• Recebem poucas informações sobre seu irmão(a) doente;
• Percebem que seus pais os tratam de maneira diferente;
• Apresentam queixas psicossomáticas na tentativa de chamar
a atenção da família.
Ganhos secundários
• Atenção dos pais;
• Benefícios;
• A criança apresenta dificuldade em retomar a sua
rotina fora do ambiente hospitalar.
Intervenções do Psicólogo na
Pediatria
• Utilizar toda forma de expressão como meio de comunicação
com a criança;
• Criar espaço aberto e seguro de expressão e comunicação
com os pais;
• Trabalhar estratégias para lidar com a doença e tratamento;
• Respeitar as crenças religiosas;
• Promover a relação entre paciente/família e equipe.
Envolvimento com
paciente/família
Projeto Dodói
O Projeto Dodói aborda de forma clara e objetiva, de
um modo que é próprio da infância os conceitos de
linfoma, leucemia, transplante de medula óssea e suas
fases de tratamento, facilitando a criança enferma de
forma lúdica, a expressão e compreensão de suas
necessidades, sejam elas físicas ou psicológicas.
Importância da
brincadeira
Equipe Multiprofissional
• Na oncologia é de suma importância o
acompanhamento de uma equipe multiprofissional,
envolvendo médicos, enfermeiros, psicólogos,
nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas,
dentistas, entre outros, devido à enorme complexidade
da doença e suas diferentes abordagens terapêuticas.
Interdisciplinar x
Multidisciplinar
Grupos Terapêuticos
• O trabalho grupal tem grande relevância para o
paciente e seus familiares. Os grupos visam o
oferecimento de informações e orientações
pertinentes as dúvidas sobre o tratamento e possíveis
intercorrências, mitos e crenças errôneas sobre o
adoecimento e a terapêutica.
• Veja modelo de alguns grupos realizados no Hospital
do Câncer de Muriaé, onde segue a abordagem
psicoeducativa:

❖ Grupo Conviver;
❖ Grupo câncer de mama
e câncer de próstata;
❖ Grupo de Laringectomia;
• Cuidando do Cuidador;
• GAPE- Dividindo a dor e somando amor.
Conclusão
O foco não se reduz ao combate da doença, mas
à assistência aos seres humanos que estão
vivendo uma situação de fragilidade, medos e
incertezas. Serão melhores as perspectivas de
resolução positiva quanto maiores forem o
envolvimento e a adesão ao plano de tratamento.
Na prática, isso requer a participação ativa do
paciente e da família, assim como a interação
efetiva entre a equipe multidisciplinar.
Referências
• ABRALE. Transdisciplinaridade em Oncologia: caminhos para
um atendimento integrado. São Paulo, 2009.
• BRANCO, V. L. R.; PEREIRA, T. B. As estratégias de coping na
promoção à saúde mental de pacientes oncológicos: uma
revisão bibliográfica. Rev. Psicol. Saúde vol.8 no.1 Campo
Grande jun. 2016. Disponível em <
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=
sci_arttext&pid=S2177-093X2016000100004>. Acesso em: 15
de Agosto de 2018.
• CARVALHO, Maria Margarida. Psico-oncologia: História,
Características e Desafios. Psicologia USP, 2002. Vol.13, Nº 1,
11-166.
• CHERER, E. Q. A Psico-oncologia. Equipe Técnica de
Avaliação, Revisão Linguística e Editoração. Brasília.
• DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p.96-97
• JUNIOR, Áderson L. Costa. O desenvolvimento da psico-
oncologia: implicações para a pesquisa e intervenção
profissional em saúde. 2001. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S14
14-98932001000200005>. Acesso em: 09 de Março de
2018.
• LUNA, A. A.; SOUSA, W. A.; FERRAZ, V. M. Avaliação de
delirium em pacientes em uso de sedativos. 2008.
Disponível em: <http://publicacoes.
unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/viewFile/924/730>
Acesso em: 29 mar. 2019.
• MORI,S. et al. Confusion Assessment Method para analisar
delirium em unidade de terapia intensiva. 2009. Disponível
em: <http://www.scielo.br/ pdf/rbti/v21n1/v21n1a09.pdf>
Acesso em: 3 mar. 2018
• NAOUM, Paulo Cesar. Imunologia do Câncer. Academia de
Ciência e Tecnologia. 2017. Disponível em
<http://www.ciencianews.com.br/index.php/
publicacoes/artigos-cientificos/imunologia-do-cancer/>.
Acesso em: 25 de Agosto de 2018.
• PITROWSKY, M. T. et al. Importância da monitorização do
delirium na unidade de terapia intensiva. 2010. Disponível
em:<http://enfermeiros-
intensivistas.webnode.pt/products/import%C3%A2ncia%20da%20m
onitoriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20delirium%20na%20unidade
%20de%20terapia%20intensiva/> Acesso em: 3 mar. 2018.

• QUALIPES. Rubeus. 20015. Disponível em <


http://qualipes.com.br/>. Acesso em: 01 de Setembro de 2018.

• SALTZ , E.; STEPHAN,M. C. Da Simplicidade à


Transdisciplinaridade: História de um service de oncologia em um
hospital geral. In: ABRALE. Transdisciplinaridade em Oncologia:
caminhos para um atendimento integrado. São Paulo, 2009.

• WACKER, P.; NUNES, P. V.; FORLENZA, O. V. Delirium: uma


perspectiva histórica. 2005. Disponível
em:<http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n3/a01 v32n3.pdf> Acesso em:
3 mar. 2012
Obrigada!

Você também pode gostar