Você está na página 1de 17

Índice

Introdução........................................................................................................................................2

Objectivos........................................................................................................................................3

O Cuidado de Enfermagem.............................................................................................................4

O Cuidado De Enfermagem E O Valor Da Vida Humana..............................................................5

Para que servem os cuidados de enfermagem?................................................................................9

4 Aspectos dos cuidados de enfermagem........................................................................................9

A importância dos cuidados de enfermagem.................................................................................11

O Sentido Do Cuidado Para Enfermeiros E Pacientes..................................................................14

Conclusão......................................................................................................................................16

Referências bibliográficas.............................................................................................................17
Introdução

Durante o trabalho cujo tema cuidado de Enfermagem, deste modo, quando se define
Enfermagem, diz-se que ela é a ciência e a arte do cuidado. No entanto, sabe-se que o ato de
cuidar é próprio da natureza humana, de modo que todo ser humano é capaz de cuidar de si e do
outro. Considerando-se, portanto que todos são cuidadores, os enfermeiros têm empreendido
esforços no sentido de conceituar o que caracteriza o cuidado como próprio da Enfermagem.

A Enfermagem é essencialmente cuidado ao outro ser humano, no entanto, a sobrecarga imposta


pelo quotidiano do trabalho, transforma a assistência em uma forma mecanizada e tecnicista e
não-reflexiva. Este comportamento também afecta as relações de trabalho da enfermagem
influenciando negativamente no atendimento com qualidade.

Quando se fala em cuidado quer se dizer um cuidado voltado para a enfermagem, englobando o
processo de saúde, de adoecimento, de invalidez, de empobrecimento, pois ele busca promover,
manter ou recuperar a dignidade e a totalidade humana.

2
Objectivos

 Compreender o conceito de cuidado de enfermagem, a partir do discurso dos enfermeiros


que desempenham actividades em clinica médica.
 Conhecer como os pacientes interpretam o ruidado de enfermagem a eles dispensado.

3
O Cuidado de Enfermagem

O cuidado manifesta-se na preservação do potencial saudável dos cidadãos e depende de uma


concepção ética que contemple a vida como um bem valioso em si. Por ser um conceito de
amplo espectro, pode incorporar diversos significados. Ora quer dizer solidarizar-se, evocando
relacionamentos compartilhados entre cidadãos em comunidades, ora, dependendo das
circunstâncias e da doutrina adoptada, transmite uma noção de obrigação, dever e compromisso
social.

O cuidado significa desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção e se concretiza no contexto da


vida em sociedade. Cuidar implica colocar-se no lugar do outro, geralmente em situações
diversas, quer na dimensão pessoal, quer na social. É um modo de estar com o outro, no que se
refere a questões especiais da vida dos cidadãos e de suas relações sociais, dentre estas o
nascimento, a promoção e a recuperação da saúde e a própria morte. Compreender o valor do
cuidado de enfermagem requer uma concepção ética que contemple a vida como um bem valioso
em si, começando pela valorização da própria vida para respeitar a do outro em sua
complexidade, suas escolhas, inclusive a escolha da enfermagem como uma profissão.

Cuidar em enfermagem consiste em envidar esforços transpessoais de um ser humano para outro,
visando proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a encontrar significados
na doença, sofrimento e dor, bem como, na existência. É ainda, ajudar outra pessoa a obter auto
conhecimento, controle e auto cura, quando então, um sentido de harmonia interna é restaurado,
independentemente de circunstâncias externas.

O cuidado em enfermagem, nesta concepção de colocar-se no lugar do outro, aproxima-se das


ideias do humanismo latino ao identificar os seres humanos pela sua capacidade de colaboração e
de solidariedade para com o próximo. Deste modo, prestar cuidado quer na dimensão pessoal
quer na social é uma virtude que integra os valores identificadores da profissão da enfermagem.
Assim, compartilhar com as demais pessoas experiências e oportunidades, particularmente as
que configuram o bem maior, a vida, constitui um dos fundamentos dos humanistas, que se
apresenta na essência do cuidado de enfermagem.

4
Nesta relação de respeito ao outro, é preciso considerar o conceito de mutualidade como meio-
termo ou equilíbrio entre duas posições extremas: o paternalismo e a autonomia. O primeiro
centralizado na provedoria, e o segundo, assentado extremamente no cliente. Os atributos da
mutualidade caracterizam-se por sentimento de intimidade, conexão e compreensão, com
objectivo de satisfação de ambos intervenientes.

Ao posicionar o cuidado de enfermagem no contexto de um agir solidário na vida e na morte, a


Enfermagem respeita as razões morais de cada cidadão ao mesmo tempo em que convive com
dores e alegrias advindas da relação interpessoal. Ao operar nesta dimensão, às vezes extremas, o
cuidado orientado pela solidariedade busca a simetria e o equilíbrio nas suas múltiplas
actividades enquanto função cuidadora.

O Cuidado De Enfermagem E O Valor Da Vida Humana

A ideia de ajudar os outros na solução de problemas ou de um indivíduo colocar-se no lugar do


outro, na maioria das sociedades, ainda permanece válida como referência e conteúdo básico da
noção de cuidado em Enfermagem no século XXI. Seu fundamento é o de integrar as pessoas em
torno do bem comum e manter o elo social. Assim, cuidar e solidarizar-se significam
comprometimento e engajamento político-cultural, prevenindo rupturas da e na sociedade.

Nesta linha de raciocínio, os temas que traduzem o comprometimento e o engajamento social se


referem, basicamente, à preservação, conforme indicamos abaixo:

a) Da espécie humana, envolvendo a compaixão e a ternura;


b) Do social e da política, entendendo a diversidade de convívio democrático em ambientes
político-culturais diferentes;
c) Da cultura global, compreendendo a pluralidade cultural e interétnica e,
d) Da vida ecológica e cosmológica, participando da sustentabilidade e do cuidado para com
as futuras gerações. A noção subjacente do engajamento e do comprometimento
considera a actividade do cuidado de enfermagem valiosa por si mesma. O cuidado é
parte integrante do processo de sobrevivência da vida humana associada. Dessa noção

5
advém o entendimento do valor intrínseco da vida, que ocupa um lugar central no
conjunto dos valores da humanidade.

O valor intrínseco da vida, bem como sua centralidade no conjunto de valores da humanidade,
em termos de vida humana, animal e vegetal, pois quaisquer formas e/ou estados da vida
transmitem a ideia de algo valioso. O sentido do que seja valioso, em geral, encontra múltiplas
interpretações éticas. Uma das formas de interpretar o sentido valioso da vida consiste
categorizá-lo em instrumental, subjectivo e intrínseco.

Vida humana como valor instrumental diz respeito ao quanto a vida de cada um serve aos
interesses das demais pessoas. Algo é instrumentalmente importante se seu valor depender de sua
utilidade e de sua capacidade para ajudar as pessoas a obter o que desejam, tal qual o dinheiro, os
medicamentos, entre outros. Caso contrário, são simplesmente bens disponíveis, instrumentais
valiosos para a pessoa em particular. Cabe reflectir sobre o quanto a qualidade e a riqueza de
uma vida saudável e empreendedora sugere o bem-estar de outras, assim como o que representa
o cuidado de enfermagem nesta perspectiva. O aspecto da instrumentalidade sugere adquirir bens
para si por meio de um esforço baseado em seu próprio mérito numa situação de livre união
social com outros indivíduos.

Vida humana como valor subjectivo refere-se a quanto a pessoa mede seu valor para ela
mesma, ou seja, em termos de até que ponto ela quer esta vida e até que ponto estar vivo é bom
para cada pessoa. Nesse caso, necessita de autodeterminação e de um plano racional de vida, o
que provavelmente, em termos genéricos, os animais, as plantas ou as futuras gerações não
dispõem das faculdades – físicas, morais e intelectuais – para fazê-lo.

Vida humana como valor intrínseco refere-se ao valor subjectivo que uma vida tem para a
pessoa de cuja vida se trata. Parte-se do pressuposto de que há um desejo dos homens em tratar
uns aos outros não apenas como meios, mas como finalidades em si mesmos. Isto porque o
instrumental geralmente se associa à subjectividade da pessoa, uma vez que só vale para aquela
pessoa que deseja esse bem. Assim também para a vida humana. Ela pode ter um valor
subjectivo na medida em que a pessoa estabelece seu valor para ela mesma, ou seja, em termos
de até que ponto ela quer esta vida e o quanto estar vivo e saudável é bom.

6
A partir dessa compreensão, o que representa o cuidado de enfermagem em termos da vida
humana como valor? Essas três categorias estão presentes na arte e nos fundamentos do cuidado
em Enfermagem, articulando-as e valorizando-as, pois uma das premissas da vida humana
associada, jamais posta em dúvida nas atitudes e nas acções humanas, consiste em viver e
prosperar. “Pessoa” se identifica, no contexto deste trabalho, pela sua actividade e criatividade.

O cuidar em enfermagem, a partir dessas premissas, se identifica por ser uma actividade
universal e intrinsecamente valiosa, mesmo que compreendido somente no contexto da saúde,
esta entendida como uma maneira de abordar a existência com uma sensação não apenas de
possuidor ou portador, mas também, se necessário, de criador de valores e de instaurador de
normas vitais. Além desta concepção, se pensarmos a saúde como sentimento de segurança na
vida, que por si só não impõe nenhum limite, este sentimento viabiliza viver e prosperar.
Observe-se que uma vida não-saudável (sofrimento, dor e mal-estar) torna-se indefinida e sem
atributos. Se o ser humano revela um valor em si e a vida em sociedade requer a promoção da
saúde para o desempenho de suas actividades na polis, o cuidado em enfermagem potencializa as
possibilidades do viver e as construções sociais da vida humana associada.

O cuidado de enfermagem promove e restaura o bem-estar físico, o psíquico e o social e amplia


as possibilidades de viver e prosperar, bem como as capacidades para associar diferentes
possibilidades de funcionamento factíveis para a pessoa. Nessa perspectiva, o cuidar em
enfermagem insere-se no âmbito da intergeracionalidade, pois se revela na prática com um
conjunto de acções, procedimentos, propósitos, eventos e valores que transcendem ao tempo da
acção. Abraça, pois, diferentes gerações, imprimindo-lhes realização e bem-estar.

O postulado do longo tempo reflecte, por si só, uma releitura da justiça tipicamente temporal em
duas direcções:

a) A continuidade da vida humana associada ao longo do tempo e;


b) Sentimento intuitivo de que os seres sob os cuidados da Enfermagem são cidadãos,
sujeitos de direitos e deveres de uns para com os outros.

O cuidado em enfermagem, portanto, possui na sua amplitude o componente humanístico ao


promover a continuidade da espécie humana saudavelmente humanizada desta geração e das
seguintes. Além deste aspecto humanístico, insere-se no contexto da liberdade e da autonomia,

7
tanto no âmbito individual quanto no âmbito universal, pois o cuidado de enfermagem deve ser
um suporte para viver bem, promovendo condições para uma vida saudável e em benefício do
bem comum.

O benefício político dos cuidados de enfermagem estende a noção de excelência moral de


cidadãos livres e iguais, que cooperam com as gerações por vir, sendo transformado em função
para “assistir o indivíduo, saudável ou doente, no desempenho das actividades que contribuem
para a saúde ou para a sua recuperação”: bem como em actividades funcionais na manutenção,
promoção, restauração da saúde e assistência ao moribundo.

Nesta linha de raciocínio, o cuidado de enfermagem baseia-se em acções que se estendem ao


longo da construção da cidadania, porque potencializa a expressão do cidadão em sua existência
social. O cuidado ao longo da vida social fomenta a autonomia e dignifica o ser, e ao readquirir a
autonomia do ponto de vista do estar saudável, a enfermagem promove e se insere na
humanização da vida. Assim, o cuidado agrega uma série de acções profissionais de natureza
própria da enfermagem, que se concretiza em prática multidisciplinar e com sustentação teórica
apoiada, inclusive, em outras ciências. Isto se dá no processo de interacção terapêutica entre
seres humanos, fundamentadas em conhecimento empírico, pessoal, ético, estético e político com
a intenção de promover a saúde e a dignidade no processo de vida humana.

O cuidado de enfermagem consiste na essência da profissão e pertence a duas esferas distintas:


uma objectiva, que se refere ao desenvolvimento de técnicas e procedimentos, e uma subjectiva,
que se baseia em sensibilidade, criatividade e intuição para cuidar de outro ser. A forma, o jeito
de cuidar, a sensibilidade, a intuição, o ‘fazer com’, a cooperação, a disponibilidade, a
participação, o amor, a interacção, a cientificidade, a autenticidade, o envolvimento, o vínculo
compartilhado, a espontaneidade, o respeito, a presença, a empatia, o comprometimento, a
compreensão, a confiança mútua, o estabelecimento de limites, a valorização das
potencialidades, a visão do outro como único, a percepção da existência do outro, o toque
delicado, o respeito ao silêncio, a receptividade, a observação, a comunicação, o calor humano e
o sorriso, são os elementos essenciais que fazem a diferença no cuidado.

Essa perspectiva implica reconhecer uma necessária formação profissional que considere e
destaque essa compreensão, o que pode ser alcançado pela reflexão a partir das Humanidades e

8
da Filosofia Política, embora reconhecemos que isso não transmite, necessariamente, um saber
científico e/ou uma competência política em Enfermagem, mas estrutura uma personalidade
segundo uma certa paidéia, ou um ideal civilizatório. Isso reconhece a importância de inserir nos
programas de ensino de Enfermagem, a História, a Filosofia e as Artes, para que o cuidado em
enfermagem não seja transformado em esquemas e simplificações funcionais, e de
subordinações.

Para que servem os cuidados de enfermagem?

Servem para oferecer qualidade de vida e a possibilidade de manter a independência, a


comodidade e o conforto do paciente – e isso requer uma assistência sistematizada. É por meio
dela que os enfermeiros e outros profissionais da saúde conseguem identificar e trabalhar de
maneira individual os problemas apresentados.

E não pense que os cuidados de enfermagem em domicílio são um “luxo” dispensável. Após
determinada idade, o idoso precisa ser o foco de atenção e acompanhamento especial para
garantir a manutenção de sua saúde mental e física.

4 Aspectos dos cuidados de enfermagem

O papel do enfermeiro que atua junto ao idoso segue um roteiro organizado de assistência, o qual
serve para guiar o profissional sobre quais acções e directrizes devem ser aplicadas. É importante
considerar que esse papel envolve tanto funções assistenciais ao idoso quanto educativas e até
mesmo administrativas.

A seguir, seleccionamos 4 aspectos de cuidados de enfermagem que atendem ao idoso e visam


garantir uma melhor qualidade de vida a ele.

9
1. Cuidados médicos especializados

Os cuidados de enfermagem são de fundamental importância, considerando-se que doenças


específicas surgem na terceira idade e têm a tendência de se agravar nesse período – esclerose
lateral amiotrófica (ela), mal de Alzheimer, câncer, osteoartrose, catarata, problemas
cardiovasculares, diabetes tipo 2, AVC, etc.

Nesse sentido, o médico e o enfermeiro responsável pelo idoso precisam observar se as consultas
e os exames necessários estão sendo marcados e realizados da forma correta. Ele também lida
com a medicação e avalia se o cronograma está sendo correctamente seguido.

2. Cuidados com os hábitos do paciente

Os cuidados de enfermagem não se referem somente à aplicação de medicamentos e a uma


assistência em situações emergenciais. Os enfermeiros estão sempre trabalhando uma série de
aspectos de modo a permitir que o paciente consiga viver no meio ao qual está inserido da
melhor forma possível.

Isso envolve a minimização de danos colaterais para o idoso: atenção ao sono, aos períodos de
repouso, às práticas de exercícios, à alimentação equilibrada, ao controle de peso, entre outros
pontos.

3. Cuidados administrativos e procedimentos técnicos

Os cuidados administrativos também são fundamentais. É por meio deles que o profissional vai
definir as acções e normas que devem ser seguidas.

 Coordenação de outros profissionais que ajudarão o idoso;


 Suporte e esclarecimento para a nova rotina da família;
 Realização de diagnósticos;
 Prescrição de medicamentos;
 Realização de prognósticos;

10
 Classificação de condições que possam representar para o idoso algum tipo de risco.

4. Educação e orientação do paciente e de sua família

Já na parte educativa, os enfermeiros atuam junto às famílias para dar esclarecimentos sobre a
forma correta de lidar com a situação da internação domiciliar.

As equipes responsáveis pelos cuidados de enfermagem envolvem vários profissionais, e é


exactamente esse fato que permite que toda a família seja amparada e educada em relação ao que
está sendo feito.

A importância dos cuidados de enfermagem

O enfermeiro é o profissional que fica mais próximo ao paciente. Isso faz com que ele tenha uma
série de responsabilidades que nem mesmo o médico tem com a questão da segurança e da
higiene.

O profissional da Enfermagem precisa, muitas vezes, dar banho em enfermos, trocar fralda de
idosos, protectores de cama e lençóis com o paciente em cima da maca (banho no leito), entre
outros diversos serviços em que a segurança deve estar em primeiro lugar.

A importância de saber fazer esses cuidados da forma correta tem a ver, claro, com o bem-estar
do paciente, com evitar que ele caia da cama, ou que haja infecção por uma bactéria por conta da
falta de limpeza. Porém, é também relevante ao próprio enfermeiro, já que ele precisa agir com
cuidado para que não seja infectado, não machuque e não cause acidentes.

Essas são algumas das principais importâncias de se dedicar à segurança do trabalho de


enfermeiro. É essencial aprender sobre o assunto, usar técnicas já conhecidas e se actualizar para
poder sempre oferecer o melhor serviço para o seu paciente e, ao mesmo tempo, não correr
nenhum tipo de risco com a própria saúde.

Por conta de toda essa relevância, abaixo temos 6 formas diferentes de cuidados que um
profissional de Enfermagem deve ter com o paciente!

11
1. Higienização das mãos

A primeira atitude de segurança que um enfermeiro deve ter é com a higienização das mãos. Por
mais que ele actue 100% do tempo de luva, ainda assim é perigoso trabalhar sem a devida
limpeza nesses membros.

Por isso, a higienização deve ser feita a todo momento. Sempre antes de ir cuidar de um paciente
e após já ter feito os cuidados nele, é preciso lavar bem as mãos.

Essa higienização é feita a partir de uma técnica que limpa cada detalhe dos dedos, das unhas,
das mãos como um todo com sabão e água corrente. Depois é feita a secagem com folhas limpas
e, por fim, o álcool em gel, extremamente necessário.

2. Uso correto de dispositivos, sondas e medicamentos

Um erro pouco comum, mas que pode acontecer, é o enfermeiro colocar a sonda de forma
equivocada, administrar incorrectamente o soro, medicamentos, cateteres e demais
equipamentos.

Para evitar esse problema de segurança que é bem grave e atua directamente no bem-estar do
paciente, é preciso tomar alguns cuidados.

O primeiro deles tem a ver com os equipamentos em si. Eles precisam ser de alta qualidade, com
conexões exactas, que não permitem erros. Além disso, o enfermeiro precisa analisar e avaliar
cada um desses elementos antes de fazer uso deles.

3. Prevenção de quedas de pacientes

Faz parte da profissão de enfermeiro ter cuidado e tratar o paciente de forma completamente
humanizada. Isso tem muito a ver com a forma como o profissional movimenta uma pessoa que
esteja em uma maca ou cama.

12
É preciso ter muita técnica e cuidado. Há casos de pacientes que caem desses lugares por pura
falta de atenção do enfermeiro e isso não pode acontecer jamais. Dependendo do problema de
saúde, uma queda pode ser fatal.

Por isso, é essencial que o profissional de enfermagem saiba todas as técnicas de movimentar
uma cama, de mudar o paciente de posição, de trocar os lençóis sem tirar a pessoa da cama ou
maca. Só assim, ele vai evitar essas quedas e trazer toda a segurança necessária ao enfermo.

4. Cuidado com as lesões de pressão

Pacientes que ficam muito tempo na mesma posição em uma cadeira, cama ou maca tendem a
criar úlceras na pele por conta da pressão e do atrito que o corpo faz sobre esses objectos. É
dever do enfermeiro não deixar que isso aconteça.

Por isso, de tempos em tempos, o profissional tem que visitar cada um dos pacientes sob sua
responsabilidade, movimentá-lo da cama, passar cremes hidratantes, mudar de posição por um
tempo, pois só assim ele vai evitar o surgimento dessas úlceras de decúbito.

5. Cirurgia efectiva

O enfermeiro está presente na sala de cirurgia junto aos médicos e, muitas vezes, é ele o único
responsável pela colocação, higienização e disponibilidade dos equipamentos que vão ser usados
no procedimento.

Por isso, o profissional de Enfermagem tem que estar muito atento a todos os aparelhos e
suprimentos que serão utilizados. Uma boa dica é fazer um checklist de tudo o que precisa para
determinada cirurgia. Depois, é só separar cada um desses elementos, realizar a higienização e a
assepsia e levar para o local do procedimento cirúrgico.

13
6. Comunicação efectiva e transparente

A relação mais directa dentro de um hospital ou clínica é entre o enfermeiro e a família do


paciente ou o próprio enfermo. Isso faz com que esse profissional tenha o dever de usar uma
comunicação efectiva, directa, verdadeira, objectiva para com essas pessoas.

É preciso ser claro para informar tudo que é preciso fazer, dos problemas que o paciente pode
enfrentar, dos cuidados que os familiares devem ter com ele, da real situação da saúde da pessoa
e todos os outros dados que forem relevantes dizer para os envolvidos.

O Sentido Do Cuidado Para Enfermeiros E Pacientes

Buscar o sentido, velado por trás da mera aparência, significa, na fenomenologia heideggeliana,
a tentativa de aproximação ao fundante, originário do fenómeno que lhe apresente. Nisto se dá a
compreensão, correspondendo à apreensão do sentido, que se revela somente quando se deixa
mostrar de onde, o que apenas é possível alcançar pela mediação propiciada pelo uso da razão.

Tal sentido somente é possível e apreensão quando se revela aquilo que se esconde no que é
aparente. Portanto, é necessário mediatizar, pela razão, na tentativa de buscar-se o "eidos· ou
essência do fenómeno pela epoché.

Diante do que se expressaram enfermeiros de clinica médica e pacientes por eles cuidados que
participaram deste estudo, foi necessário que se dissecasse esta revelação, na tentativa de revelar
o sentido que eles deram à sua linguagem.

Ora, enfermeiros e pacientes vivem no quotidiano de cuidado, habitando o chamado mundo do


cuidar, descrito por Grassetti (1997), onde, segundo a estudiosa, ocorre relação interpessoal de
seres cuidador e cuidado.

Neste estudo, foi apreendido do discurso de enfermeiros e pacientes do mundo do cuidar, em


uma unidade de clinica médica, que o cuidado de enfermagem se funda na disposição humana do
cuidado, ora comprometido e mediatizado pela razão, com preocupação e solicitude, ora
descansando na mera ocupação inautêntica própria da imediatas mundana.

14
Isto porque, em Heidegger (1993,a), a disposição humana é caracterizada pelo desejo de ser e
estar com o outro no mundo e, dentre os modos da disposição está o cuidado como a mais
própria das características humanas. Para o Filósofo, o cuidado é zelo, desvelo e preocupação.
No entanto, ele pode ser manifestado de dois modos, aquele denominado autêntico no qual o
cuidador considera compreensivamente o ser cuidado, ajudando a escolher suas possibilidades de
existir. Tal comportamento autêntico ou originário se dá apenas quando o cuidador, não apenas
se ocupa mundanamente com o outro, mas também se preocupa com ele, demonstrando-Lhe
solicitude.

Todavia, o cuidado também se manifesta de modo inautêntico, aquele que ocorre na grande parte
das vezes, trata-se do momento em que o cuidador meramente se ocupa com o outro, sem no
entanto, considerar seus desejos ou possibilidades de escolha. Isto acontece com mais facilidade,
pois segundo o estudioso, é mais cómodo ao homem permanecer no mundo quotidiano na
existência inautêntica na qual tudo é mediano e comum. A ninguém e a todos atribui-se a
responsabilidade, de maneira tal, que todos são e ninguém propriamente é.

Diante destes ensinamentos, é possível revelar que o cuidado de enfermagem conforme aqui
apreendido, é compreendido como manifestação autêntica, especialmente quando expressado
pelos pacientes, embora oscile e descanse para a dimensão quotidiana e inautêntica da mera
execução de procedimentos. Esta ambiguidade é revelada, principalmente, quando os
enfermeiros mesmo alicerçando o cuidado nas técnicas de enfermagem, consideram as relações
interpessoais com os seres cuidados e à disposição de devolver-lhes bem-estar.

15
Conclusão

Ao inserir o cuidado de enfermagem no âmbito político e ético, entendemos parte significativa


na formação do enfermeiro o estudo das humanidades, em geral. Entendemos que uma formação
humanística contrapõe-se à mera operacionalidade e dá sentido existencial ao cuidar. O cultivo
das humanidades contribui para o hábito do pensamento crítico, sem o qual o cuidado em
enfermagem não pode sustentar-se como premissa de apoio a vida humana associada. Por isso,
pensar em modos ou modelos de cuidar em enfermagem requer a compreensão do sentido e do
significado desse cuidado, sua dimensão político-social e sua implicação sobre a vida dos
cidadãos. Não é, portanto, uma questão unicamente instrumental e operacional para o trabalho,
mas, antes, o reconhecimento de sua finalidade para a vida humana. Também, em reconhecer que
esse ou aquele modo de cuidar não são neutros, mas apoiados no conjunto das ideias teórico-
filosóficas que orientam as escolhas feitas por quem o executa.

Neste sentido, não podemos pensar em modelos de cuidado em enfermagem sem ter um
referencial teórico-filosófico explicitado e fruto de reflexões pessoais e colectivas, que passam
pela compreensão do valor desse cuidado no contexto sócio-político em que se insere. Isto
porque a enfermagem caracteriza-se como uma profissão histórica e culturalmente filosófico-
humanista, que potencializa a saúde do cidadão e a própria construção da cidadania. Por isto
mesmo não pode focalizar-se somente no biológico, em patologias e, menos ainda, submeter-se
ao poder de outras áreas, práticas sociais e de organizações que controlam e manipulam a saúde,
política, económica e ideologicamente.

16
Referências bibliográficas

 Souza ML, Sartor VVB, Prado ML. Subsídios param uma ética da responsabilidade em
enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2005 Jan - Mar; 14(1): 75-81.
 Waldow VR, Lopes MJM, Meyer DE. Maneiras de cuidar, maneiras de ensinar. Porto
Alegre: Artes Médicas; 1998.
 BECK, C. L. C. Buo6 M. L. D.; GONZALES, R. M. B. O Cuidado na enfermagem -
essência e possibilidade de crescimento para a profissão (cd-rom). ENFTEC, 6. 1998, São
Paulo. Anais Ele/fónicos 1 cd-ramo.

17

Você também pode gostar