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Introdução........................................................................................................................................2
Objectivos........................................................................................................................................3
O Cuidado de Enfermagem.............................................................................................................4
Conclusão......................................................................................................................................16
Referências bibliográficas.............................................................................................................17
Introdução
Durante o trabalho cujo tema cuidado de Enfermagem, deste modo, quando se define
Enfermagem, diz-se que ela é a ciência e a arte do cuidado. No entanto, sabe-se que o ato de
cuidar é próprio da natureza humana, de modo que todo ser humano é capaz de cuidar de si e do
outro. Considerando-se, portanto que todos são cuidadores, os enfermeiros têm empreendido
esforços no sentido de conceituar o que caracteriza o cuidado como próprio da Enfermagem.
Quando se fala em cuidado quer se dizer um cuidado voltado para a enfermagem, englobando o
processo de saúde, de adoecimento, de invalidez, de empobrecimento, pois ele busca promover,
manter ou recuperar a dignidade e a totalidade humana.
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Objectivos
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O Cuidado de Enfermagem
Cuidar em enfermagem consiste em envidar esforços transpessoais de um ser humano para outro,
visando proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a encontrar significados
na doença, sofrimento e dor, bem como, na existência. É ainda, ajudar outra pessoa a obter auto
conhecimento, controle e auto cura, quando então, um sentido de harmonia interna é restaurado,
independentemente de circunstâncias externas.
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Nesta relação de respeito ao outro, é preciso considerar o conceito de mutualidade como meio-
termo ou equilíbrio entre duas posições extremas: o paternalismo e a autonomia. O primeiro
centralizado na provedoria, e o segundo, assentado extremamente no cliente. Os atributos da
mutualidade caracterizam-se por sentimento de intimidade, conexão e compreensão, com
objectivo de satisfação de ambos intervenientes.
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advém o entendimento do valor intrínseco da vida, que ocupa um lugar central no
conjunto dos valores da humanidade.
O valor intrínseco da vida, bem como sua centralidade no conjunto de valores da humanidade,
em termos de vida humana, animal e vegetal, pois quaisquer formas e/ou estados da vida
transmitem a ideia de algo valioso. O sentido do que seja valioso, em geral, encontra múltiplas
interpretações éticas. Uma das formas de interpretar o sentido valioso da vida consiste
categorizá-lo em instrumental, subjectivo e intrínseco.
Vida humana como valor instrumental diz respeito ao quanto a vida de cada um serve aos
interesses das demais pessoas. Algo é instrumentalmente importante se seu valor depender de sua
utilidade e de sua capacidade para ajudar as pessoas a obter o que desejam, tal qual o dinheiro, os
medicamentos, entre outros. Caso contrário, são simplesmente bens disponíveis, instrumentais
valiosos para a pessoa em particular. Cabe reflectir sobre o quanto a qualidade e a riqueza de
uma vida saudável e empreendedora sugere o bem-estar de outras, assim como o que representa
o cuidado de enfermagem nesta perspectiva. O aspecto da instrumentalidade sugere adquirir bens
para si por meio de um esforço baseado em seu próprio mérito numa situação de livre união
social com outros indivíduos.
Vida humana como valor subjectivo refere-se a quanto a pessoa mede seu valor para ela
mesma, ou seja, em termos de até que ponto ela quer esta vida e até que ponto estar vivo é bom
para cada pessoa. Nesse caso, necessita de autodeterminação e de um plano racional de vida, o
que provavelmente, em termos genéricos, os animais, as plantas ou as futuras gerações não
dispõem das faculdades – físicas, morais e intelectuais – para fazê-lo.
Vida humana como valor intrínseco refere-se ao valor subjectivo que uma vida tem para a
pessoa de cuja vida se trata. Parte-se do pressuposto de que há um desejo dos homens em tratar
uns aos outros não apenas como meios, mas como finalidades em si mesmos. Isto porque o
instrumental geralmente se associa à subjectividade da pessoa, uma vez que só vale para aquela
pessoa que deseja esse bem. Assim também para a vida humana. Ela pode ter um valor
subjectivo na medida em que a pessoa estabelece seu valor para ela mesma, ou seja, em termos
de até que ponto ela quer esta vida e o quanto estar vivo e saudável é bom.
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A partir dessa compreensão, o que representa o cuidado de enfermagem em termos da vida
humana como valor? Essas três categorias estão presentes na arte e nos fundamentos do cuidado
em Enfermagem, articulando-as e valorizando-as, pois uma das premissas da vida humana
associada, jamais posta em dúvida nas atitudes e nas acções humanas, consiste em viver e
prosperar. “Pessoa” se identifica, no contexto deste trabalho, pela sua actividade e criatividade.
O cuidar em enfermagem, a partir dessas premissas, se identifica por ser uma actividade
universal e intrinsecamente valiosa, mesmo que compreendido somente no contexto da saúde,
esta entendida como uma maneira de abordar a existência com uma sensação não apenas de
possuidor ou portador, mas também, se necessário, de criador de valores e de instaurador de
normas vitais. Além desta concepção, se pensarmos a saúde como sentimento de segurança na
vida, que por si só não impõe nenhum limite, este sentimento viabiliza viver e prosperar.
Observe-se que uma vida não-saudável (sofrimento, dor e mal-estar) torna-se indefinida e sem
atributos. Se o ser humano revela um valor em si e a vida em sociedade requer a promoção da
saúde para o desempenho de suas actividades na polis, o cuidado em enfermagem potencializa as
possibilidades do viver e as construções sociais da vida humana associada.
O postulado do longo tempo reflecte, por si só, uma releitura da justiça tipicamente temporal em
duas direcções:
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tanto no âmbito individual quanto no âmbito universal, pois o cuidado de enfermagem deve ser
um suporte para viver bem, promovendo condições para uma vida saudável e em benefício do
bem comum.
Essa perspectiva implica reconhecer uma necessária formação profissional que considere e
destaque essa compreensão, o que pode ser alcançado pela reflexão a partir das Humanidades e
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da Filosofia Política, embora reconhecemos que isso não transmite, necessariamente, um saber
científico e/ou uma competência política em Enfermagem, mas estrutura uma personalidade
segundo uma certa paidéia, ou um ideal civilizatório. Isso reconhece a importância de inserir nos
programas de ensino de Enfermagem, a História, a Filosofia e as Artes, para que o cuidado em
enfermagem não seja transformado em esquemas e simplificações funcionais, e de
subordinações.
E não pense que os cuidados de enfermagem em domicílio são um “luxo” dispensável. Após
determinada idade, o idoso precisa ser o foco de atenção e acompanhamento especial para
garantir a manutenção de sua saúde mental e física.
O papel do enfermeiro que atua junto ao idoso segue um roteiro organizado de assistência, o qual
serve para guiar o profissional sobre quais acções e directrizes devem ser aplicadas. É importante
considerar que esse papel envolve tanto funções assistenciais ao idoso quanto educativas e até
mesmo administrativas.
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1. Cuidados médicos especializados
Nesse sentido, o médico e o enfermeiro responsável pelo idoso precisam observar se as consultas
e os exames necessários estão sendo marcados e realizados da forma correta. Ele também lida
com a medicação e avalia se o cronograma está sendo correctamente seguido.
Isso envolve a minimização de danos colaterais para o idoso: atenção ao sono, aos períodos de
repouso, às práticas de exercícios, à alimentação equilibrada, ao controle de peso, entre outros
pontos.
Os cuidados administrativos também são fundamentais. É por meio deles que o profissional vai
definir as acções e normas que devem ser seguidas.
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Classificação de condições que possam representar para o idoso algum tipo de risco.
Já na parte educativa, os enfermeiros atuam junto às famílias para dar esclarecimentos sobre a
forma correta de lidar com a situação da internação domiciliar.
O enfermeiro é o profissional que fica mais próximo ao paciente. Isso faz com que ele tenha uma
série de responsabilidades que nem mesmo o médico tem com a questão da segurança e da
higiene.
O profissional da Enfermagem precisa, muitas vezes, dar banho em enfermos, trocar fralda de
idosos, protectores de cama e lençóis com o paciente em cima da maca (banho no leito), entre
outros diversos serviços em que a segurança deve estar em primeiro lugar.
A importância de saber fazer esses cuidados da forma correta tem a ver, claro, com o bem-estar
do paciente, com evitar que ele caia da cama, ou que haja infecção por uma bactéria por conta da
falta de limpeza. Porém, é também relevante ao próprio enfermeiro, já que ele precisa agir com
cuidado para que não seja infectado, não machuque e não cause acidentes.
Por conta de toda essa relevância, abaixo temos 6 formas diferentes de cuidados que um
profissional de Enfermagem deve ter com o paciente!
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1. Higienização das mãos
A primeira atitude de segurança que um enfermeiro deve ter é com a higienização das mãos. Por
mais que ele actue 100% do tempo de luva, ainda assim é perigoso trabalhar sem a devida
limpeza nesses membros.
Por isso, a higienização deve ser feita a todo momento. Sempre antes de ir cuidar de um paciente
e após já ter feito os cuidados nele, é preciso lavar bem as mãos.
Essa higienização é feita a partir de uma técnica que limpa cada detalhe dos dedos, das unhas,
das mãos como um todo com sabão e água corrente. Depois é feita a secagem com folhas limpas
e, por fim, o álcool em gel, extremamente necessário.
Um erro pouco comum, mas que pode acontecer, é o enfermeiro colocar a sonda de forma
equivocada, administrar incorrectamente o soro, medicamentos, cateteres e demais
equipamentos.
Para evitar esse problema de segurança que é bem grave e atua directamente no bem-estar do
paciente, é preciso tomar alguns cuidados.
O primeiro deles tem a ver com os equipamentos em si. Eles precisam ser de alta qualidade, com
conexões exactas, que não permitem erros. Além disso, o enfermeiro precisa analisar e avaliar
cada um desses elementos antes de fazer uso deles.
Faz parte da profissão de enfermeiro ter cuidado e tratar o paciente de forma completamente
humanizada. Isso tem muito a ver com a forma como o profissional movimenta uma pessoa que
esteja em uma maca ou cama.
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É preciso ter muita técnica e cuidado. Há casos de pacientes que caem desses lugares por pura
falta de atenção do enfermeiro e isso não pode acontecer jamais. Dependendo do problema de
saúde, uma queda pode ser fatal.
Por isso, é essencial que o profissional de enfermagem saiba todas as técnicas de movimentar
uma cama, de mudar o paciente de posição, de trocar os lençóis sem tirar a pessoa da cama ou
maca. Só assim, ele vai evitar essas quedas e trazer toda a segurança necessária ao enfermo.
Pacientes que ficam muito tempo na mesma posição em uma cadeira, cama ou maca tendem a
criar úlceras na pele por conta da pressão e do atrito que o corpo faz sobre esses objectos. É
dever do enfermeiro não deixar que isso aconteça.
Por isso, de tempos em tempos, o profissional tem que visitar cada um dos pacientes sob sua
responsabilidade, movimentá-lo da cama, passar cremes hidratantes, mudar de posição por um
tempo, pois só assim ele vai evitar o surgimento dessas úlceras de decúbito.
5. Cirurgia efectiva
O enfermeiro está presente na sala de cirurgia junto aos médicos e, muitas vezes, é ele o único
responsável pela colocação, higienização e disponibilidade dos equipamentos que vão ser usados
no procedimento.
Por isso, o profissional de Enfermagem tem que estar muito atento a todos os aparelhos e
suprimentos que serão utilizados. Uma boa dica é fazer um checklist de tudo o que precisa para
determinada cirurgia. Depois, é só separar cada um desses elementos, realizar a higienização e a
assepsia e levar para o local do procedimento cirúrgico.
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6. Comunicação efectiva e transparente
É preciso ser claro para informar tudo que é preciso fazer, dos problemas que o paciente pode
enfrentar, dos cuidados que os familiares devem ter com ele, da real situação da saúde da pessoa
e todos os outros dados que forem relevantes dizer para os envolvidos.
Buscar o sentido, velado por trás da mera aparência, significa, na fenomenologia heideggeliana,
a tentativa de aproximação ao fundante, originário do fenómeno que lhe apresente. Nisto se dá a
compreensão, correspondendo à apreensão do sentido, que se revela somente quando se deixa
mostrar de onde, o que apenas é possível alcançar pela mediação propiciada pelo uso da razão.
Tal sentido somente é possível e apreensão quando se revela aquilo que se esconde no que é
aparente. Portanto, é necessário mediatizar, pela razão, na tentativa de buscar-se o "eidos· ou
essência do fenómeno pela epoché.
Diante do que se expressaram enfermeiros de clinica médica e pacientes por eles cuidados que
participaram deste estudo, foi necessário que se dissecasse esta revelação, na tentativa de revelar
o sentido que eles deram à sua linguagem.
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Isto porque, em Heidegger (1993,a), a disposição humana é caracterizada pelo desejo de ser e
estar com o outro no mundo e, dentre os modos da disposição está o cuidado como a mais
própria das características humanas. Para o Filósofo, o cuidado é zelo, desvelo e preocupação.
No entanto, ele pode ser manifestado de dois modos, aquele denominado autêntico no qual o
cuidador considera compreensivamente o ser cuidado, ajudando a escolher suas possibilidades de
existir. Tal comportamento autêntico ou originário se dá apenas quando o cuidador, não apenas
se ocupa mundanamente com o outro, mas também se preocupa com ele, demonstrando-Lhe
solicitude.
Todavia, o cuidado também se manifesta de modo inautêntico, aquele que ocorre na grande parte
das vezes, trata-se do momento em que o cuidador meramente se ocupa com o outro, sem no
entanto, considerar seus desejos ou possibilidades de escolha. Isto acontece com mais facilidade,
pois segundo o estudioso, é mais cómodo ao homem permanecer no mundo quotidiano na
existência inautêntica na qual tudo é mediano e comum. A ninguém e a todos atribui-se a
responsabilidade, de maneira tal, que todos são e ninguém propriamente é.
Diante destes ensinamentos, é possível revelar que o cuidado de enfermagem conforme aqui
apreendido, é compreendido como manifestação autêntica, especialmente quando expressado
pelos pacientes, embora oscile e descanse para a dimensão quotidiana e inautêntica da mera
execução de procedimentos. Esta ambiguidade é revelada, principalmente, quando os
enfermeiros mesmo alicerçando o cuidado nas técnicas de enfermagem, consideram as relações
interpessoais com os seres cuidados e à disposição de devolver-lhes bem-estar.
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Conclusão
Neste sentido, não podemos pensar em modelos de cuidado em enfermagem sem ter um
referencial teórico-filosófico explicitado e fruto de reflexões pessoais e colectivas, que passam
pela compreensão do valor desse cuidado no contexto sócio-político em que se insere. Isto
porque a enfermagem caracteriza-se como uma profissão histórica e culturalmente filosófico-
humanista, que potencializa a saúde do cidadão e a própria construção da cidadania. Por isto
mesmo não pode focalizar-se somente no biológico, em patologias e, menos ainda, submeter-se
ao poder de outras áreas, práticas sociais e de organizações que controlam e manipulam a saúde,
política, económica e ideologicamente.
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Referências bibliográficas
Souza ML, Sartor VVB, Prado ML. Subsídios param uma ética da responsabilidade em
enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2005 Jan - Mar; 14(1): 75-81.
Waldow VR, Lopes MJM, Meyer DE. Maneiras de cuidar, maneiras de ensinar. Porto
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essência e possibilidade de crescimento para a profissão (cd-rom). ENFTEC, 6. 1998, São
Paulo. Anais Ele/fónicos 1 cd-ramo.
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