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ANAIS ELETRÔNICOS

XXIV CONGRESSO BRASILEIRO


DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA
BUCO-MAXILO-FACIAL

World Trade Center


São Paulo - Brasil
5-9 de Setembro de 2017
Prezados Colegas,

É com grande satisfação, em nome da comissão organizadora, que


apresentamos os Anais eletrônicos do XXIV Congresso Brasileiro de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (COBRAC) realizado de 5
a 9 de outubro de 2017, no WTC Events Center em São Paulo.

Você poderá fazer BUSCAS por quaisquer palavras que desejar, imprimir
ou navegar por toda a obra.

A preparação destes Anais foi fruto de nossa parceria com a editora


Dental Press International.

Inovação é a palavra que definiu o XXIV COBRAC!


Esperamos que tenha aproveitado o Congresso, os novos formatos
científicos oferecidos e sobretudo o networking com os colegas.

Forte abraço!

__________________
Dr. Luciano Del Santo
Presidente do Congresso
Comissão Organizadora
Luciano Del Santo
Presidente

Daniel Gallafassi
Secretário Geral
Diretoria Executiva
Gabriel Pastore
Comercial Sylvio Luiz Costa de Moraes
Comissão Científica Presidente

Nicolas Homsi Manoel de Jesus Rodrigues


Jonathas Claus Mello
Fernando Melhem Elias Vice-presidente
Leonardo Faverani
Thallita Pereira Queiroz Alexandre Maurity de Paula
Afonso
Comissão de Trabalhos Secretário Geral
Científicos
Hernando Valentim da Rocha
Cassio Sverzut
Junior
Alexander Sverzut Diretor Financeiro
Luciana Asprino
Alan Panarello
Comissão de Divulgação Diretor Científico
Luis Pagotto
Edmundo Marques Ricardo Pereira Mattos
Diretor Executivo
Comissão Social
Alessandro Silva
Fued Salmen
Marcelo Araujo
Carlos Eduardo Souza
APRESENTAÇÃO ORAL
ORTOGNÁTICA

2422

TERÇO MÉDIO COMO REFERÊNCIA PARA O


GUIA INTERMEDIÁRIO DE CIRURGIA
ORTOGNÁTICA BIMAXILAR:
SEQUENCIA DE CASOS
Kessia Nara Andrade Sales; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima;
Sergio Monteiro Lima Junior

A cirurgia ortognática é indicada para a necessária uma referência estável (a


correção de deformidades dento- maxila) para reproduzir com precisão os
esquelética, e tem como objetivos a oclusão movimentos cirúrgicos previstos o
funcional, estética facial, melhora da via planejamento. Porém ao se operar a
aérea e estabilidade dos movimentos. O maxila, não se conseguiria reproduzir a
sucesso da cirurgia depende do correta posição condilar na fossa glenóide,
planejamento bem executado e da alterando a posição final planejada para a
transferência desse planejamento para o maxila. O objetivo deste trabalho é mostrar
paciente na sala de cirurgia. Diversos a precisão do reposicionamento da maxila
estudos apontam que existe uma relação utilizando um guia intermediário que
direta entre o mau posicionamento do utiliza o terço médio com referência para
côndilo no transoperatório, a recidiva do reposição. Desta forma os côndilos não
deslocamento condilar, e influenciariam na posição final da maxila e
consequentemente uma recidiva na mandíbula. Será apresentado uma
esquelética tardia. Um posicionamento sequencia de casos de cirurgia ortognática
incorreto do côndilo no pós-operatório bimaxilar em que se utilizou o guia
pode resultar em perda do ângulo supracitado. Este era constituído de uma
mandibular, desarranjos articulares e placa oclusal maxilar e duas alças que se
comprometimento da função mastigatória. apoiavam no pilar zigomático. Após o
Sabe-se que é muito difícil durante a down fracture na maxila o guia foi
cirurgia ortognática bimaxilar manter uma posicionado de acordo com o planejamento
relação cêntrica precisa do côndilo, pois a e fixado, levando desta forma a maxila para
anestesia geral, o relaxamento e a posição a nova posição e fixada. Posteriormente foi
supina podem alterar a posição condilar, e realizada a osteotomia mandibular, e
consequentemente uma fixação estabelecida uma nova oclusão para o
inadequada dos maxilares. Para diminuir paciente, e a mandíbula fixada. Observa-se
tal situação, alguns estudos afirmam que a que com esta técnica os côndilos não
cirurgia ortognática bimaxilar deve influenciam na oclusão final do paciente,
começar com a mandíbula, uma vez que é logo diminuem as chances de recidiva pós-

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APRESENTAÇÃO ORAL
ORTOGNÁTICA

operatórias. Sendo assim, percebe-se que a uma vez que o posicionamento bimaxilar
presente técnica cirúrgica assegura uma pós operatório tem como referência o terço
estabilidade do resultado cirúrgico e um médio da face, uma base fixa, e a posição
reposicionamento bimaxilar mais preciso; condilar não interfere na oclusão final.

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APRESENTAÇÃO ORAL
ORTOGNÁTICA

2260

TRATAMENTO DE PSEUDOARTROSE
DECORRENTE DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
RELATO DE CASO DE UMA RARA
COMPLICAÇÃO
Roniele Lima dos Santos; Eduardo Costa Studart Soares; Henrique
Clasen Scarparo; Francisco Samuel Rodrigues Carvalho; Fabrício
de Lamare Ramos

Introdução: A cirurgia ortognática “maxilla” e “orthognathic”. Foram


consiste em realizar osteotomias no encontrados 10 artigos, totalizando 50
complexo maxilo-mandibular para corrigir casos de pseudoartrose (23 fraturas, 20
discrepâncias esqueléticas, estabeler reconstruções, 6 ressecções tumorais, 1
oclusão estável e funcional com benefícios cirurgia ortognática) sendo apenas um
na harmonia e estética facial. Esse decorrente de cirurgia ortognática
procedimento está sujeito a complicações envolvendo a maxila. Ato cirúrgico foi
como: lesões nervosas, hematomas, realizado, sob anestesia geral, com a
deiscência de sutura, desvio de septo, remoção de tecido fibroso e utilização de
necrose óssea, pseudoartrose, dentre enxerto ósseo (BIO-OSS e BMP-2) no sítio.
outras. A pseudoartrose é caracterizada A fixação foi feita com miniplacas e telas
pela formação de tecido fibroso em lugar da bioabsorvíveis.
consolidação óssea. O domínio do Conclusões: Embora ocorrência de
conhecimento da natureza da pseudoartrose seja um evento raro
deformidade, suas bases biológicas e as decorrente de cirurgia ortognática, esta
estratégias no planejamento para o deverá ser considerada em especial diante
tratamento cirúrgico ajudam na prevenção de grandes movimentos ósseos. A
de possíveis complicações. literatura mostra que a utilização de
Discussão: O presente trabalho busca enxerto ósseo apresenta resultados
realizar um relato de caso de um paciente satisfatórios na resolução de tal problema.
acometido por pseudoartrose em maxila
decorrente de cirurgia ortognática, assim
como realizar uma revisão de literatura
acerca desse assunto. A busca foi
conduzida nas seguintes bases: PubMed,
Cochrane, Medline e Bireme; sem limite de
data; com a combinação dos termos:
“pseudarthrosis”, “jaws”, “mandible”,

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APRESENTAÇÃO ORAL
CIRURGIA BUCAL

1743

RELATO DE NEOPLASIA RARA EM LÍNGUA:


SCHWANNOMA
Éwerton Daniel Rocha Rodrigues; Marcelo Breno Menezes Mendes;
Jhoonatarraty Fonseca de Sena; Thalita Medeiros Melo; Iluska
Castro dos Santos

Introdução: Schwanomas são tumores histopatológica revelaram neoplasia de


encapsulados benignos que se proliferam origem neural formada por células
das células de Schwann, comumente fusiformes com núcleos evidentes. Nesta
surgem da raízes de nervos espinhais, amostra, mostrou ausência de malignidade
cranianos, da face, pescoço e na lesão e fechou-se o diagnóstico de
extremidades. Estas lesões representam Schwannoma..
cerca de 1% de todos os tumores da cabeça Discussão:.Aproximadamente entre 25 e
e pescoço. Na cavidade oral a língua é mais 40% dos schwanomas são encontrados na
afetada. Os tumores geralmente se região da cabeça e pescoço. Destes, apenas
apresentam como uma massa firme, 1% são de origem intra-oral, sendo a língua
assintomática, solitária e bem delimitada. a localização mais comum para os
A etiologia é desconhecida. A proposta neurilemomas orais. A apresentação
deste trabalho é relatar um caso de clínica dos neurilenomas é semelhante a
schwanoma em língua. outras lesões, como: lipomas, fibromas,
Métodos: Paciente do gênero feminino, mucoceles, leiomiomas, rabdomiomas,
leucoderma, 24 anos, queixando-se de linfangiomas e cistos epidermóides. A
lesão em língua. Ao exame físico investigação diagnóstica pode incluir
observava-se um aumento de volume em tomografia computadorizada,
região do dorso lingual direito, séssil, ultrassonografia, aspiração por agulha fina
endurecido, medindo cerca de 7 mm no e ressonância magnética, sendo esta última
maior diâmetro e com coloração a melhor escolha para avaliação da
semelhante ao do tecido sadio, sem extensão da lesão e a correlação com os
sintomatologia dolorosa. Na radiografia achados operatórios.
panorâmica não se observou alterações. Conclusões: O schwannoma da língua é
Realizou-se excisão cirúrgica sob anestesia um tumor relativamente raro da cabeça e
local. pescoço. A ressecção transoral permite a
Resultados: A paciente manteve remoção completa desse tumor com baixa
proservação semanal no primeiro mês pós- taxa de recidiva e com possibilidade de
operatório. O resultado da análise transformação maligna improvável.
Referências: 1.Enoz M, Suoglu Y, Ilhan R. Lingual schwannoma. J Cancer Res Ther. 2006 2(2): 76-78.
2. Aslan G, Cinar F, Cabuk FK. Schwannoma of the submandibular gland: a case report. J Med Case Rep
2014;8(1):231–4. 3. Neville BW, Damm DD, Allem CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial.
3.ed.São Paulo: Elsevier; 2009.

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APRESENTAÇÃO ORAL
CIRURGIA BUCAL

1750

ABORDAGEM INTRA-ORAL PARA SIALÓLITO


NO DUCTO DE STENSEN
Éwerton Daniel Rocha Rodrigues; Julio Cesar de Paulo Cravinhos;
Jhoonatarraty Fonseca de Sena; Thalita Medeiros Melo; João
Marques Mendes Neto

Introdução: A sialolitíase é uma condição de 6mm. Nas consultas pós-operatórias, foi


caracterizada pela obstrução de uma possível observar reparo tecidual
glândula ou do seu ducto devido à satisfatório, remissão da sintomatologia
formação de uma sialólito, resultando na dolorosa e a função normal da glândula
estase salivar. Os sialólitos respondem por parótida.
30% das doenças das glândulas salivares e Discussão: A sialolitiase é uma doença das
afeta, mais comumente, a glândula glândulas salivares muito comum, sendo
submandibular (80-90%) e em menor grau considerada uma das maiores causas de
a glândula parótida (5-20%). O objetivo disfunção desse tipo de glândula. O edema
deste trabalho é relatar o caso de um é o sintoma mais comum, seguido de
sialólito no ducto de Stensen, tratado por sintomatologia dolorosa e secreção
meio de abordagem intra-oral purulenta. A dor e o edema relacionados às
minimamente invasiva. refeições podem ser explicados pelo
Métodos: Paciente do gênero feminino, aumento da secreção salivar e o
melanoderma, 67 anos, queixando-se de consequente aumento da pressão
sensação álgica e desconforto associado a intraglandular. O tratamento de escolha
aumento de volume na região direita da para a sialolitíase é a desobstrução da
face, próximo à área anatômica da glândula glândula ou do seu ducto,
parótida. Ao exame intra-oral a paciente preferencialmente, através de abordagens
relatou desconforto à palpação da região conservadoras.
parotídea e retromandibular direita. Foi Conclusões: A sialolitíase do ducto de
possível observar na sialografia uma Stensen é uma condição relativamente
imagem radiopaca esférica, sugestiva de rara. A forma de tratamento depende do
sialólito. Realizou-se excisão cirúrgica sob tamanho e da localização do cálculo,
anestesia local para remoção dos cálculos entretanto é consenso que as abordagens
salivares. minimamente invasivas devem ser a
Resultados: Foram removidos 03 cálculos primeira escolha.
salivares, com o maior deles medindo cerca
Referências: 1. Bodner, Lipa. "Giant salivary gland calculi: diagnostic imaging and surgical
management." Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology 94.3
(2002): 320-323. 2. Lagares, Daniel Torres, et al. "Parotid sialolithiasis in Stensen’s duct." Med Oral
Patol Oral Cir Bucal 11.1 (2006): 1-9.3. Lustmann, J., E. Regev, and Y. Melamed. "Sialolithiasis: a survey
on 245 patients and a review of the literature." International journal of oral and maxillofacial surgery
19.3 (1990): 135-138.

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APRESENTAÇÃO ORAL
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1784

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE LESÕES DO


NERVO LINGUAL APÓS EXODONTIA DE
TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Autores: Lucas da Silva Barreto; Gabriel de Toledo Telles Araújo;
Paloma Heine Quintas; Diego Tosta Silva; Roberto Almeida de
Azevedo

Introdução: Lesões ao nervo lingual Enquanto que 48 (92,3%) pacientes não


apresentam-se como complicações relataram quaisquer alterações sensoriais
comumente associadas às exodontias de associadas ao nervo lingual.
terceiro molares inferiores, especialmente Discussão: O íntimo relacionamento
em dentes inclusos. Dor e alterações anatômico do terceiro molar inferior com
sensoriais como: hipoestesia, hiperestesia, estruturas nervosas e vasculares estabelece
anestesia e disestesia manifestam-se como riscos ao procedimento cirúrgico. A
os sintomas clínicos relatados pelos literatura refere risco entre 0 a 23% de
pacientes, apresentando-se de caráter parestesia do nervo lingual pós
permanente ou temporário. procedimento, na sua maior parte
Objetivo: O presente trabalho tem por transitóriamente. As variáveis
objetivo avaliar clinicamente a mencionadas neste estudo são alguns dos
prevalência, o tipo e os fatores de risco para são fatores responsáveis por alterar este
lesão do nervo lingual decorrente da índice. Os resultados encontrados no
cirurgia do terceiro molar inferior. estudo está dentro do proposto pela
Métodos: Um total de 52 pacientes foram literatura.
submetidos à exodontia do terceiro molar Conclusão: Os resultados demonstraram
inferior sob anestesia local de Junho de baixo risco de parestesia permanente do
2016 à Junho de 2017. Após 07 dias de pós- nervo lingual associado à extração do do
cirúrgico, cada paciente foi reavaliado para terceiro molar inferior. Todos os pacientes
qualquer alteração sensorial do nervo que relataram alterações sensoriais,
lingual. Os dados coletados foram tiveram o reestabelecimento da função.
correlacionados a várias variáveis, Lesões ao nervo lingual associadas à
incluindo a idade, sexo, e a classificação de cirurgia de terceiros molares, a maior parte
Pell e Gregory. dos pacientes recupera a sensação normal
Resultados: Dos 52 pacientes, 4 (7,7%) sem tratamento.
apresentaram parestesia transitória do
nervo lingual, com resolução em até 7 dias.
Referências: Hölzle FW, Wolff KD. Anatomic position of the lingual nerve in the mandibular third
molar region with special consideration of an atrophied mandibular crest: an anatomical study. Int J
Oral Maxillofac Fardom, A.C, et al. Parestesia do nervo lingual após extração de terceiros molares:
revisão de literatura e relato de caso. Revista UNINGÁ, Maringá – PR, n.23, p. 143-151, jan./mar. 2010.

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APRESENTAÇÃO ORAL
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1854

EMINECTOMIA PARA TRATAMENTO


DEFINITIVO PARA LUXAÇÃO CONDILAR
RECIDIVANTE
Cleidiana Celi Bomfim Oliveira; Adriano Silva Perez; Tila Fortuna
Costa; Adriano Freitas de Assis

Introdução: A luxação condilar ocorre foi submetido à eminectomia bilateral


quando há o deslocamento do côndilo como tratamento permanente.
mandibular para anterior, ultrapassando os Relato de caso: Paciente masculino,
movimentos limítrofes, deslocando-se portador de disfunção neuromuscular
para fora da cavidade glenóide, à frente da (epilepsia), com histórico de luxação
eminência articular. Tal condição pode ser recidivante de côndilo mandibular,
uni ou bilateral e denomina-se de submetido à cirurgia para instalação de
recidivante, quando os episódios passam a miniplacas de titânio há cerca de 14 anos,
ser frequentes. Seu tratamento se divide evoluindo com fratura bilateral de placas
em transitório ou definitivo, sendo o na eminência articular. O tratamento
transitório caracterizado pelo tratamento proposto foi a eminectomia bilateral, onde
emergencial de redução manual com foi realizado um acesso cirúrgico pré-
posterior imobilização e o definitivo auricular, bilateralmente. Após o
variando entre conservador e intervenções procedimento cirúrgico foi observado
cirúrgicas. A eminectomia é a remoção da retorno à função sem travamento
eminência articular, e possui o princípio de mandibular, com amplitude de abertura
eliminar obstáculos mecânicos para bucal de 50 mm e preservação da mímica
facilitar o movimento articular. facial do paciente.
Objetivo: relatar o caso de um paciente Considerações finais: A técnica da
epiléptico, apresentando fratura bilateral eminectomia mostrou-se eficaz para a
de miniplacas na eminência articular que resolução da luxação recidivante da
articulação têmporomandibular.

Referências: 1. Cardoso AB, Vasconcelos BCE, Oliveira DMO. Estudo comparativo da eminectomia e
do uso de miniplaca na eminência articular para tratamento da luxação recidivante da articulação
temporomandibular. Rev Bras Otorrinolaringol, 2005; 71(1): 32-7. 2. Kim CH, Kim DH. Chronic
Dislocation of Temporomandibular joint persisting for 6 months: a case report. J Korean Assoc Oral
Maxillofac Surg, 2012; 38(1): 305-9. 3. Myrhaug H. A New method of operation for habitual dislocation
of the mandible: review of former methods of treatment. Acta Odontol Scand, 1951; 9(4): 247-60

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APRESENTAÇÃO ORAL
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1933

RECONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DO DUCTO


PAROTÍDEO: RELATO DE CASO
Ana Luiza Lima Medeiros Paz; Rafael da Silva Caetano; Luis Ricardo
Machado Magalhães; Everton José da Silva;Paulo Henrique de
Souza Castro

Introdução: Traumas, acidentes, O cateter foi suturado à mucosa bucal e um


agressões físicas com objetos perfuro curativo compressivo externo é aplicado.
cortantes na área bucal acarreta o risco de Resultado: A cânula foi mantida por 15
lesão do ducto parotídeo. Algumas técnicas dias, paciente segue em acompanhamento
para realizar anastomose do ducto são com patência ductal comprovada em
descritas na literatura, com isso este artigo inspeção da cavidade oral com bom fluxo
apresenta técnica cirúrgica utilizando um salivar a partir do orifício da cavidade
"cateter para anastomose do ducto da reconstruída do duto. Não houve lesão do
glândula parótida". nervo facial e nem infecções pós
Método: Paciente do sexo masculino, 31 operatórias.
anos, com histórico de agressão física, Conclusão: Anastomose direta do ducto
resultando em feridas corto contusas em resulta em melhor resultado. Ter o
região bucinatória, mentoniana e supra conhecimento da anatomia local é um fator
hioidea esquerda. Foi realizado importante para realizar o tratamento.
atendimento inicial no Hospital Pronto Com isso, a técnica utilizada foi de grande
Socorro Municipal de Cuiabá após 7 dias do eficácia, devolvendo função ao ducto
trauma, apresentando drenagem de fluído parotídeo
aquoso transparente em ferida na região
bucinatória, diante do apresentado
constatou-se que era fístula salivar.
Tratamento cirúrgico ocorreu sob técnica
utilizando acessório que tem finalidade de
realizar acesso venoso periférico (abocath
16, material disponível na data do
procedimento), passado através da porção
distal do ducto a partir do orifício oral, o
segmento proximal do ducto foi canulado,
as extremidades cortadas do ducto são
aproximadas sobre o abocath, com sutura
utilizando Prolene, a ferida foi fechada em
camadas, com o cuidado do fechamento da
cápsula da glândula.

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1995

ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR EM PACIENTES


PORTADORES DE FISSURAS PALATAIS:
RELATO DE CASOS
Marcela Chiqueto de Araujo; Eleonor Álvaro Garbin Júnior; Geraldo
Luiz Griza; Natasha Magro Ernica; Ricardo Augusto Conci

Introdução: As fissuras labiopalatais são utilizado enxerto ósseo autógeno


uma das mais frequentes anomalias secundário para preencher a fissura,
congênitas orofaciais. Essas malformações devolvendo função e estética. Os
são caracterizadas pela abertura/ruptura procedimentos cirúrgicos foram realizados
na região do lábio e/ou palato, acometendo no HUOP, com enxerto removido de crista
o terço médio da face, sendo ocasionadas ilíaca.
pela não fusão dos ossos maxilares, Resultados: Os casos clínicos
durante a fase embriológica. Apresenta-se apresentados, demonstraram que o
mais frequentemente, de forma isolada, enxerto ósseo autógeno é uma alternativa
podendo estar associada a diversas segura e eficaz no tratamento de fissuras
malformações sindrômicas. Assim um palatais.
paciente pode apresentar ou não uma
Discussão: Primeiramente é concenso que
fissura sindrômica, confirmado pelos
o enxerto ósseo alveolar traz resultados
aspectos clínicos e genéticos. As causas
satisfatórios ao paciente, proporcionando
não sindrômicas podem estar relacionadas
melhor suporte ósseo aos dentes
a fatores genéticos ou fatores ambientais,
adjacentes à fissura, apoio para a asa do
que incluem o uso de álcool ou cigarros,
nariz, diminuindo a assimetria facial e
exposição à radiação em região abdominal
facilitando a futura rinoplastia, finalização
e a ingestão de medicamentos
da reabilitação dentária sem a necessidade
anticonvulsivantes ou corticoides, durante
do uso de prótese, tratamento ortodôntico
o primeiro trimestre gestacional. O
sem a limitação da falha óssea, melhora no
objetivo do trabalho é relatar casos clínicos
fechamento de fístulas buconasais e
de pacientes atendidos no CEAPAC-HUOP
colocação de implantes osseointegrados na
(Centro Especializado de Atenção aos
região da fissura.
Pacientes com Anomalias Craniofaciais -
Hospital Universitário do Oeste do Paraná) Conclusão: O tratamento desses pacientes
que receberam enxerto ósseo autógeno. é considerado extremamente complexo,
multidisciplinar e envolve uma equipe
Métodos: O tratamento dos casos clínicos
médica preparada ao paciente fissurado. O
foi realizado em dois pacientes com
enxerto ósseo alveolar secundário
presença de fissura labiopalatal atendidos
contribui no processo de reabilitação
no CEAPAC, com 15 e 10 anos, sendo

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desses pacientes, por permitir


preenchimento do defeito ósseo residual
causado pela fissura, favorecendo o
tratamento adequado.

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2160

QUEILOPLASTIA PRIMÁRIA EM PACIENTE


COM FISSURA LABIAL UNILATERAL PELA
TÉCNICA DE FISHER ASSOCIADO A
RINOPLASTIA PRIMÁRIA
Larissa de Oliveira Silveira; Luiz Carlos Alves Junior; Mariana Lima de
Figueiredo; Adriano Rocha Germano; Wagner Ranier Maciel
Dantas

Introdução: A fissura labial unilateral é a dimensão labial, sem queixas funcionais e


deformidade craniofacial côngenita mais no início da irrupção da dentadura decídua.
comum e sua reparação continua a ser uma Discussão: Na literatura, diversas
tarefa desafiadora, principalmente quando técnicas de reparo da fissura labial
se pretende reestabelecer, em um único unilateral foram descritas, cada qual com
momento cirúrgico, a arquitetura labial e diferente posicionamento da cicatriz
nasal. O objetivo desse trabalho é discutir a cutânea. No entanto, dificuldades para a
técnica de queiloplastia primária descrita sua utilização em fendas amplas, com
por Fisher associada a rinoplastia primária encurtamento acentuado do segmento
através do relato de um caso clínico. medial, deficiência de vermelhão seco e
Métodos: Paciente M.A.L.S, 4 meses de úmido e a necessidade de descolamentos
idade, foi diagnósticado com fissura labial amplos em partes moles levaram ao
unilateral não-sindrômica com desenvolvimento de uma série de
acometimento alveolar ipsilateral, buscou modificações, entre as quais, destacam-se:
o Serviço de Cirurgia e Traumatologia o "back-cut" na incisão de rotação,
Buco-Maxilo-Facial da Universidade introduzido por Millard, o retalho de
Federal do Rio Grande do Norte para vermelhão da vertente lateral descrito por
realização de queiloplastia. Não foi Noordhoff, a incisão de rotação estendida
relatado queixas funcionais, apresentava- para a columela proposta por Mohler e, as
se bem nutrido e sem alterações em exames subunidades anatômicas de Fisher.
laboratoriais. Foi submetido a Conclusões: A queiloplastia pela técnica
procedimento cirúrgico de queiloplastia de Fisher associado a rinoplastia primária
primária pela técnica de Fisher com mostrou-se eficaz na reparação em
rinoplastia primária. paciente com fissura labial incompleta,
Resultados: Atualmente encontra-se diminuindo a possibilidade de realizar
com 1 ano e meio pós-operatório, com rinoplastia corretiva no futuro.
assimetria e arquitetura do lábio e nariz
aceitáveis, cicatriz bem posicionada, boa

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2175

TRATAMENTO REABILITADOR DE EXTENSA


FISSURA PALATINA COM RETALHO DE
MÚSCULO TEMPORAL
Ricardo Augusto Conci; Eleonor Álvaro Garbin Júnior; Geraldo Luiz
Griza; Natasha Magro Ernica; Cláiton Heitz

Introdução: Os retalhos de músculo para enxertos ósseos e instalação de


temporal começaram a ser utilizados para implantes dentários.
as reconstruções dentro da Cirurgia e Discussão: O tratamento das fissuras
Traumatologia Bucomaxilofacial a partir labiopalatinas exige a atuação multi e
do final do século 19. Nos casos de fissuras interdisciplinar de áreas odontológicas,
labiopalatinas de grande extensão, onde é médicas e afins na execução de um
necessário uma grande quantidade de protocolo de tratamento que varia na
tecido para fechamento dos retalhos, esta dependência da extensão anatômica que
abordagem pode ser utilizada, desde que caracteriza os diferentes tipos de fissura.
bem indicada e respeitando-se as técnicas Quando as cirurgias não são realizadas nos
cirúrgicas. momentos oportunos, as sequelas que
Metodologia: Relatar o caso clínico do podem acompanhar o paciente até a
paciente paciente G. G., gênero masculino, resolução do caso traz transtornos
leucoderma, 37 anos, etilista, sem psicológicos, funcionais e estéticos
alterações sistêmicas ou alergias, com significativos.
extensa fissura palatina. Paciente Conclusões: Desde que corretamente
interpunha colchão em região de fissura indicado, o retalho de músculo temporal é
para funções básicas como alimentação e uma técnica com resultados satisfatórios
fala. Optou-se por retalho da região para a resolução de fissuras em palato.
temporal, que foi interposto em região de
palato após remoção de arco zigomático,
para possibilitar o reposicionamento do
músculo temporal em região palatina. Na
área doadora, intalou-se uma tela de
titânio para manutenção de projeção de
região temporal.
Resultados: Paciente com PO de 01 ano,
com resultados funcionais e estéticos
satisfatórios, com melhora da qualidade de
vida. Paciente em fase de planejamento

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APRESENTAÇÃO ORAL
CIRURGIA BUCAL

2181

ESTUDO RETROSPECTIVO DE 8 ANOS DE


PACIENTES ACOMETIDOS POR INFECÇÃO
ODONTOGÊNICA ATENDIDOS EM UM
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM
CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL
Christopher Henrique Gibim; Bruna Barcelos Ferreira; Glaykon Alex
Vitti Stabil

Introdução: A maioria das infecções que comorbidades e hábitos, 6,0% eram


acometem a região de cabeça e pescoço são hipertensos, 5,4% diabéticos e 26,2%
de origem odontogênica. Estas podem ser relataram serem tabagistas. Durante
consideradas um problema de saúde anamnese,36,6% referiram fazer uso de
pública, devido à morbidade que amoxicilina, seja por prescrição
apresentam, e é notória a admissão de médica/odontológica ou automedicação.
pacientes com infecções odontogênicas Os sinais e sintomas mais frequentes foram
(IO) graves que necessitam de atendimento aumento de volume (98,4%), dor (92,3%) e
especializado em serviços de saúde trismo (72,7%) e a principal etiologia foi à
terciário. cárie dentária (57,0%), sendo a região
Objetivo: Estabelecer o perfil posterior de mandíbula a mais acometida
epidemiológico e o tratamento instituído pelas infecções (82,0%). Os principais
nos pacientes acometidos por IO atendidos espaços fasciais envolvidos foram o bucal
em um hospital público terciário pelo (65,0%) e submandibular (63,4%). Em
Programa de Residência em Cirurgia e 98,0% dos casos foi instituído tratamento
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da que consistia na remoção imediata da
Universidade Estadual de Londrina. causa associada à drenagem, instalação de
drenos, antibioticoterapia e terapia de
Material e Métodos: Foi realizado um
suporte. Três (1,6%) pacientes
estudo retrospectivo entre os anos de 2009
necessitaram de re-intervenção para
a 2016 (96 meses), através da coleta de
resolução do quadro infeccioso e um
dados de prontuários de pacientes
paciente foi a óbito em decorrência de
atendidos com diagnóstico de infecção
complicações durante indução anestésica.
odontogênica.
De 169 (92,3%) pacientes que necessitaram
Resultados: Um total de 183 pacientes de internação hospitalar, a permanência
foram incluídos no estudo. A maioria era foi em média 6,3 dias.
do gênero masculino e a média de idade
geral foi de 30,6 anos. Em relação às

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CIRURGIA BUCAL

Discussão: Através deste estudo foi


possível observar que ainda há uma
procura ou encaminhamento significativo
de pacientes acometidos por infecção
odontogênica em nível de atenção
terciário, refletindo a falta de tratamento
preventivo e curativo ao nível primário,
principalmente para a população adulta
atendida no Sistema Único de Saúde.
Conclusão: É necessário revisar os
métodos e políticas públicas de saúde bucal
brasileiros, de modo que estes quadros
sejam prevenidos ou sanados em nível de
atendimento primário.

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2276

INFECÇÕES CERVICOFACIAIS GRAVES PÓS


EXODONTIAS
Erick Andres Alpaca Zevallos; Luciana Asprino; Alexander Sverzut;
Christopher Cadete de Figueiredo

As infecções cervicofaciais continuam a ter grande importância


tanto por sua alta incidência, como pelo risco de complicações
potencialmente fatais, como o comprometimento de vias aéreas
e a fasceíte necrotizante. Dentre as infecções de origem
odontogênica as exodontias são a principal causa das infecções
dos espaços cevicofaciais. Devido as características anatômicas
da região, estas infecções disseminam rapidamente, envolvendo
estruturas vitais e comprometendo a vida do paciente. Assim o
presente trabalho tem como objetivo apresentar o estado atual
da avaliação clínica, diagnóstico e tratamento das infecções
odontogênicas graves e apresentar casos clínicos de infecção
cervicofacial grave pós exodontias enfatizando aspectos
relevantes do tratamento e prevenção destes quadros clínicos.

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2292

ABSCESSO CEREBRAL DECORRENTE DE


INFECÇÃO ODONTOGÊNICA APÓS
EXODONTIA DE 3º MOLAR:
RELATO DE CASO
Isabela Potratz Auler; Ramon Gavassoni; Daniela Nascimento Silva;
Rossiene Motta Bertollo; Martha Alayde Alcantara Salim

Introdução: O abscesso cerebral é uma hospitalar, paciente apresentou cefaleia


complicação que pode se desenvolver da durante movimentos da cabeça, sendo
progressão de uma infecção odontogênica, realizado Ressonância Nuclear Magnética
apesar de pouco frequente. Pode surgir a (RNM) do crânio e confirmando a suspeita
partir de um foco anatomicamente de abcesso cerebral. O paciente foi
contíguo ou via hematogênica evoluindo internado e submetido a terapia
gravemente causando sérios risco à vida. O intravenosa com antibióticos, corticoides e
abscesso cerebral é uma infecção focal que anticonvulsivantes profiláticos.
começa como uma área localizada de Resultados e discussão: Os abscessos
cerebrite e desenvolve-se como uma cerebrais são condições pouco frequentes
coleção purulenta envolto por uma cápsula quando originários de infecções
bem vascularizada, com sintomas que odontogênicas, entretanto podem colocar
variam de cefaleias até convulsões. O a vida do paciente em risco. Patógenos de
diagnóstico tem sido realizado por meio de uma infecção odontogênica podem entrar
exclusão, por não haver outro foco ou no cérebro por meio de uma rota
procedimento posterior. hematológica, linfática, ou pela extensão
Métodos: O presente trabalho relata o direta por meio dos planos fasciais. O
caso de um paciente de 32 anos, saudável, diagnóstico baseia-se no quadro clínico,
que desenvolveu um abcesso cerebral pós exame neurológico e exames
exodontia de terceiros molares. Sete dias complementares. Febre, convulsões e
após a extração dentária, o paciente déficit motor são algumas das
procurou atendimento hospitalar, características clínicas comumente
apresentando quadro grave de celulite encontradas no quadro. O tratamento é
facial e com envolvimento de vias aéreas. fundamentado no tratamento clínico com
Após diagnóstico clinico e antibióticos e neurocirúrgico. A taxa de
tomográfico, procedeu-se internação mortalidade varia entre 8% a 25%. A
hospitalar, antibioticoterapia intravenosa recidiva não é incomum, ocorrendo dentro
e tratamento cirúrgico com drenagens de 2 semanas de tratamento.
múltiplas. Após melhora do quadro e alta

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CIRURGIA BUCAL

Conclusão: O diagnóstico precoce,


tratamento adequado quando há suspeita
ou diagnóstico de abscesso cerebral é de
extrema importância. Além disso a
integração multidisciplinar torna-se
primordial para a abordagem destes casos
complexos, identificar os focos sépticos
e/ou tratá-los precocemente minimizando
as sequelas.

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CIRURGIA BUCAL

2372

MALHAS CUSTOMIZADAS PARA


IMPLANTODONTIA
Thainá Angela da Silva Mendes; Bruno Sergio Bahia Lopes; Theo
Peres Colferai; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima; Sergio
Monteiro Lima Junior

Progressos tecnológicos e estudos O cálculo exato do volume a ser enxertado


detalhados em imagens têm permitido a assim como a área da membrana para
utilização do planejamento virtual em recobrir a malha é definido no
diversas áreas da cirurgia buco-maxilo- planejamento prévio. Os benefícios do
facial. A simulação e o planejamento planejamento individualizado e a
cirúrgico ajudam na previsibilidade do impressão em titânio das malhas incluem a
tratamento e diminuição do tempo adaptação sem necessidade de ajustes
operatório. A tomografia computadorizada transoperatórios, a previsão de volume do
com reconstrução em três dimensões enxerto e a eliminação do sobrecontorno
trouxe consigo uma mudança significativa das malhas, facilitando o recobrimento
nos planos de tratamento, deixando para com tecidos moles. A customização de
trás os métodos tradicionais e malhas permite correta reconstrução do
introduzindo a era virtual. O objetivo deste rebordo alveolar com volume adequado e
trabalho é apresentar a aplicabilidade e os menor morbidade, já que não é necessária
benefícios do planejamento virtual e uma área doadora. As pacientes foram
prototipagem em titânio de malhas submetidas a um acompanhamento clínico
customizadas para enxerto e ganho de e tomográfico, que demostrou ausência de
volume em maxilas atróficas de duas exposição da malha e contaminação, além
pacientes. As malhas foram desenhadas e de possíveis perdas de enxerto e deverão
adaptadas de acordo com a anatomia da aguardar um período de seis meses para
área receptora e a necessidade de volume colocação dos implantes.
para instalação futura de implantes.

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2394

ABORDAGEM DE UMA NOVA TÉCNICA


PARA BLOQUEIO SENSITIVO DO NERVO
LINGUAL
Danilo de Moraes Castanha; Marconi Eduardo de Sousa Maciel
Santos; Taysnara Ismaeley de Andrade; Ana Maria de Lima e Silva

Introdução: A anestesia local é o método Resultados: A técnica de bloqueio do


mais seguro e eficaz para se conseguir a nervo lingual mostra-se bastante eficaz
analgesia, essa que deve ser almejada na quando se visa à anestesia unicamente das
maioria dos procedimentos odontológicos, estruturas anatômicas inervadas pelo
sendo o meio mais utilizado na prevenção nervo lingual, tendo suas limitações
da despolarização das membranas associadas a pacientes edêntulos e
excitáveis e bloqueio dos impulsos pediátricos.
nervosos. Atualmente um dos objetivos na Discussão: Nenhum outro registro foi
odontologia é sempre causar a menor documentado relacionado à utilização de
morbidade possível aos pacientes, com uma técnica anestésica similar para o
esse intuito a nova técnica para anestesia bloqueio sensitivo do nervo lingual. O
do nervo lingual surge como uma bloqueio restrito desse nervo está indicado
alternativa na realização dos quando se objetiva a realização de
procedimentos restritos as áreas inervadas procedimentos cirúrgicos em áreas
por esse nervo. Esse trabalho tem como relacionadas a sua inervação, como por
objetivo relatar um estudo a respeito de exemplo, para realização de biopsias, e é
uma nova técnica para bloqueio do nervo contra indicada em casos de infecção local
lingual, assim como, discutir indicações, na região a ser puncionada. Essa técnica
contra indicações, vantagens e possui como principal vantagem a menor
desvantagens da mesma. morbidade causada ao paciente, uma vez
Métodos: A técnica em questão se da por que nem dentes nem lábio ficarão
meio de uma agulha curta que deve ser anestesiados, e possui como desvantagem
introduzida a 45 graus à base óssea da sua execução em pacientes edentulos,
mandíbula, até tocar o osso, devido a perda dos principais pontos de
aproximadamente 3mm abaixo da crista referência, e também em pacientes
óssea lingual do terceiro molar inferior ou pediátricos, por ainda estarem em
distalmente ao segundo molar inferior. desenvolvimento anatômico da região.
Após um leve recuo injeta-se a solução Conclusão: A técnica descrita é bastante
anestésica. eficaz quando realizada corretamente,
sempre respeitando as referências

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APRESENTAÇÃO ORAL
CIRURGIA BUCAL

anatômicas, podendo esta, ser


tranquilamente executada em
procedimentos cirúrgicos relacionados ao
nervo lingual. Esta técnica pode ser
considerada de fácil execução, também
diminui a morbidade ao paciente, além de
se mostrar econômica.

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CIRURGIA DA ATM

1514

PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA


ARTROSCOPIA E DISCOPEXIA DA
ARTICULAÇÃO TEMPORAMANDIBULAR:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Ivan José Moreira Oliveira; Marcelo Marotta Araujo; Fábio Ricardo
Loureira Sato; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: A articulação como crepitação, artrite, dor, entre outros.


temporomandibular (ATM) consiste em Neste cenário, a cirurgia de
uma articulação sinovial que conecta a reposicionamento de disco articular da
mandíbula ao crânio bilateralmente, sendo ATM, denominada discopexia, mostra-se
responsável pelos movimentos um aliado no tratamento de tal disfunção.
mandibulares. Desarranjos Objetivos: Este trabalho tem por objetivo
internos são comuns, estimando-se que 12 a apresentação do protocolo de tratamento
a 87% da população possui ao menos um adotado no serviço de residência em
sinal de disfunção temporomandibular Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
(DTM). As cirurgias da ATM apresentam Facial do Hospital Policlin/Clínica Dr.
suas indicações específicas, como em casos Antenor Araujo para pacientes portadores
de sintomas severos de dor e disfunção de DTM já em fase cirúrgica e discutir a
causados por desarranjos intra-articulares, eficácia da artroscopia associada à
assim quando o tratamento clínico não discopexia da ATM por meio de um caso
apresenta resultados satisfatórios, os clínico.
procedimentos cirúrgicos minimamente
Resultados: A artroscopia e discopexia da
invasivos passam a ser indicados de forma
ATM realizada em pacientes já submetidos
escalonada. A artroscopia consiste em um
ao tratamento clínico sem sucesso,
procedimento minimamente invasivo, em
resultou no sucesso do tratamento a longo
que por meio de vídeo é realizada a
prazo e o retorno às caractérias normais da
lavagem da articulação e a observação dos
articulação.
tecidos intra-articulares no
compartimento superior da ATM. Os Conclusão: Dessa forma conclui-se que,
deslocamentos de disco articular são uma vez estando apto o cirurgião a realizar
consequência da função biomecânica tais procedimentos, estes se mostram
anormal entre o côndilo e o disco, que ótimas opções de tratamento quando bem
podem acontecer com ou sem redução indicados, recuperando as funções do
espontânea durante a abertura bucal. Esse aparelho estomatognático do paciente.
deslocamento pode resultar em sintomas

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

Referências: 1. Moreira R et al. Artroscopia da ATM in Atlas Colorido da Articulação


Temporomandibular/Roger Moreira. 1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2015. p.57-72. 2. López, RMG.
Patología de la ATM. Rev. Maxillaris, España. Año 16, n.173, p. 121-139, Febrero, 2014.

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CIRURGIA DA ATM

1603

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA
NUCLEAR MAGNÉTICA NO PLANEJAMENTO
EM CIRURGIAS DE ATM
Karla Arrigoni Gomes; Eduardo Stehling Urbano; João Paulo
Marinho de Resende

O presente estudo tem por objetivo pesquisa realizada e análise das imagens
verificar a relevância do exame realizado dos pacientes do HU/UFJF, constatou-se
por meio de Ressonância Nuclear que a ressonância nuclear magnética
Magnética para que se obtenha um representa, atualmente, a técnica mais
planejamento adequado e eficaz em casos eficaz para conclusões diagnósticas de
de cirurgias das articulações alterações das ATMs, uma vez que o
temporomandibulares (ATMs). Foi referido exame propicia excelentes
realizado por meio de revisão bibliográfica, imagens dos tecidos moles intra-
utilizando artigos e revistas científicas, articulares, o que a torna uma valiosa
disponíveis em sites como: PUBMED, técnica para avaliação da posição e da
Lilacs, Scielo e Google Acadêmico, além de morfologia do disco articular. Ademais, as
livros e análise de exames de imagens de imagens de ressonância podem ser obtidas
pacientes atendidos no serviço demonstrando a dinâmica da cinemática
ambulatorial do serviço de cirurgia funcional da articulação, o que fornece
maxilofacial do HU/UFJF. Atualmente, informações essenciais sobre seus
cerca de 15% da população apresenta componentes anatômicos durante seu
algum sinal ou sintoma de desordens funcionamento, permitindo, assim, a
temporomandibulares. Dentre as avaliação de diversas patologias.
alterações mais evidentes que Outrossim, é válido ressaltar que esse
comprometem as ATMs, destaca-se a exame não utiliza radiação ionizante, o que
disfunção interna, que pode caracterizar- é uma vantagem significativa. É de suma
se como uma relação anormal entre o disco importância o conhecimento da morfologia
articular, o côndilo e a fossa articular. As e fisiologia adequadas da articulação por
patologias intra-articulares são relatadas parte do profissional, para que assim o
como desarranjos internos, comumente mesmo possa reconhecer, através das
relacionados a: osteoartrite, artrite imagens, as alterações patológicas. Pode-
reumatóide, luxação crônica recidivante, se concluir, portanto, que a ressonância
anquilose, neoplasia, adesões nuclear magnética é de grande relevância
intracapsulares, perfuração do disco e para que o cirurgião identifique a patologia
doenças inflamatórias, as quais geram e realize o planejamento operatório
derrame articular. Sendo assim, mediante a adequado, uma vez que, para que se

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CIRURGIA DA ATM

obtenha sucesso no tratamento cirúrgico, é


primordial a relação adequada entre a
indicação do exame, o correto diagnóstico,
os sinais e sintomas do paciente e os
achados das imagens.

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CIRURGIA DA ATM

1614

EMINECTOMIA EM PACIENTES PORTADORES


DE LUXAÇÃO RECIDIVANTE:
ESTUDO DE CASOS
Laís Dantas Fernandes Leite; Rodrigo Andrade Lima; Carlos Vinicius
Ayres Moreira; Daniel Mauricio Meza Lasso; Arlei Cerqueira

Introdução: A luxação da articulação Importante salientar que, em oito casos,


temporomandibular (ATM) trata-se do indicou-se a eminectomia como primeira
deslocamento do côndilo anterior à opção de tratamento cirúrgico e, em outros
eminência articular na máxima abertura dois casos, esta técnica foi adotada como
bucal e permanece aprisionado em frente à segunda abordagem cirúrgica, após
eminência impedindo o retorno da posição tentativa inicial de resolução com
inicial. É uma condição dolorosa, aguda ou instalação de placas sobre a eminência
crônica, que causa limitação funcional articular, que culminou em dor crônica.
grave. A redução manual é o tratamento de Resultados: independente do acesso
escolha e deve ser realizado o mais rápido cirúrgico utilizado, todos os pacientes
possível. No entanto, quando a condição apresentaram boa cicatrização e cicatriz
passa a ter uma frequência e intensidade residual mínima. Não houve recorrência de
acentuadas, deve-se considerar o episódios de luxação, incluindo um caso
diagnóstico de luxação recidivante da unilateral e nos casos de retratamento. Os
ATM. Esta condição é relativamente pacientes demonstraram satisfação quanto
comum e deve ser tratada inicialmente com aos resultados obtidos, no entanto,
uso de métodos não invasivos, como anti- pacientes operados previamente
inflamatórios, miorrelaxantes e apresentaram dor orofacial persistente no
dispositivos interoclusais. Caso não haja pós-operatório.
sucesso, indica-se métodos cirúrgicos, com
Conclusão: a técnica de eminectomia é
a finalidade de aumentar ou eliminar a
um procedimento seguro e eficaz para o
eminência articular.
manejo da luxação mandibular recidivante.
Métodos: No presente trabalho foram Em casos de reoperação, a possibilidade de
revisados 10 casos de luxação recidivante persistência de dor orofacial deve ser
submetidos à eminectomia bilateral. considerada.
Referências: 1. Leite Segundo AV, Oliveira MTA, Nogueira EFC, Rameiro ACF. Tratamento da luxação
recidivante do côndilo mandibular: comparação entre duas técnicas cirúrgicas. Brazilian Journal of
Surgery and Clinical Research. 2014 jun; 7(3): 30-34. 2. Myrhaug H. A new method operation for
habitual dislocation of the mandible – Review of former methods of treatment. Acta Odontologica
Scandinavica. 1951; 9(3-4): 247-261. 3. Mayrink G, Olate S, Assis A, Syersut A, Moraes M. Recurrent
Mandibular Dislocation Treated by Eminectomy. The Journal of Craniofacial Surgery. 2012 sep. 23(5).
516-520.

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

1664

VISCOSSUPLEMENTAÇÃO ARTICULAR COM


ÁCIDO HIALURÔNICO EM PACIENTE
PORTADORA DE SÍNDROME DE SJÖGREN
Alessandra Kuhn Dall’Magro; Larissa Cunha Cé; Roberta Neuwald
Pauletti; Alexandre Basualdo; Eduardo Dall’Magro

Introdução: A disfunção uso de agulhas. Quando medidas


temporomandibular (DTM) é uma doença conservadores iniciais falham no manejo
vastamente pesquisada. Está da DTM, a artrocentese é um procedimento
frequentemente associada à dor crônica e eficiente com baixa morbidade. A redução
limitação da função articular, resultando da dor e disfunção é resultado da remoção
na diminuição da qualidade de vida do do acúmulo de mediadores químicos na
paciente. As DTMs incluem os articulação. O objetivo deste trabalho é
deslocamentos de disco e as desordens apresentar os benefícios da
degenerativas e/ou inflamatórias, bem viscossuplementação articular com ácido
como as mialgias e as tendinites. Devido à hialurônico (AH) adjuvante a artrocentese
sua etiologia complexa, diferentes formas em uma paciente portadora de Síndrome de
de tratamento já foram estudadas no Sjögren.
intuito de melhorar os sintomas clínicos e Métodos: paciente portadora de
restabelecer a função dos pacientes Síndrome de Sjögren com degeneração
afetados. Os tratamentos conservadores articular, dor intensa, trismo e limitação de
incluem repouso, uso de antiinflamatórios abertura bucal. Realizou-se artrocentese
não-esteroidais e corticosteroides, bilateral seguida de aplicação de AH.
injeções de toxina botulínica, placas
Resultados: A injeção de AH após a
miorrelaxantes e fisioterapia. Os
artrocentese da ATM, vem sendo proposta
tratamentos em desarranjos internos da
devido a sua efetividade na estabilização
articulação temporomandibular (ATM)
articular, nutrição do espaço articular e
variam de intervenções cirúrgicas como
restauração da lubrificação normal. No
reposicionamento de disco, discectomia e
caso apresentado, houve melhora
condilotomia modificada a tratamentos
significativa da sintomatologia dolorosa e
minimamente invasivos como a
da abertura bucal o que contribuiu para o
lise/lavagem por artrocentese e
restabelecimento da função mastigatória.
artroscopia. A artrocentese é descrita pela
literatura como um método minimamente Discussão: Injeções intra-articulares de
invasivo para o manejo do travamento de AH são comumente utilizadas para o
boca fechada (closed-lock) através de tratamento de doenças ortopédicas. Esse
lavagem do espaço articular superior com o material de alto peso molecular, viscoso,

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CIRURGIA DA ATM

auxilia na lubrificação articular e proteção


cartilaginosa nos desarranjos internos da
ATM.
Conclusão: A viscossuplementação
articular com AH associado a artrocentese
tem se mostrado mais efetiva do que o uso
de placas oclusais, em relação a melhora do
quadro de dor e abertura máxima de boca.

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CIRURGIA DA ATM

1811

ESTUDO ANGIOTOMOGRÁFICO APLICADO


AO ACESSO ENDAURAL MODIFICADO
Thainá Angela da Silva Mendes; Carlos Eduardo Assis Dutra;
Leandro Napier de Souza; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima;
Sergio Monteiro Lima Junior

A busca pelo melhor acesso cirúrgico para A incisão da pele foi realizada posterior ao
o tratamento das afecções da articulação tragus, a cartilagem dissecada e os
têmporomandibular (ATM) ainda é principais planos fasciais divididos até o
sinônimo de controvérsias. Os acessos periósteo do arco zigomático e côndilo. A
cirúrgicos para a articulação dissecação foi realizada entre a cartilagem
têmporomandibular são realizados por do tragus e a artéria temporal superficial. O
meio de incisões anteriores ou posteriores acesso permite retração de todos os planos
ao tragus. Independentemente do local da fasciais para anterior, expondo toda a
incisão, o objetivo desses acessos é dissecar cavidade glenóide e eminência articular
os planos teciduais entre o nervo facial e as anterior. Nenhum dos pacientes tratados
artérias temporais. O objetivo desse estudo por essa técnica apresentou paralisia dos
é apresentar uma sequência de acessos ramos do nervo facial no pós-operatório
endaurais realizados posteriormente a imediato. A cicatriz fica posterior ao
artéria temporal superficial e a cartilagem tragus, não sendo visível em vista frontal
do tragus. 20 pacientes com indicação de ou lateral. O acesso endaural é seguro e
plicatura de disco articular foram permite proteção do nervo facial quando
submetidos a angiotomografia realizado entre a cartilagem do tragus e a
arteriovenosa de cabeça e pescoço e a artéria temporal superficial.
anatomia da artéria temporal superficial e
temporal transversa pode ser estudada.

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CIRURGIA DA ATM

1867

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ANQUILOSE


TEMPOROMANDIBULAR ASSOCIADO AO
MÉTODO DE INTERPOSIÇÃO DE PEDÍCULO
DO COXIM ADIPOSO BUCAL:
RELATO DE CASO
Daniel Amaral Alves Marliere; Caio Bellini Lovisi; Daniel Falheiro Silva;
Henrique Duque de Miranda Chaves Netto; Ramiro Beato Souza

Introdução: A anquilose é caracterizada paciente apresentou bons resultados


pelo processo de substituição dos tecidos funcionais (abertura bucal de 33 mm),
articulares por tecido ósseo ou fibro-ósseo. ausência de complicações e bom aspecto de
Um dos tratamentos cirúrgicos da cicatrização de sítio cirúrgico extra-oral.
anquilose temporomandibular consiste de Conclusão: O tratamento cirúrgico
ressecção do bloco anquilótico (com ou proposto mostrou-se eficaz ao longo do
sem interposição de materiais aloplásticos, tempo de proservação em pós-operatório,
tecidos autógenos locais ou a distância) e e, além disso, os resultados clínicos
fisioterapia pós-operatória agressiva. É demonstram que o uso do pedículo de
viável a utilização de pedículo do coxim tecido adiposo pode ser eficiente para
adiposo bucal para interposição na região prevenir possível recorrência
para prevenir a reanquilose após excisão. (reanquilose), pois a interposição de tecido
Objetivo: Propõe-se apresentar um caso oblitera espaço morto, e,
de tratamento cirúrgico de anquilose consequentemente, minimiza a formação
temporomandibular unilateral em paciente de hematoma, extensa fibrose tecidual e
pediátrico. osso heterotópico. Apesar da variedade das
Materiais e Métodos: Descrição da aplicações de tecido adiposo como
técnica de ressecção em bloco da estrutura pedículo para reconstrução de diversos
anquilosada (aliado a coronoidectomia defeitos em região bucal e maxilofacial,
ipsilateral), sendo associada à interposição ainda, existem questionamentos dos
de enxerto autógeno de gordura pediculado benefícios e da evolução em longo prazo da
proveniente de coxim adiposo bucal. transposição do tecido gorduroso na região
da articulação temporomandibular.
Resultados: Após um ano de fisioterapia
mandibular ativa, observou-se que o
1902

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CIRURGIA DA ATM

ANÁLISE DA FISSURA PETROTIMPÂNICA EM


PACIENTES COM ZUMBIDO:
CARACTERIZAÇÃO POR TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Samuel de Souza Moraes; Helio Kiitiro Yamashita; Ektor Tsuneo Onishi

Introdução: Zumbido é definido como a Resultados: Este estudo avaliou a FPT


percepção de som na ausência de fonte através de TC, em 36 articulações
sonora externa, é um sintoma subjetivo temporomandibulares (ATMs) onde dois
referido diretamente pelo paciente. O radiologistas analisaram as imagens,
ouvido médio e o sistema estomatognático categorizando as FPT. Houve
estão intimamente relacionados através da predominância do gênero feminino (2,6:1)
ATM. Nosso objetivo é caracterizar a e média de idade 59,3 anos. Quanto ao tipo
fissura petrotimpânica (FPT) nos pacientes de FPT encontramos 50% tipo I, 22,22% e
portadores de zumbido. 27,78% tipos II e III respectivamente.
Método: Avalição de tomografias Conclusão: O tipo de FPT mais frequente
computadorizadas (TC) do osso temporal, em pacientes com zumbido foi o tipo I.
com ênfase na FPT (reconstruções Assim, as estruturas anatômicas que
multiplanares). conectam a orelha média e a ATM devem
DISCUSSÃO: O zumbido afeta cerca de 10 a ser objeto de análise nos exames de
15% da população geral, e mais de 50% imagem nos pacientes com DTM em
deles apesentam sintomas da Disfunção associação com sintomas otológicos,
Temporomandibular (DTM). O ampliando o conhecimento, tornando mais
conhecimento da anatomia da (FPT) eficaz o diagnóstico e tratamento destes
associada com correta interpretação da TC pacientes.
poderá auxiliar no diagnóstico do zumbido
bem como da DTM.
Referências: Sato, I, et. al. Classifications of tunnel-like structure of human petrotympanic fissure by
cone beam CT. Sure Radiol Anat 2008;30:323-6.

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

1924

TRATAMENTO DA HIPOMOBILIDADE
MANDIBULAR: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-
MAXILO-FACIAL DA UFRN
Danielle Clarisse Barbosa Costa; Haroldo Abuana Osório Júnior;
José Sandro Pereira da Silva; Petrus Pereira Gomes; Adriano Rocha
Germano

A hipomobilidade mandibular, ou restrição coronóide com o arco zigomático


de abertura total da boca, pode ser bilateralmente e interferência mecânica do
resultado de diversas causas, tanto intra- coronóide com a porção posterior do corpo
articulares quanto extra-articulares. do zigoma durante a abertura bucal. Diante
Dentre esses fatores etiológicos, deve-se da dificuldade encontrada para o acesso
destacar a hiperplasia do processo intra-bucal, foi optado pela abordagem
coronóide e a anquilose da articulação extra-oral para a remoção total do processo
temporomandibular diante da necessidade coronóide por meio de osteotomia do arco
de abordagem cirúrgica, da complexidade zigomático para coronoidectomia. O
do tratamento e da alta taxa de recorrência. segundo paciente, com 13 anos de idade,
Independente da condição, há apresentava severa redução de abertura
interferência nas atividades cotidianas, bucal associada a deformidade dentofacial
como mastigação, fala e higiene oral, e o padrão II e desvio mandibular para o lado
tratamento deve ser realizado de forma esquerdo; e na tomografia
precoce e associada à fisioterapia computadorizada anquilose em ATM
prolongada. Diante disso, o objetivo do direita. Para o caso em questão realizou-se
trabalho será relatar dois casos clínicos o protocolo de Kaban e col. (1990). Quatro
operados no Serviço de Cirurgia e anos depois, aos 17 anos, houve recidiva da
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da anquilose associada a degeneração
UFRN com hipomolidade mandibular, um articular em ATM esquerda. Diante da
decorrente de hiperplasia de coronóide e o recidiva, da ausência de potencial de
outro de anquilose da articulação crescimento e do grau de deformidade
temporomandibular. No primeiro paciente, dentofacial do paciente, optou-se pela
com 15 anos de idade, observou-se realização de próteses de ATM bilaterais
abertura bucal de 15mm associada a dor e customizadas confeccionadas por meio do
crepitação na região de arco zigomático e protocolo em dois estágios. Atualmente
corpo do zigoma; e no exame tomográfico ambos os pacientes evoluem sem queixas
verificou-se íntima relação do processo após três anos de acompanhamento da

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34
APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

última intervenção, com abertura bucal


satisfatória após o tratamento e
manutenção dos resultados ao longo do
tempo. A indicação individualizada do
procedimento cirúrgico associado ao
acompanhamento contiguo e a longo prazo
garantem o sucesso do tratamento e a
possibilidade de intervenção precoce em
caso de complicações.

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CIRURGIA DA ATM

1974

TRATAMENTO DE HIPERPLASIA DE CÔNDILO


MANDIBULAR ATRAVÉS DE CONDILECTOMIA
ALTA REALIZADA POR MEIO DE
PIEZOELETRIC: RELATO DE CASO
Murilo Quintão dos Santos; Anderson Maikon de Souza Santos; Sirius
Dan Inaoka; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique
Barbosa Luna

Introdução: A Hiperplasia dos côndilos superior do côndilo direito com o


mandibulares é um distúrbio de origem piezoeléctrico. A paciente evolui sem
idiopática em que ocorre o aumento queixas álgicas, movimentos mandibulares
patológico do côndilo mandibular, e abertura bucal normais, cursando com
resultando em assimetria facial e má leve déficit funcional do ramo temporal do
oclusão. Este trabalho tem por objetivo nervo facial (Grau II de House &
relatar um procedimento cirúrgico de Brackmann).
condilectomia alta em um caso de Discussão: É importante identificar a
hiperplasia condilar direita. atividade de crescimento condilar, bem
Relato de caso: A paciente procurou o como diferenciar a hiperplasia condilar de
serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da outras lesões que levam a excesso de
UFPB com queixas estéticas de assimetria crescimento mandibular. A cirurgia
facial e álgicas nas articulações têmporo ortognática pode ser realizada em um
mandibulares. A paciente apresentava mesmo momento ou após a remodelação
desvio de linha média mandibular para condilar.
esquerda e desnivelamento do plano Conclusão: As hiperplasias condilares
oclusal. Ao exame intrabucal foi observado causam assimetrias faciais gerando
desvio de linha média para o lado esquerdo transtornos ao paciente. A condilectomia
com ausência de mordida aberta. Foi alta está indicada quando há atividade de
solicitado o exame de cintilografia óssea crescimento condilar, interrompendo o
para detecção de atividade de crescimento processo e proporcionando condições para
dos côndilos mandibulares, onde foi a correção da deformidade residual.
confirmada atividade de crescimento em
côndilo direito. O procedimento foi
realizado por acesso pré-auricular com
componente endaural, com auxílio de
localizador de nervo. Em seguida foi
realizada a remoção de 5mm do polo

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

2019

RECONSTRUÇÃO CONDILAR COM ENXERTO


ESTERNOCLAVICULAR EM CASOS DE
ANQUILOSE TEMPOROMANDIBULAR
Caroline Rosa da Rocha; Marcio Martins da Silva; Gustavo Gafrée
Braz; Viviane Bento Cupello Bergan; Roberto Santos

Introdução: A anquilose remoção do bloco anquilótico,


temporomandibular é caracterizada pela coronoidectomia e instalação de uma
incapacidade do paciente de abertura de prótese confeccionada com resina acrílica.
boca pela fusão dos ossos temporal e Após 6 meses, o segundo tempo cirúrgico
mandíbula, resultando em maloclusão, foi realizado com a colocação do enxerto
assimetria/deformidade facial e problemas esternoclavicular. As crianças foram
dentários. A única opção de tratamento acompanhadas no ambulatório da clinica
para a anquilose temporomandibular é a de bucomaxilo facial e fonoaudiologia do
cirurgia com ou sem reconstrução condilar. Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Dentre as opções mais discutidas de Resultados: Ambos os pacientes
enxerto autógeno para a reconstrução apresentaram melhoras signicaticativas na
condilar após a remoção do bloco abertura de boca (maior que 30mm),
anquilótico temos o costocondral (ECC) o possibilitando a higienização, alimentação
esternoclavicular (EEC). O EEC oferece e fala, além da ótima adaptação dos
vantagens significantes por ser enxertos sem ocorrência de complicações.
morfologicamente e histologicamente
Discussão: Alguns artigos mostram
similar ao côndilo. O objetivo deste
incidência de parestesia em
trabalho foi reportar as vantagens do
aproximadamente 1% dos individuos
enxerto esternoclavicular e os resultados
tratados com EEC porém, em nenhum dos
após a cirurgia realizada em duas crianças
casos reportados no presente estudo
que desenvolveram anquilose pós
desenvolveram tal complicação. Outra
traumática.
complicação que não existiu e que se faz
Métodos: Duas crianças (9 e 11 anos de presente em estudos foi a fratura clavicular
idade) com história prévia de trauma em galho verde no primeiro mês após a
envolvendo a articulação cirurgia, conferindo aproximadamente 1%
temporomandibular foram submetidas ao dos casos.
procedimento de enxerto esternoclavicular
Conclusão: A maioria dos relatos na
por terem desenvolvido anquilose
literatura concordam que a melhor opção
temporomandibular. O tratamento foi
de enxerto autogeno é o EEC pela sua
realizado em 2 tempos cirúrgicos. O
morfologia e histologia semelhante ao
primeiro tempo cirúrgico consistiu na

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

côndilo. Tal fato se faz importante,


pricipalmente, em casos de anquilose
unilateral em crianças, evitando assim a
deformidade facial pelo não
acompanhamento do crescimento do
enxerto com o lado não anquilosado. Os
resultados pós operatórios do presente
estudo foram satisfatórios, apresentando
melhoras signicaticativas na abertura de
boca e qualidade de vida.

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CIRURGIA DA ATM

2053

ARTRITE REUMATOIDE JUVENIL:


DO DIAGNÓSTICO, PLANEJAMENTO AO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Matheus Spinella de Almeida; Arthur Berny Castellano; Jonathas
Daniel Paggi Claus; Murillo Chiarelli; José Nazareno Gil

A artrite reumatoide é a doença autoimune Atualmente o tratamento mais previsível


inflamatória sistêmica que mais acomete a em pacientes diagnosticados com artrite
articulação temporomandibular (ATM). reumatoide juvenil consiste na
Geralmente, causa progressiva reabsorção reconstrução da ATM com próteses,
das estruturas articulares, resultando em associado com cirurgia ortognática. O
retrognatismo mandibular, perda de objetivo deste trabalho é apresentar um
dimensão vertical do ramo mandibular, caso clínico de artrite reumatoide em uma
plano oclusal alto, oclusão classe II, paciente de 18 anos tratada com prótese
mordida aberta anterior e desarranjos customizada de ATM bilateral, cirurgia
articulares (dor, crepitação e estalos) com ortognática bimaxilar com rotação no
limitação de função. Entre as opções de sentido anti-horário do plano oclusal e
tratamento estão o uso de enxertos mentoplastia. Serão abordados os aspectos
autógenos com fáscia do músculo temporal envolvidos no diagnóstico clínico e de
e a osteotomia vertical do ramo com imagens, as características da doença, bem
deslizamento. Entretanto, por se tratar de como todo planejamento cirúrgico para
uma doença autoimune, o sucesso e a obtenção de resultados previsíveis visando
estabilidade dessas cirurgias são reestabelecer a oclusão, respiração e
questionáveis a longo prazo. estética.

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CIRURGIA DA ATM

2086

ARTRITE SÉPTICA DA ATM:


UMA ENTIDADE RARA OU
SUBDIAGNOSTICADA?
Natália Pieretti Bueno; Ronaldo Rodrigues de Freitas; Fernando
Alves Maciel; Manuela Monteiro Pinotti; Alan Motta do Canto

Introdução: A artrite séptica é uma tratamento cirúrgico/medicamentoso


infecção que pode acometer uma ou mais foram analisados.
articulações do corpo e exige diagnóstico e Resultados: Foram analisados os casos de
tratamento precoces, de modo a evitar a 7 pacientes diagnosticados com artrite
perda de função das mesmas. A artrite séptica da ATM, sendo 5 do gênero
séptica da articulação temporomandibular masculino e 2 do gênero feminino. Destes,
(ATM) é uma entidade pouco relatada na 4 (57,1%) foram de origem odontogênica e
literatura, com diversas complicações os demais tiveram como etiologia uma
possíveis. A disseminação dos tonsilite, fratura de mandíbula infectada e
microrganismos até a ATM pode ocorrer otite maligna respectivamente.
por 3 vias potenciais: hematogênica,
Discussão: A falha no diagnóstico inicial
inoculação contígua e inoculação direta e
da artrite séptica da ATM pode resultar em
as complicações relatadas incluem
osteomielite, anquilose e abscesso cerebral
osteomielite, anquilose, alterações de
por contiguidade. A fisiopatologia da
crescimento e abscesso cerebral. O objetivo
destruição articular é bastante
do presente estudo é apresentar uma breve
compreendida na literatura, onde já foi
revisão de literatura e a experiência dos
demonstrado que alterações irreversíveis
autores com a artrite séptica da ATM no
ocorrem em 7 dias nos seres humanos.
serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da
Portanto, a duração dos sintomas antes do
Santa Casa de São Paulo.
tratamento é o fator prognóstico mais
Métodos: Os pacientes diagnosticados importante.
com artrite séptica da ATM no serviço de
Conclusões: A artrite séptica da ATM,
Cirurgia Bucomaxilofacial do
independentemente de sua via de
Departamento de Cirurgia da Santa Casa de
inoculação, quando subdiagnosticada pode
São Paulo foram incluídos neste estudo.
evoluir para osteomielite e anquilose
Dados como idade, gênero, etiologia,
óssea. O diagnóstico precoce e tratamento
comorbidades, diagnóstico por imagem e
adequado são, portanto, essenciais para
um bom resultado.
Referências: 1. Cai X, Yang C, Zhang Z: Septic arthritis of the temporomandibular joint: A
retrospective review of 40 cases. J Oral Maxillofac Surg 68:731, 2010; 2. Gams K, Freeman P:
Temporomandibular joint septic arthritis and mandibular osteomyelitis arising from an odontogenic
infection: A case report and review of the literature. J Oral Maxillofac Surg 74:754, 2016.

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CIRURGIA DA ATM

2129

ABORDAGENS CIRÚRGICAS PARA


TRATAMENTO DA ANQUILOSE DA
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
SÉRIE DE CASOS
Bruno Bezerra de Souza; Luis Ferreira de Almeida Neto; Adriano
Rocha Germano; José Sandro Pereira da Silva; Victor Diniz
Borborema dos Santos

Introdução: Uma anquilose pode ser Dos 8 pacientes analisados, 5 eram


definida como sendo a fusão das pediátricos e 3 adultos, o tratamento
superfícies articulares, seja por tecido proposto variou desde artroplastia em gap
ósseo ou fibroso, sendo a anquilose da com enxerto de gordura abdominal ou
articulação têmporo-mandibular (ATM) bucal, enxerto costocondral e
uma condição que pode causar problemas deslizamento posterior do ramo
na mastigação, digestão, fala, aparência e mandibular.
higiene, podendo levar também a Resultados: Dois pacientes peridátricos
problemas psicológicos. As causas mais tratados com enxerto costocondral
comuns para a ocorrência dessa fusão evoluíram com reanquilose da ATM em até
óssea incluem trauma, condições 2 anos pós-operatório, sendo necessário
inflamatórias sistêmicas e locais, mais dois procedimentos cirúrgicos,
neoplasias e infecções na região da ATM. O incluindo prótese de ATM.
objetivo deste trabalho é discutir e relatar
Conclusão: Paciente pediátricos
modalidades de tratamento da anquilose
apresentam maior estabilidade na abertura
da articulação temporomandibular (ATM)
bucal que paciente adultos após
através de uma série de casos operados no
artroplastia em gap. A artroplastia em gap
programa de residência da UFRN.
parece ser a melhor opção reduzindo a
Métodos: Estudo descritivo de série de possibilidade de reanquilose da articulação
casos de anquilose da ATM operados pela em comparação ao enxerto costocondral
residência de Cirurgia e Traumatologia em paciente pediátricos e a prótese de ATM
Buco-Maxilo-Facial da UFRN. parece ser a melhor opção à longo prazo.

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CIRURGIA DA ATM

2176

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA MANDIBULAR


EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM ANQUILOSE
DE ATM
Tuanny Carvalho de Lima do Nascimento; Cassia Biron; Maurício
Romanowski; Guilherme Strujak; Joao Luiz Carlini

A correção de deformidades faciais devido Paciente segue em acompanhamento pós


anquilose da articulação operatório há dois, demostrando melhora
temporomandibular (ATM) continua a ser da abertura bucal e altura facial posterior e
um problema desafiador em cirurgia oral e projeção ântero-posterior da mandíbula.
maxilo-facial. Várias técnicas para tratar Este relato de caso, dentro do tempo de
deste problema têm sido descritos na acompanhamento atual, demonstra o
literatura, mas sem resultados sucesso da técnica. A paciente segue em
uniformemente bem sucedidos. Este acompanhamento para controle de seu
trabalho relata o caso clínico de uma crescimento e a melhoria da abertura
paciente pediátrica com anquilose de ATM bucal. A necessidade de outras
bilateral, esta paciente havia sido intervenções, bem como a idade ideal para
submetida a cirurgia de enxerto a instalação de aparelho ortodôntico e a
costocondral, porém sem sucesso. Então probabilidade de cirurgia ortognática
foi proposta a instalação de distratores também devem ser levadas em
osteogênicos mandibulares para aumentar consideração.
a altura facial posterior, para aumento dos
tecidos moles e para facilitar a fisioterapia
após a liberação da anquilose.

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CIRURGIA DA ATM

2337

ARTROPLASTIA EM “GAP” COM ENXERTO


INTERPOSICIONAL ASSOCIADO À
CORONOIDECTOMIA COMO TRATAMENTO
CIRÚRGICO PARA ANQUILOSE
TEMPOROMANDINULAR UNILATERAL:
RELATO DE CASO
Thiago Vinícius Rodrigues Reis; Delson João da Costa; Rafaela
Scariot de Moraes; Nelson Luis Barbosa Rebellato; Leandro Eduardo
Kluppel

A anquilose da articulação O presente relato de caso tem como


temporomandibular é uma desordem que objetivo demonstrar o caso clínico de uma
está relacionada a uma adesão fibrosa ou paciente do gênero feminino, 16 anos de
fusão óssea entre os componentes idade, que foi vítima de queda ciclística
anatômicos da articulação, como o côndilo, com consequente trauma de mento e
disco articular, fossa glenóide e eminência avulsão dos incisivos superiores aos 10
articular. Tem como fator etiológico anos de idade. O tratamento efetuado foi a
principal o trauma. Esta condição promove artroplastia interposicional com utilização
uma restrição dos movimentos de tecido adiposo abdominal como
mandibulares. A finalidade do tratamento material de interposição associado à
é estabelecer os movimentos articulares, coronoidectomia direita. Sete meses após a
restaurar a aparência, prevenir a recidiva e cirurgia, a paciente apresentou abertura
alcançar a oclusão desejada. Muitas das interincisal máxima de 38 mm e ausência
técnicas descritas como tratamento de sinais de recidiva. O trabalho
apresentam resultados pouco satisfatórios. fisioterápico no pós-operatório teve
A artroplastia em “gap” com enxerto grande importância no ganho e
interposicional é considerada uma opção manutenção de medidas de abertura bucal
terapêutica aceitável como tratamento da paciente.
cirúrgico. Entre os principais materiais
interposicionais utilizados destacam-se o
disco da ATM, músculo temporal, fáscia
temporal, pele, cartilagem auricular, tecido
adiposo, materiais aloplásticos e enxertos
xenógenos.

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CIRURGIA DA ATM

2378

ARTROPLASTIA DE ANQUILOSE BILATERAL DE


ATM COM RETALHO INTERPOSICIONAL DA
FÁSCIA DO MÚSCULO TEMPORAL:
RELATO DE CASO
Weckeslley Leonardo de Assis Ximenes; Janayna Gomes Paiva-
Oliveira; Matheus Augusto dos Santos; Cauê Monteiro dos Santos;
Alana Oswaldina Gavioli Meira

Introdução: A anquilose da ATM pode ser prototipagem (Instituto Renato Archer -


definida como a fusão das superfícies Campinas/SP) para diagnóstico e
articulares do côndilo-disco e cavidade planejamento cirúrgico. A paciente
glenóide do osso temporal, causando apresentava 5 mm de distância interincisal
principalmente limitação de abertura bucal na admissão pré-operatória.
e, por conseguinte: dificuldades na Resultados: No transoperatório, após
mastigação, fonação, higiene e aparência. artroplastia e coronoidectomia bilateral foi
Fatores ligados a etiologia, tais como: obtida uma abertura bucal de 34 mm,
trauma, infecção, condições inflamatórias evoluindo no pós-operatório com
locais e sistêmicas, neoplasias e a idade fisioterapia intensa (4 vezes por semana,
modificam o comportamento dessa desde o 4º dia de pós-operatório) tendo a
patologia e a previsibilidade dos manutenção de 24 mm de abertura bucal
resultados. São classificadas de acordo com após 45 dias do procedimento cirúrgico e
local, tipo de tecido envolvido e a extensão que se mantém até o presente momento,
dessa fusão. apresentando melhora significativa dos
Métodos: Descrever um caso clínico de movimentos excursivos da mandíbula
anquilose bilateral de ATM extra-articular, depois de 60 dias de pós-operatório.
fibro-óssea e com fusão incompleta, sendo Discussão: Vários métodos de tratamento
tipo II de Sawhney (fusão óssea, pólo para esta patologia têm sido citados na
condilar medial livre), por meio de literatura dentre eles estão a artroplastia
Artroplastia Interposicional com retalho simples, a artroplastia com interposição de
da fáscia do músculo temporal, em material (autógeno ou alógeno) e a
paciente de 26 anos, gênero feminino, reconstrução articular com próteses
vítima de acidente ciclístico há 3 anos, articulares ou material autógeno, levando-
apresentando como origem da anquilose se em conta o grau de comprometimento
provável fratura bilateral de côndilo com das estruturas articulares, o tipo de
rotação para medial, como pode ser anquilose e a idade do paciente, mesmo
constatado nos cortes tomográficos e assim não havendo um consenso entre os

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44
APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

autores, e apresentando taxas altas de


recidivas.
Conclusão: A reconstrução da ATM com
retalho da fáscia muscular do temporal
bilateral após osteoplastia dos côndilos
mandibulares e coronoidectomia bilateral
se mostrou eficaz com relação à máxima
abertura bucal, amplitude dos movimentos
excursivos da mandíbula e ausência de
mordida aberta anterior.

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

2379

ARTROPLASTIA DE ANQUILOSE BILATERAL DE


ATM COM RETALHO INTERPOSICIONAL DA
FÁSCIA DO MÚSCULO TEMPORAL:
RELATO DE CASO
Weckeslley Leonardo de Assis Ximenes; Janayna Gomes Paiva-
Oliveira; José Carlos Garcia Mendonça; Matheus Augusto dos
Santos; Cauê Monteiro dos Santos

Introdução: A anquilose da ATM pode ser reconstrução 3D tomográfica e modelo


definida como a fusão das superfícies estereolitogrado (prototipagem pelo
articulares do côndilo-disco e cavidade Instituto Renato Archer) para diagnóstico e
glenóide do osso temporal, causando planejamento cirúrgico. Apresentando 5
principalmente limitação de abertura bucal mm de distância interincisal na admissão
e, por conseguinte: dificuldades na pré-operatória.
mastigação, fonação, higiene e aparência. Resultados: No transoperatório, após
Fatores ligados a etiologia, tais como: artroplastia e coronoidectomia bilateral foi
trauma, infecção, condições inflamatórias obtida uma abertura de 34 mm, evoluindo
locais e sistêmicas, neoplasias e a idade no pós-operatório com fisioterapia intensa
modificam o comportamento dessa (4 vezes por semana, desde o 4º dia de pós-
patologia e a previsibilidade dos operatório) tendo a manutenção de 24 mm
resultados. São classificadas de acordo com de abertura bucal após 45 dias do
local, tipo de tecido envolvido e a extensão procedimento cirúrgico e se mantém até o
dessa fusão. presente momento, apresentando melhora
Métodos: Descrever um caso clínico de significativa dos movimentos excursivos da
anquilose bilateral de ATM extra-articular, mandíbula depois de 60 dias de pós-
fibro-óssea e com fusão incompleta, sendo operatório.
tipo II de Sawhney (presença de fusão Discussão: Vários métodos de tratamento
óssea, porém com o pólo condilar medial para esta patologia têm sido citados na
não fusionado), por meio de Artroplastia literatura dentre eles estão a artroplastia
Interposicional com retalho da fáscia do simples, a artroplastia com interposição de
músculo temporal, em paciente de 26 anos, material (autógeno ou alógeno) e a
gênero feminino, vítima de acidente reconstrução articular com próteses
ciclístico há 3 anos, apresentando como articulares ou material autógeno, sempre
origem da anquilose provável fratura se levando em conta o grau de
bilateral de côndilo com rotação para comprometimento das estruturas
medial, como pode ser constatado na articulares, o tipo de anquilose e a idade do

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

paciente, mesmo assim não havendo


consenso entre os autores, e as taxas de
recidivas mantendo-se altas.
Conclusão: A reconstrução da articulação
com material autógeno ou alógeno para o
tratamento da anquilose da ATM se
mostrou eficaz em relação à máxima
abertura bucal e função da articulação,
recidiva e função articular.

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APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

2410

UTILIZAÇÃO DE PROTESE DA ATM


PERSONALIZADA APÓS RESSECÇÃO DE
MANDIBULA
Bento Stang

A articulação têmporo-mandibular é um convencionais pois restabelecem


dos componentes do sistema anatomicamente e funcionamente a
estomatognático mais complexos. Por mandíbula mantendo a estética facial do
apresentar múltiplas funcões e ser paciente. Além disso, a utilização dos
constituída anatomicamente por diversos protótipos para confecção das próteses
componentes estruturais, representa um permitem a visualização e planejamento
grande desafio cirúrgico no processo de prévios do procedimento cirúrgico e
reabilitação. Os tratamentos resectivos por reduzem o tempo cirúrgico. A
sua vez, deformam e muitas vezes personalização da prótese de forma
impossibilitam o retorno a função. A individualizada permite restabelecer toda a
utilização de próteses personalizadas tem anatomia mandibular através da criação de
sido a primeira escolha nos processos um espelho do lado oposto não afetado.
resectivos pois, permitem um retorno Com a utilização dos protótipos para o
imediato á função e restabelecem planejamento cirúrgico da resecção e
anatomicamente a forma mandibular posterior confecção da prótese o cirurgião
anterior. O objetivo desse trabalho é e paciente conseguem antecipar e
apresentar o caso clínico de reabilitação da visualizar o procedimento cirúrgico
ATM com próteses perzonalizadas em um prevenindo assim possíveis complicações e
paciente que foi submetido a resseção minimizando os riscos ao paciente. Apesar
parcial de mandíbula para o tratamento de de ainda ter um custo elevado essas
processo patológico. Paciente de 19 anos próteses são superiores as outras formas de
procurou o serviço de Cirurgia e tratamento pois reduzem muito a
Traumatologia Bucomaxilofacial, com morbidade pós cirúrgica.
queixa de dor e tumefação em face direita.
No exame clínico e exames de imagem foi
diagnosticado processo patológico
extenso. Após o diagnóstico definitivo foi
planejado tratamento cirúrgico resectivo
envolvendo o côndilo mandibular direito e
reconstrução imediata da ATM com
prótese personalizada. A utilização das
próteses personalizadas são superiores as

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48
APRESENTAÇÃO ORAL

CIRURGIA DA ATM

2413

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE TUMOR


CONDILAR: RELATO DE CASO
Maykel Sullyvan Marinho de Souza; Camila Lopes Rocha; Alexandre
Maranhão Menezes Neto; Fabrício de Lamare Ramos; Eduardo
Costa Studart Soares

Osteocondroma é um neoplasia benigna Exame de imagem evidenciou massa


que, embora incomum na região hiperdensa de contornos bem definidos em
craniofacial, quando a acomete é mais côndilo direito. Propôs-se como
prevalente no processo coronóide e no tratamento uma condilectomia baixa sem
côndilo. Tais lesões podem levar a reconstrução através de um acesso pré-
disfunções temporomandibulares, auricular modificado. Atualmente, o
assimetria facial e má-oclusão. As paciente encontra-se com 09 meses de
modalidades de tratamento incluem acompanhamento pós-operatório, sem
condilectomia, ligadura discal, cirurgia queixas álgicas, sinais de recorrência e com
ortognática e reconstrução total da ATM. O preservação adequada da função e estética.
objetivo deste trabalho é relatar o caso de Em situações onde seja difícil conseguir
um paciente de 32 anos de idade que uma prótese articular, o protocolo de
procurou atendimento queixando-se de tratamento escolhido é uma alternativa
"rosto torto". O exame clínico revelou viável e que traz resultados satisfatórios,
assimetria facial considerável, especialmente por proporcionar o controle
caracterizada por crescimento vertical imediato da doença.
acentuado do lado direito da mandíbula
associada a mordida aberta posterior
ipsilateral.

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49
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1468

CIRURGIA ORTOGNÁTICA DE BENEFÍCIO


ANTECIPADO UTILIZANDO MINI PLACAS
CUSTOMIZADAS: SOBREPOSIÇÃO DO
PLANEJAMENTO VIRTUAL COM A
TOMOGRAFIA PÓS OPERATÓRIA DE MAXILA
Douglas Voss; José Thiers Carneiro Júnior; Graziane Olímpio Pereira

Introdução: Com a cirurgia ortognática Relato de caso: Paciente A. L. C, 35 anos,


de benefício antecipado conseguimos padrão esquelético de classe III, com
corrigir as assimetrias e relações entre os assimetria severa de face. Foi planejado
arcos dentários do paciente sem a avanço de 3mm de maxila com correção do
necessidade de um tratamento ortodôntico cant, recuo de 7 mm de mandíbula e
prévio a cirurgia, podendo este ser iniciado mentoplastia. A cirurgia foi realizada com
5 dias após a cirurgia, aproveitando o efeito sucesso e o tratamento ortodôntico
acelerador da movimentação dentária iniciado 5 dias após. Para análise da
devido à grande atividade osteoclástica e precisão das miniplacas customizadas e do
enzimas do colágeno tipo III. Um complexo planejamento virtual, foi realizado análise
e bem executado plano de tratamento com da sobreposição da imagem do
planejamento virtual e interação cirurgião, planejamento virtual com a imagem da
ortodontista e paciente são necessário. Os tomografia pós-operatória . Foi feita
guias e as miniplacas customizadas de análise por cor e estatística da média e
titânio facilitam a cirurgia, tornando ela desvio padrão em milímetros do
mais acurada, rápida e segura. São várias as movimento. Obtemos em maxila média de
vantagens como: não é necessário o splint 0,42 mm com desvio padrão de 0,95 mm
cirúrgico pois os guias e as placas já vem utilizando o algorítimo (ICP) Ponto
com as informações de posicionamento Interativo mais Próximo.
tridimensional do segmento
osteotomizado, não é necessário o
reposicionamento condilar além do
controle da dimensão vertical.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1516

UTILIZAÇÃO DA OSTEOTOMIA VERTICAL INTRA-


ORAL DO RAMO MANDIBULAR COMO
ALTERNATIVA À OSTEOTOMIA SAGITAL DO
RAMO MANDIBULAR EM COMPLICAÇÕES NA
CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Ivan José Moreira Oliveira; Marcelo Marotta Araujo; Fábio Ricardo
Loureira Sato; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: A cirurgia ortognática é o reabsorção unilateral do tecido ósseo na


tratamento mais indicado para a correção região da OSRM e maloclusão. A paciente
das deformidades maxilo-mandibulares. A foi então submetida a um segundo tempo
osteotomia sagital do ramo mandibular cirúrgico em que foi realizado a OVIR para
(OSRM) é a técnica mais comum. Suas reposicionamento do segmento ósseo
complicações incluem injúria a artéria e afetado e da maloclusão, associado
nervo alveolar inferior, fraturas também à instalação de um enxerto
indesejáveis e infecção, a qual pode aloplástico na região da reabsorção,
resultar na necessidade de remoção dos mentoplastia e por fim bloqueio maxilo-
dispositivos de fixação interna estável. A mandibular por duas semanas. No pós-
osteotomia vertical intra-oral do ramo operatório, uma vez realizada a abertura do
mandibular (OVIR) apesar de pouco bloqueio maxilo-mandibular, a paciente
utilizada, apresenta uma baixa taxa de apresentou boa abertura bucal, oclusão
morbidade e suas indicações são uma estável e resolução satisfatória do caso.
menor interferência condilar, menor Resultados: A realização da OVIR
incidência de injúrias sensitivas e a possibilitou o tratamento adequado da
ausência de material de FIE. Porém, têm-se paciente, permitindo o reposicionamento
a necessidade de bloqueio maxilo- mandibular desejado sem interferência da
mandibular de 2-3 semanas. região a qual a OSRM foi realizada.
Objetivos: Este trabalho tem como Conclusão: Logo, conclui-se que a OVIR
objetivo o relato de um caso clínico em que consiste em uma boa alternativa para a
a paciente diagnosticada como padrão correção das deformidades mandibulares
facial classe III, foi submetida a uma OSRM quando bem indicada, apresentando
associada à osteotomia Le Fort I para vantagens quando comparada à OSRM e
correção de assimetria facial, entretanto a trazendo assim bons resultados pós-
mesma evoluiu com uma infecção e

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

operatórios apesar do desconforto do


bloqueio maxilo-mandibular.
Referências: 1. McKenna SJ., King EE. Intraoral Vertical Ramus Osteotomy Procedure and Technique.
Atlas Oral Maxillofacial Surg Clin N Am (2016) 37-43. 2. Lee JH., Park TJ., Jeon JH. Unilateral intraoral
vertical ramus osteotomy and sagittal split ramus osteotomy for the treatment of asymmetric
mandibles. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg 2015; 41: 102-108. 3. Jedrzejewski M. et al.
Preoperative, intraoperative, and postoperative complications in orthognatic surgery: a systematic
review. Clin Oral Inverst (2015) 19:969-977.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1554

TRATAMENTO DE OSTEOCONDROMA
COMBINADO COM CIRURGIA
ORTOGNÁTICARELATO DE CASO CLÍNICO
Edval Reginaldo Tenório Júnior; Diego Tosta Silva; André Victor Pinto
Serra; Andressa Teixeira Martiniano da Rocha; Daniel Barros
Rodrigues

Introdução: As deformidades Relato de caso: Paciente R.M.S, 42 anos,


dentofaciais afetam aproximadamente gênero masculino, compareceu ao
20% da população, e os pacientes com tais ambulatório de Cirurgia e Traumatologia
discrepâncias podem apresentar vários Bucomaxilofacial, da Faculdade de
graus de comprometimento funcional e Odontologia – UFBA, queixando-se de
estético, sendo classificadas em desvio na mandibula e dificuldade de
assimetrias mandibulares isoladas ou mastigação. Após análise facial, exame
assimetrias maxilomandibulares. Os clínico intraoral, análise da radiografia
osteocondromas são tumores de origem panorâmica e cefalométricas, e dos
benigna composto de cartilagem hialina modelos em gesso, concluiu-se que o
madura, demonstrando lacunas bastante paciente apresentava o diagnóstico de
delimitadas contendo condrócitos deformidade dentofacial associado a
pequenos, e quando acomete a região oral osteocodroma em côndilo esquerdo, lhe
e maxilofacial observa-se com frequência o causando assimetria.
envolvimento do côndilo e processo Discussão: Considerando que o
coronóide. Os achados clínicos podem tratamento proposto não se limita apenas
variar desde um aumento de volume na a remoção da patologia, mas sim à correção
região acometida levando a uma assimetria integral da deformidade conseqüente, o
facial, má oclusão, perda de função do estudo da estabilidade deste conjunto de
côndilo, dor e estalido ao abrir a boca. A procedimentos cirúrgicos é facilmente
cirurgia ortognática é o ramo da cirurgia testado com auxílio de radiografias
buco-maxilo-facial que se preocupa com as cefalométricas laterais tomadas durante as
correções das deformidades dento-faciais, diversas fases do tratamento. A
sendo estes casos tratados por uma equipe telerradiografia cefalométrica lateral como
multidisciplinar, coordenada pelo ferramenta para avaliação de alterações
cirurgião buco-maxilo-facial e o unilaterais limita-se a detecção de
ortodontista. movimentações sagitais e verticais, além
Objetivo: Relatar o tratamento cirúrgico do planejamento tridimensional em
de um paciente portador de deformidade software apropriado.
dentofacial com assimetria facial.

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ORTOGNÁTICA

Conclusão: A cirurgia ortognática é uma


forma de tratamento cirúrgico que
possibilita a correção das maloclusões e das
discrepâncias entre os maxilares,
estabelecendo resultados funcionais
ótimos, promovendo bons resultados
estéticos e satisfazendo as queixas do
paciente.

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ORTOGNÁTICA

1566

ANÁLISE TOMOGRÁFICA DO CANAL


PALATINO E DA REGIÃO PTERIGOMAXILAR
APLICADA À OSTEOTOMIA LE FORT I
Rafael Drummond Rodrigues;Frederico Neves Sampaio; Gabriel
Queiroz Vasconcelos Oliveira; Taruska Ventorini Vasconcelos; Iêda
Crusoé Rebello

Introdução: A tomografia computadorizada multislice na avaliação


computadorizada facilita o diagnóstico e pré-cirúrgica. As imagens foram
planejamento pré-cirúrgico. A osteotomia categorizadas de acordo com o gênero,
Le Fort I tem sido utilizada como lado, classe esquelética e perfil facial de
abordagem para cirurgias cada paciente.
bucomaxilofaciais, tal como cirurgias Resultados e discussão: O
ortognáticas. Apesar de sua técnica comprimento anterior da abertura
aprimorada, tem sido relatadas piriforme ao canal palatino foi maior para
complicações transcirúgicas durante tal o gênero masculino (p=0,0121). O
procedimento. As lesões vásculo-nervosas comprimento posterior do canal palatino à
são apontadas como consequências não fissura pterigomaxilar foi maior para o
muito raras durante a disjunção gênero feminino (p=0,0295). A espessura
pterigomaxilar devido a sua difícil óssea da região pterigomaxilar apresentou
visualização e proximidade com a artéria maiores médias associadas à classe I,
palatina descendente. Estudos em havendo diferença estatística entre a classe
diferentes países correlacionam a I e III (p=0,0371) e II e III (p=0,0094). O
relevância da anatomia pterigomaxilar grupo de braquicéfalos, o gênero feminino
com os riscos durante a osteotomia Le Fort apresentou-se maior que o masculino, para
I. Contudo, tal estudo não é observado para a medida da espessura posterior da maxila
a população brasileira. Assim, o objetivo (p=0,0078), assim como para os
deste estudo foi determinar as medidas mesocéfalos (p=0,0015).
anatômicas lineares referentes ao canal
Conclusão: O gênero, classe esquelética e
palatino e fissura pterigomaxilar
padrão facial são parâmetros que
associadas à osteotomia Le Fort I.
influenciam na anatomia da região
Métodos: A amostra foi de 75 imagens de pterigomaxilar e do canal palatino,
pacientes (150 lados) que foram devendo ser consideradas durante a
submetidos ao exame por tomografia avaliação pré-operatória.

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ORTOGNÁTICA

Referências: 1. Gaia BF, Pinheiro LR, Umetsubo OS, Santos O Jr, Costa FF, Cavalcanti MG. Accuracy
and reliability of linear measurements using 3-dimensional computed tomographic imaging software
for Le Fort I Osteotomy. Br J Oral Maxillofac Surg. 2014;52(3):258-63. 2. Omura S, Iwai T, Murata S,
Tohnai I. Use of a simple handmade retractor to protect the descending palatine artery during removal
of posterior osseous interferences for maxillary impaction in Le Fort I osteotomy. J Craniofac Surg.
2013;24(3):978-9.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1587

COMPARAÇÃO ENTRE INICIAR A CIRURGIA


PELA MANDÍBULA OU PELA MAXILA NA
CORREÇÃO DO EXCESSO MAXILAR VERTICAL:
ESTUDO RETROSPECTIVO
Fued Samir Salmen; Mario Francisco Real Gabrielli; Talles Fernando
Medeiros de Oliveira; Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli; Valfrido
Antônio Pereira Filho

O objetivo deste estudo retrospectivo foi O teste t de Student para amostras


avaliar a precisão de procedimentos independentes foi utilizado para comparar
bimaxilares realizados para correção de o erro de previsão entre os dois grupos. Na
excesso maxilar vertical, quando a cirurgia amostra estudada, ambas as sequências
é iniciada pelo reposicionamento operatórias permitiram precisão
mandibular ou pelo reposicionamento satisfatória. O erro de previsão para as
maxilar. Foram incluídos no estudo 32 variáveis incisal do incisivo superior (IIS),
prontuários de pacientes, divididos em dois Ponto A e cúspide mesiovestibular do
grupos de dezesseis. O primeiro grupo molar inferior (6i Oclusal), no sentido
(Grupo 1) de pacientes foi submetido a vertical, foi maior para o Grupo 2, quando
cirurgia bimaxilar com a sequência clássica comparado ao Grupo 1. O erro de previsão
do procedimento, no qual a maxila foi no sentido vertical para o Pogônio (P) foi
reposicionada primeiro que a mandíbula. O menor quando a cirurgia foi iniciada pela
segundo grupo (Grupo 2) de pacientes mandíbula. Em conclusão, embora ambas
sofreu alteração desta sequência, na qual a as sequências cirúrgicas possam ser
mandíbula foi reposicionada primeiro que utilizadas, iniciar a cirurgia pela mandíbula
a maxila. A mensuração para determinar a provocou maior imprecisão em relação ao
precisão do reposicionamento dos traçado preditivo do que iniciar a cirurgia
maxilares foi realizada por sobreposição, pela maxila. A sequência clássica,
pela base do crânio, os traçados obtidos de reposicionando a maxila primeiro, resultou
uma telerradiografia lateral realizada com, em maior precisão no reposicionamento
no máximo, 30 dias de pós-operatório e os vertical do ponto A, bem como da incisal do
traçados de planejamento. A análise incisivo superior e, portanto, da maxila, do
estatística foi realizada utilizando o teste t ponto de vista estético. Iniciar a cirurgia
pareado para verificar a diferença entre os pela mandíbula permitiu maior precisão na
valores previstos e os obtidos em cada posicção vertical do pogônio.
grupo.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1591

AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DE VIAS


AÉREAS SUPERIORES E TECIDO MOLE FACIAL
APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Jean Carlos Barbosa Ferreira; Bruno Gomes da Silva; Rodrigo
Tavares de Sá; Lincoln Lara Cardoso; Giovanni Gasperini

Introdução: Alterações nas vias aéreas tecido mole correspondentes com uma
superiores após realização de cirurgia proporção de movimentação próxima a 1:1,
ortognática tem sido objeto de com variações dependendo das estruturas
controvérsias em diversos estudos. Este avaliadas. Na nasofaringe houve aumento
trabalho avalia as alterações dimensionais de volume de 107%, em relação à
e volumétricas ocorridas na via aérea movimentação da maxila. Da mesma forma
superior após cirurgia ortognática a orofaringe foi alterada num percentual de
bimaxilar, bem como as alterações 75%, hipofaringe em 70% e subfaringe em
provocadas nos tecidos moles da face. 16%, esta última, porém, sem apresentar
Métodos: Treze pacientes com diferença estatística. O volume total da via
diagnóstico de deformidade facial foram aérea superior foi aumentado em um
selecionados para avaliação de via aérea percentual aproximado de 63%.
superior. Destes, em 12 para avaliação de Discussão: Estudos sugerem que um
tecido mole, através de tomografias avanço maxilar de 2 mm ou mais, causa um
computadorizadas multi-slice. A via aérea aumento significativo nas dimensões de
foi dividida em sub-regiões para análise via áerea a nível de nasofaringe, Butterfield
dimensional e volume. O tecido mole foi et al. 2015 verificou que o percentual de
avaliado por sobreposição de imagens alteração do volume total da via aérea, após
tomográficas por meio de pontos marcados cirurgia ortognática bimaxilar foi de
na face, mensurando-se a distância entre 80.43%, já a nasofaringe foi alterada num
eles nos exames pré e pós-operatórios de 6 percentual de 76.05% e orofaringe em
meses, afim de se estabelecer proporção de 89.15%. Essa diferença entre os estudos
movimentação com tecido ósseo. Os dados pode estar relacionada com a quantidade
foram considerados estatisticamente de movimentação óssea realizada.
significativos para valor de p < 0,05. Conclusão: Os resultados sugerem
Resultados: O volume da via aérea alteração significativa do volume da via
superior é aumentado de forma aérea superior após cirurgia ortognática e o
significativa ao se realizar avanço maxilo- tecido mole apresenta um padrão de
mandibular. Houve correlação significativa movimentação muito próximo do tecido
entre as estruturas ósseas e seus pontos no ósseo.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1604

UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO EM


CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Karla Arrigoni Gomes; Eduardo Stehling Urbano; João Paulo
Marinho de Resende

O presente trabalho objetiva analisar a considerar todos os tipos de procedimentos


efetividade da utilização do ácido ortognáticos, diversos autores apontam
tranexâmico, comercialmente conhecido que a perda de sangue ocorre em média de
como TransaminR, como potencial 273,72 mL. Todavia, em casos de cirurgias
homeostático durante processos de combinadas, que envolvem maxila,
cirurgia ortognática. Para tal, utilizou-se o mandíbula e, por vezes, mento, esse valor
estudo por meio de revisão de literatura por aumenta significativamente para 404,40 a
meio de revistas e artigos científicos 697 mL. Dessa forma, entende-se que,
disponíveis em sites como: PUBMED, quanto maior a complexidade cirúrgica,
Lilacs, Scielo e Google Acadêmico, bem maior a estimativa de perda de sangue
como a utilização do ácido tranexâmico trans-operatório. Outrossim, o uso do
antes do início de cirurgias ortognáticas antifibrinolítico citado limita o
combinadas em pacientes do HU/UFJF, nos sangramento primário durante a cirurgia
quais constatou-se que o ácido evitando, assim, a necessidade de
tranexâmico tem sido aplicado no intuito transfusão sanguínea, visto que este
de reduzir a perda sanguínea e a procedimento relaciona-se a diversos
consequente necessidade de transfusão fatores éticos-sociais, tais como religião e
durante o processo cirúrgico. Consoante à risco de contágio de doenças. Observou-se,
análise realizada, verificou-se que o ácido portanto, que vários estudos relatam a
tranexâmico atua na neutralização do eficácia do ácido tranexâmico como
sistema de fibrólise. Dessa forma, seu recurso homeostático em cirurgias
mecanismo de ação se dá pelo bloqueio da ortognáticas, com significativa redução da
formação de plasmina mediante a inibição perda sanguínea, evitando, contudo, a
da atividade proteolítica dos ativadores de utilização da transfusão sanguínea, além
plasminogênios, que, em última análise, de propiciar melhor visibilidade no campo
inibe a dissolução dos coágulos, sendo operatório. Tal constatação é relevante,
classificado, portanto, como pois, além do efeito desejado ser
antifibrinolítico. Devido a sua ação, tem comprovado, trata-se de um fármaco de
sido empregado em cirurgias cujo baixo custo, de atuação reversível e
sangramento é considerável, dentre elas, a posterior às etapas envolvidas na cascata
ortognática, que apresenta um grande de coagulação, não interferindo na mesma.
volume de perda de sangue, uma vez que Ademais, apresenta mínimo índice de
está diretamente relacionada ao tempo de efeitos colaterais ao paciente.
operação e à magnitude da intervenção. Ao

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1607

A SEQUÊNCIA DA TÉCNICA DE INSTAÇÃO


DO DISTRATOR TRANS PALATAL
Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto; Viviane Ferreira Ramos;
Michelle Alonso Coutinho; Sabrina Morelli de Oliveira; Gabriela Ales
Menezes

A necessidade de tratamento das perceber na literatura atual uma falta de


deficências transversais em pacientes com consenso geral. Existem discordâncias
cresciemento facial finalizado, aumentou quanto à técnica cirúrgica a ser empregada;
nos últimos anos, em virtude do aumento o tipo de aparelho a ser utilizado (distrator
do número de adultos em tratamento. A óssso palatino (DOP) ou disjuntor dento-
expansão rápida maxilar assistida esquelético (DDE); Além disso, conceitos
cirurgicamente (ERMAC) é um básicos, tais como: a causa desta
procedimento orto-cirúrgico realizado em maloclusão; recidiva; a quantidade exata
pacientes com maturidade óssea e de sobrecorreção e, principalmente, o
discrepâncias transversas dos maxilares, protocolo de ativação, são conceitos ainda
uni ou bilateral, associada ou não a outras muito relevantes na literatura. O objetivo
deformidades faciais. As causas da atrofia desse estudo é apresentar um caso clínico
maxilar podem ser dentária, esquelética ou realizado em paciente Orto-Cirúrgico
uma combinação dos dois, por fatores tratado primeiramente com ERMAC com
genéticos ou ambientais. Este defeito pode Distrator Trans Palatal Traumec®,
gerar mordida cruzada posterior unilateral submetido a ERMAC, para a correção do
ou bilateral, apinhamento anterior problema transverso. Bem como descrever
maxilar, corredores bucais pretos ao sorrir a instalação e ativação do aparelho nesta
e alterações respiratórias superiores técnica. Além de, discutir suas vantagens
(nasal), posição inadequada de língua, sobre o DDE correlacionando com a
padrão de deglutição alterado e respiração literatura.
bucal. Com relação a ERMAC, pode-se
Referências: [1] Giannini, L., Maspero, C., Galbiati, G., Feresini, M., & Farronato, G. 2016. Comparison
of the palatal expansion obtained via the use of the rapid maxillary expander compared with surgically
assisted rapid maxillary expansion. Minerva stomatologica, 65(2), 72-84.[2] Singaraju, G. S., Chembeti,
D., Mandava, P., Reddy, V. K., Shetty, S. K., & George, S. A. 2015. A Comparative Study of Three Types
of Rapid Maxillary Expansion Devices in Surgically Assisted Maxillary Expansion: A Finite Element
Study. Journal of international oral health: JIOH, 7(9), 40-46.[3] Dalband, M., Kashani, J., &
Hashemzehi, H. 2015. Three-Dimensional Finite Element Analysis of Stress Distribution and
Displacement of the Maxilla Following Surgically Assisted Rapid Maxillary Expansion with Tooth-and
Bone-Borne Devices. Journal of Dentistry (Tehran, Iran), 12(4), 298-306.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1632

CIRURGIA ORTOGNÁTICA: OTIMIZANDO


RESULTADOS POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE
TOXINA BOTULÍNICA, ÁCIDO HIALURÔNICO,
ENXERTIAS E BICHECTOMIA
Alessandra Kuhn Dall’Magro; Eduardo Dall’Magro; Alexandre
Basualdo; Roberta Neuwald Pauletti; Larissa Cunha Cé

Introdução: A cirurgia ortognática é um tendência na reabilitação bucomaxilofacial


procedimento cirúrgico que visa atual.
restabelecer o padrão estético-funcional da Métodos: Todos os pacientes com
face. Nas duas últimas décadas houve indicação de cirurgia ortognática foram
grande avanço no tratamento ortocirúrgico criteriosamente avaliados. Foram
especialmente no planejamento, nas observadas as condições que podem
técnicas diagnósticas e no comprometer a estética da face tais como
desenvolvimento de biomateriais, malformação dos tecidos moles e/ou duros,
especialmente nos sistemas de fixação envelhecimento, má oclusão, assimetria
esquelética. Nas sociedades facial, dentre outros aspectos que podem
contemporâneas a beleza sofre influência interferir na funcionalidade do sistema
da cultura, da educação e da mídia. O culto estomatognático e, consequentemente, na
ao corpo e o interesse pela busca do atratividade facial. O plano de tratamento
equilíbrio tem aumentado, especialmente, se deu de forma multidisciplinar
quanto aos aspectos que representam vislumbrando a harmonização facial
jovialidade. A realização de procedimentos através do equilíbrio na relação entre
não cirúrgicos ou minimamente invasivos dentes, bases ósseas e músculos. Para tal,
com uso de materiais como toxina exames bi e tridimensionais foram
botulínica tipo A (TBX-A), ácido utilizados de acordo com o caso.
hialurônico (AH), enxertos sólidos e
Discussão: Na observância dos critérios
bichectomia tem otimizado os resultados
cefalométricos deve-se considerar que a
dos tratamentos ortocirúrgicos da face
beleza depende primeiramente da
proporcionado alto índice de satisfação por
percepção do observador, sendo, portanto,
parte dos pacientes. O objetivo deste
variável, e as oclusões normais podem
trabalho é demonstrar, atráves de uma
apresentar os perfis com tendência
série de casos, a utilização destas técnicas
retrusiva de senilidade precoce e tendência
minimamente invasivas que, associadas à
protrusiva do tipo juvenil. Entre as muitas
cirurgia ortognática, apresentam uma
proposições da estética facial, encontram-
se: a estética do perfil cutâneo; a estética

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61
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

do sorriso; a classificação do perfil labial e


as mudanças do perfil com o tratamento.
Conclusão: A reabilitação
bucomaxilofacial engloba uma série de
alternativas de tratamento, mas
especialmente a integração entre técnicas
que vislumbrem o equilíbrio entre
esqueleto, grupos musculares e oclusão
dentária. Além disso, todo tratamento
proposto precisa contemplar três conceitos
básicos: função, estabilidade e estética.

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62
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1660

AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CONDILARES


APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTES
COM DEFORMIDADE DENTOFACIAL CLASSE II
OU III SEM ASSIMETRIAS
Valthierre Nunes de Lima; Tárik Ocon Braga Polo; Erik Neiva Ribeiro
de Carvalho Reis; Leonardo Perez Faverani; Osvaldo Magro Filho

Introdução: As alterações morfológicas (idade média de 22 anos) foram submetidos


dos côndilos mandibulares após a cirurgia ao avanço ou recuo mandibular.
ortognática, dependendo da magnitude, Resultados: Nenhum paciente
podem ser fisiológicas ou patológicas. A apresentou infecção pós-operatória,
cirurgia ortognática envolvendo a instabilidade ou má oclusão no longo
mandíbula pode levar a algumas mudanças prazo. A média do movimento do recuo
condilares, trazendo consigo sintomas mandibular foi de 7,1 ± 3,1 mm e 5,0 ± 3,2
pós-operatórios na articulação mm para o avanço sem recidiva. As
temporomandibular com recidiva precoce alterações morfológicas do côndilo
ou tardia. O presente estudo objetivou mandibular mostraram diferença
analisar as possíveis alterações do côndilo estatisticamente significativa (p> 0,05) na
mandibular após cirurgia ortognática. comparação entre pré e pós-operatório
Métodos: 20 pacientes foram divididos para os parâmetros lineares (distância do
em dois grupos: grupo 1, pacientes com côndilo à fossa articular na região
deformidade dentofacial esquelética classe posterior). A área de superfície do côndilo
II e grupo 2, pacientes com deformidades (2D) apresentou maiores valores para o
dentofaciais esqueléticas classe III. A grupo 2 do que o grupo 1 (p 0,05).
tomografia computadorizada foi analisada Conclusões: Não foram identificadas
em dois períodos: pré-operatório e de 6 a reabsorção condilar patológica progressiva
12 meses de pós-operatório. As imagens após a cirurgia ortognática em ambas as
foram extraídas para o software Dolphin deformidades. Observou-se apenas
Imaging 11.5 para análise métrica, área de algumas leves alterações morfológicas e
superfície do côndilo (2D) e volume do posicionais.
côndilo (3D). Dez pacientes de cada grupo
Referências: 1. Arnett GW, Milam SB, Gottesman L. Progressive mandibular retrusion-idiopathic
condylar resorption. Part II. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(2):117-27. 2. Kobayashi T,
Izumi N, Kojima T, Sakagami N, Saito I, Saito C. Progressive condylar resorption after mandibular
advancement. Br J Oral Maxillofac Surg. 2012;50(2):176-80.

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63
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1681

CIRURGIA DE AVANÇO MAXILO


MANDIBULAR NO TRATAMENTO DA
SÍNDROME DA APNEIA E HIPOPNEIA
OBSTRUTIVA DO SONO: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Gabriel Cardoso Ramalho; Henrique Celestino Lima e Silva; Roberto
Moreno; Sergio Luis de Miranda

A Síndrome da Apnéia e Hipoapnéia maxilo mandibular. A terapia de pressão


Obstrutiva do Sono (SAHOS) é um positiva contínua nas vias aéreas (CPAP)
distúrbio respiratório, caracterizado por vem sendo o tratamento não-cirúrgico
repetitivas interrupções da respiração mais bem-sucedido para a SAOS,
durante sono e ronco. Os pacientes que considerado como primeira linha para
sofrem de SAOS têm uma predisposição ao pacientes portadores da síndrome. O CPAP
colapso repetitivo das vias aéreas impede o colapso das vias aéreas
superiores durante o sono, que pode ser o superiores, aliviando sintomas como
resultado de anormalidades anatômicas, sonolência diurna, melhorando o humor e
alterações fisiológicas, ou deposições em a qualidade de vida. No entanto, este
torno das vias aéreas superiores das quais é tratamento não é bem tolerado pela
mais pronunciada em pacientes com maioria dos pacientes. A cirurgia de avanço
sobrepeso. Fisiologicamente a SAHOS maxilomandibular (AMM) é considerado
aumenta o risco de complicações desde de 1970 tratamento da SAOS, tal
sistêmicas como resultado da hipóxia procedimento é indicado para pacientes
noturna, hipercapnia, flutuação na pressão com SAOS modera e severa, os pacientes
intratorácica causada pelo aumento do que iram ser submetidos ao AMM devem
esforço respiratório, despertar do sono e ter indicações bem precisas, pois o impacto
aumento dos tônus simpáticos. Vários estético e social que o procedimento
tratamentos já foram propostos para a acarreta é grande. A maioria da paciente
SAOS, variando desde procedimentos não submetidos a este procedimento são
cirúrgicos como a perda de peso, aparelhos portadores de alterações esquelética e
intraorais e uso de CPAP, até os anatômicas, como: retrognatimo
tratamentos cirúrgicos que são dos mais mandibular, estreitamento hipofaríngeo
variáveis possíveis, como: traqueostomia, (retrolíngual) e velo-oro-faríngeo. O
uvulopalatofaringoplastia (UPFP), cirurgia presente trabalho tem como objetivo
isolada de tecido duro ou mole e avanço apresentar um caso clínico de um paciente

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ORTOGNÁTICA

diagnosticado com SAOS grave (46


eventos\hora), tratado através de avanço
maxilo mandibular que evoluiu com
acentuada diminuição dos sintomas
clínicos da doença e com acentuada
diminuição do índice de apneia e hipopnéia
(5,6 eventos\hora).

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1723

GUIA PROTOTIPADO PARA OSTEOTOMIA


TRAPEZOIDAL EM MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Eduardo Luis de Souza Cruz; Suellen Helena Silva da Silva; Bruno
Thiago Cruz e Silva; Graziane Olímpio Pereira; Jose Thiers Carneiro
Junior

Introdução: A Cirurgia Ortognática é Métodos: Imagens DICOM (Digital Image


uma das opções para o tratamento da Communications in Medicine) de
Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono Tomografia Computadorizada Multi-slice
(SAOS) devido seu potencial em aumentar (TC) foram processadas através do software
as vias aéreas em decorrência do avanço Invesalius 3®; guia cirúrgico e osteotomia
dos maxilares de pacientes portadores de foram virtualmente planejados no software
SAOS. Nestes casos, a Mentoplastia pode MAX®; GOT foi tridimensionalmente
ser realizada para melhor harmonização do impresso utilizando tecnologia de
perfil final destes indivíduos ou Fabricação por Fundição de Filamento
simplesmente para potencializar o ganho (FFF) em polímero termoplástico. Na fase
de via aérea sem alterar o perfil facial cirúrgica, GOT foi devidamente encaixado
desejado. Para isso, a Osteotomia e perfurações guias foram realizadas;
Trapezoidal é uma alternativa para ganho osteotomia bicortical foi realizada
de espaço aéreo através do tracionamento seguindo o desenho trapezoidal do guia.
anterior do tubérculo geniano e suas Para quantificar o volume (mm3) de espaço
inserções musculares. Com os avanços do aéreo foi utilizada TC pós-operatória
planejamento virtual e prototipagem de DICOM no software MAX®.
modelos, a confecção do Guia de Resultados: O volume faríngeo inicial
Osteotomia Trapezoidal (GOT) garante (V1) mediu 4.000 mm3, enquanto que o
melhores resultados para a técnica. O volume faríngeo final (V2) foi de 26.000
objetivo deste trabalho é apresentar guia mm3 após Osteotomia Trapezoidal.
cirúrgico prototipado para osteotomia
Discussão: V2 foi 6,5 vezes maior em
trapezoidal em mandíbula de paciente, 50
comparação ao V1, correspondendo aos
anos, portador de SAOS com histórico de
resultados esperados com o tracionamento
ronco durante sono de duração
geniano. Ausência de parestesia labial e
fragmentada e Índice de Apneia e
comprometimento endodôntico dos
Hipopneia (AIH) maior que 30. Além disso,
elementos anteriores mandibulares em
comparar o espaço aéreo inicial com o
decorrência da previsibilidade do
obtido após procedimento.
planejamento virtual.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

Conclusão: Osteotomia Trapezoidal é


uma técnica inovadora para aumento de
espaço aéreo em pacientes portadores de
SAOS e não interfere no perfil facial; GOT
garante segurança, previsibilidade, menor
tempo cirúrgico e morbidade. Pode
proporcionar ao Cirurgião o manejo
necessário para o tratamento de casos mais
complexos.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1738

TRATAMENTO DE PACIENTE COM SÍNDROME


DE BRODIE: DISTRAÇÃO MANDIBULAR
SINFISÁRIA INTRA-ORAL E CIRURGIA
ORTOGNÁTICA
Michelle Alonso Coutinho; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;
Viviane Ferreira Ramos; Gabriela Alves Menezes; Sabrina Morelli de
Oliveira

A hipoplasia mandibular é uma deficiência foram feitas. Uma semana pós-operatória,


transversa, que quando grave, necessita de a ativação do dispositivo foi iniciada para
procedimentos orto-cirúrgicos. A distração atingir 1,5 cm. Nenhum dente foi extraído
osteogênica é o processo biológico de por causa da discrepância de Bolton. Por 8
neoformação óssea entre segmentos semanas a contenção ortodôntica foi
ósseos que são gradualmente separados mantida visando a manutenção dos dentes
por tração controlada, permitindo o anteriores inferiores e, o tratamento
aumento do arco mandibular e ortodôntico na arcada superior foi iniciado.
normalizando o formato do arco dentário. Após a remoção do distrator mandibular,
O objetivo é apresentar o caso de um foi realizada ortodontia mandibular para
paciente com hipoplasia severa realização de cirurgia ortognática
mandibular, mordida cruzada posterior combinada. Paciente teve alta após o
vestibular total-mordida de Brodie, Classe tratamento apresentando perfil facial
II dentária/esquelética, diastema no arco harmônico, classe I dentária, sem
superior, trespasse horizontal acentuada e alterações condilares ou perdas
curva reversa de Spee no arco inferior, dentárias. Em casos de necessidade de
tratado cirurgicamente com distração osteogênese por distração, é necessário
mandibular com um distrator ósseo- que se apliquem os princípios de Ilizarov
suportado intra-oral e cirurgia ortognática. como osteotomia com mínima remoção de
Sob anestesia geral, foi feita uma incisão periósteo, adequado período de latência,
como para genioplastia, retalho taxa de distração ideal, aplicação de força
mucoperosteal descolado e sínfise contínua e período de consolidação. Nesse
mandibular exposta O osteotomia sagital caso relatado, incluir dentes inferiores no
mediana foi realizada, o distrator ósseo foi arco ortodôntico previamente a cirurgia a
fixado com parafusos e depois ativado para fim de evitar migrações dentárias para a
verificar a separação dos segmentos, o região central onde há o gap ósseo era
torno foi completamente desativado para essencial, assim como observar a formação
retornar à sua posição inicial e as suturas do “V” ósseo em distratores

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ORTOGNÁTICA

exclusivamente ósseos e queixas


condilares por translação. Apesar do
diagnóstico incomum e o tratamento
prolongado, quando respeitadas as
técnicas cirúrgicas, período de
consolidação e os princípios de distração, é
possível alcançar sucesso e estabilidade
cirúrgica.

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ORTOGNÁTICA

1746

EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA ASSISTIDA


CIRURGICAMENTE: HYRAX OU DISTRATOR
ÓSSEO PALATINO?
Michelle Alonso Coutinho; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;
Viviane Ferreira Ramos; Gabriela Alves Menezes; Sabrina Morelli de
Oliveira

A expansão rápida da maxila assistida uma ativação de 1mm do distrator e o


cirurgicamente (ERMAC) é uma técnica procedimento finalizado. Com 48h de pós-
amplamente aceita, corrigindo a operatório, iniciou-se a ativação do
deficiência transversal em pacientes distrator até que expansão desejada fosse
adultos. O crescimento da dimensão alcançada, o sistema foi travado com a
transversal precede ao crescimento rosca de travamento e mantido durante 3
anteroposterior e vertical, podendo meses até que radiografias oclusais
acarretar em uma maxila atrésica. Quando superiores totais periódicas, mostraram a
são utilizados Distratores cicatrização óssea. O distrator foi removido
Dentoesquelético - DDE, as tensões no consultório. Com apenas 3 meses, o
mecânicas são aplicadas e dissipadas paciente conseguiu corrigir a discrepância
através dos dentes, ligamento periodontal transversa da maxila sem falhas do
e estruturas ósseas, sendo difícil de evitar aparelho, sem alterações dentárias, sem
recidivas nos segmentos ósseos, durante o recidivas e sem expansão
período de consolidação. O Distrator assimétrica. Pode-se perceber que existem
Osseopalatino - DOP, surgiu para discordâncias quanto ao tipo de aparelho a
proporcionar a força de expansão ser utilizado, DOP ou DDE na ERMAC. O
diretamente ao osso maxilar. Paciente do DOP possui várias vantagens: a marcação
gênero masulino apresentava dos diferentes lados do cilindro do
laterognatismo, mordida cruzada aparelho que muda de cor de acordo com o
posterior, mordida aberta anterior, giro da ativação; o tamanho maior da chave
deficiência anteroposterior de maxila, de ativação que evita acidentes de
padrão classe III de Angle, excesso vertical deglutição; menor risco de fratura de suas
do terço inferior e deficiência do sorriso. peças, como ocorre nas soldas do DDE, pois
Sob anestesia geral, foi feita uma incisão o DOP é confeccionado industrialmente e
intrasulcular de pré-molar a 1o molar possui um controle de qualidade maior de
superior; incisão relaxante, deslocamento suas peças, eliminando os erros de
mucogengival e fixação do distrator no moldagem, transferência e soldagem. O
palato com parafusos. Foram realizadas 2 DOP é um excelente aparelho por não ter
osteotomias: LeFort I e sagital maxilar, risco de falhas, não ter necessidade de

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

troca por barra transpalatina, ser de fácil


ativação, ter expansão simétrica, ausência
alterações nos dentes âncoras, não
depender de dentes hígidos e ter o tempo
total de tratamento reduzido.

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ORTOGNÁTICA

1809

AVALIAÇÃO DO EDEMA APÓS CIRURGIA


ORTOGNÁTICA COM E SEM DRENAGEM
LINFÁTICA
Maria Carolina Malta Medeiros; Ana Carolina Bonetti Valente;
Marina Barbosa Mello; Marina Prado Monson Santana Takahashi;
Renato Yassutaka Faria Yaedu

Introdução: A Drenagem Linfática em círculos sobre a face. Para avaliação do


Manual (DLM) tem como principal objetivo edema foram utilizadas medidas faciais
remover o excesso de proteína plasmática com fita métrica feitas por um avaliador
do interstício celular através de previamente calibrado.
movimentos lentos e com suave pressão de Resultados: Todos os resultados foram
captação e demanda seguindo o trajeto do inseridos em uma planilha do Excel e
sistema linfático, restaurando assim o submetidos a análise estatística pelo
equilíbrio entre carga proteica linfática e software Sigma Plot 2.0. Não se encontrou
capacidade de transporte da linfa. Desta diferença entre os grupos quanto à
forma, a DLM torna-se indicada no quantidade de edema desenvolvido
tratamento de fibro edema gelóide, considerando os valores de edema máximo
linfedemas de causa primária e edemas (p 0,290) e nem em que dia o pico de edema
locais ocasionados por procedimentos ocorreu (p 0,091). Entretanto, verificou-se
cirúrgicos. Portanto, este trabalho teve que o grupo tratamento teve regressão do
como objetivo avaliar os efeitos da DLM inchaço mais rápida que o grupo controle
sobre o edema em pacientes submetidos à (p < 0,001).
cirurgia ortognática.
Conclusão: a DLM se mostrou eficaz na
Método: trata-se de um estudo duplo redução das medidas faciais no pós
cego, no qual trinta pacientes foram operatório de cirurgia ortognática.
divididos em dois grupos (grupo
tratamento e grupo placebo). Todos os
indivíduos foram submetidos à cirurgia
ortognática bimaxilar. Um dos grupos
recebeu a DLM (Grupo Tratamento) a partir
do segundo dia de pós operatório (2ºPO),
além de crioterapia e medicações pós-
operatórias enquanto o grupo controle
recebeu o tratamento crioterápico,
medicamentoso e aplicação de um placebo
que consistia de movimentos superficiais

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1843

AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS NA VIA AÉREA


SUPERIOR DE PACIENTES RETROGNATAS
SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA COM
AVANÇOS MANDIBULARES
Caio Bellini Lovisi; Bruno Salles Sotto-Maior; Paulo José Medeiros;
Neuza Picorelli Assis; Daniel Amaral Alves Marliere

Introdução: O desenvolvimento correto e Resultados: Foram observadas


harmônico dos ossos da face está diferenças estatisticamente significativas
diretamente relacionado ao equilíbrio do após a aplicação do test t para amostra
sistema estomatognático. Alguns pareada com ganho médio para as três
indivíduos, devido a uma deficiência no variáveis, de 152 mm² de área, 4685 mm³
crescimento mandibular, podem de volume e 48 mm² de área axial, com
apresentar uma deformidade dentofacial valores significativamente superiores
do tipo classe II esquelética, caracterizada (p=0,001).
principalmente pela retrusão mandibular, Conclusão: Desta forma pode-se concluir
e consequentemente uma possível que os avanços mandibulares superiores a
diminuição do espaço da via aérea superior. 10 milímetros de pogônio duro foram
Uma alternativa de tratamento é a cirurgia capazes de promover o aumento da via área
ortognática. O objetivo deste trabalho foi superior em área, volume e aumento da
avaliar a alteração da área, volume e área área axial no ponto de maior constrição.
de maior ponto de constrição axial da via
aérea de pacientes submetidos a cirurgia
ortognática com avanços mandibulares.
Métodos: Trinta pacientes classe II foram
submetidos a cirurgia ortognática com
avanço de pogônio superior a 10
milimetros (mm). Imagens de tomografias
computadorizadas de feixe cônico foram
realizadas no período pré-operatório (T0) e
no pós-operatório imediato (T1) para
avaliação da mudança da via aérea através
da ferramenta “Sinus/Airway Avaliation
Tool” no programa Dolphin Imaging.

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ORTOGNÁTICA

1868

MANEJO DE FRATURAS INDESEJÁVEIS


DURANTE A OSTEOTOMIA SAGITAL DE
MANDÍBULA: RELATO DE 2 CASOS CLÍNICOS
Eduardo Stehling Urbano; João Paulo Marinho de Resende;
Jacquiane Santana Pereira; Matheus Furtado de Carvalho; Vinicius
de Menezes Felix Ferreira

Introdução: A osteotomia sagital Resultados: Os pacientes não


mandibular é a técnica mais comumente apresentaram recidivas, apresentando
utilizada para a correção das deformidades excelentes resultados estético-funcionais,
mandibulares e as complicações articulações temporomandibulares dentro
decorrentes deste procedimento são bem do padrão de normalidade, contornos
documentadas na literatura. Esta técnica mandibulares preservados e reparo ósseo
permite que a mandíbula seja adequado.
movimentada de acordo com a necessidade Discussão: As fraturas da cortical
do paciente (recuo, avanço, correção de vestibular são mais freqüentes quando a
assimetrias e rotações horária ou anti- osteotomia na borda inferior é incompleta
horária do plano oclusal). Uma fratura ao passo que a presença de um terceiro
indesejável poderá resultar em molar não irrompido durante a cirurgia
instabilidade pós cirúrgica com alteração pode aumentar o risco de ocorrer uma
da posição mandibular final fratura indesejável bem como a sua
em decorrência de má união, infecção, presença ou um alvéolo vazio pode
atraso no reparo tecidual, união fibrosa ou influenciar no posicionamento das placas e
mesmo seqüestros de fragmentos ósseos parafusos durante a fixação.
no sítio cirúrgico. O objetivo deste trabalho
Conclusão: Concluimos que a
é descrever duas fraturas indesejáveis que
individualização ou customização da
ocorreram durante a osteotomia sagital do
osteotomia sagital da mandíbula poderá
ramo mandibular bem como relatar o
ser necessária em função da densidade e
manejo adequado permitindo resultado
espessura óssea mandibular do paciente. A
oclusal e consolidação óssea satisfatórias.
conferência da extensão e profundidade de
Métodos: As fraturas indesejáveis foram todos os locais osteotomizados bem como
fixadas com placas e parafusos a utilização da serra para base mandibular
monocorticais e parafusos bicorticais para são úteis para prevenir fraturas
estabilização da fratura da cortical lingual indesejáveis. A presença de um terceiro
associado ao bloqueio maxilomandibular molar não irrompido ou um alvéolo vazio
durante três semanas. durante a realização da osteotomia sagital
aumenta as chances de ocorrer uma fratura

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ORTOGNÁTICA

indesejável, devendo a cirurgia para


extração dos mesmos ser realizada com o
mínimo de 6 meses antes da cirurgia.

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ORTOGNÁTICA

1870

DIFERENTES PLANEJAMENTOS E SEQUÊNCIAS


OPERATÓRIAS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA
TRATAMENTO DE PACIENTES ASSIMÉTRICOS:
COMPARAÇÃO ATRAVÉS DE RELATO DE CASOS
Tony Eduardo Costa; Daniel Amaral Alves Marliere; Caio Bellini Lovisi;
Henrique Duque de Miranda Chaves Netto; Paulo José Medeiros

Introdução: A cirurgia ortognática por sequência normal (iniciada pela


envolve a correção de diferentes maxila) ou invertida (iniciada pela
desarmonias funcionais e estéticas das mandíbula). Independente do método de
estruturas maxilares e mandibulares. A planejamento, foram realizados no
hiperplasia côndilar é uma condição programa computacional Dolphin
patológica não neoplásica, resultando em Imaging® 11.7 3D Premium, sendo que o
um crescimento exacerbado do processo planejamento 2D consistiu da utilização de
condilar da mandíbula (aumento de telerradiografias em norma lateral para
volume e tamanho), caracterizado pelo predição de resultados e a execução de
alongamento progressivo e auto-limitante cirurgia de modelo (simulação cirúrgica)
que acomete adultos jovens na fase para confecção de guias cirúrgicos em
de surto de crescimento puberal, resina autopolimerizável. No
provocando assimetria facial (trespasse planejamento 3D, foi realizado fluxo de
negativo, laterognatismo, mordida cruzada trabalho assistido por computador para
anterior e posterior). Para obtenção de confecção de guias estereolitográficos.
previsibilidade e sucesso no pós- Resultados: Um dos casos foi realizado
operatório, é imprescindível um análise facial estática e planejamento 2D,
planejamento preciso para maior sendo observado limitação para avaliação
segurança no trans-cirúrgico. de tamanho, forma, posição e orientação
Objetivo: Propõe-se apresentar 3 casos das estruturas maxilar e mandibular de
orto-cirúrgicos em pacientes adultos forma associada ou isoladamente, e, além
jovens classe III assimétricos, resultantes disso, a utilização de sequência normal em
de hiperplasia condilar inativa. que a estrutura óssea acentuadamente
Materiais e Métodos: Foram assimétrica foi a mandíbula gerou
submetidos a duas distintas formas de resultados não tão satisfatórios. A
análise facial, dois métodos diferentes de combinação de análise facial dinâmica,
planejamento e simulação cirúrgica planejamento 3D e execução por sequência
(respectivamente, bidimensional – 2D e invertida demonstrou maior eficiência para
tridimensional – 3D; convencional e obtenção de simetria facial.
virtual), e, executados em trans-cirúrgico

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

Conclusão: A comparação entre os


resultados pós-operatórios dos três casos
admite uma tendência de que a associação
de planejamento 3D e execução por
sequência invertida proporciona maior
eficácia nos resultados nesses casos de
assimetria facial.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1907

TRATAMENTO ORTO-CIRÚRGICO PARA


CORREÇÃO DE ASSIMETRIA FACIAL DEVIDO A
HIPERPLASIA DE CÔNDILO UNILATERAL: RELATO
DE CASO CLÍNICO
Moacir Teotônio dos Santos Junior; Marcelo Marotta Araujo;
Antenor Araujo; Ivan José Moreira Oliveira; Diego Torres Perez

Um prévio diagnóstico das patologias crescimento excessivo e posterior correção


envolvendo a articulação da deformidade facial remanescente uma
temporomandibular (ATM) é de essencial opção satisfatória e com bons resultados.
para um correto planejamento das Este trabalho tem como objetivo discutir o
cirurgias ortognáticas. Nos casos em que diagnóstico e o tratamento das assimetrias
essas patologias da ATM não são faciais em pacientes com hiperplasia
diagnosticadas corretamente ou que condilar, por meio da apresentação de um
simplesmente foram ignoradas, é caso clínico, onde um paciente
aguardada a piora do quadro clínico da apresentava-se com assimetria facial onde
disfunção temporomandibular (DTM) ou a foi diagnósticado hiperplasia em côndilo
recidiva de uma deformidade mandibular direito, confirmado através de
dentoesquelética após a cirurgia exames de imagem e cintilografia. Foi
ortognática. A hiperplasia condilar realizada a condilectomia alta combinada
consiste em uma má-formação de com a cirurgia ortognática, evoluindo no
desenvolvimento, que apresenta um pós-operatório com sucesso, trazendo de
crescimento condilar anormal, excessivo e volta ao paciente as funções normais do
autolimitado, que resulta em assimetria sistema estomatognático e uma melhora da
facial (maior crescimento do lado afetado) assimetria facial. Dessa forma, pode-se
e distúrbios oclusais. Sua etiologia ainda concluir que a condilectomia alta associada
não foi totalmente esclarecida, podendo a cirurgia ortognática é uma ótima
ser congênita, hereditária, adquiridas por alternativa para o tratamento das
trauma, eventos de infecções e até mesmo assimetrias faciais decorrente de
por associada à hiperatividade das células hiperplasia condilar, permitindo a
pré-cartilaginosas na zona de crescimento recuperação das funções normais como
condilar.Vários tratamentos cirúrgicos são mastigação e deglutição e apresentando
descritos na literatura, sendo a remoção da uma significativa melhora na assimetria
área do côndilo, responsável por este facial.
Referências: 1. ROTH, Lídia S. et al. Hiperplasia condilar: considerações sobre o tratamento e relato
de caso. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac., Camaragibe , v. 10, n. 3, set. 2010. 2. CAVALLERO,
Flávio Cerqueira et al. Hiperplasia condilar associada à recidiva de deformidade dentofacial. Rev. cir.
traumatol. buco-maxilo-fac., Camaragibe , v. 10, n. 1, mar. 2010.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1910

PLANEJAMENTO VIRTUAL PARA CIRURGIA


ORTOGNÁTICA COM SEGMENTAÇÃO MAXILAR
COM USO DE MODELOS OBTIDOS POR
ESCANEAMENTO INTRAORAL: RELATO DE CASO
Daiane Betiatto; Thais Samarina Sousa Lopes Mello; Matheus
Dantas de Araújo Barretto; José Benedito Dias Lemos; Flávio
Wellington da Silva Ferraz

Introdução: O protocolo de Relato de caso: Apresentamos um caso


planejamento virtual para cirurgia de deformidade dentofacial de classe III
ortognática necessita de substituição dos com atresia antero-posterior e transversa
dentes da tomografia computadorizada da maxila e prognatismo onde utilizamos
pelos dentes dos modelos de gesso para a escaneamento intraoral para a substituição
confecção do crânio composto. Nos dos dentes no crânio, para obtenção do
protocolos clássicos, os modelos de gesso crânio composto. A oclusão final foi
são escaneados em escaner 3D ou alcançada pela segmentação dos modelos
tomografados e sobrepostos nos dentes da virtuais e confecção dos guias cirúrgicos. A
tomografia computadorizada. Com o sobreposição dos modelos virtuais com a
desenvolvimento do escaner óptico intra- tomografia pós-operatória mostrou
oral, tornou-se possível sua utilização para desvios menores que 1 mm para os pontos
eliminar a necessidade de moldagem ou de de referência escolhidos.
modelos de gesso durante o processo de Conclusão: A adaptação dos guias
planejamento cirúrgico. No entanto, cirúrgicos ocorreram sem necessidade de
existem duas questões principais: a ajustes e a oclusão clínica final ficou dentro
precisão da dimensão transversal e a forma dos padrões mostrando boa precisão do
de obter a oclusão final de forma virtual. protocolo.

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ORTOGNÁTICA

1923

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CLASSE III


ESQUELETICA COM TÉCNICA CIRÚRGICA
ORTOGNÁTICA ANTICIPADA (SURGERY FIRST):
APRESENTAÇÃO DE UM CASO CLÍNICO
Erick Núñez Toro; Raymundo Ramirez Lugo

Introdução: Apresentação de um caso moles vão melhorar do jeito cosmético com


clínico de um paciente do sexo masculino a correção do ângulo naso-labial e
de 22 anos de edad com diagnostico de mentoplastia de avance e rotação
classe III esquelética e laterognacia, quem esquerda, a estabilidade da oclusão se vai
tem os parâmetros clínicos para o obter pela realização de osteotomias de
protocolo do tratamento cirúrgico com segmentação dos maxilares entre os órgãos
técnica cirúrgica ortognática anticipada, dentários 2 e 3 bilaterais que vão corrigir a
osteotomia de segmentação dos maxilares pro-inclinação dos órgãos dentários
e mentoplastia. O propósito deste trabalho anteriores maxilares.
é demonstrar as vantagens em termos de Resultado: Se obtém um resultado post-
tempo de trabalho e em termos dos cirúrgico ótimo imediato que dentro dos
resultados cosméticos e funcionais do parâmetros clínicos está em condições de
nosso protocolo em comparação da cirugía voltar para o tratamento ortodôntico para
convencional. a estabilidade da oclusão dental, alcançar
Método: O protocolo da cirugía um reposicionamento dos órgãos dentáis
ortognática anticipada e as osteotomías de dentro das suas bases ósseas e corrigir
segmentação para pacientes com o detalhes da mordida aberta anterior.
diagnóstico de classe III esquelética, tem a Discussão: O protocolo da cirugía
finalidade de obter uma óptima relação ortognática antecipada em conjunto com
esquelética sagital e vertical, os tecidos asosteotomias de segmentação dos
moles em adequada posição e uma oclusão maxilares e a mentoplastia, encurta do
dental correcta e estável. A relação jeito significativo o tratamento
esquelética sagital se vai obter pela ortodôntico-cirúrgico, os resultados
etroposição da mandíbula por osteotomías cosméticos e funcionais são excelentes
sagitais bilaterais da rama mandibular, a mais do que com o protocolo convencional
relação esquelética bilateral se vai obter da cirugia ortognática posterior ao
pela posterorrotação maxilomandibular tratamento ortodôntico.
obtidas com osteotomías sagitais bilaterais
Conclusão: Nosso caso clinico está
da rama mandibular e osteotomia tipo
mostrando que o protocolo da cirugia
Lefort I maxilar, em estabilidade, os tecidos
ortognática anticipada mais osteotomias

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80
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

de segmentação mais mentoplastia foi um


sucesso e os resultados cosméticos e
funcionais são esperados pela nossa equipe
e pelo nosso paciente.

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81
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

1938

SEQUELA DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA:


PSEUDOARTROSE DE MAXILA
Gabriela Pedroso de Oliveira; Lucas Cavalieri Pereira; Giulia
Quarentei Barros Brancher; Aladim Gomes Lameira Júnior; Flavio
Alves de Andrade

Em alguns casos específicos, o tratamento Com a cirurgia ortognática, esperava-se


ortodôntico por si só não consegue obter uma melhora no perfil da paciente, e
reestabelecer uma oclusão ideal, sendo uma oclusão ideal tanto estática como
necessária cirurgia ortognática para funcional para a paciente. O tratamento foi
correção dessa oclusão. Com um bom ortodôntico-cirúrgico, com correção da
planejamento, execução e deformidade dento-facial com giro horário
acompanhamento, a maxila pode ser da maxila, com impactação de 3mm
reposicionada cirurgicamente em uma posterior, a partir de osteotomia Le Fort I,
relação estável com a mandíbula, e vice-e- avanço da mandíbula de 4mm com
versa. A estabilização completa, a osteotomia sagital bilateral de mandíbula,
preservação dos tecidos moles pela incisão e recuo do mento em sua posição original
adequada e a fixação adequada durante a com osteotomia em Z, para melhorar a
fase de cicatrização são essenciais para harmonia mentual. Houve uma melhora no
alcançar esse objetivo. Paciente CLBS, 38 perfil e na estética da paciente. A paciente
anos, gênero feminino, com oclusão Classe desenvolveu um perfil em Classe I, houve
I de Angle, mas perfil classe II, com maxila uma diminuição da projeção do mento, e
móvel à manipulação e mento em má uma melhora estética e funcional. A
posição, projetado anteriormente e cirurgia ortognática permitiu o avanço da
mordida aberta anterior. A mesma havia mandíbula, impactação da maxila e recuo
passado por cirurgia ortognática prévia há mentual, obtendo a correção do perfil
10 anos. Ao analisar radiografia Classe II e a mordida aberta anterior,
panorâmica, nota-se a ausência de resultando numa importante melhora do
formação óssea devido à fixação maxilar perfil e da estética facial, além da presença
feita erroneamente, causando a mordida de estabilidade na maxila inexistente
aberta previamente dita. Para o anteriormente, com o restabelecimento da
planejamento, foram utilizadas função, autoestima e qualidade de vida.
radiografias panorâmicas, de perfil e TC de
crânio, além de modelos de gesso
montados em articulador para cirurgia de
modelo e confecção de guia cirúrgico.

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ORTOGNÁTICA

1939

CORREÇÃO DE DEFORMIDADE
ESQUELÉTICA FACIAL CLASSE II ASSOCIADA
À OCLUSÃO CLASSE I DE MOLARES:
RELATO DE CASO
Guilherme Paladini Feltrin; Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli; Bruno
Henrique Alonso da Luz; Déborah Laurindo Pereira Santos; Daniel
Ricaldoni de Albuquerque

A deformidade dento-esquelética facial traz grandes benefícios aos pacientes


tem íntima relação com a qualidade de vida operados, com sensível melhora na relação
e atratividade pessoal. Altos percentuais entre os dentes, músculos, ossos,
dessas deformidades têm relação com a respiração, fonação, posição da língua,
depressão clínica, neuroses, complexo de articulação temporo-mandibular,
inferioridade, auto-estima baixa, mastigação, digestão e em muitos casos, no
qualidade de vida e saúde em geral. As relacionamento social. O presente trabalho
deformidades dos ossos da face podem se tem o objetivo de relatar e discutir a forma
originar de distúrbios de crescimento, de tratamento proporcionada a um caso
síndromes e anomalias específicas, clínico de paciente com deformidade
traumas na face, ou serem de origem esquelética classe II, associada a oclusão
genética, dentre outros fatores. Embora classe I de caninos e molares, onde a
alguns casos brandos de deformidade e má paciente apresentava queixas funcionais e
oclusão possam ser corrigidos por meio de estéticas. A mesma apresentava face longa,
tratamentos ortodônticos e modificações com eversão do lábio superior,
no crescimento, a má oclusão severa retrognatismo mandibular e mento pouco
ultrapassa essa esfera de tratamento, projetado, overjet de 02 mm, além de vasta
sendo necessária a intervenção cirúrgica exposição dos incisivos superiores com
por meio de correção óssea e ortodôntica. sorriso gengival. Dessa forma, foi
A cirurgia ortognática está indicada para planejado cirurgicamente um giro anti-
pacientes com desarmonias esqueléticas e horário do complexo maxilomandibular
dentárias quando há um excesso ou falta de com avanço mandibular e intrusão maxilar.
crescimento das bases ósseas da face. Essas O correto diagnóstico proposto para o caso,
alterações podem estar localizadas em um realizado pela análise facial e radiográfica,
só osso dos maxilares ou ser um problema manipulação dos modelos de gesso,
combinado, envolvendo a maxila e planejamento virtual e plano de
mandíbula. A correção das deformidades tratamento conjunto com o ortodontista
faciais, por meio da cirurgia ortognática, determinaram a precisão do procedimento,

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ORTOGNÁTICA

com segurança e previsibilidade, onde


houve grande ganho estético para a
paciente assim como a resolução de seu
problema funcional.

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ORTOGNÁTICA

1975

EVIDÊNCIAS DA TAXA DE REABSORÇÃO


CONDILAR APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM
DEFORMIDADES CLASSE II OU III:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
William Phillip Pereira da Silva; Valthierre Nunes de Lima; Gustavo
Antonio Correa Momesso; Osvaldo Magro Filho; Leonardo Perez
Faverani

Correções cirurgicas das deformidades temporomandibular`` “cirurgia


dentofaciais por meio das osteotomias ortognática” “e” "côndilo
mandibulares podem ocasionar alterações mandibular".Total de 1.371 artigos foram
morfológicas nos côndilos, com identificados inicialmente e após a
repercussões clínicas na ATM e possiveis remoção de artigos duplicados e seguindo
recidivas da deformidade. Esta revisão os critérios de inclusão e exclusão, foram
sistemática tem como objetivo,analisar as selecionados 6 artigos para a análise
alterações condilares após cirurgia qualitativa. Os parâmetros identificados
ortognática por osteotomia sagital em todos os artigos foram: primeiro autor,
bilateral dos ramos mandibulares ano de publicação, tipo de estudo, nível de
associada ou não a cirurgia maxilar. A evidência, tempo de estudo, número de
pesquisa foi realizada em três bases de pacientes, padrão de deformidade
dados:Pubmed, Cochrane e Embase, de esquelética, gênero, idade média, tipo de
acordo com o método PRISMA e índice osteotomia, tipo de fixação, tempo de
PICO. População:pacientes com maxilo-bloqueio mandibular no pós-
deformidades de classe II ou III. operatório, acompanhamento, exame de
Intervenção: cirurgia ortognática para imagem, software utilizado para análise,
recuo mandibular através de OSBRM taxa de reabsorção condilar,
associada ou não à osteotomia Le Fort I e sintomatologia da ATM e recidiva.Para os
fixada com placas e parafusos e/ou dados da taxa de reabsorção, os estudos
parafusos bicorticais; Comparação: que apresentaram média da largura e altura
cirurgia ortognática para avanço dos côndilos, a área condilar foi mensurada
mandibular através de OSBMR associada no período pré e pós-operatório. Para os
ou não à osteotomia Le Fort I e fixada com dados de volume, mediu-se a diferença
placas e parafusos e/ou parafusos entre a porcentagem de formação e o
bicorticais; Desfecho:taxa de reabsorção volume condilar de reabsorção.Os valores
condilar. Através de duas estratégias de da taxa de reabsorção condilar variaram
busca, com os descritores: ``cirurgia entre 0% a 4,2%.Foi observada alguma
ortognática`` ``articulação sintomatologia da ATM, causando melhora

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ORTOGNÁTICA

ou persistência dos sintomas no pós-


operatório.Quanto ao potencial de
recidiva, foi descrita com valores
superiores a 2 mm ou até 6,4 mm.
Independentemente do movimento
cirúrgico analisado, a taxa de reabsorção
condilar foi baixa, mostrando que as
cirurgias realizadas por cirurgiões
treinados com técnicas eficientes, levam a
menores complicações.

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ORTOGNÁTICA

2030

NOVO PROTOCOLO PARA PLANEJAMENTO


DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA, INTEIRAMENTE
VIRTUAL
Matheus Dantas de Araújo Barretto; Flávio Wellington da Silva
Ferraz; José Renato Linhares Fernandes; Daiane Betiatto; José
Benedito Dias Lemos

Introdução: Os protocolos clínicos para Método: Para verificar a acurácia desse


planejamento virtual de cirurgias novo protocolo clínico, realizamos o
ortognáticas tem sido baseados no planejamento de 5 pacientes a serem
protocolo CASS, Computed Aided Surgical submetidos a cirurgia ortognática.
Simulation (Xia, 2005) e no protocolo de Comparamos com a tomografia
Swennen (2007). Os quais baseiam-se: 1. computadorizada, por meio de
na orientação do crânio na posição natural sobreposição da base do crânio. Foram
da cabeça, 2. registro da relação central medidas divergências do posicionamento
condilar e 3. na substituição dos dentes. da maxila de forma linear e angular.
Para esse último passo, os protocolos Resultados/Discussão: Observamos
atuais se utilizam de moldagem e modelos divergência dos resultados pós-operatórios
de gesso escaneados ou tomografados, para em no máximo 1,5 mm de distância linear
substituir os dentes da tomografia e 2,2o de alteração linear, resultados
computadorizada. Temos como objetivo comparados aos encontrados no protocolo
nesse trabalho propor um novo protocolo CASS.
para substituir o terceiro passo. Através da
Conclusão: Concluimos que o novo
utilização do escaneamento intra-oral dos
protocolo para cirurgia ortognática, livre
arcos maxilares, criando modelos virtuais
de moldagens e modelo de gesso, foi
dos dentes para substituição dos dentes da
preciso para esse grupo de pacientes.
tomografia, e avaliar sua precisão.

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ORTOGNÁTICA

2031

NOVO PROTOCOLO PARA PLANEJAMENTO


DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA, INTEIRAMENTE
VIRTUAL
Matheus Dantas de Araújo Barretto; Flávio Wellington da Silva
Ferraz; José Renato Linhares Fernandes; Daiane Betiatto; José
Benedito Dias Lemos

Introdução: Os protocolos clínicos para Método: Para verificar a acurácia desse


planejamento virtual de cirurgias novo protocolo clínico, realizamos o
ortognáticas tem sido baseados no planejamento de 5 pacientes a serem
protocolo CASS, Computed Aided Surgical submetidos a cirurgia ortognática.
Simulation (Xia, 2005) e no protocolo de Comparamos com a tomografia
Swennen (2007). Os quais baseiam-se: 1. computadorizada, por meio de
na orientação do crânio na posição natural sobreposição da base do crânio. Foram
da cabeça, 2. registro da relação central medidas divergências do posicionamento
condilar e 3. na substituição dos dentes. da maxila de forma linear e angular.
Para esse último passo, os protocolos Resultados/Discussão: Observamos
atuais se utilizam de moldagem e modelos divergência dos resultados pós-operatórios
de gesso escaneados ou tomografados, para em no máximo 1,5 mm de distância linear
substituir os dentes da tomografia e 2,2o de alteração linear, resultados
computadorizada. Temos como objetivo comparados aos encontrados no protocolo
nesse trabalho propor um novo protocolo CASS.
para substituir o terceiro passo. Através da
Conclusão: Concluimos que o novo
utilização do escaneamento intra-oral dos
protocolo para cirurgia ortognática, livre
arcos maxilares, criando modelos virtuais
de moldagens e modelo de gesso, foi
dos dentes para substituição dos dentes da
preciso para esse grupo de pacientes.
tomografia, e avaliar sua precisão.

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ORTOGNÁTICA

2039

TENSÕES DE DEFORMAÇÃO EM PLACAS


DURANTE A SIMULAÇÃO DE GENIOPLASTIA
COM AVANÇO MENTUAL
Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;Viviane Ferreira Ramos;
Michelle Alonso Coutinho; Sabrina Morelli de Oliveira; Gabriela
Alves Menezes

O objetivo do presente estudo foi avaliar as instaladas as placas. Todas as placas foram
distribuições das tensões de deformação submetidas à aplicação de forças
em placas não customizadas durante a perpendicular e oblíqua de 5N diretamente
simulação de mentoplastia de avanço por na região do mento. Os resultados
meio do método de elementos finitos. mostraram que a placa Stryker apresentou
Placas não customizadas (Stryker - com 6 diferenças de tensões entre os parafusos da
mm de avanço e seis parafusos - e mandíbula e do segmento móvel, o que não
Osteomed - com 6 mm de avanço e quatro ocorreu na placa da Osteomed. Em relação
parafusos) foram utilizadas para à força perpendicular, a placa Osteomed
comparação. Todos os parafusos utilizados apresentou maior tensão (1506 MPa).Em
apresentaram o mesmo comprimento (10 relação à força oblíqua, as
mm) e o mesmo sistema de fixação (2.0). placas apresentaram valores elevados.
Para a marca Osteomed fixaram-se dois Com relação aos parafusos, os
parafusos na mandíbula e dois no posicionados no segmento móvel
segmento móvel. Para a marca Stryker, apresentaram maior acúmulo de tensões
fixaram-se três parafusos na mandíbula e que os posicionados na mandíbula. Pode-
três no segmento móvel. Foram gerados se concluir que a placa Styker apresentou
quatro modelos virtuais em um programa melhor distribuição de tensões de
de desenho computacional (Rhinoceros), deformação quando submetida à
onde foram simulados os avanços e mentoplastia de avanço.
Referências: Ellis E 3rd. Rigid skeletal fixation of fractures. J Oral Maxillofac Surg. 1993 Feb;51(2):163-
73.Ellis E 3rd, Ghali GE. Lag screw fixation of mandibular angle fractures. J Oral Maxillofac Surg. 1991
Mar;49(3):234-43.Gateno J, Forrest KK, Camp B. A comparison of 3 methods of face-bow transfer
recording: implications for orthognathic surgery. J Oral MaxillofacSurg. 2001 June;59(6):635-
40.Gateno J, Xia J, Teichgraeber JF, Rosen A, Hultgren B, Vadnais T. The precision of computer-
generated surgical splints. J Oral Maxillofac Surg. 2003 July;61(7):814-7.Vasco MAA, Souza JTA, Casas
EB, Silva ALRC, Hecke M.A method for constructing teeth and maxillary bone parametric model from
clinical CT scans. Comp Meth Biomech Biomed Engineer: Imag Visualiz. 2015;3(3):117-22. Xia JJ,
Gateno J, Teichgraeber JF, Yuan P, Chen KC, Li J et al. Algorithm for planning a double-jaw orthognathic
surgery using a computer aided surgical simulation (CASS) protocol. Part 1: planning sequence. Int J
Oral Maxillofac Surg. 2015 Dec;44(12):1431-40.

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89
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2042

CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA


CORREÇÃO DE DISCREPÂNCIA DE BOLTON:
RELATO DE CASO
Camila de Oliveira Tomaz; Leandro Eduardo Kluppel; Rafaela
Scariot de Moraes; Rafael Correia Cavalcante; Fernando Antonini

Em associação com o tratamento O objetivo deste trabalho é relatar um caso


ortodôntico, a cirurgia ortognática pode clínico de cirurgia ortognática segmentar
resolver diferentes tipos de maloclusões de mandíbula para corrigir a discrepância
presentes nas deformidades dentofaciais. A de Bolton . A extração do incisivo inferior
análise de Bolton é frequentemente usada associada à osteotomia sagital bilateral dos
para medir a relação mesiodistal entre ramos mandibulares e osteotomia
dentes maxilares e mandibulares. Quando sinfisária visando a constrição do arco foi
a discrepância de Bolton é causada por planejada para conseguir oclusão e
excesso de volume dental ântero-inferior, harmonia facial adequadas. A discrepância
ele pode ser corrigido de diferentes pré-existente transversal dentária e
maneiras: desgaste dental interproximal esquelética foi corrigida, sugerindo que um
seletivo, alterações na angulação planejamento cirúrgico meticuloso
vestíbulo-lingual ou mesiodistal de dentes associado a uma mensuração odontológica
anteriores, extração de incisivos e esquelética adequada é obrigatório para
mandibulares ou criando espaço no arco diagnosticar e tratar a discrepância de
superior entre laterais e caninos. Em casos Bolton. O acompanhamento da paciente
de discrepância de Bolton mais graves, no um ano pós-operatório mostrou uma
entanto, tais manobras corretivas podem relação maxilo-mandibular adequada, bem
não ser suficientes para conseguir uma como oclusão estável e estética facial
oclusão adequada, transformando a satisfatória.
cirurgia em um tratamento de escolha.

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90
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2049

ANÁLISE CEFALOMÉTRICA COMPUTADORIZADA


DO ESPAÇO DAS VIAS AÉREAS EM PACIENTES
CLASSE II DE ANGLE SUBMETIDOS À CIRURGIA
ORTOGNÁTICA
Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto; Viviane Ferreira Ramos;
Michelle Alonso Coutinho; Sabrina Morelli de Oliveira; Gabriela
Alves Menezes

A análise cefalométrica computadorizada cefalométrica foi realizada por meio de


tem sido largamente utilizada para telerradiografias cefalométricas em norma
mensurar o espaço das vias aéreas em lateral, uma pré-operatória (T0) e uma pós-
pacientes portadores de Classe II de Angle operatória realizada após trinta dias (T1).
submetidos à cirurgia ortognática. Este As imagens foram avaliadas por três
trabalho tem por objetivo ilustrar, através examinadores considerando critérios
do software Dolphin 11.0TM, o aumento das específicos. A análise dos dados revelou
vias aéreas posteriores em pacientes que houve aumento estatisticamente
submetidos à Cirurgia Ortognática significante (teste t pareado) no período T1
Combinada. A amostra constou da análise quando comparado ao T0, nas medidas do
de 30 indivíduos do gênero feminino comprimento do palato (p=0,002),
apresentando Classe II de Angle. A análise tamanho da nasofaringe.

Referências: (pCleft Palat J. 1988 Oct; 25 (4): 374-8.Bertolo RM, Oliveira MG, Meurer MI. Estudo
comparativo de análises cefalométricas: manual, computadorizada e computadorizada-manual, em
norma lateral. Rev Odonto ciênc 2002 out-dez: 17(38): 398-404.1.Fairburn SG, Waite PD, Vilos G,
Harding SM, Bermeuter W, Cure J, Cherala S. Three-dimensional changes in upper airway of patients
with obstructive sleep apnea following maxillomandibular advancement. J Oralmaxillofac Surg. 2007;
65: 6-12.1.Goodday R. Diagnosis, tretament planing, and surgical correction of obstructive sleep apnea.
J Oralmaxillofac Surg. 2009; 67: 2183-2196.1. Hierl T,Hümpfner-Hierl H, Frerich B, Heisgen U,
Hemprich A, Bosse-Henck A. Severity of obstructive sleep apnea syndrome-correlation with
cephalometric parameters. Wien Med Wochenschr. 1996; 146 (13-14): 361-3.1.Sant’Ana E, Rodrigues
MTV, Ferreira GR, Gurgel JA. Sindrome do apneia obstrutiva do sono (SAOS) – o papel da cirurgia
ortognatica no aumento das vias aéreas superiores. Ortodontia. 2006 Jan-Mar; 39 (1): 56-63.

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5-9 de setembro de 2017
91
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2071

UTILIZAÇÃO DO POLIMETILMETACRILATO
COMO TRATAMENTO ESTÉTICO PARA
DEFEITO EM REGIÃO PARANASAL: RELATOS
DE CASOS CLÍNICOS
Diego Tosta Silva; Bruna Pedral Sampaio de Souza Dantas; Andressa
Teixeira Martiniano da Rocha; Lorena Mendonça Ferreira; Weber
Céo Cavalcante

Introdução: O tratamento de defeitos Discussão: O polimetilmetacrilato


estéticos causados por hipoplasia (PMMA) é um material aloplástico,
anteroposterior de maxila podem ser biocompatível, não-degradável, de baixo
resolvidos de várias formas, entre elas custo, facilmente encontrado na maioria
destaca-se a cirurgia ortognática de avanço dos hospitais, utilizado para o
maxilar. Porém, eventualmente a mesma preenchimento na correção de defeitos
não é suficiente ou não é uma possibilidade faciais congênitos ou adquiridos, tem fácil
aceita por seus portadores, neste caso manipulação, pode ser fixados com
pode-se optar como terapêutica os parafusos de titânio, disponibilidade de
enxertos autógenos e uma grande vários tamanhos permitindo melhor
diversidade de biomateriais - heterógenos adaptação ao leito receptor e falta de
e aloplásticos - que podem ser utilizados morbidade do sitio doador.
como substitutos ósseos. Em região Conclusão: Em situações onde a
paranasal esses materiais podem ser movimentação maxilo-mandibular não
lançados como opção viável para obtenção seja uma alternativa aceitável, a
de resultados satisfatórios. A escolha da camuflagem cirúrgica com implantes
técnica a ser utilizada para este tipo de customizados de PMMA podem resolver
reconstrução cirúrgica depende de vários defeitos em região paranasal.
fatores.
Objetivo: relatar casos clínicos sobre a
segurança e a eficiência do emprego do
Polimetilmetacrilato (PMMA) como
tratamento estético de deformidade em
região paranasal.

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5-9 de setembro de 2017
92
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2093

A CIRURGIA ORTOGNÁTICA E O SEU IMPACTO


SOBRE A DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
ESTUDO PROSPECTIVO ATRAVÉS DA ANÁLISE DO
ÍNDICE DE HELKIMO
Henrique Cabrini Moreira; Fábio Ricardo Loureira Sato; Andreia
Ferreira Ribeiro; Bruna Costa de França Marques Roma; Roger
William Fernandes Moreira

Introdução: O índice Helkimo, é um dos mandibular (IMM) no pré-op: 06 pacientes


principais índices preconizados na com o índice ligeiramente reduzido, 03
literatura para avaliar o grau de disfunção severamente e 01 paciente com mobilidade
têmporomandibular acometido pelo normal. 06 meses de pós-operatório: 07
paciente. Seu objetivo é categorizar os pacientes com mobilidade ligeiramente
indivíduos acometidos com DTM através reduzida e 03 pacientes com a mobilidade
da severidade de sinais clínicos.1 severamente reduzida. 09 pacientes
Métodos: 10 pacientes submetidos à apresentavam uma abertura maior ou igual
cirurgia ortognática bimaxilar no Hospital a 40mm, e apenas 01 com restrição. No
dos Defeitos da Face foram avaliados acompanhamento do caso, 08 pacientes
através do índice de Helkimo nos períodos permaneceram com abertura maior ou
pré-operatórios e comparados com o pós- igual a 40mm e 02 pacientes com abertura
operatório de 3 e 6 meses. Os dados foram reduzida.
coletados no período de Agosto de 2016 a Discussão: Helkimo foi um dos primeiros
Janeiro de 2017. a descrever índices para a avaliação da
Resultados: O índice de disfunção no DTM. É utilizado uma análise clínica onde
pré-op era de: 06 pacientes com disfunção avalia: limitação da amplitude bucal, dor
suave, 03 pacientes com disfunção muscular, limitação na função da ATM, dor
moderada e 01 pacientes com disfunção na ATM e no movimento mandibular.
severa. 06 meses de P.O: índice de Sendo classificado numericamente através
disfunção permaneceu com 05 pacientes do índice de sua DTM. No trabalho de
em quadro suave e 05 pacientes com Wolford2 e Panula et al3, ambos relatam que
quadro moderado. Referente aos ruídos pacientes com DDF são propensos a
articulares, no pré-operatório: 05 desenvolver algum tipo de DTM.
pacientes apresentavam ruídos e 05 Respectivamente, 49.3% e 73.3% dos
pacientes ausência. Estes valores pacientes com DDF apresentam sinais e
permaneceram inalterados com 06 meses sintomas de DTM. Piero Cascone4 em seu
de cirurgia. O índice de mobilidade trabalho, fez uma análise da literatura e
concluiu que vários artigos referem

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5-9 de setembro de 2017
93
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

melhoras, pioras e também a estagnação do


quadro de DTM.
Conclusão: Frente ao estudo realizado, a
grande maioria dos pacientes não
apresentaram mudanças em relação ao seu
quadro de disfunção temporomandibular
quando comparado os período pré e pós-
operatório.

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94
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2107

A IMPORTÂNCIA DO CORRETO POSICIONAMENTO


DOS SEGMENTOS PROXIMAIS NA OSTESSÍNTESE
MANDIBULAR EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: REVISÃO
DA LITERATURA E RELATO DE CASO
Christopher Cadete de Figueiredo; Erick Andres Alpaca Zevallos;
Alexander Sverzut

Introdução: A Osteotomia Sagital dos Foram realizados osteotomia de maxila


Ramos Mandibulares (OSRM) é um método tipo Lefort I para avanço de maxila de 6 mm
efetivo e amplamente utilizado para a com reposicionamento inferior de 2 mm e
correção de prognatismo ou retrognatismo OSRM para correção de linha média
mandibular. Apesar da sua grande eficácia, mandibular 2mm a esquerda e fixação com
o posicionamento condilar durante a 3 parafusos de forma posicional em cada
Fixação Interna Funcionalmente Estável lado. Paciente apresentou no pós-
(FIFE) ainda é um desafio, devido ao operatório mordida em topo anterior e
deslocamento do côndilo de sua posição cruzada posterior, além de dor nas ATM’s.
original nos 3 planos espaciais. O objetivo Na TC foi observado que os côndilos
deste trabalho foi realizar uma revisão de estavam deslocados lateralmente a fossa
literatura sobre a técnica de glenóide. A oclusão ideal não foi atingida
posicionamento dos segmentos proximais mesmo com a introdução de terapia com
visando a FIFE das OSRM e apresentar um elásticos pesados, foi realizada então a re-
relato caso clínico de um posicionamento intervenção cirúrgica para
incorreto dos côndilos mandibulares após a reposicionamento. Os parafusos da fixação
FIFE. mandibular foram removidos com os cotos
Relato do caso: Paciente do sexo proximais bem posicionados foi realizado
feminino, leucoderma, 31 anos, sem nova fixação. Paciente evoluiu no pós-
doenças sistêmicas nem vícios, operatório com oclusão estável como
apresentando deficiência vertical e ântero- planejada.
posterior de maxila e desvio de linha média Conclusão: O correto posicionamento
mandibular procurou a área de Cirurgia e dos côndilos na fossa glenóide antes da
Traumatologia Bucomaxilofacial da FOP- fixação é de extrema importância para se
UNICAMP para tratamento com cirurgia prevenir complicações pós-operatórias. O
ortognática. tratamento cirúrgico demonstrado obteve
resultado satisfatório e se mostrou eficaz.

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95
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2110

PLANEJAMENTO VIRTUAL TRIDIMENSIONAL


NO TRATAMENTO DAS ASSIMETRIAS FACIAIS:
SÉRIE DE CASOS
Luiz Carlos Alves Junior; Mariana Lima de Figueiredo; Adriano
Rocha Germano; Victor Diniz Borborema dos Santos; Wagner
Ranier Maciel Dantas

Introdução: As assimetrias faciais Pode ser observados as diferenças nos


moderadas e severas são deformidades comprimentos dos gaps ósseos após as
muito comuns e de grande dificuldade de osteotomias de cada lado e os contatos
correção cirúrgica. No tratamento das ósseos prematuros entre os segmentos
assimetrias faciais, observa-se dificuldade proximais e distais; com grande precisão
de precisão no diagnóstico e planejamento pode-se corrigir as linhas médias dentária
pelos métodos tradicionais, relacionado a e facial a partir do tecido ósseo.
camuflagem exercida pelo tecido mole. Resultados: No pós-operatório de 1 ano,
Com o planejamento virtual, é possível a os pacientes apresentam estabilidade nos
obtenção tridimensional com precisão do resultados, sem sinais de recidiva,
tecidos ósseo e mole facial, possibilitando apresentando harmonia facial ou um
a resolução desses obstáculos através da padrão de assimetria aceitável, nos casos
realização de cirurgias virtuais e da em que não houve total condicionamento
impressão de guias cirúrgicos. do tecido mole.
Objetivo: Discutir e relatar o diferencial Discussão: Deste forma, o planejamento
do planejamento virtual para o tratamento virtual tridimensional torna-se viável por
de assimetrias faciais através da discussão principalmente melhorar a previsibilidade
de uma série de casos clínicos. e dar referências que previnam as possíveis
Métodos: Foram realizados os dificuldades dos movimentos cirúrgicos no
planejamentos virtuais em seis pacientes trans-operatório.
diagnosticados com assimetria severa a Conclusão: O planejamento virtual é
moderada, foi possível verificar antes das extremamente indicado nos casos de
cirurgias as áreas de colisão ósseas devido assimetria facial severa e moderada,
as mudanças nos três planos espaciais e contribuindo para melhores resultados
modificar determinados movimentos com faciais deste o diagnóstico até o trans-
objetivo de evitar grande colisões ósseas no operatório.
trans-operatório.

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96
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2143

MANEJO DO ANGIOEDMA AGUDO EM


PACIENTE SUBMETIDO A CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO
Hugo José Correia Lopes; Luiz Carlos Moreira Junior; Adriano Rocha
Germano; Petrus Pereira Gomes; José Sandro Pereira da Silva

Introdução: Angioedema neurótico é um de C1-INH evidenciou padrão de


edema agudo envolvendo os tecidos normalidade.
submucoso ou subcutâneo, é mais Resultados: O paciente evoluiu
frequente localizado em regiões orais e apresentando sinais iniciais de regressão
maxilofaciais, podendo ocasionar do edema após 10 horas do início do
obstrução das vias aéreas. Sua etiologia tratamento intensivo. Após o 5º de pós-
está frequentemente associada com operatório apresentou considerável
reações de hipersensibilidade regressão do edema e teve alta hospitalar
imunologicamente mediada que provocam no 9º dia pós-operatório. Paciente evoluiu
elevada resposta inflamatória. O objetivo é com melhora, regressão do edema e teve
relatar um caso de um paciente que alta da UTI após 5 dias.
desenvolveu um episódio de Angioedema
Discussão: Há basicamente dois tipos de
Agudo após cirurgia ortognática.
angioedema: o hereditário e o adquirido. O
Métodos: Paciente, 23 anos, sem angioedema hereditário pode ser do tipo I,
histórico de alterações sistêmicas ou quando apresenta a concentração do C1
reações alérgicas, apresentando assimetria inibidor de esterase (C1-INH) abaixo do
facial e perfil facial III. Devido a normal, ou do tipo II, quando apresenta a
discrepância maxilomandibular o paciente concentração do C1-INH normal, no
foi submetido a cirurgia ortognática. No entanto este é disfuncional. O angioedema
primeiro dia de pós-operatório, evoluiu adquirido ocorre em pacientes que
com edema generalizado, em toda a região fabricam anticorpos para o C1-INH.
da face, e dificuldade de via aérea. A
Conclusão: Devido a manifestação
Tomografia computadorizada (TC), revelou
aguda, com o risco de obstrução de via
edema difuso em face, acentuado por
aérea, é importante diagnosticar a
enfisema subcutâneo. Apresentando,
condição precocemente e, caso a condição
assim, um quadro clínico sugestivo de
se desenvolva, manter uma via aérea
angioedema agudo. Foi admitido na UTI, e
pérvia.
administrado dose de ataque de Fernegan
(2ml) e Hidrocortisona 200mg/ml 8/8
horas, além da traqueostomia profilática
para manutenção das vias aéreas. O exame

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2170

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA DO TERÇO MÉDIO


DA FACE COM DETERMINAÇÃO DO VETOR DE
ALONGAMENTO POR MEIO DE PLANEJAMENTO
CIRÚRGICO VIRTUAL
Gustavo Luiz Alkmin Paiva; Flávio Wellington da Silva Ferraz; Maria
Eduina da Silveira Lucca; Gustavo Grothe Machado; Maria Paula
Siqueira de Melo Peres

Introdução: Osteotomias maxilares distração osteogênica auxiliada por


geram bons resultados estéticos e planejamento virtual em paciente com
funcionais em pacientes que necessitam de hipoplasia severa de maxila e zigoma.
movimentos moderados de avanço do terço Métodos: Foi realizado o planejamento
médio de face. Entretanto, avanços virtual para se determinar o exato vetor de
maiores que 10 mm têm taxas de recidiva alongamento ósseo para a correção de
maiores, além de incrementarem o risco de deformidade facial tridimensional severa.
danos à vascularização de todo o segmento. A adaptação do distrator foi realizada
A distração osteogênica é uma opção previamente à cirurgia em um modelo
terapêutica para casos de deficiência esteriolitográfico com o vetor
severa do terço médio de face, pois predeterminado. Por meio de osteotomia
possibilita maior estabilidade e elimina o tipo Le Fort III modificada, ambos
uso de enxertos ósseos. Contudo, os distratores intraorais foram instalados,
aparelhos intraorais de distração são deixando-se a haste de ativação por
fixados sem total controle do correto local extraoral. As ativações iniciaram após uma
de sua instalação e do vetor de fase de latência.
alongamento ósseo, o que determina
Resultados: Após término da fase de
imprecisões inaceitáveis para uma terapia
ativação, foi atingida a oclusão de classe I,
tão rebuscada. Assim, movimentos ósseos
correção da inclinação transversal e da
indesejáveis podem ocorrer, o que pode
linha média maxilar, sem necessidade de
demandar nova cirurgia para a correção
cirurgia mandibular ou complementação
desta sequela, o que inviabiliza a escolha
cirúrgica na maxila.
desta opção. Com o avanço do
planejamento cirúrgico virtual, é possível Discussão: A associação do planejamento
determinar corretamente o vetor de virtual para direcionar a implantação do
alongamento ósseo e criar guias cirúrgicos distrator intraoral, e consequente
que auxiliem no preciso posicionamento utilização do correto vetor de crescimento
dos dispositivos de distração. O objetivo ósseo, recoloca a distração osteogênica
deste trabalho é descrever a utilização da como opção confiável e eficaz na correção

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98
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

dos casos de deformidade esquelética


severa da face.
Conclusão: A distração osteogênica de
terço médio de face utilizando dispositivos
intraorais com vetores de alongamento
predeterminados por meio do
planejamento virtual é uma forma estável e
previsível para a correção de deformidade
dentofacial severa.

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ORTOGNÁTICA

2212

FECHAMENTO DE MORDIDA ABERTA


ANTERIOR EM PACIENTE COM DISPLASIA
CLEIDOCRANIANA: ACOMPANHAMENTO
DE 3 ANOS
Rai Heidenreich; Carlos Eduardo Chrzanowski Pereira de Souza;
André Luís Chiodi Bim; Matheus Spinella de Almeida; José Nazareno
Gil

Displasia cleidocraniana é uma desordem frontal, hipertelorismo e ausência de


óssea causada por um defeito no gene clavícula bilateral. Ao exame clínico extra-
CBFA1, com herança autossômica oral foi observado simetria de face,
dominante. Dentre as muitas prognatismo mandibular, deficiência de
características clínicas, os defeitos projeção maxilar e ausência de exposição
envolvem principalmente as clavículas e o do incisivo central superior. Ao decorrer do
crânio. As manifestações dentárias seu crescimento, a paciente recebeu
revelam retenção prolongada dos dentes tratamento multidisciplinar pela equipe de
decícuos, dentes permanentes não Ortodontia e Cirurgia Bucomaxilofacial.
erupcionados e dentes supranumerários. O exame clínico intra-oral pré-cirúrgico
Na maxila é observado o palato estreito e revelou uma relação dentária classe III e
arqueado, aumento na prevalência de mordida aberta anterior. Após solicitar
fenda palatina, associação a um arco exames radiográficos e tomografia
zigomático fino, seios maxilares pequenos computadorizada, foi possível visualizar
ou ausentes. A mandíbula apresenta-se um déficit de desenvolvimento maxilar
com ramos mandibulares estreitos e com uma exposição do incisivo central
processo coronoide delgado, inclinação superior negativa de 12 mm em relação ao
anterior da mandíbula e prognatismo lábio superior em repouso e deficiência
mandibular. O tratamento para os maxilar antero-posterior de 4 mm.
problemas odontológicos variam de A partir do diagnóstico estabelecido, foi
extrações, autotransplantes de dentes realizado tratamento ortodôntico pré-
impactados, tracionamento ortodôntico e cirúrgico e, posteriormente, planejamento
cirurgia ortognática para correção de virtual com o programa Dolphin Imaging 3-
deformidade dos maxilares. D. Foi proposto um avanço de 4 mm e
Este trabalho relata o caso de uma paciente reposicionamento inferior de 12 mm em
do sexo feminino, 21 anos, leucoderma, maxila e rotação horária da mandíbula.
portadora de displasia cleidocraniana
apresentando ausência de fusão da bossa

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

Sobre anestesia geral foi realizado cirurgia


ortognática bimaxilar no qual teve início
pela maxila, sendo conduzida por guias
cirúrgicos criados virtualmente. Com o
intuito de estabilizar o movimento maxilar,
foi realizado interposição de enxerto
corticomedular de crista ilíaca no gap
cirúrgico da maxila. O último controle
clínico e radiográfico de 3 anos revelou
ausência de recidiva e estabilidade oclusal.

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ORTOGNÁTICA

2225

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA DISCREPÂNCIA


ENTRE O EIXO DE ROTAÇÃO CONDILAR
ANATÔMICO OBTIDO VIRTUALMENTE E O
OBTIDO POR AXIOGRAFIA NO PLANEJAMENTO
VIRTUAL DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Ana Carolina Carneiro de Freitas; Fábio Yanikian; Soo Kim Young
Weffort; Solange Mongelli de Fantini; Flávio Wellington da Silva
Ferraz

Introdução: Os planejamentos cirúrgicos de rotação condilar anatômico foi obtido


virtuais utilizam informações das imagens através da união dos centros anatômicos
geradas por TC ou TCFC associados a virtuais de cada cabeça da mandíbula. As
modelos 3D das arcadas dentárias gerados diferenças entre os eixos foram analisadas
por escaneamento dos modelos de gesso ou nos planos vertical e horizontal. Para
por escaneamento intraoral1-2. A analisar os efeitos da rotação, foram
localização do eixo de rotação condilar tem determinados dois pontos de referência na
sido de interesse nos planejamentos mandíbula (linha mediana inferior – LMI –
cirúrgicos virtuais para prever os efeitos da e pogônio – Pg) e comparado a diferença
rotação mandibular tanto nas variações entre cada eixo nas rotações de 2º, 5º e 8º.
verticais da maxila como na quantidade da O teste t pareado foi utilizado para
abertura da mandíbula para a construção examinar as diferenças entre as médias nas
do guia cirúrgico. O objetivo do presente posições desses pontos (p<0,05).
estudo foi comparar, em ambiente virtual, Resultados: A diferença média entre os
o eixo de rotação condilar obtido por pontos dos eixos foi de 2,33mm e 3,03mm
axiografia com o anatômico obtido no plano horizontal e vertical,
virtualmente. respectivamente. 71,43% dos pontos do
Métodos: foram selecionados 14 eixo axiográfico estavam em uma direção
indivíduos, com dentadura permanente ântero-inferior em relação ao eixo
completa, entre 20 e 35 anos e sem anatômico. Houve diferença
alterações na morfologia das ATMs. Foi estatisticamente significante na posição
determinado pelo axiógrafo Axi-Path III dos pontos LMI e Pg nos planos horizontal
Recorder (Panadent) o eixo de rotação e vertical.
condilar verdadeiro e individual para cada Conclusão: o eixo de rotação condilar
paciente, sendo o mesmo transferido para obtido por axiografia é localizado em uma
o ambiente virtual por meio de TCFC direção ântero-inferior em relação ao
realizada com marcadores fiduciais. O eixo definido anatomicamente e as diferenças

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

encontradas nos efeitos da rotação entre os


eixos não são clinicamente significantes.

Referências:
1. Lindauer SJ, Sabol G, Isaacson RJ, Davidovitch M. Condylar movement and mandibular rotation
during jaw opening. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995 Jun;107(6):573-7.
2. Stokbro K, Aagaard E, Torkov P, Bell RB, Thygesen T. Virtual planning in orthognathic surgery. Int J
Oral Maxillofac Surg. 2014 Aug;43(8):957-65.

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103
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2234

EMBOLIZAÇÃO DE PSEUDOANEURISMA DE
ARTÉRIA MAXILAR DECORRENTE DE
OSTEOTOMIA LE FORT I
Barbara Betty de Lima; Rafaella Rhara de Paiva Abreu; Francisco
Samuel Rodrigues Carvalho; Eduardo Costa Studart Soares;
Henrique Clasen Scarpar

Pseudoaneurismas são complicações raras Dentre as complicações, as hemorragias


comumente decorrentes de alterações envolvendo ramos profundos da artéria
traumáticas da parede vascular. A parede maxilar são de alta gravidade. O objetivo do
do vaso danificada, sob os pulsos presente trabalho é relatar o caso clínico de
sanguíneos da pressão arterial, permite o pseudoaneurisma em um paciente jovem
gotejamento de sangue que fica contido que apresentou episódios de sangramentos
pelos tecidos vizinhos, o que determina um nasais a partir do décimo primeiro dia de
hematoma. O acúmulo progressivo de pós-operatório de cirurgia ortognática. Os
sangue perivascular leva ao sangramento episódios de hemorragia foram
inesperado potencialmente fatal. Sua temporariamente controlados por
ocorrência em cirurgia ortognática, em tamponamento nasal anterior e posterior e
especial quando envolve os ramos da por vídeo-cauterização transnasal,
artéria maxilar durante a osteotomia tipo evoluindo para uma recorrência
Le Fort I, é rara e, quando ocorre, necessita hemorrágica grave e de difícil controle,
de tratamento especializado. levando a severas alterações
Clinicamente, pode ocorrer aumento de hemodinâmicas e choque hemorrágico,
volume pulsátil na área de tecidos com necessidade de cuidados de terapia
submetidos ao trauma cirúrgico ou intensiva. Após o controle mecânico e
acidentais. O diagnóstico definitivo é medicamentoso do sangramento e
evidenciado pela angiografia que detecta transfusão sanguínea, a arteriografia
com precisão a área vascular responsável transoperatória mostrou um
pelo sangramento, orientando a pseudoaneurisma da artéria maxilar direita
terapêutica embolizante. A osteotomia que foi tratado por embolização.
tipo LeFort I é um procedimento cirúrgico
empregado para a correção de
deformidades dento-faciais.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2235

EMBOLIZAÇÃO DE PSEUDOANEURISMA DE
ARTÉRIA MAXILAR DECORRENTE DE
OSTEOTOMIA LE FORT I
Barbara Betty de Lima

Pseudoaneurismas são complicações raras Dentre as complicações, as hemorragias


comumente decorrentes de alterações envolvendo ramos profundos da artéria
traumáticas da parede vascular. A parede maxilar são de alta gravidade. O objetivo do
do vaso danificada, sob os pulsos presente trabalho é relatar o caso clínico de
sanguíneos da pressão arterial, permite o pseudoaneurisma em um paciente jovem
gotejamento de sangue que fica contido que apresentou episódios de sangramentos
pelos tecidos vizinhos, o que determina um nasais a partir do décimo primeiro dia de
hematoma. O acúmulo progressivo de pós-operatório de cirurgia ortognática. Os
sangue perivascular leva ao sangramento episódios de hemorragia foram
inesperado potencialmente fatal. Sua temporariamente controlados por
ocorrência em cirurgia ortognática, em tamponamento nasal anterior e posterior e
especial quando envolve os ramos da por vídeo-cauterização transnasal,
artéria maxilar durante a osteotomia tipo evoluindo para uma recorrência
Le Fort I, é rara e, quando ocorre, necessita hemorrágica grave e de difícil controle,
de tratamento especializado. levando a severas alterações
Clinicamente, pode ocorrer aumento de hemodinâmicas e choque hemorrágico,
volume pulsátil na área de tecidos com necessidade de cuidados de terapia
submetidos ao trauma cirúrgico ou intensiva. Após o controle mecânico e
acidentais. O diagnóstico definitivo é medicamentoso do sangramento e
evidenciado pela angiografia que detecta transfusão sanguínea, a arteriografia
com precisão a área vascular responsável transoperatória mostrou um
pelo sangramento, orientando a pseudoaneurisma da artéria maxilar direita
terapêutica embolizante. A osteotomia que foi tratado por embolização.
tipo LeFort I é um procedimento cirúrgico
empregado para a correção de
deformidades dento-faciais.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2236

CIRURGIA ORTOGNÁTICA COMO


TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNEIA
OBSTRUTIVA DO SONO: RELATO DE CASO
Felipe Gomes Xavier;Roberto Dias Rêgo; Jonas Nogueira Ferreira
Maciel Gusmao; Anderson Maia Meneses; Eliardo Silveira Santos

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono superiores com volume reduzido


(SAOS) é caracterizada pela ocorrência de (tomografia computadorizada) e o
colapsos, parciais ou totais, repetitivos das diagnóstico de Síndrome da Apneia
vias aéreas superiores durante o sono. Esta Obstrutiva do Sono (polissonografia).
desordem do sono acomete cerca de 25% Levando em consideração os achados
dos indivíduos adultos, principalmente de clínicos e complementares, decidiu-se por
caráter moderado e severo. A SAOS está realizar um AMM, em ambiente hospitalar
relacionada com problemas e sob anestesia geral. A efetividade do
cardiovasculares e síndromes metabólicas, AMM no tratamento da SAOS é observada
gerando fadiga, perda na qualidade de vida através da comparação de polissonografias
e deficiência neurocognitiva. Neste pré e pós-operatórias, assim como da
contexto, o avanço maxilomandibular comparação do volume das vias áreas
(AMM) surge como alternativa para superiores em tomografias
pacientes que não se adaptaram a métodos computadorizadas 3D. Além disso, estudos
de tratamento conservadores, ou que demonstram melhora na qualidade de vida
apresentam SAOS grave. Este trabalho tem dos pacientes submetidos a este
como objetivo relatar o caso do paciente tratamento cirúrgico. Atualmente o
F.L.S.B, sexo masculino, 54 anos de idade, paciente encontra-se com 18 meses de pós-
que chegou ao nosso serviço queixando-se operatório, relatando melhora da queixa
de má qualidade do sono. Ao exame clínico, principal. Diante do exposto, o AMM,
observamos sobrepeso, padrão facial tipo II quando comparado a outros tratamentos
e oclusão instável. Os exames cirúrgicos, aparece como a conduta mais
complementares revelaram vias aéreas eficaz no tratamento da SAOS.
Referências:
BOYD, Scott B. Management of obstructive sleep apnea by maxillomandibular advancement. Oral and
maxillofacial surgery clinics of North America, v. 21, n. 4, p. 447-457, 2009.
HSIEH, Yuh-Jia; LIAO, Yu-Fang. Effects of maxillomandibular advancement on the upper airway and
surrounding structures in patients with obstructive sleep apnoea: a systematic review. British Journal
of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 51, n. 8, p. 834-840, 2013.
JASPERS, G. W. et al. Long-term results of maxillomandibular advancement surgery in patients with
obstructive sleep apnoea syndrome. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 51, n. 3, p.
e37-e39, 2013.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2293

TERAPIA COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE


NA RECUPERAÇÃO NEUROSENSORIAL APÓS
OSTEOTOMIA SAGITAL BILATERAL DA
MANDIBULA
Letícia Liana Chihara; Eduardo Santana; Paulo Esteves Pinto Faria;
Denis Pimenta e Souza; Astrid Buysse Temprano

As deformidades dento-facial são tratadas O outro lado foi feito o tratamento placebo.
com a associação da ortodôntia com a Os parâmetro utilizados foram 100mW de
cirurgia ortognática. Uma das técnicas potência, irradiação de 3.6W/cm², 2.8 J de
mais utilizadas para esse tipo de cirurgia é energia por ponto, a densidade da enegia
a osteotomia sagital da mandíbula. Essa foi de 100J/cm a 2,28 segundos em cada
técnica oferece muitas vantagens, mas tem ponto com uma distância de 1 centímero
como desvantagem a parestesia do nervo entre os pontos, realizadas duas vezes por
alveolar inferior. Existem vários semana com no mínimo 10 sessões,
tratamentos que visam a recuperação do iniciando 48 horas após a cirurgia. Foi
feixe vasculonervoso, dentre elas, a terapia realizada avaliação sensorial na primeira,
com laser de baixa intensidade. O objetivo quarta, sétima e décima sessão. Uma
desse estudo foi avaliar a efetividade do melhora significante foi observada com o
laser de baixa intensidade na recuperação tratamento. O tratamento na recuperação
neurosensorial dos tecidos após do nervo alveolar inferior com o laser infra
osteotomia sagital de mandíbula após a vermelho de baixa potência, pode ser
cirurgia ortognática. Doze pacientes foram efetivo, promovendo conforto e apresenta
submetidos à cirurgia ortognática, vantagens se comparado à outras técnicas.
utilizando a técnica da osteotomia sagital e
foram tratados unilateralmente com laser
infra-vermelho de baixa intensidade
(808nm, GaAIAs ativação média), seguindo
o trajeto do nervo alveolar inferior.

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ORTOGNÁTICA

2309

CIRURGIA ORTOGNÁTICA INICIANDO PELA


MANDÍBULA: INDICAÇÕES E SÉRIE DE
CASOS
Luiz Carlos Alves Junior; Mariana Lima de Figueiredo; Adriano
Rocha Germano; José Sandro Pereira da Silva; Wagner Ranier
Maciel Dantas

Introdução: O correto diagnóstico, Pacientes padrão facial II onde será


planejamento e precisão clínica durante realizado giro anti-horário do plano oclusal
todos os procedimentos que envolvem o e grandes avanços são beneficiados por não
processo para realização da cirurgia gerar guias espessos e minimizar os
ortognática é essencial para alcançar os problemas de translação condilar caso a
melhores resultados. Tradicionalmente o cirurgia iniciasse pela maxila.
planejamento da cirurgia ortognática Resultados: Os pacientes operados com
bimaxilar sempre se inicia pela maxila, que indicação precisa de começar a cirúrgica
após estabilizadas procedia a fixação pela mandíbula, apresenta estabilidade nos
mandibular. Porém existem alguns casos seus resultados e previsibilidade, pela
onde é mais apropriado e preciso começar minimização dos problemas que poderiam
a cirurgia pela mandíbula. ocorrer no trans-operatóro.
Objetivo: Discutir através de uma série de Discussão: A principal desvantagem de
casos onde indicar a cirurgia ortognática começar a cirurgia pela mandíbula é o risco
bimaxilar iniciando pela mandíbula. de separação indesejável da osteotomia
Métodos: os paciente que foram operados mandibular, o que requer capacidade do
com cirurgia ortognática iniciando cirurgião para realizar fixação rígida e
pelamandíbula, requer primeiramente que completar a cirurgia como planejado.
ela seja fixada e estabilizada Conclusão: A cirurgia ortognática
adequadamente após a realização da iniciando pela mandíbula tem suas
osteotomia, através de placas e parafusos, indicações específicas com concretos
parafusos bicorticais, ou uma combinação fatores que respaldam as vantagens que a
destas, de maneira que forneça uma fixação forma tradicional de iniciar pela maxila.
interna estável.

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ORTOGNÁTICA

2325

OSTEOTOMIA SUBAPICAL TOTAL DE


MANDÍBULA PARA CORREÇÃO DE
DEFORMIDADE DENTOFACIAL CLASSE II
DIVISÃO I: RELATO DE CASO CLÍNICO
Isabela Polesi Bergamaschi; Leandro Eduardo Kluppel; Delson João
da Costa; Nelson Luis Barbosa Rebellato; Fabiano Galina

A maloclusão Classe II divisão I é uma das Duas modalidades de tratamento foram


deformidades dentofacias mais comuns na oferecidas à paciente: avanço mandibular
prática clínica, sendo que sua prevalência através de osteotomia sagital bilateral de
na população é de 13%. Problemas leves e mandíbula associada a genioplastia ou
moderados associados a relação de Classe osteotomia subapical total de mandíbula
II em pacientes jovens (com crescimento mantendo mento em posição e eliminando
ativo) podem ser conduzidos apenas com a necessidade de genioplastia. A segunda
tratamento ortodôntico. No entanto, para opção foi a escolhida. Uma incisão em
correção completa de discrepâncias formato de “V” foi realizada de região
severas ou casos nos quais o crescimento já retromolar direita até região retromolar
tenha cessado, é necessário combinar os esquerda. Um anel de osso cortical foi
tratamentos ortodôntico e cirúrgico. O removido ao redor do forame mentoniano,
principal objetivo do presente estudo é com o objetivo de criar espaço em volta do
relatar um caso de osteotomia subapical nervo de mesmo nome. Após avanço de
mandibular total para correção de segmento alveolar, a fixação foi conduzida
deformidade dentofacial Classe II divisão I. com placas e parafusos do sistema 2.0. O
O presente caso clínico aborda sobre uma follow-up de nove meses pós-cirúrgico
paciente do gênero feminino, 19 anos de mostrou estabilidade, oclusão melhorada,
idade, a qual foi encaminhada ao assim como satisfação estética por parte da
departamento de Cirurgia e Traumatologia paciente.
Buco-maxilo-facial da Universidade
Federal do Paraná com queixas estéticas
relacionados ao mento, além de
maloclusão.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2352

TRATAMENTO DE HIPOPLASIA DO TERÇO


MÉDIO FACIAL
Diogo de Vasconcelos Macedo; Pedro Henrique de Azambuja
Carvalho; Valfrido Antônio Pereira Filho; Marcelo Silva Monazzi; Liogi
Iwaki Filho

Introdução: Atualmente, a mobilização Discussão: Diversas técnicas visam o


do terço médio é realizada com base nos tratamento da hipoplasia do terço médio
princípios estabelecidos há mais de um facial, incluindo mobilização e avanço do
século por Rene Le Fort. A osteotomia complexo ósseo, distração osteogênica e
clássica Le Fort III, derivada dessa utilização de materiais aloplásticos. Não
classificação e descrita por Tessier, foi existe um protocolo rígido que define a
aplicada como uma alterativa à correção de escolha do tratamento, mas o mesmo deve
deformidades faciais. A técnica focar na resolução dos estigmas faciais e
original sofreu modificações ao longo do função adequada do sistema mastigatório.
tempo que aumentaram sua aplicabilidade Conclusões: Um diagnóstico abrangente,
ao mesmo tempo que diminuíram a incluindo todos os aspectos clínicos e
morbidade associada, e estenderam suas tomográficos, bem como o conhecimento
indicações para além dos pacientes das limitações inerentes à cada técnica, é
sindrômicos. fundamental para que resultados positivos
Métodos: Este trabalho tem por objetivo e estáveis sejam atingidos ao final do
relatar dois casos de correção de tratamento.
deformidades dento-faciais com
acometimento severo do terço médio da
face e discuti-los frente a uma breve
revisão da literatura sobre o avanço de
terço médio – através de uma osteotomia
Le Fort III - e o recontorno facial com
materiais aloplásticos macroporosos,
vantagens destas técnicas e possíveis
complicações.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2382

TRATAMENTO ORTODÔNTICO CIRÚRGICO


DE PACIENTE COM FISSURA PÓS FORAME:
RELATO DE CASO
Júlia Santos Cerqueira; Mariana Vitória Gomes Viana; Pauline
Magalhães Cardoso; Roberto Almeida de Azevedo; Inêssa da Silva
Barbosa

Introdução: As fissuras lábiopalatinas Métodos: relato de caso de tratamento


são as deformidades craniofaciais com cirurgia plástica primária, ortodontia
congênitas mais prevalentes e decorrem da e cirurgia ortognática em paciente
ausência de proliferação e planificação dos portador de fissura pós-forame nas Obras
processos faciais que originam o complexo Sociais Irmã Dulce (OSID).
crânio facial no período embrionário. Sua Discussão: A abordagem cirúrgica em
etiologia é multifatorial, estando associada fissurados é feita em diversos processos ao
a fatores genéticos e ambientais. As longo do crescimento do paciente.
fissuras pós-forame acometem o palato e Recomenda-se esperar o tempo de
podem ser completas ou incompletas amadurecimento esquelético para que a
(Spina et al, 1972). Normalmente levam a cirurgia ortognática tenha um melhor
desarmonias durante o crescimento prognóstico. A ortodontia nesse processo
craniofacial, resultando em retrusão e tem um importante papel ao acompanhar o
deficiência transversa maxilar além de um crescimento e desenvolvimento
crescimento mandibular no sentido craniofacial e definir o ritmo em que os
horário (divergente). O tratamento de procedimentos cirúrgicos acontecerão.
fissuradas necessita de um protocolo
Conclusão: A fissura afeta os aspectos
interdisciplinar de modo a estabelecer a
estéticos e psicossociais do indivíduo,
qualidade de vida ao paciente. O objetivo
tratar desse paciente é importante para
desse trabalho é relatar um caso de cirurgia
restabelecer não só estética mas
ortognática associada ao tratamento
funcionalidade oral.
ortodôntico em um paciente portador de
fissura pós forame com retrusão de maxila.
Referências:
Jeffrey N. James, Bernard J. Costello, Ramon L. Ruiz, Management of Cleft Lip and Palate and Cleft
Orthognathic Considerations.Oral Maxillofacial Surg Clin N Am 26 (2014) 565–572.
Abreu, Amara et al. Interdisciplinary treatment of an adult with bilateral cleft lip and palate with
missing premaxilla: The prosthodontic perspective.J Prosthet Dent 2015;114:609-613.
Ahmad,Kaleem et al. Multidetector computed tomographic evaluation of maxillofacial trauma. Asian
Journal of Medical Sciences, Oct-Dec 2014, Vol 5, Issue 4.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2424

USO DO PROTOCOLO UNIVERSAL PARA


SIMULAÇÃO VIRTUAL 3D NO TRATAMENTO
DA ASSIMETRIA FACIAL: RELATO DE CASO
Bruno Alvarez Quinta Reis; Fernando Melhem Elias; Felipe Alexander
Caldas Afonso

O planejamento cirúrgico constitui uma padrão facial tipo III, mordida cruzada do
das principais etapas no tratamento das lado direito e anterior, alteração do eixo Z
deformidades dentofaciais, principalmente da maxila. Documentação ortodôntica
se associadas à assimetria facial, nos quais revelou a presença de discrepância
o planejamento convencional em duas maxilomandibular esquelética.
dimensões (2D) não reproduz com acurácia Cintilografia óssea com ênfase nas ATMs
as medidas e os movimentos cirúrgicos não evidenciou hipercaptação condilar,
necessários. Diante desse desafio, a sugerindo ausência de crescimento ativo.
evolução dos equipamentos e softwares Após exame físico e de imagens, foi
médicos possibilitou o desenvolvimento da diagnosticada má-oclusão de origem
Simulação Virtual tridimensional (3D), que esquelética e assimetria facial. Finalizado o
representa uma mudança de paradigma no preparo ortodôntico e realizada simulação
manejo destas patologias, permitindo o virtual 3D seguindo o Protocolo Universal,
tratamento de casos complexos com alta o paciente foi submetido à cirurgia
previsibilidade. Dentre os vários ortognática bimaxilar. Evoluiu de maneira
protocolos de Simulação Virtual 3D satisfatória no pós-operatório, sendo
descritos na literatura, o Protocolo realizada a finalização ortodôntica 60 dias
Universal (Melhem, 2014), modificado do após a cirurgia. Este relato salienta a
protocolo CASS (Xia e Gateno, 2009), importância do planejamento cirúrgico
destaca-se por não utilizar marcadores virtual no tratamento da deformidade
fiduciais para o registro da posição neutra dentofacial e assimetria facial associada,
da cabeça e permitir a previsão do possibilitando prever, com maior precisão,
posicionamento condilar pré-operatório. O as interferências ósseas durante o
objetivo deste trabalho é relatar um caso de reposicionamento da maxila e da
deformidade dentofacial e assimetria, no mandíbula. O protocolo Universal
qual foi realizada Simulação Virtual 3D mostrou-se simples na sua execução e
utilizando o Protocolo Universal: Paciente reprodutível por não exigir a utilização de
GMCS, 27 anos, masculino, encaminhado dispositivos ou softwares específicos, bem
para avaliação e tratamento de assimetria como acurácia semelhante à literatura
facial. Ao exame físico apresentava científica, após sobreposição da tomografia
laterognatismo mandibular à direita, pós-operatória sobre o planejamento 3D.

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5-9 de setembro de 2017
112
APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2433

ANÁLISE TOMOGRÁFICA DA CAVIDADE NASAL


DE INDIVÍDUOS COM DEFORMIDADE MAXILAR
TRANSVERSA APÓS EXPANSÃO DA MAXILA
CIRURGICAMENTE ASSISTIDA
Eduardo Stedile Fiamoncini; Bruno Gomes Duarte; Bruna Barcelos
Ferreira; Valfrido Antônio Pereira Filho; Eduardo Sanches Gonçales

A expansão da maxila cirurgicamente As análises foram realizadas por meio de


assistida (EMCA) tem como principal tomografias computadorizadas de feixe
objetivo o aumento da dimensão cônico pré e pós-operatórias de 29
transversal da arcada dentária superior em indivíduos adultos com deficiência
indivíduos com atresia maxilar. Seus transversal da maxila, submetidos à
efeitos, no entanto, não são restritos ao expansão da maxila cirurgicamente
processo dentoalveolar da maxila, atuando assistida. Mensuração volumétrica do
também sobre a cavidade nasal e o espaço espaço aéreo nasal e medidas lineares das
das vias aéreas superiores. O presente dimensões transversais da cavidade nasal
estudo teve o objetivo de avaliar a foram realizadas por meio do software
ocorrência de alterações dimensionais da Dolphin Imaging 11,7. Os dados obtidos
cavidade nasal e do volume do espaço aéreo foram tabulados e submetidos à análise
nasal em indivíduos submetidos a estatística pelos testes de variância
expansão da maxila cirurgicamente ANOVA e Tukey (p).
assistida, utilizando 2 desenhos de
osteotomia distintos.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2443

IMPLANTE DE POLIETILENO DE ALTO PESO


MOLECULAR ASSOCIADO AO SISTEMA DE FIXAÇÃO
CUSTOMIZADO EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA DE
PACIENTE COM SÍNDROME DE CROUZON
Nayara Cristina Monteiro Carneiro; Jose Thiers Carneiro Junior; Ana
Karla da Silva Tabosa; Douglas Voss; Paulo Hemerson de Moraes

Introdução: A síndrome de Crouzon de osteotomias e um implante de


caracteriza-se principalmente por uma polietileno de alto peso molecular (PAPM)
hipoplasia do terço médio facial, com o foram previamente moldados ao crânio
paciente apresentando perfil côncavo da virtual e reproduzidos. Após a confecção
face. Severos retrognatismos maxilares, das miniplacas customizadas, o implante
requerem tratamento reconstrutivo aloplástico foi inserido a elas para serem
coadjuvante à cirurgia ortognática de fixados de forma associada à maxila do
avanço de maxila. Materiais aloplásticos paciente, durante o ato cirúrgico.
constantemente são utilizados para Resultados: Os resultados estéticos
reconstrução dos contornos ósseos nestas foram otimizados com o uso do implante
deformidades (Yaremchuk M,et al, 2011). O de polietileno. A sobreposição do crânio
planejamento virtual aliado à tecnologia virtual (arquivo STL) à reconstrução
CAD-CAM, permite, atualmente, o tomográfica 3D pós-cirúrgica, demonstrou
manufaturamento de miniplacas e guias de uma alta precisão do sistema customizado
osteotomias customizados 3D, que de fixação óssea.
encaixam-se perfeitamente à anatomia
Discussão: O PAPM é um material que
óssea do paciente (Philippe B, 2013). Este
garante a reconstrução precisa das
trabalho visa descrever a utilização do
deficiências ósseas maxilares, não exibe as
implante de polietileno associado ao
complicações associadas aos enxertos
sistema de fixação ósseo customizado,
ósseos autógenos (Kozakiewicz M, et al,
manufaturados em impressora 3D, durante
2013) e melhora os resultados estéticos
a cirurgia ortognática de um paciente com
alcançados com o avanço maxilar. Além
síndrome de Crouzon com severa
disso, os resultados alcançados associando
hipoplasia maxilar.
este material às miniplacas customizadas
Métodos: Paciente portador de síndrome planejadas virtualmente são mais
de Crouzon, apresentando atresia maxilar previsíveis (Brunso J, et al, 2016).
severa e má oclusão classe III foi tratado
Conclusão: Em pacientes que necessitam
através de cirurgia ortognática de avanço
de cirurgias ortognáticas para correção de
maxilar planejada virtualmente.
severas hipoplasias maxilares, o emprego
Miniplacas de titânio customizadas, guias
do sistema de fixação customizado

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

associado ao implante de PAPM é uma boa


opção de tratamento, pois o enxerto
melhora os ganhos estéticos alcançados
com a osteotomia Le fort I.

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2511

CORREÇÃO DE ASSIMETRIA FACIAL NA ERA


DA SIMULAÇÃO VIRTUAL 3D
Bruno Alvarez Quinta Reis; Felipe Alexander Caldas Afonso;
Fernando Melhem Elias

Introdução: O planejamento cirúrgico da maxila, primeiramente corrigindo a


virtual constitui etapa fundamental no linha média e, após, a rotação axial (yaw), o
tratamento das deformidades dentofaciais desnível da maxila (cant), a posição vertical
complexas, sobretudo nos casos de dos incisivos superiores, o ângulo do plano
assimetrias, quando os métodos oclusal (roll), a posição anteroposterior das
tradicionais de planejamento podem se bases ósseas e os segmentos proximais.
mostar limitados. Na era virtual, a evolução Finalmente, realizou-se o ajuste artístico
tecnológica tem possibilitado o do perfil mole, buscando a correção de
desenvolvimento de novos métodos de eventuais limitações do programa de
simulação cirúrgica, realizados no planejamento.
computador, com a utilização de Resultados: Clinicamente, observou-se
protocolos específicos. Dos protocolos de correção completa da assimetria dentária e
simulação conhecidos, o Protocolo esquelética e a melhora na estética facial.
Universal (Elias, 2014) tem sido aceito A reprodução da simulação na cirurgia foi
devido à simplicidade operacional. constatada com a sobreposição da
Objetivo: O objetivo deste trabalho é tomografia computadorizada pós-
relatar um caso de assimetria facial, no operatória ao planejamento cirúrgico.
qual foi realizada simulação virtual 3D Discussão: Com a utilização da simulação
utilizando o Protocolo Universal. virtual 3D e, especificamente do Protocolo
Método: Paciente do sexo masculino, com Universal, observou-se previsibilidade do
27 anos de idade, que apresentava resultado, que dificilmente seria conferida
laterognatismo, desnível da maxila e pelos métodos tradicionais. Ainda, foi
padrão oclusal classe III de Angle foi possível determinar antes da cirurgia,
submetido à simulação virtual com o quais seriam as áreas de interferências
protocolo estudado. Partindo da posição de ósseas que ocorreriam no
relação cêntrica, a sequência de reposicionamento da maxila e da
planejamento incluiu a movimentação da mandíbula.
arcada inferior, e consequentemente da Conclusão: O protocolo Universal
mandíbula, para a posição de máxima mostrou-se eficaz e acurado na simulação
intercuspidação com a maxila. A partir de virtual 3D do caso de assimetria facial
então, ambas as bases ósseas foram apresentado, sugerido que possa ser
movimentadas em conjunto, em função das utilizado rotineiramente no planejamento
medidas dos dentes superiores e estruturas de casos de maior complexidade.

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ORTOGNÁTICA

2515

PLANEJAMENTO VIRTUAL EM CIRURGIA


ORTOGNÁTICA: DA MAXILA AO MENTO.
TEMOS PRECISÃO?
Marcelo Leite Machado da Silveira; Saulo Hilton Botelho Batista;
Rodrigo Fromer

Introdução: O planejamento virtual em paciente encontra-se com 1 ano de pós-


cirurgia ortognática tem conquistado cada operatório e sem sinais de recidiva ou
vez mais espaço, trazendo facilidades e alterações oclusais. A mesma apresenta-se
previsões no tratamento das deformidades satisfeita com o resultado estético
dentofaciais. As facilidades do tratamento alcançado.
auxiliado pelo planejamento virtual Discussão: O presente caso demonstra
incluem menor tempo de tratamento, como o planejamento virtual pode auxiliar
maior previsibilidade do resultado final, o profissional a alcançar o melhor
além da confecção de guias cirúrgicos resultado para o seu paciente. No presente
personalizados que auxiliam o foi possível remover interferências com
posicionamento e fixação inclusive em base nos achados computacionais e
casos de assimetrias faciais. confeccionar guias para maxila e
Métodos: O presente relato de caso tem mandíbula afim de trazer a melhor forma
por objetivo demonstrar como essas para a correção da deformidade
ferramentas virtuais podem ser utilizadas apresentada.
nos tratamentos das assimetrias faciais. Conclusões: Ferramentas de
Uma paciente do sexo feminino, 27 anos de planejamento virtual são úteis para casos
idade foi tratada para a correção de uma de assimetrias e devem ser cogitadas
assimetria causada por hiperplasia condilar quando do planejamento inicial.
do lado esquerdo. Ao exame físico se Atualmente, a facilidade de acesso a esse
observava presença de cant maxilar tipo de tratamento tem diminuído os
associada ao desvio mandibular para o lado custos e facilitado sua aplicação na prática
direito e presença de mordida profunda. A cirúrgica diária.
assimetria gerava também uma assimetria
mentual que foi tratada por planejamento
virtual e confecção de guia de mento.
Resultados: Apesar da hiperplasia
condilar, não foi necessária a realização de
condilectomia pois o padrão de
crescimento encontrava-se estagnado. A

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APRESENTAÇÃO ORAL

ORTOGNÁTICA

2519

GUIAS DE CORTE E POSICIONAMENTO


CONFECCIONADOS COM TÉCNICAS DE
CAD/CAM NA CORREÇÃO DE DEFICIÊNCIA
TRANSVERSAL DA MANDÍBULA
Bruno Alvarez Quinta Reis; Felipe Alexander Caldas Afonso;
Fernando Melhem Elias

Introdução: A simulação virtual 3D tem confeccionados. A correção cirúrgica foi


sido utilizada rotineiramente nos casos de realizada em dois tempos, sendo o primeiro
cirurgias ortognáticas, e usualmente é para expansão maxilar e mandibular, e o
transferida para o momento da cirurgia segundo para avanço maxilomandibular,
com guias oclusais intermediário e final expansão mandibular adicional e
impressos. Entretanto, casos mais mentoplastia de avanço.
complexos podem demandar recursos Resultados: O paciente apresentou boa
adicionais, como os guias de corte e evolução, sendo a acurácia da simulação
posicionamento. comprovada pela sobreposição do
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é planejamento 3D com a tomografia pós-
relatar um caso complexo de atresia da operatória imediata.
maxila e mandíbula, no qual foram Discussão: Os resultados do caso
utilizados guias de corte e posicionamento, demonstraram a confiabilidade de guias de
confeccionados por técnicas de desenho e corte e reposicionamento no manejo de
manufatura assistidos por computador casos complexos, sobretudo na
(CAD-CAM) CAD/CAM, para facilitar a estabilização de múltiplos segmentos de
transferência da simulação virtual para o osteotomias mandibulares.
paciente no momento da cirurgia.
Conclusão: Conclui-se que guias de corte
Método: Foi simulado virtualmente e posicionamento confeccionados com
utilizando-se o Protocolo Universal (Elias, base no Protocolo Universal foram
2014) a cirurgia ortognática de um paciente adequados no caso relatado para a
de 31 anos de idade, do sexo masculino, transferência da simulação virtual para o
que apresentava deficiência mandibular, paciente no momento da cirurgia.
padrão oclusal classe II de Angle, desvio
das linhas médias maxilar e mandibular, e
deficiência transversal da maxila e da
mandíbula. Além dos guias oclusais
intermediário e final, guias de corte e
posicionamento da mandíbula foram

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118
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

829

RESSECÇÃO CIRÚRGICA DE ADENOMA


PLEOMÓRFICO
Camilla Siqueira de Aguiar; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte
Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

O adenoma pleomórfico é o tipo de O adenoma continua seu desenvolvimento,


neoplasia benigna mais comum das caso não seja removido completamente. O
glândulas salivares, podendo sugerir presente trabalho tem como objetivo
malignidade quando há crescimento descrever um caso clínico de uma paciente,
rápido, dor, envolvimento do nervo facial e gênero feminino, melanoderma, 29 anos de
adenopatia cervical. A idade de idade, no qual procurou o Ambulatório de
aparecimento está entre 40 e 60 anos de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo
idade e tem uma prevalência maior no Facial da Universidade Federal de
gênero feminino. Os lugares mais Pernambuco queixando-se de um aumento
acometidos são: as glândulas parótidas, de volume na região submandibular do
salivares menores e submandibulares. O lado esquerdo. Ao exame clínico observou-
diagnóstico para tumores das glândulas se uma lesão na região de parótida
salivares depende de um exigente e preciso esquerda, bem delimitada, de consistência
diagnóstico patológico e de seus exames firme e indolor. Foi solicitado um exame de
não invasivos os quais incluem ultrassom, imagem (ultrassom), que comprovou o
sialografia, tomografia computadorizada e diagnóstico inicial e a paciente foi
imagem de ressonância magnética. O encaminhada ao bloco cirúrgico para
tratamento cirúrgico mais recomendado é realizar a ressecção do tumor com
a exérese completa da lesão, indispensável parotidectomia parcial, sob anestesia
para evitar possível recorrência. geral. Com o presente trabalho conclui-se
Dependendo da localização, tamanho, que o adenoma pleomórfico, é um tumor
profundidade e volume da lesão, a escolha benigno com características diversificadas
da técnica cirúrgica para o tratamento do e que a escolha da técnica cirúrgica vai
adenoma pleomórfico pode variar. depender da profundidade da lesão,
extensão e sua relação com o nervo facial.

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5-9 de setembro de 2017
119
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

832

EXÉRESE DE LINFANGIOMA CÍSTICO EM


PACIENTE PORTADOR DE
NEUROFIBROMATOSE TIPO I
Camilla Siqueira de Aguiar; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte
Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

A neurofibromatose também conhecida De acordo com essa classifacação essas


como Doença Cutânea de Von lesões podem aparecer isoladas ou os 3
Recklinghausen, segue um modo de subtipos contidos dentro da mesma lesão.
transmissão dominante autossômico, é O linfagioma cístico vai exibir grandes
hereditária e pode afetar várias gerações, espaços císticos macroscópicos,
ocorrendo com maior frequência em semelhantes a cistos. Os linfagiomas
homens. Sua etiologia é desconhecida, mas apresentam uma maior predileção pelo
atualmente acredita-se que os sexo masculino 2:1, pela região da cabeça e
neurofibromas são derivados das Células pescoço e costuma se desenvolver na
de Schwann. Essa patologia pode ser infância. Quando acomete a região cervical
classificada em 9 tipos, porém a do é mais comum no triângulo posterior, com
presente caso está relacionada com o tipo conformidade de massa amolecida, bem
I, ocorrida com maior frequência, deste circunscrita, apresentando ponto de
modo essa doença vai apresentar alguns flutuação. A excisão cirúrgica é o
sinais patognomônicos como : nódulos tratamento mais indicado, porém há a
hiperpigmentados da íris (Nódulos de dificuldade de remover a lesão por
Lisch) e máculas cutâneas completo, tem uma taxa de recidiva baixa,
hiperpigmentadas (manchas café-com- e a possibilidade de regressão é quase nula.
leite). O linfagioma é definido como tumor Este trabalho tem por finalidade relatar o
hamartomatoso beníngno de vasos caso clínico de um paciente do gênero
linfáticos, podendo ser considerado como masculino, anos, portador da Doença
uma malformação congênita nos vasos Cutânea de Von Recklinghausen e
linfáticos. Classifica-se o Linfagioma em 3 Linfagioma Cístico em região
tipos: Linfagioma Simples(Capilar), submandibular direita, no qual foi
Cavernoso, e Cístico. realizado o tratamento cirúrgico.

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5-9 de setembro de 2017
120
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1419

É NECESSÁRIO TRATAMENTO RADICAL PARA


UM OSTEOMA DE MANDÍBULA?
RELATO DE CASO
Mariana Natalia Tardelli; Marcelo Augusto Cini; Marcus Vinicius
Satoru Kasaya; Jéssica Lemos Gulinelli; Pamela Leticia dos Santos

Introdução: Osteomas são tumores Com hipótese diagnóstica de osteoma, foi


benignos, que se desenvolvem a partir do indicado exérese da lesão com reabilitação
osso maduro compacto ou esponjoso. por prótese customizada de articulação
Acredita-se que sejam neoplasmas temporomandíbular. Paciente encontra-se
verdadeiros e que sua etiologia possa ser com 04 meses de pós-operatório, sem
oriunda de reações osteogênicas e tração queixa, boa abertura bucal e em boa
muscular contínua, processos oclusão.
inflamatórios, eventos hamartomatosos, Discussão: Muitos são os tratamentos
ou ainda, estágio final de cicatrização de descritos para esta patologia, que vão de
traumas. São lesões benignas latentes e controle clínico-radiográfico a exérese
que, algumas vezes, podem ser cirúrgica, necessitando ou não de
proservadas, sem necessidade de cirurgia. reconstrução/reabilitação, tamanho e
Métodos: Paciente do gênero masculino, localização da lesão são pontos relevantes
46 anos, leucoderma, procurou para eleição do tratamento.
atendimento no ambulatório do Hospital Conclusão: Mesmo se tratando de uma
Assunção Rede Dor em São Bernardo do entidade benigna, com baixa taxa de
Campo - São Paulo, com queixa de recidiva, o presente caso necessitou de um
aumento de volume assintomático em tratamento radical e reabilitador para a
região pré-auricular à esquerda, com articulação temporomandibular em virtude
tempo de evolução de 08 meses. Ao exame de sua localização que impossibilitou
físico notou-se nódulo na região superior biomecanicamente a realização de um
do ramo mandibular, endurecido, fixo, pele tratamento conservador.
íntegra, ausência de sinais flogísticos ou
linfadenopatia. Ao exame de imagem foi
observada lesão óssea exofítica, base séssil,
de aproximadamente 2,0 x 3,0 cm.

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5-9 de setembro de 2017
121
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1430

PREVALÊNCIA DE MUCOSITE E FATORES


ASSOCIADOS EM PACIENTES SUBMETIDOS À
RADIOTERAPIA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Igor Figueiredo Pereira; Ramon Targino Firmino; Henrique Cortes
Meira; Vladimir Reimar Augusto de Souza Noronha; Vagner
Rodrigues Santos

Introdução: A mucosite é uma lesão de Métodos: Foi desenvolvido um estudo


mucosa com complexa patogênese, sendo retrospectivo transversal com todos os
uma das mais significativas e comuns prontuários médicos (n = 458) de pacientes
complicações em pacientes com câncer, no tratados em um projeto de extensão
entando a literatura é escassa quanto à sua voltado para pacientes com malignidade e
prevalência em pacientes submetidos à irradiados na cabeça e no pescoço, no
radio/quimioterapia com tumores de período de 2006 a 2015. Estudos clínicos e
cabeça e pescoço. demográficos Variáveis foram coletadas.
Objetivo: Determinar a prevalência e os Os dados foram analisados descritivamente
fatores associados à mucosite em pacientes e através de análise de regressão de Poisson
submetidos à radioterapia de cabeça e multivariada com variância robusta.
pescoço.

Referências bibliográficas: Nicolatou-Galitis O, Kouloulias V, Sotiropoulou-Lountou A, , Dardoufas


K, Polychronopoulou A, Athanassiadou P, et al. Oral Mucositis, Pain and Xerostomia in 135 Head and
Neck Cancer Patients Receiving Radiotherapy with or without Chemotherapy. The Open Cancer
Journal, 2011; 4:7-17; De Sanctis V, Bossi P, Sanguineti G, Trippa F, Ferrari D, Bacigalupo A, et al.
Mucositis in head and neck cancer patients treated with radiotherapy and systemic therapies:
Literature review and consensus statements. Crit Rev Oncol Hematol. 2016;100:147-66.

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APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1467

CISTO ODONTOGENICO CALCIFICANTE E


ODONTOMA COMPOSTO NO COMPLEXO
NASOSINUSAL - TRATAMENTO CIRÚRGICO
FUNCIONAL E ESTÉTICO POR MARSUPIALIZACAO
E ENUCLEACAO: RELATO DE CASO
Samuel de Souza Moraes; Lucas Moura Sousa; Isadora Melo
Vilarinho Soares; Ektor Tsuneo Onishi; Maria Candida de Almeida
Lopes

Introdução: O cisto odontogenico duas vezes por dia. O diagnostico


calcificante (COC), ou cisto de Gorlin é uma histopatológico foi cisto de Gorlin. Após 8
patologia rara. Sua ocorrência é de 0.3 – meses de descompressão foi realizada a
0.8% de todos os cistos odontogenicos. O enucleacao com curetagem da lesão
COC cístico é caracterizados por uma lesão associada a plastia óssea da região afetada.
unicística, contendo material fluido ou Resultados: Desobstrução nasal,
semi-sólido associado ou não a outros recontorno facial e melhora na qualidade
tumores. Nosso objetivo é apresentar um de vida da paciente. Após 4 anos de
caso de COC e abordar uma filosofia sobre acompanhamento não há indícios de
tratamento conservador de lesões císticas. recidiva da lesão.
Metodo: Paciente J. B. V., 15 anos, Discussao: O COC manifesta-se como
apresentou-se com queixa de assimetria uma tumefação de crescimento lento,
facial associada à sinusite e dor.Ao exame indolor, afetando por igual, maxila e
tomográfico, observou-se lesão hipodensa mandíbula, com predileção pelo segmento
no seio maxilar direito, provocando anterior. O diagnóstico definitivo de COC é
expansão das corticais ósseas, associada ao feito por exame histológico. O tratamento
incisivo central direito incluso junto à do COC depende da localização e da
parede lateral da cavidade nasal em nível característica histopatológica. A variante
de concha nasal média, causando cística é usualmente tratada de modo
obstrução parcial da cavidade nasal, além conservador por enucleação com
de odontoma composto localizado na curetagem.
região correspondente ao incisivo central
Conclusão: A preservação das estruturas,
direito.Foi realizada biopsia incisional
a remoção da patologia e a reconstrução do
junto a descompressão cirurgica através da
defeito, com foco tanto na reabilitação
instalação de dois dispositivos intra-orais
estética quanto na reabilitação funcional é
na região afetada, sendo a paciente
o principal objetivo seguido. Com isso em
orientada a irrigação com solução salina

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5-9 de setembro de 2017
123
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

mente o tratamento melhorará paciente, de forma semelhante ao nosso


substancialmente a qualidade de vida do caso.

Referências:
1. Gorlin, RJ. The calcifying odontogenic cyst: a possible analogue of the cutaneous calcifying
epithelioma of Malherbe. Oral Surg Oral med Oral Pathol 1962, Vol 15, pp 1235-43.
2. Pogrel, MA. Treatment of keratocysts: the case for decompression and marsupialization. J Oral
Maxillofac. 2005 Vol. 63, 11 pp 1667-73.

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124
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1531

OSTEOCONDROMA EM CÔNDILO
MANDIBULAR, RELATO DE CASO
João Lisboa de Sousa Filho; Paulo Afonso de Oliveira Junior; Danilo
Dressano; Rodrigo Gonçalves; Luciana Shultz

Introdução: O osteocondroma é um Resultado: O tratamento indicado foi a


tumor ósseo benigno que ocorre raramente condilectomia alta através do acesso pré-
nos ossos da face, apresenta incidência auricular modificado – endaural e
aproximada de 1%. A incidência de reposição do disco com duas âncoras. O
transformação sarcomatosa é de 11% exame histopatológico do tumor
quando parte da síndrome e de 1% quando evidenciou osteocondroma.
ocorre isoladamente. Discussão: O osteocondroma ocorre
Relato de caso: Paciente F. B., gênero preferencialmente em ossos longos e,
masculino, 34 anos, caucasiano, raramente, em região maxilofacial. As
apresentou-se ao Serviço de CTBMF do regiões de ocorrência em ossos do crânio e
Hospital Santa Casa de Piracicaba-SP, com face incluem base do crânio, seio maxilar,
queixa de crepitação na ATM esquerda, dor arco zigomático e mandíbula. O
espontânea e à palpação, sem desvio de diagnóstico diferencial de hiperplasia
linha média, abertura bucal 47 mm. condilar unilateral consiste em: o
Segundo exames de imagens foi possível osteocondroma mostra aparência globular
observar na ressonância magnética que o com distorção da morfologia normal e a
côndilo esquerdo apresentava importantes hiperplasia como um processo condilar
alterações degenerativas, com retificação aumentado. Histologicamente apresenta-
do contorno do côndilo, associado a áreas se como lesão constituída de osso
de provável sinovite e derrame articular de proliferativo e tecido semelhante à
aspecto heterogêneo, o disco apresentava- cartilagem hialinizada e uma capa
se deslocado anteriormente. Na tomografia cartilaginosa na superfície da lesão. O
computadorizada observou-se alterações tratamento preconizado é condilectomia
degenerativas na ATM esquerda, alta através de acesso pré-auricular.
caracterizadas por redução do espaço Conclusão: A técnica cirúrgica
articular, com irregularidades dos empregada foi o acesso pré-auricular
contornos ósseos, apresentado erosões modificado – endaural, este acesso permite
corticais, cistos subcondrais, intensa um resultado estético melhor. O
esclerose óssea, sinais de deformidade com diagnóstico preciso do transtorno articular
achatamento e perda da convexidade usual e seu respectivo tratamento são
do côndilo mandibular. O côndilo fundamentais para se alcançarem
mandibular direito, eminência temporal e resultados bons e estáveis em longo prazo.
espaço articular apresentava-se com
morfologia habitual, sem alterações.

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125
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1543

RARO ENCONDROMA EM ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR: CASO CLÍNICO
Francisco Paulo Araújo Maia; Belmiro C. do Egito Vasconcelos;
Emanuel Dias de Oliveira e Silva

Introdução: Os tumores ósseos benignos Resultado: O acompanhamento pós-


compreendem um grupo de lesões que operatório de 2 anos observou-se melhora
afetam diversos ossos do esqueleto axial e na estética, ampliação dos movimentos
apendicular. Cerca de 54% desses tumores mandibulares, ausência de recidiva do
são condrogênicos, com rara ocorrência no tumor como também de sintomatologia
esqueleto maxilofacial. O objetivo desse dolorosa.
trabalho é relatar o tratamento cirúrgico de Discussão: O encondroma é uma
uma lesão condrogênica associada a proliferação benigna da cartilagem hialina,
articulação temporomandibular. geralmente encontrada em ossos longos. O
Metodologia: Paciente do gênero tratamento geralmente é realizado através
feminino, 25 anos, queixando-se de dor em da curetagem ou ressecção, podendo
atm bilateral, com desvio para esquerda no apresentar recidivas ou transformação
movimento de abertura bucal, limitação de maligna.
abertura bucal e apresentando período de Conclusão: O tratamento do encondroma
evolução de 5 anos. Ao exame tomográfico deve ser direcionado para a remoção total
observou-se lesão radiolúcida bem do tumor, no intuito de evitar recidivas,
delimitada envolvendo côndilo mandibular como também restabelecimento da função
esquerdo. Procedimento cirúrgico foi do paciente.
realizado através de acesso pré-auricular e
submandibular para condilectomia alta
seguida pela fixação do fragmento.

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126
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1547

PREVALÊNCIA DE OSTEONECROSE DOS


MAXILARES POR BISFOSFONATOS
ASSOCIADA À EXODONTIA:
REVISÃO SISTEMÁTICA
Luiza Bastos Nozari;Viviane Neves Pacheco;Adriana Corsetti

Introdução: Esse trabalho visa a análise Resultados: Foram selecionados dois


de dados do presente tema através de uma artigos com grupo controle e sete sem
revisão sistemática da literatura, tendo em grupo controle. Os estudos revelaram uma
vista a análise de dados recentes para que prevalência maior de osteonecrose em
se possa obter um entendimento mais usuários de bisfosfonatos por via
aproximado do uso de bisfosfonatos e sua intravenosa.
ligação à ocorrência de osteonecrose Conclusão: Não há evidencias que
associada à exodontia. justifiquem a pausa do tratamento para a
Metodologia: A identificação e seleção realização de extração dentária em
de artigos começou após aprovação na usuários de bisfosfonatos via oral, porém
Comissão de Pesquisa com uma busca nas em pacientes usuários de bisfosfonatos
bases de dados PubMed e Scoppus, sendo intravenoso torna-se claro o impedimento
selecionados estudos que foram publicados dos procedimentos cirúrgicos de
entre o período do ano de 2003 até abril de exodontias.
2015.

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127
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1592

MIOSITE OSSIFICANTE TRAUMÁTICA DOS


MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO APÓS
EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES:
RELATO DE CASO
Andre Vitor Alves Araujo; Rodrigo Calado Nunes e Souza; Daniel de
Assuncao Cerqueira; Lorenzzo de Angeli Cesconetto; Antonio
Dionizio de Albuquerque Neto

A Miosite Ossificante é uma doença rara Atualmente, a modalidade de tratamento


em que ocorre o desenvolvimento de mais aceita é a excisão cirúrgica da massa
ossificações heterotópicas no interior de ossificada, entretanto, exibe alta taxa de
um músculo. A Miosite Ossificante recidiva. Este relato apresenta o caso de um
Traumática se apresenta com a calcificação paciente de 25 anos, do sexo masculino,
de um músculo que foi submetido a um ou que evoluiu com Miosite Ossificante
diversos episódios de trauma. Na região Traumática dos músculos da mastigação
maxilofacial, existem poucos casos após exodontia dos terceiros molares. Foi
relatados de Miosite Ossificante realizado tratamento cirúrgico que
Traumática, acometendo mais compreendeu a exérese da massa óssea
frequentemente o músculo masseter. associada, coronoidectomia e
Clinicamente, o sinal mais evidente é o condilectomia unilaterais. O paciente
trismo persistente após trauma, com evolui com recidiva após tratamento
impossibilidade de realizar movimentos cirúrgico.
excursivos mandibulares, podendo ou não
apresentar dor.

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5-9 de setembro de 2017
128
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1619

RARO ENCONDROMA EM ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR: CASO CLÍNICO
Francisco Paulo Araújo Maia; Emanuel Dias de Oliveira e Silva;
Belmiro C. do Egito Vasconcelos

Introdução: Os tumores ósseos benignos submandibular para condilectomia alta


compreendem um grupo de lesões que seguida pela fixação do fragmento.
afetam diversos ossos do esqueleto axial e Resultado: O acompanhamento pós-
apendicular. Cerca de 54% desses tumores operatório de 2 anos observou-se melhora
são condrogênicos, com rara ocorrência no na estética, ampliação dos movimentos
esqueleto maxilofacial. O objetivo desse mandibulares, ausência de recidiva do
trabalho é relatar o tratamento cirúrgico de tumor como também de sintomatologia
uma lesão condrogênica associada a dolorosa.
articulação temporomandibular.
Discussão: O encondroma é uma
Metodologia: Paciente do gênero proliferação benigna da cartilagem hialina,
feminino, 25 anos, queixando-se de dor em geralmente encontrada em ossos longos. O
atm bilateral, com desvio para esquerda no tratamento geralmente é realizado através
movimento de abertura bucal, limitação de da curetagem ou ressecção, podendo
abertura bucal e apresentando período de apresentar recidivas ou transformação
evolução de 5 anos. Ao exame tomográfico maligna.
observou-se lesão radiolúcida bem
Conclusão: O tratamento do encondroma
delimitada envolvendo côndilo mandibular
deve ser direcionado para a remoção total
esquerdo. Procedimento cirúrgico foi
do tumor, no intuito de evitar recidivas,
realizado através de acesso pré-auricular e
como também restabelecimento da função
do paciente.
Referências:
1. TOWNSEND C.D., BEUCHAMP R.D., EVERS B.M., MATTOX K.L. Sabiston: Tratado de Cirurgia, A
Base da Prática Cirúrgica Moderna. 18a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Vol I e II.
2. NEVILLE, W.B. et al. Patogia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004.
3. CHOUNG P. H., NAM I.W. An Intraoral Approach to Treatment of Condylar Hyperplasia or High
Condylar Process Fractures Using the Intraoral Vertico-Sagittal Ramus Osteotomy. J Oral Maxillofac
Surg. 56: 563-570, 1998.

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129
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1672

A utilização das rhBMP-2 “Off-Label” em


estratégias de regeneração do tecido
ósseo em ameloblastoma unicístico
Gabriel Cardoso Ramalho; Henrique Celestino Lima e Silva; Roberto
Moreno; Sergio Luis de Miranda

A reconstrução óssea dos maxilares após Além disso, estudos clínicos de longa
ressecções tumorais é uma das tarefas mais duração avaliando as características
difíceis para o cirurgião. As propriedades biomecânicas do osso neoformado após
osteogênicas, osteoindutoras, administração de proteínas ósseas
osteocondutoras e não-antigênicas do osso morfogenéticas ainda são escassos e
autógeno o colocam como o padrão-ouro observa-se estudos que sugerem que BMP-
para a solução de problemas de 2 e seus receptores estão envolvidos nos
disponibilidade óssea. Entretanto, a processos de desenvolvimento de tumores
necessidade de um segundo sítio cirúrgico odontogênicos, que por sua vez além de
para a coleta do enxerto, aumenta estarem presentes nas marcações possui a
significativamente o custo e a morbidade capacidade de formação de material
associados ao procedimento reconstrutivo. mineralizado. Neste contexto, o objetivo
A enxertia óssea ganhou uma excelente deste trabalho é a análise das principais
ferramenta com a descoberta das proteínas características e estrutura das BMP-2, com
ósseas morfogenéticas na década de 60. O enfoque dado às suas aplicações
benefício da obtenção de matriz óssea regenerativas na cirurgia maxilo-facial e de
verdadeira e funcional sem a necessidade descrever um relato de caso de um paciente
de um segundo sítio cirúrgico parece ser a do sexo masculino, 15 anos de idade, com
grande vantagem do uso das proteínas uma lesão de ameloblastoma unicístico,
ósseas morfogenéticas. No entanto, onde o tratamento realizado foi a
aspectos importantes da utilização de enucleação/curetagem associado a
proteínas recombinantes humanas tais reconstrução óssea com BMP-2.
como controle da taxa de liberação da
proteína ao longo do processo de reparo
ósseo, ainda necessitam de estudos
aprofundados para que parâmetros clínicos
de utilização possam ser estabelecidos.

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130
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1682

SINDROME DE LEMIERRE:
UM RELATO DE CASO
Mesack da Silva Soares; Felipe Calile Franck; Danilo Dressano;
Rodrigo Gonçalves; Paulo Afonso de Oliveira Junior

A síndrome de Lemierre é uma severa Após a mudança de prescrição, a paciente


complicação que se apresentava com uma apresentou melhora constante e recebeu
infecção orofaríngea anaeróbia inicial, alta hospitalar. A síndrome de Lemierre é
septicemia, tromboflebite da veia jugular uma doença rara, que acomete adultos
interna e presença de abscessos jovens, com maior frequência a presença da
metastáticos migrando, principalmente, bactéria Fusobacterium necrophorum.
para os pulmões. Radiograficamente, se Edema e rigidez no pescoço em paciente
apresenta com derrames pleurais e com faringite é comum. Infiltrados
infiltrados pulmonares com ausência de pulmonares ocorrem em cerca de 97% dos
cavitações. O tratamento principal para casos. O exame mais útil para diagnóstico é
esse tipo de síndrome é a antibioticoterapia a tomografia computadorizada com
específica para anaeróbios. Paciente F.B., contraste. A exploração cirúrgica para
gênero feminino, 34 anos, leucoderma. ligadura de veia jugular interna é rara,
Encaminhada pelo PS de Piracicaba, no porém para drenagem do abscesso é
qual ficou internada por 8 dias tratando comumente utilizada. O tratamento é a
infecção pericoronária, para a Santa Casa antibioticoterapia com beta-lactâmicos
de Piracicaba. A tomografia de pescoço e resistentes a beta-lactamases. Houve
tórax revelou coleção hipoecogênica diminuição de número de casos de
submandibular, desvio de traquéia, síndrome de Lemierre com surgimento da
cavitação pulmonar e reação tecidual ao era antibiótica, mas saber diagnosticar o
redor da veia jugular interna. Foi realizada problema precocemente permite um
a cervicotomia para drenagem do abscesso tratamento adequado, reduzindo a
e instalação de drenos. A antibioticoterapia mortalidade da doença.
do ínicio do caso não surtiu efeito, então
foi substituída.

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APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1707

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO EM MAXILA


ENVOLVENDO APROVEITAMENTO DE DENTES
INCLUSOS: RELATO DE CASO
Giovanna Siqueira Rolim Arruda; Roberta Barroso Cavalcante; Assis
Felipe Medeiros Albuquerque; Amanda Lopes Meneses Barroso;
José Irisvaldo Maia Fidelis Filho

Introdução: O Ceratocisto Odontogênico deslocamento do dente em direção a sua


é considerado uma lesão benigna que posição de origem, posteriormente foi
acomete o complexo maxilo mandibular, realizado um tratamento ordotôntico para
geralmente são assintomáticos e alinhamento e nivelamento dentário, e
descobertos em exames radiográficos de posterior tracionamento do canino incluso
rotina. É uma lesão de grande potencial de e finalização da ortodontia. Atualmente a
crescimento, podendo causar grandes paciente encontra-se com 9 anos de
perdas ósseas, com alto poder recidivante, acompanhamento, foi realizado o
apresenta predileção pelo sexo masculino, tratamento endodôntico do dente 23, e
sendo a região de mandíbula a mais todos os demais dentes no qual eram
acometida, podendo apresentar associados envolvidos pela lesão encontram-se vitais.
a dentes inclusos, o que dificulta o A paciente encontra-se em controle e
planejamento para a manutenção do dente acompanhamento radiográfico
na arcada. anualmente, sem apresentar recidivas até o
Objetivo: O objetivo deste trabalho é momento.
apresentar um caso de extenso ceratocisto Discussão: O ceratocisto é um tumor que
odontogênico em maxila com requer um tratamento específico para
aproveitamento de dente incluso na lesão. diminuir a probabilidade de recidiva, no
Relato de caso: Paciente do sexo nosso caso esse tratamento obteve sucesso
feminino, 11 anos, que apresentou extenso pois a proserva-se há 09 anos sem sinais de
ceratocisto odontogênico em região de recidiva e, com a colaboração do
maxila associado a canino incluso em tratamento ortodôntico, conseguiu-se
assoalho de órbita, foi observado área aproveitar o dente 23 que estava incluso o
radiolúcida unilocular de que é mais um diferencial do caso.
aproximadamente 5cm de diâmetro com Conclusão: O tratamento conservador
envolvimento do dente 23 incluso. O também pode ser uma excelente conduta
tratamento se deu a partir de para tratamento de lesões com grandes
descompressão, em que foi observado o proporções e alta taxa de recidiva.
Referências: OLIVEIRA, Cristiane Matsuo de; RIBAS, Marina de Oliveira; FORONE, Santo Gentil.
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO NA MAXILA: RELATO DE CASO. Clin. Pesq. Odontol.,, Curitiba, v.
2, n. 2, p.139-143, out-dez. 2005. MARQUES, Jorge Antonio Ferreira; NEVES, José Luiz; ALENCAR,
Deyvison Almeida. Queratocisto Odontogênico em região anterior de maxila: Relato de caso.
Sitientibus, Feira de Santana, n. 34, p.59-69, jan./jun. 2006.

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132
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1722

APLICAÇÃO DA OZONIOTERAPIA EM
OSTEONECROSE DE MANDÍBULA APÓS
ASSOCIAÇÃO DA RADIOTERAPIA COM
BISFOSFONATO: RELATO DE CASO
Danilo de Paula Ribeiro Borges;Antônio Márcio Teixeira Marchionni;
Cleidiana Celi Bomfim Oliveira; Alisson dos Santos Almeida; Lívia
Prates Soares Zerbinati

Introdução: A inibição da atividade do pamidronato por um ano, sendo


osteoclastica associada a medicamentos suspenso após esse período devido a
torna o osso incapaz de responder aos reações adversas. Dois anos depois foi
processos de reparo associados com diagnosticada com osteonecrose da
traumas fisiológicos ou infecção e pode hemimandíbula direita com exposição
resultar em necrose óssea. O presente completa para a cavidade bucal e infecção
estudo tem como objetivo relatar um caso crônica, supurativa e permanente.
clínico de osteonecrose em mandíbula que Resultados: foi planejado realizar a
ocorreu após o uso de bisfosfonato remoção da hemimandibula, mas não foi
associado à quimioterapia e radioterapia, possível intubá-la devido a uma estenose
para tratamento de câncer de mama com em traqueia. diante desta impossibilidade
metástase para mandíbula E como as foi realizado a ressecção parcial da
sequelas estão sendo controladas com o hemimandibula exposta, sob anestesia
uso da ozonioterapia. local, a fim de possibilitar que a paciente
Métodos: Paciente do sexo feminino, 73 viesse a se alimentar melhor. após este
anos, melanoderma, procurou o serviço de procedimento a paciente continuou sendo
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial acompanhanda com a aplicação do gás
da Escola Bahiana de Medicina e Saúde ozônio nas fistulas e no remanessente
Pública/Hospital Geral Roberto Santos, ósseo exposto e necrosado.
queixando-se de dor em região de Discussão: Apesar do diagnóstico de
mandíbula, dificuldades para se alimentar, osteorradionecrose se sobrepor ao de
odor desagradável. Com história de câncer osteonecrose induzida por bisfosfonatos,
de mama com metástase para o osso acredita-se que o uso concomitante das
mandibular, a paciente foi submetida a duas terapias tenha acarretado a ampla
várias modalidades de tratamento, que osteonecrose observada nesse caso. o
incluiram ressecção da mama, tratamento instituído de ressecção parcial
quimioterapia, radioterapia em mama e do fragmento exposto melhorou a
mandíbula, e uso de bisfosfonato. Fez uso possibilidade de alimentação da paciente. a

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133
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

ozonioterapia foi estabelecida como


terapia adjuvante por dois motivos, devido
sua ação antibacteriana e ação cicatrizante.
após o uso do ozônio, o antibiótico foi
suspenso e as fístulas fecharam.
Conclusões: Com a terapêutica aplicada,
a paciente passou a suportar melhor suas
limitações, com a possibilidade de se
alimentar e sem a presença contínua da
infecção.

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134
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1724

DIFERENÇAS CLÍNICO, RADIOGRÁFICAS E


PATOLÓGICAS ENTRE LESÕES SEMELHANTES
DE SEIO MAXILAR: MUCOCELE, CISTO
CILIADO CIRÚRGICO E PSEUDOCISTO
Rafael Zetehaku Araujo; João Vitor Lemos Pinheiro; Marcos Martins
Curi; Camila Lopes Cardoso

Introdução: Cisto ciliado cirúrgico, Resultados: Paciente do genero


pseudocisto e mucocele do seio maxilar, feminino, 42 anos, compareceu queixando-
são patologias de seio maxilar que tem se desconforto na maxila, com histórico de
características clínico-radiográficas cirurgia ortognática. Na tomografia
semelhantes, podem ser mal mostrou uma área hipodensa bem
diagnosticadas, comprometendo a circunscrita na maxila acima do primeiro
abordagem clínica e tratamento molar esquerdo e o resultado histológico da
subsequente. O pseudocisto é uma biópsia excisinoal confirmou o diagnóstico
formação de exsudato que pode ser de cisto ciliado cirúrgico.
decorrente de infecções odontogências, Paciente gênero feminino, 19 anos, em
periodontais, sinusais e sinusites alérgicas. preparação para cirurgia ortognática,
O cisto ciliado cirúrgico é uma lesão que apresentava nos exames tomográficos pré-
ocorre secundariamente a um operatórios, uma imagem em forma de
procedimento cirúrgico, por abóbada hiperdensa, preenchendo parte do
aprisionamento da mucosa sinusal e assoalho do seio direito. A paciente foi
formação cística. Mucocele de seio maxilar diagnosticada clinicamente com
é uma lesão rara e muitas vezes pseudocisto. A cirurgia ortognática foi
erroneamente diagnosticada. É resultante realizada. O acompanhamento de 10 meses
de uma inadequada drenagem do seio, do paciente, não apresentava sinais
resultante de obstrução do óstio. clínicos ou sintomas sugestivos de
Metodologia: Revisar as características patologias do seio.
clínicas, radiográficas e exames Paciente do sexo masculino, 59 anos,
complementares, necessários para cada compareceu com queixa de sintomatologia
lesão, diagnósticos diferenciais e planos de dolorosa há 6 meses. Após o exame clínico
tratamento para cada uma destas extra-oral, observou-se um edema no lado
patologias. Apresentamos uma série de esquerdo do rosto. Uma ressonância
casos clínicos para exemplificar e ilustrar magnética mostrou uma lesão, com bordas
as lesões. homogêneas, ocupando o seio maxilar
esquerdo. Biópsia incisional apontou para

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135
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

mucocele de seio maxilar. A enucleação da


lesão foi realizada, com resolução de sinais
e sintomas e sem recidiva após 1 ano.
Conclusão: O adequado diagnóstico e
plano de tratamento de cada uma destas
lesões é fundamental para o sucesso dos
casos. Algumas destas lesões apresentam
sintomatologia dolorosa, com potencial de
destruição e expansão óssea, e o seu
diagnóstico inadequado podem trazer
complicações.

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136
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1726

TRATAMENTO CONSERVADOR EM LESÃO DE


CÉLULAS GIGANTES NOS MAXILARES:
RELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS
Natália Lins de Souza; Sirius Dan Inaoka; José Wilson Noleto Ramos
Junior; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique Barbosa
Luna

Introdução: A lesão central de células Resultados: Os pacientes encontram-se


gigantes (LCCG) é uma lesão osteolítica em acompanhamento pelo serviço, aonde
benigna, que acomete geralmente os foi observado à regressão da lesão, não
maxilares, de etiologia desconhecida. A apresentando queixas estéticas ou
ocorrência na população é baixa e acomete funcionais, nem sinal de recidivas.
pacientes com idade inferior a 30 anos. De Discussão: O tratamento cirúrgico, que
acordo com as suas características clínicas pode variar de enucleação com curetagem
e radiográficas, pode-se fazer uma a ressecção em bloco, são as terapias mais
diferenciação entre as lesões agressivas ou comuns, mas nos casos de lesões agressivas
não agressivas, o qual por sua vez é um podem resultar em sequelas indesejáveis
fator determinante para a escolha do tipo para o paciente. Portanto, nessas situações
de tratamento que será instituído. Sendo o emprego de alternativas não cirúrgicas
assim, o propósito deste trabalho é relatar como a injeção de corticosteróides na
o caso clínico de dois pacientes que se lesão, calcitonina por via nasal,
apresentaram ao Serviço de Cirurgia e administração subcutânea de interferon
Traumatologia Bucomaxilofacial do alfa, ou denosumab, podem diminuir a
Hospital Universitário Lauro Wanderley morbidade ao paciente, representando
portadores da LCCG com sua variante assim modalidades conservadoras do
agressiva. tratamento.
Métodos: Evitando causar lesões aos Conclusão: O emprego de uma terapia
elementos dentários envolvidos ou conservadora poderá otimizar os
próximos à lesão, danos a função do nervo resultados do tratamento de uma LCCG
alveolar inferior, bem como uma provável agressiva, evitando uma cirurgia
ressecção, foi instituído o tratamento mutiladora ao paciente e poupando o
conservador em ambos, através do uso da mesmo de problemas funcionais, estéticos
calcitonina por via intranasal, como e psicológicos.
descrita por Pogrel em 1999, e do
corticosteróide intralesional, descrita por
Terry & Jacoway em 1994.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1727

OSTEOCONDROMA COM EXTENSÃO


MEDIAL PARA A BASE DE CRÂNIO. REVISÃO
DE LITERATURA E RELATO DE CASO
Rafael Zetehaku Araujo; João Vitor Lemos Pinheiro; Marcelo
Augusto Cini; Érika Fernandes Guanães; Dário Nunes Moreira Júnior

Introdução: Historicamente o ortognática. A linha média da mandíbula


osteocondroma é considerado um tumor estava desviada 06mm para a esquerda em
benigno e de incidência rara na região relação a linha média facial, overjet
buco-maxilo-facial (aproximadamente 1% negativo de 05mm. A panorâmica apontou
de todos os casos). Caracteriza-se por um para discreta radiolucidez em reigão de
crescimento ósseo-cartilaginoso anormal, cabeça condilar do lado direito. Foi
assintomático e lento, podendo atingir solicitada cintilografia óssea que apontou
proporções grandes ou exageradas que uma hipercaptação de sinal em condilo
podem levar a compressão de nervos direito. A tomografia computadorizada foi
cranianos ou até mesmo restrição e solicitada para maiores detalhes e apontou
impedimento mecânico da ATM. A para uma grande exostose com extensão
literatura aponta para uma rara incidência medial do condilo direito já causando
de malignização. Geralmente acontece em remodelação da base de crânio e em íntimo
indivíduos na quarta década, e pode contato com os nervos mandibular e facial,
apresentar clinicamente: assimetrias, além da artéria carótida interna. Foi
maloclusão, perda da função do côndilo e planejada cirurgia para ressecção da lesão
dor. Radiograficamente se apresenta com tumoral e avaliação intra-operatória
densidades mistas e aparências quanto a necessidade de correção da
escleróticas. O tratamento constitui na assimetria facial através de cirurgia
ressecção total do tumor, podendo esse ser ortognática. Após a ressecção da lesão
postergado. A recidiva é baixa, tumoral, a oclusão do paciente foi
aproximadamente 2%. manipulada e observou-se coincidência
Metodologia: Caracterização do das linhas médias dentárias e ausência de
osteocondroma, histórico da lesão, overjet negativo, com mordida de topo.
características radiográficas e exames Optou-se por não realização da cirurgia
complementares necessários para o ortognática ou da reconstrução condilar
planejamento. Apresentamos um caso em mesmo tempo cirúrgico. A avaliação
clínico para exemplificar final histopatológica fechou o diagnóstico
para osteodondroma. O paciente
Resultados: Paciente E.S., 37 anos,
apresenta-se com 60 dias de pós-
compareceu para avaliação de cirurgia

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138
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

operatório, sem planejamento de cirurgias


adicionais.
Conclusão: Para o sucesso da cirurgia, é
de fundamental importância um
planejamento cirurgico que abranja os
diversos tipos de exames complemntares,
assim como o entendimento do tumor,
para um correto diagnóstico.

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139
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1728

CISTO ÓSSEO SIMPLES EM MANDÍBULA:


RELATO DE CASO
Nathaly Agnes Godoi Assunção; Marcos Heidy Guskuma

Cisto ósseo simples, primeiro descrito por foi coletado. Foi encaminhado para
Lucas e Blum em 1929, onde as lesões são endodontia dos dentes envolvidos, e então
geralmente assintomáticas, descobertas optado por tratamento conservador e
durante exame radiográfico de rotina, controle radiográfico. Após 1 ano a
porém sua morfologia não possuem panorâmica de controle revelou pouca
características semelhantes a lesão cística, regressão, sendo necessário nova
como o revestimento epitelial. Sendo intervenção, curetagem da lesão e
diagnosticada em pacientes jovens com preenchimento com biomaterial.
prevalência durante a 2ª década de vida Realizado procedimento de curetagem e
com distribuição proporcional em ambos preenchimento, após 10 meses
os sexos. As lesões são principalmente apresentava área totalmente radiopaca,
localizadas na mandíbula entre o canino e com aparente início de formação óssea.
o 3º molar com a patogênese ainda
Como descrito na literatura, acometem em
desconhecida.
pacientes na 2ª década de vida, descobertos
As características radiográficas durante exame de rotina com localização
apresentam região unilocular radiolúcida entre o canino e o 3º molar, o presente caso
com variações de forma e tamanho, bordas está de acordo com a teoria. Os aspectos
bem definidas e margens escleróticas. A radiográficos de lesão unilocular
curetagem das paredes ósseas é o radiolúcida com bordas bem definidas e
tratamento mais eficaz. O objetivo desse margem esclerótica também demonstrou
estudo é discutir um caso de cisto ósseo semelhança aos relatos descritos. A
simples na região da mandíbula, curetagem foi selecionada como
descrevendo características clínicas e tratamento, onde a maioria dos estudos
radiográficas, e achados cirúrgicos do recomendam esse procedimento. Além
tratamento realizado. disso, o preenchimento com biomaterial,
Paciente 16 anos, sexo masculino, foi sugerido por ser aceito em casos de
apresentava leve sensibilidade à palpação lesões maiores e em casos de falhas
na tábua vestibular da mandíbula, todos os durante tratamento convencional.
dentes com vitalidade pulpar. A radiografia Dentre dos limites deste caso e do tempo de
panorâmica mostrava lesão radiolúcida acompanhamento pós-operatório
extensa acometendo a região apical dos realizado, o tratamento efetuado foi
dentes 35, 36, 37, alcançando a base da efetivo para a regeneração óssea da área
mandíbula. Punção e biópsia foram afetada pela lesão.
realizadas e fluído com aspecto de sangue

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140
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1749

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE CISTO


ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE DE
MAXILA EM DUAS ETAPAS: RELATO DE CASO
Washington Geraldo Pellegrini Rocha Junior; Eduardo Pipino Pavan;
Diego Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz;
Estevam Rubens Utumi

O cisto odontogênico calcificante (COC), E, e região posterior de maxila, indolor e


ou cisto de Gorlin, é uma lesão endurecido à palpação. Ao exame de
odontogênica de desenvolvimento imagem, observou-se uma lesão
incomum, cerca de 1% dos cistos dos hipodensa, medindo cerca de 6 cm, com o
maxilares, e diversidade histopatológica. dente 28 em assoalho orbital. Foi optado
Apresenta revestimento cístico de epitélio por uma tentativa de descompressão da
odontogênico contendo células sem lesão com utilização da sonda
núcleo, chamada de “células fantasmas" nasogástrica. Um ano após a
que podem sofrer calcificações em seu descompressão, houve a estabilização da
interior. As variações nos parâmetros lesão e neoformação óssea ao redor da
clínicos, radiográficos e histológicos, torna lesão, então, foi realizado a exérese com
difícil a decisão para o tratamento, sendo o curetagem do osso envolvido, associado a
método padrão para o tratamento desse exodontia do dente 28. A lesão foi
tipo de lesão, a enucleação e curetagem. facilmente enucleada com preservação das
Quando atinge grandes proporções, a estrututras remanescentes. Atualmente a
abordagem cirúrgica pode ser realizada em paciente encontra-se em
duas etapas consistindo de uma acompanhamento durante 7 meses, sem
descompressão inicial, para tentativa de sinais de recidiva.
diminuição da lesão, e em seguida a
enucleação e curetagem. Este trabalho
relata um caso de um paciente, do sexo
masculino, 11 anos, que compareceu ao
ambulatório do serviço de Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial do
HMARS, apresentando aumento de volume
em face

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5-9 de setembro de 2017
141
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1761

INFECÇÃO POR PSEUDÔMONAS EM FACE:


RELATO DE CASO
Ana Carolina Fraga Fernandes; Antonio Varela Cancio; Jener
Gonçalves de Farias; Elton Aguiar Oliveira; Antonio Irineu Trindade
Neto

Introdução: As infecções bacterianas em Houve drenagem espontânea por 5 dias.


pele e/ou tecidos moles, são patologias Foi realizado de um novo debridamento.
relativamente comuns. Fatores Antibiograma positivo para Pseudomonas
ambientais, individuais e do aueruginosa. Feita alteração para
microrganismo podem predispor a essas Ciprofloxacino 500mg, VO duas vezes ao
infecções, por exemplo: o calor e a dia, e Gentamicina 120mg, IV duas vezes ao
umidade, falta de higiene, alterações dia, por 10 dias. A paciente teve alta
sitêmicas, grau de virulência e hospitalar após 21 dias, sem necessidade
patogenicidade do microrganismo. A pele de medicação domiciliar, com orientações
apresenta bactérias transitórias que vivem de limpeza, troca diária de curativo e
de forma comensal, dificultando a retorno semanal durante 3 meses. O
colonização de bactérias patogênicas, fechamento da feriada foi satisfatório, sem
piogênicas, principalmente as dos gêneros intercorrências.
Staphylococcus e Streptococcus. A Resultados: A utilização de exames
Pseudomona aeruginosas, também pode complementares, como o antibiograma,
fazer parte da microbiota cutânea normal auxiliou na escolha e substituição dos
do ser humano. Este trabalho tem como medicamentos, favorecendo a melhora do
objetivo relatar um caso clínico de infecção quadro e um tratamento adequado.
em face por Pseudomonas aeruginosas e seu
Discussão: Infecções por Pseudomonas
tratamento.
aeruginosas são incomuns em pacientes
Método: Paciente deu entrada no hospital saudáveis. Pacientes hospitalizados, com
com histórico de mordida de inseto em quebra da barreira física e
hemiface esquerda. Ao exame físico foi imunossupressão são predisponentes.
observado aumento de volume, com Infecções em tecidos cutâneos são tratadas
necrose tecidual e drenagem de secreção através de antibioticoterapia via oral e
purulenta. Foi realizado debridamento de drenagem, quando necessário. Em casos
todo tecido necrótico, deixando a área mais complexos, associado a
cruenta para cicatrização por segunda comorbidades, a internação e
intenção. O tratamento medicamentoso acompanhamento individual para melhor
inicial: Rocefin (Ceftriaxona) 1g IV uma tratamento, evitando sepse, choque
vez ao dia e Cefepime 02g IV 12/12 horas, séptico e óbito.
por 7 dias, e curativo em região cruenta.

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5-9 de setembro de 2017
142
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: Exames complementares,


como o antibiograma, são fundamentais
para auxilio no diagnóstico e tratamento,
devido à resistência, natural ou adquirida,
por essa bactéria.

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143
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1779

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE
LINFANGIOMA CAVERNOSO EM LÍNGUA
Flávio Henrique Real; Thalles Moreira Suassuna; Riedel Frota Sá
Nogueira Neves; Newton Guerreiro da Silva Júnior

Introdução: Os linfangiomas são Discussão: As repercussões clínicas do


considerados lesões hamartomatosas dos linfangioma em língua são geralmente
vasos linfáticos e a maioria dos casos afeta bastante notórias. Quando infectado,
a região da cabeça e do pescoço. Na demonstra quase em sua totalidade
cavidade oral, a região dos dois terços formações granulosas e com suas papilas
anteriores da língua é mais acometida, dilatadas, podendo levar a um
geralmente com bom prognóstico. O intempestivo rompimento dos capilares
presente trabalho tem como objetivo linfáticos propiciando coloração preto-
relatar o caso de um paciente jovem com azulada na região. Há relato de casos onde
linfangioma cavernoso em dorso de língua. houve consequente macroglossia e quadros
Métodos: Trata-se de um paciente do de sialorreia, dificuldade de fechamento
sexo masculino, com 17 anos de idade e que bucal e de mastigação, xerostomia, feridas
apresentou história de lento crescimento nos lábios e transtornos fonatórios. Mas
de lesão em dorso lingual nos últimos dez vale ressaltar que estas complicações
anos. A lesão apresentava textura geralmente são vistas em casos severos e
pedregosa, base séssil e com cerca de três não foram observadas no caso do presente
centímetros de comprimento. O paciente trabalho.
foi submetido a remoção cirúrgica da lesão Conclusões: A abordagem cirúrgica
e não houve intercorrências. permanece com grande indicação para os
Resultados: Atualmente, o paciente linfangiomas, especialmente quando em
encontra-se com seguimento de três anos, cavidade oral e a execução da cirurgia não
sem sinais de recidiva. predispuser risco a estruturas nobres
adjacentes. Além disso, nos casos onde se
consegue remover a totalidade da lesão,
observa-se baixos índices de recidiva.

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APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1788

CISTO SINOVIAL TEMPOROMANDIBULAR:


RELATO DE CASO DE RARA CONDIÇÃO
Guilherme Henrique Bueno; Rodrigo Gonçalves; Paulo Afonso de
Oliveira Junior; Luciana Shultz; Felipe Calile Franck

Considera-se como cisto sinovial, uma Quando presentes os sintomas estão


espécie de dilatação patológica da ligados ao tamanho da lesão ou
membrana sinovial de articulações localização, pois ao se expandir a lesão
homólogas formando compartimento passa a gerar desconforto, e compressão
próprio e conteúdo cístico. em estruturas ao redor, resultando em
Histologicamente, são revestidos por parestesia por exemplo. Possuem em
células semelhantes às encontradas na média 1 a 2 cm, e são raramente bilaterais
membrana supracitada, possuindo e/ou multiloculados. Esta condição parece
componentes internos serosos, mucinosos, afetar mais comumente mulheres numa
ou gelatinosos, e ocasionalmente, sangue e proporção de 3:1, e mostra maior
hemossiderina. Apresenta-se adjacente à incidência entre a sexta e sétima década de
cavidade articular podendo ou não vida. A abordagem terapêutica vai desde
comunicar-se à mesma. (ROSA, ET AL acompanhamento clínico e imaginológico,
2002). Sua etiologia permanece farmacológico com corticoides e
desconhecida, entretanto, encontra-se na analgésicos, fisioterapia, acupuntura
literatura possíveis correlações a traumas aspiração por punção com agulha, até
ou Inflamações, que são capazes de procedimento cirúrgico aberto,
provocar o aumento da pressão intra- (cistectomia), dependendo em suma da
articular ocasionando herniações da localização e tamanho da lesão, da
sinóvia. Doenças como artrite reumatoide experiência do cirurgião, indicação de
também têm sido implicadas como causas tratamento, e queixas/ expectativas do
de cisto sinovial, (LIU ET AL 2016). Cistos paciente, (LEVAREK ET AL 2016).
sinoviais correlacionados à articulação Este trabalho relata o caso de paciente
temporomandibular são raríssimos, tendo indicado para remoção total de lesão
sido relatados apenas 37 casos em todo o cística sinovial da ATM, tendo em vista o
mundo. Geralmente assintomáticos, e de diagnóstico imaginológico, histológico, e
difícil diagnóstico, sendo este, na maioria condições clínicas e sistêmicas da paciente.
das vezes, tido como diferencial através de
tomografia computadorizada e/ou
ressonância magnética, e comprovado
definitivamente apenas pela histologia.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1814

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA EM PACIENTES


PEDIÁTRICOS PORTADORES DA SEQUÊNCIA
DE PIERRE ROBIN
Thainá Angela da Silva Mendes; Larissa Santos Perez Abreu;
Fernanda Brasil Daura Jorge Boos Lima; Carlos Eduardo Assis Dutra;
Sergio Monteiro Lima Junior

A sequência de Pierre Robin é uma A técnica tem como finalidade alongar a


condição congênita que pode ser mandíbula, tracionando a musculatura
diagnosticada pela presença de supra hióidea anteriormente, aumentando
micrognatia, glossoptose e obstrução da o diâmetro da via aérea e,
via aérea superior. Comumente há consequentemente, permitindo a melhor
presença de fenda palatina em variados passagem do ar. O planejamento virtual foi
graus de desenvolvimento. Os problemas realizado para verificação do sistema ideal
respiratórios ocorrem principalmente nos a ser utilizado durante a cirurgia, sendo
recém-nascidos e bebês menores de seis escolhido o distrator pediátrico
meses, podendo ocorrer apnéia do sono, mandibular unidirecional de 20 mm no
muitas vezes sendo necessária a primeiro caso e o bidirecional de 25 mm no
traqueostomia. O objetivo deste trabalho é segundo. A ativação foi realizada por vinte
apresentar o caso de dois pacientes dias, um milímetro ao dia, bilateralmente.
pediátricos, que apresentavam sinais Os pacientes apresentaram um aumento
comuns a sequência, com importante significativo do comprimento mandibular e
obstrução da via aérea. Dentre as opções de observou-se aumento da via aérea superior
tratamento foi escolhida a intervenção no sentido anteroposterior.
cirúrgica, por meio da distração
osteogênica mandibular uni e bidirecional.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1876

OSTEOTOMIA SAGITAL DE MANDÍBULA PARA


REMOÇÃO DE ODONTOMA
Victor Hugo Marques Coelho; Paulo Afonso de Oliveira Junior;
Felipe Calile Franck; Danilo Dressano

Odontoma é o tipo mais comum de A OSRM tem sido descrita para abordagens
tumores odontogênicos, representando até cistos e tumores odontogênicos, essa
70% de todos os tumores odontogênicos abordagem permite um acesso direto a
encontrados (Silva et al, 2009), o lesão diminuindo os riscos de danos ao NAI
tratamento para os odontomas é sua total (Sencimen et al, 2009). As abordagens
ressecção cirúrgica, com prognóstico extraorais trazem risco de lesão do nervo
bastante favorável, sendo raros os casos de facial e podem resultar em defeitos
recidiva, e a reparação óssea, realizada com estéticos da cicatrização da pele. As
certa facilidade (Serra-Serra et al, 2009). A abordagens intraorais convencionais
osteotomia sagital do ramo mandibular foi exigem remoção óssea e pode levar a uma
descrita para abordagens de cistos e fratura mandibular (Jones et al, 2004). A
tumores odontogênicos (Scolozzi et al, OSRM é eficaz na remoção de cistos e
2007). Foi realizado a osteotomia sagital do tumores odontogênicos, permitindo
ramo mandibular permitindo a visualização direta da lesão, diminuindo os
visualização do nervo alveolar inferior, ricos de lesão ao NAI, evitando fraturas
Odontoma e dente retido. Sendo assim foi patológicas e sem a existência de cicatrizes
possível a realização da ressecção da lesão visíveis.
e dente retido e fixação com uma placa
sistema 2.0 mm. O odontoma e dente
retido foram removidos sem nenhuma
lesão do NAI e a OSRM foi fixada.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1885

MANDIBULECTOMIA PARCIAL PARA


TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA:
RELATO DE CASO
Thalita Medeiros Melo; Carlos Eduardo Mendonça Batista; Éwerton
Daniel Rocha Rodrigues; Jhoonatarraty Fonseca de Sena; Iluska
Castro dos Santos

Introdução: O ameloblastoma é um bloco (mandibulectomia parcial), por via


tumor do epitélio odontogênico, extraoral através de acesso do tipo
comumente encontrado nos ossos transcervical.
gnáticos. Seu crescimento é lento, Resultado: O exame anatomopatológico
normalmente assintomático, podendo revelou margens cirúrgicas livres de
provocar deslocamento, mobilidade e comprometimento neoplásico e ausência
reabsorção dentária, assim como de infiltração angiolinfática e perineural
parestesia. Apesar do seu curso benigno, na detectáveis. No pós-operatório a paciente
maioria dos casos, pode apresentar-se com não apresentou complicações e sem sinais
um comportamento agressivo, o que exige de recidiva.
intervenções terapêuticas radicais. O
Discussão: O ameloblastoma é um tumor
objetivo deste trabalho é relatar um caso de
benigno invasivo que pode ser classificado
tratamento, por meio de ressecção, de
em quatro situações clinicoradigráficas que
ameloblastoma multicistico.
devem ser reconhecidas e diferenciadas
Métodos: Paciente do gênero feminino, devido ao tratamento e prognóstico
20 anos, procurou o serviço de CTBMF de distintos. São elas: sólido ou multicístico,
um Hospital público do Piauí, queixando- unicístico, periférico ou extra ósseo e
se de aumento de volume intrabucal na desmoplástico. O tratamento do
região mandibular anterior esquerda, com ameloblastoma gera controvérsias,
aumento progressivo há 2 anos. Ao exame fazendo com que vários estudos abordem
físico observou-se aumento de volume na este tópico. Embora haja diversas formas
região mentoniana e região de corpo terapêuticas descritas na literatura, o
mandibular do lado esquerdo, duro a tratamento de escolha deve considerar
palpação. Nos exames imaginológicos, várias características, como o tamanho da
observou-se uma lesão radiolúcida lesão, localização, tipo histológico,
multilocular, osteolítica, envolvendo aspectos clínicos do paciente, e
parasínfese direita, mento e corpo principalmente, no comportamento
mandibular esquerdo. Dada à dimensão e o biológico deste tumor.
comportamento agressivo da lesão, como
tratamento, realizou-se uma ressecção em

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148
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: Uma cuidadosa avaliação


clínica, imaginológica e histopatológica do
ameloblastoma é de suma importância
para se planejar a melhor conduta
terapêutica para os casos, tendo em vista a
sua usual agressividade local.

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149
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1889

LESÃO DE CÉLULAS GIGANTES EM ARCO


CENTRAL DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Daniel Ricaldoni de Albuquerque; Mario Francisco Real Gabrielli;
Déborah Laurindo Pereira Santos; Bruno Henrique Alonso da Luz;
Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli

A lesão central de células gigantes é como fósforo, fosfatase alcalina, TPH,


considerada como sendo uma lesão não cálcio e vitamina D e os respectivos
neoplásica. A maioria dessas lesões é resultados descartaram
notada em mulheres e 70% surgem na hiperparatireoidismo/tumor marrom.
mandíbula, mais comuns nas porções Confeccionou-se biomodelo por meio do
anteriores e frequentemente cruzam a arquivo DICOM da 1ª TC de face para pré-
linha média. dobragem da placa de reconstrução,
Paciente R.A.L.S, feminina, 33 anos, realizou-se angiotomografia de
compareceu ao nosso serviço de CTBMF, carótidas.Na cirurgia optou-se pela
queixando-se de aumento volumétrico em combinação dos acessos transcervical e
região vestibular da mucosa mentual com intra-oral, exodontias dos elementos 44 ao
cerca de 20mm de diâmetro, amolecido e 32, curetagem da lesão, ostectomia
dolorido à palpação, mucosa semelhante à periférica, crioterapia da loja cirúrgica com
adjacente, evolução de 60 dias. nitrogênio líquido, preservação da cortical
Após TC de face sem contraste, notou-se alveolar sadia e instalada placa de
erosão óssea da cortical vestibular dos reconstrução do sistema “locking” na base
elementos 33 ao 43, e portanto realizou-se mandibular.
punção aspirativa coletando conteúdo Paciente encontra-se em 08 meses pós-
sanguinolento, biópsia incisional sob operatório, evoluindo bem, reabilitada com
anestesia local, removendo fragmento de prótese parcial removível aos 20 dias pós-
aspecto nodular e coloração vermelha operatório. Em sua última consulta
escura. solicitou-se TC de mandíbula “cone-beam”
Após 15 dias, o resultado histopatológico para planejamento de enxertia óssea na
foi de lesão de células gigantes/fibroma região do defeito e posterior reabilitação
ossificante central, e observou-se por implantes.
comportamento mais agressivo da lesão Apesar do comportamento agressivo
que dobrou de tamanho, causando encontrado neste caso, a opção por não
deformidade facial em terço inferior, ressecar o arco central da mandíbula,
trismo, queixa álgica espontânea e mostrou-se uma boa escolha. Não há
mobilidade acentuada dos incisivos indícios de recidiva e esteticamente a
inferiores. Solicitados exames laboratoriais reabilitação será favorecida devido à

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5-9 de setembro de 2017
150
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

preservação do contorno mandibular pela


cortical crestal, bem como dos tecidos
moles circunjacentes. Importante adequar
a conduta visando o tratamento definitivo
da lesão, mas também no planejamento
futuro para reinserção psicossocial do
paciente.

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151
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1892

CARCINOSSARCOMA AMELOBLÁSTICO
UMA APRESENTAÇÃO INCOMUM:
RELATO DE CASO
Mariana Lima de Figueiredo; Luiz Carlos Alves Junior; Adriano
Rocha Germano; Petrus Pereira Gomes; José Sandro Pereira da
Silva

Introdução: Carcinossarcoma localização mais anterior. Foi realizado


ameloblástico é um tumor maligno uma biópsia incisional em que teve como
extremamente raro que é uma mistura de resultado lesão sugestiva de
carcinoma e sarcoma odontogénico, onde carcinossarcoma ameloblástico.
ambos os componentes epiteliais e Resultados: A paciente foi encaminhada
mesenquimais mostram atividade maligna. à ciurgia de cabeça e pescoço, onde fez
Sua raridade é enfatizada pelo fato de que tratamento com quimioterapia e
a sua inclusão na classificação da OMS de radioterapia e posteriormente ressecção da
neoplasias odontogênicas não apareceu até lesão com reconstrução imediata.
o ano de 1992. Apenas alguns casos foram
Discussão: Carcinossarcoma
relatados. É mais comum na mandíbula, a
Ameloblástico está relacionado com alguns
idade dos pacientes variam de 9 a 63 anos,
tumores, como ameloblastoma, fibroma
e não há predileção por sexo. O objetivo
ameloblástico, fibrossarcoma
deste trabalho é discutir as características
ameloblástico e osteossarcoma.
patológicas e clínicas do carcinossarcoma
Etiologicamente as lesões acima
ameloblástico e aumentar o nosso
mencionadas podem originar um
conhecimento sobre esta entidade rara.
carcinossarcoma ameloblástico por
Métodos: Paciente do sexo feminino, 17 transformação, mas isto não é claro, devido
anos de idade, compareceu ao Serviço de à escassez de casos relatados.
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
Conclusão: Os poucos casos relatados
Facias da UFRN, queixando-se de dor,
sugerem que esses tumores são localmente
dificuldade de mastigação e sangramento
agressivos e possuem grande potencial de
associado a um aumento de volume em
metástase, enfatizando a importância da
região posterior de maxila. Ao exame intra-
instiuição de um diagnóstico correto e
oral foi obeservado uma lesão de aspecto
precorce para este tipo de neoplasia. Mais
granulamatoso, superfície eritomatosa, de
casos são necessários para aumentar a
implantação séssil em região posterior de
compreensão do comportamento dessa
maxila se estendendo até aréa de pré
neoplasia e como instituir o melhor
molares com padrão pedunculado nesa
tratamento.

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5-9 de setembro de 2017
152
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1903

FIBROMA CEMENTO OSSIFICANTE:


RELATO DE 2 CASOS E SUAS DIFERENTES
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Jully Guimarães de Oliveira Antunes; Sarah Aparecida Ferreira
Antero; Alexandre Maurity de Paula Afonso;Vitor Monteiro Novaes
Junior; Fabio Ramôa Pires

Introdução: O fibroma ossificante é um Resultados: O caso 1, com


neoplasma osteogênico benigno com um acompanhamento da lesão de 14 meses,
significativo potencial de crescimento e não apresenta recidiva da lesão. O caso 2
predileção pela 3ª ou 4ª décadas de vida, encontra-se em estudo diagnóstico.
sendo mais comumente encontrado na Discussão: Entende-se por lesão fibro-
mandíbula. Pequenas lesões raramente óssea dos ossos gnáticos uma definição
causam sintomas, sendo detectadas apenas inespecífica para um grupo composto por
ao exame radiográfico como lesões processos caracterizados pela substituição
uniloculares e bem definidas, de osso normal por um tecido fibroso,
apresentando um maior grau de contendo um produto mineralizado
radiolucidez ou de radiopacidade neoformado. O Fibroma Ossificante é uma
dependendo da sua maturidade. Tumores lesão fibro-óssea que geralmente
maiores resultam em um aumento de apresenta-se de forma isolada, sendo mais
volume indolor do osso envolvido, comum no gênero feminino e acometendo
podendo causar assimetria facial óbvia. em maiores proporções a mandíbula,
O presente trabalho dispõe-se a descrever respondendo bem à excisão cirúrgica.
e discutir 2 casos clínicos com diferentes Quando grandes e numerosas massas
manifestações de Fibroma Ossificante. escleróticas de material desorganizado são
Métodos: O caso clínico 1 fora tratado observadas em exame radiográfico, pode-
cirurgicamente, através de acesso extra- se suspeitar de outras desordens associadas
oral de Weber Fergusson e fechamento por a múltiplos fibromas ossificantes, que, para
primeira intenção, usando-se também o conclusão do diagnóstico, pode-se fazer
corpo adiposo bucal como retalho necessário além do exame clínico,
pediculado. O caso clínico 2 trata-se de radiográfico e histopatológico, o
uma manifestação atípica da doença, em aconselhamento genético.
que o paciente fora orientado a buscar Conclusões: A natureza do Fibroma
aconselhamento genético e mantém-se sob Ossificante é tal que permite-se
acompanhamento ambulatorial. enucleação com relativa facilidade,
apresentando bom prognóstico quando
excisada. O paciente do caso 1 não

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5-9 de setembro de 2017
153
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

apresenta recidivas da lesão mesmo em


acompanhamento de 14 meses após seu
procedimento cirúrgico. Para lesões
numerosas e expansivas, um
acompanhamento genético deve ser
aconselhado, para descarte de síndromes
associadas. Tentativas de remodelação
óssea para melhorias estéticas são
realizadas, porém, sem grandes sucessos,
pois podem acelerar o crescimento do
tecido displásico.

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5-9 de setembro de 2017
154
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1905

EXPERIÊNCIA DE TRATAMENTO
CONSERVADOR PARA EXTENSO
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO
Joelma Silva de Andrade; Bruno Luiz Menezes de Souza; Maria
Cristina de Andrade Santana; Ana Maria de Lima e Silva

Recentemente reclassificado como cisto Ao exame físico, apresenta apinhamento


odontogênico, o Ceratocisto Odontogênico dentário em região anterior de mandíbula,
(CO) permanece uma entidade controversa sem outros sinais ou sintomas. Ao exame
e de opções de tratamento bastante de imagem radiográfico, observou-se lesão
variadas. As altas taxas de recidiva osteolítica unilocular em mandíbula, entre
associadas tornam difícil a decisão sobre a os elementos dentários 34 e 46, envolvendo
abordagem terapêutica ideal. Em contraste toda a sínfise. Foi realizada biópsia
com as abordagens agressivas que, apesar incisional e instalação de dois drenos para
de menores riscos de recidiva relatados, descompressão, os quais foram mantidos
repercutem em déficits estéticos e por 12 meses. A evolução positiva
funcionais extensos, atualmente ganham observada nos controles clínico-
destaque as opções terapêuticas radiográficos com sinais de neoformação
conservadoras, de fácil execução e óssea progressiva nos conduziu a
morbidade mínima ao paciente. O objetivo enucleação associada a curetagem da
deste trabalho compreende discutir a cavidade remanescente. O controle pós-
viabilidade de emprego de técnica operatório periódico mostrou total
conservadora para abordagem de tais reparação óssea e ausência de sinais de
lesões através de relato de caso clínico de recidiva após 08 anos de
extenso CO em mandíbula. Paciente do acompanhamento. Apesar de a equação
sexo feminino, 16 anos, compareceu ao “recidiva x morbidade” representar o
serviço de Cirurgia e Traumatologia grande desafio para os cirurgiões no
Bucomaxilofacial do Hospital Regional do tratamento de tais lesões, os tratamentos
Agreste, Caruaru/PE, encaminhada com conservadores tem demonstrado bons
suspeita de lesão em mandíbula após resultados, aliados a baixa morbidade e
exame odontológico de rotina. custo.

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5-9 de setembro de 2017
155
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1911

TRATAMENTO CONSERVADOR DE
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO POR MEIO DA
TÉCNICA DE MARSUPIALIZAÇÃO SEGUIDA DE
ENUCLEAÇÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Moacir Teotônio dos Santos Junior; Marcelo Marotta Araujo;
Antenor Araujo; Ivan José Moreira Oliveira; Diego Torres Perez

Os tumores odontogênicos são lesões extenso, localizado na região


complexas, que se originam do epitélio, retromandibular direita. Os diagnósticos
mesênquima ou ambos, que também fazem clínico e radiográfico foram confirmados
parte do mecanismo biológico de formação através de exame histopatológico. O
dos dentes e estruturas peri-orais. O tratamento proposto foi a marsupialização
ameloblastoma é uma neoplasia seguida de enucleação com solução de
odontogênica benigna de origem epitelial Carnoy + Crioterapia + brocagem. Após um
com comportamento localmente agressivo acompanhamento de oito anos, o paciente
que acomete predominantemente a apresenta ausência de sinais e sintomas e
mandíbula, sendo manifestada geralmente livre de recidivas.
entre a terceira e quarta década de vida, Dessa forma, pode-se concluir que o
podendo atingir proporções variadas de tratamento adequado do ameloblastoma
acordo com o tempo de evolução. Os apesar de controverso na literatura,
achados clínicos e radiológicos auxiliam no apresenta o tratamento conservador por
diagnóstico diferencial que é realizado meio de descompressão seguido de
através da anamnese, exame físico, exames enucleação como uma opção viável e deve
de imagens. É necessária a avaliação ser realizada sempre que possibilite a
histológica por meio de biopsia incisional resolução adequada da patologia,
para caracterização da lesão. diminuindo as sequelas dos pacientes.
O objetivo desse trabalho é relatar um caso
clínico de ameloblastoma unicístico

Referências:
1.Neville BW, Damn DD, Allen CM, Bouquit JE. Patologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan 2ª Edição; 2004.
2. Nakamura N, Higuchi Y, Mitsuyasu T, Sandra F, Ohishi M. Comparison of long-term results between
different approaches to ameloblastoma. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod.
2002;93(1):13-20.
3. Jorge WA, Miracca R, Santos CJG. Ameloblastoma: breve revisão da literatura e apresentação de caso
clínico. Rev Paul Odontol. 1988;10(3):34-9.

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156
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1913

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXTENSO


TUMOR NEUROECTODÉRMICO
MELANÓTICO DA INFÂNCIA
Joyce Magalhães de Barros;Tatiane Andrade Figueiredo Rojas;
Amanda Lopes Meneses Barroso; Assis Felipe Medeiros
Albuquerque; Jose Ferreira da Cunha Filho

Introdução: O tumor facial, gerando comprometimento na


neuroectodérmicomelanótico da infância alimentação e respiração da criança. O
(TNMI) é uma neoplasia benigna rara, exame tomográfico revelou lesão
originária das células da crista neural e que radiolúcida osteolítica difusa com
afeta recém-nascidos menores de 1 ano de deslocamento e alterações dismórficas nos
idade. Apresenta predileção pela região dentes primários em desenvolvimento. O
anterior da maxila, podendo ocorrer paciente foi tratado cirurgicamente através
também em outras regiões. Sua de acesso extra-oral para exérese total da
apresentação clínica manifesta-se como lesão por meio de hemi-maxilectomia,
uma lesão não ulcerada, de coloração reconstrução do assoalho da órbita com
azulada/enegrecida, com aumento de enxerto de calota craniana e fechamento da
volume expansivo e de crescimento rápido, comunicação oral com utilização da bola de
em formato lobular, afetando tecidos bichat. Atualmente, com 6 meses de
adjacentes e causando grande reabsorção cirurgia, apresenta-se em bom estado geral
óssea e deslocamento dentário, com e sem recidiva.
grande agressividade local. Conclusões: O TNMI mesmo sendo raro,
Objetivo: relatar um caso clinico de um deve ser diagnosticado de forma precoce,
extenso TNMI em uma criança de 2 meses para que evite ao máximo mutilação e
de idade. perda de função do paciente. O tratamento
Relato de caso: Paciente de dois meses a partir da enucleação total vem
de idade, compareceu ao serviço de cirurgia apresentando bons resultados, sendo o
bucomaxilofacial do Hospital Infantil mais indicado atualmente.
Albert Sabin (HIAS) com aumento de
volume na região anterior de maxila. No
exame físico, notou-se uma massa
exofítica avermelhada com pontos
melanóticos envolvendo toda a
região anterior de maxila, além de palato
duro, cavidade nasal e região
infraorbitária, gerando grande assimetria

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APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1915

OSTECTOMIA PERIFÉRICA SEGUIDA DE


CRIOTERAPIA E RECONSTRUÇÃO IMEDIATA DE
LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES
AGRESSIVA EM REGIÃO ANTERIOR DE
MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Wilson Sinsuke Kaneshima Junior; Bibiana Dalsasso Velasques;
Antônio César Manentti Fogaça; Marcos Antonio Torrini; Otacílio
Luiz Chagas Júnior

Introdução: Lesão central de células pelo tratamento com aplicação de


gigantes (LCCG) é definida como uma lesão corticosteróide intralesional devido a
intraóssea constituída por tecido fibroso extensão da lesão e idade do paciente. Após
celular com agregações de células gigantes as aplicações o paciente apresentou queixa
multinucleadas e ocasionalmente tecido de aumento de volume em face e parestesia
ósseo trabecular. Ocorre principalmente na região afetada. Em nova tomografia, foi
em adultos jovens, com predileção pelo observado aumento da lesão entre os
sexo feminino, mais comumente na região elementos 43 e 36 evidenciando ser uma
mandibular e corresponde a variante agressiva. Assim, o tratamento
aproximadamente 7% de todos os tumores cirúrgico de escolha foi a ostectomia
benignos dos maxilares. vestibular envolvendo a lesão, a curetagem
Radiograficamente, pode ser uni ou agressiva da região preservando a cortical
multilocular, radiolúcida e com expansão lingual associada à crioterapia e à
das corticais ósseas. Podem ser reconstrução com enxerto ósseo autógeno
classificadas em lesões agressivas ou não de crista ilíaca.
agressivas. Resultado: Com um ano de pós
Método: O paciente R.V.O. de 27 anos, operatório o paciente apresenta-se sem
sexo masculino,foi referenciado ao queixas álgicas, com boa abertura bucal e
Programa de Residência em CTBMF do bom contorno facial nas imagens
Hospital Escola da UFPel apresentando tomográficas atuais não há sugestão de
tomografia com lesão hipodensa recidiva da lesão.
unilocular, osteolítica, estendendo-se pela Discussão: O tratamento convencional da
região dos dentes 32, 33 e 34 sem relação LCCG é a curetagem, podendo estar
com seus ápices radiculares, e destruição associada a aplicação intralesional de
da cortical óssea vestibular. O diagnóstico corticosteroide. Em casos da variante
de LCCG foi confirmado após realização de agressiva da lesão o tratamento de escolha
biópsia incisional. Inicialmente optou-se é a ressecção em bloco. No caso

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158
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

apresentado o tratamento de escolha foi


uma modificação da técnica convencional,
uma vez que a ressecção da região anterior
mandibular consiste em um dos maiores
desafios das cirurgias reconstrutivas.
Conclusão: A ostectomia periférica
seguida de curetagem e crioterapia
associada a reconstrução imediata, para o
referido cado, consistiu até o momento
numa escolha adequada.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1949

REMOÇÃO DE TUMOR ODONTOGÊNICO


QUERATOCÍSTICO EM MAXILA ATRAVÉS DA
OSTEOTOMIA LEFORT I
Giulia Quarentei Barros Brancher;Lucas Cavalieri Pereira;Christian
Jose de Oliveira Macedo; Luiz Roberto Cerezetti; Flavio Alves de
Andrade

O queratocisto odontogênico é uma lesão intra-oral, além de expansão e rompimento


com aspectos clínicos e histopatológicos das paredes do seio maxilar e das corticais
específicos. A Organização Mundial de ósseas vestibular e palatina dos dentes 26 e
Saúde (OMS), em 2005, denominou-o como 27, contendo em seu interior o dente 28,
“tumor odontogênico ceratocístico”. com hipótese diagnóstica de Tumor
Caracteriza-se como um cisto de Odontogênico Queratocístico.
desenvolvimento epitelial dos maxilares, A paciente foi submetida ao tratamento de
surgindo a partir de restos da lâmina descompressão cirúrgica, com punção do
dental. Representa 3% a 11% de todos os líquido cístico, biópsia da lesão e posterior
cistos odontogênicos e 7 a 11% dos cistos envio para exame anatomopatológico, o
dos ossos gnáticos. Destaca-se por sua qual concluiu a hipótese diagnóstica. Dez
natureza agressiva e elevado potencial meses após a descompressão, foi realizada
recidivante. Cerca de 60% dos casos são em ambiente hospitalar, sob anestesia
diagnosticados em indivíduos entre 10 e 40 geral, a enucleação do tumor, através de
anos, com leve predileção pelo gênero osteotomia LeFort I de maxila e
masculino, ocorrendo mais em mandíbula. osteossíntese com malha de titânio.
Radiograficamente, apresenta-se
A paciente encontra-se em
radiolúcido e bem delimitado,
acompanhamento periódico e não
predominantemente unilocular, podendo
apresenta sinais clínicos e radiográficos de
causar deslocamento de dentes adjacentes.
recidiva. Devido à agressividade do tumor
O diagnóstico diferencial se dá através do
odontogênico queratocístico, o índice de
estudo microscópico da biópsia e pela
recidiva é alto. O conhecimento das
punção do líquido contido no interior da
técnicas preconizadas para tratamento dos
lesão.
Queratocistos Odontogênicos e o
O presente estudo tem por objetivo relatar acompanhamento clínico e radiográfico do
um caso clínico de uma paciente do gênero paciente demonstram diminuição
feminino (ACG), 25 anos, leucoderma, gradativa do lúmen da lesão e sugerem
apresentando lesão intra-óssea em maxila neoformação óssea local, tornando
(posterior, lado esquerdo), assintomática, favorável o prognóstico do caso.
com leve aumento de volume vestibular

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160
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

Referências:
Morgan TA, Burton CC, Qian F: A retrospective review of treatment of the odontogenic keratocyst, J
Oral Maxillofac Surg 63:635-639, 2005.
Waldron CA. Cistos e tumores odontogênicos. In: Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE.
Patologia oral & maxilofacial. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. p.679-742.

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161
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2023

ESTUDO MICROSCÓPICO COMPARATIVO


ENTRE AS OSTEONECROSES E AS
OSTEOMIELITES DOS MAXILARES
Carlos Cesar de Antoni; Marcos Martins Curi; Anthony Froy Benites
Condezo; Carlos Cesar de Antoni Filho; Camila Lopes Cardoso

Objetivo: o presente estudo teve como Resultados: muitas características


objetivo analisar os aspectos histológicas semelhanças foram
histopatológicos da osteoradionecrose dos encontradas entre as doenças,
maxilares (ORN), osteomielite dos especialmente considerando a presença de
maxilares (OM) e osteonecrose osso necrótico, inflamação e
medicamentosa relacionada aos microorganismos. Foram detectadas
bisfosfonatos (OMMBF), a fim de avaliar diferenças estatisticamente significativas
semelhanças e diferenças. considerando a lacuna óssea vazia, que foi
Desenho do estudo: Quarenta e quatro diminuída em ORN (p = 0,042), e
espécimes ósseos ressecados de cada considerando a presença de neutrófilos,
doença óssea (22 casos de ORN, 6 casos de diminuiu no grupo OMMBF (p≤0,001). O
OM e 16 casos de OMMBF) foram teste Kappa foi realizado e o acordo foi
analisados por dois patologistas orais detectado com base nos parâmetros
experientes sem conhecimento prévio do histopatológicos, mas não para sugestão
diagnóstico, considerando condição do diagnóstica (p = 0,23).
tecido ósseo, inflamação , vascularização e Conclusão: a partir desses resultados,
presença de microorganismos. Além disso, confirma-se que os aspectos
os examinadores emitiram uma hipótese histopatológicos de ORN, OM e OMMBF
diagnóstica para cada espécime. não permitem um diagnóstico conclusivo,
enfatizando a necessidade de um relatório
clínico detalhado para sua realização.

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162
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2099

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM NEOPLASIAS DE


GLÂNDULAS SALIVARES MENORES DO PALATO:
RELATO DE CASOS
Luide Michael Rodrigues França Marinho; Antonio Gabriel Lanata
Flores; Erick Andred Alpaca Zevallos; Alexander Sverzut

As neoplasias de glândulas salivares tornando o prognóstico extremamente


apresentam-se como um padrão incomum desfavorável e elevando os índices de
de lesão, representando de 2% a 6% dos morbidade e mortalidade. O
tumores de cabeça e pescoço, com uma conhecimento, por parte do cirurgião, do
maior frequência de neoplasias benignas, perfil clínico-epidemiológico das lesões
com índices aproximados de 65%. De modo que acometem as glândulas salivares é de
geral, as glândulas salivares maiores são grande relevância, por abranger uma região
mais acometidas, representadas, em sua anatômica que sempre está presente em
maioria, pela parótida, seguida pela nossas avaliações e pela necessidade de um
glândula submandibular. Dentre as rápido diagnóstico, visto que o tempo de
glândulas salivares menores, as palatinas evolução é um fator importante,
são mais relatadas. A literatura aponta que, principalmente em tumores malignos. Este
dentre todas as lesões que podem acometer trabalho tem por objetivo apresentar dois
as glândulas salivares, o adenoma casos clínicos de pacientes com neoplasias
pleomórfico é o tumor mais encontrado. de glândulas salivares em palato duro, que
Em relação a lesões malignas, o carcinoma procuraram atendimento no serviço de
muco-epidermóide e o carcinoma Cirurgia da Faculdade de Odontologia de
adenomatóide cístico são as neoplasias Piracicaba/ UNICAMP, com evolução
com maior prevalência. A maioria dos clínica e aspecto macroscópico muito
tumores em palato duro, são derivadas da semelhantes, porém com avaliações
mucosa e das glândulas salivares menores. anatomopatológicas trazendo diagnósticos
O curso clínico das neoplasias de glândulas totalmente distintos. Um paciente teve
salivares, em particular na região de palato como diagnóstico adenoma pleomórfico e
duro, é caracterizado, geralmente, por um o outro foi diagnosticado com carcinoma
crescimento insidioso, uma aparência adenomatóide cístico. A ilustração destes
inofensiva e longa evolução; casos visa apontar a semelhança clínica
desenvolvendo-se de maneira que lesões tão diferentes, do ponto de vista
despercebida, pela sua aparência inócua e histológico, podem apresentar, além de
aspecto macroscópico benigno. Contudo, alertar sobre a importância de uma
estas lesões podem apresentar um avaliação acurada e um preciso diagnóstico
componente de malignidade infiltrado, para o tratamento destas neoplasias.
Palavras-chave: Palato. Glândulas Salivares. Diagnóstico Diferencial. Neoplasias.

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163
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2139

ENFISEMA SUBCUTÂNEO APÓS PROCEDIMENTO


EM DENTÍSTICA RESTAURADORA
Bárbara Queiroz Oliveira; Marconi Gonzaga Tavar

Introdução: O enfisema subcutâneo é tratamento exclusivamente conservador,


definido pela presença anormal de ar nos apenas por prescrição medicamentosa e
tecidos. Pode surgir em consequência da acompanhamento clínico radiográfico.
entrada forçada do ar para os espaços Discussão: O enfisema subcutâneo tem
teciduais profundos. Sua ocorrência é sido reportado desde 1827 e pode ser
incomum durante procedimentos classificado, de acordo com sua etiologia,
odontológicos, porém, apesar de em 4 tipos: (1) por rompimento de tecido
raro, dentre as etiologias documentadas cutâneo, (2) por rompimento de mucosa,
para a origem do enfisema, destacam-se: (3) por rompimento de membrana alveolar
procedimentos de exodontias, ou (4) por infecção bacteriana com
principalmente a remoção de terceiros formação de gás. A utilização de ar-
molares impactados, procedimentos comprimido em procedimentos
operatórios em gerais, preparações de odontológicos pode ocasionar entrada de
coroas, tratamento endodôntico e até ar nos tecidos da região cérvico-facial
mesmo tratamentos restauradores. A através de uma ferida na mucosa. Dentre os
maioria dos casos está associado ao uso de sinais e sintomas, detacam-se: voz
turbina de alta rotação e/ou uso da seringa anasalada, inchaço na face e no pescoço,
tríplice. O enfisema subcutâneo possui disfagia, dispnéia, disfonia, chiado, dores
potencial para se espalhar ao longo dos no pescoço e peito, dor de garganta e
planos faciais, resultando em enfisema dificuldade de deglutição; sendo que a
cervical, podendo também atingir espaço crepitação à palpação é sinal
periorbitário, mediastinal, pericárdico e/ou patognomônico. O diagnóstico diferencial
torácico. do enfisema subcutâneo deve incluir
Métodos: Os autores apresentam um reações alérgicas, angiodema e hematoma.
relato de caso clínico de enfisema Conclusão: O grampo utilizado nas
subcutâneo após procedimento de técnicas de isolamento absoluto
restauração em resina composta classe V promovem afastamento gengival com
de Black sob isolamento absoluto com possível rompimento de fibras do tecido
grampo retrator; que evoluiu para os conjuntivo. Tal técnica pode resultar na
espaços cervicais profundos e tecido invasão dos espaços biológicos e propiciar
subcutâneo frontal. uma comunicação com tecidos adjacentes,
Resultados: O paciente foi acompanhado que ficam susceptíveis à entrada de ar
com evolução benigna da patologia e forçada por turbina de alta-rotação.
resolução espontânea após 7 dias com

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164
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2340

DISPLASIA CLEIDOCRANIANA:
RELATO DE SÉRIE DE CASOS FAMILIAR
Nayana Oliveira Azevedo; Raimundo Thompson Gonçalves Filho;
Saulo Queiroz de Araujo; Rafael Lima Verde Osterne; Renato Luiz
Maia Nogueira

Introdução: A displasia implantes. Paciente 4, sexo masculino, 21


cleidocraniana(DCC) é uma desordem anos, iniciou o tratamento na UFC junto a
congênita rara causada pela mutação no odontopediatria. Este foi submetido a
gene CBFA1 e está associada remoção de dentes supranumerários e
principalmente a hipoplasia ou aplasia permanentes inclusos; tratamento
clavicular, retardo na exfoliação dos dentes ortodôntico e cirurgia ortognática. No
decíduos e na erupção dos dentes momento, aguarda cirurgia de enxerto e
permanentes e presença de múltiplos implantes. Paciente 5, 14 anos, sexo
dentes supranumerários. O objetivo desse masculino. Iniciou o tratamento junto a
trabalho é relatar o planejamento e odontopediatria da UFC com instalação de
tratamento de 5 casos de pacientes aparelho expansor. Atualmente, utiliza
portadores de DCC em uma mesma família. aparelho ortodôntico, sendo removidos
Métodos: Cinco pacientes, a mãe e quatro supranumerários e dentes permanentes
filhos, atendidos no serviço de Cirurgia e inclusos. Já iniciou o tracionamento
Traumatologia BucoMaxiloFacial da ortodôntico dos dentes viáveis.
Universidade Federal do Ceará(UFC). Resultados: Os pacientes encontram-se
Paciente 1, sexo feminino, 51 anos, iniciou em tratamento, visto que o grau de
o tratamento já em fase adulta, com complexidade dessa desordem envolve
remoção dentes inclusos, estando em uso múltiplas especialidades odontológicas e
de aparelho ortodôntico para futura um tratamento dividido em etapas.
reabilitação com implantes. Paciente 2, Discussão: Visto a falta de um protocolo
sexo feminino, 28 anos, iniciou o definitivo para o atendimento dos
tratamento aos 10 anos tendo removido pacientes com DCC, o diagnóstico precoce
vários dentes inclusos e posteriormente, e intervenção durante a infância ajudam a
foi realizado tratamento ortodôntico, um melhor planejamento entre os
instalação de implantes inferiores e profissionais envolvidos, entretanto o
cirurgia ortognática. Atualmente, a longo tempo de tratamento e as diversas
paciente aguarda a cirurgia de enxerto e intervenções são um problema para os
implantes. Paciente 3, sexo feminino, 24 pacientes.
anos, foi submetida a remoção de alguns
Conclusão: Conclui-se, assim, que o
dentes inclusos supranumerários.
melhor resultado para os pacientes vem de
Atualmente, encontra-se em finalização de
um planejamento multidisciplinar e
tratamento ortodôntico para cirurgia
tratamento precoce de pacientes com DCC.
ortognática e posterior instalação de

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5-9 de setembro de 2017
165
APRESENTAÇÃO ORAL

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2428

TRATAMENTO DE OSTEOMIELITE MANDIBULAR


EM PACIENTE COM PICNODISOSTOSE
Luiz Carlos Moreira Junior; Victor Diniz Borborema dos Santos; Hugo
José Correia Lopes; Wagner Ranier Maciel Dantas; Petrus Pereira
Gomes

Introdução: A picododostose é uma ao processo de fadiga. A paciente está em


entidade clínica osteopetrótica rara. acompanhamento ambulatorial e não
Pertence ao grupo das displasias ósseas apresenta recidiva.
craniotubulares, descritas pela primeira Discussão: As principais características
vez em 1962 por Maroteaux e Lamy como desta síndrome são a displasia craniana, o
uma forma de nanismo com malformação ângulo obtuso da mandíbula, a displasia
craniofacial semelhante à displasia parcial ou total das falanges terminais e,
cleidocraniana. O metabolismo ósseo nesta geralmente, o aumento da densidade
condição é anormal por causa do mau óssea, sendo osteomielite e fratura no osso
funcionamento dos osteoclastos, com mandibular complicações características
redução na remodelação óssea, o que dessa condição. Embora a picododostose
geralmente torna os ossos frágeis e seja considerada uma forma de
escleróticos. osteopetrose, a característica principal que
Método: Paciente D.R.M.S., 30 anos, já diferencia as duas é a presença de cavidade
diagnosticada com quadro sindrômico de medular e hematopoese medular ativa. Isso
picnodisostose, foi encaminhada ao sugere que o estroma medular e as células
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- precursoras devem estar disponíveis para
Maxilo-Faciais da UFRN com quadro de iniciar a osteogênese em enxertos ósseos
osteomielite mandibular. Ao exame físico esponjosos.
queixava-se de dor pulsante e constante Conclusão: É importante que o
em região bilateral do corpo mandibular e diagnóstico de picnodisostose seja
apresentava fístulas nas regiões. Foi realizado de forma precoce para que o
observado ao exame de imagem que a tratamento se adeque as limitações que
paciente apresentava grandes áreas de esse tipo de paciente apresenta, tanto na
sequestro ósseo comprometendo a prevenção como no manejo das
resistência da mandíbula. A paciente foi complicações. O tratamento da
submetida a procedimento de osteomielite crônica por meio de um
debridamento cirúrgico associado a antibiótico combinado e abordagem
antibioticoterapia e colocação de duas cirúrgica é considerado efetivo, mas em
placas de reconstrução, com o cuidado para casos de osteomielite secundária à doença
que ficassem áreas de contato ósseo de óssea esclerosante, pode ser refratária.
forma a aumentar a resistência das placas

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166
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

126

AVALIAÇÃO HISTOMORFOMÉTRICA E
TOMOGRÁFICA DA EFICIÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE
RHBMP-2 A ENXERTOS ÓSSEOS XENÓGENOS EM
BLOCO EM DEFEITOS CRITICOS EM HUMANOS
Rodinei Bucco

O presente estudo teve o objetivo de temos a associação dos fatores de


comparar histomorfometricamente a crescimento ao enxerto, a formação de
eficiência da associação ou não, de rhBMP- novo osso acontece apenas junto a
2 a enxertos ósseos xenógenos em bloco, interface leito-enxerto. Nos casos em que
em defeitos criticos em humanos. Foram os defeitos ósseos são severos, em que o
selecionados dois pacientes com rebordos leito receptor oferece pouca estrutura
alveolares severamente atróficos. Em um óssea e suporte de irrigação e oferta celular
dos pacientes foi fixado um bloco deficiente, associar fatores de crescimento
xenógeno (Bio-Oss Block, Geistlich AG, (BMP-Rh2) à técnica de enxertos osseos
Wolhusen, Switzerland) e coberto com uma xenogenos em bloco é fundamental, se o
membrana de colágeno (Bio-Gide, objetivo é neoformação ósseo no interior
Geistlich AG, Wolhusen, Switzerland). No do bloco. A reparação e revascularização
outro paciente também foi fixado um bloco quando não associamos fatores de
xenógeno e adicionado rh-BMP-2 (Infuse). crescimento, tem apresentado a formação
Após seis meses, foi realizada outra de novo osso apenas na interface leito-
tomoda tomográfica no mesmo local. enxerto, formando tecido conjuntivo no
Previamente a instalação dos implantes interior do bloco. Concluímos que a
dentários nas áreas enxertadas, foi utilização do enxerto ósseo em bloco
realizado biópsia com broca trefina de xenógeno (Bio-Oss Block® - Geistlich AG,
2mm, em região adjacente ao eixo do Wolhusen, Switzerland) é mais uma
implante a ser inserido.Histologicamente, alternativa terapêutica para as
pôde-se observar um padrão de reconstruções verticais e horizontais. Os
neoformação óssea diferente quanto a resultados histologicos e radiográficos
associação ou não de rhBMP-2 aos encontrados, e os artigos na literatura,
enxertos ósseos xenógenos em bloco. O suportam a aplicabilidade desta técnica,
enxertos ósseo xenógeno em bloco quando realizada dentro dos parâmetros
associado ao rh-BMP2 apresentou um que foram introduzidos neste estudo.
padrão de formação de novo osso mais Associar fatores de crescimento (BMP-
organizado. Histomorfometricamente, a Rh2) à técnica de enxertos osseos
associação de rh-BMP2 ao enxerto xenogenos em bloco é fundamental, se o
apresentou uma neoformação óssea objetivo é neoformação ósseo no interior
estatisticamente maior quando não do bloco.
associado. Obrservou-se que quando não

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167
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

134

ACURÁCIA EM CIRURGIA GUIADA PARA


INSTALAÇÃO DE IMPLANTES DENTÁRIOS EM
PACIENTES EDÊNTULOS TOTAIS:
REVISÃO SISTEMÁTICA
Daniel Amaral Alves Marliere; Maurício Silva Demétrio; Rodrigo
Guerra de Oliveira; Henrique Duque de Miranda Chaves Netto

Introdução: A precisão em cirurgia Resultados: Fizeram parte do escopo


guiada abrange comparativamente o desta revisão 7 artigos que utilizaram guias
planejamento assistido por computador e a cirúrgicos ósseo e muco-suportados,
verdadeira posição de instalação dos demonstraram haver desvios angular,
implantes dentários para análise da cervical e apical variando (média mínima e
reprodutibilidade da posição virtual. máxima), respectivamente, 1.85 a 8.4 (º),
Objetivos: Verificar por meio de uma 0.17 a 2.17 (mm), 0.77 a 2.86 (mm).
revisão sistemática a precisão da cirurgia Conclusão: destaca-se que maior
guiada através do posicionamento de tendência de imprecisão nos implantes
implantes planejados virtualmente e dentários instalados em maxila. A precisão
instalados em rebordos edêntulos. da cirurgia guiada depende do efeito
Métodos: Foram analisados os mais cumulativo e interação dos erros
relevantes estudos nas bases de dados envolvidos desde aquisição de imagem à
PubMed NCBI, sendo contemplados execução do procedimento cirúrgico. A
somente os estudos clínicos in vivo. A cirurgia guiada é viável para reabilitação de
estratégia de busca utilizou as seguintes pacientes com implantes dentários, mas
combinações de palavras-chave: não há evidências superiores aos
(“Accuracy”) AND (“Computer-Assisted procedimentos convencionais em termos
Surgery”) AND (“Dental Implants”). Para de segurança e otimização de resultados
identificar os delineamentos dos estudos, clínicos.
foram empregados os seguintes termos:
Case Reports, Clinical study, Randomized
Controlled Trial, Systematic Reviews, Meta-
Analysis, published in the last 05 years,
Humans.

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5-9 de setembro de 2017
168
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1340

CASOS CLÍNICOS DE REABILITAÇÃO COM


IMPLANTES EM FÍBULAS MICROVASCULARIZADAS
Andrea Castilho Soares de Azevedo; Endrigo Oliveira Bastos; José
Carlos Marques Faria

O retalho de fíbula é bem indicado para as feminino. Os diagnósticos


reconstruções mandibulares devido à foram:carcinoma epidermóide,
grande oferta óssea, à baixa morbidade da ameloblastoma, osteossarcoma e acidente
área doadora e a qualidade superior do osso por arma de fogo. A extensão da ressecção
oferecido. Esse retalho permite a óssea mandibular variou de 6,5 a 20 cm.
reconstrução de defeitos mandibulares de Como dificuldade na reabilitação com
praticamente todas dimensões. A irrigação implantes temos a altura da fíbula e a sua
óssea segmentar possibilita uma posição para manter o contorno facial que
modelagem segura do retalho através de podem ser fatores limitantes para a
várias osteotomias, reproduzindo o instalação de implantes na altura ideal e na
formato da mandíbula. Esse relato de casos posição oclusal ideal.
clínicos mostra a reabilitação de quatro Método: Caso clínico. Os implantes
pacientes que sofreram ressecção parcial planejados para esses casos foram da marca
de suas mandíbulas e que receberam Neodent , cone morse , plataforma 3.5mm.
retalho microvascularizado de fíbula e Nenhum dos casos recebeu carga imediata;
posterior colocação de implantes.O e os implantes foram reabertos e a
presente relato discute as dificuldades da confecção das próteses fixas parafusadas
técnica para o implantodontista e suas sobre estes.
limitações em relação a esse tipo de
Resultados: Os pacientes que receberam
reconstrução.
a fíbula sem que esta seguisse o contorno
Introdução: A microcirurgia nas facial, isto é , mas lingualizadas tiveram os
reconstruções em mandíbula tem como melhores resultados em relação a posição
objetivos restabelecer a mastigação, dos implantes. Os pacientes que tiveram a
fonação, deglutição e o contorno facial. O fíbula reestabelecendo o contorno facial
cirurgião busca obter uma oclusão dental tiveram excelentes resultados estéticos ,
estável, com abertura satisfatória de boca e porém os dentes não ficam no eixo oclusal
função da articulação temporo-mandibular ideal em relação aos superiores.
preservada, além de sulcos vestibulares e
Discussão: Uma forma de amenizar essas
lingual com profundidades satisfatórias.
inclinações protéticas seria associar
Os pacientes desse relato clínico
enxertos à fíbula antes da realização dos
apresentavam defeitos mandibulares,
implantes, entretanto isso aumentaria a
sendo 02 do sexo masculino e 02 do sexo

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

morbidade desses pacientes e o número de


cirurgias envolvidas para um mesmo caso.
Conclusão: A intervenção nesse tipo de
tratamento deve ser multidisciplinar

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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1637

ENXERTO AUTÓGENO DE CALOTA


CRANIANA PARA REABILITAÇÃO DE
MAXILAS ATRÓFICAS
Alessandra Kuhn Dall’Magro; Roberta Neuwald Pauletti; Alexandre
Basualdo; Larissa Cunha Cé; Eduardo Dall`Magro

Introdução: Embora as pesquisas técnica cirúrgica inicia com a retirada do


científicas tenham sugerido a utilização de enxerto pelo neurocirurgião através da
vários biomateriais prévios a instalação de abordagem parieto-occipital, incisando
implantes osseointegrados, a utilização do couro cabeludo e gálea em plano único por
osso autógeno ainda é o padrão ouro para aproximadamente 15 centímetros. O
este tipo de reabilitação oral. Vários sítios espécime obtido é convertido conforme a
doadores podem ser elegíveis conforme a necessidade e indicação do caso em blocos
quantidade e qualidade necessárias de e/ou porções particuladas,
osso: crista ilíaca, tíbia, costela, ulna, respectivamente para ganho em espessura
escápula, fíbula, úmero e calota craniana. do rebordo pré-maxilar e preenchimento
Especificamente da calvária, as vantagens do seio maxilar.
se sobrepõem a todas as outras regiões de Resultados: Nossa casuística, de 2007 a
coleta, pela baixa morbidade pós- 2016, é de 26 pacientes sendo 21 do gênero
operatória, facilidade de acesso cirúrgico, feminino (81%) e 5 do gênero masculino
cicatrização previsível e orientada para a (19%) com idades que variam da segunda à
neoformação óssea com manutenção da sétima décadas de vida.
alta densidade deste osso, insignificante
Discussão: A escolha pela técnica
índice de reabsorção, incorporação rápida
de enxertia autógena de calota craniana se
ao leito receptor, flexibilidade de emprego
deve a origem embriológica do tecido,
em blocos, particulação e associação. O
modelo intramembranoso, alta
objetivo deste trabalho é mostrar a
vascularização medular, profusão de
experiência clínica de 10 anos da nossa
proteínas morfogenéticas na cortical,
equipe utilizando o enxerto autógeno de
neoangiogênese e alta celularidade
calota craniana na reconstrução de maxilas
medular. Estes atributos potencializam a
atróficas, através de um estudo de série de
técnica como padrão ouro de tratamento.
casos, descrevendo detalhadamente a
técnica cirúrgica, sua previbilidade, Conclusão: a técnica de reconstrução de
indicações e contraindicações. maxilas atróficas por meio de enxertos
autógenos de calota craniana se enquadra
Métodos: Uma vez indicada a
na literatura revisada e é um protocolo
reconstrução maxilar previamente a
estabelecido com alto índice de sucesso na
colocação de implantes osseointegrados, a

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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

reabilitação oral, proporcionando, pela


associação enxerto autógeno, implantes e
próteses, resultados totalmente previsíveis
devido as suas propriedades histológicas,
biomecânicas e estéticas.

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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2006

ENXERTO ÓSSEO, IMPLANTES DENTÁRIOS E AVANÇO


DE MAXILA COM LE FORT I EM INTERVALOS
DISTINTOS, UMA PERSPECTIVA PREVISÍVEL NO
TRATAMENTO DE REABILITAÇÃO TOTAL EM MAXILA
ATRÓFICA: UM RELATO DE CASO
Tiago Nascimento de Moura; Eleonor Álvaro Garbin Júnior; Osvaldo
Magro Filho

Introdução: Atualmente a reabilitação maxila, seguido por instalação de


protética através da terapia de implantes implantes e por fim cirurgia ortognática. A
dentários fornece o melhor região doadora para enxerto ósseo de
restabelecimento da função mastigatória. maxila foi de calota craniana para ganho de
Na reabilitação de maxila edêntula, três espessura, associado a levantamento de
pontos chaves são fundamentais, dentre seio maxilar bilateral para restituir a altura
eles: leito ósseo, posicionamento dos óssea posterior da maxila, após 08 meses,
implantes e o relacionamento maxilo- foi realizado 08 implantes dentário, com
mandibular. Desta forma reconstrução com início da reabilitação protética com 04
enxertos ósseo e um avanço maxilar deve meses. A prótese sobre-implante foi
ser considerado para almejar reabilitações realizada com dentes provisório e
em maxilas severamente atróficas. Dentre montados os dentes em relação maxilo-
os tratamentos, enxerto ósseo e avanço mandibular, em classe III de Angle. Na
maxilar no mesmo ato operatório e o sequencia foi realizado avanço da maxila
tratamento com intervalos distintos, é uma através da osteotomia Le Fort I, para
opção viável, porém sabe-se que quanto chegar em oclusão classe I de Angle.
maior a reconstrução mais imprevisível se Discussão: A uma tendência do aumento
torna o resultado. Diante disso o objetivo da discrepância maxilo-mandibular em
deste trabalho é evidenciar a pacientes desdentados, onde segundo GIL
previsibilidade cirúrgica em uma (2009), mostrou que o tratamento mais
reabilitação total de maxila severamente eficaz para aumentar o volume ósseo
atrófica, quando em uma abordagem remanescente e diminuir a discrepância
cirúrgica em tempos distintos. maxilo-mandibular é a enxertia óssea
Métodos: Paciente do gênero masculino, seguido de avanço maxilar com Le Fort I.
47 anos, edêntulo total superior, com Conclusão: Embora o tratamento seja
deficiência vertical e antero-posterior de pautado em mais de uma etapa cirúrgica, o
maxila, com discrepância maxilo- ganho de volume na reconstrução óssea,
mandibular. O tratamento proposto foi posicionamento adequado dos implantes
aumento de volume ósseo prévio da

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5-9 de setembro de 2017
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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

dentários em sua base óssea e melhora da


discrepância maxilo-mandibular foi
observado, sendo um tratamento previsível
em busca de uma satisfatória reabilitação
total em maxila atrófica.

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174
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2014

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OSSO


AUTÓGENO E XENÓGENO EM CIRURGIA DE
LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR:
UMA ANÁLISE HISTOLÓGICA EM HUMANOS
Letícia Nadal; Geraldo Luiz Griza; Osvaldo Magro Filho; Roberta
Okamoto; Eleonor Álvaro Garbin Júnior

Introdução: Após as perdas dentárias, o instalação dos implantes, concomitante a


estímulo que mantém a qualidade e remoção de amostra do osso enxertado
quantidade óssea desaparece. Na maxila nesse local, previamente, para realização
posterior após a perda dentária, o periósteo da análise histológica.
da membrana sinusal apresenta uma Resultados: Na avaliação histológica foi
atividade osteoclástica intensa, resultando observada neoformação óssea nos três
na reabsorção do soalho sinusal. O seio grupos, com presença de trabéculas de osso
maxilar se expande, ocupando uma grande maduro. Nos grupos B e AB, foi observada
parte do processo alveolar. Em longo prazo a presença de grânulos do biomaterial com
resta uma fina camada separando o seio tecido ósseo circundante. A análise
maxilar da cavidade oral. Assim deve-se estatística apontou diferença significante
lançar mão de técnicas que visem melhorar (ANOVA p=0.002), sugerindo uma maior
a quantidade óssea na região, através do neoformação óssea no grupo de osso
levantamento de seio maxilar, sendo que autógeno.
pode ser usado osso autógeno e substitutos
Discussão: Apesar do osso autógeno
ósseos para este fim. O objetivo deste
demonstrar maior neoformação óssea, o
estudo foi avaliar, através de análise
osso autógeno associado ao Bio-oss® e
histológica a neoformação e a remodelação
Bio-oss® puro obtiveram reparo ósseo
óssea após a realização de cirurgias de
possibilitando a reabilitação com
elevação de seio maxilar.
implantes dentários, tendo como grande
Metodologia: Foram selecionados 25 vantagem a menor morbidade.
pacientes que foram submetidos a cirurgia
Conclusões: Conclui-se que a utilização
para elevação do seio maxilar, através da
de Bio-Oss®, associado ou não ao osso
técnica aberta sendo divididos em 3
autógeno, para levantamento de seio
grupos: A. Osso autógeno particulado; AB.
maxilar através da técnica da janela lateral
Osso autógeno e heterógeno (Bio-oss®) e
resulta em reparo ósseo. Uma previsível
B. Apenas osso heterógeno (Bio-oss®).
formação óssea é possível quando se utiliza
Passados seis meses desta intervenção, os
esse material como osteocondutor.
pacientes foram submetidos a cirurgia para

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175
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2290

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE AMELOBLASTOMA EM


MANDÍBULA, COM RECONSTRUÇÃO IMEDIATA
ATRAVÉS DE ENXERTO LIVRE E OXIGENOTERAPIA
HIPERBÁRICA: RELATO DE CASO
Ivan Solani Martins; Gabriel Pires Pastore; Douglas Rangel Goulart;
Patricia Radaic; Manoel Claro de Toledo

A ressecção extensiva de tumor geralmente reconstrução mandibular imediata usando


resulta em defeitos nos tecidos moles e NVBGs da crista ilíaca, seguido por
osseos que causam consequências remoção da fixação interna e colocação de
funcional e estética. A cirurgia implantes dentários com carregamento
reconstrutiva é extremamente importante imediato. O paciente recebeu pré-
para a reabilitação desses pacientes. O operatório HBO (uma sessão de 90 minutos
objetivo deste estudo é informar sobre o a 2.2-2.4 atmosferas, cinco vezes por
uso da oxigenoterapia hiperbárica (HBO) semana durante duas semanas, para um
no caso de ameloblastoma grande tratado total de até 10 sessões), pós-operatório
com segmentação, ressecção e HBO (10 outras sessões de 90 minutos) foi
reconstrução imediata com enxerto ósseo administrado dentro de duas semanas. O
não vascularizado (NVBGs) da crista ilíaca. paciente recebeu reabilitação com uma
Uma mulher de 41 anos de idade referio-se prótese dentária completa fixa suportada
ao nosso departamento por causa da por implante. O presente estudo mostrou o
parestesia do nervo alveolar inferior , gerenciamento bem-sucedido do
história de inchaço na região do ramo da ameloblastoma mandibular associado a
mandíbula a esquerda. A radiografia cirurgia extensiva com reconstrução
panorâmica apresenta uma radiolucência imediata com NVBGs da crista ilíaca e
multilocular bem definida que se estende terapia com oxigênio hiperbárico e
desde o segundo pré-molar ate a região do implantes dentários. Esses procedimentos
ramo esquerdo. Uma biópsia incisional combinados permitiram a remoção da
confirma o diagnóstico de ameloblastoma lesão e restabelecimento do contorno
sólido. O tratamento de escolha foi a mandibular e função.
ressecção mandibular segmentar e
Referências: PASTORE, G. P.; MARTINS, I. S.; GOULART, D. R.; PRATI, A. J.; DE MORAES M.;
PASTORE, P. R. & DE TOLEDO, M. C. Surgical management of mandibular ameloblastoma and
immediate reconstruction with nonvascularized bone graft andhyperbaric oxygen therapy. Int. J.
Odontostomat., 10(3):409-417, 2016.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2300

MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE
OSTEOTOMIA DE VÔMER EM PACIENTES
PORTADORES DE FISSURA LABIOPALATINA
BILATERAL: RELATO DE CASO
Andre Xavier Padilha Favoreto; Cláiton Heitz; Rogério Belle de
Oliveira; Orion Haas Junior; Neimar Scolari

Introdução: Fissuras labiopalatinas e presença de fissura labiopalatina


representam a segunda mais frequente bilateral. A modificação da técnica da
deformidade congênita. Geralmente, estão osteotomia de vômer foi realizada pelo
associadas a outros problemas, como descolamento do retalho mucoperiosteal
deformidades estéticas, anormalidades lateralmente ao rebordo alveolar da pré-
dentais, problemas com a fala, deglutição e maxila e feito a osteotomia com micro
crescimento. O uso da técnica de retalho serra cirúrgica reciprocante e a remoção do
vômer para fechar o palato duro foi descrita seguimento ósseo realizado, necessário
pela primeira vez em 1926, e a técnica foi para reposicionar a pré-maxila, sendo após
adotada e modificada desde então. Com fixada com fio de aço número 01 (Aciflex -
isto, relatamos um caso clínico Ethicon).Também, foi colocado o enxerto
descrevendo a modificação da técnica de medular autógeno de crista ilíaca
vômer, em uma paciente portadora de particulada, bilateralmente nas áreas de
fissura labiopalatina bilateral. fissuras palatinas entre os segmentos
Métodos: Paciente C.S.K, brasileira, sexo maxilares. Depois disso, a mucosa dentro
feminino, 17 anos de idade, caucasiana, da cavidade oral foi suturada usando os
estudante e hígida, compareceu métodos convencionais de sutura simples
acompanhada com seu responsável ao com fio de sutura reabsorvível vicryl 4-0.
ambulatório do Serviço de Cirurgia e Resultados, discussão e conclusão:
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Através da modificação da técnica de
Hospital São Lucas da Pontifícia osteotomia de vômer, superamos as
Universidade Católica do Rio Grande do consequências adversas de cicatrizes,
Sul, Porto Alegre, no ano de 2007, com a minimizando a área de exposição do osso
queixa principal: “tenho fissura no palato, palatino e melhor posicionamento e
não gosto da minha aparência do rosto e fechamento da pré-maxila em pacientes
tenho dificuldade para mastigar e portadores de fissura labiopalatina
respirar”. Ao exame clínico e radiográfico bilateral. Há também uma boa reparação do
foi avaliada e diagnosticada com palato duro, produzindo um bom
deformidade dentofacial do tipo Classe III crescimento e estabilização da arcada

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5-9 de setembro de 2017
177
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

dentária.A gravidade da fissura bilateral irá


sugerir a técnica que apresenta maiores
vantagens e as diferentes condutas
indicam que não há consenso sobre a
técnica ideal e a experiência do cirurgião
contribui para a escolha da melhor opção
de tratamento.

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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2334

RINOMODELAÇÃO UTILIZANDO FIO


BÚLGARO
Fabiano Alves Pinheiro; Gabriel Denser Campolongo

Introdução: As técnicas de dermo Foi necessário anestesiar o trajeto do fio


sustentação com o uso de fios, vem sendo até o ápice do nariz. Após transfixar o fio
amplamente utilizada na Medicina e conseguimos prever, junto com a paciente,
Odontologia, com indicações cada vez mais a necessidade de subir o ápice atingindo
abrangentes. Este trabalho apresenta a seu desejo de melhora. Após o
descrição de um caso clínico onde foi procedimento foi realizado um curativo
recuperado o ângulo naso labial devido a com tensão, ficando o mesmo por 15 dias.
ptose do ápice do nariz, usando o fio Resultado: O ângulo naso labial foi
Búlgaro. Desenvolvido pelo cirurgião reposicionado, mantendo-se em 110 graus,
plástico Dr. Nikolay Serdev, este fio por ser deixando um terço médio facial mais
liso, elástico, absorvível em 3 anos, mas harmônico.
cujo efeito de sustentação permanece de 5
Discussão: Por se tratar de uma técnica
a 6 anos, foi bem indicado para a situação
simples e previsível, fica bem mais
clínica.
tranquilo conseguirmos um ótimo
Método: Neste caso utilizamos o fio resultado comparado com outras técnicas.
Búlgaro da Polycon de numeração 0 (zero), O fio Búlgaro por ser de policaproamida,
juntamente com o Kit de Agulhas de Serdev induz a formação de colágeno e elastina
com ponta romba de 50 mm. Após o dando ao passar do tempo uma
preparo da paciente e recomendações pós revitalização tecidual induzida.
operatória, marcamos com caneta
Conclusão: Com base no exposto, o
dermográfica os pontos de referência e em
procedimento realizado em consultório,
seguida fizemos anestesia infiltrativa com
com anestesia local, proporciona uma
bloqueio infra orbitário(extra oral).
recuperação rápida sem muitos
Também anestesiamos os pontos de
transtornos para o dia dia da paciente.
entrada e saída da agulha de Kein para
depois começarmos com movimentos de
Twist a passar as pontas de Serdev, junto
com o fio Búlgaro.

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5-9 de setembro de 2017
179
APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2335

FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO
BUCONASAL COM RETALHO TEMPORAL:
RELATO DE 3 CASOS CLÍNICOS
Tuanny Carvalho de Lima do Nascimento; Cassia Biron; Maurício
Romanowski; Rafaela Scariot de Moraes; Joao Luiz Carlini

Várias técnicas são recomendadas para o fechamento de


comunicação buconasal/bucosinusal, estes defeitos podem ser
oriundos de diversas razões, como exodontia mal sucedida,
ressecção tumoral, patologias congênitas e traumas. A literatura
dispõe diversas opções de retalho conforme sua indicação, sendo
um destes, o retalho temporal, o qual é indicado principalmente
para casos extensos e aos que não respondem a técnicas mais
simples. Este trabalho relata 3 casos clínicos de fechamento de
comunicação buconasal utilizando a técnica de retalho
temporal. Nenhum dos casos obteve necrose, déficits nervosos
ou alterações a longo prazo. O retalho temporal demostrou ser
uma técnica viável e segura com baixa complicação, podendo
contribuir para a reabilitação de pacientes bem indicados.

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5-9 de setembro de 2017
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APRESENTAÇÃO ORAL

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2485

INCISÃO DE WEBER-FERGUSON PARA


RESSECÇÃO DE TUMOR RARO EM MAXILA
Thais da Silva Fonseca; Rafael Lopes Quadros Silva; Jennifer Sanzya
Silva de Araújo; Helder Antonio Rebelo Pontes; Rodrigo Alves Salim

Introdução: A incisão de Weber- mini placa de titânio do sistema 2.0mm


Ferguson, descrita inicialmente em 1842, para devolver contorno orbitário imediato
tem sido utilizada como uma abordagem de e facilitar reconstrução posterior.
escolha para maxilectomia por sua boa Resultados: A paciente se encontra em
exposição da maxila e órbita. A cicatriz controle pós-operatório de 06 meses, sem
dessa abordagem é mínima em virtude de sinais clínicos ou radiográficos de recidiva
ficar localizada entre as subunidades até o momento. Atualmente segue em fase
estéticas faciais. de planejamento para a reconstrução óssea
Métodos: Relatamos um caso de um e reabilitação com implantes.
tumor odontogênico epitelial calcificante Discussão: O TOEC é uma neoplasia
em maxila, envolvendo região paranasal e caracterizada pelo desenvolvimento de
infra-orbitária esquerda, em uma mulher estruturas intra-epiteliais, que pode
de 36 anos. O tumor de evolução de tornar-se calcificada e a mandíbula é
aproximadamente 04 anos, clinicamente afetada duas vezes mais vezes que a maxila.
apresentava-se como aumento de volume Possui uma taxa de recorrência de 10-15%
em fundo de vestíbulo maxilar esquerdo, e com potencial para rara transformação
sem queixas álgicas à palpação. Em exame maligna. Dessa maneira, o seu tratamento
de ortopantomografia, foi evidenciado consiste em ressecção submucosa
imagem patológica extensa, possuindo observando margens de 1 cm no osso.
aspecto radiográfico misto e mal definido, CEOT na maxila deve ser tratado de forma
com áreas de calcificação e elemento mais agressiva pois tem potenncial de
dental incluso em seu interior. Foi crescimento mais rápido e geralmente não
realizada biópsia incisional e obteve-se se apresenta bem confinado. A abordagem
como diagnóstico Tumor odontogênico de Weber Ferguson é indicada para o acesso
epitelial calcificante. Com a realização de de tumores que envolvem a maxila por
tomografia computadorizada de face, oferecer um amplo acesso e facilidade para
observou-se envolvimento de assoalho reconstrução de todas as áreas da maxila e
orbital esquerdo. Optou-se por exérese soalho orbital.
total do tumor, realizando abordagem
Conclusões: O TOEC foi diagnosticado e
transfacial de Weber-Ferguson, onde após
confirmado por biópsia incisional. Para
a lesão ressecada, utilizou-se malha de
melhor ressecção total a abordagem
titânio de 0,3mm de espessura, parafusos
utilizada foi a de Weber Ferguson.
do sistema de fixação 1.5mm, bem como

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181
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

274

RECONSTRUÇÃO DE OSSO FRONTAL:


COMO OTIMIZAR RESULTADOS?
Pedro Henrique de Souza Lopes; Emerson Filipe de Carvalho
Nogueira; Ozawa Brasil Júnior; Pedro de Holanda Primo Filho;
Márcia Bento Moreira

A fratura do seio frontal está associada com O presente trabalho apresenta o caso de um
impactos de média e alta energia em face paciente vítima de acidente
decorrentes majoritariamente no Brasil por automobilístico,cursando com trauma
acidentes automobilísticos e/ou cranioencefálico e fratura de região frontal,
motociclísticos. Fraturas nessa região são o qual foi submetido a um tratamento de
de grande complexidade para o urgência para craniectomia pela equipe da
tratamento, devido aos acidentes neurocirurgia e tratamento tardio para
anatômicos como suas paredes anterior e reconstrução de defeito ósseo em região de
posterior, presença do ducto nasofrontal, a seio frontal com tela de titânio e
mucosa sinusal e o íntimo contato com a previamente adaptada em modelo
dura-máter. Além disso, complicações estereolitográfico realizado pela equipe da
como perda de substância óssea e grandes cirurgia bucomaxilofacial, dando contorno
cominuções reduzem possibilidades satisfatório a essa região, devolvendo o
terapêuticas fazendo com que técnicas paciente a suas funções sociais. O paciente
reconstrutivas tenham que ser abordadas. encontra-se atualmente sem queixas
Com isso, o tratamento dessas fraturas visa funcionais e/ou estéticas e em
manter a função e estética da região acompanhamento ambulatorial por 08
fraturada, onde as deformidades, por meses. O desafio no tratamento das
vezes, acabam por retirar o paciente do seu sequelas das fraturas em face devem ser
convívio social e de suas atividades abordados com planejamento detalhado,
laborais. multidisciplinaridade e utilizando
embasamento na literatura visando o
melhor resultado possível dentro da
limitação do caso.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

571

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE SEQUELAS EM


OSSO FRONTAL: SÉRIE DE CASOS
Edson Luiz Cetira Filho; Leonardo de Freitas Silva; Ricardo Franklin
Gondim; Renato Luiz Maia Nogueira; Manoel de Jesus Rodrigues
Mello

Introdução: As fraturas em osso frontal em proteção adequada ao cérebro. No


são relativamente raras de acordo com a momento, há pacientes com um ano, três
literatura. Fraturas nessa região podem ser anos e quatro anos de acompanhamento
um grande desafio ao cirurgião devido aos pós-operatório, onde os mesmos não
acidentes anatômicos intrínsecos à área. relatam quaisquer tipos de queixas.
Objetivo: Relatar uma série de casos de Discussão: Defeitos ósseos de espessura
cinco pacientes vítimas de acidente parcial ou irregularidades do contorno da
motociclístico com sequelas de fraturas em superfície do crânio são adequados para a
osso frontal, no qual tais pacientes foram reconstrução com polimetacrilato de
operados, em média, seis meses após a data metila, porque a dura-máter não fica
do acidente, havendo uma compensação exposta à reação de polimerização
física pelos mesmos. exotérmica; o monômero é líquido, de
Relatos de casos (série): Ao exame modo que preenche facilmente os defeitos
físico observou-se redução na projeção superficiais; e uma vez polimerizado, ele
anteroposterior na região frontal. Ao pode ser modelado para coincidir com o
exame de tomografia computadorizada osso circundante. Além disso, a tela de
havia um defeito ósseo envolvendo pelo titânio é útil para a fixação semirrígida e
menos a parede anterior do osso frontal. O reconstrução de defeitos craniofaciais. Tais
tratamento cirúrgico foi realizado em telas apresentam várias vantagens, como
conjunto com a equipe da neurocirurgia. A excelente biocompatibilidade, reações
reconstrução do defeito ósseo existente foi inflamatórias mínimas, fácil manuseio.
escolhida pela combinação de dois Conclusões: O uso de materiais
materiais, cimento de metilmetacrilato aloplásticos têm-se mostrado bastante
(Baumer®, Mogi Mirim, São Paulo, Brasil) e eficientes, reduzindo a morbidade
malha de titânio (MDImplants®, Fortaleza, cirúrgica, e não desencadeando
Ceará, Brasil), resultando em boa complicações.
adaptação, contorno estético satisfatório e

Referências: 1. Broer PN, Levine SM, Tanna N, Weichman KE, Hershman G, Caldroney SJ, Allen Jr RJ,
Hirsch DL, Saadeh PB, Levine JP. A Novel Approach to Frontal Sinus Surgery: Treatment Algorithm
Revisited. J Craniofac Surg 2013;24: 992-5. 2. Habal MB. Reconstruction of Extensive Frontal Fracture
With Titanium Mesh. The Journal of Craniofacial Surgery 2014; 25: 712-4. 3. Muñoz XM, Bonardi JP,
Silva LF, Reis EN, Pires WR, Fabris AL, Souza FÁ, Garcia Júnior IR. Cranioplasty With Poly-Methyl
Methacrylate Resin. J Craniofac Surg. 2017; 28: 294-5.

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183
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

831

ANQUILOSE DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR CAUSADA POR
PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO
Camilla Siqueira de Aguiar; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte
Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

A anquilose da articulação O paciente procurou o serviço do


temporomandibular (ATM), ocasionada Ambulatório de Cirurgia e Traumatologia
pela união fibrosa ou óssea do côndilo da Buco Maxilo Facial da Universidade Federal
mandíbula, disco articular e cavidade de Pernambuco, após cerca de três meses
glenóide é caracterizada principalmente do trauma, relatando trismo e dor à
após a exposição do paciente a um trauma, palpação da região massetérica esquerda.
mas também pode ser relacionada a Foram solicitados alguns exames
doenças sistêmicas e infecções. A imaginológicos, que junto com sinais e
anquilose é classificada em quatro tipos de sintomas pôde-se chegar ao diagnóstico de
acordo com o seu grau de fibrose ou anquilose fibrosa da ATM. O tratamento
ossificação, o seu diagnóstico é feito escolhido foi o cirúrgico, onde foi feita uma
principalmente através da imaginologia e abertura forçada da mandíbula no intuito
seu tratamento embora seja ainda um de liberar a ATM das fibras aderidas a
grande desafio para os cirurgiões, pode ser região. Após 24 horas depois da cirurgia o
cirúrgico, o mais indicado, ou não- paciente foi encaminhado para
cirúrgico e o paciente deve sempre ser fisioterapia. Por não apresentar edema na
submetido ao tratamento fisioterápico. O região operada e uma cicatrização da área
objetivo desse trabalho é relatar o caso de satisfatória, o paciente foi liberado cinco
um paciente do gênero masculino, de 27 dias após a cirurgia. Houveram consultas
anos de idade, que foi vítima de agressão pós-operatórias e após seis meses não
física por projétil de arma de fogo, haviam indícios da recidiva da anquilose, e
atingindo o terço médio da face. a abertura da boca estava nos limites
padrões. Assim, o tratamento foi
considerado um sucesso.

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184
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

1765

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE SEQUELA DE


FRATURA ÓRBITO-ZIGOMÁTICA COM USO
DE TELA DE TITÂNIO E ENXERTO AUTÓGENO
Jhoonatarraty Fonseca de Sena; Carlos Eduardo Mendonça
Batista; Éwerton Daniel Rocha Rodrigues; Thalita Medeiros Melo;
Eider Guimarães Bastos

Introdução: O tratamento de sequelas foi tratada através de abordagem subciliar,


pós-traumáticas é um desafio à equipe coronal e intraoral, onde foi possível
cirúrgica envolvendo frequentemente reposicionar trimendisionalmente o corpo
cirurgias múltiplas. A abordagem no do osso zigomático através de fixação
tratamento dessas deformidades pode ser interna rígida e a órbita através de tela de
instituída de diversas formas, que serão titânio e enxerto autógeno de calota
eleitas mediante ao tamanho do defeito e craniana.
da escolha do material reconstuinte. A Resultados: Nas consultas pós-
utilização de biomodelos operatórias foi possível observar reparo
estereolitográficos nesses casos, permite tecidual satisfatório, melhora do quadro de
não apenas uma avaliação global da enoftalmia e distopia.
deformidade, mas auxilia também no
Discussão: Os traumas na região do
planejamento mais preciso do
complexo órbito-zigomático-maxilar
procedimento corretivo, diminuindo o
podem gerar deformidades estéticas e
tempo cirúrgico. Este trabalho relata um
incapacidades funcionais, que vão de
caso de correção de distopia e enoftalmia
comprometimento da movimentação
em paciente portador de deformidade
ocular a depressões faciais. Diferentes
zigomático-orbitária decorrente de
materiais podem ser utilizados para
traumatismo facial.
reconstrução orbitária e redução dos ossos
Métodos: Paciente do gênero feminino, envolvidos. No geral, um material ideal é
30 anos, queixando-se da estética facial e aquele cujas propriedades físicas se
de dor em hemi-face direita, após assemelham às do tecido o qual está
realização de cirurgia para tratamento de substituindo.
fratura de osso zigomático. Ao exame
Conclusões: O sucesso no reparo das
clínico era possível observar enoftalmia e
sequelas pós-traumáticas está relacionado
distopia em região de olho direito. Foi
ao reestabelecimento da anatomia e
solicitada tomografia de face e
função. O uso de biomodelos prototipados
posteriormente biomodelo
para a cirurgia de correção de deformidades
estereolitográfico, onde foi possível
pós-traumática se revelou uma ferramenta
observar falha da fixação interna rígida e
excepcional para mensuração da sequela e
aumento do continente orbitário. A mesma
planejamento cirúrgico do caso.

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TRAUMA

Referências: Hazani R, Yaremchuk MJ. Correction of Posttraumatic Enophthalmos. Arch Plast Surg.
2012;39:11-17./Clauser L, Galie` M, Pagliaro F, Tieghi R. Posttraumatic Enophthalmos: Etiology,
Principles of Reconstruction, and Correction. J Craniofac Surg. 2008;19(2):351-359.

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1768

USO DO POLIMETILMETACRILATO EM
OSTEOSSÍNTESES PARA RECONSTRUÇÃO DO
TERÇO SUPERIOR DA FACE:
RELATO DE CASO
Saulo Queiroz de Araujo; Ricardo Franklin Gondim; Raimundo
Thompson Gonçalves Filho; Renato Luiz Maia Nogueira; Manoel de
Jesus Rodrigues Mello

Introdução: Os tratamentos de fraturas defeito ósseo apenas 120 dias após o


do terço superior da face dependem, evento traumático. O paciente foi operado
inicialmente, do quadro clínico pela equipe de bucomaxilofacial, a qual
apresentado pelo paciente. Assim, tanto as optou por uso da malha de titânio
reconstruções imediatas quanto a associada ao cimento ósseo ortopédico
reanatomização de sequelas são (PMMA) para tratamento das lesões
abordagens possíveis no manejo dessas correspondentes.
lesões. O uso de diferentes materiais, ou Resultados: O paciente encontra-se em
suas associações, permite à equipe acompanhamento pós-operatório de 02
cirúrgica optar a partir de um contexto de anos, sem sinais flogísticos ou déficit
tratamento individualizado. Nesse cicatricial e sem alterações da anatomia
aspecto, o polimetilmetacrilato (PMMA), constituída.
usado há muitos anos para reconstruções
Discussão: A resistência é um fator que
maxilofaciais, tem sido uma alternativa
torna o PMMA uma boa opção no uso de
versátil na correção dos defeitos
correções ortopédicas. Mas até que ponto
traumáticos da face. O objetivo do presente
ela é superior aos demais tipos de cimento
trabalho é relatar o uso associado do
utilizados nas cirurgias para reconstruções
cimento de PMMA em um caso de
faciais? Será a associação entre PMMA e
reconstrução de terço superior de face e
materiais de síntese tão superiormente
discutir suas particularidades.
significante ao uso isolado da
Método: Paciente do sexo masculino, osteossíntese com titânio na resposta
vítima de agressão física, atendido por biológica e na resistência física ao sítio
equipe multidisciplinar em um hospital de tratado?
referência do estado do Ceará, foi
Conclusão: O caso evolui sem
conduzido pela equipe de neurocirurgia
intercorrências e com reintegração
para acompanhamento de lesão em terço
completa do indivíduo ao meio social.
superior de face, fratura de osso frontal e
fratura naso-órbito-etmoidal, porém
liberado para tratamento cirúrgico do

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1778

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE ENFISEMA


INTRA-ORBITÁRIO: RELATO DE CASO
Julio Cesar Silva de Oliveira; José Cleveilton dos Santos; Luis
Fernando de Oliveira Gorla; Mario Francisco Real Gabrielli; Marisa
Aparecida Cabrini Gabrielli

O tratamento do trauma facial inclui o Na avaliação inicial, apresentava


manejo de fraturas ósseas, trauma crepitação do tecido mole periorbitário
dentoalveolar, e injúrias de tecidos moles, esquerdo, sem restrição da movimentação
bem como as possíveis repercussões em ocular extrínseca, entretanto, o paciente
áreas associadas na região de cabeça e referia diplopia para o campo visual lateral
pescoço. Neste contexto, no caso de fratura direito. Ao exame tomográfico, observou-
orbitária, pode surgir enfisema intra- se áreas de enfisema subcutâneo e intra-
orbitário, que geralmente é uma condição orbitário, principalmente acima do globo
benigna e auto-limitante, embora seja ocular. O paciente foi submetido à
considerada rara. O tratamento pode ser drenagem do enfisema intra-orbitário sob
cirúrgico ou somente acompanhamento anestesia geral, com remissão total da
clínico, por isto, o monitoramento visão dupla no pós operatório imediato. A
periódico do paciente é mandatório para abordagem cirúrgica foi essencial para a
fins de avaliação da motilidade ocular resolução do sintoma apresentado. O
extrínseca e exames da função do nervo seguimento pós trauma é importante para
óptico. O objetivo deste trabalho é relatar a definição de tratamento em casos de
um caso clínico de um paciente de 30 anos, enfisema intra-orbitário, como exames
gênero masculino, diagnosticado após periódicos para avaliação da função do
exame clínico e de imagens, com fratura de globo ocular.
parede medial de órbita esquerda sem
deslocamento, decorrente de acidente
esportivo.

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1799

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DA


TÁBUA ANTERIOR DO SEIO FRONTAL:
BASEADA NA FISIOLOGIA DO SEIO
Tiburtino José de Lima Neto; Murilo Quintão dos Santos; Davi Felipe
Neves da Costa; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique
Barbosa Luna

Introdução: As fraturas de seio frontal Discussão: O tratamento das lesões de


correspondem a um total de 2- 12% das seio frontal deve ser baseado em
fraturas dos ossos da face, resultado em características específicas como grau de
déficit estético e funcional em casos de deslocamento dos fragmentos,
obstrução da patência do seio, desse modo, envolvimento ou não da parede posterior
esse trabalho tem o intuito de apresentar o do seio e por fim a drenagem adequada do
tratamento cirúrgico de fratura do seio seio frontal. As formas de tratamento vão
frontal. variar de tratamento conservador,
Método: Paciente do gênero masculino cranialização, obliteração do seio frontal e
vítima de acidente motociclístico, trazido reconstrução isolada parede anterior do
ao Hospital de Emergência e Trauma seio. Todos os tratamentos vão se basear na
Senador Humberto Lucena pelo SAMU fisiologia do seio com o intuito de diminuir
onde foi estabilizado e avaliado pela equipe as complicações pós operatórias.
da cirurgia buco maxilo facial do hospital. Conclusão: A compreensão das
O mesmo cursou com fratura de seio indicações de tratamento das fraturas do
frontal e rebordo supra orbital esquerdo, seio frontal e principalmente a sua
apresentando afundamento e queixando- fisiologia leva o cirurgião buco maxilo
se da estética facial. O paciente foi facial a tomar a melhor decisão quanto ao
submetido a tratamento cirúrgico das tratamento dessa fratura e diminuindo a
fraturas com acesso coronal, verificação da chance de complicações pós peratórias.
patência do seio com o uso de azul de
metileno onde o mesmo apresentou-se
pérvio, posteriormente as fraturas foram
fixadas com um malha de titânio associada
a parafusos do sistema 1.5 para corrigir o
déficit estético do paciente e uma placa
orbital em região de rebordo infra orbital
esquerda sistema 2.0 .

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1823

ALTERNATIVAS DE ABORDAGEM PARA


TRATAMENTO DAS FRATURAS DE ÂNGULO
MANDIBULAR
Mayanna Aparecida Barbosa Ulhoa Batista; Marconi Gonzaga
Tavares; Daniel Saraiva de Paula; Dirceu Tavares Formiga Nery;
Olivia Dellagiustina

Introdução: Com o avanço da civilização, tratamento, que foi conduzido sem


os acidentes tornaram-se mais frequentes, intercorrências.
comprometendo a integridade das Discussão: As fraturas mandibulares
estruturas de sustentação do corpo podem ser causadas por traumatismos
humano, como o tecido ósseo. A fratura do diretos ou indiretos. São classificadas como
osso mandibular é, dentre todas as fraturas simples, compostas, cominutivas e fraturas
faciais, a que ocorre mais comumente. em galho verde. Entre os sinais e sintomas
Dentre estas, as fraturas da região de apresentados pelos pacientes, destacam-se
ângulo mandibular correspondem à cerca a má oclusão, mobilidade, disfunção,
de 20%. O tratamento deste tipo de trauma crepitação, edema, hematoma e equimose.
pode variar desde a redução fechada e Os princípios para o tratamento consistem
fixação intermaxilar, até a redução aberta na redução dos segmentos fraturados e na
com acesso extra-oral e fixação interna imobilização durante o tempo de reparo
rígida com placa de reconstrução. ósseo. Dentre os parâmetros avaliados no
Métodos: Os autores apresentam 4 casos pré-operatório para indicação da conduta,
clínicos de tratamento de fraturas de destacam-se: o estado geral do paciente,
ângulo mandibular: (1) redução fechada sua idade, extensão da lesão e adequação
com bloqueio maxilo-mandibular; (2) dos recursos disponíveis para o
redução aberta com acesso intra-oral pela tratamento. Em nenhuma circunstância o
técnica de Michelet e cols. (1973) tratamento definitivo deve ser estabelecido
modificada por Champy e cols. (1978); (3) sem exame de imagem das estruturas
redução aberta com acesso extra-oral e ósseas da face.
fixação interna rígida com placas do Conclusões: Pode-se concluir que o
sistema 2.0 e (4) redução aberta com acesso tratamento de escolha deve ser aquele que
extra-oral e fixação interna rígida com ofereça o meio mais direto e simples para
placa do sistema 2.0 associada a placa de redução bem sucedida e a fixação real dos
reconstrução. segmentos ósseos, sendo que a indicação
Resultados: Todos os pacientes tiveram correta do tratamento de acordo com cada
função e estética recuperados após o caso é condição fundamental para o
sucesso.

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Referências:
Michelet FX, Deymes J, Dessus B. Osteossíntese com placas de nódulos miniaturizados na cirurgia
maxilofacial. J Maxillofac Surg. 1973; 6: 79-84.
Champy M, Loddé JP, Schmitt R, Jaeger JH, Muster D. Osteossíntese mandibular por placas em
miniatura por uma abordagem bucal. J Maxillofac Surg.1978; 6: 14-21.

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1824

REMOÇÃO TARDIA DE ARMA BRANCA


IMPACTADA EM REGIÃO MAXILOFACIAL:
RELATO DE CASO
Pauline Magalhães Cardoso; Paula Rizerio D’Andrea Espinheira;
Roberto Almeida de Azevedo; Georges Souza de Burghgrave;
Alexandre Martins Seixas

Introdução: A presença de corpos em direção cervical com relação de


estranhos na região maxilofacial pode ser proximidade com a artéria carótida interna
considerado um dos assuntos mais diversos (distância de 06mm). Realizada cirurgia
na área da Cirurgia e Traumatologia para remoção da lamina cerca de 12 meses
Bucomaxilofacial devido aos diversos após a agressão. Paciente evoluiu sem
materiais e formas que estes objetos são queixas, lesões sensoriais ou motoras no
alojados nos tecidos da face. Os exames de pós-operatório.
imagem importantes para investigação da Discussão: Ferimentos por armas brancas
presença de corpos estranhos, estudo da apresentam maior incidência em jovens,
proximidade de estruturas nobres e com maior prevalência do lado esquerdo. O
planejamento cirúrgico. Sinais tardios primeiro atendimento foi realizado em
como inflamação persistente, problemas outra unidade de saúde, sem investigação
de cicatrização, sangramento espontâneo clinica ou imaginológica da possível
após história de trauma devem ser presença de corpos estranhos impactados
investigados. O presente trabalho tem nos ossos da face.
como objetivo discutir, através de um caso
Conclusões: Pacientes com história de
clínico, o manejo de pacientes
ferimento por arma branca devem ser
apresentando corpos estranhos em ossos
submetidos a cuidadosa avaliação clinica
da face, do diagnóstico à remoção
com investigação sobre a história da lesão.
cirúrgica.
Exames de imagem representam uma
Relato de caso: Paciente sexo ferramenta que deve ser utilizada para
masculino, 20 anos, compareceu ao complementar ao exame fisico e seu uso
ambulatório de Cirurgia Bucomaxilofacial deve ser feito sempre que estiver ao
do Hospital do Oeste, com história de alcance do cirurgião.
agressão física por arma branca há 03
meses e queixas durante movimentação da
cabeça e sangramento em orofaringe.
Solicitado tomografia de face em que foi
observado presença de lâmina impactada
em região infra-orbitária extendendo-se

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1830

RECONSTRUÇÃO ORBITÁRIA E IMPRESSÃO


TRIDIMENSIONAL: RELATO DE CASO
Maysa Nogueira de Barros Melo; Bruno Henrique Marinheiro;
Renato Torres Augusto Neto; Cássio Edvard Sverzut; Alexandre Elias
Trivellato

Introdução: A restauração das paredes reconstrução. A paciente foi submetida a


orbitárias em casos de fraturas é anestesia geral e intubação nasotraqueal,
desafiadora 1,2 devido à complexidade da acesso subciliar e dissecção por planos
sua anatomia tridimensional (3D).2 seguida de instalação da malha de titânio
Atualmente, os avanços nas tecnologias de no assoalho orbitário e estabilização com
impressão 3D e os programas de parafusos de 1,5mm.
computador permitem um planejamento Resultados: Após 06 meses de
pré-operatório preciso para a acompanhamento, a paciente evoluiu com
reconstrução. O presente trabalho busca
2
boa cicatrização óssea e tecidual, regressão
relatar um caso clínico de fratura do das queixas álgicas e melhora da projeção e
complexo zigomático-orbitário, no qual a motricidade do globo ocular.
reconstrução orbitária foi alcançada por
Discussão: O formato e o posicionamento
meio da impressão 3D de modelo.
precisos dos implantes utilizados para
Métodos: Paciente T.C. do gênero reconstrução orbital são essenciais não só
feminino sofreu queda da própria altura e para o restabelecimento da forma correta
procurou o serviço da Residência em da órbita, mas também para o adequado
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- posicionamento espacial do globo.3 As
Faciais da Faculdade de Odontologia de técnicas assistidas por computador
Ribeirão Preto da Universidade de São permitem melhores resultados quando
Paulo. A paciente referiu queixas álgicas comparadas às técnicas
em olho direito e ao exame físico observou- convencionais. 1,4,5,6,7
Por outro lado, a
se limitação à supraversão do olho direito, literatura não permite evidências para
enoftalmo e hipoftalmo direito. Solicitou- recomendação do melhor método
se tomografia computadorizada de face e reconstrutivo para cada tipo de fratura
evidenciou-se fratura zigomático-órbitária orbital.8 A escolha do material varia de
sem perda de projeção do complexo acordo com o tamanho do defeito e os
zigomático, porém com sinais sugestivos recursos disponíveis.9
de fratura de assoalho de órbita com
Conclusões: A impressão 3D é um
evisceração do conteúdo orbitário para o
excelente recurso para o planejamento de
interior do seio maxilar direito. Solicitou-
reconstruções maxilofaciais, capaz de
se impressão 3D de modelo em resina para
diminuir tempo cirúrgico e dar maior
planejamento cirúrgico por meio de pré-
previsibilidade dos resultados a serem
modelagem de malha de titânio para
alcançados pelos cirurgiões.10

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193
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

1859

VARIAÇÃO DO ACESSO
RETROMANDIBULAR PARA TRATAMENTO DE
FRATURA CONDILAR: NOTA TÉCNICA
ATRAVÉS DE UM RELATO DE CASO
Cleidiana Celi Bomfim Oliveira; Felipe Seoane Matos; Carlos Vinicius
Ayres Moreira; Arlei Cerqueira; Samário Cintra Maranhão

Introdução: Devido a posição anatômica masseter diminuindo a possibilidade da


predisponente em que a mandíbula se comorbidade do nervo facial.
encontra em relação ao esqueleto crânio Discussão: Na medida em que vêm
facial, esta apresenta-se como um dos aprimorando os materiais utilizados para
locais de maior acometimento de fraturas uma redução adequada e as técnicas de
faciais. Dentre elas, as fraturas de côndilo acessos cirúrgicos, a efetividade do
mandibular, são na maioria das vezes, tratamento aberto tem aumentado e sua
resultantes de impactos sobre a região de morbidade diminuído. Assim sendo, alguns
sínfise e parassínfise mandibular. Uma das autores sugerem o desenvolvimento de
modalidades de tratamentos para esse tipo alguns acessos cirúrgicos: o pré-auricular
de fratura é a redução aberta, onde a via de promove uma boa visualização da cápsula
uma abordagem cirúrgica deve possibilitar articular e consequentemente da cabeça do
uma redução anatômica acarretando em côndilo, embora cause tensões no nervo
uma diminuição de problemas decorrentes facial. O acesso retromandibular de Hinds,
da consolidação viciosa. Esse trabalho tem expõe todo o ramo mandibular por detrás
por objetivo demostrar uma variação do da sua borda posterior, facilitando o acesso
acesso retromandibular evidenciando suas a cabeça e ao pescoço condilar. O acesso
vantagens e desvantagens em relação aos submandibular evidencia a região de corpo
demais acessos existentes, através de uma posterior e ramo mandibular, porém sua
nota técnica de relato de caso. exposição é restrita podendo lesar o ramo
Nota Técnica: Paciente vítima de marginal do nervo facial.
agressão física, cursando com fratura Considerações finais: Considerando
condilar baixa à direita. O tratamento que apesar da literatura mostrar as
proposto foi a redução cirúrgica com placas indicações de tratamento conservador e
do sistema 2.0m m, onde foi realizado uma cruento, acredita-se que para casos que
variação do acesso cirúrgico não há colaboração do paciente para o
retromandibular, que propõe a divulsão de tratamento conservador em fraturas
tecidos entre a parótida e o músculo condilares baixas, esses passam a ser uma
forte indicação de tratamento cirúrgico.

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194
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

Para diminuir a comorbidade ao nervo


facial é indicado a variação do acesso
retromandibular descrito na nota técnica.
Referências: Agostino AD et al. Is the Retromandibular Transparotid Approach a Reliable Option for
the Surgical Treatment of Condylar Fractures?. J Oral Maxillofac Surg, 2017; 75(1) 348-56.

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195
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

1874

CIRURGIA VÍDEO-ENDOSCÓPICA PARA


FIXAÇÃO DE FRATURA DE CÔNDILO
Victor Hugo Marques Coelho; Danilo Dressano; Paulo Afonso de
Oliveira Junior; Felipe Calile Franck

As fraturas de mandíbula que envolve o Utilizando o endoscópio pelo acesso


côndilo variam 25% a 35%(De Riu et al, transoral existe uma visibilidade limitada
1997), a posição da fratura é relacionada na área da fratura, porém não existem
não apenas com a localização e gravidade cicatrizes visíveis, o risco de lesão ao nervo
do trauma, mas também a posição e ação facial é mínimo e o músculo masseter não
dos músculos mastigatórios (Belli et al, é dissecado (Kellman et al, 2009). Existe
2007), bem como a presença de elementos uma curva de aprendizado íngreme para
dentários. Diversas técnicas foram esta técnica, necessitando de um treino
descritas para o tratamento aberto de intensivo em técnicas endoscópicas e o
fraturas condilares (Schon et al, 2008). A manuseio dos instrumentos antes da
abordagem endoscopicamente assistida técnica transoral (Mueller et al, 2006). A
para redução e fixação de miniplacas nas cirurgia vídeo-endoscópica permite uma
fraturas de côndilo é uma técnica que perfeita redução e fixação da fratura com a
permite o tratamento com uma incisão utilização do acesso transoral, restaurando
transoral (Ellis et al, 1993). Foi realizada sua função mastigatória e evitando
uma incisão transoral e dissecação para a possíveis danos aos ramos do nervo facial.
introdução do endoscópio, uma segunda
incisão transcutânea foi necessária para o
uso do trocater, a redução e fixação da
fratura foram feitas com uma miniplaca
sistema 2.0 mm. A fratura foi reduzida,
confirmadas com a visualização do
endoscópio e Raio-x pós operatório,
restaurando a oclusão adequada.

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TRAUMA

1917

FRATURAS DO SEIO FRONTAL COM


ENVOLVIMENTO DO DUCTO NASO-
FRONTAL:
ACOMPANHAMENTO A LONGO PRAZO
Danielle Clarisse Barbosa Costa; José Sandro Pereira da Silva; Petrus
Pereira Gomes; Adriano Rocha Germano

As fraturas do seio frontal compreendem prazo. O trabalho relata dois casos clínicos
de 5% a 15% de todas as fraturas operados no Serviço de Cirurgia e
craniomaxilofaciais, sendo o trauma de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da
alta velocidade o principal fator etiológico. UFRN com trauma de face e fratura do seio
Apesar de sua baixa prevalência, o frontal. O primeiro paciente, vítima de
tratamento dessas fraturas é controverso e acidente motociclístico dia 05 de março de
complexo, e deve levar em consideração 2011 evoluiu com fratura dos terços
uma série de fatores, como o tipo de superior e médio da face, dentre esses
fratura, envolvimento da parede posterior fratura da parede anterior do seio frontal
do seio frontal, dano ao ducto nasofrontal, com envolvimento do ducto naso-frontal.
status neurológico e presença de fístula Nesse caso em particular foi realizado a
liquórica. Os objetivos do tratamento são a cateterização e posterior redução e fixação
estética adequada e a saúde do seio frontal, das fraturas. O segundo paciente, cuja
e principalmente evitar complicações a etiologia do trauma foi semelhante e no dia
curto e a longo prazo, diante da intima 12 de janeiro de 2014, apresentou-se com
relação com o cérebro. Na obstrução do fratura naso-órbito-etmoidal e do seio
ducto naso-frontal, o tratamento padrão frontal. Diante do envolvimento da parede
consiste na obliteração do ducto, e quando posterior com deslocamento e fístula
o trauma envolve a parede posterior do seio liquórica associada, a abordagem consistiu
frontal, com deslocamento importante em cranialização, com reparo da dura
e/ou dano a dura máter, deve-se realizar a máter e obliteração do seio frontal. Ambos
cranialização. Como alternativa à evoluíram de forma satisfatória, sem
obliteração, pacientes com injúria queixas e sem complicações durante o
moderada ao ducto naso-frontal serão período de acompanhamento,
submetidos a cateterização. Independente demonstrando a indicação adequada dos
do tratamento realizado, o procedimentos. O planejamento cirúrgico
acompanhamento pós-operatório é de das fraturas do seio frontal deve levar em
extrema importância diante da consideração a análise adequada de cada
possibilidade de complicações a longo caso em particular, com observação

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197
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

detalhada da tomografia computadorizada


e classificação da fratura, sem
desconsiderar o acompanhamento
contíguo e durante longos períodos, a fim
de realizar intervenções precoces quando
necessário.

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198
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TRAUMA

1927

CASUISTICA DE ATENDIMENTOS EM CIRURGIA E


TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL EM
CRIANÇAS DE 0 A 15 ANOS ATENDIDAS EM UM
PRONTO-SOCORRO DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA/PR – 388 CASOS
Bruna da Fonseca Wastner; Salmo Cortiglio; Jose Luis Dissenha;
Iolanda Manfron

Introdução: As intercorrências da Os diagnósticos mais comuns foram os


topografia bucomaxilofacial na infância traumas alvéolo-dentários (n=63), os
que levam seus responsáveis a procurarem abscessos (n=52) e as fraturas de ossos do
os serviços de saúde são as mais diversas, nariz (n=46).
sendo as principais os abscessos Discussão: A literatura demonstra que as
odontogênicos e as fraturas. O fraturas pouco deslocadas em crianças
atendimento a este público é diferenciado, podem ser tratadas de maneira
tanto devido as características físicas e conservadora, especialmente as dos ossos
anatômicas propriamente ditas, quanto a nasais. Apesar das diversas opções de
aspectos como fase de crescimento e tratamento disponíveis para esses casos, a
questões psicológicas. decisão do cirurgião é sempre difícil, tendo
Método: Sendo assim, o objetivo deste é em vista a falta de resultados altamente
apresentar os dados epidemiológicos de 3 satisfatórios que se alcança independente
anos de atendimento pediátrico (0 a 15 do tratamento optado, devido a fatores
anos) em Traumatologia Bucomaxilofacial como hipertrofia de cicatrizes e regiões de
em um hospital municipal que atende São centro de crescimento afetadas.
José dos Pinhais, região metropolitana de Conclusão: Sendo assim, conclui-se que a
Curitiba/PR. melhor abordagem ainda é a prevenção e o
Resultados: Foram revistas fichas de desenvolvimento de estratégias voltadas
atendimento de jan/2014 a março/2017, para a realidade de cada região, levando em
totalizando 388 casos, com uma média de conta a epidemiologia dos casos.
idade de 7 anos, variando de 2 meses a 15
anos. Destes, 147 eram meninas e 240 eram
meninos. As causas mais comuns foram as
quedas de mesmo nível com 59 casos,
seguidas das quedas de nível com 57 casos
e os traumas diretos em face com 53 casos.

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199
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

1931

MANEJO CLÍNICO DA CRIANÇA DESIDRATADA


ATENDIDA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA
BUCOMAXILOFACIAL – PREVENÇÃO E
DIAGNÓSTICO DE HIPOVOLEMIA
Bruna da Fonseca Wastner; Jose Luis Dissenha; Iolanda Manfron

Introdução: Os distúrbios Resultado: Ambas as crianças tiveram


hidroeletrolíticos representam eventos uma boa evolução, com restabelecimento
comuns em situações de emergência total de volemia e eletrólitos, bem como do
pediátrica, estando os pediatras estado geral.
familiarizados com seu manejo. Por outro Discussão: Os diferentes mecanismos
lado, no dia-a-dia do cirurgião compensatórios das crianças,
bucomaxilofacial tal situação não se especialmente no âmbito cardíaco,
apresenta de maneira tão frequente, o que associado as técnicas para reposição de
justifica as dúvidas que ocorrem quando o volemia nas diferentes faixas etárias
profissional se depara com uma criança em demonstram a importância e a dificuldade
estado de desidratação por redução ou até de se compreender a fisiologia pediátrica
restrição total da ingestão de para que uma assistência de sucesso seja
alimentos/líquidos que pode ocorrer prestada.
decorrente de afecções dolorosas da
Conclusão: Os distúrbios
cavidade oral e face.
hidroeletrolíticos em pediatria são
Método: O objetivo deste é apresentar, ocorrências severas que podem acarretar
através de 2 casos clínicos, o manejo e em risco de vida ou sequelas para o
prevenção da desidratação em crianças. O paciente, sendo fundamental a correta
primeiro caso mostra uma menina de 3 abordagem e compreensão pelos
anos com quadro de pré-choque após 4 dias profissionais que atendem a este público.
de jejum total devido fratura dento-
alveolar dos incisivos superiores. Já o
segundo, mostra a prevenção da
desidratação em estágio mais inicial em
uma menina de 4 anos com jejum de 2 dias
devido a um abscesso periamigdaliano.

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TRAUMA

1934

TRATAMENTO DE FRATURA DO SEIO


FRONTAL, ASSOCIADO A MÚLTIPLAS
FRATURAS DE FACE, UTILIZANDO TÉCNICA
DE CRANIALIZAÇÃO: RELATO DE CASO
Luis Ferreira de Almeida Neto; Bruno Bezerra de Souza; Victor Diniz
Borborema dos Santos; Petrus Pereira Gomes; Adriano Rocha
Germano

INTRODUÇÃO: As fraturas extensas que terço médio da face do lado direito,


envolvem a parede anterior e posterior do afundamento da região frontal direita e
seio frontal podem ser tratadas através da telecanto traumático. Ao exame
técnica de cranialização, que consiste na tomográfico verificou-se fratura da parede
remoção da parede posterior do seio anterior e posterior do seio frontal, fratura
frontal, mucosa sinusal e obstrução do do complexo naso-órbito-etmoidal, fratura
ducto naso-frontal. Este trabalho tem do complexo órbito-zigomático-maxilar e
como objetivo relatar um caso de fratura blow-out impura. O referido
fratura das paredes anterior e posterior do paciente foi submetido a tratamento
seio frontal, associado a múltiplas fraturas cirúrgico por equipe multiprofissional
da face, com ênfase na técnica cirúrgica de (Neurocirurgia e Cirurgia Buco-Maxilo-
cranialzação. Facial), o qual foi realizado cranialização
MÉTODOS: O caso a ser reportado é do seio frontal, obstrução do ducto naso-
referente ao paciente G.P.M, gênero frontal, reconstrução do defeito ósseo da
masculino, 33 anos, admitido no serviço de parede anterior do seio frontal e
Residência de Cirurgia e Traumatologia osteossíntese das fraturas faciais
Buco-Maxilo-Facial da Universidade associadas. Atualmente o paciente está em
Federal do Rio Grande do Norte, o qual foi acompanhamento ambulatorial com 1 ano
vítima de acidente automobilístico, e 6 meses de pós-operatório e evolui sem
evoluindo com trauma crânio encefálico e queixas estéticas e funcionais.
fraturas envolvendo o terço médio e DISCUSSÃO: Frente aos traumatismos
superior da face. Ao exame clínico inicial que envolvem a parede posterior do seio
foi observado que o paciente apresentava frontal, podemos encontrar na literatura
hiposfagma bilateral, enoftalmo, distopia, atual estudos que comparam a
diplopia binocular em campo visual cranialização com a abordagem
superior e lateral, restrição do movimento conservadora desses traumas, e obtiveram
superior do olho direito, ptose palpebral como resltados que a realização
superior, deficiência ântero-posterior de da cranialização evolui com menos

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

complicações pós-operaratórias quando


comparado ao tratamento conservador.
CONCLUSÃO: Conclui-se neste trabalho
que a proposta cirúrgica, que consistiu na
cranialização do seio frontal apresentou-se
satisfatória, segundo as referências
literárias consultadas e o resultado pós-
operatório obtido.

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TRAUMA

2009

FRATURA DE PAREDE ANTERIOR DE SEIO


FRONTAL: CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
CONDUTA CIRÚRGICA
Letícia Nadal; Eleonor Álvaro Garbin Júnior; Geraldo Luiz Griza;
Natasha Magro Ernica; Ricardo Augusto Conci

Introdução: O seio frontal é uma perda de projeção região glabelar e


cavidade pneumatizada que forma a supraorbitária bilateral, foi realizado
proeminência anterior dos ossos do crânio. acesso bicoronal e tela para reconstrução
A localização do seio frontal permite que do contorno facial. Relato de Caso 2:
ele tenha um papel protetor ao cérebro, Paciente do gênero masculino, 18 anos,
além de fornecer uma função sinusal. A vítima de agressão física, com diagnóstico
integridade anatômica tem grande de fratura de parede anterior de seio
importância devido a íntima relação que frontal, sendo realizado acesso bicoronal e
esse seio mantem com a fossa craniana placas para reconstrução do contorno
anterior e complexo órbito etmoidal. facial. No pós-operatório imediato de
Quanto a incidência, 5 a 15% de todas as ambos os casos, observou-se melhora
fraturas de face são fraturas de osso frontal, significativa no contorno do osso frontal,
sendo destacados os acidentes por veículos além da ausência de qualquer
automotores, agressões e quedas como as comprometimento funcional.
principais etiologias. As intervenções nos Discussão: O tratamento cirúrgico das
casos de fratura de seio frontal são fraturas de osso frontal visa restaurar a
indicadas para evitar complicações função, a estética e prevenir complicações
imediatas de curto e médio prazo, como o graves, como a meningite e encefalite. O
extravasamento de líquido acesso bicoronal, embora invasivo,
cefalorraquidiano, além de evitar proporciona adequado campo cirúrgico
complicações em longo prazo, tais como para uma redução e nivelamento ósseo
osteomielite, sinusite crônica, mucocele e satisfatório.
o defeito estético. Esse trabalho tem como
Resultados: O tratamento proposto
objetivo relatar dois casos clínicos de
alcançou êxito, sendo realizado com base
tratamento de fratura de parede anterior de
no diagnóstico adequado.
seio frontal.
Conclusão: A abordagem cirúrgica de
Métodos: Relato de Caso 1: Paciente do
fratura de seio frontal tem como objetivo
gênero feminino, 20 anos, vítima de
evitar complicações imediatas e tardias,
acidente automobilístico, com diagnóstico
sendo executada sempre a exploração da
de fratura de seio frontal, apresentando
ferida cirúrgica, permeabilidade do ducto

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TRAUMA

nasofrontal e fixação adequada dos


fragmentos ósseos para um bom contorno
facial.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2012

PSEUDOANEURISMA EM ARTÉRIA CARÓTIDA


INTERNA APÓS TRAUMA EM FACE
Romeyka Karinny Almeida de Freitas; João Luiz Gomes Carneiro;
Hanna Janyne Meira e Mello; Thaisa Reis de Carvalho Sampaio;
Caio Cesar Gonçalves Silva

Introdução: A dissecção da artéria arteria carótida interna. O tratamento


carótida é uma ocorrência rara no paciente realizado foi a embolização transarteiral
vitima de trauma. Diante dessa condição com uso de molar da arteria carotida
incomum buscamos mostrar um relato de interna sangrante pela equipe de radiologia
caso clinico que descreve um paciente intervencionista. Paciente seguiu com
vitima de trauma que teve como melhora do quadro geral e obteve alta
consequencia pseudo aneurisma na porção hopitalar após uma semana.
cavernosa da arteria carotida interna. Discussão: O traumatismo contundente
Relato de caso Paciente D.J.S, 31 anos que causa disecção da artéria carótida
vitima de acidente motociclistico, chegou a ocorre com pouca frequência e seu
unidade de emergencia no Hospital da diagnóstico oferece ao clínico um desafio
Restauração com o quadro de TCE por causa da diversidade manifestações
moderado, fraturas faciais e na base de clínico. O espectro de achados
cranio, além de amaurose de olho direito. neurológicos inclui: dor de cabeça,
Seguiu em observação neurologica e após vertigem e amaurose por compressão no
melhora do quadro foi submetido ao nervo óptico. Uma manifestação clínica
tratamento das fraturas facias. Uma final é um quadro de epistaxe massivo, que
semana após a cirurgia e durante o pode ocorrer como resultado da artéria
internamento o mesmo evoluiu com lesionada erodindo no seio esfenoidal.
episodios de epistaxe que aumentaram em Conclusão: Diante do caso apresentado
frequencia e intensidade até um vale ressaltar a importancia da vigilancia
sangramento intenso e massivo onde o que deve ser estabelecida para aqueles
mesmo chegou a um quadro de choque pacientes que apresentem algum tipo
hipovolemico e parada cardiaca, sendo manifestação clinica sugestiva de lesão na
necessario a reanimação cardio- arteria carotida interna mesmo que o
respiratoria e transfusão de concentrado de traumatismo contundente com lesão nesta
hemacias. Diante do quadro foi solicitado arteria ocorram com pouca frequência.
uma arteriografia cerebral onde foi Quando diagnosticado, o cirurgião deve
diagnosticado o rompimento de um alertar a equipe multidisciplinar para que
pseudoaneurisma na porção cavernosa da correto tratamento seja estabelecido.
Referências: 1. arkinson D, West M. Traumatic intracranial aneurysms. J Neurosurg. 1980;52:11–20.
2. Kikkawa Y, Natori Y, Sasaki T. Delayed post-traumatic pseudoaneurysmal formation of the

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intracranial ophthalmic artery after closed head injury. Case report. Neurol Med Chir (Tokyo).
2012;52:41–43.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2024

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA LE


FORT II: RELATO DE CASO
Stephanie Anasenko Correa Borges; Debora Serrano de Macedo;
Paolla Camacho Vallim; Walter Paulesini Junior

Fraturas faciais geralmente resultam de O presente estudo tem por objetivo relatar
diversas formas de traumas ou injúrias, e o caso clínico de um paciente do sexo
podem ocorrer de forma isolada ou masculino, leucoderma, de 31 anos de
concomitante a outras lesões. O trauma na idade, vítima de acidente automobilístico
região facial frequentemente resulta em (carro x anteparo fixo). O paciente foi
danos não só em tecido ósseo mas também diagnosticado com fratura de terço médio
em tecido mole e elementos dentários, o do tipo Le Fort II e fratura nasal onde foi
que causam um prejuízo na função e na realizado o tratamento de redução e
estética do paciente. Os acidentes fixação interna rígida das fraturas de
automobilísticos permanecem e maxila e redução incruenta de fratura
provavelmente continuarão a ser uma das nasal, resultando em melhora da
causas mais significativas de traumas permeabilidade nasal, estética e condição
faciais. As fraturas do terço médio da face geral do paciente. As fraturas Le Fort são
incluem aquelas que afetam a maxila, o predominantemente causada por acidentes
zigoma e o complexo naso órbito automobilísticos ou outras colisões de alta
etimoidal. Essas podem ser classificadas energia. Portanto o tratamento é
em: fraturas Le Fort I,II ou III, fraturas do imprescindível para a devolução da função,
complexo zigomático maxilar,fraturas do estética e aumento da auto estima do
complexo zigomático maxilar, fraturas de paciente. Estudos como este podem ser
arco zigomático ou fraturas naso órbito uma fonte de referência em busca
etimoidais. Elas podem ser unilaterais ou constante pelo aprimoramento
bilaterais, simétricas ou assimétricas. A profissional, objetivando o completo
participação no manuseio e na reabilitação domínio teórico-prático das formas de
desse tipo de paciente envolve uma condutas e tratamentos específicos à
compreensão detalhada da classificação. situação em questão.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2026

TRAUMA PANFACIAL: CONSIDERAÇÕES A


CERCA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Fernanda Schimidt de Freitas; Eduardo Hochuli Vieira; Marisa
Aparecida Cabrini Gabrielli; José Cleveilton dos Santos; Maísa
Pereira da Silva

Fraturas panfaciais têm como causa O objetivo deste trabalho é relatar um caso
traumas de grande impacto que acometem de fratura panfacial do diagnóstico ao
ao menos dois dos três terços da face. tratamento e abordar os aspectos
Dentre as etiologias mais comuns estão: relevantes a serem observados pelo
acidente automobilístico, atropelamento, cirurgião bucomaxilofacial no atendimento
agressão física e ferimentos por arma de inicial ao politraumatizado. Paciente do
fogo. Por se tratarem de lesões com sexo feminino, 22 anos de idade, foi
diagnóstico e tratamento complexos, são atendida pela equipe no hospital após
capazes de produzir importantes sofrer acidente automobilístico grave.
deformidades estético-funcionais Encontrava-se com estado geral
requerendo tratamento cirúrgico precoce comprometido, respirando por meio de
que muitas vezes é impossibilitado por intubação endotraqueal e em exame
conta das múltiplas lesões em outros tomográfico de face apresentava fratura da
sistemas, implicando na necessidade de parede lateral do crânio, parede lateral e
estabilização clínica do paciente superior de órbita esquerda, complexo
previamente à redução das fraturas faciais. nasal, Le Fort I e arco zigomático esquerdo.
Diversas abordagens de tratamento ao Foi submetida à redução e fixação abertas
trauma múltiplo de face já foram descritas após 08 dias de internação. A paciente está
na literatura. Mais recentemente, com o em pós-operatório de 01 ano e vem sendo
entendimento da reconstrução por meio de acompanhada no serviço, apresentando
unidades independentes, o prognóstico bons resultados estéticos/funcionais.
estético e funcional tornou-se mais
promissor.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2028

REDUÇÃO DE FRATURA DO COMPLEXO


ZIGOMÁTICO ORBITÁRIO: RELATO DE CASO
Stephanie Anasenko Correa Borges; Debora Serrano de Macedo;
Paolla Camacho Vallim; Walter Paulesini Junior

Fraturas faciais geralmente resultam de O presente estudo tem por objetivo relatar
diversas formas de traumas ou injúrias, e o caso clínico de um paciente de 47 anos de
podem ocorrer de forma isolada ou idade do sexo masculino, leucoderma,
concomitante a outras lesões. A posição vítima de acidente automobilístico (carro x
proeminente da eminência malar deixa o carro). O paciente foi diagnosticado com
complexo zigomático orbitário bastante fratura do complexo zigomático orbitário
susceptível a traumas de alto impacto e direito, classe IV, onde foi realizada a
baixo impacto que podem causar redução incruenta da fratura de arco
afundamento facial. O trauma na região zigomático direito; redução e fixação
facial frequentemente resulta em danos interna rígida de fratura de parede lateral
não só em tecido ósseo mas também em de órbita direita e pilar zigomático direito
tecido mole e elementos dentários, o que com instalação de camadas de surg-cel na
causam um prejuízo na função e na estética região para melhora do contorno,
do paciente. Os acidentes automobilísticos resultando em regressão do afundamento
permanecem e provavelmente continuarão malar e consequente reestabelecimento
a ser uma das causas mais significativas de estético e funcional. Estudos como este
traumas faciais. As fraturas do terço médio podem ser uma fonte de referência em
da face incluem aquelas que afetam a busca constante pelo aprimoramento
maxila, o zigoma e o complexo naso órbito profissional, objetivando o completo
etimoidal. Nesse caso será discutido domínio teórico-prático das formas de
fraturas do complexo zigomático orbitário condutas e tratamentos específicos à
que são classificadas segundo Knight & situação em questão.
North (1957) em: I- fraturas sem
deslocamento do malar; II- fratura do arco
zigomático; III- fraturas com
deslocamento, sem rotação; IV- com
deslocamento e rotação medial; V- com
deslocamento e rotação lateral e IV-
fraturas complexas.

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209
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2064

FRATURA NASO-ÓRBITO-ETMOIDAL
ASSOCIADO À OBLITERAÇÃO DE DUCTO
NASO-FRONTAL: RELATO DE CASO
Caroline Kömmeling Cassal; Rafael Jobim Rodrigues; Marcos
Antonio Torrini; Otacílio Luiz Chagas Júnior; Antônio César Manentti
Fogaça

Introdução: As fraturas naso-órbito- telescopagem em região de infundíbulo e


etmoidais correspondem entre 6 a 12% das ausência de drenagem do seio frontal
fraturas faciais, acometendo através do ducto naso-frontal. Realizado
principalmente o sexo masculino, em uma tratamento cirúrgico através de abordagem
faixa de 20 a 30 anos. Sua complexidade bicoronal e infra-orbitária, com obliteração
depende da gravidade do trauma, sua do ducto naso-frontal utilizando surgicel e
possível repercussão crânio-encefálica e a sepultamento de seio frontal utilizando
presença de danos a estruturas anatômicas gordura de região periumbilical.
importantes como o ducto nasofrontal. Resultados: Paciente acompanhado
Quando lesado, apresenta complicações clinicamente por 02 (dois) anos, não
como sinusite e mucocele do seio frontal apresentando queixas e alterações
devendo assim o tratamento ser realizado estéticas ou funcionais.
o mais precocemente possível. A etiologia
Discussão: As fraturas naso-órbito-
das fraturas naso-órbito-etmoidais é
etmoidais são de complexo diagnóstico,
associada aos impactos de média e alta
sendo de suma importância a associação do
intensidade, desferidos sobre a região
exame clínico à tomografia
central do terço médio da face, como os
computadorizada. Os objetivos do
observados principalmente nos acidentes
tratamento são, basicamente, a prevenção
com veículos automotores. Partindo desta
de infecção, mucoceles, restauração da
premissa, o objetivo deste trabalho
função e da estética.
consiste em apresentar o caso de um
paciente do sexo masculino, 30 anos de Conclusão: Falhas no diagnóstico ou no
idade, vítima de acidente automobilístico tratamento podem resultar em prejuízo
resultando em fratura do complexo naso- estético e perdas funcionais que podem se
órbito-etmoidal, diagnosticado 07 dias tornar até mesmo impossíveis de serem
após o trauma. reparadas a contento secundariamente.

Método: No momento do diagnóstico,


realizou-se tamponamento nasal anterior e
posterior e exame angiotomográfico
devido à persistência da epistaxe. Ao
exame tomográfico foi evidenciado

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2090

RESOLUÇÃO CIRÚRGICA DE FRATURAS: NASO-


ÓRBITO-ETMOIDAL, HEMI LE FORT III, HEMI LE FORT I,
FRATURA DE ZIGOMA E FRATURA NASAL COM
INTUBAÇÃO SUBMENTO-OROTRAQUEAL
Henrique Cassebe Ledo Pelegrine; Giovana Maria Weckwerth;
Pedro Henrique Cuvabara Senedes; Claudio Maldonado Pastori;
Paulo Zupelari Gonçalves

Introdução: As fraturas fronto-naso- intervenção cirúrgica foi realizada sob


órbito-etmoidal (FNOE), ocorrem por anestesia geral com ISMOT, 48 horas após
consequência de acidentes de trânsito, o trauma. As fraturas foram reduzidas por
esportivos, quedas, assaltos e outros¹. A acesso bicoronal, subtarsal e incisão em
prevalência das FNOE é de 70% para fundo de vestíbulo em maxila. Após
acidentes automobilísticos, 20% resultante redução das fraturas, realizou-se a síntese
de assaltos, e 10% decorrente de quedas, por meio de sistema de fixação de 1,5 e 2,0
acidentes industriais e desportivos1. mm.
Comparadas a outras injúrias da face, 5 a Discussão: Devido a complexidade das
15% correspondem às FNOE, sendo, FNOE, torna-se um desafio para o cirurgião
portanto, pouco comuns². O procedimento minimizar as sequelas provenientes do
cirúrgico para redução desta injúria se dá trauma, sendo indispensável um correto
sob anestesia geral, com intubação diagnóstico, associado a planejamento e
submento-orotraqueal (ISMOT)². rápida intervenção, buscando alcançar um
Metodologia: Caso clínico de indivíduo resultado funcional e estético previsível,
do sexo masculino, 42 anos, leucoderma, minimizando ao máximo as sequelas³. A
portador de hepatite C, vítima de agressão resolução do caso se deu com uma redução
física. Foi internado pela equipe de CTBMF satisfatória das fraturas, sem
da Santa Casa de Pederneiras-SP, com intercorrências ou seqüelas em pós-
diagnóstico de FNOE, derivada de trauma operatório, restabelecendo o arcabouço
em terços superior e médio da face. Além ósseo, a distância intercantal-medial e sem
disso, indivíduo apresentava trauma injúrias ao ducto fronto-nasal e/ou parede
toráxico, com fraturas das costelas X e XI. posterior do seio frontal, corroborando
O diagnóstico das fraturas teve respaldo de com a literatura vigente3,4.
exames clínicos e imagenológicos, Conclusão: o tratamento das FNOE
acusando fratura da parede anterior do seio preconiza a prevenção de infecções que
frontal, hemi Le Fort III e zigoma em lado possam vir a se instalar, isolamento do
direito de face, hemi Le Fort I em lado conteúdo intracraniano e
esquerdo, além de fratura nasal. A reestabelecimento da função e estética

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

facial, objetivos alcançados no tratamento


proposto, cabendo salientar que o sucesso
de tal intervenção só se concretiza através
da correta indicação para cada caso
cirúrgico individualmente.

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5-9 de setembro de 2017
212
APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2104

FRATURA BILATERAL DE CÔNDILO EM


PACIENTE PEDIÁTRICO: TRATAMENTO NÃO
CIRÚRGICO
Arthur Berny Castellano; Matheus Spinella de Almeida; Jonathas
Daniel Paggi Claus; Murillo Chiarelli; José Nazareno Gil

Fraturas do complexo maxilofacial Após a finalização do bloqueio maxilo-


ocorrem com baixa frequência em crianças mandibular, o paciente foi tratado com
devido a vários motivos, dentre eles, a falta elasticoterapia e fisioterapia e
de pneumatização dos seios faciais, dentes constamente avaliado quanto a
não erupcionados, volumoso suporte de movimentos excursivos e exames de
tecidos moles e o fato de crianças imagem. O caso foi acompanhado por 8
normalmente viverem em ambientes mais anos, com o paciente apresentando boa
seguros. Curiosamente, em crianças, abertura bucal, exames de imagem
quando traumas acontecem na região da mostrando remodelação do complexo
cabeça, o condilo mandibular é uma das côndilo-fossa, adequada altura do terço
áreas mais comumente envolvidas. inferior da face e provável crescimento
Fraturas condilares em crianças são de condilar cessado.
grande importância, provavelmente pelos O tratamento de fraturas condilares em
distúrbios no desenvolvimento dentofacial crianças continua sendo um assunto de
que potencialmente causam. O tratamento muita discussão. Frequentemente essas
de fraturas condilares bilaterais em fraturas são tratadas de forma cirúrgica,
pacientes pediátricos deve ser realizado restaurando função através de um correto
com extrema atenção, já que nestes posicionamento dos fragmentos ósseos. Já
pacientes o côndilo atua como centro de o tratamento não cirúrgico consiste em 1-3
desenvolvimento da mandíbula. Mau semanas de bloqueio maxilo-mandibular
diagnóstico ou falha no tratamento destas seguido de elasticoterpia e fisioterpia para
fraturas, eventualmente implica em trazer a mandíbula para um
distúrbios no crescimento facial, como posicionamento mais próximo da oclusão
hipoplasia mandibular, micrognatia ou normal possível e restaurar movimentos de
anquilose. excursão considerados normais e
Neste trabalho relatamos o caso de um funcionais.
paciente de 9 anos, vítima de fratura Neste caso o tratamento não cirúrgico de
bilateral de côndilo mandibular tratado de um paciente em crescimento obteve bom
forma não cirúrgica/conservadora, com resultado funcional e de remodelação do
bloqueio maxilo mandibular e côndilo. Tratamento funcional após
acompanhamento clínico e de imagem.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

bloqueio maxilo mandibular também foi


considerado de extrema importância. O
tratamento cirúrgico parece estar indicado
apenas para casos de severa interferência
durante movimentos mandibulares ou
côndilos extremamente deslocados.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2130

TRATAMENTO DE FRATURA DE MANDIBULA


ATRÓFICA COM PLACA 2.0 LOCKING E
ACESSO INTRA-ORAL
Gabriel Lucio Calazans Duarte; Nataira Regina Momesso; Ricardo
Alexandre Galdioli Senko; Ana Carolina Ficho; Paulo Domingos
Ribeiro Junior

Introdução: A redução aberta e a fixação objetivo de pré-dobrar a placa diminuindo,


com placas e parafusos é considerado, assim, o tempo cirúrgico. No procedimento
atualmente, o tratamento mais efetivo para cirúrgico, sob anestesia geral, foi realizado
fixação de fraturas mandibulares. Em acesso intra-oral à fratura em região de
pacientes desdentados, na grande maioria mucosa alveolar de um ângulo mandibular
das vezes a atrofia mandibular e, a ao outro, mantendo a integridade do
consequente, perda de altura óssea nervos mentonianos. A fratura foi reduzida
dificulta a utilização de uma miniplaca na anatômicamente e fixada com a placa de
zona de tensão e outra de compressão da 2.0 mm Locking pré-dobrada e parafusos
fratura. Nestes casos, o meio de 2.0 mm. Associado ao acesso intra bucal,
osteossintese preferencial são as placas de foi realizado um acesso transcutâneo de
reconstrução mandibular do sistema de 2.4 cada lado na região de ângulo mandibular
mm (convencional ou Locking). Este que permitiu o acesso aos parafusos mais
trabalho tem como objetivo relatar um caso proximais.
de fratura de mandíbula atrófica bilateral Discussão: A utilização do sistema de 2.0
tratado via acesso intrabucal através de mm Locking apresenta algumas vantagens
placa de reconstrução mandibular mais que são a diminuição do tempo cirúrgico,
delgada, locking, do sistema de 2.0mm. facilitadade de adaptação, quando
Caso Clínico: Paciente EB, 87 anos, comparado a placa de 2.4 mm, e boa
sofreu queda da própria altura que estabilidade dos segmentos ósseos. A
ocasionou trauma em face. Ao exame possibilidade de uso destes materiais via
clínico apresentou mobilidade e crepitação intra bucal, permite uma recuperação mais
óssea em região de parassínfise bilateral, rápida do paciente. Apesar de ser menos
parestesia em região do lábio inferior e espessa, as placas de 2.0 mm Locking
hematoma sublingual. Nos exames de podem possibilitar uma estabilidade óssea
imagem radiográfico e tomográfico semelhante a fornecida por uma placa de
observou-se traços de fratura de mandíbula reconstrução de 2.4 mm.
bilateralmente em região de parassínfise. A Conclusão: O sistema de placas 2.0 mm
partir do exame de tomografia Locking pode ser mais uma alternativa para
computadorizada, foi solicitado um o tratamento de fraturas de mandibulas
biomodelo de mandíbula completa com o atróficas via acesso intra bucal.

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2201

TRATAMENTO DE FRATURAS MANDIBULARES POR


PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO ATRAVÉS DE
SISTEMA DE FIXAÇÃO EXTERNA:
UMA SÉRIE DE CASOS
Suellen Sombra da Rocha; Paulo Henrique Rodrigues Carvalho;
Jose Maria Sampaio Meneses Junior; Raimundo Nonato Maia;
Manoel de Jesus Rodrigues Mello

Introdução: O trauma balístico de alta sistema foi pré-modelada ao contorno da


energia em mandíbula resulta em fraturas mandíbula e foram instalados parafusos
mandibulares complexas e cominutivas Schanz bicorticais nos cotos mandibulares.
com injúrias penetrantes, perfurantes ou A haste metálica e os parafusos são
avulsivas em tecidos moles e duros. interligados através de componentes de
Frequentemente, essas lesões estão conexão específicos do sistema. O tempo
associadas à infecção e necrose tecidual médio de permanência do fixador externo
e/ou comprometimento de estruturas foi de 8 semanas.
vasculares adjacentes, o que pode Resultados: Após esse período, foi
comprometer o tratamento cirúrgico observado em todos os pacientes
aberto, através dos sistemas de fixação clinicamente, contorno ósseo mandibular
interna. O objetivo do trabalho é relatar satisfatório, oclusão dentária estável,
uma série de cinco casos clínicos de ausência de infecção e sem mobilidade
tratamento de fratura de mandíbula por óssea. Radiograficamente, observou
perfuração por arma de fogo (PAF), através consolidação óssea favorável.
de sistemas de fixação externa,
Discussão/conclusão: A principal
apresentando a experiência do Serviço de
vantagem da utilização do sistema de
Cirurgia Bucomaxilofacial do Instituto
fixação externa é que não requer amplo
Doutor José Frota.
descolamento periosteal durante sua
Métodos: Os pacientes eram todos do instalação, o que poderia comprometer o
sexo masculino, faixa etária variando de 14 suprimento sanguíneo dos múltiplos
a 20 anos, vítimas de PAF, portando fragmentos da fratura, resultando em
fraturas cominutivas de mandíbula. Optou- infecção e perda óssea. A partir desses
se pelo tratamento fechado, utilizando achados, demonstrou-se que o tratamento
sistema de fixador externo de punho de fechado com sistema de fixação externo é
150mm. O tratamento consistiu em uma opção eficaz para fraturas
debridamento dos tecidos desvitalizados e mandibulares cominutivas, com baixo
sutura de tecidos moles intra-orais, índice de complicações e baixa morbidade
bloqueio maxilomandibular e instalação ao paciente.
de fixador externo. A haste metálica do

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

2248

PARALISIA FACIAL TEMPORÁRIA


CONTRALATERAL À FRATURA CONDILAR:
RELATO DE CASO
Paloma Beatriz Rosa Nunes de Souza; José Cleveilton dos Santos;
Fernanda Schimidt de Freitas; Valfrido Antônio Pereira Filho;
Marcelo Silva Monazzi

A paralisia facial periférica é caracterizada O tratamento realizado foi a redução e


como enfraquecimento súbito dos fixação estável da fratura de côndilo e
músculos faciais. Possui etiologia variada parassínfise. No pós-operatório de uma
(traumática, infecciosa, tumoral, semana após regressão do edema inicial,
iatrogênica, idiopática, dentre outras), foi possível diagnosticar uma paralisia
sendo as de origem traumática facial periférica do lado contralateral ao
consideradas de grande incidência. Sua lado da fratura envolvendo todos os ramos
manifestação clínica tem início a partir da do nervo facial. Neste momento, foi
interrupção da propagação do impulso instituído o tratamento com injeção
nervoso, podendo estar associada a sinais e intramuscular de dexametasona (8mg) e
sintomas como otorragia, sinal de battle e prescrição de prednisona com doses de
perda de audição. O diagnóstico é baseado 80mg, 60mg, 40mg e 20mg, alteradas
na avaliação clínica e eletrofisiológica. O semanalmente. A extensão do dano neural
tratamento é controverso e depende da foi evidenciada através da eletromiografia,
extensão da lesão. O objetivo deste que demonstrou uma lesão de intensidade
trabalho será relatar um caso de paralisia grave no nervo facial esquerdo. A conduta
facial periférica em paciente com fratura de medicamentosa foi mantida e o quadro
base de crânio, bem como discutir os apresentou regressão total dos sinais
aspectos desta entidade e o tratamento clínicos de deficiência motora em 04
proposto. Para tanto, descreveremos o caso meses.
de um paciente do gênero masculino, 21
anos, atendido na emergência hospitalar,
vítima de acidente automobilístico,
apresentando fratura de côndilo
mandibular direito, parassínfise esquerda e
base de crânio à esquerda.

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TRAUMA

2254

A INCIDÊNCIA E OS FATORES ASSOCIADOS AO


TRAUMA FACIAL: ANÁLISE DE 430 CASOS DE
PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE
URGÊNCIAS NO ESTADO DE GOIÁS
Cilas Borges Vieira Neto; Euclides Barbosa de Oliveira; Gilberto
Fenelon das Neves; Marcio Tadashi Tino; Bruno Souza Pinto Ferreira

Introdução: Traumas envolvendo a face faixa etária predominantemente


representam um desafio ao sistema de encontrada esteve entre 20-50 anos
saúde brasileiro devido a sua alta (71,3%), sendo o gênero masculino o mais
incidência e a movimentação de recursos acometido, em 82,6 % dos casos. Quanto a
públicos voltadas para o nível terciário de etiologia, os acidentes de trânsito
atenção em saúde. Conhecer os principais representaram as causas mais frequentes
fatores envolvidos nesta problemática é de (63%), seguido pelas agressões físicas
fundamental importância para (17,5%). A região facial mais acometida foi
desenvolvimento de políticas públicas a mandibular (34,5%) seguida do complexo
eficazes na diminuição do número de zigomático (26,7%).
novos casos envolvendo fraturas de ossos Discussão: Os acidentes automobilísticos
da face. Neste sentido, este estudo se representam um grande impacto na
propõe avaliar a incidência de fratura em incidência de traumatismo facial. Dentre
face, decorrente de trauma, bem como os estes, os mais graves são aqueles
principais fatores envolvidos, em pacientes envolvendo motocicletas. No Brasil, esse
atendidos no serviço de urgência de um meio de transporte é consideravelmente
hospital público de referência, no mais acessível quando comparado aos
município de Goiânia- Goiás. carros, e são uma alternativa para o uso de
Métodos: Foram realizadas as coletas de transporte público, no entanto, quando
dados secundários, a partir de prontuários envolvidos em acidentes, as motocicletas
eletrônicos, de todos os pacientes costumam gerar danos graves, elevando as
encaminhados para o serviço de Cirurgia e taxas de morbidade e mortalidade. Para
Traumatologia Buco-maxilo-facial com contornar este fato alguns autores
diagnóstico de fratura facial, no período de defendem que medidas educativas podem
outubro de 2014 a outubro de 2015. As ser utilizadas como estratégia para a
variáveis analisadas foram idade, gênero, redução dos índices de acidentes.
etiologia do trauma e região do trauma. Conclusões: A partir dos resultados
Resultados: No período de um ano obtidos torna-se possível o
ocorreram 430 casos de fraturas faciais. A desenvolvimento de políticas públicas e

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TRAUMA

ações de prevenção voltadas,


principalmente, para as etiologias mais
evidentes, com foco na diminuição da
incidência de traumas envolvendo a região
buco-maxilo-facial e otimização de
recursos públicos.

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2275

RECONSTRUÇÃO DE FRATURA DO COMPLEXO


ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO DE ALTO IMPACTO:
RELATO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO
Gabriela Caroline Fernandes; Gustavo Antonio Correa Momesso;
Fábio Roberto de Souza Batista; Valthierre Nunes de Lima; Leonardo
Perez Faverani

Introdução: Em grande parte dos vícios ou uso de medicamentos. Ao exame


traumas faciais que causam fraturas físico, apresentou equimose e edema
complexas do segmento zigomático- periorbitários do lado esquerdo, funções
orbitário tem como fator etiológico os oculares preservadas e laceração em
acidentes de alto impacto, tais como os pálpebra inferior. Foram solicitados
acidentes de trânsito ou as agressões exames laboratoriais e tomografia
físicas com instrumentos contundentes. computadorizada pré-operatórios, tendo
Entretanto, quedas da própria altura como diagnóstico fratura da sutura fronto-
associadas à perda da consciência, podem zigomática, fratura do assoalho orbitário
causar fraturas mais complexas do que (“blow-out”) e fratura do pilar zigomático-
usualmente quando o indivíduo consegue maxilar, à esquerda. O paciente foi
diminuir o impacto, em especial com a submetido a procedimento cirúrgico, sob
proteção dos membros superiores. A anestesia geral, para redução e fixação das
prevalência de fraturas do complexo fraturas através dos acessos supraciliar,
zigomático-orbitário é relativamente subtarsal e intra-bucal e a utilização de
elevada devido à proeminência que o arco placas e parafusos do sistema 2.0 mm. Para
zigomático estabelece na face, estando a fratura “blow-out”, uma malha de titânio
mais susceptível aos traumas. O objetivo do sistema 1.5 mm foi utilizada para a
desse trabalho é evidenciar a abordagem reconstrução do assoalho orbitário. O pós-
clínica da fratura do complexo zigomático- operatório constituiu na realização de
orbitário e o tratamento cirúrgico de tomografia computadorizada, prescrição
redução e fixação. medicamentosa, e orientações
Métodos: Paciente JCPP, do sexo domiciliares, com acompanhamento
masculino, 32 anos de idade, foi ambulatorial.
encaminhado à Santa Casa de Araçatuba Conclusão: A reconstrução das fraturas
vítima de queda da própria altura, do complexo zigomático-orbitário por
decorrendo em trauma facial. Em bom meio da fixação dos pilares anatômicos
estado geral, referiu perda de consciência verticais e horizontais é uma boa opção
no momento do trauma, negou qualquer terapêutica para o restabelecimento
histórico de comorbidade sistêmica, alergia harmônico facial.
medicamentosa, discrasia sanguínea,

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RECONSTRUÇÃO DE EXTENSO DEFEITO EM


REGIÃO FRONTAL COM TELA DE TITÂNIO
PREVIAMENTE MODELADA: RELATO DE CASO
Luiz Felipe Fernandes de Albuquerque; Adriano Rocha
Germano;Petrus Pereira Gomes; Luis Ferreira de Almeida Neto;
Bruno Bezerra de Souza

Introdução: Fraturas envolvendo a preservados. Ao exame tomográfico


região frontal podem causar complicações observou-se fratura da parede anterior do
relacionadas ao seio frontal, órbita, seio frontal, com integridade da parede
estruturas nasais bem como região intra- posterior, fraturas do rebordo supra-
craniana. A reconstrução de defeitos orbitário e complexo zigomático-orbitário
ósseos frontais pode ser um procedimento esquerdo. O procedimento cirúrgico foi
difícil, já que a restauração da integridade realizado sob anestesia geral, por
funcional e estética é crucial na área do intubação orotraqueal, através do acesso
seio frontal. Para esse tratamento, usam-se coronal, subciliar e intra-oral para a
geralmente, os sistemas de malhas de realização das reconstruções frontal e
titânio que apresentam vantagens em zigomático orbitária esquerda.
comparação com outros materiais e Resultados: Após a exposição do defeito
dispositivos, tais como a excelente frontal a tela modelada encaixou de
biocompatibilidade, reações inflamatórias maneira bem adaptada e passiva,
mínimas, fácil manipulação e modelação, diminuindo o tempo cirúrgico e
estabilidade razoável e versatilidade. O restabelecendo o contorno frontal de
objetivo do estudo foi relatar um caso de maneira mais precisa. O paciente
reconstrução da parede anterior do seio apresentou melhora do contorno frontal e
frontal com a utilização de uma tela de diminuição do enoftalmo.
titânio previamente modelada.
Discussão: Apesar da introdução de
Métodos: Paciente gênero masculino, 27 novas tecnologias e métodos cirúrgicos nos
anos, procurou o Serviço de CTBMF últimos 20 anos, ainda não há unanimidade
HUOL/DOD-UFRN 6 meses após o trauma, de base ampla no tratamento cirúrgico de
ocasionado por acidente motociclístico, trauma do seio frontal. Quando ocorrem
para avaliação de sequela em terço superior fraturas complexas nesta região com
da face. Ao exame físico observou-se cominuição e perda óssea, o que pode
afundamento em região frontal e rebordo conduzir a defeitos críticos consideráveis,
supra-orbitário esquerdo, perda de a utilização de materiais autógenos,
projeção ântero-posterior do zigoma homógenos ou alopáticos é necessário para
esquerdo e os movimentos oculares foram a reconstrução anatômica.

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TRAUMA

Conclusão: Entre os diferentes tipos de


biomateriais, a malha de titânio fornece
um ótimo resultado estético e funcional
quando em comparação com outros
biomateriais para grandes defeitos em
fraturas fronto-orbitárias.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA EM


MANDÍBULA ATROFICA: RELATO DE CASO
Danyella Carolyna Soares dos Reis; Gabriel Albuquerque
Guillen;Darceny Zanetta-Barbosa; Marcelo Caetano Parreira da
Silva; Lair Mambrini Furtado

Mandíbulas atróficas devido à perda Paciente relatou levar um susto e em


precoce dos elementos dentários, seguida sentir forte dor na região dos
apresentam alta densidade óssea, com implantes. Radiografia panorâmica revelou
reduzida vascularização e diminuição do perda do implante da região de parassínfise
fluxo sanguíneo. Reabilitações orais nessas esquerda e fratura da mandíbula nessa
condições requerem do cirurgião-dentista região. Foi realizado acesso extraoral
um vasto conhecimento e ótimo submandibular, divulsão dos planos com
planejamento, a fim de reduzir possíveis manutenção do periósteo da região lingual,
complicações e acidentes. As fraturas de exposição da fratura, redução e fixação
mandíbulas atróficas durante a interna rígida com placa de titânio do
reabilitações com implantes estão sistema 2.4. Também foi removido o
relacionadas a manobras intempestivas e implante da região de parassínfise direita.
manipulação cirúrgica excessiva, bem Foi feita a sutura do alvéolo e sutura em
como um planejamento cirúrgico planos da incisão extraoral. Paciente segue
inadequado. O uso de placas de titânio para em acompanhamento ambulatorial. Apesar
reforço mandibular e enxertos ósseos para de agressivo o tratamento cruento de
aumento da espessura do osso apresentam fraturas em mandíbulas atróficas é
sucesso clínico na prevenção de fraturas previsível. A manutenção do periósteo
em casos de reabilitações extensas. Este lingual auxilia a prevenção de
trabalho tem como objetivo relatar o complicações pós-operatórias devido à má
tratamento cirúrgico de uma fratura em nutrição sanguínea e a utilização de
parassínfise de mandíbula atrófica ocorrida sistemas de fixação mais robustos permite
após a instalação de 4 implantes para melhor suporte às funções mastigatórias.
reabilitação com prótese total implanto-
suportada. Paciente sexo masculino, 65
anos, foi encaminhado ao serviço de
cirurgia dois dias após ter sido submetido a
procedimento cirúrgico para instalação de
implantes em mandíbula.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA


FRONTO–ORBITÁRIA E REBORDO
SUPRAORBITÁRIO: RELATO DE CASO
Thaysa Barbosa dos Santos Queiroz; Sarah Aparecida Ferreira
Antero; Daphne Pereira da Silva Passos; Alexandre Maurity de Paula
Afonso; Vitor Monteiro Novaes Junior

Introdução: As fraturas do osso frontal e bem como o reflexo consensual presente;


rebordo supraorbitário requerem impacto não houve perda de consciência,
de alta energia. A presença de uma fratura apresentando parestesia do nervo
de seio frontal é diagnosticada pelo exame supraorbitário e não apresentava
clínico e de imagem. As fraturas podem lacerações na face.
afetar as paredes anterior e posterior, com Resultados: O procedimento cirúrgico foi
ou sem envolvimento do ducto naso- realizado sob anestesia geral, 72 horas após
frontal, e o seu tratamento de rotina passa o acidente. O acesso cirúrgico de escolha
pelo cirurgião buco-maxilo-facial. foi o bicoronal (fratura da parede anterior
Complicações como: sinusites recorrentes, do seio frontal). Neste caso, optou-se pela
osteomielite do osso frontal, mucocele, redução e fixação com miniplacas e
meningite, encefalite, abcesso cerebral e parafusos.
trombose do seio cavernoso, devem ser
Discussões: O relato ressalta a
consideradas.
importância de um exame
Métodos: O objetivo do trabalho é craniomaxilofacial minucioso, exame
apresentar um relato de caso clínico, de oftalmológico e um exame clínico
fratura fronto-orbitária de seio frontal criterioso, com auxílio de exames de
cominuída onde há o envolvimento da imagem para a realização do planejamento
margem supraorbital. Paciente do gênero cirúrgico adequado. Torna-se fundamental
masculino, 18 anos, deu entrada no serviço o manejo pré- operatório do paciente e o
de cirurgia- maxilo-facial no Hospital estabelecimento de um diagnóstico
Federal de Bonsucesso, por meios próprios, preciso, tendo em vista restabelecimento
vítima de acidente esportivo. Ao exame da região fronto-orbitária a fim de
clínico notou-se: perda de projeção em minimizar os danos trans e pós-cirúrgicos
região frontal direita se estendendo até a ao paciente.
margem supraorbitária do lado direito,
Conclusão: A cirurgia de escolha foi
apresentando edema na margem
fundamentada no tipo de fratura e o
supraorbitária e dor. No exame
envolvimento de parede anterior do seio
oftalmológico, acuidade visual e
frontal sem o envolvimento da parede
motilidade ocular estavam preservadas,

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posterior e avaliação de injúria ao do ducto


fronto-nasal, atingindo-se as finalidades
de restabelecimento do contorno na região
fronto-orbitária e sem danos pós-
cirúrgicos.

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TRATAMENTO DA FRATURA PANFACIAL:


SEQUÊNCIA CIRÚRGICA
Sarah Pedroso Saliba; Ítalo Toledo de Cordeiro; Alexandre Aurélio
de Morais; Maiolino Thomaz; Eder Lima de Paula

As fraturas panfaciais são fraturas O objetivo desse trabalho é relatar caso


complexas da face, onde são acometidos no clínico do paciente J.L.S. 26 anos, vítima de
mínimo dois dos três terços faciais. O agressão física, com presença de
diagnóstico dessas fraturas é realizado traumatismo crânio encefálico, enfisema
através de exame clínico e imaginológico. pleural, amaurose, múltiplos ferimentos
A tomografia computadorizada (TC) é o lácero contusos em face e fratura panfacial
exame de excelência para o envolvendo os ossos: frontal, zigomático
estabelecimento do diagnóstico, bem como orbitário, maxila bilateral e naso-orbito-
para o planejamento cirúrgico. A TC, etimoidal. O tratamento foi realizado no
permite evidenciar o grau de deslocamento Hospital de Urgências e Emergências
dos fragmentos ósseos e possibilita realizar Governador Otávio Lage (HUGOL) em
a reconstrução em três dimensões. Muitas Goiânia (GO), o paciente permaneceu
vezes são fraturas do tipo cominutivas e, internado no UTI por 74 dias e, somente
por esse motivo, apresentam um alto grau após da melhora clínica foi feito a
de complexidade e exigência para o intervenção pela equipe bucomaxilofacial
tratamento. A abordagem da fratura seguindo o protocolo de redução “de baixo
panfacial é realizada após estabilização para cima e dentro para fora”. Após o
clínica do paciente, e isso pode gerar procedimento cirúrgico e estabilização do
sequelas de difícil resolução cirúrgica. As quadro pós- operatório o paciente evoluiu
principais causas das fraturas múltiplas de com bom prognóstico de osteossíntese de
face são os acidentes automobilísticos, fraturas múltiplas de face e
agressão física, acidentes esportivos e os reestabelecimento estético-funcional. Os
ferimentos por arma de fogo. Com autores salientam que o tratamento das
frequência essas lesões envolvem perdas fraturas panfaciais é complexo e
teciduais que podem levar a graves desafiador, podendo seguir dois protocolos
deformidades faciais, amaurose e má- de abordagem cirúrgica, ficando a decisão
oclusão dentária. Devido à solução de a critério da equipe e também da
continuidade óssea, as fraturas podem individualização de cada caso.
apresentar dificuldade durante a redução e
fixação. A sequência cirúrgica pode seguir
dois tipos de protocolos de redução: “de
cima para baixo e de fora para dentro” ou
“de baixo para cima e dentro para fora”.

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TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA


MANDIBULAR POR PROJÉTIL DE ARMA DE
FOGO: RELATO DE CASO
Caio Cesar Gonçalves Silva; Thaisa Reis de Carvalho Sampaio;
Hanna Janyne Meira e Mello; Romeyka Karinny Almeida de Freitas;
Mariana Cruz Gouveia Perrelli

O trauma facial provocado por projétil de PE, queixando-se de deformidade em terço


arma de fogo (PAF) pode ser considerado inferior de face após agressão por PAF há
uma das agressões mais devastadoras aproximadamente 2 anos. Paciente relata
encontradas em centros de trauma devido procedimento cirúrgico prévio com
o comprometimento funcional e as instalação de placa do sistema 2.7mm em
sequelas estéticas e emocionais que causa região de defeito ósseo. Ao exame físico
no paciente. O manejo da vítima de apresentava perda de segmento ósseo em
agressão por PAF depende da experiência região de parassínfise mandibular direita,
da equipe cirúrgica e deve preconizar oclusão pouco funcional, sem queixa álgica
limpeza imediata da ferida, debridamento e com comprometimento funcional.
conservador, antibioticoterapia, Exames imagiológicos evidenciaram
estabilização óssea e, caso necessário, um defeito ósseo medindo aproximadamente
segundo tempo cirúrgico para a 3,0 cm de comprimento. Para o caso foi
reconstrução óssea. Mesmo diante dos proposta cirurgia para reconstrução do
avanços tecnológicos, o tratamento das defeito mandibular com enxerto livre de
grandes perdas ósseas na região maxilo- crista ilíaca realizada em parceria com a
facial permanece como um desafio para o equipe de Traumatologia e Ortopedia.
cirurgião devido à complexidade estrutural Através de acesso submandibular
dessa área e à deformidade funcional e estendido houve preparação do leito
estética provocada pela falta de segmento receptor e fixação do enxerto de crista
ósseo. A utilização de enxerto para ilíaca na placa do sistema 2.7mm
reconstrução óssea deve objetivar a previamente instalada. Paciente segue em
restauração da estrutura esquelética, acompanhamento pós-operatório sem
permitindo a função normal e a sinal de infecção, boa abertura bucal,
configuração da forma anatômica. O oclusão estável, em andamento para
presente trabalho relata o caso clínico de reabilitação com implantes dentários e
um paciente do sexo masculino, 42 anos satisfeito esteticamente. Diante disso, um
que procurou o serviço de Cirurgia e diagnóstico preciso, planejamento
Traumatologia Bucomaxilofacial do minucioso e boa execução da técnica de
Hospital da Restauração (HR), em Recife – reconstrução mandibular com enxerto livre

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de crista ilíaca proporcionam resultados


estéticos satisfatórios, contorno e volume
ósseos adequados possibilitando um
reestabelecimento funcional da vitima de
agressão por PAF.

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PERFIL DOS ATENDIMENTOS EM PRONTO-SOCORRO


DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-
FACIAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ALTA
COMPLEXIDADE
Erika Antonia dos Anjos Ramos; Marcelo Minharro Cecchetti; Bruno
da Silva Mesquita; Mário Vitor Carcassola; Renan Veiga de Araujo

Introdução: A Cirurgia e Traumatologia atendimento do PSCTBMF, entre 01 de


Bucomaxilofacial (CTBMF) atua na rede janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2016.
terciária de atenção à saúde bucal de São Cada ficha de atendimento determinou um
Paulo, prestando ações assistenciais em único diagnóstico, levando-se em conta a
casos de urgências ou emergências queixa principal do paciente e a avaliação
realizados nas salas de Pronto Socorro (PS) clínica do plantonista. Os critérios de
dos Hospitais Municipais. A qualidade do exclusão foram: alterações não tratadas
atendimento prestado no PS determina o pela CTBMF, infecções não-odontogênicas
prognóstico do paciente, pois a e retornos. Os diagnósticos foram divididos
morbimortalidade das afecções em CTBMF em: cirurgia odontológica, trauma facial,
é diretamente proporcional à aderência dos lesões orais e maxilofaciais, distúrbios da
profissionais aos protocolos de avaliação e articulação temporomandibular,
conduta dos eventos agudos da deformidades maxilofaciais e Infecções
especialidade. Assim, a eficácia das ações odontogênicas. Os eventos foram
assistenciais em PSCTBMF depende da classificados segundo a
resolutividade e priorização do urgência/emergência, etiologia e
atendimento, conforme o risco social e intervalos de tempo.
biológico do caso, o que demanda o Resultados: Durante o período do estudo,
conhecimento do perfil epidemiológico dos foram atendidos 19.296 pacientes, sendo
pacientes de PS para redirecionamento, 4.795 (24,85%) excluídos. Restaram 14.501
universalização e especificidade das ações fichas válidas, com uma média mensal de
nesta área. atendimentos de cerca de 403 pacientes.
Objetivo: Avaliar variáveis Mais de 82% (11.934) dos atendimentos em
epidemiológicas quantitativas dos PS foram considerados como
atendimentos do PSCTBMF em um urgência/emergência. Mais da metade dos
hospital terciário da região sul da cidade de atendimentos são de casos de trauma em
São Paulo durante os últimos 36 meses. face e somente menos de 10% são infecções
Método: Trata-se de estudo odontogênicas.
epidemiológico descritivo observacional e Conclusão: O planejamento de ações de
retrospectivo, usando-se as fichas de saúde em CTBMF depende do

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APRESENTAÇÃO ORAL

TRAUMA

conhecimento preciso do perfil dos casos


vistos em PS, a fim de possibilitar
mudanças das práticas assistências
tradicionais e customizar a atenção
terciária de saúde da boca ao perfil de casos
de urgência e emergência da zona Sul da
cidade.

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APRESENTAÇÃO ORAL

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA


CONDILAR. RELATO DE CASO
Bruno Gomes Duarte;Letícia Liana Chihara;Eduardo Sanches
Gonçales

As fraturas mandibulares apresentam uma A literatura aponta que as fraturas da base


elevada frequência dentro do trauma facial e pescoço condilar em indivíduos adultos
em virtude da sua proeminência. Dentro devem ser tratadas através de
dos sítios anatômicos que podem ser procedimento cirúrgico com redução e
acometidos, os côndilos mandibulares são fixação, especialmente para os casos de
frequentemente acometidos, sendo alteração oclusal e diminuição da altura
comum à sua ocorrência como resultado da vertical posterior do ramo da mandíbula,
dissipação de forças após um trauma inicial uma vez que esse tipo de tratamento
em outra região anatômica. A escolha da demonstra melhores resultados em quase
forma de tratamento para esses tipos de todos os pontos, não sendo observada
fratura apresenta-se como um dilema diferença estatisticamente significante
dentro da cirurgia e traumatologia apenas na avaliação da dor por meio de
bucomaxilofacial, sendo possível a escala analógica visual. No controle pós-
realização do tratamento conservador ou a operatório de 60 dias, foi possível observar
redução aberta seguida pela fixação interna a movimentação mandibular normal,
estável. O presente artigo em como movimentos faciais preservados, oclusão
objetivo relatar um caso de tratamento estável e ausência de queixas pela paciente.
cirúrgico de uma fratura condilar baixa, Dessa forma conclui-se que a técnica
realizado em indivíduo do gênero utilizada para o tratamento da condilar
feminino, 32 anos de idade, a qual apresentou-se de maneira satisfatória.
apresentou-se com instabilidade oclusal
após tratamento conservador prévio com
bloqueio maxilo-mandibular por 02
semanas, atendida em outra instituição.
Dessa forma, o plano de tratamento foi a
intervenção cirúrgica para redução e
fixação interna estável da fratura.

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FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA BUCAL

1559

USO TÓPICO TRANS-OPERATÓRIO DE


HIDROCORTISONA NO CONTROLE DA DOR E
EDEMA PÓS-OPERATÓRIO EM EXODONTIAS DE
TERCEIROS MOLARES IMPACTADOS
Vitor Pereira Rodrigues; Marcelo Minharro Cecchetti; Maria Cristina
Zindel Deboni; Maria da Graça Naclério Homem

Introdução: A exodontia de terceiros edema foram criadas 3 medidas faciais e o


molares pode afetar significativamente a edema foi medido por meio da diferença
qualidade de vida dos pacientes no pós- em milímetros entre o segundo dia de pós-
operatório.O presente estudo tem por operatório e o pré-operatório. Após ambas
objetivo avaliar a eficácia do as cirurgias os pacientes foram
corticosteroide hidrocortisona,como questionados em relação à qual lado o
solução de irrigação durante exodontias de período pós-operatório foi mais
terceiros molares no controle do edema e desconfortável.
da dor pós-operatória. Resultados: A comparação entre os
Métodos: 38 pacientes foram incluídos no grupos mostrou que a hidrocortisona foi
estudo e após randomização foram estatisticamente eficaz no controle pós-
submetidos a exodontia de ambos os operatório do edema. A dor acompanhou a
terceiros molares inferiores em tempos diminuição do edema, na média a EVA foi
cirúrgicos distintos, pelo mesmo cirurgião menor no grupo teste, no entanto não
e com um intervalo mínimo de 15 dias.Os houve diferença estatisticamente
pacientes foram distribuídos para receber significativa nas outras duas aferições de
250ml de solução contendo 500mg de dor. A maioria dos pacientes (64%)
hidrocortisona ou 250ml de solução salina relataram um pior pós-operatório no lado
a 0,9% aplicadas durante a ostectomia, controle.
odontosecção e lavagem do campo Discussão: Com intuito de reduzir o
operatório. Para avaliação da eficácia da desconforto pós-operatório diversas
hidrocortisona no controle da dor pós- drogas anti-inflamatórias foram testadas e
operatória três mensurações foram os corticosteroides são os que apresentam
utilizadas: a quantidade de medicação melhores resultados, no entanto não existe
analgésica de resgate consumida, o tempo ainda consenso na literatura em relação a
entre o término da cirurgia e o uso do via de administração mais eficaz.
primeiro comprimido de resgate e a Escala
Conclusões: A irrigação trans-operatória
Visual Analógica (EVA). Para aferição da
com hidrocortisona é efetiva na redução do
eficácia da hidrocortisona no controle do

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edema e da percepção de dor pós-


operatória.
Referências: Graziani F, et. al. Perioperative dexamethasone reduces post-surgical sequelae of wisdom
tooth removal. Int J Oral Maxillofac Surg. 2006 Mar;35(3):241-6; Mahmoud Hashemi H, et al. Effect of
low-concentration povidone iodine on postoperative complications after third molar surgery J Oral
Maxillofac Surg. 2015 Jan;73(1):18-21.

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CIRURGIA BUCAL

1567

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA


DA PERCEPÇÃO TÁTIL SUPERFICIAL E
GUSTATÓRIA APÓS EXODONTIA DE
TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Barbara Betty de Lima; Assis Felipe Medeiros Albuquerque; Paulo
Goberlânio de Barros Silva; Eduardo Costa Studart Soares; Fábio
Wildson Gurgel Costa

A incidência de lesões de nervos sensitivos Todos os testes foram realizados no pré-


e motores associados à cirurgia oral é operatório e nos dias pós-operatórios
frequentemente subestimada, estando as (DPO; 70, 300, 900 e 1800). Não foi observada
exodontias de terceiros molares diferença entre as posições dos dentes
frequentemente relacionadas a tais (p=0,143) ou quanto à resposta ao estímulo
alterações. Dessa forma, o presente estudo de aplicação nas áreas 1 e 2
objetivou avaliar a incidência de alterações prospectivamente. A resposta aos sentidos
sensitiva e gustativa após exodontia de vertical e horizontal nas áreas 2 e 3
terceiros molares inferiores. Foi realizado aumentou do período pré-operatório para
um estudo coorte prospectivo com 25 o 7DPO, retornando aos valores normais ao
pacientes saudáveis, ambos os sexos, longo do curso temporal. A resposta aos
submetidos a cirurgia para remoção de sentidos vertical e horizontal do estímulo
terceiros molares inferiores que em área 1 e resposta ao sentido diagonal do
necessitavam de ostectomia e/ou estímulo em área 1, 2, e 3 também não
odontosecção. Foram realizados testes sofreram variação significante. A resposta
neurossensoriais para analisar a percepção ao limiar ascendente (p=0,002) e
entre dois pontos com a utilização de descendente (p).
compasso de ponta seca, bem como o teste
de sensibilidade tátil com o estesiômetro
de Semmes-Weinsten em áreas distintas
(áreas 1, 2 e 3). A avaliação gustativa foi
realizada utilizando concentrações
molares crescentes de glicose, cloreto de
sódio, ácido cítrico e ureia para avaliar o
estímulo para percepção e identificação de
sabor.

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1804

FIO DE SUTURA ABSORVÍVEL A BASE DE


ÓLEO DE GIRASSOL: DESENVOLVIMENTO E
APLICAÇÃO PARA CIRURGIAS
BUCOMAXILOFACIAIS
Joyce Samandra Silva Moura; Isnayra Kerolaynne Carneiro
Pacheco; Fernando da Silva Reis; José Milton Elias de Matos; Ana
Cristina Vasconcelos Fialho

Introdução: A cicatrização bem sucedida o monoglicerídeo (MG). Foi realizado teste


de procedimentos cirúrgicos é um fator que de solubilidade em metanol, seguido pela
aumenta a função e satisfação do paciente adição de isocianato para formação de
no pós-operatório. Portanto, técnicas e poliuretana (PU). A análise
tipos de fio de sutura utilizados são espectroscópica na região do
importantes para facilitar e acelerar o infravermelho foi realizada por
processo de cicatrização. A sutura ideal é transformada de Fourier (FT-IR). Uma
aquela de fácil manipulação e esterilização, extrusora será utilizada para manufatura
desperta pouca reação tecidual, não dos fios de sutura.
favorece crescimento bacteriano, não Resultados: O teste de espectroscopia
contém produtos nocivos e é de baixo FTIR confirmou a produção do polímero,
custo. Assim, os esforços atuais estão observado pela banda característica da
centrados no desenvolvimento de ligação N–H de uretano em 3315 cm-1. A
materiais de sutura que tem todas as banda característica do grupo NCO livre
características desejadas, juntamente com residual, em 2262 cm-1, não foi encontrada
capacidades adicionais para aumentar a no espectro do PU, confirmando reação
cicatrização. O objetivo do presente total entre os grupos NCO do diisocianato
trabalho é produzir fio de sutura com o MG. O polímero também apresentou
absorvível, a partir do polímero de óleo de capacidade de formar fio.
girassol, para ser utilizado nas cirurgias
Discussão: O teste de espectroscopia
bucomaxilofaciais.
FTIR em estudo realizado com ácido
Métodos: O polímero foi sintetizado no poliglicólico mostrou que todos os grupos
Laboratório de Materiais Avançados funcionais esperados foram encontrados,
(Química/UFPI), pela catalisação do óleo confirmando a produção do polímero, o
na presença de um poliol e pela adição de que também foi observado no presente
hidróxido de lítio. A mistura foi colocada trabalho (PELEIAS JUNIOR et al., 2015).
em um balão de fundo redondo para reação
em temperatura determinada, obtendo-se

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Conclusão: Conseguiu-se um polímero desenvolvido em etapas subsequentes para


com características para confecção de fio serem utilizados em cirurgias
de sutura absorvível. Este está sendo bucomaxilofaciais.
Referências:
PELEIAS JUNIOR et al. Desenvolvimento da metodologia para síntese do poli(ácido lático-co-ácido
glicólico) para utilização na produção de fontes radioativas. Polímeros. v.25,n.13,p.:317-325, 2015.

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1935

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA E


RADIOGRÁFICA APÓS UM ANO DA
REALIZAÇÃO DE CORONECTOMIA EM
TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Bibiana Dalsasso Velasques; Bhárbara Marinho Barcellos; Karoline
Von Ahn Pinto; Melissa Feres Damian; Cristina Braga Xavier

Introdução: A técnica da coronectomia trismo, 1 parestesia do NAI e 1 do nervo


(TC) foi desenvolvida para minimizar lingual o qual foi tratado com
distúrbios neurossensoriais ao nervo administração de complexo B e vitamina C.
alveolar inferior (NAI) após extração de Aos 360 dias PO nenhuma alteração clínica
terceiros molares inferiores (3MI) retidos foi observada. Em 360 dias PO 13 raízes
em íntimo contato com o canal remanescentes migraram, com uma média
mandibular. Essa técnica consiste na de migração de 4,7 mm. A reinterveção foi
remoção da coroa do dente, sepultando realizada em 02 dentes para remoção de
intencionalmente as raízes no interior do esmalte remanescente.
osso alveolar e, algumas vezes, a remoção Discussão: A TC tem ganhado espaço na
do fragmento remanescente é necessária. prática clínica visto que a morbidade pós-
O objeto deste trabalho é descrever os operatória é semelhante à cirurgia
resultados parciais, clínicos e convencional para a remoção de 3MI
radiográficos, de 3MI submetidos à TC. retidos. O acidente mais relatado na
Métodos: 11 pacientes (9 mulheres e 2 literatura é a mobilização das raízes e uma
homens) foram submetidos à 14 vez que isso aconteça, as mesmas devem
procedimentos de coronectomia do 3MI. A ser extraídas. A lesão transitória ao NAI e
odontossecção foi realizada na junção ao nervo lingual é de 0,41-8,1% e 1%,
amelocementária com uma broca tronco- respectivamente. A migração das raízes
cônica em uma angulação de 45°. Após foi remanescentes é frequente, ocorrendo em
realizado a clivagem e remoção da coroa 14-81% dos casos, com uma média de
dentária e as raízes remanescentes foram migração de 2 a 4 mm, podendo levar à
desgastadas 2-3 mm abaixo da crista óssea, erupção das raízes na cavidade oral. A
sendo mantidas vitais no interior do osso decisão pela remoção dessas raízes é
alveolar. Foi realizado acompanhamento baseado na sintomatologia, com um índice
clínico e radiográfico em 07 e 360 dias pós- de 0-6% de necessidade de segunda
operatórios (PO). intervenção.
Resultados: Em 07 dias PO 4 pacientes Conclusão: Quando bem indicada, a TC é
relataram dor, 8 apresentaram edema, 4 eficaz para a preservação de lesão ao NAI,

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pois mesmo que haja necessidade de


segunda intervenção, a chance de lesão ao
nervo é menor devido ao afastamento das
raízes remanescentes do mesmo.

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1996

EFICÁCIA DO ANESTÉSICO TÓPICO EM


DUAS TÉCNICAS ANESTÉSICAS: ESTUDO
CEGO E RANDOMIZADO
Tereza Helena de Sousa Teixeira; Eduardo Dias Ribeiro; José Cadmo
Wanderley Peregrino de Araújo Filho; Eduardo Hochuli Vieira;
Julierme Ferreira Rocha

Introdução: Visando diminuir o pesquisa. O índice utilizado para avaliar o


desconforto dos pacientes frente à grau de dor que o paciente sentiu no
anestesia local houve a crescente momento da penetração da agulha para
necessidade por melhores anestésicos anestesia dos nervos alveolar superior
tópicos. Diversos tipos estão disponíveis posterior e palatino maior foi a Escala
para aplicação antes de pequenos Visual Analógica (EVA).
procedimentos em odontologia, sendo eles Resultados: Após análise estatística,
amplamente aceitos pelos pacientes. O constatou-se diferença significativa no
objetivo deste trabalho foi comparar o nível de escores da EVA durante a
anestésico tópico benzocaína 20% com um penetração da agulha na região de
placebo, frente à possível eficácia de ambas vestíbulo maxilar (p=0,01), não se
as soluções no controle da dor durante a observando diferença significativa quando
injeção de uma agulha gengival de calibre o sítio avaliado foi a região palatina
30 para anestesia dos nervos alveolar (p=0,38).
superior posterior e palatino maior em
Discussão: Apesar da benzocaína 20%
procedimentos de exodontia do terceiro
ser um anestésico tópico bastante
molar superior.
empregado na odontologia, os casos em
Métodos: O estudo randomizado que a dor frente a injeção da agulha
controlado foi realizado na Clinica Escola continuou presente ou não houve diferença
de Odontologia da Universidade Federal de do uso do placebo leva-nos a questionar
Campina Grande (UFCG) com 16 sua aplicabilidade.
voluntários. O mesmo paciente foi
Conclusão: Pode-se concluir que a
submetido a dois procedimentos cirúrgicos
eficácia da benzocaína ainda é incerta,
para exodontia dos elementos dentários 18
necessitando assim de mais estudos para a
e 28, em consultas diferentes, nos quais
avaliação de sua eficácia clínica.
foram utilizados a benzocaína 20% na
primeira consulta e o placebo na segunda
consulta, sendo que o mesmo
procedimento anestésico e cirúrgico foi
utilizado para todos os participantes da

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2032

CORRELAÇÃO ENTRE A MODULAÇÃO DE


DOR E SEU CONTROLE PELO IBUPROFENO
APÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES
INFERIORES: DADOS PARCIAIS
Giovana Maria Weckwerth; Bella Luna Colombini Ishikiriama; Thiago
José Dionísio; Yuri Martins Costa; Carlos Ferreira dos Santos

Introdução: Os anti-inflamatórios não estímulo teste (ET) e a mão não dominante


esteroidais são consumidos para o controle submersa em um recipiente com água a
de processos inflamatórios dolorosos 46ºC por 1 minuto foi o estímulo
crônicos e agudos1. A extração de terceiros condicionante (EC). O LDP foi mensurado
molares inferiores (TMI) é preconizada por meio de um algômetro de ponta
para avaliação do efeito de fármacos, pois circular plana de 1 cm² com uma aplicação
gera dor, edema e trismo2. O sistema de pressão constante e crescente de 0,5
inibitório descendente da dor pode kg/cm²/seg na região do músculo temporal
influenciar o processamento nociceptivo e anterior do lado dominante. Assim, o ES foi
a percepção da dor, sendo avaliado pelo medido antes e após o EC. O CPM foi
teste de modulação condicionada da dor calculado subtraindo-se os valores
(CPM, sigla em inglês)3. O objetivo será absolutos do ES antes do EC menos ES após
identificar a possível correlação entre a o EC3.
capacidade modulatória de dor dos Resultados: Os dados foram analisados
pacientes com o controle da dor pós- por teste de Correlação de Spearman e não
operatória, realizado pelo Ibuprofeno após foram encontradas correlações
exodontias. significativas entre as comparações
Métodos: Foram analisados 62 pacientes, realizadas, como: correlação entre os
estes realizaram o teste do CPM, níveis de CPM e a dor pós-operatória dos
posteriormente foram submetidos a pacientes (p= 0,20), ou entre CPM e a
exodontia de um TMI. Em seguida, quantidade de medicação analgésica
receberam terapia com Ibuprofeno utilizada no pós-operatório.
(600mg) a cada 8 horas, por 4 dias, e Discussão: Estes dados demonstram que,
preencheram uma Escala Analógica Visual até o momento, não foram encontradas
de Dor logo após a cirurgia até 96 horas correlações realizadas, mas a busca
depois, para avaliar o nível de satisfação do continuará sendo realizada, pois segundo a
Iburofeno no controle da dor. Para avaliar literatura é provável que existam
a capacidade modulatória de dor o limiar de diferenças nos efeitos das variabilidades
dor à pressão (LDP) foi utilizado como genéticas dos indivíduos que podem

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repercutir nos limiares e nos níveis de


tolerância de dor dos indivíduos 4.
Conclusão: Com esse grupo amostral de
62 pacientes ainda não foi possível
encontrar nenhuma correlação. Serão
feitas novas análises e comparações com o
grupo amostral final, que será composto
por 200 pacientes.

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2079

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA INFLUÊNCIA DE


DOIS REGIMES FARMACOLÓGICOS EM SINAIS E
SINTOMAS INFLAMATÓRIOS APÓS EXODONTIA
DE TERCEIROS MOLARES
Luide Michael Rodrigues França Marinho; Renato Ribeiro da Costa;
Márcio de Moraes; Luciana Asprino

Durante as últimas três décadas, a cirurgia via oral, 1 hora antes da cirurgia e a cada 12
de terceiros molares tem sido descrita horas, por 3 dias consecutivos. Foram
como modelo de dor dental, sendo um realizadas mensurações do edema, da
método válido tanto para testar novos máxima abertura bucal e da dor pós-
analgésicos para o tratamento de dor aguda operatória e níveis de prostaglandina, em
quanto para mensurar as flutuações dos amostras de salivas obtidas antes da
marcadores endógenos da inflamação. O cirurgia, imediatamente após, 72 h de pós-
uso de medicações tais como operatório e 7 dias após o procedimento.
corticosteróides ou antiinflamatórios não- Os resultados apontaram um maior relato
esteroidais, laser, compressão local, bolsas de dor no tratamento com dexametasona
de gelo e drenos cirúrgicos têm sido no período de 2 horas. Quanto ao edema e
descritos na literatura como terapias para limitação de abertura bucal, não houve
prevenir ou minimizar a dor, edema e diferenças estatísticas entre as drogas
trismo resultante da cirurgia de dentes testadas. A avaliação da concentração de
impactados. O objetivo deste trabalho foi PGE2 revelou que não houve diferenças
comparar a influência de dois regimes significantes entre os dois grupos em
farmacológicos, sendo um esteroidal e nenhum dos períodos avaliados e que, para
outro não esteroidal, sobre sinais e o tratamento com nimesulida houve um
sintomas inflamatórios como dor, edema, aumento significativo no sétimo dia,
limitação de abertura bucal e concentração comparativamente ao terceiro dia, mas
de PGE2 salivar, induzidos pela exodontia sem implicações clínicas. Condições como
de terceiros molares inclusos. O estudo foi dor, edema e trismo são passíveis de
um ensaio clínico randomizado, duplo- ocorrer nestes procedimentos cirúrgicos e,
cego e boca dividida, no qual, mediante embora já esperados, geram relativo
sorteio prévio, foi administrado 4 mg de desconforto ao paciente, podendo afetar
dexametasona, via oral, 1 hora antes da sua rotina e qualidade de vida. Baseado na
cirurgia e a cada 24 horas, por 3 dias metodologia aplicada, pode-se concluir
consecutivos e para o dente contralateral o que os medicamentos avaliados nas
voluntário recebeu 100 mg de nimesulida, respectivas posologias apresentaram

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efetividade similar no controle da dor,


edema e limitação de abertura bucal após
exodontia de terceiros molares
mandibulares.

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2089

PERFIL DOS CURSOS DE FORMAÇÃO EM


CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL NO BRASIL
Matheus Dantas Tertulino; Mariana Lima de Figueiredo; Luiz Carlos
Alves Junior; Victor Diniz Borborema dos Santos; Adriano Rocha
Germano

Introdução: Nos dias atuais, em todos os Discussão: Os cursos estão localizados,


países da América Latina, para se formar em sua maioria, no estado de São Paulo, o
em cirurgia buco-maxilo-facial é exigida a que pode ser justificado por ser o estado
graduação em odontologia, o que difere de com maior número de Instituições de
diversos países no mundo, que exigem a Odontologia no Brasil. Todos os cursos
formação em Medicina ou em ambas as possuem, em seu corpo docente,
áreas. Com referência a essa situação cirurgiões-dentistas formados, o que está
buscou-se, com o presente trabalho, traçar em consonância com a resolução nº 2 da
o perfil do modelo de formação do cirurgião CNRMS. Todos os cursos pesquisados
buco-maxilo-facial no Brasil. possuem como estrutura básica
Metodologia: Trata-se de um estudo componentes curriculares em Cirurgia
preliminar, transversal, de caráter Ortognática, Cirurgia Oral Menor e
qualitativo/descritivo, tendo como Traumatologia, semelhantes ao que ocorre
universo do estudo 82 cursos de pós- em outros programas ao redor do mundo. A
graduação Lato sensu em Cirurgia e quantidade de uma a quatro vagas
Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais oferecidas para ingresso anual é
registrados no Conselho Federal de semelhante a algumas Universidades nos
Odontologia. A coleta dos dados foi Estados Unidos. A carga horária semanal de
realizada via e-mail, enviando-se às 60 horas regulamentada pela Portaria
coordenações dos cursos um questionário Interministerial MEC/MS 1.077/2009 é
contendo 13 itens. Os dados obtidos foram seguida por sete, enquanto dois estão
inseridos em uma planilha no Microsoft abaixo da regulamentação.
Office Excel e feita uma análise descritiva. Conclusão: A maioria dos
Resultados: Dezenove coordenadores programas/cursos são gratuitos e ofertam
retornaram o contato, cujos cursos, em bolsas de estudos. Em detrimento do
número de sete (07), não oferecem mais o reduzido número de cursos que aderiram à
curso e dois recusaram a participação. Dos pesquisa, faz-se ainda necessário a
10 cursos participantes, 09 eram realização de mais estudos para que se
residências e 01, curso de especialização. consiga definir um panorama mais
Alguns desses cursos oferecem a prática de completo acerca do perfil desses cursos de
Implantodontia, Cirurgia de Fissurados e formação.
Craniosinostose, conteúdos não tão
comuns na rotina de diversos cursos.

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2169

SCAFFOLDS A PARTIR DE POLÍMERO DE


MAMONA (Ricinus communis) PARA USO
EM CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL:
PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
Joyce Samandra Silva Moura; Isnayra Kerolaynne Carneiro
Pacheco; Fernando da Silva Reis; José Milton Elias de Matos; Ana
Cristina Vasconcelos Fialho

Introdução: As desvantagens da monoglicerídeo, deslocou-se para 1678 cm-


utilização de enxerto com osso autógeno 1
, no espectro do polímero após a produção.
na regeneração de defeitos ósseos críticos Com o MEV, foram observados diâmetros
têm sido supridas pela utilização de de 63 µm a 283,3 µm no scaffold. Ficou
materiais substitutos do tecido ósseo. evidente, ao teste de porosidade, que 50%
Neste sentido, a poliuretana derivada do do volume do polímero é formado por
óleo de mamona tem se destacado no poros.
auxílio à eoformação óssea, por estar Discussão: A possibilidade de ser
disponível no âmbito nacional e pelo baixo produzido com formulações diferentes
custo. O objetivo desta pesquisa foi torna viável a obtenção de características
produzir e caracterizar scaffolds, a partir do do polímero de mamona para utilização
polímero de mamona, para serem como scaffold. A espectroscopia de
utilizados em cirurgias bucomaxilofaciais. infravermelho confirmou a produção do
Métodos: Os scaffolds foram produzidos a polímero. É importante que os poros do
partir do polímero de óleo de mamona e scaffold não sejam muito pequenos, para
caracterizados com espectroscopia na permitir a permeabilidade celular, nem
região do infravermelho por transformada muito grandes, para que a área específica
de Fourier (FTIR). Também foram feitas não seja limitada. Apesar de não haver
imagens em Microscópio Eletrônico de consenso na literatura a respeito do
Varredura (MEV) a fim de observar o tamanho de poro e porcentagem de
tamanho e a interligação dos poros do porosidade ideais, achados semelhantes
polímero, que foram analisados utilizando (Freyman, 2001; Serra, 2015) corroboram
o software de análise de imagem ImageJ. A com o resultado encontrado.
porcentagem de porosidade do material foi Conclusão: A partir da produção de
avaliada por meio do teste de polímero derivado do óleo de mamona, foi
deslocamento de líquido. possível obter um scaffold com
Resultados: No FTIR, a banda de C=O, características de porosidade satisfatórias.
antes presente em 1746cm-1 no espectro do

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FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA BUCAL

Referências:
Freyman TM, Yannas IV, Gibson LJ. Cellular materials as porous scaffolds for tissue engineering, Prog.
Mater. Sci. 46 (2001) 273–282.
Serra IR, Fradique R, Vallejo MCS, Correia TR, Miguel SP, Correia IJ. Production and characterization
of chitosan/gelatin/β -TCP scaffolds for improved bone tissue regeneration. Materials Science and
Engineering C 55 (2015) 592 –604.

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2369

AVALIAÇÃO DAS INDICAÇÕES DE REMOÇÃO


DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES INCLUSOS
PELOS CIRURGIÕES BUCO MAXILO FACIAIS:
ESTUDO TRANSVERSAL
Caio Cesar Gonçalves Silva; Thaisa Reis de Carvalho Sampaio;
Tainá Silva de Arruda; Victor Hugo Rafael Ferreira; Suzana Célia
Carneiro

Na prática diária, o terceiro molar Trata-se de um estudo observacional do


impactado é uma ocorrência frequente e tipo transversal onde profissionais da área
pode estar relacionado com cistos, CTBMF e inscritos no 23º COBRAC
tumores, pericoronarite, entre outras avaliaram radiografias panorâmicas dos
patologias. Com isso, a extração é o maxilares com diferentes tipos de
tratamento adequado na maioria dos casos. inclusões dentárias e relataram a
Entretanto, o procedimento cirúrgico não motivação para realização ou não da
está livre de complicações como dor, cirurgia. Os participantes foram divididos
edema, sangramento, lesões nervosas, em grupos de acordo com seu nível de
infecção, trismo, alveolite e disfunções formação. Não houve diferença estatística
temporo-mandibulares. A remoção de significativa entre os grupos com menor
terceiros molares inclusos assintomáticos tempo de experiência em comparação com
tem sido objeto de considerável os cirurgiões mais experientes na
controvérsia. Alguns autores defendem a recomendação de exodontias de terceiros
remoção como benéfica para os pacientes molares inferiores assintomáticos. A
por prevenir o risco de patologia futura. tomada de decisão quanto à remoção
Por outro lado, a remoção do terceiro molar cirúrgica de terceiro molar inferior
pode resultar em vários tipos de assintomático independe do nível de
morbidade. Diante disso, o objetivo deste formação e não é influenciado pelo número
trabalho é verificar a indicação da remoção de anos de experiência.
de terceiros molares inferiores por parte
dos Cirurgiões Buco Maxilo Faciais após
avaliarem imagens radiográficas.

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2371

A SEDAÇÃO CONSCIENTE MÍNIMA PROLONGA


A ANALGESIA PREEMPTIVA DO IBUPROFENO
ASSOCIADO À DEXAMETASONA EM
EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES
INFERIORES
Weckeslley Leonardo de Assis Ximenes; Janayna Gomes Paiva-
Oliveira; Paulo Roberto Haidamus Oliveira Bastos; Milena Fernandes
Corrêa; Luiz Augusto de Souza

Introdução: A ansiedade impacta Resultados: Não foi observado influência


negativamente na percepção da dor após da ansiedade pré-operatória e da sedação
exodontias de terceiros molares retidos. intra-operatória sobre a Escala Visual
Com o objetivo de avaliar a influência da Analógica. No tratamento 1A, houve
sedação consciente mínima sobre a diminuição da dor pós-operatória nas 6, 8 e
analgesia preemptiva e dor pós-operatória, 12 horas (p=0,041; 2-way ANOVA), além
este ensaio clínico split-mouth, duplo- disso, tivemos uma média de 7,6 h para a
cego, randomizado, cruzado e pareado, medicação analgésica de escape (p=0,045;
comparou o midazolam nas dosagens de Wilcoxon) comparado a 5,6 h do grupo 1B.
7,5 mg e 15 mg em dois grupos de No tratamento 2A, essa associação teve
indivíduos distintos. uma média de 9,5 h (p=0,016; Fischer)
Métodos: Participaram deste estudo 53 comparado a 6,3 h do grupo 2B. O consumo
indivíduos, ASA I, divididos em dois total de analgésicos foi menor no
grupos, midazolam 7,5 mg (Grupo 1) e tratamento 2A quando comparado ao 2B
midazolam 15 mg (Grupo 2), administrados (p=0,006; Fischer).
45 min, via oral, antes da intervenção. Os Conclusão: A sedação consciente mínima
grupos 1 e 2 receberam dois tipos de com midazolam 15 mg mostrou ter maior
tratamentos: Ibuprofeno 600 mg + influência sobre a associação sinérgica de
Dexametasona 8 mg (1A/2A) e Ibuprofeno corticoide e AINES utilizados de forma
600 mg + placebo (1B/2B), por via oral, 1 preemptiva, sendo uma ótima alternativa
hora antes do procedimento. para prevenção da dor pós-operatória
principalmente nas primeiras 24 horas
após o procedimento cirúrgico.

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248
FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA DA ATM

196

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE
MINIPLACA PARA APLICAÇÃO EM
CIRURGIA MAXILOFACIAL
Carlos Henrique Silveira de Castro; Sinara Borborema Gabriel; Líliam
Carmo de Castro

Introdução: A colocação de miniplacas para a comprovação de suas características


de Ti-cp em “L” em tratamento de luxação semelhantes. Foi utilizado o teste de tração
da articulação temporômandibular (ATM) para comparar este protótipo com a
com o intuito de evitar a hipermobilidade miniplaca comercializada em busca de qual
da ATM, possui a vantagem de ser um amostra apresentaria a maior curva
método reversível e menos invasivo, porém tensão/deformação a qual iria demonstrar
a desvantagem é que pode ocorrer a fratura qual seria mais resistente.
da miniplaca. Discussão e conclusão: De acordo com
Objetivo: O objetivo deste trabalho é o teste de tração pode-se confirmar que a
desenvolver uma miniplaca de Ti-cp em diferença de 0,5 mm de aumento na
“L” para aplicação em cirurgia de espessura da placa confeccionada
tratamento de luxação recidivante da comparada à comercial gerou uma
maxila comparando esta com uma diferença de 49,74MPa e gera um aumento
miniplaca comercializada amplamente. de 17,67% de aumento entre elas,
Metodos e resultados: Foram utilizados caracterizando uma melhora considerável
métodos de microscopia óptica, com pequena modificação na
microscopia eletrônica de varredura, macroestrutura da miniplaca.
microdureza vickers e difração de raio-X
Referências:
AGHELI, H. Nanostructure biointerfaces. materials science and engineering. v. 26, p. 911-917, 2006. 2.
ÁLVARO B. CARDOSO, BELMIRO C. E. VASCONCELOS, DAVID M. DE OLIVEIRA Estudo comparativo
da eminectomia e do uso de miniplaca na eminência articular para tratamento da luxação recidivante
da articulação temporomandibular rev bras otorrinolaringol. v.71, n.1, 32-7, jan./fev. 2005 3. AZENHA,
M. R.; SAAB, M.; MARZOLA,C.. Tratamento cirúrgico do deslocamento crônico da mandíbula rfo, v. 15,
n. 1, p. 20-24, janeiro/abril 2010 4.BRAGA, F. J. C. Modificação de superfície empregando-se laser e
recobrimento de implantes dentários de titânio com apatitas. araraquara. 2007. 158p. doutorado em
química. unesp, brasil. 5. BOVE SRK, GUIMARÃES AS, SMITH RL. Caracterização dos pacientes de um
ambulatório de disfunção temporomandibular e dor orofacial rev latino-am enfermagem 2005
setembro-outubro; 13(5):686-91 6. CARDOSO, A. B.; VASCONCELOS, B. C. E.; OLIVEIRA, D. M. BESSA-
NOGUEIRA RV.. Tratamento cirúrgico da luxação recidivante da articulação temporomandibular
pelaeminectomia: relato de caso. rev. fac. odont. univ. passo fundo 2005; 10(1): 106-10.

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FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA DA ATM

1942

EFEITOS DA LASERTERAPIA NO COMPORTAMENTO


NOCICEPTIVO E NA ATIVIDADE NEURONAL DO
NÚCLEO TRIGEMINAL APÓS LESÃO UNILATERAL NO
DISCO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
EM RATOS
Alex de Freitas Rodrigues; Daniel de Oliveira Martins; Marucia
Chacur; João Gualberto de Cerqueira Luz

Introdução: Dor é uma experiência Materiais e métodos: Foram utilizados


sensorial desagradável, associada à real ou 40 ratos. Foi realizado acesso cirúrgico na
potencial lesão tecidual, ou descrito em ATM sob anestesia geral. Os animais foram
termos de tal lesão. (IASP, 1986).). A dor divididos em 4 grupos (n=10): Grupo 1:
constitui o principal motivo de procura por Lesão cirúrgica do disco articular e LLLT;
tratamento médico/odontológico. Cerca de Grupo 2: Sham - operado e LLLT; Grupo 3:
15 a 30% da população dos países Lesão cirúrgica do disco articular; Grupo 4,
industrializados sofre algum tipo de dor, o Naive: controle sem lesão articular ou
que gera problemas de ordem pessoal, LLLT. Foram realizadas 10 sessoes de LLLT
social e econômico em geral (Aghabeigi, com laser de GaAs com comprimento de
1992). Particularmente, a dor orofacial onda de 904 nm e densidade de energia
destaca-se das outras dores somáticas 6J/cm2.O desenvolvimento de sintomas
devido à sua grande intensidade e neuropáticos foi avaliado pelo teste de Von
frequente ocorrência, o que impede muitas Frey. As amostras do gânglio trigêmeo
vezes que um indivíduo mantenha suas foram preparadas para determinação da
atividades normais (Sarlani; Greenspan, expressão proteica da substancia P (SP), do
2005). receptor de potencial transiente vaniloide
Objetivo: A proposta deste trabalho foi do subptipo-1 (TRPV-1) e do peptídeo
analisar os efeitos da laserterapia de baixa relacionado ao gene da calcitonina (CGRP).
potência(LLLT) no comportamento Análise estatística foi realizada (p).
nociceptivo e na atividade neuronal do
núcleo trigeminal após lesão unilateral do
disco da articulação temporomandibular
(ATM) em ratos.

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FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA DA ATM

2091

DISCOPEXIA DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR COM MINI
ÂNCORAS: RESULTADOS OBJETIVOS E
SUBJETIVOS EM LONGO PRAZO
Anderson Maia Meneses; Lécio Pitombeira Pinto; Felipe Gomes
Xavier; Jeferson Martins Pereira Lucena Franco; Eliardo Silveira
Santos

Introdução: Nas desordens intra- numericamente escalonada, de modo que


articulares da articulação “zero” consistia na ausência de dor ou de
temporomandibular (ATM) os incapacidade e “dez” foi considerada dor e
deslocamentos discais sem redução incapacidade de maior intensidade
desencadeiam normalmente limitação de possível. Os dados foram tabulados e
abertura bucal e sintomatologia dolorosa transferidos para o programa GraphPad
de intensidade progressiva, sendo, em Prism 6 para serem submetidos a análises
alguns casos, a cirurgia a única modalidade estatísticas entre os grupos, utilizando
de tratamento. Two-way (ANOVA), seguido de Tukey e de
O objetivo desse estudo foi fazer uma Bonferroni.
avaliação observacional, prospectiva, Os resultados demostraram que em relação
longitudinal e comparativa quanto a dor e a dor na região de ATM, os pacientes
função nos tratamentos cirúrgicos da tiveram uma média de 7,58 ± 1,67 no pré
luxação do disco articular da ATM com a operatório e 2,33 ± 2,34 no pós operatório.
utilização de mini âncoras. Como No que concerne a dor em musculatura
instrumento de análise, foi aplicada escala associada ou cefaleia observou-se uma
visual analógica (EVA) para coleta de dados média de 6,25 ± 2,59 antes da cirurgia e
subjetivos e a medição direta da abertura 1,08 ± 2,31 após a cirurgia, além de 5,41 ±
bucal e lateralidade para coleta dos dados 3,02 contra 1,66 ± 2,77 no quesito dor ao
paramétricos. Para este estudo foram falar, cantar ou bocejar. No tocante a dor ao
entrevistados e avaliados 13 pacientes ao mastigar, se obteve 6,91 ± 2,42 versus 2,83
longo dos períodos pré e pós-operatórios e ± 2,58. Por fim em incapacidade na rotina
com acompanhamento pós-cirúrgico de diária os pacientes apresentavam 6,60 ±
um ano. Foram avaliadas questões como 2,26 e 1,41 ± 1,97 no pré e pós operatório
dor na ATM, dor em musculaturas respectivamente. Quando submetido ao
associadas ou cefaleia, dificuldade para teste estatístico de Análise de Variância
falar, bocejar, cantar e mastigar, além da (Anova) foi encontrada significância
incapacidade na rotina diária, sendo

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FÓRUM CIENTÍFICO

CIRURGIA DA ATM

estatística (p=0,001) para todos os Dessa forma, conclui-se que a discopexia


quesitos. com uso de mini ancoras é uma excelente
opção terapêutica.
Referências:
WOLFORD, Larry M.; PITTA, Marcos C.; MEHRA, Pushkar. Mitek anchors for treatment of chronic
mandibular dislocation. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod., v. 92, p. 495-498, 2001.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

180

INFLUÊNCIA DA ELETROACUPUNTURA E LASER-


ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE PARESTESIA
EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA
ORTOGNÁTICA COMBINADA E MENTOPLASTIA
Renata Ferreira de Oliveira; Ricardo Saraiva Goldman; Fausto
Medeiros Mendes; Patrícia Moreira de Freitas

Introdução: A deficiência neurosensorial Grupo 2, além da medicação, a irradiação


é uma anormalidade, transitória ou não, com laser de baixa potência (780 nm) foi
caracterizada por distúrbio sensitivo, realizada nos mesmos pontos de
característico das cirurgias ortognáticas acupuntura (área do spot de 0,04 cm2, 70
(Ladalardo et al., 2001; Colella et al., 2007; mW, 6 s/por ponto, 0,42 J/ponto,
Thygesen et al., 2008; Ow, Cheung; 2009). 2x/semana). Todos os voluntários foram
Objetivo: Observar a influência da avaliados antes da cirurgia ortognática e
eletroacupuntura (EA) e laser em pontos de foram avaliados e tratados a partir do
acupuntura (LA) no retorno da sétimo dia pós-operatório. Testes
sensibilidade tátil e dolorosa após cirurgia sensoriais realizados: teste do pincel
ortognática combinada e mentoplastia. (pincéis nº 2 e nº 12), teste de
discriminação de dois pontos (fibras táteis)
Métodos: 30 voluntários com indicação
e o teste elétrico pulpar (fibras de dor).
para cirurgia ortognática foram divididos
Foram realizados os testes de Kaplan-
aleatoriamente em Grupo 0 (controle) -
Meier, teste de logrank e análises de
medicação + laser placebo nos pontos de
regressão de Cox com fragilidade
acupuntura; Grupo 1 - medicação +
compartilhada.
eletroacupuntura; Grupo 2 - medicação +
laser-acupuntura. Para cada tratamento Resultados: Apenas para o teste tátil do
experimental realizado em uma hemiface, pincel nº12 o grupo de EA obteve resultado
foi feito o tratamento controle na outra estatisticamente diferente dos demais
hemiface (n=15). O Grupo 0 consistiu no grupos nas regiões de lábio inferior
uso de medicações prescritas após a (p=0,024) e mento (p=0,028). Discussão: A
cirurgia. No Grupo 1, foram colocadas técnica de EA revelou uma tendência de
agulhas de acupuntura nos pontos dicang, retorno da sensibilidade tátil ao pincel nº
jiachengjiang, chengjiang, daying, jiache e 12 em mento e lábio inferior mais
ponto A1 e conectados eletrodos nas rapidamente quando comparados com os
agulhas com estimulação nervosa elétrica demais grupos (LA e controle), justificada
transcutânea (período de 220 ms, por diversos estudos (Han 2003; Leung et
frequência 4 Hz, 30 min, 2x/semana). No al., 2005; Wang et al., 2007; Chen et al.,

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2007; Manni et al., 2010; Manni et al.,


2011).
Conclusão: Apenas a EA foi capaz de
influenciar positivamente no retorno da
sensibilidade tátil em mento e lábio
inferior.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1756

AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DOS EFEITOS DA


FOTOTERAPIA COM LASER DE BAIXA POTÊNCIA
NOS MOVIMENTOS MANDIBULARES, DOR E
EDEMA APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Lilian Victoria Pérez Espínola; Ricardo Pimenta Davila; Alessandro
Costa da Silva; Rubens Camino Junior; João Gualberto de
Cerqueira Luz

A cirurgia ortognática é o procedimento laser (n=15) e grupo controle (n=15) de


cirúrgico que visa a correção das modo aleatório. O grupo laser recebeu
deformidades dentofaciais esqueléticas e laserterapia pós-operatória por 19 sessões.
pode levar a diminuição dos movimentos O grupo controle recebeu placebo de
mandibulares, dor e edema. Uma laserterapia. Os grupos foram comparados
possibilidade de tratamento para essas quanto aos movimentos mandibulares –
consequências é a fototerapia com laser de abertura máxima, lateralidade e protrusão
baixa potência. O objetivo deste estudo foi máxima, dor – escala visual analógica,
realizar uma avaliação longitudinal dos edema – medidas entre pontos
movimentos mandibulares, dor e edema cefalométricos, em um período de 60 dias
em pacientes submetidos à cirurgia após a cirurgia. Foram aplicados testes
ortognática bimaxilar, após fototerapia estatísticos para comparação entre os
com laser de baixa potência (LLLT). Foram grupos (p).
avaliados 30 pacientes, divididos em grupo
Referências:
Yang et at. The evaluation of jaw function subsequente to bilateral sagital Split osteotomy. Oral Surg
Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2005;100:10-6.
Gasperini G, Siqueira ICR, Costa LR. Lower-level laser therapy improves neurosensory disorders
resulting from bilareal mandibular sagital split osteotomy: A randomized crossover clinical trial. J
Cranio-Maxillofac Surg. 2014;42:e130-e133.
Gasperini G, Siqueira ICR, Costa LR. Does lowel-level laser therapy decrease swelling and pain resulting
from orthognathic surgery? Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2014;43:868-873.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1807

COMPARAÇÃO DA MORFOMETRIA DA BASE DE


CRÂNIO DE INDIVÍDUOS COM FISSURA
LABIOPALATAL E INDIVÍDUOS COM OU SEM
DISCREPÂNCIA MAXILO-MANDIBULAR
Kaline de Moura Silva; Ana Paula de Lima; Bruno Coelho Mendes;
Alexandre Meireles Borba; Maria da Graça Naclério Homem

Introdução: A morfologia da face é Metodologia: Foi analisado as variações


determinada pela formação do complexo da morfometria de base do crânio entre três
craniofacial e influenciada pela dimensão grupos de indivíduos. Um grupo com
da fossa craniana média, sendo um deformidade dentofacial sem associação
importante fator no relacionamento com fissura labiopalatal (DFSF), outro com
anteroposterior com maxila e a mandíbula. fissura labiopalatal (FS), e terceiro
O diagnóstico incorreto desta, pode composto por pacientes sem fissura e sem
interferir no planejamento do tratamento deformidade (CTRL-Controle). Todos
ortodôntico e cirúrgico influenciando na foram elencados por meio de registros em
estética e estabilidade dos resultados, prontuários e imagens de tomografias
principalmente no que tange a pacientes computadorizadas para posterior
portadores de fissuras labiopalatais. realização da identificação dos pontos
cefalométricos basio (Ba), sela (S) e nasio
(N), no software Dolphin Imaging 11.95
premium a fim de obter a distância entre os
pontos Ba-S (DBaS), S-N (DSN) bem como
o ângulo formado entre os pontos Ba-S-N
(AnGBaSN). As variáveis cefalométricas em
questão foram avaliadas considerando (p).

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1819

A INFLUÊNCIA DA TERCEIRA DIMENSÃO NAS


ANÁLISES CEFALOMÉTRICAS: COMPARAÇÃO
ENTRE AVALIAÇÕES 2D E 3D
Kaline de Moura Silva; Ana Paula de Lima; Rafaela Costa Freire;
Maria da Graça Naclério Homem; Alexandre Meireles Borba

Introdução: O planejamento virtual para cirurgia


ortognática fornece informações anatômicas
precisas e que possibilitam o melhor posicionamento
dos segmentos maxilares e mandibulares. A análise
cefalométrica 2D evoluiu para a cefalometria 3D pela
adição da terceira dimensão, sendo uma das
vantagens a maior precisão na análise cefalométrica.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação
entre mensurações cefalométricas 2D e 3D.

Metodologia: Por meio de cefalometria nos


módulos cirúrgico 2D e 3D do software Dolphin
Imaging versão 11.95 premium, foi realizada
comparação dos achados cefalométricos de 10
indivíduos, utilizando-se tanto a tomografia
computadorizada como também a conversão desta
em telerradiografia lateral, mantendo-se a mesma
orientação do crânio. Os achados cefalométricos
(mensurações em ângulos ou distâncias) comuns às
duas análises foram avaliados estatisticamente
(Teste t pareado, considerando p).

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1886

ORIENTAÇÃO DE CRÂNIO EM
PLANEJAMENTO VIRTUAL:
PROPOSTA DE TÉCNICA
Rafaela Costa Freire; Adriano Lima Garcia; Thiago Iafelice Santos;
Maria da Graça Naclério Homem; Alexandre Meireles Borba

Introdução: O planejamento virtual é, como referência o ponto násio. Ao ajuste


atualmente, uma realidade quando se do roll, localizou-se as órbitas na altura dos
propõe o planejamento de cirurgias forames infra-orbitários e então a
ortognáticas. Tendo a orientação do crânio orientação do pitch foi dada pelo plano de
como passo indispensável à reprodução do Frankfurt no lado direito. Os dados foram
posicionamento da cabeça, diversas avaliados para interpretação da avaliação
modalidades técnicas foram desenvolvidas intra e inter-observador, considerando
para este fim. No entanto, tais técnicas p<0,05.
requerem dispêndio financeiro e Resultados: Não houve diferença
tecnológico com limitações à estatisticamente significante à avaliação
reprodutibilidade, sendo desejáveis intra-observador, seja considerando pitch,
técnicas mais simples e de fácil roll e yaw ou por característica de simetria.
reprodução. Na avaliação inter-observador, o ajuste do
Métodos: O presente estudo foi Pitch demonstrou desvio padrão menor
desenvolvido a partir do emprego de que 0,5 em seis casos, entre 0,5 e 1 em três
tomografias pré-operatórias digitalizadas, casos e acima de 1 em um caso; o ajuste do
considerando pontos anatômicos como Roll evidenciou desvio padrão menor que
referência para a orientação do crânio, 0,5 em três casos, entre 0,5 e 1 em sete
através do software Dolphing Imaging 11.95 casos; já o ajuste do Yaw apresentou desvio
premium. Foram selecionadas 8 padrão menor que 0,5 em cinco casos, entre
tomografias, das quais 4 eram de 0,5 e 1 em três casos e acima de 1 em dois
indivíduos assimétricos e 4 de simétricos. casos. Não houve diferença entre casos
Para avaliação intra-observador, duas simétricos e assimétricos.
tomografias foram repetidas (sem ciência Discussão: Na literatura, diversas formas
dos observadores), totalizando 10 de obtenção da orientação do crânio são
tomografias a serem analisadas por seis encontradas, e considera-se que variações
avaliadores. A técnica de orientação de até mesmo 2 graus são significantes no
consistiu na centralização do ponto básio, planejamento cirúrgico. Neste estudo, as
seguido da correção do yaw utilizando variações média de pitch, roll e yaw (1,83

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1,24 1,66, respectivamente), ficaram


abaixo de 2 graus e não foram constatadas
variações significativas nos resultados
obtidos por cada avaliador.
Conclusões: O método proposto de
orientação obteve resultados satisfatórios
e reprodutíveis, considerando a análise dos
observados.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

1898

ANÁLISE DE DESLOCAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE


FORÇAS EM EXPANSÃO RÁPIDA DE MAXILA
ASSISTIDA CIRURGICAMENTE COM USO DE
APARELHO OSSEOSSUPORTADO MODIFICADO
Flávio Tomazi; Ricardo Augusto Conci; Cláiton Heitz

Introdução: A expansão rápida de mxila Resultados: A maior concentração de


assistida cirurgicamente (ERMAC) é um forças aplicadas foi encontrada na região
método usado para correção transversa da de contato entre a placa de suporte e o
maxila em indivíduos que já cessaram o osso, e também na parte mais superior do
crescimento, ou em pacientes que não palato duro. Foi observado também uma
atingiram sucesso com tratamentos maior abertura na região anterior, em
convencionais anteriores. comparação com a região posterior,
Existem diversos dispositivos associados à promovendo um padrão de abertura em
ERMAC. Dispositivos osseossuportados "V".
são descritos, entretanto, seu alto custo Conclusões: Concluímos que o aparelho
geralmente dificulta seu uso. Por esse osseossuportado modificado transmite
motivo, nós usamos nesse estudo um forças muito eficientemente ao osso e
dispositivo osseossuportado modificado, promov um padrão de abertura em forma
que apresenta um valor muito inferior que de "V" às maxilas.
os demais.
Métodos: Estruturas geométricas da
maxila, crânio e do dispositivo
osseossuportado foram construidas, A
maxila foi separada do crânio através de
uma osteotomia Le Fort I e a sutura
intermaxilar separada através de uma
osteotomia sagital. Foi promovida uma
ativação de 1mm no aparelho e os dados
foram analizados através de gráficos.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2083

EFEITO DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA NA


AMPLITUDE DO ESPAÇO AÉREO NASO E
OROFARÍNGEO
Adriano Lima Garcia; Kaline de Moura Silva; Everton José da Silva;
Andre Luis Fernandes da Silva; Alexandre Meireles Borba

Introdução: A cirurgia ortognática se Resultados: A amostra foi composta de


destaca como principal alternativa à 15 indivíduos (10 mulheres, 5 homens), em
correção das discrepâncias maxilo- sua maioria com desoclusão classe III de
mandibulares, com repercussões Angle. A análise dos dados comparando-se
funcionais e estéticas, dentre as quais se T0 e T1 para orofaringe revelou diferenças
destaca a influência geralmente positiva significativas de volume (p=0,0414), no
em volume de via aérea em região de naso entanto a área axial mínima não
e orofaringe. O objetivo deste trabalho foi demonstrou alteração estatisticamente
avaliar o efeito da cirurgia ortognática no significante (p=0,0675). Para a nasofaringe,
volume total e na área de menor corte os dados analisados revelaram que o
transversal do espaço aéreo naso e volume (p=0,2798) e a área axial mínima
orofaríngeo. (p=0,2566) não demonstraram alterações
Métodos: Assim, o presente estudo estatisticamente significantes.
retrospectivo longitudinal observacional Discussão: Diversos autores concordam
foi determinado pela avaliação de que o avanço do complexo maxilo-
tomografias computadorizadas pré- mandibular com ou sem rotação do plano
operatórias (T0) e pós-operatórias de até oclusal aumentam o espaço orofaríngeo,
30 dias (T1) de pacientes submetidos a porém os resultados aqui apresentados,
cirurgia ortognática bimaxilar por meio do quando analisados coletivamente, não
software Dolphing Imaging 11.95 Premium, demonstram tais repercussões. Deve-se
após a sobreposição das imagens T0 e T1 salientar o papel do tipo de deformidade e
tendo como referência a base do crânio, dos movimentos realizados no efeito geral
procedeu-se pela mensuração do volume dos dados.
da via aérea na região de nasofaringe e da Conclusão: O aumento do espaço aéreo
orofaringe bem como pela determinação da orofaríngeo em área e volume totais após
área de menor corte transversal no volume as cirurgias ortognáticas bimaxilares
analisado em ambas as regiões. Os dados corrobora os achados da literatura, com
foram analisados categoricamente e possível repercussão funcional. Pesquisas
numericamente, com nível de significância futuras para compreensão das variáveis de
estatística de 5%.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

influência para área axial mínima são


desejáveis.

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262
FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2116

ESPAÇO AÉREO SUPERIOR DE PACIENTES COM


CIRURGIA DE AVANÇO MAXILO-MANDIBULAR:
QUAL A ESTABILIDADE DO GANHO APÓS 5
ANOS?
Phelype Maia Araujo

Os avanços maxilo-mandibulares obtidos A partir disso, foram realizadas avaliações


na cirurgia ortognática promovem um da quantificação da área total, do volume
aumento no espaço aéreo, sendo uma total e da área de maior constricção das
opção terapêutica aceita para pacientes vias aéreas nos três níveis: nasofaringe,
que apresentam deformidades dento- orofaringe e hipofaringe e comparados
esqueléticas, proporcionando um entre elas.
resultado estético e funcional. O objetivo Conclusão: Concluimos que o avanço
deste trabalho foi comparar as alterações maxilo-mandibular é uma técnica cirúrgica
relativas em três regiões especificas das que proporciona um ganho de área total,
vias aéreas - nasofaringe, orofaringe e volume total e de área mais constricta de
hipofaringe - em relação à área total, ao vias aéreas superiores posteriores nos
volume e à área mais consctrita após períodos pós-operatório imediato, tardio
cirurgia de avanço maxilo-mandibular, por de 1 ano e tardio de 5 anos, havendo, no
meio de tomografia computadorizada entanto, uma perda parcial em períodos
Feixe Cônico (TCFC), em um período de até tardios.
5 anos. Material e Métodos: Um estudo
retrospectivo no qual foram avaliadas
quatro tomografias de cada paciente de
uma amostra total de 30 pacientes
(mulheres e homens) com deficiência
maxilo-mandibular que haviam sido
submetidos à cirurgia ortognática com
avanço bimaxilar, acompanhados em um
período pós-operatório mínimo de cinco
anos, que apresentassem TCFC em quatro
períodos: pré-operatório (T0), pós-
operatório imediato de até trinta dias após
a cirurgia (T1), pós-operatório tardio, 1 ano
após a cirurgia (T2) e pós-operatório tardio
de 5 anos após a cirurgia (T3).

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2131

INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO DO PLANO OCLUSAL,


MAGNITUDE DO MOVIMENTO E TIPO DE
OSTEOSSÍNTESE NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DA
FIXAÇÃO NA OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO
MANDIBULAR: ESTUDO IN VITRO
Hugo José Correia Lopes; Luiz Carlos Moreira Junior; Victor Diniz
Borborema dos Santos; Gleysson Matias de Assis; Adriano Rocha
Germano

Introdução: A osteotomia sagital do oclusal/1 placa e 4 parafusos(G6); avanço


ramo mandibular (OSRM) é amplamente de 12 mm, associado ao giro anti-horário
utilizada para tratar deformidades. do plano oclusal/2 placas e 8
Diferentes métodos de fixação têm sido parafusos(G7). As hemimandíbulas foram
relatados na literatura. Entretanto não submetidas a uma carga compressiva
existe um consenso sobre o melhor método vertical na região de primeiro molar e a
de fixação da osteotomia sagital do ramo força aplicada foi registrada nos
mandibular. O objetivo deste trabalho foi deslocamentos de 1mm, 5 mm e 10 mm,
avaliar, através de um ensaio biomecânico, bem como também a força máxima. Os
a resistência da fixação na osteotomia testes estatísticos utilizados foram o
sagital do ramo mandibular (OSRM) em Kruskal-Wallis e o de Mann-Whitney.
dois tipos de avanços (6 e 12 mm), Resultados: segundo o teste de Kruskal-
associados ou não a rotação do plano Wallis houveram diferenças entre os
oclusal, utilizando placas e parafusos do grupos. O teste de Mann-Whitney foi
sistema 2.0 mm. utilizado de forma individualizada a cada
Metodos: Foram utilizadas dois grupos. Todos os grupos foram
hemimandíbulas de poliuretano, com comparados inicialmente com o grupo
OSRM padronizadas, divididos em 7 controle (G1-teste 1). O grupo G3(fixação
grupos: Avanço linear de 6 mm (G1); com 2 placas), nos deslocamentos 1 e 5mm
avanço linear de 12 mm (G2); 1 placa e 4 apresentou valores de força maiores. Nos
parafusos (G1 E G2); avanço linear de 12 deslocamentos de 1 e 5mm o G7 foi mais
mm /2 placas e 8 parafusos(G3); avanço de resistente, com diferença estatística
12 mm, associado a rotação horária do significativa, quando comparado ao G1.
plano oclusal /1 placa e 4 parafusos(G4); Discussão: Ficou evidente que com o
avanço de 12 mm, associado a rotação aumento do avanço da mandíbula de 6 para
horário do plano oclusal/2 placas e 8 12 mm diminui-se consideravelmente a
parafusos(G5); avanço de 12 mm, resistência da fixação na OSRM.
associado ao giro anti-horário do plano

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264
FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

Conclusão: Ficou demonstrado que o


aumento da magnitude do avanço
mandibular diminuiu a resistência da
osteossíntese na OSRM quando se utilizou
um único dispositivo de fixação. A inserção
de uma placa adicional em grandes avanços
(G3, G5 e G7), aumentou
significativamente a resistência do método
de osteossíntese de uma maneira geral,
quando comparada aos demais grupos.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2148

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM 17


PACIENTES COM DEFORMIDADE
DENTOFACIAL SUBMETIDOS À CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: PROJETO PILOTO
Rafael Correia Cavalcante; Michelle Nascimento Meger; Aline
Sebastiani; Felipe Silvério; Rafaela Scariot de Moraes

Introdução: Deformidades dento-faciais Os dados obtidos foram catalogados e


são discrepâncias esqueléticas associadas a submetidos à análise estatística descritiva
má oclusão que afetam negativamente a e inferencial. Participaram 17 indivíduos
estética, a função oral, a personalidade e o com idade entre 17 e 46 anos, distribuídos
comportamento social, gerando em três grupos: Padrão I (n=5), Padrão II
desarmonia facial e afetando a saúde (n=5) e Padrão III (n=7), sendo 9 mulheres
relacionado com a qualidade de vida. e 8 homens. Para as comparações pré e pós
Metodologia: O objetivo deste estudo foi operatórias foi aplicado o teste T de
avaliar o efeito da cirurgia ortognática na Student, o OHIP e WHOQO-brief com raça,
qualidade de vida de pacientes portadores idade, sexo e tipo de deformidade
de deformidades dentofaciais que foram dentofacial (DDF) foi aplicado o teste
submetidos à cirurgia ortognática na ANOVA e para a correlação entre pré, pós
Universidade Positivo – UP e Universidade operatório e idade foi aplicado o teste de
Federal do Paraná - UFPR. Foram avaliados Pearson, considerando o nível de
os dados epidemiológicos: idade, raça, significância de 5%.
gênero, tipo da deformidade e aplicado Resultados: Houve diferença
questionário para avaliação da qualidade significativa (p).
de vida. Nesse estudo foi realizado a Conclusão: Concluímos que os pacientes
aplicação do questionário Oral Health submetidos à cirurgia ortognática obtém
Impact Profile (OHIP-14) e World Health melhora da qualidade de vida e quanto
Organazation (WHOQOL-brief) de maior a idade do paciente, pior é a
qualidade de vida em diferentes tempos qualidade de vida.
(T0 - uma semana antes da cirurgia
ortognática e T1 seis meses após cirurgia
ortognática).

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2243

AVANÇO BIMAXILAR, QUAL A ESTABILIDADE


DAS VIAS AÉREAS A LONGO PRAZO?
AVALIAÇÃO DE 5 ANOS
Nayana Oliveira Azevedo; Phelype Maia Araujo; Ricardo Franklin
Gondim; Abrahão Cavalcante Gomes de Souza Carvalho; Renato
Luiz Maia Nogueira

Introdução: Os avanços maxilo- 1,85cm2 (308,10%), de T0 a T2 de 1,32cm2


mandibulares obtidos na cirurgia (221,90%) e de T0 a T3 de 0,59cm2 (93,57%).
ortognática promovem um aumento no Na região da orofaringe, foi observado um
espaço aéreo, sendo uma opção terapêutica ganho de T0 a T1 de 0,88cm2 (147,87%), de
aceita para pacientes que apresentam T0 a T2 de 0,48cm2 (83,80%), de T0 a T3 de
deformidades dento-esqueléticas, 0,35cm2 (46,30%) e na região da
proporcionando um resultado estético e hipofaringe, foi observado um ganho de T0
funcional. O objetivo deste trabalho foi a T1 de 1,31cm2 (178,27%), de T0 a T2 de
comparar as alterações em três regiões 0,68cm2 (92,95%), de T0 a T3 de 0,36cm2
especificas das vias aéreas em relação à (50,63%).
área mais constricta após cirurgia de Discussão: Visto que as alterações
avanço maxilo-mandibular, por meio de ocorridas no fenômeno de obstrução das
tomografia computadorizada feixe cônico vias aéreas são manifestadas nos tecidos
(TCFC), em um período mínimo de 5 anos. moles e podem ser observadas em três
Métodos: Estudo retrospectivo, com diferentes níveis: posteriormente ao palato
amostra de 30 pacientes, ambos os sexos, mole, posteriormente à base da
submetidos a avanço bimaxilar, cujas língua/epiglote e na região hipofaríngea,
tomografias foram avaliadas nos quatro diferentemente de outros estudos que só
períodos: pré-operatório (T0), pós- avaliaram um ponto, este estudo avaliou
operatório imediato de até trinta dias após toda a área mais constricta nas três regiões:
a cirurgia (T1), pós-operatório tardio, 1 ano nasofaringe, orofaringe e hipofaringe, para
após a cirurgia (T2) e pós-operatório tardio obter-se um parâmetro de avaliação mais
de 5 anos após a cirurgia (T3). Então, foram confiável e uniforme.
realizadas avaliações da quantificação da Conclusão: Conclui-se que o avanço
área de maior constricção das vias aéreas maxilo-mandibular é uma técnica cirúrgica
nas três regiões, nasofaringe, orofaringe e que proporciona um ganho significativo na
hipofaringe, e comparados entre elas. área mais constricta de vias aéreas
Resultados: Mensurou-se o ganho de superiores posteriores nos períodos pós-
área mais constricta da via aérea por operatório imediato, tardio de 1 ano e
regiões. Nasofaringe de T0 a T1 foi de tardio de 5 anos, havendo, no entanto, uma

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

perda parcial em períodos tardios, mas que


não prejudica o benefício final
proporcionado pelo procedimento.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2386

ALTERAÇÕES NAS VIAS AÉREAS SUPERIORES ATRAVÉS


DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA
ORTOGNÁTICA DE AVANÇO BIMAXILAR
Jéssica de Fátima Segantin; Luis Fernando Azambuja Alcalde;
Paulo Esteves Pinto Faria; Letícia Liana Chihara; Eduardo Santana

Os softwares de avaliação em três Todos os testes foram realizados com o


dimensões revolucionaram os programa Statistica, adotando um nível de
planejamentos da cirurgia ortognática. significância de 5%. No estudo do erro do
Com eles é possível realizar simulações dos método, não houve erro casual nem
movimentos cirúrgicos, avaliação em sistemático entre a primeira e a segunda
volume e área das vias aéreas, o que não era aferição das variáveis (p > 0,05 em todas as
possível nas radiografias bidimensionais. medidas). A cirurgia de avanço bimaxilar
Muitos pacientes recorrem à cirurgia apresentou uma média de 70,46% (59,38)
ortognática com finalidade de melhorar a de aumento volumétrico e uma mediana de
oclusão e a estética. Dependendo da 61,27% de aumento na área axial mínima,
movimentação cirúrgica, o espaço aéreo onde a mesma variou de -22,50% à
pode aumentar ou diminuir. O presente 659,06%. Com este trabalho, conclui-se
trabalho tem como objetivo avaliar as que o avanço bimaxilar proporciona um
alterações de área e de volume do espaço aumento significativo de volume e área
aéreo faríngeo em pacientes submetidos à axial mínima das vias aéreas superiores,
cirurgia ortognática de avanço bimaxilar. porém este ganho não é homogêneo em
Foi realizada a análise da área axial mínima todos os pacientes.
e do volume aéreo superior pré-operatório
(T0) e pós-operatório (T1) de 50 pacientes,
sendo 17 do sexo masculino e 33 do sexo
feminino, com média de idade de 36,6
(±12,1) anos. As avaliações foram feitas
através de tomografia computadorizada de
feixe cônico, utilizando o Programa
Nemoceph 3D-OS. Foi utilizado o teste ´´t``
pareado para comparar os dados pré e pós-
operatórios de volume e o teste de
Wilcoxon para comparar os dados pré e
pós-operatório de área axial mínima.

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2430

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA


DE DIFERENTES TIPOS DE OSTEOSSÍNTESE DA
OSTEOTOMIA SAGITAL DO RAMO
MANDIBULAR EM GRANDES AVANÇOS
Christopher Cadete de Figueiredo; Eder Alberto Sigua-Rodriguez;
Douglas Rangel Goulart; José Ricardo de Albergaria-Barbosa

Introdução: A Osteotomia Sagital do contendo 3 parafusos monocorticais e 1


Ramo Mandibular (OSRM) é comumente bicortical; Grupo 5 = 3 parafusos
usada para tratar prognatismo, bicorticais. Foram utilizados materiais do
retrognatismo mandibular, mordida sistema 2.0 mm, onde os parafusos
aberta, mordida profunda e assimetrias monocorticais tinham diâmetro de 6 mm e
faciais. A introdução da Fixação Interna os bicorticais de 14 mm. Por meio de
Funcionalmente Estável (FIFE) favoreceu maquina de ensaio mecânico universal, as
para que esta técnica passasse a ser o amostras foram submetidas ao teste de
procedimento mais comumente utilizado. carga linear vertical com uma velocidade
Porém o método ideal de fixação ainda não de deslocamento de 1 mm/min. As forças
foi estabelecido, especialmente quando de resistência necessárias para deslocar o
utilizado em grandes avanços segmento distal foram registradas em 1
mandibulares. Desta forma, baseado na mm, 3 mm, 5 mm. Para a leitura do torque
falta de pesquisas que avaliem esse fato, o de inserção após o ensaio mecânico foi
objetivo deste trabalho foi analisar utilizado um torquimetro digital.
comparativamente a resistência mecânica Resultados: A médias das forças de
de 5 tipos de FIFE da OSRM em grandes resistência necessárias para o
avanços. deslocamento foram comparadas pelos
Métodos: 50 hemimandíbulas de testes estatísticos ANOVA one-way
poliuretano contendo OSRM e avanços seguido do teste post hoc de tukey. Foi
lineares de 10 mm foram distribuídas em observado diferença estatisticamente
grupos de 10 unidades de acordo com o significativa apenas nos deslocamentos de
método de fixação: Grupo 1 = 1 placa 5 mm (F = 3.36; p = 0.01).
customizada pré-moldada com 8 parafusos Conclusão: Todos os avaliados oferecem
monocorticais; Grupo 2 = 2 miniplacas com uma resistência mecânica similar
4 parafusos monocorticais; Grupo 3 = 2 adequada para realizar a fixação das OSRM
miniplacas com 6 parafusos monocorticais em avanços lineares de até 10 mm.
Grupo 4 = 1 miniplaca com 4 furos

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FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

2432

ACURÁCIA DO PROTOCOLO UNIVERSAL


PARA PLANEJAMENTO VIRTUAL EM
CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
UM ESTUDO PILOTO
Felipe Alexander Caldas Afonso; Bruno Alvarez Quinta Reis;
Fernando Melhem Elias

Introdução: O planejamento virtual Métodos: quatro pacientes com


representa uma mudança de paradigma no deformidades dentofaciais foram incluídos
tratamento das deformidades dentofaciais, na análise. As cirurgias foram planejadas
possibilitando a realização de utilizando o Protocolo Universal e os
procedimentos complexos com alta planejamentos cirúrgicos transferidos para
previsibilidade. Diante disso, vários a cirurgia através de guias oclusais gerados
autores tem desenvolvido protocolos de por CAD/CAM. Os resultados foram
Simulação Virtual 3D, que em sua maioria avaliados pela sobreposição do modelo da
demandam tempo elevado para execução e tomografia computadorizada pós-
exigem o uso de dispositivos especiais para operatória no modelo planejado, seguida
transferência da posição neutra da cabeça de mensurações das diferenças lineares e
(PNC) e da oclusão inicial para o ambiente angulares de todos os segmentos operados,
virtual. e através de mapa de cores. Os critérios
Objetivo: O objetivo deste estudo piloto utilizados para determinar a precisão da
foi avaliar a acurácia de um novo protocolo técnica foram uma diferença linear inferior
de planejamento virtual em cirurgia a 2 mm e uma diferença angular inferior a
ortognática, derivado do sistema de 4 °.
Simulação Cirúrgica Assistida por Resultados: As diferenças médias de
Computador (CASS), desenvolvido por Xia posição e orientação da maxila e da
e Gateno (2009), o Protocolo Universal mandíbula foram 0,7mm/1,3° e
(Melhem, 2014). Este protocolo apresenta 0,9mm/1,1°, respectivamente. Para o
inovações importantes: 1. Não requer o uso mento 1,32mm/2,81° e para os segmentos
de marcadorer fiducias para registro da proximais direito e esquerdo 1,13mm/3,65°
PNC e da oclusão do paciente; 2. A e 1,37mm/5°, respectivamente.
possibilidade de previsão do Discussão e conclusão: Com o uso do
posicionamento condilar pré-operatório, Protocolo Universal, os valores lineares e
com base nos movimentos cirúrgicos angulares obtidos encontram-se dentro
simulados no planejamento virtual. dos limites preconizados pela literatura
científica, sendo as maiores diferenças

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5-9 de setembro de 2017
271
FÓRUM CIENTÍFICO

ORTOGNÁTICA

obtidas no mento e nos segmentos


proximais, possivelmente pela dificuldade
de posicionamento destas estruturas no
transoperatório sem guias de corte e
posicionamento, bem como influência da
experiência do cirurgião. Estes dados serão
usados para determinar o tamanho da
amostra para um estudo mais abrangente
que será realizado para avaliar a acurácia
do Protocolo Universal.

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272
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

1807

AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATENUAÇÃO


E VOLUME DE LESÕES UNILOCULARES BENIGNAS
DOS MAXILARES POR TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA MULTISLICE
Pauline Magalhães Cardoso; Iêda Crusoé Rebello; Paulo Sérgio
Flores Campos; Roberto Almeida de Azevedo; Braulio Carneiro
Junior

Introdução: A tomografia Resultados: Os CR e os AS foram as


computadorizada multislice apresentar-se lesões que apresentaram maior densidade,
como uma ferramenta útil no diagnóstico e sendo também o AS a lesão que apresentou
avaliação das lesões benignas presentes maior heterogeneidade. Observou-se
nos maxilares. Esta permite a avaliação e maior volume das lesões na maxila
obtenção do coeficiente de atenuação, que (p=0,01). As lesões que apresentavam
representa a densidade dos tecidos. O maiores volumes foram o COG e AM. Pode-
presente estudo avaliou o padrão dos se observar que nas lesões com maior
coeficientes de atenuação e volume de volume os valores de Unidades Hounsfield
lesões uniloculares, através de medidas de (UH) foram menores. Contudo, não se
imagens por tomografia computadorizada. observou diferenças significativas entre os
Métodos: Foram avaliadas 61 imagens de valores do COA e volume entre as lesões
lesões diagnosticadas estudadas.
histopatologicamente: cisto ósseo Discussão: Os CRs apresentaram valor
traumático (COT), cisto odontogênico maior de UH, clinicamente podem auxiliar
glandular (COG), cisto radicular (CR), cisto na avaliação e diagnóstico radiográfico. A
dentígero (CD), tumor odontogênico média dos valores de UH do AS foi superior
queratocístico (TOQ) e ameloblastoma ao AU, enfatizando que o maior conteúdo
(AM). Os AM foram divididos nos subtipos: celular do AS comparado com um conteúdo
ameloblastoma sólido (AS) e cístico do AU, possibilite uma maior
ameloblastoma unicístico (AU). Os variação da densidade. Embora as lesões
coeficientes de atenuação (COA) e as apresentem valores UHs próximos, o TOQ
medidas volumétricas das lesões foram se distingue clinicamente, por apresentar
obtidas através do programa Osirix, a partir menor expansão óssea em relação ao COG
da delimitação da lesão pela demarcação da e CD, consequentemente a associação
região de interesse em cortes axiais. Para destes achados com outras características
análise estatística foram usados testes não clínicas podem contribuir para um
paramétricos. diagnóstico. A alta densidade dos CRs
devem estar correlacionados ao

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5-9 de setembro de 2017
273
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

componente inflamatório destas lesões,


enquanto que, para o AM isto pode estar
associado ao conteúdo tumoral.
Conclusão: Dentre as lesões estudadas o
COG e AM apresentaram maior volume, e
as lesões com maior volume estavam
localizadas na maxila. O CRs e AMs
apresentaram uma tendência de apresentar
maior densidade quando comparado as
outras lesões estudadas.

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5-9 de setembro de 2017
274
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2047

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CISTOS ÓSSEOS


TRAUMÁTICOS TRATADOS PELA ÁREA DE
CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL DA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
PIRACICABA ENTRE 1999 E 2016
Antonio Gabriel Lanata Flores; Luide Michael Rodrigues França
Marinho; Márcio de Moraes; Luciana Asprino

O objetivo deste estudo foi avaliar O tempo médio de proservação foi de 18


retrospectivamente os casos de cisto ósseo meses, o menor e o maior período de
traumático (COT) tratados pela Área de acompanhamento foram de 01 e 180 meses
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade respectivamente, período no qual não foi
de Odontologia de Piracicaba da observada recidiva. O tratamento através
Universidade Estadual de Campinas, no da cirurgia exploratória, realizado no
período de janeiro de 1999 a dezembro de momento da biópsia, foi efetivo em todos
2016, sendo avaliados 19061 prontuários, os casos deste estudo. Os resultados deste
dos quais 24 pacientes apresentaram COT. estudo contribuíram com a caracterização
Houve prevalência do gênero feminino do COT e nos permitiram concluir que:
(62,5%) e os pacientes da cor branca foram Podemos sugerir que a etiologia do COT
envolvidos com maior frequência (62,5%). deve ter como suspeita o trauma, não
Todos os casos acometeram indivíduos na havendo relação causal com gênero ou
segunda década de vida, com idade média raça; O COT é uma lesão rara, que acomete
de 17 anos. A mandíbula esteve envolvida preferencialmente a mandíbula de
em 100% dos casos, acometendo com pacientes na segunda década de vida; A
maior frequência a região de corpo descoberta do COT ocorre em exames de
mandibular (58,3%) seguida pela região de rotina, sem que a lesão seja a queixa do
sínfise (37,5%). Todos os pacientes foram paciente; O tratamento do COT através da
submetidos à biópsia incisional, associada exploração cirúrgica mostrou-se efetivo e
à exploração cirúrgica da cavidade cística, seguro.
que já representou a forma de tratamento.

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5-9 de setembro de 2017
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FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2137

O USO DA DOSAGEM SÉRICA DE CTX NA


AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE
PACIENTES USUÁRIOS DE BIFOSFONATOS
SUBMETIDOS À CIRURGIA BUCAL
Luiz Carlos Moreira Junior; Antonio Brunno Gomes Mororó; Hugo
José Correia Lopes; Adriano Rocha Germano; Petrus Pereira Gomes

Introdução: A Osteonecrose associada calculado os percentuais e médias de cada


aos bisfosfonatos (OMB) descrita por Marx grupo.
em 2003 como exposição óssea por mais de Resultados: No grupo 1 o CTX
08 semanas em pacientes que fez ou está apresentou-se em 33,3% dos pacientes
fazendo uso de bisfosfonato, sem histórico abaixo de 150 PG/ML, com o tempo médio
de radioterapia. O CTX é um marcador de uso de bifosfonato oral de 3,2 anos, não
ósseo da função dos osteoclatos usado para apresentando nenhum desenvolvimento
indicar o nível de reabsorção óssea de osteonecrose após as cirurgias. No
esquelética. O presente estudo teve como grupo 2, dos 6 pacientes que chegaram com
objetivo avaliar a relação do exame osteonecrose 83,3% apresentavam o CTX
sorológico CTX como ajuda preditiva no abaixo de 150 PG/ML, com o tempo médio
desenvolvimento de Osteonecrose dos de uso de bifosfonato oral de 5,3 anos.
maxilares associado ao uso de
Discussão: Embora muitos estudos na
bifosfonatos.
literatura atual rejeitem a eficácia preditiva
Metodologia: Foram incluídos 12 de CTX, alguns relatam que este exame é
pacientes que se submeteram a cirurgia útil clinicamente e pode ser usado para
bucal e que faziam uso de bifosfonatos no identificar pacientes com risco aumentado
Grupo 1, e 6 pacientes com OMB no Grupo de osteonecrose dos maxilares induzido
2. No G1 os pacientes foram submetidos a por bifosfonatos permitindo um plano de
procedimentos cirúrgicos bucais, sendo tratamento a ser feito e indicando aqueles
realizado o CTX no pré- operatório e que podem ser candidatos a suspensão da
avaliados a relação do exame CTX e o droga antes dos procedimentos cirúrgicos.
desenvolvimento osteonecrose dos Um fator muito importante que deve ser
maxilares. No G2 foi solicitado o CTX no levado em consideração é a falta de
momento do diagnóstico da Osteonecrose capacidade dos biomarcadores poderem
e correlacionado o valor do exame com os refletir a situação específica da
fatores associados de cada paciente. Foram remodelação óssea dos maxilares, que
catalogados os dados em uma planilha do apresentam um turnover ósseo distinto das
Microsoft Excel versão 2016, sendo outros ossos do corpo.

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276
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: Neste estudo o CTX não foi


preditivo para o desenvolvimento de
osteonecrose dos maxilares induzido por
bifosfonatos em pacientes submetidos a
cirurgia bucal, no entanto apresentou-se
como um fator a ser levado em
consideração no aumento do risco para o
desenvolvimento de Osteonecrose.

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277
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2357

O SISTEMA RANK/RANKL/OPG AFETA O


METABOLISMO ÓSSEO EM MODELO ANIMAL DE
OSTEORRADIONECROSE MANDIBULAR
Thiago da Silva Torres; Jefferson Ferreira dos Santos; Camila Salata;
Liebert Parreira Nogueira; Samara Cristina Ferreira-Machado

Introdução: Um dos efeitos colaterais OPG foi realizada e a densidade de volume


importantes da radioterapia da cabeça e (Vv) da imunoexpressão quantificada por
pescoço é a osteorradionecrose (ORN) dos estereologia. Através da microtomografia
maxilares. Nesse contexto, a descoberta do (Micro TC) óssea foram analisados: fração
Sistema RANK/RANKL/OPG na regulação de volume ósseo (BV/TV; BV: volume
da reabsorção óssea tem nos levado a ósseo; TV: volume total), espessura das
grandes avanços no entendimento do trabéculas ósseas (Tb.Th), o espaço estre as
metabolismo ósseo. Esse sistema regula a trabéculas ósseas (Tb.Sp) e o número de
osteoclastogênese e, dessa maneira, o trabéculas ósseas (Tb.N).
remodelamento ósseo normal e em Resultados: Vv da imunoexpressão de
diversas condições patológicas. RANKL foi 53% maior e de OPG 50% menor
Objetivos: Avaliar os efeitos da radiação nos animais IR comparados aos animais C
no remodelamento ósseo da região (PPP)
mandibular de ratos submetidos a Conclusão: Braquiterapia em dose única
radioterapia. O foco do estudo foi a análise alta seguida de extrações dentárias
microtomográfica da mandíbula irradiada e promove ORN mandibular em ratos. Existe
a quantificação da imunoexpressão de uma evidência positiva entre a alta dose de
RANK, RANKL e OPG. radiação e a redução da massa óssea pela
Material e métodos: Foram utilizados interferência no sistema
ratos wistar machos com seis meses de RANK/RANKL/OPG, que atua regulando o
idade divididos em dois grupos (n=10): remodelamento ósseo. Estes achados
grupo Irradiado (IR), que recebeu radiação direcionam para um melhor entendimento
a 20Gy por meio de braquiterapia e após do metabolismo ósseo que ocorre na ORN
sete dias tiveram seus três molares mandibular.
mandibulares esquerdos extraídos; grupo
Controle (C), que não recebeu radiação,
mas também tiveram seus três molares
mandibulares esquerdos extraídos. 21 dias
após as extrações dentárias, os animais
foram eutanasiados e tiveram suas
mandíbulas retiradas para análise.
Imunohistoquímica para RANK, RANKL e

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278
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2497

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E


SATISFAÇÃO DE PACIENTES PORTADORES
DE FISSURA LABIOPALATINA APÓS
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Joyce Magalhães de Barros; Giovanna Siqueira Rolim Arruda; Flávia
Yorranna Santos Farias; Assis Felipe Medeiros Albuquerque; Jose
Ferreira da Cunha Filho

Introdução: As fissuras labiopalatinas Orthognathic Qualityof Life


(FLP) estão incluídas entre as anomalias Questionnaire – (OQLQ) a fim de avaliar a
congênitas mais comuns e são qualidade de vida. Também foi aplicado um
reconhecidas pela Organização Mundial de questionário referente à satisfação com o
Saúde como um relevante problema de tratamento realizado.
saúde pública. Visto que, esta deformidade Resultados: Os resultados evidenciaram
ocasiona diversos problemas a nível melhora na qualidade de vida dos pacientes
psicológico, social e funcional, faz-se após o tratamento da FLP em todos os
necessário destinar cuidados especiais a índices estudados nos três questionários.
esses pacientes. Deste modo, esta pesquisa Sendo que nenhum dos fatores clínico-
objetivou analisar a qualidade de vida de demográficos influenciou
pacientes portadores de FLP após o significativamente no número de pacientes
tratamento cirúrgico, bem como, avaliar a com melhora. No que diz respeito à
satisfação dos pacientes com os resultados satisfação com o tratamento, a maioria dos
do tratamento. pacientes, os quais corresponderam a
Métodos: Caracterizando-se como um 48,5% (n=34), admitiram estar muito
estudo descritivo de caráter transversal satisfeitos. Além disso, 41,4% (n=29) dos
com análise quantitativa e qualitativa, a entrevistados se dizem estar satisfeitos
presente pesquisa foi realizada na com o tratamento realizado.
Associação Beija-Flor, durante os meses de Discussão: Melo (2013), comprovou que
setembro e outubro de 2016. Foram pacientes que realizaram a cirurgia no
entrevistados um total de 70 indivíduos período ideal tiveram melhoras na QV,
com idade igual ou superior a 15 anos que relatando melhoras na mastigação, fala e
passaram por cirurgia para correção de respiração, sem falar nos impactos
FLP. Os pacientes responderam aos positivos no convívio social. Munz,
questionários World Health Organization Edwards e Inglehart (2011), observaram
Qualityof Life - Bref (WHOQOL-Bref), Oral índice de satisfação dos pacientes com o
Health Impact Profile- 14 (OHIP-14) tratamento, em média, bastante elevados.

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279
FÓRUM CIENTÍFICO

PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusões: Pode-se concluir que a


qualidade de vida desses pacientes está
diretamente relacionada à satisfação com o
tratamento devido à elevada qualidade de
vida apresentado pelos pacientes após o
tratamento, associado aos altos índices de
satisfação relatados pelos mesmos.

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5-9 de setembro de 2017
280
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

130

ANÁLISE MICROTOMOGRÁFICA E
HISTOMORFOMÉTRICA DA RHBMP-2
ASSOCIADA A BIOMATERIAIS EM DEFEITOS
CRITICOS NA CALVÁRIA DE RATOS
Rodinei Bucco; Carlos Eduardo Francischone; Bruno Salles Sotto-
Maior

Introdução: O objetivo deste estudo foi xenôgeno (26.90±1.55 e 44.21±3.88) ou


avaliar a neoformação óssea induzida por enxerto sintético (19.52±3.25 e
rhBMP-2 associada a dois substitutos 44.02±6.60) em duas (p=0.094) ou oito
ósseos particulados de diferentes origens, (p=0.529) semanas após o procedimento
em defeitos criticos de calvária de ratos. cirúrgico. Constatou-se ainda que tanto
Materiais e métodos: Trinta ratos nos grupos de cobaias que receberam osso
machos Wistar foram divididos em 6 xenógeno quanto sintético, bem como
grupos com 5 animais: G1- rhBMP-2 naqueles pertencentes ao grupo controle
(sacrifício em 2 semanas), G2- rhBMP-2 (rhBMP-2 não associado a osso), o maior
(sacrifício em 8 semanas), G3- rhBMP-2 + percentual de tecido mineralizado vital
enxerto xenôgeno (sacrifício em 2 (TMV) foi observado nos animais
semanas), G4- rhBMP-2 + enxerto sacrificados após 8 semanas (p = 0,005;
xenôgeno (sacrifício em 8 semanas), G5- tabela 1; gráfico 1). Enquanto após 8
rhBMP-2 + enxerto sintético (sacrifício em semanas o percentual de tecido
2 semanas), G6- rhBMP-2 + enxerto mineralizado vital (TMV) foi em média de
sintético (sacrifício em 8 semanas). Após o 48,0%, após 2 semanas, a taxa havia sido de
periodo de sacrifício, 2 e 8 semanas, todas 33,8%.
as amostras foram submetidas a Discussão: As metodologias ( analise
microtomografia (micro-CT), para microtomográfica e histomorfométrica)
avaliação quantitativa da neoformação utilizadas nesse estudo mostraram-se
óssea e posterior análise eficaz quando se objetivou avaliar a
histomorfometrica. Duas cobaias foram neoformação óssea induzida por rhBMP-2
perdidas na etapa cirúrgica e duas lâminas associada a dois substitutos ósseos
foram perdidas na confecção das mesmas. particulados de diferentes origens, em
Resultados: Não houve diferença defeitos criticos de calvária de ratos.
significativa do percentual de volume Conclusões: Concluímos que o material
ósseo neoformado entre os grupos tratados de enxerto xenôgeno e o enxerto sintético
com rhBMP-2/ECA (27.43±2.44 e quando associados ao rh-BMP-2 apresenta
35.96±6.24) associado ao enxerto o mesmo comportamento quanto à

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281
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

densisade óssea, volume ósseo neoformado


e tecido mineral vital neoformado. Os dois
métodos de avaliação utilizados
(microtomográfico e histomorfométrico)
no presente estudo apresentaram os
mesmos resultados. O presente estudo foi
realizado em modelos animais (roedores) e
sugerimos mais estudos para podermos
extrapolar para seres humanos.

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5-9 de setembro de 2017
282
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

225

ANÁLISE DE SUCESSO E SOBREVIVÊNCIA


DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRÁVEIS
INSTALADOS EM PACIENTES IRRADIADOS
Anthony Froy Benites Condezo; Marcos Martins Curi; Carlos Cesar
de Antoni; Karina de Cassia Braga Ribeiro; Camila Lopes Cardoso

Pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço são


tratados com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, e esta
combinação terapêutica resulta em deformidades
bucomaxilofaciais. Os implantes osseointegráveis em pacientes
irradiados, é um procedimento requerido e desafiador na
reabilitação da estética e função. Nosso estudo teve como
objetivo avaliar o índice de sucesso e sobrevivência dos
implantes na reabilitação dentária de pacientes irradiados. Foi
realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de
pacientes irradiados e reabilitados com implantes dentários, no
Hospital Santa Catarina, São Paulo-SP, no período de 1995 a
2013. Incluídos os pacientes irradiados com uma dose total
mínima de radiação de 50 Gy, ou mais. Avaliados um total de 35
pacientes que receberam 169 implantes. A sobrevivência dos
implantes, em 5 anos foi de 91.5%. Segundo o sítio anatômico,
na maxila foi de 92.4% e na mandíbula de 90.9% (p=0,808).
Segundo o gênero, em mulheres foi de 81,6% e nos homens foi
de 98,9% (p).

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283
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1462

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM


ENXERTO AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA
ANTERIOR ASSOCIADO Á OXIGENOTERAPIA
HIPERBÁRICA: RELATO DE CASO
João Fernando Veiga Pires; Cláudio Lessa

Os primeiros esforços visando à O caso clínico apresentado retratou o


reconstrução mandibular são descritos a tratamento realizado para correção de
partir da China antiga e dos Etruscos e até sequela devido a não consolidação da
mesmo Hipocrates, envolvendo próteses osteotomia sagital mandibular, realizada
de madeira, terracota e metal ligados ao em procedimento cirúrgico com finalidade
osso ou dentes. Desde então, a cirurgia de correção de deformidade dentofacial
moderna desenvolveu mais técnicas de padrão III, resultando em uma
efeitos, incluindo os enxertos ósseos não pseudoartrose com desvio de mordida e
vascularizados, melhores materiais assimetria facial. Como plano de
aloplásticos, enxertos locorregionais tratamento foi instituído a reconstrução
vascularizados, compostos de tecido mole mandibular com enxerto autógeno de
e duro, materiais de fixação e alongamento crista ilíaca anterior associada à utilização
ósseo e mecanismos para modelos de de biomodelo de prototipagem rápida e
estudo que transcrevessem a situação oxigenoterapia hiperbárica. Após 1 ano e 6
apresentada. Estes componentes meses de controle pós-operatório, a
tornaram-se indispensáveis no arsenal do paciente não apresentou sinais de recidiva
cirurgião no que se refere à cirurgia e os exames de imagem demonstraram
reconstrutiva, sendo padrão-ouro para excelente posicionamento, bom volume e
reconstrução óssea mandibular à utilização manutenção do contorno mandibular.
de enxertos autógenos. O presente
trabalho objetivou revisar a literatura a
respeito da reconstrução mandibular com
enxerto autógeno associado à
oxigenoterapia hiperbárica e descrever um
caso clínico.

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FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1908

ANALISE DA SOBREVIVÊNCIA DE IMPLANTES


DENTÁRIOS OSSEOINTEGRAVEIS REALIZADOS NA
ÁREA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL DA FOP-
UNICAMP E INSTALADOS EM REGIÃO POSTERIOR DE
MAXILA RECONSTRUÍDAS PELA TÉCNICA DE
ELEVAÇÃO DE ASSOALHO DE SEIO MAXILAR
Beatriz Torriani de Almeida; Andrés Cáceres Barreno; Márcio de
Moraes; Luciana Asprino; Alexander Sverzut

Introdução: A cirurgia de elevação do Resultados: 89 pacientes que foram


seio maxilar (EASM) foi introduzida para submetidos ao procedimento de EASM
permitir a instalação de implantes recebendo 154 implantes. O diâmetro de
dentários (ID) nesta região quando o osso é implante mais comumente utilizado foi o
insuficiente. O objetivo deste estudo foi regular (80,39%), apenas em 25 casos
analisar a taxa de sobrevivência e fatores (16,34%) o diâmetro largo foi utilizado e
de risco relacionados aos IDs instalados em 20% deles foram perdidos sendo esse
áreas que foram reconstruídas pela técnica resultado estatisticamente significante
EASM no período de 2002 a 2012 nos (P=0,0233). A utilização de membrana de
procedimentos realizados na Área de CBMF colágeno absorvível foi necessária em
da FOP - Unicamp. 32,12% dos casos e, de acordo com a análise
Métodos: Foram analisados os fatores de de regressão univariada, parece estar
risco para perda dos ID. Os pacientes que associada à PP do ID (P=0,004). Em dez
apresentavam áreas edêntulas em região casos (6,49%) ocorreu a perfuração da
posterior da maxila e que receberam EASM membrana sinusal, sendo essa considerada
para instalação de ID até o momento da a complicação mais comum sendo um total
reabertura foram incluídos no estudo. de 11 implantes perdidos. A taxa de
Prontuários com a falta de um adequado sobrevivência dos implantes dentários foi
preenchimento e pacientes que não de 92,85%. De acordo com a análise de
aceitaram participar do estudo foram regressão logistica, o diâmetro
excluídos da amostra. A análise estatística (P=0,00125), o uso de membrana
de regressão logística simples linear e não (P=0,1243) e a incidência da complicação
linear para avaliar a relação entre (P).
característica e a ocorrência da PP do ID foi Discussão: Em nosso estudo cinco dos
realizada. O teste de Chi quadrado, riscos onze implantes perdidos (45,45%) eram de
relativos e odds ratio também foram diâmetro largo e de acordo com a análise de
calculados. regressão apresentou significância

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5-9 de setembro de 2017
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FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

estatística corroborando com estudos


presentes na literatura.
Conclusão: Podemos concluir que as
complicações como perfuração da
membrana sinusal e a fenestração do osso
alveolar vestibular são possíveis fatores
relacionados a perda a perda precoce de
implantes dentários instalados em áreas
reconstruídas pela técnica de EASM, mas
não podem ser considerados como um fator
de risco a PP.

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FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1947

ANÁLISE COMPARATIVA IN VIVO DO


COMPORTAMENTO BIOLÓGICO DAS
MEMBRANAS DE POLIPROPILENO E
POLITETRAFLUORETIELENO (PTFE)
Gilmar Rocha da Silva; Daiane Cristina Peruzzo; Júlio Cesar Joly;
Guido Orozco Ruiz

A manutenção óssea do rebordo alveolar Após a eutanásia dos animais, as calotas


pós extração dentária tem sido uma foram processadas para posterior análise
preocupação cada vez maior na histológica e histomorfométrica. Na
implantodontia, uma vez que para a análise qualitativa, observou-se resultados
instalação de um implante com semelhantes para ambas as membranas no
posicionamento tridimensional que diz respeito à resposta inflamatória no
satisfatório, faz-se necessário um volume pós-operatório. Com relação ao processo
ósseo equivalente. Nesse intuito, muitas de neoformação óssea, mensurado por
técnicas e materiais estão surgindo para meio dos perímetros e cálculo das áreas
viabilização da Regeneração Ósseo Guiada totais encontradas, as diferenças
(ROG) pós exodontias. Desta forma, esse numéricas não foram estatisticamente
trabalho teve como objetivo avaliar significantes (p>0,05), demonstrando uma
comparativamente, as características e as equivalência dos materiais no que diz
propriedades histológicas das membranas respeito ao favorecimento do processo de
não reabsorvíveis de polipropileno (PP) e neoformação.
politetrafluoretileno (PTFE), utilizadas
para ROG. Para isto foram utilizados 12
ratos, separados em dois grupos de tempo
de eutanásia diferentes (7 e 21 dias). Foram
confeccionados dois defeitos cirúrgicos de
4 mm na calvária, bilateralmente, sendo
que de um lado foi colocada uma
membrana de PTFE e do outro uma
membrana de PP.

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287
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1954

AVALIAÇÃO IMUNOISTOQUÍMICA DA
HIDROXIAPATITA HAP-91® E VIDRO
BIOATIVO NO REPARO DE DEFEITOS ÓSSEOS
CRÍTICOS EM CALVÁRIAS DE RATOS
Aline Evelin Costa Klaus; Eduardo Quintão Manahanini Souza;
Daniela Coelho de Lima; Leandro Araújo Fernandes

Materiais sintéticos, como as biocerâmicas a base de fosfato e


cálcio possuem uma composição semelhante ao tecido ósseo, e
são cada vez mais utilizados no reparo de defeitos ósseos na
região craniomaxilofacial. Entender o comportamento desses
materiais é de extrema importância para a sua correta indicação
e sucesso clínico. Desta forma o objetivo deste estudo foi avaliar
a Hidroxiapatita HAP-91® e o Vidro Bioativo como substitutos
ósseos em defeitos de tamanho crítico na calvária de ratos. Para
isto, sessenta ratos foram divididospreenchido® Vidro Bioativo
(VB) – defeito preenchido. Os animais foram eutanasiados aos
30 e 60 dias pós-operatórios para análise imunoistoquímica. Em
nossos resultados imunoistoquímicos o O Grupo HA apresentou
um maior número de células TRAP positivas comparado ao
Grupo C e ao Grupo VB aos 30 e 60 dias pós-operatórios (p).

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288
FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2005

FIXAÇÃO DO ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO EM


BLOCO COM ADESIVOS A BASE DE
CIANOACRILATO OU PARAFUSO DE TITÂNIO:
ESTUDO HISTOLÓGICO EM COELHOS
Silvestre Estrela da Silva Júnior; Julierme Ferreira Rocha; Eduardo
Hochuli Vieira; Eduardo Dias Ribeiro; José Cadmo Wanderley
Peregrino de Araújo Filho

Introdução: Os adesivos a base de foram submetidos ao teste de Kruskal-


cianoacrilato são utilizados em cirurgia Wallis, seguido pelo teste de Dunn para
oral e maxilofacial para fechamento de determinar as diferenças entre os grupos (p
feridas cirúrgicas, comunicação buco- < 0.05).
sinusal, reparo de fissura labial e Resultados e discussões: A análise
osteosíntese do esqueleto craniofacial. O qualitativa ordinal mostrou a presença de
objetivo deste trabalho foi comparar três infiltrado inflamatório e reabsorção óssea
métodos de fixação (etil-cianoacrilato, n- mais significativos nos grupos I e II,
butil-cianoacrilato ou parafuso de titânio) principalmente nos períodos iniciais. O
do enxerto ósseo autógeno (EOA) em infiltrado inflamatório observado no grupo
bloco. controle foi discreto (p0.05). No período de
Métodos: Foram realizadas ostectomias 120 dias, foi possível observar adesivo na
bilaterais na região parietal em trinta interface EOA-leito receptor. A
coelhos com uma trefina de 6mm para neoformação óssea foi mais intensa no
obtenção do EOA. Os EOA em bloco grupo controle e no período de 120 dias, o
obtidos foram fixados com etil- EOA em bloco estava totalmente
cianoacrilato (Grupo I), n-butil- incorporado ao leito receptor. Nos grupos I
cianoacrilato (Grupo II) ou parafuso de e II, observou-se neoformação óssea
titânio (Grupo III). Os animais foram menos intensa em relação ao grupo III (p).
sacrificados nos períodos de cinco, quinze, Conclusões: O parafuso de titânio foi o
trinta, sessenta e cento e vinte dias, sendo melhor método de fixação do EOA em
obtidas amostras da região do EOA. As bloco. Entretanto, os adesivos etil e n-
peças foram processadas em laboratório de butil-cianoacrilato são alternativas viáveis
acordo com o método histotécnico de para fixação do EOA em bloco.
rotina e coradas com hematoxilina e
eosina. Os eventos histológicos avaliados
foram: infiltrado inflamatório, reabsorção
do adesivo e neoformação e reabsorção
óssea. Os resultados dos eventos celulares

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FÓRUM CIENTÍFICO

RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2046

RECONSTRUÇÃO DE REBORDO ALVEOLAR


COM PTFE: REVISÃO SISTEMÁTICA
Kerlison Paulino de Oliveira; Ana Cristina Pereira; Isabel Néia
Barbosa Scott; Paulo Yataro Kawakami

Introdução: O objetivo deste estudo é Resultados: a pesquisa revelou 526


avaliar a literatura disponível relacionada artigos, mas apenas 9 deles foram
às vantagens e desvantagens das incluídos, os quais foram conduzidos em
membranas de PTFE para restaurar humanos. O D-PTFE foi usado em 4
defeitos ósseos verticais e/ou horizontais. estudos totalizando 445 pacientes e o e-
Materiais e métodos: Uma pesquisa na PTFE foi citado em 5 estudos, os quais
literatura foi conduzida a partir da bases de resultaram em 91 pacientes.
dados da PubMed/MEDLINE sobre estudos Discussão/Conclusão: o D PTFE
reportando o uso das membranas de demonstrou algumas vantagens em relação
Politetrafluoroetileno expandido (e-PTFE) à contaminação bacteriana e exposição da
e Politetrafluoroetileno denso (d-PTFE). a membrana. Esta revisão sistemática
revisão incluiu estudos publicados em demonstrou artigos de baixo nível de
inglês nos últimos dez anos e excluiu relato evidência científica com pequeno tempo de
simples de caso, enxertos e regeneração “follow-up” e metodologia diversificada
óssea guiada apenas para levantamento de com possibilidades limitadas de
seio maxilar, estudos com animais, comparação de seus resultados.
distração osteogênica e associação com
proteína morfogenética do osso.

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1649

AVALIAÇÃO ANATÓMO: TOMOGRÁFICA


DO DUCTO NASOLACRIMAL
Rodrigo Andrade Lima; Marcelo Oldack Silva dos Santos; Maria
Clara Albuquerque Borges; Frederico Sampaio Neves; Sandra de
Cassia Santana Sardinha

Introdução: O ducto nasolacrimal, de 18 anos. Foram excluídas as tomografias


devido à sua localização anatômica com sinais sugestivos de fraturas em face;
próxima à região acometida por fraturas do pacientes submetidos à cirurgia prévia na
complexo zigomático-orbitário poderá ter face; pacientes apresentando sinais
sua função comprometida durante o sugestivos de tumores na maxila ou
tratamento dessas fraturas. Nestes casos, o portadores de síndromes.
paciente poderá evoluir para uma quadro Resultados: A média geral do osso em
de dacriocistite, caracterizado por infecção maxila foi 3.25mm para a porção superior,
aguda das vias lacrimais. Há poucos 2mm acima da sutura, 3.05 para o ponto
estudos que relatem a evolução de médio e 2.73 para o ponto mais baixo
dacriocistite em pacientes submetidos a medido. Não houve diferença estatística
osteossíntese com placas e parafusos para para lado ou gênero. O ducto nasolacrimal
o tratamento de fraturas do complexo apresentou resultados de médias geral:
zigomático-orbitário. O objetivo deste 4.01 mm para largura em terço superior,
trabalho é avaliar as medidas tomográficas 3.94 mm para terço médio e 3.97 para o
do ducto nasolacrimal e correlacionar os ponto mais baixo medido. A espessura do
achados imaginológicos com os métodos ducto nasolacrimal teve como média geral
de fixação de fratura infraorbitária. 5.51; 5.62; 5.95 mm de terço superior a
Metodologia: Este projeto foi aprovado inferior. Houve diferença estatística
pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres quando se comparou o gênero, a largura e
Humanos da Faculdade de Odontologia da espessura do ducto apresentaram maiores
UFBA. Foram avaliadas as imagens por valores em pacientes do gênero masculino.
TCMS de 71 pacientes provenientes do Conclusões: Há probabilidade de
biorrepositório de imagens da FOUFBA, obstrução parcial do canal nasolacrimal
obtidas no período de 2000 à 2015. Foram durante a inserção de parafusos de fixação
incluídas no estudo, todas imagens por com comprimento maior que 4mm em
TCMS com FOV (Field of View/ Campo de mulheres, com diferença estatisticamente
Visão) face completa de pacientes maiores significante.
Referências: 1. FC Francisco, Carvalho ACP, Torres Neto G, Francisco VFM, Souza LAM, Francisco MC.
Avaliação da via lacrimal pelos métodos radiológicos. Radiol Bras. 2007;40(4):273–8. 2. Yuksel N, Akcay

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291
FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

E, Kilicarslan A, Ozen U, Ozturk F. A Surprise in the Lacrimal Sac. Middle East African J of
Ophthalmol.2016; 23(3): 268-70.

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292
FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1711

ANÁLISE RETROSPECIVA DE FRATURAS


BILATERAIS, DUPLAS OU MÚLTIPLAS DA
MANDÍBULA
Pedro Henrique de Azambuja Carvalho; Mariana Granucci; Lucas
Borin Moura; Julio Cesar Silva de Oliveira; Valfrido Antônio Pereira
Filho

Introdução: Fraturas mandibulares são e análise de qui-quadrado para as variáveis


traumas comuns que ocasionam alta qualitativas.
morbidade e possuem alto custo de Resultados: Dos 83 pacientes incluídos
tratamento. Essas fraturas possuem no estudo, houve uma prevalência de
padrões de ocorrência que estão homens (6,5:1), a idade média foi de 29,3
relacionados principalmente ao anos. Os acidentes de trânsito e a violência
mecanismo do trauma. As fraturas interpessoal representaram as principais
bilaterais, duplas ou múltiplas da etiologias (38,6% e 36,1%). O tipo mais
mandíbula merecem atenção especial por frequente de fratura encontrada foi a
suas particularidades em relação ao bilateral (68,7%) e a associação de fraturas
tratamento. em área dentada e não dentada foi
Objetivo: O presente estudo teve por predominante (88%). O tratamento
objetivo avaliar as fraturas bilaterais, apresentou associação com o tipo de
duplas ou múltiplas da mandíbula de fratura (p).
pacientes atendidos em um serviço de Discussão: Complicações referentes a
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- fixação foram predominantes em área
Facial de Araraquara, do período de 2009 a dentada, já infecção e mobilidade em área
2015. não dentada. Estes tipos de fraturas estão
Métodos: Foi realizado estudo agrupadas devido as características de
epidemiológico retrospectivo incluindo exigência mecânica, em que pelo menos
prontuários completos de pacientes que uma das fixações exigem uma maior
apresentaram fraturas mandibulares rigidez/estabilidade.
bilaterais, duplas ou múltiplas. Os dados Conclusão: Podemos concluir que as
coletados foram: idade, sexo, mecanismo fraturas bilaterais, duplas ou múltiplas da
do trauma, classificação da fratura, dentes mandíbula são frequentes entre as fraturas
no traço de fratura, tipo de tratamento, mandibulares, e uma atenção especial deve
tipo de fixação, dentição (dentados, ser dado a escolha da fixação.
parcialmente dentados ou edêntulo) e
complicações relatadas. Os dados foram
submetidos a análise estatística descritiva

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1740

ESTUDO RETROSPECTIVO DA EPIDEMIOLOGIA


DO TRAUMATISMO FACIAL EM PACIENTES
IDOSOS ATENDIDOS NO SERVIÇO DE CIRURGIA
E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL DE
ARARAQUARA
Bianca Roberta Nesso; Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli; Mario
Francisco Real Gabrielli; Eduardo Hochuli Vieira; Valfrido Antônio
Pereira Filho

Introdução: O envelhecimento Resultados: Os resultados obtidos


populacional é um fenômeno mundial mostraram que houve um aumento
devido ao avanço tecnológico na área da significativo e progressivo do número de
saúde que aumentou a expectativa de vida. pacientes idosos atendidos durante o
Atualmente, o estilo de vida mais ativo do período selecionado. Referente a etiologia,
grupo geriátrico, traz como consequência a queda da própria altura foi a de maior
uma incidência significativa de prevalência, seguida do acidente
traumatismo facial nessa faixa etária. automobilístico. O trauma de mais
Apesar do trauma de face estar mais frequente foi a fratura, e dentre as fraturas,
associado à jovens e adultos, é uma os ossos próprios do nariz foram o local
importante causa de óbito ou de fator mais acometido. O tratamento conservador
desencadeante de morte, da geração acima foi o eleito para a grande maioria dos
dos 60 anos de idade. O objetivo do traumas.
presente estudo foi avaliar a quantidade e Discussão e Conclusão: A partir dos
o tipo de trauma de face em pacientes resultados, podemos observar que estamos
idosos atendidos pelo Serviço de lidando com o envelhecimento
Residência CTBMF da Faculdade de populacional e suas consequências. As
Odontologia de Araraquara – UNESP no alterações fisiológicas apresentadas pelo
período de 2005 a 2015. idoso, como a diminuição do reflexo e da
Material e Método: Para o presente coordenação motora, o tornam susceptível
estudo foram avaliados os prontuários do a ser vítima de acidentes no
período pré-determinado (2005 a 2015) e cotidiano.Concluímos com a pesquisa que
selecionados os pacientes acima de 60 anos as áreas de saúde precisam de profissionais
de idade acometidos de traumatismo facial. preparados para o atendimento geriátrico,
que vem se tornando cada vez mais
frequente.

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5-9 de setembro de 2017
294
FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1852

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES


COM FRATURAS
Jair Queiroz de Oliveira Neto; Pedro Henrique da Hora Sales;
Manoel de Jesus Rodrigues Mello; Edson Luiz Cetira Filho; Ricardo
Franklin Gondim

Introdução: Os acidentes motociclísticos 49,6% dos pacientes pesquisados. A


estão entre as causas mais frequentes de maioria dos pacientes não utilizava
traumatismos faciais. O fato de a capacetes ou não possuíam habilitação
motocicleta ser um veículo leve e de fácil (75,6% e 73,2%, respectivamente.), e 38,2%
condução e o descumprimento à legislação haviam ingerido bebida alcoólica antes do
atual contribuem para o aumento da acidente. Foi observado ainda que 20.3%
incidência e da gravidade dessas fraturas. dos pacientes apresentavam fraturas em
Metodologia: Foram entrevistados 123 outros ossos do corpo que não a face.
pacientes, momento em que foram Discussão: Acidentes com veículos
colhidas as seguintes variáveis: motorizados ainda são a causa mais
Dependentes: Faixa etária, gênero, local de freqüentes de fraturas faciais. Por muitas
procedência, uso de capacete, se havia vezes ocorrem lesões em várias regiões do
ingerido bebida alcoólica antes do corpo além da face, aumentando assim o
acidente, se possuia habilitação para tempo de internamento e tratamento
motocicleta, ossos faciais fraturados e desses pacientes. O mau uso ou desuso do
lesões em outras áreas do corpo. As capacete pode aumentar
fraturas faciais bem como as fraturas em consideravelmente a chance dessas
outras áreas do corpo foram diagnosticadas fraturas nos ossos da face.
após exame clínico e imaginológico. Conclusão: Observa-se que os acidentes
Resultados: Houve uma predominância motociclísticos correspondem a uma
de indivíduos do gênero masculino (85,4%) grande parcela das fraturas faciais e que a
e de pacientes provenientes de cidades do maior parte desses acidentes estão
interior do estado do Ceará (61,8%). associados ao descumprimento da
Fraturas múltiplas da face ocorreram em legislação.

Referências: 1. Carvalho, A.C.G.S et al. Epidemiologia do traumatismo de face do Instituto Dr. José Frota no
período de janeiro de 2008 a dezembro de 2011. Revista científica do Instituto Dr. José Frota, Fortaleza, 2013.
Dec; 20 (20): 37-45. 2. Silva, J.J.L et al. Trauma Facial. Análise de 194 casos. Revista Brasileira de cirurgia
plástica. 2011; 26(1): 37-41. 3. Andrade, L.M et al. Acidentes de motocicleta: características das vítimas e dos
acidentes em hospital de Fortaleza. Revista Rene. 2009.Oct-Dec; 10(4): 52-59. 4. Wulkan,M; Parreira JR,J.G;
Botter, D.A. Epidemiologia do Trauma Facial. Revista da associação médica brasileira. 2005; 51(5): 290-5.

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1921

EFICÁCIA DE DOIS REGIMES DE PROFILAXIA


ANTIBIÓTICA NAS CIRURGIAS DE TRAUMA DE
FACE
Danielle Clarisse Barbosa Costa; Giordano Bruno Paiva Campos;
Salomão Israel Monteiro Lourenço Queiroz; José Sandro Pereira da
Silva; Adriano Rocha Germano

A infecção do sítio cirúrgico ocorre na A amostra consistiu em 147 pacientes


literatura atual em 1,8% a 6% dos divididos em dois grupos, GI com noventa
casos. Esse baixo índice de infecção pós- e sete pacientes e GII com 50. Ambos os
operatória é resultado da utilização da grupos receberam 2 g de cefazolina, 20
profilaxia antibiótica nas cirurgias eletivas minutos antes da cirurgia. O protocolo pós-
de trauma de face, e o uso e a eficácia são operatório para cada grupo foi
bem documentados na literatura. A randomicamente determinado: o grupo I
evidência recente demonstra que a (dose única) não recebeu antibióticos após
profilaxia antibiótica após as 24 horas não a cirurgia, mas o grupo II (dosagem de 24 h)
garante benefícios significantes, e ainda recebeu 1 g de cefazolina a cada 6 horas
que não há diferenças nas taxas de infecção durante 24 horas. A incidência de infecção
ao comparar os regimes de profilaxia pré- pós-operatória foi de 9,5% (catorze
operatórias, pós-operatórias ou pacientes), nove pacientes do grupo I e
transoperatórias, no entanto, ainda há cinco no grupo II. O teste do qui-quadrado
informações insuficientes quanto ao uso de (p).
profilaxia em dose única para as cirurgias
limpas-contaminadas. Dessa forma, esse
estudo prospectivo clínico randomizado e
controlado objetiva avaliar a eficácia de
dois regimes de profilaxia antibiótica em
pacientes com fraturas de face admitidos
no serviço de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial do Hospital
Universitário Onofre Lopes, adstrito à
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, no período de dezembro de 2011 a
março de 2014.

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1987

TERAPIA CELULAR: FORMAÇÃO ÓSSEA


INDUZIDA POR CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS OU OSTEOBLASTOS
Alann Thaffarell Portilho de Souza; Gileade Pereira Freitas; Helena
Bacha Lopes; Márcio Mateus Beloti; Adalberto Luiz Rosa

O tecido ósseo tem uma alta capacidade Os dados da análise morfométrica (n=6
regenerativa, mas em algumas situações a para cada tratamento) foram comparados
extensão da lesão impede a sua reparação. pelo teste ANOVA seguido pelo teste de
Neste contexto, a terapia celular pode ser Tukey, quando necessário (p≤0,05). O
uma alternativa aos tratamentos atuais. volume ósseo (mm3) e a porcentagem de
Neste estudo, sob aprovação do Comitê de volume ósseo foram significativamente
Ética em Pesquisa Animal da Universidade maiores (p=0,001 para ambos) em defeitos
de São Paulo (2014.1.795.58.0), avaliamos injetados com CTM-TA (5,48±0,90 e
o efeito de injeções locais de células-tronco 43,12±7,08, respectivamente) e com OB-
mesenquimais derivadas de tecido adiposo TA (5,79±1,27 e 45,56±10,04,
(CTM-TA) ou osteoblastos diferenciados a respectivamente) em relação à injeção de
partir delas (OB-TA) na formação óssea in PBS (3,36±1,31 e 26,42±10,34,
vivo. Para isso, sob anestesia geral foi respectivamente). A superfície óssea (mm2)
criado um defeito unilateral de 5 mm na aumentou significativamente (p=0,025) em
calvária de ratos e, com o intuito de simular defeitos injetados com OB-TA
defeitos preexistentes, somente após 2 (147,11±58,22) em comparação à injeção de
semanas os defeitos foram tratados. Cada PBS (80,49±49,89), sem diferença com a
defeito foi injetado localmente com CTM- CTM-TA (92,12±20,72). Estes resultados
TA ou OB-TA (5 x 106 células/50 µL de PBS). mostraram que a terapia celular com a
PBS sem células foi injetado como injeção local de células é uma estratégia
controle. Quatro semanas após a injeção de adequada para estimular a formação óssea
células, os animais foram sacrificados, as e tanto células-tronco como osteoblastos
calvárias foram removidas, fixadas e parecem ser igualmente eficazes. No
analisadas por microtomografia para entanto, a despeito da formação óssea,
avaliação do volume ósseo, percentagem nenhum dos tipos celulares foi capaz de
de volume ósseo e superfície óssea. regenerar as calvárias.

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

1992

ANÁLISE TOMOGRÁFICA DE FRATURAS


ORBITÁRIAS UNILATERAIS TRATADAS POR MEIO
DE TELA DE TITÂNIO
Lucas Borin Moura; Philipp Christian Jürgens; Rubens Spin-Neto;
Valfrido Antônio Pereira Filho

As fraturas orbitárias apresentam alta parâmetros anatômicos. A amostra incluiu


prevalência, representando 40% de todas 26 homens e 14 mulheres, com média de
as fraturas de terço médio de face. Os idade de 42.4 anos. A maioria das fraturas
defeitos ósseos presentes alteram o volume envolveu apenas uma parede (n=28), sendo
e anatomia orbitária, resultando em o assoalho orbitário a região mais
enoftalmia e diplopia. Desta forma, o envolvida (n=21). Em relação a
tratamento objetiva reestabelecer a classificação do defeito, existiram seis
anatomia e o volume orbitário, sendo as defeitos classe I, 13 classe II, 13 classe III e
telas de titânio um dos materiais mais oito classe IV. A média do volume das
utilizados para reconstrução orbitária. O órbitas íntegras foi de 15,35 cm3, e das
objetivo deste estudo foi avaliar o volume reconstruídas 15,31 cm3. A diferença entre
orbitário e a posição do globo ocular em volumes variou entre -7,9% e 9,3%, com
fraturas orbitárias tratadas por meio de tela média de 0,3%. Duas reconstruções não se
de titânio. Este estudo retrospectivo encontraram dentro dos parâmetros
multicêntrico avaliou as tomografias pós- anatômicos (diferença > 8,0%). A posição
operatórias de 40 pacientes com fraturas anteroposterior do globo ocular variou de -
orbitárias unilaterais tratados por meio de 2,1 mm a 2,5 mm (média: 0,3 mm). A
tela de titânio. Todos os defeitos foram posição inadequada do globo foi
classificados de acordo com a extensão e encontrada em dois pacientes (> 2 mm).
regiões envolvidas. O volume das Conclui-se que independente da extensão
cavidades orbitárias (íntegra e do defeito orbitário, as fraturas orbitárias
reconstruída) foram comparados para tratadas por meio de tela de titânio
verificar o reestabelecimento do volume. A reestabeleceram o volume e posição do
avaliação tomográfica foi realizada globo ocular. Desta forma, a tela de titânio
utilizando o programa Osirix 8.0.2. é um material viável para a reconstrução
Inicialmente, a posição da cabeça foi orbitária.
corrigida para padronização, e a região de
interesse foi selecionada manualmente
para obter o volume orbitário, ainda, no
corte axial a posição anteroposterior do
globo ocular foi analisada. Diferenças de
8% no volume e 2 mm na posição do globo
ocular foram consideradas dentro dos

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

2363

AVALIAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA
DAS FRATURAS DE FACE EM UMA UNIDADE
HOSPITALAR DO AMAZONAS
Ylri Hirokatsu Sato; Hecton Tomohiko de Oliveira Sato; Luiz Felipe
Cabral da Silva Martinho; Gustavo Cavalcanti Albuquerque; Flávio
Tendolo Fayad

Introdução: Segundo dados da 53%, seguido das agressões físicas com


Organização Mundial de Saúde, os traumas 21%. Quanto as estruturas anatômicas
estão entre as principais causas de morte e afetadas nos traumas estudados, pôde-se
morbidade no mundo e neste contexto o constatar pequena prevalência das fraturas
trauma maxilofacial representa um mandibulares com 25%, seguido das
importante problema de saúde pública da fraturas dos OPN e CZO ambos com 24%.
sociedade contemporânea. As fraturas envolvendo o osso frontal e a
Metodologia: O objetivo do trabalho foi órbita foram as menos prevalentes.
realizar o levantamento epidemiológico Levantou-se também os dados quanto as
dos pacientes tratados cirurgicamente no principais alterações clínicas relatadas
período de um ano em uma unidade pelos pacientes no pré-operatório e a
hospitalar de contra referência do Estado principal queixa relatada pelos pacientes
do Amazonas com o apoio do programa de foi a assimetria facial (34%) seguido das
residência de CTBMF local. Para tal alterações oclusais (24%). O tempo de
realizou-se um estudo prospectivo, espera do paciente desde o momento do
transversal, no qual foram incluídos os trauma até a data da cirurgia também foi
paciente diagnosticados com fratura de um dos pontos avaliados na pesquisa, e
face e tratados cirurgicamente na unidade, mostrou que 35% dos casos foram
sendo excluídos somente os paciente submetidos ao tratamento cirúrgico com
operados por outros motivos e/ou que não mais de 90 dias após a data do trauma e
aceitaram assinar o TCLE. somente 2 pacientes (4%) foram operados
com menos de 15 dias. E o tempo de
Resultados: O número total de
internação em 89% dos casos foi de 03 dias.
participantes da pesquisa foi 57 pacientes
do qual 46 (81%) eram homens e 11 (19%) Discussão: As pesquisas epidemiológicas
mulheres. Os pacientes foram então podem variar de acordo com região
divididoos por faixa etária houve estudada, densidade populacional e nível
predominância dos paciente entre 21 e 30 socioeconômico. Dados obtidos, como sexo
anos de idade com 46%. Quanto ao agente e faixa etária e etiologia foram semelhantes
etiológico, os acidentes automobilísticos aos encontrados na literatura. Porém o
foram os principais fatores causais, com tempo de espera pelo procedimento

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

cirúrgico foi um dado que destoou dos


achados na literatura o tempo de espera
para realização do procedimento foi na
maioria dos casos superior a 90 dias após o
trauma, evidenciando o predomínio do
tratamento de sequela de fratura.

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FÓRUM CIENTÍFICO

TRAUMA

2458

AVALIAÇÃO DA PERMEABILIDADE E
ESTÉTICA NASAL EM PACIENTES TRATADOS
APÓS FRATURAS DO COMPLEXO NASAL
Marcelo Leite Machado da Silveira; Márcio Menezes Novaes; José
Sandro Pereira da Silva;Victor Diniz Borborema dos Santos; Adriano
Rocha Germano

Introdução: Este estudo observacional de satisfação estética dos pacientes foi de


coorte, prospectivo avaliou 28 pacientes, 92,8%. As cirurgias realizadas nas duas
que foram submetidos a tratamento de primeiras semanas pós trauma
fraturas do complexo nasal, objetivando apresentaram melhores resultados no que
analisar a permeabilidade nasal de forma diz respeito a diminuição dos sintomas de
objetiva e subjetiva, bem como o nível de obstrução nasal e aumento da área de
satisfação estética dos pacientes após escape de ar nasal, bem como as fraturas de
procedimento cirúrgico. OPN puras revelaram melhor prognóstico
Métodos: A avaliação objetiva da do que as fraturas com envolvimento do
permeabilidade nasal foi realizada pelo septo. A cirurgia de redução das fraturas
método de Rino-higrometria, utilizando o nasais melhora o quadro de sintomas de
espelho de Altman para avaliar o tamanho obstrução nasal. Contudo, os melhores
da área de escape de ar nasal. Os sintomas resultados são obtidos quando realizadas
de obstrução nasal foram realizados nas duas primeiras semanas, enquanto as
através da escala de sintomas de obstrução fraturas de nariz associadas as fraturas de
nasal (NOSE), verificando em porcentagem septo apresentam os piores resultados.
o grau de sensação de obstrução nasal. O Discussão: A análise da permeabilidade
nível de satisfação estética foi analisado nasal é por muitas vezes realizada a partir
através de um questionário validado de da perspectiva de sintomas relatados pelo
satisfação estética, específico para fraturas paciente, porém esse estudo mostrou que o
nasais. uso da Rino-hogrometria é de fácil
Resultados: Os sintomas de obstrução utilização e pode contribuir no diagnóstico
nasal diminuíram de 25% para 10% na de obstrução nasal e acompanhamento
escala de NOSE (p < 0,05). Houve aumento clínico.
no tamanho da área da mancha respiratória Conclusões: Apesar de não ter havido
formada no espelho, equivalendo a significância estatística, a avaliação por
melhora na permeabilidade nasal, avaliada meio da Rino-hogrometria é
de forma objetiva, mas sem significância recomendável, uma vez que esses sintomas
estatística (P > 0,05) e sem correlação entre são decorrentes de uma restrição objetiva
análise subjetiva e objetiva. O nível de da cavidade nasal.

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1455

CISTO DENTÍGERO ASSOCIADO Á INCISIVOS


LATERAIS IMPACTADOS EM SÍNFISE
MANDIBULAR: RELATO DE UMA ENTIDADE RARA
Joao Henrique Biazim Junior; Bruno Henrique de Oliveira; André
Takahashi

Introdução: A impactação é a detenção sob anestesia geral, com o emprego de uma


da erupção de um dente produzido por uma incisão em fundo de sulco mandibular, o
barreira física ou por uma posição anormal retalho foi obtido e o osso da região
do dente. Tendo as principais indicações acessado. Durante a exposição foi
para uma exodontia de dentes impactados observada discreta expansão de cortical
a prevenção de cistos e tumores vestibular em região da impactação. Os
odontogênicos, prevenção de fraturas dentes 32 e 42 foram removidos. Após a
mandibulares e a facilitação do tratamento curetagem com remoção do saco
ortodôntico. O cisto dentígero, que irá ser pericoronário foi feita a sutura do acesso
abordado neste relado de caso, envolve a com fio absorvível.
coroa de um dente impactado e se conecta Resultados: As lesões foram
ao dente pela junção amelocementária. encaminhadas para análise
Este relato tem como objetivo apresentar histopatológica, sendo o diagnóstico
um caso de impactação de incisivos laterais definido como Cisto Dentígero. O controle
na região de sínfise mandibular, associado pós operatório de 03 anos mostra completa
à cisto dentígero, caso este que é pouco neoformação óssea em área cirúrgica, sem
reportado pela literatura. sinais de recidiva das lesões.
Métodos: Paciente J.N.S, 10 anos, gênero Discussão: A impactação de incisivos
feminino, compareceu ao Serviço de laterais é bastante rara, encontrados nos
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial percentuais entre 0,5% a 0,8%. A remoção
do Hospital Universitário da USP com cirúrgica de dentes impactados
queixa de ausência de elementos dentários frequentemente segue os protocolos
32 e 42. Exames de imagem radiografia cirúrgicos básicos de retalho e ostectomia
panorâmica e telerradiografia lateral, já estabelecidos. O Cisto dentígero é
evidenciavam a retenção dos elementos descoberto em exames radiográficos de
dentários 32 e 42 em região de sínfise rotina ou quando um dente não erupciona.
mandibular, com áreas radiolúcidas,
Conclusão: O tratamento de dentes
uniloculares, em proximidade às coroas
impactados deve incluir um minucioso
dos mesmos, sugestivas de lesão, com
planejamento clínico e radiográfico, afim
hipótese diagnóstica de cisto dentígero. O
de analisar a terapia adequada que neste
procedimento de exodontia foi realizado
caso, foi a remoção cirúrgica.

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CIRURGIA BUCAL

Referências:
C Gay, L Berini - Tomo I, 2004.
NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3ª. ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2009.

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CIRURGIA BUCAL

1492

PREVALÊNCIA DE DISCRASIAS SANGUÍNEAS,


DOENÇAS ASSOCIADAS E COMPLICAÇÕES PÓS-
OPERATÓRIAS NO ATENDIMENTO CIRÚRGICO
ODONTOLÓGICO DO CURSO DE ODONTOLOGIA
DA UFES NO PERÍODO DE 2003 A 2014
Gustavo Henrique Martins; Renata Pittella Cançado; Andre Alberto
Camara Puppin; Gabriela de Oliveira Bessa; Luiz Henrique Soares
Torres

Introdução: a realização de tratamentos possível determinar o tipo. Discrasias


cirúrgicos odontológicos em pacientes com sanguíneas adquiridas referentes ao uso do
discrasias sanguíneas necessita de uma anticoagulante oral Warfarina
atenção sistemática, buscando-se sempre representaram 9,6% da amostra. A
as melhores formas de terapia. O objetivo Hepatite C esteve presente em 36,2% dos
desse estudo foi identificar os distúrbios casos de discrasia hereditária associada a
mais prevalentes apresentados pelos outra alteração sistêmica. 32% e 44,7% da
pacientes atendidos no Programa de amostra utilizaram o ácido tranexâmico
atendimento cirúrgico odontológico a como terapia medicamentosa no pré e pós-
pacientes portadores de discrasias operatório, respectivamente. Oito
sanguíneas do curso de Odontologia da complicações pós-cirúrgicas foram
Universidade Federal do Espírito Santo identificadas, sendo cinco casos de
(UFES), bem como a correlação de doenças sangramentos, um de alveolite e outros
associadas aos distúrbios hereditários e dois de dor na região.
entre os protocolos medicamentosos pré e Discussão: Os resultados obtidos
pós-operatórios utilizados com a corroboram com outros estudos, nos quais
ocorrência de complicações pós-cirúrgicas. apresentam que grande número dos
Métodos: estudo epidemiológico pacientes com coagulopatias são co-
retrospectivo transversal de setenta e três infectados com HIV (Vírus da
prontuários de pacientes portadores de Imunodeficiência Humana) e HCV (Vírus
discrasias sanguíneas e que apresentavam da Hepatite C). A administração do ácido
indicação para exodontia, entre os anos de tranexâmico como protocolo pré e pós-
2003 e 2014. Esses prontuários foram cirúrgico apresentou-se como principal
identificados por código, garantindo a terapia medicamentosa de escolha,
confidencialidade das informações. concordando com outros trabalhos
Resultados: foram identificados 36 casos pesquisados. Uma maior incidência de
de Hemofilia, dos quais dezesseis não foi complicações em portadores de discrasias
sanguíneas hereditárias foi observada, em

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CIRURGIA BUCAL

contraste com o que tem sido descrito na


literatura.
Conclusão: Dentre as discrasias
sanguíneas apresentadas, a mais
prevalente no estudo foi a Hemofilia. Em
relação às doenças sistêmicas associadas, a
Hepatite C foi a mais frequente. E o ácido
tranexâmico representou a medicação mais
utilizada como protocolo medicamentoso
para as cirurgias orais.

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1518

DENTES SUPRANUMERÁRIOS EM GÊMEOS


MONOZIGÓTICOS:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Fernanda Calvo Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José Moreira
Oliveira; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: A ocorrência de dentes ocorre na mesma localização em gêmeos


supranumerários têm sido relatada com monozigóticos.
certa frequência em pacientes gêmeos Objetivo: Este trabalho tem como
monozigóticos, principalmente em maxila, objetivo realizar um relato de caso clínico
sendo o mesiodens o mais comum. A de dois gêmeos monozigóticos que
prevalência dos dentes supranumerários apresentavam dentes supranumerários
tem sido de 0,8% na dentição decídua e (mesiodens) em região anterior de maxila e
2,1% na dentição permanente, sendo que que foram submetidos a remoção destes
98% dos casos ocorrem em maxila. Os sob anestesia geral e discutir a relação da
dentes supranumerários ocorrem em hereditariedade com a presença de dentes
ambas as dentições, decídua e permanente, supranumerários, principalmente em
causados provavelmente pela degeneração gêmeos monozigóticos.
no processo de organogênese. Diversas
Resultados: O caso clínico permite
complicações estão relacionadas a estes
observar a ocorrência da similaridade na
dentes, como a impacção, a erupção tardia
localização dos dentes supranumerários
ou erupção ectrópica do dente adjacente,
impactados em gêmeos monozigótico de
erupção no interior da cavidade nasal,
forma a sugerir a influência de fatores
entre outras. Dessa forma, o diagnóstico de
genéticos na sua etiologia.
um dente supranumerário é crucial para
evitar ou minimizar tais complicações. Os Conclusão: Dessa forma podemos
fatores etiológicos dos dentes observar a influência dos fatores genéticos
supranumerários ainda é uma incógnita, sobre o desenvolvimento dos elementos
sendo considerado o fator genético o mais dentários e concluir que a intervenção
prevalente. Entretanto, diversos casos precoce sobre os dentes supranumerários
clínicos têm mostrado que o dente pode aumentar as chances de ocorrer a
supranumerário consiste em uma anomalia erupção normal dos dentes permanentes
dentária de origem hereditária e este caso o dente supranumerário seja o
causador das complicações.

Referências:

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Rubin et al., A comparison of identical twins in relation to three dental anomalies: Multiple
supernumerary teeth, juvenile periodontosis, and zero caries incidence. Oral Surg. October, 1981.
Langowska-Adamczyk H. Et al., Similar locations of imapcted and supernumerary teeth in monozygotic
twins: A reporto f 2 cases. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001; 119:67-70.
Kawashima et al., Heredity may be one of the etiologies of supernumerary teeth. Pediatric Dental
Journal 16 (1): 115-117, 2006

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1546

BIFURCAÇÃO DO CANAL MANDIBULAR E SUA


RELEVÂNCIA NA CIRURGIA ORAL: UM RELATO
DE CASO CLÍNICO POR MEIO DE IMAGENS DE
TOMOGRAFIA
Samia Mouzinho Machado; Renata Quirino de Almeida Barros;
Patricia Meira Bento; Daniela Pita de Melo; Karla Rovaris da Silva

Introdução: Variações anatômicas são mandibular na região de terceiro molar da


alterações morfológicas encontradas no hemimandíbula direita. Através da
corpo humano que não constituem em inspeção de cortes parassagitais do lado
modificações maléficas para o organismo, direito, notou-se que a bifurcação do canal
permitindo a realização normal das estava localizada vestibularmente ao ápice
funções do órgão alterado. Alguns dos da raiz distal do dente 48 e entre suas duas
fatores mais comuns que determinam as raízes mesiais.
variações anatômicas são sexo, idade, raça Discussão: A TCFC permite a visão dos
e biótipo. Na Odontologia, tais alterações componentes faciais em diversos planos,
são frequentemente encontradas, podendo além de oferecer a possibilidade de uma
englobar os ossos presentes na face, os montagem em 3D da área observada, o que
vasos sanguíneos e linfáticos, os canais facilita a identificação de acidentes ou
nervosos e até mesmo os dentes. O objetivo variações morfológicas.
deste estudo é apresentar o caso clínico de
Conclusões: A partir deste achado, é
um paciente do sexo masculino com 31
válido realçar a importância da tomografia
anos que apresentou a variação anatômica
na pré-avaliação de um paciente, seja ele
de bifurcação do canal mandibular.
indicado para remoção do terceiro molar
Métodos: O paciente T.M.D. compareceu ou para colocação de um implante, devido
à clínica particular de Radiologia, para a à incidência destas variações anatômicas
realização de uma Tomografia encontradas acidentalmente, mas que
Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) podem acarretar em consequências graves
da mandíbula, a fim de se avaliar a relação para o paciente, como parestesia
entre o dente 48 e o canal mandibular para temporária ou definitiva devido à lesão do
uma futura extração dentária. nervo mandibular.
Resultados: Durante a análise da TCFC,
observou-se bifurcação unilateral do canal

Referências
ALVES, N.; CÂNDIDO, P. L. Introdução ao estudo da anatomia. IN: ALVES, N.; CÂNDIDO, P. L.
Anatomia para o curso de odontologia geral e específica. 3 ed. Paraná: Editora Santos, 2012.p. 1-10.

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1555

REMOÇÃO DE TERCEIRO MOLAR SUPERIOR


DESLOCADO PARA A FOSSA
INFRATEMPORAL
Lucas Teixeira Brito; Leonardo Araújo de Andrade; Weuler dos
Santos Silva; Rubens Jorge Silveira; Michelle Golveia Benício de
Araújo

Durante a exodontia de dentes inclusos, Para determinar a exata localização do


inúmeras situações adversas são dente e para fins de planejamento
esperadas, demonstrando a importância no cirúrgico, solicitou-se tomografia cone
planejamento cirúrgico em procedimentos bean. Diante dos exames por imagem e do
de rotina que aparentam ser simples. Este quadro clínico, o tratamento estabelecido
trabalho tem como objetivo relatar um caso foi a remoção cirúrgica em ambiente
clínico de deslocamento dentário durante hospitalar sob anestesia geral. O paciente
exodontia do dente 18 para fossa recebeu alta com 6 meses. Se faz necessário
infratemporal. Paciente, sexo masculino, executar um adequado planejamento
30 anos, foi encaminhado ao ambulatório cirúrgico visando a prevenção de eventos
de CTBMF no hospital cidade jardim, em adversos. O relato demonstra a
decorrência de insucesso da exodontia do importância de não menosprezar nenhum
elemento 18 durante a tentativa de tipo de procedimento, inclusive os de
extração dos dentes 18,28,38,48. Em exame aparência mais simplificada e frente
clínico paciente com algia a palpação em intercorrências, dar um adequado
região maxilar ipsilateral. Mediante encaminhamento e assistência ao
inspensão intraoral dos tecidos peribucais, paciente.
não foi possível localizar elemento 18,
ausência de tuberosidade maxilar com
sinais de crepitação óssea. Em manobra de
Valsava, obteve-se sinal negativo. No
exame radiográfico por imagem,
radiografia de watters, observou-se
imagem radiopaca de formato sugestivo de
elemento dentário em região superior à
hemi-maxila direita com localização que
sugere presença de corpo estranho em
fossa infratemporal direita.

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CIRURGIA BUCAL

1556

EXCISÃO CIRÚRGICA DE LIMA


ENDODÔNTICA INTRODUZIDA EM SEIO
MAXILAR
Samuel Macedo Costa; Polianne Alves Mendes; Tulio Nativ Amorim
de Jesus; Eduardo Morato de Oliveira;Leandro Napier de Souza

Introdução: A ocorrência de corpos Caldwell-Luc. Foi realizada uma incisão em


estranhos em seios paranasais é rara, fundo de vestíbulo maxilar esquerdo,
introduzidos de forma acidental ou seguido de descolamento, expondo-se a
iatrogênica. Esta complicação decorre de parede anterior do seio maxilar.
procedimentos dentários, oftalmológicos Posteriormente, foi efetuada a osteotomia
ou otorrinolaringológicos. O seio maxilar é na parede anterior do seio maxilar para
o mais acometido e as fístulas oroantrais acesso ao seu interior, por meio do qual a
são a via mais comum de inoculação, lima foi localizada e removida. Em seguida,
entretanto em casos mais raros os alvéolos foi realizada a exodontia, o
dentários podem representar a via de reposicionamento do retalho e sutura. A
acesso. Este trabalho relata um caso de paciente esta sob acompanhamento há
introdução acidental de uma lima quatro meses, com resolução do quadro de
endodôntica em seio maxilar durante sinusite e assintomática.
tratamento endodôntico. Discussão: A ocorrência de corpos
Métodos: Paciente AMV, 49 anos, estranhos em seios paranasais é rara, sendo
feminino, procurou a Clínica de Cirurgia da que estes devem ser removidos sempre que
Faculdade de Odontologia da Universidade possível, uma vez que podem causar
Federal de Minas Gerais (FO-UFMG) complicações, principalmente sinusite
relatando possuir dente fraturado e com maxilar aguda ou crônica. A solicitação de
impactação de lima endodôntica após a exames de imagem é fundamental para o
realização frustrada de tratamento diagnóstico e planejamento do tratamento,
endodôntico, relatando ainda quadros de sendo a radiografia panorâmica a mais
sinusite. Ao exame clínico observou-se utilizada.
dente 27 fraturado, sem outros sinais Conclusão: A presença de fragmento de
clínicos. O exame de imagem sugeriu lima endodôntica no interior do seio
fragmento radiopaco, condizente com lima maxilar, embora pouco provável, pode ser
endodôntica, advindo do dente 27 e uma ocorrência na prática clínica,
adentrando ao seio maxilar esquerdo. Foi tornando-se necessário um bom
planejada a excisão cirúrgica do fragmento conhecimento da anatomia e das técnicas
de lima e posterior exodontia do dente 27. cirúrgicas para a solução destes casos.
A cirurgia foi realizada pelo acesso de

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Referências:
1. LIMA, M. M. ; 34 Self-inflicted Foreign Bodies in the Maxillary Sinus.; Revista Brasileira de
Otorrinolaringologia. 2008 2.Tanasiewicz M, et al., Foreign body of endodontic origin in the maxillary
sinus, Journal of Dental Sciences 2013.

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1578

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE FRATURA


MANDIBULAR DURANTE EXTRAÇÃO DO SISO:
RELATO DE CASO
Rhaina Anuá Souza Afonso; Rubens Jorge Silveira; Alberto Ferreira da
Silva Junior; Weuler dos Santos Silva; Lucas Teixeira Brito

A exodontia dos sisos é um procedimento encaminhada para o Cirurgião


cirúrgico frequentemente realizado. Dor, Bucomaxilofacial que após exame físico e
edema, trismo, infecções e alveolite, são análise radiográfica confirmou a suspeita de
complicações relativamente comuns. Já a fratura. A paciente foi submetida a
fratura mandibular é uma complicação tratamento cirúrgico em ambiente hospitalar.
incomum, tanto no trans como pós- Foi realizado acesso cirúrgico submandibular
operatório. O ângulo mandibular é uma região do tipo Risdon para exposição do traço de
anatômica onde o siso normalmente localiza- fratura, bloqueio maxilo mandibular
se, sendo uma área de baixa resistência a transoperatório. Após bloqueio maxilo
fratura. Alterações sistêmicas e locais podem mandibular foi realizada a redução e fixação
provocar uma redução da resistência óssea da fratura utilizando duas placas do sistema
levando a fratura durante a cirurgia do siso. O 2.0. Paciente recebeu alta no primeiro dia pós
planejamento cirúrgico pouco abrangente, cirurgia, utilizando elásticos para guiar a
utilização de técnica inadequada, oclusão e orientações gerais. Retornou com 7
instrumental inapropriado e quase sempre o e 21 dias após a cirurgia, apresentando função
emprego de força manual excessiva leva a mastigatória reestabelecida, sendo orientada
fratura mandibular. O objetivo desse trabalho quanto a fisioterapia com laser de baixa
é relatar caso clínico de fratura mandibular intensidade para melhora da parestesia
durante a exodontia do siso 48 em uma decorrente do trauma ao nervo alveolar
paciente do gênero feminino, 33 anos. Foram inferior. No follow-up de 1 ano, paciente não
solicitados exames radiográficos de rotina apresentava nenhuma queixa e o exame de
panorâmica e periapical previamente a controle radiográfico mostra completa
cirurgia. A exodontia do 48 foi complicada cicatrização. Os autores acreditam que o caso
segundo relato do Cirurgião-Dentista Clínico sirva para salientar a importância de um bom
que executou o procedimento. Paciente planejamento cirúrgico para exodontia dos
retornou no segundo dia de pós-operatório sisos, bem como sugerem que o clínico deva
queixando-se de muita dor e má olcusão. Foi ponderar que casos mais complexos, é sempre
solicitado um novo exame radiográfico importante referenciar ao especialista caso
panorâmica, que confirmou a suspeita clínica não tenham segurança para executar o
de fratura mandibular. Paciente foi procedimento.
Referências: HUPP, J.R. et al, Cirurgia Oral e Maxilofacial Comtemporânea, 6ª, Editora Elsevier,
2015.

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1600

APROVEITAMENTO DO CORPO
GORDUROSO DA BOCHECHA PARA
FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO
OROANTRAL: RELATO DE CASO CLÍNICO
Talita Portela Pereira;Lívia Maria Vidigal Quintão;Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: As comunicações oroantrais procedimento cirúrgico para instalação de


são complicações frequentes na cirurgia implantes na região posterior da maxila,
bucal e geralmente ocorrem após extrações bilateralmente, que evoluiu para perda dos
dentárias dos molares, elevações do seio implantes e ampla comunicação oroantral.
maxilar ou procedimentos de implantes Foi realizada a técnica cirúrgica com
dentários. A presença destes defeitos pode utilização do corpo gorduroso da bochecha
aumentar a morbidade e muitas vezes para o fechamento da comunicação,
necessitam de uma abordagem cirúrgica. apresentando resultados satisfatórios.
Várias técnicas cirúrgicas têm sido Com base na revisão de literatura e no
sugeridas para o fechamento das relato de caso, pode-se concluir que essa
comunicações oroantrais, como técnica pode ser indicada para o
fechamento primário, enxerto de mucosa fechamento das comunicações oroantrais
bucal, enxerto alogênico, retalho devido às suas enormes vantagens, como
rotacional regional, retalho distante, confiabilidade, baixas taxas de
retalhos mucoperiósteos ou enxertos complicações, dissecção mínima
utilizando o corpo gorduroso da bochecha. necessária para sua coleta e mobilização do
O uso do corpo adiposo da bochecha é um retalho. Além disso, promove um
procedimento pouco relatado, porém tem fornecimento rico de sangue, que favorece
sido frequentemente utilizado. Este estudo uma melhor epitelização e cicatrização,
tem como objetivo relatar um caso clínico proporcionando desconforto mínimo para
de um paciente do gênero masculino, 78 o paciente e sucesso clínico pós-
anos, com história pregressa de uso de operatório.
bifosfonatos, submetido a um

Referências:
ALONSO-GONZÁLEZ, R. et al. Closure of oroantral communications with Bichat ́s buccal fat pad. Level
of patient satisfaction. J Clin Exp Dent. v. 7, n. 1, p. 28-32, 2015.
DENES, S.A; TIEGHI, R; ELIA, G. T. The Buccal Fat Pad for Closure of Oroantral Communication. The
Journal of Craniofacial Surgery. v. 27, n. 3, 2016.

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MANUEL, S; KUMAR, S; NAIR, P. R. The Versatility in the Use of Buccal Fat Pad in the Closure of Oro-
antral Fistulas. Maxillofac. Oral Surg. v. 14, n. 2, p. 374-377, 2015.
PROCACCI, P. et al. Surgical Treatment of Oroantral Communications. The Journal of Craniofacial
Surgery. v. 27, n. 5, 2016.
YAKÇIN, S. et al. Surgical Treatment of Oroantral Fistulas. J Oral Maxillofac Surg, 2011.

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1615

COMPLICAÇÕES EM CORONECTOMIA DE
TERCEIROS MOLARES INFERIORES: ESTUDO
RETROSPECTIVO DE 19 CASOS
Alice Helena de Lima Santos; Cintia Mussi Milani; Luciano Andrei
Francio; Alessandra Akizuki Okimoto Rosa

Introdução: A Coronectomia ou Odontectomia parcial


intencional é uma técnica cirúrgica na qual se remove a coroa do
dente deixando a raiz em “situ”. É indicada quando há o risco de
lesão ao nervo alveolar inferior ou fratura de mandíbula durante
a remoção de dentes posteriores inferiores inclusos,
particularmente os terceiros molares.
Objetivo:Analisar as complicações trans e pós-operatórias e o
índice de migração das raízes em 19 casos de coronectomia.
Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo através das
informações contidas em prontuários e análise dos exames de
imagem pré e pós-operatórios, com um período de
acompanhamento que variou entre 6 meses à 4 anos e um mês
de pós-operatório.
Resultados: Foi observada uma queixa álgica e um caso de
fragmento de esmalte dental residual. A migração radicular
ocorreu em 89,5% dos casos e a movimentação média das raízes
retidas foi de 3,21milímetros, em um intervalo médio de 11
meses. Não foi necessária reoperação de nenhum paciente.
Conclusão: No presente estudo a coronectomia mostrou ser
uma boa opção à remoção completa do dente, com baixo índice
de complicações.

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1673

INFECÇÃO ODONTOGÊNICA GRAVE APÓS


TENTATIVA DE EXODONTIA DE TERCEIRO
MOLAR: RELATO DE CASO
Polianne Alves Mendes; Isabela Moreira Neiva; Samuel Macedo
Costa; Ana Cristina Rodrigues Antunes de Souza; Leandro Napier
de Souza

Introdução: A Infecção odontogênica é áreas retromolar e pterigomandibular.


uma complicação pós-operatória rara, que Foram instalados drenos de Penrose e
pode invadir os espaços fasciais e levar o realizada exodontia do 48. Paciente foi
paciente a óbito ou deixar sequelas. O mantido sob monitoramento, com melhora
objetivo deste trabalho é relatar um caso, clínica e níveis laboratoriais satisfatórios
com a conduta e cuidados em uma infecção após 3 dias de internação hospitalar.
odontogênica grave apos tentativa de Resultados: O paciente recebeu alta
exodontia do 48 semi-incluso. hospitalar no 3DPO, com bom padrão
Métodos: Paciente P. S. G., 25 anos, respiratório e com sinais de melhora
gênero masculino compareceu ao serviço clínica. Foi prescrita antibioticoterapia via
com queixa de tremores, mal-estar e oral por 7 dias, com remoção do dreno no
inchaço no pescoço. À anamnese, relatou 4DPO. Após 3 meses de acompanhamento
tentativa frustrada de exodontia do 48 há 8 recebeu alta definitiva.
dias, em uso de Tramadol, Dipirona e Discussão: O tratamento da infecção
Nimesulida. Negou comorbidades, odontogênica consiste em reduzir a
tabagismo e etilismo. Exame clínico população bacteriana, auxiliando as
verificou edema em face, trismo, disfagia, defesas do organismo, após
dispnéia e aspecto toxêmico, sendo descontaminação local e remoção da causa,
submetid à internação hospitalar, devido como realizado no caso apresentado.
ao quadro de infecção odontogênica grave.
Conclusões: O exame físico bem
Foram solicitados exames para o
realizado e a coleta da história completa
monitoramento do quadro, prescrita
são essenciais para o correto diagnóstico e
terapia antibiótica e soroterapia. No centro
adequado tratamento do paciente.
cirúrgico, sob anestesia geral, foi realizada
Infecções odontogênicas são condições
drenagem cirúrgica, de grande volume de
graves que devem ser rapidamente
coleção purulenta, principalmente nas
diagnosticadas e tratadas.

Referências: 1. Cardoso CL et al. Abscesso tardio após exodontia de terceiros molares inferiores: relato
de dois casos. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac, 2008; 8 (3): 17-24. 2. Patankar A et al. Evaluation
of microbial flora in orofacial space infections of odontogenic origin. Natl J Maxillofac Surg, 2014; 5

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(2): 161-5. 3. Bagheri SC, Bell RB, Khan HA. Terapias atuais em cirurgia bucomaxilofacial. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.

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1684

SIALOLITO EXTENSO NO DUCTO DA


GLÂNDULA SUBMANDIBULAR : RELATO DE
CASO CLÍNICO
Isabela Moreira Neiva; Polianne Alves Mendes; Eduardo Morato de
Oliveira; Raquel Borges Camelo Surette; Leandro Napier de Souza

Introdução: Sialolitos são massas excisão total do cálculo, com e


calcificadas, de causa incerta, que se acompanhamento.
formam ao longo do ducto ou na própria Resultados: O tratamento proposto
glândula salivar. O desenvolvimento obteve sucesso, com restabelecimento das
dessas calcificações se daria através da funções normais. Acompanhamento de um
deposição de sais de cálcio, ao redor de um ano com ausência de sintomatologia e
acumulo de debris que podem ser formados recidiva.
por muco espesso, bactérias, corpos
Discussão: O longo, tortuoso e
estranhos e restos epiteliais do próprio
ascendente ducto da glândula
ducto. Na maioria dos casos localizam-se
submandibular, bem como a secreção
na glândula submandibular.
mucóide e espessa, podem levar à maior
Radiograficamente observa-se uma massa
tendência de formação de cálculo salivar. A
radiopaca, e clinicamente podem causar
pesar de ser comum, a presença de cálculos
dor e aumento de volume. O objetivo deste
gigantes é extremamente rara e a maioria
trabalho é relatar um caso de um sialolito
não excede 1,5cm, o que contrasta com o de
de grandes proporções no ducto da
4cm relatado. Na literatura é possível
glândula submandibular.
encontrar casos de pacientes com
Métodos: paciente L.L.O, 50 anos, gênero tamanhos semelhantes tratados com a
masculino, foi encaminhado ao serviço de mesma conduta.
Cirurgia Buco- Maxilo-Facial da
Conclusão: O conhecimento da
UFMG com queixa de dor na região
sialolitíase envolvendo ducto da glândula
sublingual. Ao exame clínico observou-se
submandibular é de grande importância
edema localizado no soalho bucal de
para o correto diagnóstico e conduta. A
consistência dura. Radiografia e
marsupialização do ducto da glândula
tomografia computadorizada revelaram
submandibular se mostrou efetiva para a
um grande sialolito de cerca de 4cm, no
remoção do cálculo, restabelecendo a
ducto da glândula submandibular direita.
função normal do paciente.
Foi realizada marsupialização do ducto e
Referências
AZENHA, Marcelo Rodrigues et al . Sialolito de grandes proporções localizado no ducto da glândula
submandibular: diagnóstico e tratamento cirúrgico. Odontol. Clín.-Cient. (Online), Recife , v. 12, n.
1, mar. 2013 .

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Hong KH, Yang YS. Sialolithiasis in the sublingual gland. J Laryngol Otol 2003;117:905-907.
Liao LJ, Hsiao JK, Hsu WC, Wang CP. Sublingual gland sialolithiasis: a case report. Kaohsiung J Med Sci
2007;23:590-593.

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1685

TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HIPERTROFIA DE


MASSÉTER COM UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVO
PIEZOELÉTRICO: RELATO DE CASO
Thainá Araújo Pacheco Brito; Rodrigo Andrade Lima; Felipe Seoane
Matos; Paulo Ribeiro de Queiroz Neto; Daniel Barros Rodrigues

Introdução: A hipertrofia do masséter em relação à estética e sintomatologia


define-se por um aumento de volume dolorosa relatada pela paciente. O
benigno das fibras musculares em região de resultado final foi observado 6 meses após
ângulo e ramo mandibular, geralmente o procedimento cirúrgico.
assintomático, assimétrico ou não. O Discussão: As preocupações em relação
tratamento pode ser conservador ou ao aquecimento, necrose e trauma
cirúrgico, e neste último, a utilização do decorrentes da utilização de brocas e serras
dispositivo piezoelétrico apresenta convencionais foram a principal motivação
diversas vantagens, como maior precisão, para que o dispositivo piezoelétrico
qualidade ao corte e preservação de pudesse ser empregado na odontologia.
estruturas vasculares, nervosas e tecidos Embora presente na minoria dos casos, a
moles. O objetivo deste trabalho consiste paciente apresentava queixas álgicas à
em relatar o caso de uma paciente com mastigação. A conduta terapêutica ainda é
hipertrofia do masséter e posterior controversa; as alternativas vão desde o
abordagem cirúrgica utilizando dispositivo uso de toxina botulínica e utilização de
piezoelétrico para ostectomia em região de placas miorrelaxantes até a redução
ângulo mandibular e redução cirúrgica das cirúrgica das fibras musculares, ostectomia
fibras musculares. e/ou osteotomia do ângulo mandibular e
Métodos: Foi utilizado acesso intraoral técnicas de ablação tecidual. A abordagem
para remoção do feixe profundo do cirúrgica em questão foi preconizada
masséter e ostectomia do ângulo devido ao grau de severidade da
mandibular utilizando dispositivo deformidade.
piezoelétrico através da adaptação de sua Conclusões: Através da adaptação da
ponta reta, melhorando sua inclinação e, ponta reta do dispositivo piezoelétrico foi
consequentemente, a ostectomia, além da possível obter melhor inclinação,
redução das fibras musculares. facilitando a osteoctomia e reduzindo os
Resultados: Após 30 dias houve riscos de complicações pós-operatórias.
regressão do edema e trismo, com melhora
Referências: Biruktawit, et al. Idiopathic Masseter Muscle Hypertrophy. Ethiop J Health Sci, 21(3) 209-
212, 2011; Prabhu R, Mandel L. Simultaneous Bilateral Hypertrophies of the Parotid Gland and
Masseter Muscle: Case Report. J Oral Maxillofac Surg, 75:149-152, 2017; Singh, et al. Unilateral Benign
Masseteric Hypertrophy: Surgical Intervention and Case Report. Int J of Dental and Medical Specialty,
2(4) 28-31, 2015.

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1686

UTILIZAÇÃO DO ÔMEGA 3 COMO ANTI-


INFLAMATÓRIO NA ODONTOLOGIA: NÍVEL
DE EVIDÊNCIA E GRAU DE
RECOMENDAÇÃO
Igor Figueiredo Pereira; Bruna da Silva Ramos; Renata de
Albuquerque Cavalcanti Almeida; Belmiro C. do Egito Vasconcelos

Introdução: o ômega 3 tem ação traumatologia buco-maxilo-


comprovada no metabolismo dos lipídeos, facial,patologia oral e dor orofacial,17
na atuação contra determinados tipos de trabalhos,dos quais,8 foram classificados
Cancer e é importante na ação anti- com nível de evidência científica 1b, 2 com
inflamatória. Objetivo:definir o nível de nível 2a, 2 com nível 3b e 5 com nível 5.Os
evidência científica e o grau de graus de recomendação encontrados
recomendação do ômega 3 como agente foram:8 com grau de recomendação A, 2
anti-inflamatório na odontologia. com grau de recomendação B, 2 com grau
Metodologia: foi realizada uma revisão de recomendação C e 05 com grau de
bibliográfica nas bases de dados recomendação D. A periodontia teve o
Cochrane,Cinahl, Web of Science, Lilacs e maior número de trabalhos, com 12,
BBO através do portal da Bireme. Também seguido da cirurgia com 3 e da patologia
foi consultada a base de dados da MEDLINE oral e dor orofacial com 1 trabalho cada.
através da Pubmed. Os descritores Discussão: a principal ação do ômega 3
utilizados foram: para o portal Bireme: em destaque na odontologia é a anti-
dentistry;oral surgery;orthognathic inflamatória, que na periodontia
surgery;myofacial syndrome of apresentou os resultados mais favoráveis,
temporomandibular pain disorder;ômega principalmente em relação à profundidade
3;anti-inflamatory. No portal da Pubmed: de sondagem, ganho de inserção e
dentistry;oral surgery;orthognathic diminuição da absorção óssea, na área da
surgery;myofacial syndrome of cirurgia, o ômega 3 obteve resultados
temporomandibular pain disorder;ômega satisfatórios no controle da dor e
3; anti-inflammatory. Os artigos foram inflamação pós exodontia de terceiros
classificados de acordo com os níveis de molares.
evidências da classificação da Oxford Conclusão: Existem artigos publicados
Center for Evidence-Based Medicine. com forte recomendação do uso do ômega
Resultados: aplicados os critérios de 3 como anti-inflamatório em Odontologia.
elegebilidade foram selecionados nas O maior número de trabalhos foi
especialidades da periodontia,cirurgia e encontrado nas especialidades da

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periodontia e da cirurgia buco-maxilo- clínicos,são necessários para comprovação


facial,porém mais estudos,como ensaios desses resultados.

Referências: CHEE, B., et al. Omega-3 fatty acids as an adjunct for periodontal therapy a review. Clin
Oral Invest. Published online, 17 February, 2016.NAQVI, Z.A., et. al. Docosahexaenoic Acid and
Periodontitis in Adults: A Randomized Controlled Trial. J DENT RES published online 26 jun/2014.

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1689

PROPAGAÇÃO DE INFECÇÃO
ODONTOGÊNICA PARA ESPAÇOS
CERVICAIS: RELATO DE CASO
Thainá Araújo Pacheco Brito; Mariana Machado Mendes de
Carvalho; Diego Tosta Silva; Renata Moura Xavier Dantas; Vildeman
Rodrigues

Introdução: As infecções odontogênicas regressão total do processo infeccioso e


são aquelas que se originam nas estruturas sintomatologia associada.
que compõem o dente e o periodonto, e Discussão: O estabelecimento precoce de
costumam ser restritas ao local de origem. uma terapia adequada das infecções
Entretanto, sob certas condições, podem odontogênicas é imprescindível para evitar
ultrapassar barreiras ósseas, musculares possíveis complicações. A propagação da
e/ou mucosas, propagando-se para espaços infecção depende da virulência dos
fasciais adjacentes. O objetivo do presente patógenos envolvidos e das condições
estudo foi discutir a propagação das sistêmicas do paciente. A paciente em
infecções odontogênicas para os espaços questão não apresentou nenhuma
cervicais e sua conduta terapêutica, através debilidade sistêmica específica. A
de um relato de caso clínico. antibioticoterapia isolada é
Métodos: A paciente apresentou-se frequentemente considerada insuficiente,
cursando com quadro infeccioso há 10 dias, sendo indicada drenagem cirúrgica e
face toxêmica, trismo, disfagia, odinofagia, remoção do foco como terapêutica
aumento de volume em terço inferior associada. Neste caso, fez-se necessário a
da face, difuso e endurecido. Ao exame realização de cervicotomia e a instalação
intraoral observou-se resto radicular da de drenos rígidos nos espaços
unidade 16, com drenagem de secreção submandibular direito e submentoniano.
purulenta em sulco gengival. O exame Conclusão: O protocolo de atendimento
imaginológico evidenciou imagem deve ser rigoroso e o mais precoce possível,
compatível com processo infeccioso, sem baseado em quatro princípios básicos:
comprometimento de vias aéreas. O drenagem cirúrgica eficiente,
tratamento consistiu em antibioticoterapia antibioticoterapia de amplo espectro,
intravenosa, drenagem dos espaços faciais remoção do agente causal e estabilização
e exodontia da unidade dentária envolvida. do paciente.
Resultados: A paciente apresentou
resposta satisfatória à terapia, com

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Referências: Conto F. Mediastinite de origem odontogênica. Revista de Cirurgia e Traumatologia


Buco-maxilo-facial 2011;1(2):27-34; Nogueira EFC, Porto GG, Cerqueira PR. Abcesso intracraniano de
origem odontogênica: relato de caso. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
2011;11(3):15-20; Jardim ECG et al. Infecções odontogênicas: relato de caso e implicações terapêuticas.
Revista da Faculdade de Odontologia de Araçatuba 2011;32(1):40-3.

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1692

EXODONTIA DE SEGUNDO MOLAR DECÍDUO


DESLOCADO PARA O INTERIOR DO SEIO
MAXILAR: RELATO DE CASO CLINICO
Isabela Moreira Neiva; Polianne Alves Mendes; Eduardo Morato de
Oliveira; Ana Cristina Rodrigues Antunes de Souza

Introdução: Deslocamento de dentes Resultados: O 2O molar decíduo foi


decíduos para o seio maxilar é incomum, removido com sucesso, sem
mas é uma possível complicação para qual intercorrências, com recuperação pós-
devemos estar preparados. O objetivo deste operatória normal.
trabalho é relatar um caso clínico, conduta Discussão: Dentes relacionados ao seio
e cuidados na remoção de um corpo maxilar são freqüentes, principalmente
estranho no interior do seio maxilar. pré-molares, molares e, ocasionalmente,
Métodos: Paciente T.R.S., 15 anos, caninos, que em alguns casos podem até se
gênero masculino, foi encaminhado ao projetarem nele. Esta relação pode resultar
serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da em riscos para exodontias e implantes.
UFMG para remoção de um dente no Dentes decíduos relacionados ao seio
interior do seio maxilar. À anamnese, o maxilar ou deslocados para o seu interior
paciente relatou procedimento cirúrgico são raros, mas o caso descrito representa
no qual ocorreu o deslocamento do dente um exemplo dessa rara situação.
para o seio maxilar. Paciente saudável, sem Conclusão: A cirurgia transcorreu sem
alterações sistêmicas, sinais de infecção intercorrências com cicatrização normal,
e/ou queixas álgicas. Ao exame clínico, demonstrando o sucesso do planejamento
observou-se alvéolo em cicatrização entre e tratamento proposto. Embora o
os dentes 14 e 16. Radiograficamente foi deslocamento de dente decíduo para o seio
observada a presença do dente 55 na região maxilar seja uma situação rara, o cirurgião
posterior do seio maxilar e ausência do 15. deve estar atento a esta possibilidade, para
Optou-se pela remoção, através do acesso o correto diagnóstico e tratamento do
de Caldwell-Luc, com prescrição de paciente.
amoxicilina 500mg de 08 em 08h por 10
dias.
Referências:
Mariano CR et al.; Accidental introduction of upper third molar into maxillary sinus. Revista de
Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2006 maio-ago; 18(2)149-53.
Amorim KS, da Silva VT, da Cunha RS, Souto ML, São Mateus CR, Souza LM; Removal of an upper third
molar from the maxillary sinus.. Case Rep Dent. 2015;2015:517149.

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CIRURGIA BUCAL

Assis LT; Rocha, LM; Abreu MM. Aplicaçäo da técnica cirúrgica de CaldWell- Luc para remoçäo de corpo
estranho do seio maxilar: relato de caso / The use of Caldwell-Luc surgical technique to remove a
foreign body of the maxillary sinus: a case report. BCI;9(35):203-206, jul.-set. 2002.

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5-9 de setembro de 2017
326
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CIRURGIA BUCAL

1716

MIÍASE ORAL EM PACIENTE COM FISSURA LABIAL


BILATERAL PRÉ-FORAME: RELATO DE CASO
Alissia Lima Soares; Klaudia Monteiro Barata; Raony Segtowich Vital;
Francisco de Souza Neves Filho; Eduardo Luis de Souza Cruz

A miíase é uma doença causada pela traumatologia buco-maxilo facial do


infiltração de larvas de moscas nos tecidos Hospital Ophir Loyola com queixa
moles ou duros em humanos e animais principal de aumento rápido do lábio, dor
vertebrados. Esta patologia é mais na região e que tinha sofrido um trauma na
prevalente em países tropicais e face. Após alguns dias, começaram a
subdesenvolvidos, onde costuma atingir aparecer larvas na boca, as quais eram
pessoas de baixo nível socioeconômico, removidas pelo próprio paciente ou eram
com má higienização e ainda aqueles com expelidas na boca espontaneamente, o que
comprometimentos neurológicos ou permitiu o diagnóstico de miíase oral. Foi
imunológicos. As moscas depositam seus prescrito então, 2 comprimidos de
ovos diretamente nos tecidos, onde ivermectina e posteriormente realizou-se o
eclodem e transformam-se em larvas que procedimento cirúrgico sob anestesia
irão realizar sua nutrição através dos geral, onde as larvas foram removidas e
tecidos circunjacentes, líquidos corporais e realizado o debridamento da lesão, seguida
alimentos não digeridos. As larvas de aplicação de medicação tópica com
costumam penetrar de forma mais creolina e medicação sistêmica. Foram
profunda nos tecidos moles, podendo retiradas 120 larvas, de lesões extensas,
produzir “tuneis”, que causam destruição profundas e intercomunicantes,
tecidual extensa e quando atingem os ossos localizadas na vestibular e palatina da
podem causar até osteomielite. Apesar da maxila, na comunicação buco-nasal, na
simplicidade do diagnóstico e do mucosa labial superior e inferior, dorso
tratamento, há relatos na literatura que lingual e nas regiões de sínfise, parasínfise
esta infestação pode levar a morte do e corpo da mandíbula. Alguns meses
hospedeiro, especialmente quando depois, o paciente foi reavaliado e
envolvem o nariz, os olhos, os ouvidos e a verificou-se resolução total do quadro. Este
boca. O objetivo é relatar um caso de miíase caso enfatiza para os cirurgiões-dentistas,
em paciente com fissura lábio palatal, a importância de conhecer as
morador da periferia de Belém. Paciente características clínicas e o tratamento
A.F.F.C, 33 anos, sexo masculino, adequado da miíase oral. Na literatura
melanoderma, com comprometimento nenhum caso de pacientes com fissuras
psicológico e fissura labial bilateral pré- lábio palatal associado a esta parasitose foi
forame com comunicação buco-nasal, foi encontrado.
conduzido para o setor de cirurgia e

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CIRURGIA BUCAL

1720

AVALIAÇÃO HISTOMORFOMÉTRICA DO
REPARO ALVEOLAR APÓS SÍNTESE COM
COLA DE CIANOACRILATO
Juliana Lima Vecchio; Jayara Ferreira de Aguiar; Amanda Lobão
de Albuquerque; Gabriela Vasconcelos Maia; Abrahão
Cavalcante Gomes de Souza Carvalho

O objetivo do presente trabalho é comparar Porém, nos dias 15º e 30º do pós-
o reparo alveolar após extração e síntese operatório, a diferença de neoformação
utilizando o fio de Nylon 5-0 com a síntese óssea entre os grupos diminuiu
utilizando cola biológica de cianoacrilato gradualmente até o 30º dia do pós-
para bricolagem. Foram utilizados 20 ratos operatório, não representando danos
do tipo wistar, com aproximadamente 200g relevantes a neoformação óssea aos 30
de peso, machos, que foram submetidos à dias. Após análise estatística do resultado
extração dos dentes 1º molar superior histomorfométrico, não houve diferença
direito e esquerdo. No lado direito, foi entre a neoformação óssea nos alvéolos
realizada a síntese do alvéolo com o suturados com fio de Nylon 5-0 e os
gotejamento de 2 etil-cianoacrilato. No alvéolos que receberam síntese de cola de
lado esquerdo, foi realizada uma sutura cianoacrilato (p= 0,902). Dessa forma,
interrompida simples com o fio de Nylon 5- apesar de possibilitar o reparo alveolar, a
0. Os animais receberam eutanásia nos dias síntese do alvéolo pósextração com o 2 etil-
03, 07, 15 e 30 pós-operatórios e as cianoacrilato atrasa o processo reparo
imagens de cortes histológicos dos alvéolos alveolar, evidente principalmente no
foram capturadas para análise. Foi período de 07 dias.
realizada a morfometria com auxílio do
software Image J para quantificar a
neoformação óssea do alvéolo. Os
resultados obtidos mostraram que no 07º
dia do pós-operatório, o grupo que recebeu
a síntese através do 2-etil-cianoacrilato
apresentou um atraso em relação ao grupo
controle.

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1729

ADENOMA PLEOMÓRFICO EM GLÂNDULA


PARÓTIDA: RELATO DE CASO
Jefferson Botelho Abe; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Introdução: O adenoma pleomórfico é Discussão: Dentre todas as glândulas


considerado pela literatura o neoplasma salivares, a glândula parótida é a mais
salivar mais comum. De natureza benigna, acometida pelo adenoma pleomórfico.
70% a 80% das lesões estão localizadas na Normalmente acomete pacientes com
parótida onde comumente se apresenta idade entre 30 a 60 anos, mas podem se
como uma massa nodular submucosa desenvolver em qualquer idade. O
móvel, de consistência firme, crescimento diagnóstico precoce em sua grande maioria
lento e expansivo, cedendo pouco à resulta em tratamentos mais conservador e
palpação com compressão. Apesar da possivelmente melhor prognóstico para o
benignidade, o adenoma pleomórfico é paciente. O tratamento de eleição referido
uma entidade passível de sofrer uma na literatura é a enucleação, com o objetivo
malignização. Deste modo, o objetivo do da erradicação da lesão. Apesar do
presente estudo foi relatar um caso de diagnóstico do adenoma pleomórfico ser
adenoma pleomórfico em glândula essencialmente clínico, o diagnóstico
parótida esquerda com seis meses de definitivo é alcançado a partir do exame
evolução, em paciente do sexo feminino, histopatológico; ainda, visto que as
50 anos de idade, tratada com a técnica da características clínicas desse tumor podem
enucleação cirúrgica com a finalidade de ser semelhantes às presentes em tumores
erradicação da lesão. malignos a realização do exame
Métodos: De abordagem quantitativa e anatomopatológico se faz de extrema
finalidade descritiva, o estudo foi realizado importância.
a partir do exame clínico, exames Conclusão: A enucleação cirúrgica
complementares e revisão de literatura. A continua sendo o tratamento de escolha
cirurgia foi realizada no Hospital Regional para o adenoma pleomorfo e o exame
Hans Dieter Schmidt, Joinville – SC, em anatomopatológico necessário à
novembro de 2016. confirmação do diagnóstico. A paciente
Resultados: O tratamento cirúrgico pela permanece em acompanhamento e
técnica da enucleação foi considerado bem controle pós-operatório ambulatorial.
sucedido, em razão que a lesão foi
removida por completa e com a sua cápsula
íntegra. O exame anatomopatológico
confirmou o diagnóstico de adenoma
pleomorfo.

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1731

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A SEDAÇÃO


CONSCIENTE INALATÓRIA COM ÓXIDO
NITROSO/OXIGÊNIO E VIA ORAL COM
BENZODIAZEPÍNICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A
EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES
INCLUSOS
Samantha Cristine S X B Cavalcanti; Fernanda Cristina Cunha; Lilian
Victoria Pérez Espínola; Ricardo Pimenta Davila; João Gualberto de
Cerqueira Luz

O medo ligado ao procedimento cirúrgico associado a uma sedação na primeira


odontológico pode levar ao estresse e à sessão e para realização da cirurgia no lado
ansiedade nos pacientes. Um dos grandes contralateral foi realizado o outro
desafios para o profissional assistente é o tratamento ansiolítico. Os valores de
controle desses sentimentos que podem pressão arterial sistólica e diastólica,
gerar alterações comportamentais e frequência cardíaca e saturação do
fisiológicas importantes. O objetivo deste oxigênio no sangue foram aferidos em três
trabalho foi comparar o efeito da sedação tempos diferentes (1 hora antes, no início e
inalatória com óxido nitroso e oxigênio ao término do procedimento cirúrgico). Os
(N2O/O2) com a administração de diazepam dados obtidos foram submetidos à ANOVA,
5mg, por via oral, na alteração do nível de dois critérios, e teste de Tukey (α=0,05). Os
ansiedade dos pacientes submetidos a resultados mostraram que houve um
exodontia de terceiros molares inclusos. aumento da pressão sistólica e diastólica
Foi realizado um estudo clínico no início do procedimento cirúrgico que
randomizado cruzado em 25 pacientes com baixou e se estabilizou assim como houve
idade entre 18 e 25 anos que apresentaram aumento da frequência cardíaca e
necessidade cirúrgica de exodontia diminuição ao término do procedimento
bilateral de terceiro molar inferior incluso em ambos os tratamentos ansiolíticos
com posicionamento semelhante em realizados. Observou-se para oximetria (%)
ambos os lados. O anestésico local os seguintes resultados para N2O/O2 e
utilizado foi lidocaína 3% com diazepam antes, no início e ao término do
vasoconstritor e a quantidade de tubetes procedimento cirúrgico respectivamente:
utilizada assim como o tempo de duração 96,36±1,19b; 98,64±0,49a; 98,80±0,41a;
do procedimento cirúrgico foram 95,72±1,21c; 96,44±0,96b e 96,20±0,50b. O
mensurados. Cada paciente foi submetido tempo cirúrgico e a quantidade de tubetes
ao primeiro procedimento cirúrgico anestésicos utilizados foi menor nos

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CIRURGIA BUCAL

procedimentos realizados com sedação


inalatória. Com base nos resultados foi
possível concluir que ambos os
tratamentos foram eficazes na sedação
consciente dos pacientes porém a
utilização da sedação inalatória com
N2O/O2 apresentou um aumento
significativo na saturação de oxigênio,
diminuição do tempo cirúrgico e da
quantidade de anestésico local utilizada.

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CIRURGIA BUCAL

1732

USO DE MINIPLACAS: UMA OPÇÃO PARA


TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA
ANTERIOR
Alice Reis Gonçalves Mello; Manoel de Jesus Rodrigues Mello;
Giovanna Siqueira Rolim Arruda; Jayara Ferreira de Aguiar; Fádua
Cavalcante Câmara

A procura por técnicas minimamente A maloclusão de mordida aberta tem sido


invasivas, com menor morbidade, está cada tratada com movimentos ortodônticos,
vez mais presente no contexto da para intruir ou restringir a erupção de
sociedade. Os pacientes têm maiores dentes posteriores, sendo a cirurgia
expectativas com relação à estética, ortognática, em muitos casos, utilizada
procurando melhores resultados, em para esse tipo de tratamento. Embora ainda
menor tempo de tratamento, para haja uma preocupação por parte de alguns
satisfazerem seus anseios. profissionais quanto aos movimentos, os
Os movimentos ortodônticos, como a tipos de forças executadas e o receio às
intrusão de dentes, a verticalização de recidivas, o advento do uso de miniplacas
molares e a erupção forçada, podem para esse tipo de tratamento pode obter
produzir melhoras estéticas significativas. bons resultados sem cirurgias invasivas.
Esses tipos de movimentos ortodônticos O objetivo deste trabalho é mostrar um
requerem certo tempo e podem provocar caso clínico de mordida aberta anterior,
movimentos reativos indesejáveis. O tratado com o uso de miniplacas ancoradas
controle da ancoragem é o fator principal no pilar zigomático e no corpo mandibular,
que determinará o sucesso final do sem tratamento cirúrgico ortognático.
tratamento.
O uso de miniplacas para ancoragem rígida
tem sido cada vez mais empregado como
método satisfatório para o tratamento que
requer maior esforço de ancoragem.

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1744

CONTROLE DE ANSIEDADE E DA DOR NO


PERÍODO PERIOPERATÓRIO EM CIRURGIAS
BUCAIS ELETIVAS: REVISÃO
Rafael da Cunha Rodrigues; Fernando Silva Pereira; Fabio Santos
Alves; Fabrício Le Draper Vieira; Leandro Morais C de Oliveira

É de suma importância a preocupação com ambulatorial, principalmente ao que se


controle efetivo da dor e da ansiedade, por refere a cirurgias de terceiros molares
parte do profissional, para alcançar a inclusos em pacientes ASA 1, como padrão.
menor morbidade possível do paciente Pode-se concluir que para a maioria das
submetido a qualquer procedimento intervenções em cirurgias bucais eletivas o
cirúrgico, desde o período que antecede a midazolam 7,5mg é o mais indicado para o
cirurgia, a partir do diagnóstico e conduta controle de ansiedade para procedimentos
eleitos pelo profissional, até o seu primeiro estimados em 60 minutos, e na
retorno pós-operatório para reavaliação, o impossibilidade de sua aplicação, a
que é amplamente aceito dentre os Valeriana officinalis 100mg pode ser
cirurgiões-dentistas. A dor é inerente a, utilizada. Ainda há controvérsia no que diz
principalmente, intervenções cirúrgicas, respeito a eficácia da analgesia
sendo sua intensidade, usualmente, perioperatória em relação a analgesia
relacionada à sua extensão. Devido à preemptiva, mas teoricamente a um forte
grande variedade de medicamentos embasamento científico para a sua
atualmente disponíveis no mercado com a aplicação, a qual é empregada
finalidade de controlar a dor, os majoritariamente através dos
profissionais da saúde, assim como os corticóides(dexametasona/betametasona).
cirurgiões-dentistas, sentem dificuldade A dipirona 500mg é o analgésico de escolha
para prescrevê-los. Logo, o presente estudo para hiperalgesias leves a moderadas, além
tem como objetivo o levantamento, de de ser a mais eficaz comparativamente ao
alguns dos principais fármacos mais Ibuprofeno 600mg e Paracetamol 750mg
utilizados na atualidade mediante para a analgesia de resgate. Para dores
às indicações terapêuticas, para o controle moderadas a intensas os mais citados
de ansiedade e da dor no período foram o Paracetamol 500mg+
perioperatório, abordando os fármacos Codeína30mg (primeiro) e o
associados aos intervalos pré e pós Cetorolaco10mg(segundo), A Nimesulida
cirúrgicos, excluídos anestésicos locais, de 100mg e o Diclofenaco potássico 50mg
acordo com as bases de dados selecionadas apresentam eficácia similar no controle de
de 2005 a 2016 contidos no Google dor e edema pós-operatório, sendo o
acadêmico, livros, dissertações, e no JOMS, diclofenaco mais eficiente para a analgesia
frente à exodontias realizadas a nível de resgate.

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1744

CONTROLE DE ANSIEDADE E DA DOR NO


PERÍODO PERIOPERATÓRIO EM CIRURGIAS
BUCAIS ELETIVAS: REVISÃO
Rafael da Cunha Rodrigues; Fernando Silva Pereira; Fabio Santos
Alves; Fabrício Le Draper Vieira; Leandro Morais C de Oliveira

É de suma importância a preocupação com ambulatorial, principalmente ao que se


controle efetivo da dor e da ansiedade, por refere a cirurgias de terceiros molares
parte do profissional, para alcançar a inclusos em pacientes ASA 1, como padrão.
menor morbidade possível do paciente Pode-se concluir que para a maioria das
submetido a qualquer procedimento intervenções em cirurgias bucais eletivas o
cirúrgico, desde o período que antecede a midazolam 7,5mg é o mais indicado para o
cirurgia, a partir do diagnóstico e conduta controle de ansiedade para procedimentos
eleitos pelo profissional, até o seu primeiro estimados em 60 minutos, e na
retorno pós-operatório para reavaliação, o impossibilidade de sua aplicação, a
que é amplamente aceito dentre os Valeriana officinalis 100mg pode ser
cirurgiões-dentistas. A dor é inerente a, utilizada. Ainda há controvérsia no que diz
principalmente, intervenções cirúrgicas, respeito a eficácia da analgesia
sendo sua intensidade, usualmente, perioperatória em relação a analgesia
relacionada à sua extensão. Devido à preemptiva, mas teoricamente a um forte
grande variedade de medicamentos embasamento científico para a sua
atualmente disponíveis no mercado com a aplicação, a qual é empregada
finalidade de controlar a dor, os majoritariamente através dos
profissionais da saúde, assim como os corticóides(dexametasona/betametasona).
cirurgiões-dentistas, sentem dificuldade A dipirona 500mg é o analgésico de escolha
para prescrevê-los. Logo, o presente estudo para hiperalgesias leves a moderadas, além
tem como objetivo o levantamento, de de ser a mais eficaz comparativamente ao
alguns dos principais fármacos mais Ibuprofeno 600mg e Paracetamol 750mg
utilizados na atualidade mediante para a analgesia de resgate. Para dores
às indicações terapêuticas, para o controle moderadas a intensas os mais citados
de ansiedade e da dor no período foram o Paracetamol 500mg+
perioperatório, abordando os fármacos Codeína30mg (primeiro) e o
associados aos intervalos pré e pós Cetorolaco10mg(segundo), A Nimesulida
cirúrgicos, excluídos anestésicos locais, de 100mg e o Diclofenaco potássico 50mg
acordo com as bases de dados selecionadas apresentam eficácia similar no controle de
de 2005 a 2016 contidos no Google dor e edema pós-operatório, sendo o
acadêmico, livros, dissertações, e no JOMS, diclofenaco mais eficiente para a analgesia
frente à exodontias realizadas a nível de resgate.

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1757

TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR DE
ANQUILOGLOSSIA: RELATO DE CASO DE
FRENECTOMIA COMBINADA À TERAPIA
FONOAUDIOLÓGICA
Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Fernanda Suely Barros Dantas;
Rodrigo Queiroga de Moura; Amaro Lafayette Nobre Formiga Filho;
Marcelino Guedes de Lima

Introdução: O freio lingual é uma prega Resultados: Considerando que após a


mediana de túnica mucosa que recobre a intervenção cirúrgica, apesar da melhora
face lingual da crista alveolar anterior para anatômica na movimentação, a alteração
a face póstero-inferior da língua. O termo de fala persistia, o paciente foi
anquiloglossia é utilizado para definir uma encaminhado para terapia fonoaudiológica
situação clínica de um freio lingual com o objetivo de aquisição e
anormalmente curto ou uma língua automatização dos fonemas não
fusionada no soalho da boca, que produzidos ou substituídos, obtendo
vulgarmente é designada de língua-presa, sucesso na correção de sua dicção e na
que pode causar impedimentos na fala, na melhoria de sua fala.
manutenção da higiene oral, problemas de Discussão: A frenectomia lingual não é a
comportamento potencializando a geração única etapa para a correção das
de constrangimento social durante a repercussões funcionais causadas pela
infância e adolescência. anquiloglossia. A liberação da língua que é
Métodos: Paciente do sexo masculino, 17 realizada exclusivamente através da
anos, compareceu a clínica escola da UEPB técnica cirúrgica é essencial para que a
com queixa de "língua presa". Apresentava Fonoaudiologia tenha condições
limitação do movimento da língua e posteriores de trabalhar com os exercícios
alterações fonéticas. Foi realizada a mioterápicos e de instalação e
cirurgia para remoção do freio lingual sob automatização dos fonemas alterados.
anestesia local com uso de Mepivacaína a Conclusões: O trabalho clínico
2% com vasoconstritor, sendo realizado o interdisciplinar e a integralidade entre os
tracionamento da língua através de fio de profissionais de saúde é de suma
sutura, para posterior remoção do freio importância no tratamento conjunto das
utilizando bisturi frio. O paciente alterações anatômicas e fonéticas do
apresentou melhoria significativa na paciente com anquiloglossia, realizando
movimentação, logo após a remoção do assim uma correta conduta clínica,
freio. viabilizando sempre o bem estar do
paciente.

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1760

ACURÁCIA DE RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E


TOMOGRAFIAS DE FEIXE CÔNICO NA
MENSURAÇÃO DA ANGULAÇÃO DOS
TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Mariana Conceição André de Lima Oliveira; Isaac Vieira Queiroz;
Iêda Crusoé Rebello

Introdução: A radiografia panorâmica é Resultados: Quarenta e oito imagens


amplamente aceita como exame de eleição apresentaram uma diferença em graus
para o planejamento cirúrgico dos terceiros menor na TCFC quando comparados com o
molares inferiores (3MI) e, devido suas padrão-ouro, com testes estatísticos
limitações, tem-se investigado as indicando diferença estatisticamente
distorções inerentes da imagem. O objetivo significante (p).
do presente trabalho é avaliar a acurácia de Conclusão: A TCFC é a modalidade de
radiografias panorâmicas e tomografias exame ideal para avaliação do
computadorizadas de feixe cônico (TCFC) posicionamento dos 3MI. No padrão-ouro,
na determinação da angulação dos 3MI, os 3MI estão mais verticalmente
estimando a distorção angular provocada posicionados em relação ao exame
pelos exames e, a vista disso, propor uma panorâmico, uma vez que este prevê uma
posição para a cabeça do paciente, durante posição mais mesializada. Nesse contexto,
o exame, que proporcione menor distorção uma alteração no plano mandibular para
da imagem. 35º presumivelmente pode minimizar esta
Métodos: Um estudo in vitro com 16 distorção.
molares inferiores pareados entre si e uma
mandíbula humana seca osteotomizada na
região molar com preservação da cortical
óssea lingual para servir de leito para
fixação dos dentes nas angulações de 30º,
45º, 60º e 90º entre seus longos eixos. O
conjunto foi submetido aos dois exames de
imagem com alternância do plano de
Frankfurt através de um template pré-
definido com os ângulos de 15º, 25º e 35º.

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CIRURGIA BUCAL

1762

GRANULOMA GRAVÍDICO DE GRANDES


PROPORÇÕES: RELATO DE CASO
Éwerton Daniel Rocha Rodrigues; Julio Cesar de Paulo Cravinhos;
Thalita Medeiros Melo; Jhoonatarraty Fonseca de Sena

Introdução: Granuloma piogênico quando Resultados: O laudo histopatológico


ocasionado em grávidas é denominado confirmou a hipótese diagnóstica de
granuloma gravídico, sendo considerado granuloma gravídico, corroborando com o
um processo proliferativo reacional não prognóstico favorável, visto que a paciente
neoplásico, na qual apresenta componente evoluiu sem complicação pós-operatória
vascular significativo, sendo originado em ou gestacional e quaisquer evidências de
decorrência de fatores hormonais recidiva da lesão.
associados a fatores irritativos locais e/ou Discussão: Os granulomas, geralmente,
trauma. O objetivo do presente trabalho é tem característica exofítica, podendo ser
relatar o caso de uma paciente séssil ou pediculado e, sua superfície
apresentando um granuloma de grandes costuma ter aspecto liso ou lobular, com
proporções. coloração que varia de vermelha a rósea. A
Métodos: Paciente do gênero feminino, sensibilidade dolorosa depende do grau de
31 anos de idade, no terceiro mês de injúria traumática que envolve a lesão, mas
gestação, apresentou-se ao ambulatório de frequentemente é indolor. O termo
um hospital universitário, queixando-se de “Granuloma gravídico” é utilizado para
aumento de volume na região do dente 37 descrever a ocorrência do granuloma
e má oclusão. Ao exame intra-oral piogênico desenvolvido em mulheres
observou-se desvio da linha media e grávidas.
deslocamento do dente 37 para a região Conclusões: As alterações hormonais
vestibular, por conta lesão, localizada na durante o período gestacional podem ter
região do segundo molar inferior esquerdo, impacto sobre a cavidade oral, predispondo
de aspecto nodular, superfície lisa, com a ocorrência de lesões inflamatórias de
aspecto fibroso, bem circunscrita, de crescimento rápido e exarcebardo como o
coloração levemente avermelhada granuloma gravídico, podendo dessa forma
semelhante a da mucosa, de base séssil, alarmar tanto o paciente quanto um
com hipótese diagnóstica de granuloma profissional menos informado. Portanto
piogênico. Foi realizada biópsia excisional deve-se haver uma conduta adequada para
sob anestesia local. o estabelecimento de um diagnóstico
preciso e tratamento eficiente.

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1766

SINUSECTOMIA E RETALHO DO CORPO


ADIPOSO BUCAL COMO TRATAMENTO DE
SINUSITE MAXILAR E FÍSTULA BUCOSSINUSAL
Maria Carline Sampaio de Melo; Vinícius Rodrigues Gomes; Ricardo
Franklin Gondim; Mariana Canuto Melo de Sousa Lopes; Breno
Souza Benevides

Introdução: As sinusopatias maxilares evidenciaram continuidade entre a


podem ocorrer como consequência de cavidade bucal e o seio maxilar direito, com
infecções dentárias da arcada superior ou velamento extenso deste compartimento.
de complicações oriundas das extrações de Diante da confirmação diagnóstica de
dentes posteriores. A sinusite maxilar é sinusite maxilar e fístula bucossinusal,
caracterizada pela infecção deste seio programou-se cirurgia para sinusectomia
paranasal, acarretando sua disfunção. direita e fechamento da fístula mediante
Sinais e sintomas como dor, odor e febre deslizamento de retalho do corpo adiposo
podem estar associado. A fístula bucal. Atualmente o paciente se encontra
bucossinusal representa uma complicação em acompanhamento de 90 dias, em que se
em que ocorre uma comunicação do seio percebem total vedamento da fístula e
maxilar com a cavidade bucal, revestida por regressão dos sintomas associados. A
tecido epitelial, como resultado de uma conduta de tratamento mostrou-se segura,
perda de tecidos mole e duro que separa os simples e eficaz para a resolução do caso
dois compartimentos. em questão.
Métodos: O presesnte trabalho relata um Discussão: De acordo com Magro Filho et
caso clínico de um paciente al. (2010), o tratamento das comunicações
normossistêmico do sexo masculino, 32 bucossinusais consistem em retalho
anos, que procurou um ambulatório de palatal, retalho bucal e retalho miofascial
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do temporal associado a bola de Bichat. No
apresentando histórico de extração entanto, o corpo adiposo bucal é ricamente
traumática do dente 17, queixando-se de vascularizado, é mais resistente a infecções
passagem de líquidos da boca para a comparado aos outos retalhos, além disso,
cavidade nasal, cacosmia e dor localizada é mais acessivél devido sua posição
na região infra-orbitária direita, com anatômica (LAURENTINO FILHO et al,
tempo de evolução aproximado de 04 2012).
meses. Ao exame clínico intrabucal Conclusão: É notório, que o corpo
observaram-se a ausência do 1º e 2º molar adiposo bucal tem se mostrado como
superiores direitos, parúlide associada a alternativa de tratamento no fechamento
estes alvéolos e resultado positivo da de fistula bucossinusal, contudo, o sucesso
manobra de Valsalva. Foram solicitados desta técnica deve-se também a
exames complementares de imagem, que experiência do cirurgião.

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CIRURGIA BUCAL

1775

ANCORAGEM ORTODÔNTICA
ESQUELÉTICA: MINIPLACAS E MINIMPLANTES
Henrique Bleson Pianca Broetto; Iane Queiroz Farias Vieira; Yuri
Medeiros Brandão de Mello; Camila de Sousa Drdengo; Gabriela
Mayrink

Introdução: A ancoragem ortodôntica é Objetivo: Analisando a importância da


fundamental no sucesso do tratamento ancoragem esquelética, este trabalho tem
ortodôntico. Quando realizada em apoio como objetivo, através do relato de caso,
unicamente dentário, pode ocorrer a perda comparar dois sistemas de ancoragem
da ancoragem e consequente diminuição esquelética miniplacas e minimplantes
do sucesso do tratamento. destacando as vantagens e desvantagens
Discussão: O adjunto da utilização de de cada sistema.
dispositivos rígidos revolucionou a Conclusão: Ambos métodos são eficazes,
ortodontia criando um novo conceito, entretanto o cirurgião deve conhecer as
denominado ancoragem esquelética, a qual vantagens e desvantagens de cada um a fim
não permite a movimentação da unidade de decidir, em conjunto com o
de reação e é obtida devido à incapacidade ortodontista, o melhor tratamento para
de movimentação da unidade de cada paciente.
ancoragem perante a mecânica
ortodôntica. Atualmente esse sistema tem
se difundido em grandes proporções na
ortodontia por possibilitar resultados
satisfatórios no controle da ancoragem,
com menos incômodo do paciente, além de
ser uma possibilidade para pacientes que
possuem número insuficiente de dentes
para outros recursos. O cirurgião
bucomaxilofacial é muito solicitado pelo
ortodontista para instalação desses
dispositivos, a fim de permitir uma
ancoragem absoluta.

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1781

ENXERTO DE FIBRINA LEUCOPLAQUETÁRIA


AUTÓLOGA NO TRATAMENTO DE
OSTEOMIELITE
Fernando Silva Pereira; Rafael da Cunha Rodrigues; Flavia Abruzzini
Lê Draper Vieira; Fabrício Le Draper Vieira; Antonio Fabio Vieira

A osteomielite é uma doença que acomete O exame radiográfico evidenciava área


o tecido ósseo e pode apresentar caráter radiolúcida na região correspondente, e o
aguda ou crônica, infecciosa e Antibiograma específico, realizado no
inflamatória, geralmente acomete como germe isolado de Escherichia coli de um
uma infecção das superfícies corticais swab de secreção mandibular, demonstrou
ósseas, podendo rapidamente estender-se alta resistência antibiótica e
para o periósteo. Esse processo acontece quimioterápica. A paciente foi então
principalmente na mandíbula, tendo como submetida a um protocolo de tratamento,
fator desencadeante uma infecção sob anestesia local foi removido o
odontogênica por via periodontotal, sequestro ósseo e os focos causadores.
endodôntica ou após exodontia, fraturas Logo após a curetagem, foi feito o enxerto
maxilares. O objetivo desse trabalho é com Fibrina Leucoplaquetária Autóloga,
apresentar um caso clínico de osteomielite que demonstrou ser bom auxiliar no reparo
crônica em mandíbula, tratado com auxílio e recuperação óssea.
de enxerto Fibrina Leucoplaquetária
Autóloga. Descrição do Caso Paciente com
50 anos, sexo feminino, raça branca,
relatou que há 02 meses houve o
aparecimento de fístulas em rebordo
alveolar após exodontia do dente 34 e
aumento volumétrico da região
submandibular com presença de fístula
extra oral.

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1789

FECHAMENTO DE FÍSTULA BUCOSINUSAL


COM USO DE RETALHO PEDICULADO DA
BOLA DE BICHAT
João Pedro Biachi Almeida; Vinicius Nery Viegas; Cláiton Heitz

A comunicação bucosinusal é causada pelo Após realização desta cirurgia, observou-se


rompimento da membrana do seio maxilar, boa recuperação da paciente, sem
podendo culminar em recorrentes infecções intercorrências pós operatórias. A cirurgia
desta região (sinusite) e desconfortos ao para fechamendo de comunicação
paciente durante a respiração e alimentação. bucosinusal pelo uso do retalho pediculado
A paciente EN, 52 anos de idade, da bola de Bichat demonstrou ser um
leucoderma, compareceu ao ambulatório do procedimento seguro e com boa
Hospital da Polícia Militar de Porto Alegre. previsibiliadade, sendo inclusive um
A mesma queixava-se de recorrentes tratamento menos despendioso para o
sinusites após uma extração dentária, o paciente do que o inicialmente proposto.
quadro segundo a paciente persistia por 25 Com a crescente tendência de cirurgias
anos, gerando grande mal estar. Na estéticas envolvendo a remoção da bola de
anamnése a paciente relatou já ter realizado Bichat, o uso de técnicas que a envolvam
dois procedimentos cirúrgicos prévios para para fechamento de fístulas ou
resolução das sinusites. Ao exame intra comunicações mostra o quanto esta
bucal foi observada a ausência de dente 16 estrutura pode ser versátil para resolução
e presença de fístula bucosinusal. O destas intercorrências, tendo o cirurgião
procedimento inicial proposto a paciente foi bucomaxilofacial papel muito importante
a realização de levantamento de seio na indicação destes procedimentos.
maxilar, com obturação do rompimento da
membrana pelo uso de uma membrana de
colágeno, associado a enxertia óssea
(heterógena). Após decorrer 10 dias da
cirurgia, observou-se infecção (associada a
dor) no local operado, o que resultou em
falha da enxertia. Como segunda opção, foi
proposto a paciente o fechamento desta
fístula com uso de retalho palatino, o qual
foi negado pela mesma. Foi proposto então,
o fechamento da comunicação com a
utilização do retalho pediculado da bola de
Bichat.

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1796

REPARAÇÃO MUSCULAR PRECOCE NAS


FISSURAS LÁBIO PALATAL:
TÉCNICA DE FÁBIO VIEIRA
Angelica Barbosa Lemes; Keli Cristina Lima Vieira; Antonio Fabio
Vieira; Fabrício Le Draper Vieira; Flavia Abruzzini Lê Draper Vieira

O tratamento dos pacientes portadores de do relaxamento da profunda observaremos


fissura lábio palatal é realizado há várias a redução da espessura do vermelhão do
décadas, e firmou suas bases científicas em lábio, o aprofundamento do sulco
uma grande quantidade de pesquisas sobre nasogeniano, o apagamento do arco de
o tema, estimuladas devido à complexidade cupido e das rugas periorais o que ocorre,
e a longa duração do tratamento por exemplo, quando sorrimos. A
reabilitador. Muitas vezes não se alcança o importância desses movimentos está na
resultado esperado, devido a falta de alimentação do paciente fissurado que
centros especializados no tratamento, quando não apresenta essas funções
ficando o profissional, isolado em sua reconstituídas na queiloplastia demonstra
região, sem poder contar com uma equipe dificuldade de promover a sucção e o
multidisciplinar que atue de forma selamento labial. Devemos lembrar que
conjunta. Ao longo dos anos, tem-se nos fissurados lábio palatais ocorre à
observado o elevado número de pacientes verticalização das fibras musculares do
operados com resultados estético e/ou músculo orbicular do lábio superior que
funcional aquém do almejado, com isso, tendem a acompanhar a borda da fissura,
através desse trabalho procura-se debater a fazendo a inserção na base do nariz. A
importância da reparação muscular grande maioria dos cirurgiões preocupa-se
precoce do lábio nas fissuras lábio palatais. com as incisões cutâneas, tendo como
No que se refere a etapa cirúrgica deve-se preocupação obter mais pele, para
dar a devida importância a reconstituição promover o equilíbrio entre as vertentes
das fibras musculares do músculo orbicular fissuradas, poucos se preocupam em dar a
do lábio superior e para isso vale lembrar devida importância à reparação das fibras
que anatomicamente o músculo orbicular do músculo orbicular do lábio superior de
do lábio superior é constituído por duas acordo com suas camadas. Na técnica de
fibras musculares com origem, inserção e Fabio Vieira é importante fazermos a
função diferentes. A fibra superficial desinserção das fibras superficiais e
apresenta-se conectada a outros músculos profundas da pele e da mucosa
da expressão facial e tem a função de abrir respectivamente assim como dissecarmos
a boca enquanto que a fibra profunda a fibra superficial da fibra profunda, outro
funciona fazendo o fechamento da boca, passo importante é a desinserção das fibras
temos que compreender que quando ocorre musculares que se encontram inseridas na
a contração das fibras superficiais seguido base do nariz.

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1802

FRATURAS DE CÔNDILO MANDIBULAR EM


CRIANÇAS: Conduta e controle de uma ano
Laurindo Moacir Sassi; Marco Antonio Oliveira Filho; Ian Luna
Parente Brasileiro; Delson Pedro Martins Barsato; Junior de Marco

Acidentes domésticos, em parques e no mandibular esquerdo com deslocamento


trânsito são frequentes com crianças, menor de 45 grau, sem limitação na
muitas vezes sendo a causa de traumas com abertura bucal ou desvio de linha media
consequente fratura de côndilo mandibular pós um ano.
resultando do impacto direto em região de Caso Clinico II: Paciente G.B.S., 3 anos
mento. As fraturas que não causam de idade, sexo feminino, vítima de
comprometimento funcional, como a atropelamento por motocicleta apresentou
limitação de abertura bucal e apresentam fraturas bilateral de côndilo e parassínfise
um ângulo menor que 45 graus em relação à esquerda (sem deslocamento). A cabeça
ao eixo do ramo ascendente da mandíbula de mandíbula esquerda apresentou um
com o coto fraturado, têm indicação de ângulo inferior a 45 graus e encontra-se
tratamento conservador. Quando o coto dentro da fossa mandibular, enquanto o
está em uma angulação superior e sem côndilo direito apresentou um ângulo
articulação com a fossa mandibular, a maior de 45 graus e encontra-se fora da
conduta cirúrgica é indicada. fossa mandibular, com limitação de
Objetivo: Mostrar condutas cirúrgicas e abertura bucal. O tratamento realizado foi
conservadoras nas fraturas de côndilo redução cirúrgica aberta da fratura de
mandibular em crianças pós um ano do côndilo direita. Após um ano, apresentou
tratamento. abertura bucal com 4cm, sem desvio de
Caso clinico I: Paciente L.F., 3 anos de linha media.
idade, sexo masculino, vitima de acidente Conclusão: O tratamento de fratura de
doméstico com trauma em região de côndilo mandibular em crianças, sempre
mento, apresentou fratura de côndilo que possível, deve ser conservador.

Referências:
Miller, R.I. & McDonald, D.K. Remodeling of bilateral condylar fractures in a child. J. J Oral Maxillofac.
Surg., 1986, 44:1008-1010.
Montovani, J.C; et al. Etiologia e incidência das fraturas faciais em adultos e crianças: experiência em
513 casos. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2006 Março/Abril72 (2):235-241.
Sassi, L.M. & Pereira, J. Contribuiçao ao estudo do preocesso de remodelação das fraturas do condilo
mandibular tratados pelo método conservador: estudo feito através da técnica de radiografia towne,
Curitiba, 1992. Dissertacao –Especializacao-UFPR.
SASSI, L.M. Conservative treatment of condyle fractures. International Journal of Oral and
Maxillofacial Surgery, Anais -Kioto – Japão 1997 Oct, ,26(Suppl-1):66.

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1827

TRATAMENTO DE SIALOLITÍASE EM GLÂNDULA


SUBMANDIBULAR:
RELATO DE CASO
Matheus Corrêa da Silva; Hérickson de Oliveira Nascimento;
Ricardo Viana Bessa Nogueira; Marcus Antonio Brêda Júnior

A sialolitíase é caracterizada, exames clínicos e radiográficos,


principalmente, pela obstrução da secreção confirmou-se o diagnóstico de sialolitíase,
salivar por cálculos no interior do ducto, ou sendo o tratamento de escolha a remoção
mesmo, no parênquima glandular. A cirúrgica do sialólito com a preservação da
glândula submandibular é a mais glândula. A sialolitíase é a doença mais
acometida, devido a sua anatomia, seguida comum das glândulas salivares, sendo a
da glândula parótida e sublingual. A maior causa de disfunção dessas. É
sialolitíase pode ocorrer em qualquer caracterizada pela obstrução de uma
idade, sendo mais comum em adultos glândula salivar ou de seu ducto excretor.
acima dos 40 anos, tendo uma predileção O dignóstico é um conjunto de fatores, que
pelo gênero masculino. Em geral, são precisa estar associado a história do
assintomáticos e sua evolução pode gerar paciente, junto com exame clínico e de
edema e dor na região afetada, seu imagem. As radiografias auxiliam no
diagnóstico é clínico e radiográfico. O diagnóstico inicial, sendo as mais comuns
tratamento vai depender do tamanho e da a oclusal, a periapical e a panorâmica. Para
localização do sialólito, podendo variar de os sialólitos localizados próximos aos
estimulação da saliva até a remoção óstios do ducto, o tratamento pode ser
cirúrgica do sialólito com sua glândula conservador. Já para os sialólitos
envolvida. O presente trabalho objetiva localizados na metade anterior do ducto,
relatar o caso clínico de um paciente de 42 estes necessitam de uma intervenção
anos de idade com sialolitíase em glândula cirúrgica para sua remoção, como foi
submandibular, tratado através da realizado no caso, por acesso intraoral. Nos
remoção cirúrgica do sialólito. Paciente casos em que o sialólito está localizado na
M.A.T., 42 anos de idade, leucoderma, porção posterior do ducto ou no interior da
procurou atendimento relatando dor e glândula, a abordagem é cirúrgica e pode
dificuldade durante a mastigação, há estar associada à remoção total da glândula
aproximadamente dois meses. No exame envolvida. O sialólito tem a sua forma de
intra-oral foi observado um discreto tratamento guiada pelo tamanho e
aumento de volume no soalho bucal, do localização do cálculo salivar. Nesse caso, a
lado direito. Solicitou-se radiografia abordagem cirúrgica intraoral do sialólito
panorâmica e oclusal da mandíbula, onde foi realizada com êxito, sem complicações
foi possível observar uma massa radiopaca pós-operatórias e sem a necessidade de
na região do elemento 43. Diante dos remoção da glândula.

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1829

DESCONFORTOS ASSOCIADOS ÀS
CIRURGIAS DE EXTRAÇÃO DENTÁRIA
(QCirDental)
Dayane Jaqueline Gross; Jessica Daniela Andreis; Calisson Ildemar
Peters; Luciana Dorochenko Martins; Marcelo Carlos Bortoluzzi

O cirurgião-dentista realiza os alguma doença sistêmica. A quantidade de


procedimentos cirúrgicos e de extração dentes extraídos variou entre 1 a 3 (1 dente
dentária de rotina atento a técnica, 73,4%; 2 dentes 19,7% e 3 dentes 6,9%).
entretanto, normalmente demonstra estar Quanto ao procedimento cirúrgico 23,8%
pouco ciente dos impactos significantes e realizaram retalho, 17,2% odontosecção e
negativos para a qualidade de vida do osteotomia em 8,3% Complicações
paciente. Esta tem sido descrita como parte transoperatórias ocorreu em 7,2%. Quanto
crucial do tratamento apregoando-se a as queixas, impactos e desconfortos
inclusão da perspectiva do paciente como observados pelo QCirDental, notou-se que
parte fundamental na integralidade da 50 (17,2%) pacientes relataram nenhum
terapia, contudo, pouca atenção tem sido impacto. Sentir-se nervoso durante o
dada a essa visão do processo de procedimento cirúrgico e a sensação de ter
intervenção propriamente dito. O estudo perdido o dente foram as principais
objetivou quantificar os impactos queixas. Houve correlação positiva e
negativos e desconfortos associados ao significante entre o tempo do
procedimento cirúrgico no período trans e procedimento e as queixas cirúrgicas
perioperatorio imediato de pacientes (Spearman rs 0,19, p=0,001). Impactos
submetidos a cirurgias dento-alveolares trans-cirúrgicos mostrou correlação
(QCirDental). Este estudo contou com significante com a dor referida no pós-
apreciação e aprovação de Comitê de Ética operatório (Spearman rs 0,12, p=0,044) e,
em Pesquisa da Universidade Estadual de são capazes de prever os índices de dor
Ponta Grossa (UEPG) sob parecer 792.982. (Regressão Linear, p= 0,015), sendo que,
Os pacientes foram selecionados de forma quanto maiores as queixas trans-
consecutiva e conforme a indicação de cirúrgicas, maior será o relato de dor pós-
extração dentária estabelecidos nos operatória.Os resultados trouxeram a
critérios vigentes. A amostra foi composta possibilidade de melhor interpretar os
por 290 procedimentos cirúrgicos de incômodos, percepções e sensações do
extração dentária em pacientes com idade paciente, traduzindo-se numa alternativa
que variou entre 7 a 76 anos (média de 39,7 de avaliação viável à qualidade dos
± 14,2). A maior proporção de pacientes foi cuidados e serviços oferecidos. A qualidade
do sexo feminino (172 ou 59,3%). Entre os do cuidado é parte crucial do tratamento,
pacientes atendidos 24,5% relataram fundamental na integralidade da terapia.

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1835

FÍSTULA BUCO-NASAL: RELATO DE CASO


CLÍNICO
Julia Graziele Morais Salviano; Daiana Cristina Pereira Santana;
Diego Tosta Silva; Vanessa Oliveira Batista; Roberto Almeida de
Azevedo

A fístula buco/nasal se caracteriza pela A cirurgia consistiu na realização de duas


presença de uma comunicação entre a boca incisões relaxadoras lateralmente,
e a cavidade nasal podendo ser de origem desbridamento do epitélio da periferia da
congênita, infecciosa ou traumática. Pode fístula, dissecação dos tecidos vizinhos
se apresentar de vários tamanhos e, quanto com cuidado com a artéria palatina e sutura
maior seu diâmetro, pior se torna seu sem tensão obtendo-se um bom
prognóstico uma vez que o tratamento é fechamento da comunicação. O paciente
cirúrgico e para o sucesso desta, se faz apresentou boa recuperação com
necessário a presença de tecido na periferia recomendação de só se alimentar com
para conseguir um bom recobrimento da líquidos até a completa cicatrização dos
fístula sem tensão. Dependendo do porte tecidos. Após sessenta dias foi observado
da cirurgia, a mesma poderá ser realizada total cicatrização com ausência da
sob anestesia local ou geral. Desde quando passagem de líquidos à cavidade nasal e aos
se consiga um fechamento da comunicação noventa dias da cirurgia o paciente foi
com tecido de boa qualidade e com um liberado para a sua alimentação normal.
mínimo de tensão a possibilidade de
sucesso da cirurgia aumenta
consideravelmente. Esse trabalho visa a
apresentação de um caso clínico de fístula
buco/nasal causada como seqüela de
acidente automobilístico com um tamanho
aproximado de dois centímetros localizado
no palato duro na altura dos molares do
lado esquerdo e que devido ao seu tamanho
e localização foi tratada sob anestesia geral
em ambiente hospitalar.

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1840

USO DO RETALHO PALATINO NO FECHAMENTO


DE FÍSTULA BUCOSSINUSAL REINCIDENTE
EXTENSO
Carolina Melcop de Castro Tenório Maranhão; Pedro Henrique de
Souza Lopes; Victor Hugo Nogueira Moura; Bruno Luiz Menezes de
Souza; Emerson Filipe de Carvalho Nogueira

Introdução: As fístulas bucossinusais são queixas, com total regressão dos sintomas
um dos acidentes iatrogênicos mais clínicos e sem recidiva.
comuns após exodontia na região maxilar Discussão: Os pacientes acometidos de
posterior. O tratamento mais indicado é a fístula bucossinusal exibem geralmente
fistulectomia e fechamento com uso dos sintomas desagradáveis, os quais são os
retalhos intrabucais. O presente trabalho motivos que fazem os mesmos procurarem
tem como objetivo relatar um caso clínico tratamento. O diagnóstico é realizado
de fístula bucossinusal reincidente, através de métodos clínicos e exames
utilizando retalho palatino como forma de imaginológicos. Em casos associados a
tratamento. sinusite, deve-se proceder o tratamento da
Métodos: Paciente do sexo masculino, 46 mesma, antes do fechamento cirúrgico da
anos de idade, compareceu ao ambulatório fístula bucossinusal. Devido a limitação do
apresentando queixa de odor fétido em volume de tecido deslocado quando
cavidade oral, saída de líquidos pelo nariz utilizado retalho bucal, essa técnica
após ingerir pela boca e dor em região apresenta consideráveis taxas de recidiva
maxilar direita, com histórico prévio de em defeitos extensos. Dessa forma, a
exodontia e comunicação bucossinusal. Ao escolha do retalho palatino associado com
exame físico, ficou constatado a presença retalho bucal, como forma de tratamento, é
de fístula em região do elemento dentário ideal e favorece a cicatrização da lesão por
16. Na tomografia computadorizada, pode- ser, esse tipo de retalho, espesso e com
se verificar expansão, velamento e perda da bom suprimento sanguíneo, aumentando
continuidade do assoalho do seio maxilar. assim as chances de sucesso com baixo
A hipótese diagnóstica foi de sinusite risco de necrose tecidual.
aguda causada por fístula bucossinusal. O Conclusão: As fístulas buco-sinusais são
tratamento consistiu em controle do complicações frequentes associadas às
quadro infeccioso previamente, seguida de exodontias. Embora algumas fístulas de
fistulectomia, sinusectomia via alvéolo e pequeno tamanho possam apresentar
uso de retalho palatino associado a retalho cicatrização espontânea, as fístulas
bucal, com realização de sutura e colocação maiores necessitam de tratamento
de cimento cirúrgico. cirúrgico. A escolha do tipo de cirurgia
Resultados: O paciente segue em deve-se basear no tamanho da lesão, nas
acompanhamento há 2 meses, sem condições locais dos tecidos e experiência
do cirurgião.

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1842

Aplicabilidade da Coronectomia em terceiros


molares mandibulares semi-inclusos
Isabela Moreira Neiva; Polianne Alves Mendes; Cláudia Borges
Brasileiro; Ana Cristina Rodrigues Antunes de Souza; Leandro Napier
de Souza

Introdução: Coronectomia é a remoção raízes remanescentes; pulpite e


da coroa de um dente, preservando-se as necessidade de reintervenção foram
raízes. É indicada para dentes impactados observados.
relacionados ao Nervo Alveolar Inferior Resultados: A migração das raízes em
(NAI), prevenindo-se a parestesia. quantidades variáveis ocorreu em todos os
Contudo, não há estudo que avalie casos, com necessidade de reintervenção
somente dentes semi-inclusos. O Objetivo em apenas um (10%). Um paciente relatou
deste trabalho foi avaliar o emprego da dor moderada (10%), os outros dor leve.
coronectomia em terceiros molares
Discussão: Contrastando com a literatura
inferiores semi-inclusos (TMSI).
na qual se observa taxa de infecção de 5,8%
Métodos: Foram selecionados 10 TMSI a 10%, nenhum dos casos listados nesta
relacionados ao NAI, através de radiografia pesquisa apresentou ocorrência de
panorâmica e tomografia infecção pós operatória. E assim como
computadorizada. As cirurgias foram relatado por FRENKEL et al., 2015, no
realizadas pelo mesmo pesquisador, sob presente estudo houve necessidade de
anestesia local, seguindo técnica reintervenção cirúrgica devido à
convencional e utilizando protocolo remanescente de esmalte em 1 caso.
medicamentoso padrão. Pacientes foram
Conclusão: O baixo índice de
acompanhados no pós-operatório,
complicações pós-operatórias e a ausência
clinicamente e por exames de imagem,
de lesão do NAI sugere a eficácia da
pelo período de 7 dias, 3, 6 e 12 meses.
coronectomia como alternativa de
Parâmetros gênero e idade dos pacientes;
tratamento para pacientes com terceiros
efeitos adversos à curto prazo (dor,
molares semi-inclusos relacionados ao
alveolite, deiscência de sutura, taxa de
NAI, mas estudos futuros com maior
infecção); lesão do NAI; lesão do nervo
número de casos são necessários.
lingual; migração das raízes; infecção das
Referências:
Rafetto L.K. Managing impacted third molars. Oral Maxillofacial Surg Clin N Am. 27 (2015): 363-371.
Martin A, Perinetti G, Constantinides F, Maglione M. Coronectomy as a surgical approach to impacted
mandibular third molars: a systematic review. Head & face medicine. 2015;11(1):9.
Frenkel B, Givol N, Shoshani Y. Coronectomy of the mandibular third molar: A retrospective study of
185 procedures and the decision to repeat the coronectomy in cases of failure. J Oral Maxillofac Surg.
2015;73(4):587-594.

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1845

TRANSPLANTE DENTÁRIO AUTÓGENO:


RELATO DE CASO
Rafael Saraiva Torres; Gilcinete Souza Oliveira; Valber Barbosa
Martins; Marcelo Vinicius de Oliveira; Joel Motta Junior

Introdução: O transplante dental é a realizado retalho mucoperiostal, expondo


substituição de um dente perdido ou segundo molar e terceiro molar inferior.
ausente por um dente transplantado, Inicialmente foi realizado exodontia do
geralmente um terceiro molar. Pode ser elemento 47, em seguida foi realizada
realizado pela técnica convencional ou extração atraumática do elemento 48. A
imediata, em uma única etapa, que contenção inicial do dente foi realizada
consiste em realizar a extração do dente a com sutura, utilizando fio de seda 3-0. A
ser transplantado e o preparo da cavidade cirurgia de transplante do lado
óssea alveolar para o qual esse dente será contralateral foi realizada em um outro
transferido ou pela técnica mediata em tempo cirúrgico, seguindo a mesma tecnica
duas etapas, na qual o alvéolo cirúrgico é supracitada.
preparado na primeira etapa e após um Resultado: A paciente encontra-se em
período inicial de cicatrização de acompanhamento pós operatório de 02
aproximadamente 14 dias, realiza-se na anos, apresentando os dentes
segunda etapa a exodontia e o transplante. transplantados com vitalidade pulpar, sem
Quando tomadas as condutas adequadas, queixas álgicas, sem presença de
havendo uma técnica correta, diagnóstico e reabsorção ou calcificação interna,
plano de tratamento cuidadoso, a terapia periodonto sadio.
resultará em bons resultados.
Discussão: Apesar dos transplantes
Método: Paciente gênero feminino, dentários não serem difundidos entre os
melanoderma compareceu ao serviço com tratamentos ofertados nos serviços
queixa de odontalgia. No exame intraoral públicos de saúde, a técnica pode ser
pode-se observar grande perda de estrutura considerada como opção terapêutica viável
dentária nos elementos 37 e 47. No corte e econômica, além de ser tecnicamente
panorâmico da tomográfico observou-se a simples, de baixo custo.
presença de raízes residuais dos elementos
Conclusão: É necessário o conhecimento
37 e 47 e a presença dos terceiros molares
prévio dos critérios usados para realizar um
inferiores inclusos com rizogênese
transplante , pois quando usados
incompleta, mostrando-se favorável dessa
corretamente o índice de sucesso é
forma para a realização do transplante. Foi
extremamente alto.
Referências: Barbire, A.A; Gracio, A.C.M.M; Agostini, R; Rocha, P.B; Carvalho, K.S; Júnior, E.D.
Cirurgia de transplante autógeno pela técnica imediata. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac
Camaragibe. jul./set. 2008 v.8, n.3, p. 35 – 40.

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349
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CIRURGIA BUCAL

1849

ENFISEMA SUBCUTÂNEO EM CIRURGIA DE


DENTE INCLUSO: RELATO DE DOIS CASOS
Beatriz Terumi Barreto Kanehira; Gilcinete Souza Oliveira; Dirceu
Virgolino de Olivera; Gustavo Cavalcanti Albuquerque; Marcelo
Vinicius de Oliveira

Enfisemas subcutâneos são complicações bom estado com discreta redução do edema
relativamente raras em extrações de e sem queixa álgica. No 25° dia foi
terceiros molares inferiores. O objetivo observado redução completa do edema
desse trabalho é relatar dois casos de facial, onde a mesma apresentava-se em
enfisema subcutâneo, ambos causados por bom estado geral e sem queixas.
turbina de alta rotação durante a exodontia Paciente feminino, 28, procurou
de terceiro molar inferior. atendimento para extração de terceiro
Paciente feminino, 27, leucoderma, molar inferior direito. Ao exame físico
procurou atendimento para extração do intra-oral, observou-se elemento dentário
elemento 38. Ao exame físico intra-oral, 48 incluso e com a indicação de exodontia.
observou-se elemento dentário 38 semi- Durante a odontossecção a paciente
incluso com indicação de exodontia. Ao relatou dor em região facial e cervical, onde
remover o campo cirúrgico, foi observado foi observado importante edema em hemi-
importante edema em hemi-face esquerda. face direita, especialmente em região de
Prontamente, foi realizado teste de corpo mandibular e região infra-
acuidade visual apresentando resultado zigomática. O teste de acuidade visual
positivo. À palpação, notou-se evidente apresentou resultado positivo. À palpação,
crepitação e impressão de formação de notou-se evidente crepitação em região de
“bolhas de ar” na pálpebra superior corpo mandibular e bochecha direitos. O
esquerda. Como tratamento imediato, tratamento escolhido foi o mesmo do caso
foram administrados, 8mg de anterior.
dexametasona IM. Como medicação de No 1° dia de pós-operatório foi possível
suporte, foi prescrito amoxicilina 500 mg, a observar ao exame de imagem a presença
cada 8 horas por 5 dias, dipirona sódica 500 de ar em espaço infratemporal, faríngeo
mg, a cada 4 horas, por 1 dia e nimesulida lateral, submandibular e bucal, todos do
100 mg, a cada 12 horas por 3 dias. lado direito da face. Clinicamente, a
No 1° dia de pós-operatório foi possível paciente se encontrava em bom estado com
observar ao exame de imagem presença de discreta redução do edema e sem queixa
ar em região peri-orbitária, espaço canino, álgica. Após o 30° dia foi observado
espaço bucal, espaço temporal e redução completa do edema facial, onde a
infratemporal, todos do lado esquerdo. mesma apresentava-se em bom estado
Clinicamente, a paciente se encontrava em geral e sem queixas.

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1855

REMOÇÃO CIRÚRGICA DE DENTES


INCLUSOS EM REGIÃO DE FORAME
MENTONIANO: RELATO DE CASO
Beatriz Terumi Barreto Kanehira; Gilcinete Souza Oliveira; Dirceu
Virgolino de Olivera; Valber Barbosa Martins; Joel Motta Junior

Os grandes desafios para a odontologia exodontia foi realizado acesso cirúrgico e


ainda é o tratamento dos elementos exodontia do dente 44, no qual
impactados, principalmente caninos, pela encontrava-se invertido, em seguida
importância estética e funcional desses realizada curetagem dos sacos
dentes. Quando um dente está fora de sua pericoronários e sutura, no pos operatório
localização habitual, diz-se que se trata de 7 dias, foi relatado ausência de parestesia e
uma transmigração. Os dentes inclusos formigamento em região de lábio inferior.
ocorrem devido a condições ambientais, Este trabalho relata o caso de uma paciente
sistêmicas ou locais, possuindo variadas do gênero masculino, discordando do que
combinações etiológicas. Uma paciente do se encontra em literatura, onde a maior
gênero masculino, 21 anos, leucoderma, prevalência de caninos mandibulares
que foi atendido no serviço de cirurgia e impactados é em mulheres e não em
traumatologia bucomaxilofacial, a fim de homens, além disso, no caso clínico
exodontia de elementos dentais inclusos relatado, embora o paciente estivesse em
em mandibula. Durante o exame clínico idade óssea aceitável para o tracionamento
inicial, verificou-se a ausência do elemento ortodôntico, durante o planejamento, esta
dental 43 e 44, que segundo a paciente não opção foi descartada, principalmente pela
erupcionou. O tratamento instituído foi a angulação desfavorável, pelo estágio de
remoção cirúrgica, uma vez que o possível formação radicular completo e pelo local
tracionamento ortodôntico para a região onde se encontrava o dente, uma vez que a
ideal é impossível. Foi solicitado exame densidade óssea na região mentoniana
tomográfico complementar, onde foi dificultaria uma possível movimentação,
observado elementos 33 e 34 em intimo justificando a exodontia, concordando com
contato com forame mentoniano, a literatura. Paciente encontra-se em
sugerindo parestesia pós-operatória. A acompanhamento de 4 meses com
cirurgia foi realizada com anestesia local regeneração óssea satisfatória, sem
onde foi realizado um retalho de Newman queixas álgicas e parestesia.
modificado, foi feita a osteotomia e
odontossecção para remoção do dente 43
que estava trans-alveolar e em intimo
contato com o forame mentoniano, Após

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1864

ACESSO RETROMANDIBULAR NÃO-


TRANSPAROTÍDEO PARA TRATAMENTO DE
FRATURA CONDILAR: RELATO DE CASO
Larissa Oliveira Ramos Silva; Carlos Vinicius Ayres Moreira; Marcelo
Oldack Silva dos Santos; Arlei Cerqueira; Samário Cintra Maranhão

Os métodos de tratamento para fraturas do cotos fraturados são acessados através de


côndilo mandibular são bastante uma clivagem entre a glândula parótida e o
controversos e ainda geram discussões músculo masseter sem haver manipulação
entre cirurgiões sobre as indicações e no parênquima da glândula Parótida.
contra-indicações para o tratamento Manisali e Amin (2003) realizaram estudo
conservador ou cirúrgico. Ao optar-se pelo avaliando a presença de ramos do nervo
tratamento aberto destas fraturas, os facial e da veia retromandibular, assim
acessos cirúrgicos trazem dúvidas, como o resultado cosmético da cicatriz, e
principalmente com relação às injurias ao puderam observar que o acesso
nervo facial. Os inúmeros acessos descritos retromandibular constitui-se excelente
na literatura apresentam peculiaridades escolha quando a abordagem cirúrgica está
anatômicas, sendo os extrabucais pré- indicada. A abordagem retromandibular
auricular, submandibular (Risdon) e o não-transparotídea foi descrita por Dantas,
retromandibular mais utilizados. A Andrade e Marchionni (2007), e os autores
abordagem retromandibular foi descrita afirmam que mesmo quando ramos do
pela primeira vez por Hinds e Girotti em nervo facial são encontrados durante o
1967, e é realizada através da divulsão do acesso, manobras já descritas na literatura
sistema músculo-aponeurótico superficial podem ser realizadas com segurança. O
(SMAS) e na intimidade da glândula acesso retromandibular não-
parótida, entretanto, novas formas de transparotídeo oferece bom campo
abordagem retromandibular têm sido cirúrgico, baixa morbidade ao nervo facial
descritas. Sendo assim, o objetivo desse e bons resultados funcionais e estéticos.
trabalho é demonstrar o passo a passo do Sendo assim, a abordagem não-
acesso retromandibular não- transparotídea constitui-se excelente
transparotídeo utilizado rotineiramente alternativa terapêutica para o tratamento
pela equipe de Cirurgia e Traumatologia de fraturas condilares.
Bucomaxilofacial do Hospital Geral do
Estado da Bahia. O acesso é realizado
através de uma incisão localizada
posteriormente ao ramo mandibular,
abaixo do lóbulo da orelha, sendo que os

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1866

TRATAMENTO CONSERVADOR DE TUMOR


ODONTOGÊNICO QUERATOCISTO EM
REGIÃO DE SÍNFISE/PARASSÍNFISE E CORPO
MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Beatriz Terumi Barreto Kanehira; Hannah Marcelle Paulain Carvalho;
Marcelo Vinicius de Oliveira; Jeconias Câmara; Valber Barbosa
Martins

O tumor odontogênico queratocisto é uma realizado a enucleação das lesões em


patologia benigna que possui caráter centro cirúrgico com um acesso vestibular
agressivo e alta taxa de recorrência, ocorre mandibular para mento e corpo seguido de
principalmente em região de ângulo exérese da lesão, osteotomia periférica,
mandibular podendo ou não estar aplicação de solução de Carnoy e irrigação
relacionada a um elemento dentário com soro fisiológico 0,9%. Paciente
impactado. Histologicamente apresenta-se encontra-se em proservação de 38 meses,
como uma cavidade cavidade cística evoluiu com parestesia do nervo
revestida por epitélio escamoso e mentoniano direito devido ao seu
estratificado orto ou paraqueratinizado e envolvimento com a lesão, sem recidivas e
camada basal disposta em “paliçada”. O com formação óssea na região. A
objetivo deste é fazer um relato sobre marsupialização seguida de enucleação é a
tumor odontogênico queratocisto opção mais conservadora no tratamento,
acometendo a região de porém esse tratamento exige um paciente
sínfise/parassínfise e corpo de mandíbula. cooperativo, que irrigue a cavidade e com
Paciente do gênero feminino, 22 anos, retornos regulares. A paciente deste caso
compareceu ao serviço com queixa de cisto evadiu do tratamento durante a primeira
em região do mento, assintomático. Ao marsupialiazação, sendo necessário uma
exame clínico notou-se ausência do segunda intervenção para outra
elemento 43, sem aumento de volume na descompressão e marsupialização. Devido
região. Na tomografia verificou-se lesão a alta taxa de recidiva do tumor
hipodensa multilocular, circunscrita, odontogênico queratocisto, o tratamento
abrangendo região dos elementos 34 ao 46 deve ser executado com o uso de terapias
e elemento 43 incluso. Foi realizada biópsia adjuvantes analisando-se a morbidade
incisional, com descompressão, causada pelo tratamento.
marsupialização e peça encaminhada ao
histopatológico. Seis meses depois foi

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1873

ALTERNATIVAS DE PREVENÇÃO DA LESÃO


DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR EM
EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES:
RELATOS DE CASOS
Manuela Rios Magalhães; Henrique Bleson Pianca Broetto; Yuri
Medeiros Brandão de Mello; Antônio Borges Miguel Neto; Gabriela
Mayrink

Introdução: A retenção dentária é ou danos nas estruturas adjacentes, no


condição fisiopatológica comum dentro da transoperatório, e infecção, migração das
Odontologia, tornando frequente a raízes e erupção das raízes, no pós
necessidade de remoção do dente. Em operatório. A outra alternativa é o uso de
casos de terceiros molares inclusos e um mini implante, que possui a função de
impactados existe a possibilidade de lesão ancoragem absoluta, tracionando o
do Nervo Alveolar Inferior, causando a elemento incluso e promovendo sua
parestesia do nervo. Segundo dados extrusão. Desta maneira ocorre um
bibliográficos (Agbaje JO et al, 2015.) os afastamento do dente em relação ao canal
danos ao nervo alveolar inferior podem mandibular, diminuindo as chances de
ocorrer no período transoperatório ou após lesão do nervo alveolar inferior e sua
a cirurgia, sendo 50% decorrentes da consequente parestesia no momento da
extração de terceiros molares. exodontia. A vantagem desse
Método: O presente trabalho tem por procedimento é a remoção completa do
objetivo relatar dois casos em que métodos dente com maior segurança, e a principal
diferentes foram utilizados para evitar a desvantagem é o aumento do custo, visto a
lesão do nervo: a coronectomia e o uso pré- necessidade de um tratamento ortodôntico
operatorio de minimplantes. associado.

Discussão: A Coronectomia é um Conclusão: Conclui-se com esse relato de


procedimento planejado, alternativo em caso que as duas alternativas de
casos de dentes com raízes intimamente tratamento citadas são eficazes na
relacionadas com o canal mandibular e prevenção de parestesia no NAI.
consequentemente com maiores chances
de dano ao nervo alveolar inferior. Consiste
na remoção total da coroa, deixando a raiz
do dente in situ. Apesar de ser um método
seguro, segundo Patel V et. Al, 2013, podem
ocorrer complicações como hemorragias

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1878

TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR DE
ANQUILOGLOSSIA: RELATO DE CASO DE
FRENECTOMIA COMBINADA
À TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA
Samia Mouzinho Machado; Carolina de Lourdes Lopes Rêgo;
Fernanda Suely Barros Dantas; Kelly Barbosa Mota; Amaro
Lafayette Nobre Formiga Filho

Introdução: O freio lingual é uma prega Resultados: Considerando que após a


mediana de túnica mucosa que recobre a intervenção cirúrgica, apesar da melhora
face lingual da crista alveolar anterior para anatômica na movimentação, a alteração
a face póstero-inferior da língua. O termo de fala persistia, o paciente foi
anquiloglossia é utilizado para definir uma encaminhado para terapia fonoaudiológica
situação clínica de um freio lingual com o objetivo de aquisição e
anormalmente curto ou uma língua automatização dos fonemas não
fusionada no soalho da boca, que produzidos ou substituídos, obtendo
vulgarmente é designada de língua-presa, sucesso na correção de sua dicção e na
que pode causar impedimentos na fala, na melhoria de sua fala.
manutenção da higiene oral, problemas de Discussão: A frenectomia lingual não é a
comportamento potencializando a geração única etapa para a correção das
de constrangimento social durante a repercussões funcionais causadas pela
infância e adolescência. anquiloglossia. A liberação da língua que é
Métodos: Paciente do sexo masculino, 17 realizada exclusivamente através da
anos, compareceu a clínica escola da UEPB técnica cirúrgica é essencial para que a
com queixa de "língua presa". Apresentava Fonoaudiologia tenha condições
limitação do movimento da língua e posteriores de trabalhar com os exercícios
alterações fonéticas. Foi realizada a mioterápicos e de instalação e
cirurgia para remoção do freio lingual sob automatização dos fonemas alterados.
anestesia local com uso de Mepivacaína a Conclusões: O trabalho clínico
2% com vasoconstritor, sendo realizado o interdisciplinar e a integralidade entre os
tracionamento da língua através de fio de profissionais de saúde é de suma
sutura, para posterior remoção do freio importância no tratamento conjunto das
utilizando bisturi frio. O paciente alterações anatômicas e fonéticas do
apresentou melhoria significativa na paciente com anquiloglossia, realizando
movimentação, logo após a remoção do assim uma correta conduta clínica,
freio. viabilizando sempre o bem estar do
paciente.

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1880

USO DA TÉCNICA DE APICECTOMIA


SEGUIDA DE OBTURAÇÃO RETRÓGRADA
COM AGREGADO TRIÓXIDO MINERAL
(MTA): RELATO DE CASO
Marília Pereira de Jesus; Katherine Ximene Vieira Alencar; Marcus
Antonio Brêda Júnior; Janaina Andrade Lima Salmos-Brito; Ricardo
Viana Bessa Nogueira

A apicectomia é uma técnica utilizada em uso do Agregado de Trióxido Mineral


cirurgia parendodôntica que tem por (MTA) como material retro-obturador
finalidade a remoção de uma lesão apical devido as suas vantagens quando
por meio do corte da porção apical da raiz comparado a outros materiais. Sete dias
do dente (cerca de 2 a 3 mm). Este depois a sutura foi removida, e o paciente
procedimento está indicado nos casos em não relatou queixas ou teve complicações,
que tratamento endodôntico convencional a radiografia panorâmica de
fracassou ou da impossibilidade por via acompanhamento com 6 meses mostra
coronária de acesso ao canal radicular. A reparo ósseo na região. A obturação
apicectomia pode ser ou não seguida de retrógrada faz o selamento hermético da
uma obturação retrógrada, que consiste no região apical, propiciando o processo de
preparo endodôntico na porção final do cura e reparação. Entre os materiais
remanescente radicular e a obturação deste propostos, o MTA é um material excelente
espaço com um material retro-obturador para selamento, pois sua expansão de presa
adequado. O objetivo desse trabalho foi e integridade de selamento, pela baixa
relatar o caso clínico de um paciente com solubilidade, biocompatibilidade tecidual
uma lesão osteolítica abrangendo a região alta regeneração biológica e liberação de
apical entre os elementos dentários 11 e 12, íons de cálcio proporciona atividade
que foi encaminhado por uma cirurgiã- antibacteriana. Dessa forma, a cirurgia
dentista para conclusão do tratamento parendodôntica por meio da apicetomia
endodôntico. Baseado nas características constitui uma alternativa viável para
clínicas e radiográficas da lesão, foram permanência na cavidade bucal de um
realizadas punção aspirativa (positiva para dente que foi acometido de uma lesão
conteúdo sanguinolento), ostectomia periapical.
periférica, remoção da cápsula cística
espessa (enviada para exame
histopatológico), apicectomia (2mm do
ápice com broca Zecrya). Foi proposto o

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1883

ARTÉRIA MAXILAR E SUA RELAÇÃO COM O


COLO DO CÔNDILO MANDIBULAR:
UMA ANÁLISE CADAVÉRICA
Francisco Paulo Araújo Maia; Gilberto Cunha de Sousa Filho;
Ferando Augusto Pacífico; Lucas Carvalho Aragão Albuquerque;
Belmiro C. do Egito Vasconcelos

Introdução: Os traumas e patologias que Federal do Pernambuco, Recife – PE,


envolvem a articulação Brasil.
temporomandibular (ATM) necessitam de Resultados: A análise evidenciou, após
uma maior atenção pelo cirurgião calibração, uma média de 0,521 mm de
Bucomaxilofacial durante sua abordagem proximidade com o referido vaso,
devido existir diversas estruturas nobres justificando a necessidade de um maior
localizadas na fossa infratemporal. A cuidado pelo cirurgião no intuito de evitar
artéria maxilar, ramo da artéria carótida complicações.
externa, em sua porção inicial localiza-se
Discussão: A artéria maxilar é um
medialmente ao colo do côndilo
importante vaso sanguíneo que quando
mandibular, possibilitando complicações,
lesionado gera intenso sangramento de
como hemorragias, durante procedimentos
difícil hemostasia. Patologias que
cirúrgicos próximos a ATM. O objetivo
envolvem a ATM e fraturas de côndilo
desse trabalho é mensurar a distância entre
mandibular apresentam acesso limitado
o colo do côndilo mandibular e a artéria
não possibilitando a visualização das
maxilar através de análise cadavérica.
estruturas mediais ao côndilo mandibular,
Metodologia: Mensurar através de o que limita a ação do cirurgião para não
paquímetro digital a distância entre a ocorrer complicações.
porção medial do colo do côndilo
Conclusão: A artéria maxilar está
mandibular e a artéria maxilar, de peças
próxima da porção medial da ATM. O
cadavéricas pertencentes ao Departamento
conhecimento dessa relação pode ajudar a
de anatomia humana da Universidade
prevenir complicações associadas a essas
estruturas.
Referências:
1. Alves N, Cândido PR. Anatomia para o curso de odontologia geral e específico. São Paulo: Editora
Santos, 2009.
2. Talebzadeh N, Rosenstein TP, Pogrel MA. Anatomy of the structures medial to the
temporomandibular joint. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 1999;88:674-8 .
3. Wolford LM, Mehra P, Reiche-Fischel O, Morales-Ryan CA, Garcia-Morales P. Efficacy of high
condilectomy for management of condylar hyperplasia. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002;121:136-
51.

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1884

OSTEONECROSE EM MAXILA INDUZIDA POR


MEDICAMENTO: RELATO DE CASO
Thalita Medeiros Melo; Thaís Cristina Araújo Moreira; Éwerton Daniel
Rocha Rodrigues; Jhoonatarraty Fonseca de Sena; João Marques
Mendes Neto

Introdução: Os bisfosfonatos (BFs) são diagnóstica de OMB. A paciente evoluiu


drogas indicados para o tratamento de sem complicação pós-operatórias e sem
doenças do metabolismo ósseo. Seu evidências de recidiva em um
emprego terapêutico aumentou e, com ele, acompanhamento de 18 meses.
os efeitos adversos. A Osteonecrose dos Discussão: A osteonecrose dos maxilares
Maxilares induzida por Bisfosfonatos é um efeito adverso grave e é definida como
(OMB) é definida como o desenvolvimento uma área de exposição de osso necrótico
de osso necrótico na cavidade oral de um nos maxilares, que persiste por mais de 8
paciente que esteja recebendo tratamento semanas, em pacientes que estão fazendo
com bisfosfonatos e não tenha recebido ou fizeram o uso de bisfosfonatos e não
radioterapia em região de cabeça e foram submetidos a radioterapia. Os
pescoço. principais sinais e sintomas são dor,
Métodos: Paciente do gênero feminino, edema, perda dental e drenagem de
60 anos de idade, diagnosticada com secreção purulenta. As alterações
osteoporose, fazendo uso contínuo de radiográficas não são evidentes até que
alendronato de sódio, chegou ao serviço de exista um envolvimento ósseo significante.
CTBMF de um hospital público com a O tratamento deve ter como objetivos:
queixa de “ferida na boca”, relatando eliminar a dor, o controle da infecção e
sintomatologia dolorosa e gosto ruim, após minimizar a progressão ou a ocorrência de
realização de exodontia em maxila. Ao necrose óssea.
exame físico foi verificada a presença de Conclusão: A OMB é um efeito adverso
região ulcerada com exposição óssea no grave relacionado com doenças
local da extração e ao exame radiográfico reabsortivas ósseas e vem se tornando cada
foi observado reparo ósseo insatisfatório vez mais frequente. O mecanismo
na região. Baseado nos achados clínicos, foi fisiopatológico ainda é pouco
feita a opção pelo debridamento, irrigação compreendido e tem sido alvo de inúmeras
local e reposicionamento de retalho a fim pesquisas. Atualmente observa-se uma
de se obter um fechamento cirúrgico por grande variedade de tratamentos
primeira intenção. propostos, assim há a necessidade de
Resultados: Observou-se na análise promover estudos que procurem
histopatológica a presença de um processo comprovar a eficácia de técnicas de
inflamatório supurativo, associado a áreas tratamento, bem como tornar mais claro o
de necrose óssea, confirmando a hipótese mecanismo fisiopatológico desta alteração.

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1887

RECONSTRUÇÃO IMEDIATA COM ENXERTO


MICROVASCULARIZADO NO TRATAMENTO DE
AMELOBLASTOMA EXTENSO
Priscila Lins Aguiar; Bergson Carvalho de Moraes; Airton Vieira Leite
Segundo; Ricardo José de Holanda Vasconcellos; Emerson Filipe de
Carvalho Nogueira

Introdução: Ameloblastoma é um tumor acompanhado por 2 anos sem apresentar


odontogênico bastante comum. qualquer sinal de recidiva, com satisfatório
Geralmente apresenta crescimento lento, posicionamento mandibular, boa oclusão
porém expansivo e agressivo, o que dentária, abertura bucal normal, bom
justifica o tratamento radical através das volume e manutenção do contorno ósseo.
ressecções seguido de reconstrução óssea Discussão: Os papéis estéticos e
através de enxerto. O enxerto funcionais da mandíbula fazem da sua
vascularizado pode ser considerado como reconstrução um componente significativo
padrão para reconstrução em pacientes do tratamento após ressecção. O uso de
submetidos a grandes ressecções, pois enxerto ósseo permite o restabelecimento
fornece segmento ósseo significante e da estética e da funcionalidade da área
promove suprimento vascular adicional. perdida. O enxerto ilíaco é vantajoso
Métodos: Paciente do sexo masculino, 43 devido grande quantidade de osso, altura
anos, procurou Serviço de Cirurgia e adequada, cicatrizes menos visíveis e
Traumatologia Bucomaxilofacial do tempo de recuperação curto. Os enxertos
Hospital Regional do Agreste, Caruaru-PE, vascularizados conferem uma consolidação
com queixa de “crescimento da mandíbula” mais precoce, maior conservação da massa
há 5 anos. Ao exame físico, apresentou óssea e maior resistência a infecções.
lesão em corpo mandibular direito, Dentre as desvantagens estão incluídas
endurecida, assintomática. Exames dificuldade de deambulação, parestesia,
imaginológicos demonstraram imagem hematoma, trombose venosa provenientes
radiolúcida, multilocular em corpo e geralmente de falhas na técnica cirúrgica.
ângulo mandibular com aproximadamente Conclusão: Devido à natureza agressiva e
6 cm. A hipótese de ameloblastoma foi infiltrativa do ameloblastoma, a ressecção
confirmada após biópsia e exame é a conduta mais indicada para evitar
histopatológico. O planejamento cirúrgico recidiva, e a reconstrução com enxerto
foi de ressecção parcial da mandíbula com microvascularizado da crista ilíaca é
reconstrução imediata com placa e enxerto recomendado para grandes defeitos, pois
ósseo microvascularizado da crista ilíaca. permite uma osteogênese precoce e melhor
Resultado: O paciente evoluiu sem estabelecimento da estética e função da
nenhum tipo de complicação. Foi região com maiores taxas de sucesso.

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1890

AMOXICILINA E DEXAMETASONA NA
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES PÓS-
OPERATÓRIAS NA EXODONTIA
DE TERCEIROS MOLARES
Priscila Ciola; Nayara Silva de Gouvêa; Marcelo Carlos Bortoluzzi

Introdução: Extrações de terceiros e 2 g de placebo e Grupo 4 (G4), placebo.


molares (M3) são um dos procedimentos Como critérios de inclusão, os pacientes
mais realizados por cirurgiões deveriam ser considerados saudáveis ou
bucomaxilofaciais. Como em todas as atender à Sociedade Americana de
cirurgias, esta também requer um Anestesiologia, a classificação ASA e ter
planejamento pré-operatório adequado um único terceiro molar inferior para
para diminuir a incidência de realização de cirurgia.
complicações. Resultados: Como resultado obtivemos
Materiais e método: O estudo consiste quatro casos de infecção alveolar (5,1%) e
em um ensaio clínico randomizado, duplo dois de osteíte alveolar (2,5%), resultando
cego, prospectivo, controlado por placebo em seis casos 7,6% de complicações pós-
para a comparação do uso de Amoxicilina operatórias (PC). Não foram observadas
(AMO) e Dexametasona (DEX), diferenças estatísticas entre os grupos
combinadas ou não para a prevenção de terapêuticos para o desenvolvimento de
complicações pós-operatórias (osteíte PC, trismo, dor e edema.
alveolar (AO), e infecção alveolar (AI), Discussão: Para Lacasa et al. (2007),
trismo, dor e edema após cirurgias de Luaces-Rey et al. (2010), Lopez-Cedrún et
terceiros molares inferiores). Esta pesquisa al. (2011), o uso pré ou pós-operatório de
foi aprovada pelo Comitê de Ética da antibióticos apresentam complicações
Universidade do Oeste de Santa Catarina pós-operatórias inferiores à do grupo
do Curso de Odontologia sob o número placebo. No entanto, Bortoluzzi et al.
030/2009. Quatro grupos foram incluídos (2013) mostrou que o uso de antibióticos e
de um total de 79 pacientes atendidos no corticoides profiláticos em regime único de
período de 2009 a 2014 com cirurgias dose não apresentou efeito significativo no
realizadas entre 17 e 18 horas da tarde: controle da dor, edema e trismo no pós-
Grupo 1 (G1) incluiu uma dose profilática operatório em cirurgias de M3.
de 2 g de Amoxicilina e 8 mg de
Conclusão: Conclui-se que antibióticos e
Dexametasona; Grupo 2 (G2) incluiu uma
corticoides profiláticos, em um único
dose profilática de 2 g de Amoxicilina e 8
regime de dose, não trazem nenhum
mg de placebo; Grupo 3 (G3) incluiu uma
benefício em cirurgias de terceiros molares
dose profilática de 8 mg de Dexametasona
(M3).

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5-9 de setembro de 2017
360
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CIRURGIA BUCAL

1893

RESSECÇÃO DE TUMOR DE WARTHIN SEM


PAROTIDECTOMIA
Elma Gomes Wanderley; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte
Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

Introdução: O Cistoadenoma Papilar Discussão: Apesar de grande parte da


Linfomatoso ou Tumor de Warthin é uma literatura relata a parotidectomia como o
neoplasia benigna de patogênese incerta procedimento mais utilizado com a
que ocorre quase que exclusivamente na finalidade de evitar a violação da cápsula, a
glândula parótida. Geralmente se ressecção local sem parotidectomia
apresenta como uma massa nodular apresentou o mesmo sucesso e também
indolor e de crescimento lento na região obteve prevenção da recidiva e
correspondente a glândula podendo ser complicações, dentre elas a principal foi a
firme ou flutuante à palpação. Acomete disfunção do nervo facial, transitória ou
mais entre a sexta e sétima década de vida permanente, que são preocupantes no
e é mais predominante no sexo masculino. tratamento do Tumor de Warthin. Além de
Métodos (relato): Paciente gênero manter o contorno facial inalterado, em
masculino, 71 anos de idade, razão da não ressecção da glândula
melanoderma, apresentava aumento de parótida.
volume na região de ângulo mandibular Resultados: O paciente evolui dentro dos
direito com 5 anos de evolução, indolor e padrões de normalidade, com manutenção
flutuante a palpação. O mesmo foi da integridade do nervo facial. O mesmo foi
encaminhado para ressecção da lesão sob acompanhado por 30, 60, 90 e 120 dias e
anestesia geral. Através da incisão após 03 anos de tratamento observou-se
extrabucal de Risdon, realizou-se a ausência de recidiva assim como resultado
dissecção dos tecidos até a localização da estético e funcional satisfatório.
lesão, que se encontrava intraglandular. Conclusão: A partir desse caso,
Após a excisão do tecido neoplásico, sem a concluímos que a ressecção local com o
realização da parotidectomia, foi realizada envolvimento mínimo de tecidos
limpeza da cavidade e hemostasia de vasos circunjacentes trouxe ao paciente um
sangrantes com posterior sutura dos resultado estético e funcional satisfatório.
tecidos.
Referências: FAUR, ALEXANDRA et al. Warthin tumor: a curious entity-case reports and review of
literature. Rom J Morphol Embryol, v. 50, n. 2, p. 269-273, 2009. JABER, M. A. Intraoral minor salivary
gland tumors: a review of 75 cases in a Libyan population. International journal of oral and
maxillofacial surgery, v. 35, n. 2, p. 150-154, 2006. MAIORANO, E. et al. Warthin`s tumour: a study of
78 cases with emphasis on bilaterality, multifocality and association with other malignancies. Oral
oncology, v. 38, n. 1, p. 35-40, 2002.

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CIRURGIA BUCAL

1894

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMIELITE


DE MANDÍBULA APÓS REDUÇÃO DE
FRATURA MANDIBULAR
Elma Gomes Wanderley; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte
Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

Introdução: As osteomielites se osteomielite de mandíbula, a paciente foi


caracterizam como um processo submetida ao tratamento cirúrgico e à
inflamatório agudo ou crônico ocorrendo a antibioticoterapia.
partir de osteítes não circunscritas que se Discussão: A osteomielite apresenta-se
difundem através do osso esponjoso. A como processo infeccioso decorrente de
diabetes mellitus e redução da inúmeras causas, dentre essas a infecção
vascularização são fatores predisponentes local decorrente de miniplacas utilizada
para o surgimento dessa lesão. O presente para fixação no tratamento cirúrgico de
trabalho visa o diagnóstico e o tratamento fraturas de mandibula. O tratamento de
da osteomielite de mandíbula. reoperação para remoção do sequestro
Métodos (Relato de Caso): Paciente do ósseo e focos causadores e
gênero feminino, 28 anos, vítima de antibioticoterapia tem mostrado-se
acidente motoclístico em julho de 2004 no satisfatória no controle e resolução da
qual resultou em fratura de mandíbula osteomielite de mandíbula.
compareceu ao Ambulatório de Cirurgia e Resultado: O paciente evoluiu, dentro
Traumatologia Buco Maxilo Facial da dos padrões de normalidade. Houve o
Universidade Federal de Pernambuco em acompanhamento por 03 anos e foi
novembro do mesmo ano, apresentando observada resolução completa do quadro e
edema na região retromolar esquerda. não recidiva.
Radiograficamente foram demonstradas
Conclusão: O presente relato permite a
áreas de rarefação e sequestros ósseos. A
associação do desenvolvimento de
cintilografia óssea através do Tecnécio99
osteomielite pós-cirúrgica com a fixação
demonstrou a evolução do processo
com miniplacas e parafusos a fim de
crônico até a região de ângulo direito. Após
destacar o sucesso do tratamento dessas
cultura, o Staphylococcus aureus foi
lesões.
evidenciado. Com o diagnóstico de
Referências:
OLSON, R. A.; FONSECA, R. J., ZEITLER, D. L.; OSBON, D. B. Fractures of the mandible: a
review of 580 cases. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 40, n. 1, p. 23-28, 1982.

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GAETTI-JARDIM JÚNIOR, E. et al. Osteomielite crônica dos maxilares: aspectos clínicos,


terapêuticos e microbiológicos. Salusvita, v. 27, n. 1, p. 125-139, 2008.
DE ANDRADE FILHO, E. F. et al. Fraturas de mandíbula: análise de 166 casos. Revista da
Associação Médica Brasileira, v. 46, n. 3, p. 272-276, 2000.
HUDSON, J. W. Osteomyelitis of the jaws: a 50-year perspective. Journal of Oral and
Maxillofacial Surgery, v. 51, n. 12, p. 1294-1301, 1993.

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1909

CONSEQUÊNCIA DE ERROS ASSOCIADOS A


EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES:
RELATO DE CASO
Joelma Silva de Andrade; Diogo de Oliveira Sampaio; Danilo de
Moraes Castanha; Carlos Frederico de Farias Batista

A exodontia dos terceiros molares é o direito e presença de artefato metálico em


procedimento mais realizado pelo região, onde havia sido removido o terceiro
cirurgião bucomaxilofacial e executada molar inferior direito. Foi realizado
também por clínicos. A cirurgia consiste sinusectomia e retirada de um corpo
basicamente no ato de descolamento, estranho através de uma janela óssea já
luxação e extrusão do dente, quando se existente em parede anterior de seio
encontram impactados podem ser maxilar, além da remoção do artefato
necessários também a osteotomia e metálico e após 30 dias a paciente não
odontosecção. Esse procedimento apresentava mais presença de fístula, sem
cirúrgico pode converter-se em vários queixas de dor e secreção. A paciente foi
acidentes e complicações, desde dor, acompanhada por mais 6 meses não
edema e trismo até fraturas, comunicação apresentando sintomatologias e recebendo
bucosinusal, parestesia, entre outros. Este alta. Dor, edema e trismo são bastante
estudo tem como objetivo relatar um caso comuns após remoção cirúrgica de
de exodontia de terceiros molares com terceiros molares, são transitórias e de fácil
consequentes erros, onde a paciente controle, quando comparados com
evoluiu com diversas complicações. deslocamento dentário para dentro do seio
Paciente MSFSS, 17 anos, sentia dores na maxilar que se trata de uma complicação
região pré-auricular bilateral, após incomum se comparada às citadas
procurar um profissional foi realizada a anteriormente e de tratamento mais
cirurgia dos terceiros molares. Após a complexo. Cabe ao profissional estar apto a
cirurgia, a paciente evoluiu com dores no desenvolver medidas preventivas que
lado direito da face, secreção nasal e fistula envolvam o conhecimento anatômico da
em cavidade oral, além de dor em região região, adequada aplicação correta dos
mandibular posterior direito, após movimentos de luxação dentária e o total
realização de ressonância magnética, 10 domínio da técnica cirúrgica para os
meses após a cirurgia a paciente buscou o diversos casos, evitando assim acidentes e
tratamento no CEO de cirurgia da complicações e consequentemente
faculdade ASCES-UNITA, onde foi obtendo-se grandes índices de sucesso.
constatada sinusite maxilar e comunicação
bucosinusal na região de pré-molares

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1912

CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA DE EXÉRESE DO


TÓRUS MAXILAR: RELATO DE CASO CLÍNICO
Patrick Barbosa Resende Teles; Gabriel Garcia de Carvalho; Júlio
Maciel Santos de Araújo

Introdução: O Tórus maxilar consiste na pós-cirúrgica do caso com a remoção das


formação de exostose em variados suturas e avaliação da área do palato duro,
tamanhos na área do palato, com origem sendo observado cicatrização e resposta
desconhecida e sem problemas aparentes óssea favorável, resultados esses positivos
ao acometido, exceto em alguns casos para reabilitação protética.
diante da fonação e confecção protética. Discussão: As exostoses são alterações
Objetivo: Relatar e discutir o caso clínico benignas, normalmente assintomáticas,
de uma paciente que procurou o serviço de sem indicação de tratamento em primeira
Cirurgia da ABO/PB, apresentando Tórus instância (SHAFER et al., 1997). Contudo,
maxilar. nos casos em que existem interferências
Métodos: Paciente sexo feminino, 29 nos processos de fonação, deglutição,
anos, procurou o setor de Cirurgia da mastigação, no posicionamento normal da
ABO/PB, para tratamento de um incômodo língua ou por razões protéticas, a remoção
no palato, impossibilitando-a de realizar a cirúrgica se faz necessária (AL-BAYATY et
reabilitação oral por prótese. Após al., 2001). Várias técnicas cirúrgicas para
anamnese e exame físico, constatou-se um exérese desta deformidade óssea, variando
caso de tórus maxilar com tamanho desde clivagem e segmentação por cinzel e
relevante, sendo realizado todo o martelo até a simples osteoplastia, de
planejamento cirúrgico. Em um segundo acordo com a forma e o tamanho do torus
momento, iniciamos na paciente todo o (STARSHAK, 1974). No entanto, as
protocolo, com o bloqueio anestésico do características clínicas deste caso fizeram
nervo palatino maior, nervo incisivo e com que a técnica cirúrgica de escolha
infiltração local. Seguidamente, fosse a preconizada para tori extensos
realizamos uma incisão em “Y”, e (TUCKER, 1998), pois esta demanda menor
mantivemos o afastamento tecidual com tempo cirúrgico e apresenta menor reação
suturas de reparo com fio de seda para inflamatória pós-operatória (RUBINIAK et
melhor acesso de toda área. Fizemos a al., 1992).
secção do tórus com broca de fissura e sua Conclusões: Com essa terapia adotada no
exérese com cinzel angulado. Com uma caso, notou-se que a paciente apresentou
broca maxicut realizamos a osteoplastia, e melhora de suas queixas e preparação
por fim, o fechamento do tecido mole. adequada para a reabilitação protética,
Resultados: Após sete dias do elevando a sua qualidade de vida.
procedimento realizamos a proservação

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1929

O REFLEXO TRIGEMIOCARDIACO EM
CIRURGIAS BUCOMAXILOFACIAIS: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Caroline Oliveira dos Santos Freitas; Antonio Varela Cancio;
Luandson Nunes dos Santos Barbosa; Laís Reis Pereira; Eduardo
Azoubel

Introdução: O reflexo Trigeminocardíaco procedimentos que envolvem a ação de um


(TCR), é um subtipo de resposta vagal, cirurgião bucomaxilofacial. A maioria dos
clinicamente conhecido como bradicardia relatos estão relacionados a fraturas
abrupta e uma queda súbita da pressão orbitárias como estopim para reflexo
arterial com a estimulação de qualquer um oculocardiaco (um dos tipos do reflexo
dos três ramos do nervo trigêmeo tem sido trigemiocardico); e houve também poucos
motivo de preocupação para pesquisadores relatos relacionados a fratura do complexo
de diferentes campos, o que evidência a zigomático, artroscopia; e alguns em
importância do conhecimento mais procedimentos de exodontia que
elaborado deste fenômeno. promoviam o surgimento do recém
Métodos e Resultados: A revisão de descoberto reflexo dentocardiaco. Nos
literatura foi realizada nas bases de dados casos de fratura orbitária, a incidência de
da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS reflexo oculocardiaco e consequente
(brasil.bvs.br) e nos portais Scielo possível bradicardia é mais comum em
(www.scielo.br) e Periódicos Capes crianças. Não é novidade o reflexo
(www.periodicos.capes.gov.br), seguindo trigemiocardiaco para áreas médicas da
as palavras chave através de consulta aos oftalmologia e neurologia, mas em relação
descritores em Ciências da Saúde a área da cirurgia bucomaxilofacial essa
(decs.bvs.br). Os critérios de inclusão preocupação mostra-se recente. No Brasil,
contaram de artigos publicados nos não há ainda nenhuma publicação sobre o
últimos 10 anos no idioma inglês, sendo assunto relacionado aos procedimentos
excluídos os artigos publicados que não bucomaxilofaciais.
atenderam aos critérios de inclusão. Os Conclusão: É imprescindível que os
dados presentes nos estudos serão cirurgiões bucomaxilofaciais e
organizados para cada categoria anestesiologistas se familiarizem com
sóciodemográfica encontrada. medidas preventivas e gerenciamento de
Discussão: Pode-se inferir que existem procedimentos em que há grande
casos de bradicardia e alguns de parada possibilidade de TCR. É necessário, ainda,
cardíaca decorrente de reflexos mais estudos a longo prazo do referido
trigemiocardico e suas variáveis em tema.

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1943

TRATAMENTO DE INFECÇÃO DE MATERIAL


DE SÍNTESE MANDIBULAR ASSOCIADO A
REGIÃO DE TERCEIRO MOLAR INFERIOR:
RELATO DE CASO
Gustavo Nunes Nazareth; Leonardo Araújo de Andrade; Rubens
Jorge Silveira; Lucas Teixeira Brito; Alberto Ferreira da Silva Junior

Introdução: As mais diversas situações Conclusão: O conhecimento anatômico e


podem ocorrer durante tratamentos de de cronologia dentária da área de fixação,
fraturas mandibulares, exigindo uma além de levar em consideração os pilares de
reabordagem local. Nos casos onde há a sustentação e as áreas de tensão para
associação da existência do terceiro molar estabilização dentária são fundamentais
à fratura, o cirurgião deve monitorar e para o posicionamento adequado do
acompanhar o paciente no pós-operatório material de síntese mandibular, visando a
para evitar quaisquer processos infecciosos prevenção de processos infecciosos de
ou outras infecções decorrentes ao origem odontogênica.
tratamento.
Objetivo: este trabalho tem como
objetivo apresentar um relato de caso de
infecção de material de síntese mandibular
para tratamento de fratura mandibular.
Métodos: paciente sexo masculino, 26
anos, foi encaminhado para o serviço de
CTBMF do Hospital Cidade Jardim em
Goiânia, apresentando drenagem de
secreção associada à semi erupção do 48
devido a pericoronarite, necessitando de
remoção cirúrgica dentária e do fixador
interno mais superior.

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1951

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FISTULA


CUTÂNEA ASSOCIADA A FRATURA
MANDIBULAR TARDIA: RELATO DE CASO
Gustavo Nunes Nazareth; Leonardo Araújo de Andrade; Rubens
Jorge Silveira; Weuler dos Santos Silva; Alberto Ferreira da Silva
Junior

Introdução: As fístulas são alterações Métodos: Paciente 32 anos, encaminhado


patológicas em que há a ocorrência de uma ao departamento de CTBMF do Hospital
conexão entre um órgão ou de um vaso Cidade Jardim em Goiânia, apresentando
sanguíneo com outra estrutura que em fístula percutânea em região
situações normais não há existência dessa submandibular direita com exposição de
conexão, apresentando formação de tecido material de síntese mandibular para o meio
epitelial entre estas duas estruturas externo e parte do tecido ósseo mandibular
anatômicas em todo o trajeto de tratado cirurgicamente com retirada do
comunicação. O surgimento das fístulas material de síntese e debridamento local
pode estar associado aos mais diversos com remoção cirúrgica de todo o trajeto
motivos, como nos processos infecciosos fistuloso.
não tratados de maneira adequada. Conclusão: O adequado monitoramento
Objetivo: este trabalho tem como pós operatório do paciente é de suma
objetivo o relato de caso de uma fístula importância para a prevenção de
percutânea associada à fratura tardia da abordagens complexas mais invasivas,
mandíbula com exposição de material de assim como o contato entre profissionais
síntese mandibular. da área para troca de informações sobre o
caso é de grande valia para determinação
da conduta a ser tomada.

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1952

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS


BASEADA NO NOVO MODELO DE CASCATA
DE COAGULAÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA
Mariana Pasa Rosa; Nayara Silva de Gouvêa; André Takahashi

Introdução: A coagulação sanguínea é o consegue fazer a reposição. Com isso, foi


resultado de várias interações entre os desenvolvido um novo modelo de cascata
fatores de coagulação até a formação do baseado nas superfícies celulares, que
coágulo irreversível. O antigo processo de propõe que a hemofilia seja
coagulação, apresentava duas vias: especificamente restrita a uma deficiência
intrínseca e extrínseca. No entanto, devido de geração de FXa na superfície das
à dificuldade de explicar alguns plaquetas. Em relação as implicações nos
fenômenos, surgiu um novo modelo exames laboratoriais, é relevante analisar o
baseado nas superfícies das células. TTPA (tempo de tromboplastina parcial
Método: O presente estudo de revisão de ativado), que determina as deficiências dos
literatura tem por objetivo investigar as fatores VIII e IX durante a fase de
implicações clinicas e laboratoriais propagação. Algumas implicações clínicas
baseada no novo modelo de cascata de como a presença de petéquias e púrpuras
coagulação. em pacientes que apresentam
coagulopatias são diagnosticados, sendo
Desenvolvimento: 1.Novo modelo de
principalmente na análise da contagem de
cascata de coagulaçãoO novo modelo
plaquetas.
divide-se em quatro fases: iniciação,
amplificação, propagação e finalização, Discussão: Em relação a pacientes
permite um melhor entendimento dos hemofílicos, percebe-se a não geração de
mecanismos envolvidos nos distúrbios trombina suficiente na superfície das
hemorrágicos. 2.Implicações clinicas e plaquetas para a estabilização do coágulo.
laboratoriais Conclusão: Sendo assim, concluímos
O antigo processo baseado na cascata de através deste novo modelo a facilidade de
coagulação, em casos de pacientes diagnóstico através de interpretação dos
hemofílicos, que possuem a deficiência dos testes de coagulação e das implicações
fatores VIII (hemofilia A) e IX (hemofilia clínicas presentes.
B), não explica porque o fator X não

Referências:
1
FERREIRA, C.N; SOUSA, M.O; DUSSE, L.M.S’A; CARVALHO, M.G. O novo modelo da cascata de
coagulação baseado nas superfícies celulares e suas implicações. Rev Bras Hematol Hemoter. 2010;
v.32, n.5, p.416-421.
2
HOFFMAN, M. Remodeling the blood coagulation cascade. J Thromb Thrombolysis. 2003; v.16,
n.1/2, p.17-20.

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1959

EXÉRESE DE AMELOBLASTOMA COM


ENXERTO AUTÓGENO DE CRISTA ILÍACA
Hannah Marcelle Paulain Carvalho; Joel Motta Junior; Marcelo
Vinicius de Oliveira; Valber Barbosa Martins; Camila Tatyanne
Santos de Freitas

O ameloblastoma é um tumor mandibular com enxerto autógeno da


odontogênico benigno, localmente crista ilíaca e fixação por meio de placa de
invasivo, capaz de infiltrar-se pelos reconstrução 2.4; no planejamento pré-
espaços medulares do osso. Clinicamente, operatório foi utilizado protótipo da
caracteriza-se por um crescimento lento, mandíbula para fins de correta ressecção
que pode causar expansão óssea e com margens de segurança e modelagem
deformidade facial, ocorre na mandíbula, da placa de reconstrução. Previamente à
mais comumente na região dos molares. cirurgia foi instalada barra de Erich. Na
Esse estudo vem relatar um caso de abordagem cirúrgica foi realizado acesso
ameloblastoma com enxerto imediato. cirúrgico submandibular para exposição da
Paciente gênero feminino, 43 anos, lesão que abrangia a porção do corpo e
compareceu ao serviço com queixa de dor ramo mandibular, a placa de reconstrução
intensa em região de mandíbula esquerda foi posicionada para fins de marcação para
irradiada para região cervical, temporal e futura instalação adequada, realizou-se
occipital com duração média de 05 meses. bloqueio maxilo-mandibular em sequência
Ao exame clínico não se visualizou a exérese da lesão com margem de
aumento de volume extraoral. Na inspeção segurança de 02 mm em cada porção, a
intraoral observou-se ausência do remoção do enxerto foi realizada
elemento 37 e 38, elemento 36 com concomitante onde se pôde realizar a
restauração oclusal provisória e discreta adaptação do fragmento ósseo ao
mobilidade, verificou-se ainda perímetro da mandíbula, procedeu-se a
abaulamento na região lingual e vestibular. instalação da placa de reconstrução
Ao exame radiográfico observou-se juntamente com a fixação do enxerto do
presença de imagem radiolúcida, bloco ósseo e enxerto particulado
unilocular, de aproximadamente 06 cm no autógeno, fora realizada sutura e curativo.
seu maior diâmetro abrangendo corpo e Foi mantido bloqueio maxilo-mandibular
ramo mandibular, com reabsorção óssea na com uso de elásticos pesados durante 45
raiz distal do elemento 36 e íntima relação dias. Enviou-se a peça ao laboratório onde
com canal mandibular. Paciente se confirmou o diagnóstico de
apresentava biópsia prévia com laudo de ameloblastoma. Paciente esta há 01 ano e
ameloblastoma. Para tratamento foi 06 meses de controle, sem queixas álgicas
planejado éxerese da lesão com ou quaisquer alterações, a mesma está em
reconstrução imediata de corpo processo de reabilitação com prótese.

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1960

EXÉRESE DENTÁRIA DE ELEMENTOS


IMPACTADOS EM ÍNTIMO CONTATO COM
AS CAVIDADES NASAIS:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Patrick Barbosa Resende Teles; Gabriel Garcia de Carvalho; Jamila
Leal dos Santos Marques; Júlio Maciel Santos de Araújo

Introdução: Um dente impactado é em peça reta, e exérese dos fragmentos


aquele que não emerge na cavidade bucal dentários com alavanca Heidbrink.
dentro do período esperado para sua Resultados: A paciente relatou melhora
erupção. O dente se torna impactado significativa na respiração nasal logo após
devido ao contato com dentes adjacentes, a remoção do elemento impactado.
densa camada óssea, excesso de tecido Salientando que após sete dias foram
mole ou anormalidades genéticas. A removido às suturas verificando a
remoção destes elementos é indicada após normalidade da loja óssea e tecido mole.
avaliação da localização e dos riscos da sua
Discussão: A obstrução nasal relatada
permanência.
pelo paciente na consulta clínica é uma das
Objetivo: Nessa perspectiva, o presente sintomatologias comuns nestes casos,
estudo objetiva relatar um caso clínico assim como também, irritação crônica,
envolvendo a remoção cirúrgica de caninos supuração, sinusite,, rinite, desvio de
maxilares impactados em íntimo contato septo, fístula oro nasal, sinusite crônica,
com as cavidades nasais. dor facial e dores de cabeça (MEDEIROS,
Métodos: Paciente M.E.A.L.S., 16 anos, et.al, 2000). Em nosso caso, a paciente
sexo feminino, apresentou-se na Clínica do procurou atendimento na fase adulta,
Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgial queixando-se somente de obstrução nasal.
Oral da Associação Brasileira de Assim, mostra-se que para alguns a
Odontologia da Paraíba – ABO/PB, com sintomatologia pode estar ausente ou ser
indicação de exodontia dos elementos mínima (MEDEIROS, et.al, 2000). O
impactados 13 e 23 para fins ortodônticos. tratamento de eleição desses dentes é a
O tratamento envolveu o acesso aos remoção cirúrgica em virtude do seu
elementos dentários por meio da incisão de potencial de desenvolver processos
Ochsenbein-Luebke após anestesia do infecciosos ou císticos (FERREIRA, et.al,
nervo infraorbital posterior e infiltrativa 2004). Também, deve-se considerar a
regional, exposição e odontosecção do localização do dente no interior da
elemento dentário com broca 702 montada cavidade nasal, que muitas vezes dificulta
o procedimento de remoção, podendo

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CIRURGIA BUCAL

causar desconforto ao paciente durante a


cirurgia (CASTILHO, et.al., 2004).
Conclusões: Portanto, intervenções
cirúrgicas para remoção de dentes
impactados, podem promover condições
adequadas para a continuidade do
tratamento ortodôntico, bem como
devolver qualidade de vida ao paciente.

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1961

ABORDAGEM CLÍNICO-CIRÚRGICA DE
INFECÇÃO COMPLEXA EM REGIÃO MAXILO-
FACIAL: RELATO DE CASO
Laryssa Thainá Mello Queiroz Cunha; Felipe Gomes Gonçalves Peres
Lima; Cláudia Jordão Silva; Jonas Dantas Batista; Lair Mambrini Furtado

Infecções de origem odontogênica foi internado, sendo prescrito Ampicilina


possuem o potencial de disseminar-se com Sulbactam 2g por via endovenosa de
pelos espaços faciais e comprometer a vida 08 em 08 horas. Em seguida, o mesmo foi
do paciente, devendo, portanto ser submetido à drenagem cirúrgica do
tratadas como uma urgência e requerem abscesso sob anestesia geral, com posterior
intervenção imediata. Algumas colocação de dreno penrose nº 1. Num
comorbidades como deficiência período de 72 horas após a drenagem o
imunológica, diabetes e cirrose hepática, paciente evoluiu com insuficiência renal
podem predispor ao agravamento da aguda, síndrome de abstinência alcoólica,
infecção e dificultar seu tratamento. Neste hipertensão arterial sistêmica de difícil
trabalho apresentamos o caso do paciente controle e piora do quadro infeccioso.
W.F.R., gênero masculino, 66 anos de Dessa forma, optou-se pela troca dos
idade, que compareceu ao Pronto Socorro antibióticos sendo iniciado Piperacilina
Odontológico do Hospital de Clínicas de 4000mg e Tazobactam 500mg por via
Uberlândia (HCU) da Universidade Federal endovenosa de 06 em 06 horas. Foram
de Uberlândia com queixa odontalgia em solicitados novos exames imaginológicos
região de molares superiores. Ao exame onde foi observada uma lesão apical
clínico foi observado edema com sinais inicialmente não diagnosticada associada
flogísticos em fundo de vestíbulo na região ao dente 47. O paciente foi novamente
de molares e pré-molares superiores levado ao centro cirúrgico e, sob anestesia
direito. Num primeiro momento, foi geral, foi feita drenagem na região e
iniciada antibioticoterapia por via oral com remoção do dente 47. O paciente foi
Amoxicilina 500mg e Metronidazol 400mg novamente levado ao centro cirúrgico e,
seguida pela extração dos dentes sob anestesia geral, foi feita nova
comprometidos. Após 12 horas do primeiro drenagem na região. Após 10 dias do início
atendimento, o paciente apresentou piora da nova terapia antibiótica o paciente
com edema extenso de consistência recebeu alta hospitalar. O mesmo
lenhosa e sem de pontos de flutuação em permaneceu em acompanhamento
hemiface direita, trismo severo, disfagia, ambulatorial recebendo alta definitiva
dislalia e dispneia leve. A tomografia após 30 dias de acompanhamento em bom
computadorizada com contraste estado geral.
evidenciou envolvimento dos espaços
fasciais bucal, submandibular bilateral,
pterigoideo e temporal direitos. O paciente

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1966

TRATAMENTO DE ABSCESSO EXTRAORAL:


RELATO DE CASO
Ana Cícera Correa Feitosa

Abscesso é uma inflamação circunscrita, dentários. Um dreno foi instalado pela


caracterizada por uma cavidade abertura da drenagem e suturado. Após 48
neoformada e pus, uma membrana horas a paciente retornou para remoção do
piogênica e uma membrana externa dreno e sutura da ferida. Após duas
(cápsula), constituída de tecido fibroso. É semanas de acompanhamento a região já
causado por uma infecção bacteriana, que tinha aspectos de normalidade e a paciente
pode progredir sob a pele e até mesmo para não apresentava sintomas.
a corrente sanguínea.
No geral, o abscesso apresenta-se como
uma área edemaciada com ponto de
flutuação, eritematosa, quente ao toque e
dolorosa.
É uma importante complicação e na
maioria dos casos deve ser tratada de forma
agressiva. A concentração de pus pode
drenar espontaneamente (fístula) ou
necessitar de tratamento cirúrgico que
inclui a excisão do fator etiológico,
drenagem e terapia antibiótica adjuvante.
Este trabalho tem o objetivo de relatar o
caso de uma paciente do gênero feminino,
60 anos, que apresentou-se à clínica
particular relatando dor em face há sete
dias, apresentando tumefação importante
em região mentoniana e submandibular
esquerda, eritema, endurecimento local e
presença de alguns pontos de flutuação. O
exame intraoral revelou quatro dentes com
doença periodontal avançada que foram
diagnosticados como a causa da infecção. A
paciente foi medicada e a drenagem foi
realizada sob anestesia local. No mesmo
momento foram extraídos os elementos

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374
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CIRURGIA BUCAL

1972

FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-


SINUSAL COM FIBRINA LEUCOPLAQUETÁRIA
AUTÓLOGA
Ayla Janine Silva Alcantara de Moraes; Lindy Cardoso Cinelli;
Fabrício Le Draper Vieira; Antonio Fabio Vieira; Flavia Abruzzini Lê
Draper Vieira

A comunicação buco-sinusal é uma Fibrina Leucoplaquetária Autóloga como


condição patológica caracterizada pelo alternativa de tratamento, tendo por
acesso entre a cavidade oral e o seio vantagens, ser um procedimento simples,
maxilar devido ao defeito em tecido ósseo de fácil execução, de custo moderado,
e tecido mole, que normalmente garantem podendo ser realizado no próprio
esta separação anatômica. As consultório odontológico e com elevados
comunicações buco-sinusais índices de sucesso.
frequentemente ocorrem como resultado
da exodontia de dentes superiores
posteriores devido à sua proximidade com
o seio maxilar. O diagnóstico das fístulas
buco-sinusais geralmente envolve
procedimentos clínicos e radiográficos. O
tratamento deve considerar fatores como a
localização, etiologia e extensão, além
disso, a comunicação buco-sinusal deve ser
diagnosticada e tratada de forma imediata
a fim de se obter melhor prognóstico.
Vários métodos de tratamento para esta
complicação têm sido descritos na
literatura, tanto ciúrgico como
medicamentoso, dentre elas, pode-se citar
a utilização do corpo adiposo bucal,
utilização de retalhos deslizantes
vestibulares, da fibrina, de retalhos
palatinos rodados, enxertos ósseos e
técnica de Caldwell-Luc. O objetivo do
presente trabalho é descrever uma técnica
cirúrgica para o fechamento de uma
comunicação buco-sinusal ultilizando

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CIRURGIA BUCAL

1978

REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE
CORONECTOMIA EM ELEMENTO DENTÁRIO
INCLUSO DEVIDO A REABSORÇÃO
DENTÁRIA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Bruna Pistoia; Emmanuel Pereira Escudeiro; Rafael Seabra Louro;
Marcelo Uzeda; Rodrigo Resende

Introdução: A coronectomia é uma a técnica foi extremamente eficaz,


técnica que visa a remoção da coroa de um preservando assim estruturas anatômicas
dente incluso, que se apresente próximo do próximas ao elemento dentário e
canal mandibular ou próximo a basilar reabilitando o mesmo.
mandíbular. Evitando assim complicações Conclusão: Essa técnica se torna um
e/ou riscos desnecessários durante ou recurso válido quando o dente incluso
mesmo após a sua realização. O sucesso encontra-se próximo a basilar mandíbular
dependerá de uma correta indicação e de ou quando há risco de danos a estruturas
um rigoroso planejamento cirúrgico. nobres, pois minimiza os riscos inerentes
Objetivo: Relatar um caso clínico de um ao procedimento.
paciente F.F.C., sexo masculino, 28 anos,
submetido a coronoidectomia do elemento
dentário n0 37, pois o mesmo encontrava-
se abaixo da linha amelocementário dos
elementos n0 38 e 36, ocasionando neste
último uma reabsorção radicular.
Resultados: No controle pós-operatório
de 24 meses, não houve presença de
infecções e/ou exposição do elemento
dentário na cavidade bucal, além de não
apresentar parestesia e/ou fratura
mandibular no pós-operatório. Sendo
possível a manutenção do elemento 36,
após realização de tratamento
endodôntico.
Discussão: No que se refere à minimizar
as complicações pós-cirúrgicas, foi
possível constatar que, neste caso relatado,

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CIRURGIA BUCAL

1981

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIPIRONA E


PARACETAMOL NO CONTROLE DA DOR
PÓS-OPERATÓRIA EM EXODONTIA DE
TERCEIROS MOLARES
Iane Queiroz Farias Vieira; Manuela Rios Magalhães; Mayara
Carvalho; Gabriela Mayrink

Introdução: As cirurgias de exodontia de dias diferentes (7 dias de intervalo) e era


terceiros molares são procedimentos muito selecionado para o pós-operatório a
frequentes na pratica odontológica e, como dipirona 500mg ou o paracetamol 750mg,
todo procedimento cirúrgico, há dentro de cada grupo. De um lado era
expectativa de dor no pós-operatório. administrado o paracetamol e e do outro,
Dentre as medicações analgésicas mais obrigatoriamente, a dipirona. A escala
utilizadas, destacamos o paracetamol e a visual analógica (EVA) foi utilizada para
dipirona. O objetivo deste trabalho foi que o paciente indicasse a quantidade de
comparar a eficácia do paracetamol e da dor pós-operatória. Foi aplicado o teste
dipirona no controle da dor após extrações não- paramétrico de McNemar para eficácia
de terceiros molares. do medicamento e opinião dos pacientes. A
Material e métodos: Foram correlação entre tempo de procedimento e
selecionados 20 pacientes da clínica de duração do curso da dor foi analisada
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo teste p pareado, sendo p.
da FAESA que deveriam ser submetidos à Resultados: Observou-se vantagem
exodontia de terceiros molares. Os dentes analgésica da dipirona em relação aos
deveriam em posição de Pell e Gregory critérios opinião do paciente e correlação
semelhantes, bilateralmente. Todos os dor x tempo cirúrgico.
pacientes foram medicados no pré- Conclusão: A dipirona 500mg mostrou
operatório com Dexametasona 4mg, 2 ter uma eficácia analgésica superior a do
horas antes do procedimento. Foram paracetamol 750mg no controle da dor pós-
divididos 2 grupos: Grupo 1; 10 pacientes operatória em cirurgia de terceiros
que possuíam terceiros molares superiores, molares.
com posição anatômica semelhante, e
Grupo 2; 10 pacientes com terceiros
molares inferiores com posição anatômica
semelhante (Pell & Gregory, 1933 e Winter,
1926). Todos deveriam ter indicação de
exodontia. Cada extração era realizada em

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CIRURGIA BUCAL

1983

USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS E O AUMENTO


DA INCIDÊNCIA DE OSTEÍTE ALVEOLAR PÓS-
EXTRAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES
MANDIBULARES: REVISÃO DE LITERATURA
Ciro Mochizuki Junior; Luiz Henrique Godoi Marola; Wilson Lopes
Junior

Introdução: Sabe-se que a influência do não utilizam a droga. Dentre os fatores que
estrogênio e mediadores hormonais tem desencadeiam esta complicação, este
relação com a osteíte alveolar após tópico tem sua relevância, visando através
extrações de terceiros molares de mais estudos com maior delineamento,
mandibulares. O estrogênio ativa estabelecer um possível protocolo padrão,
indiretamente o complexo fibrinolítico, especifico para este grupo de pacientes.
promovendo a lise do coágulo. A atividade Discussão: Ygge estudou a atividade
fibrinolítica nos primeiros 21 dias do ciclo fibrinolítica plasmática em mulheres antes
menstrual é maior, e os sete dias restantes e durante o uso de contraceptivos orais e
são livres de estrogênio. A atividade descobriu que as que fazem uso,
fribrinolítica parece ser menor do 23º ao apresentam maior atividade fibrinolítica
28º dia. O intuito desta revisão é orientar o do que as que não utilizam. Xu et al. em sua
cirurgião a alinhar a anamnese e os meta-análise descreveram resultados
cuidados pré/pós-operatórios para evitar o indicando maior incidência de osteíte
desconforto causado pela osteíte alveolar alveolar em mulheres que utilizaram o
em pacientes que fazem uso de contraceptivo oral do que nas mulheres nos
contraceptivos. grupos de controle. Em média, as mulheres
Métodos: Os artigos revisados para o que utilizaram a droga apresentaram 1,8
presente trabalho foram obtidos através vezes mais chances de desenvolver a
das bases de dados eletrônicas Bvsalud, complicação após extrações de terceiros
PubMed e Elsevier, com os seguintes molares mandibulares.
descritores: osteíte alveolar, Conclusões: Baseado nos trabalhos
contraceptivos, terceiro molar. Foram revisados, corroboramos com outros
selecionados artigos recentes de maior autores que, quando possível, as cirurgias
relevância clinica baseado na quantidade e de exodontia dos terceiros molares sejam
qualidade da amostra estudada. adiadas ao período do 23º ao 28º dia, onde
Resultados: Observou-se que, de fato, a paciente está livre dos efeitos de
existe um aumento do risco de osteíte fibrinólise do contraceptivo.
alveolar em mulheres que fazem uso de
contraceptivos orais em comparação as que

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CIRURGIA BUCAL

Referências: XU, J.L., et al. Effect of oral contraceptive use on the incidence of dry socket in females
following impacted mandibular third molar extraction: a meta-analysis, Int J Oral Maxillofac Surg
(2015).

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CIRURGIA BUCAL

1991

INCLUSÕES ECTÓPICAS EM APÓFISE


CORONÓIDE
Amanda Lobão de Albuquerque; Phelype Maia Araujo; Juliana
Lima Vecchio; Yasmym Martins Araujo de Oliveira; Raimundo
Thompson Gonçalves Filho

As erupções ectópicas e as impactações não revisão dentária anual, declarou ao seu


possuem etiologia definida e podem estar Dentista que sentia dores na hemi-face
associados, ou não, a cistos dentígeros. Sua bilateral. Ao solicitar uma radiografia
erupção ectópica ocorre de forma rara, em panorâmica, constatou-se que ela
diferentes regiões da cavidade oral, tais evidenciava a presença de dois elementos
como septo nasal, côndilo mandibular, dentários inclusos (provavelmente o 38 e
processo coroide, palato. No presente 48) em situação ectópica, ao nível da
trabalho, os autores relatam um caso apófise coronóide esquerda e direita.
clínico incomum de uma paciente, que Solicitou-se uma tomografia
apresentavam inclusão do elemento 38 e 48 computadorizada com o objetivo de
na apófise coronóide. Chama atenção a delimitar o objetivo cirúrgico nos três
semelhança das inclusões, fato que leva a planos de espaço. Diante da sintomatologia
crer em correlação genética. O tratamento clínica, propôs-se a realização da cirurgia.
realizado foi a remoção dos elementos. Solicitados todos os exames pré-
Paciente 27 anos, gênero feminino, operatórios de rotina, a exodontia de um
professora do ensino fundamental, terceiro molar ectópico ao longo da linha
leucoderma, foi encaminhada pelo oblíqua externa foi conduzida sob
Cirurgião-dentista para o serviço de anestesia local. O trans-operatório e pós-
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital operatório transcorreu sem qualquer
Batista Memorial. Com queixas de dor intercorrência. A paciente referiu remissão
referida e difusa na região de hemi-face da dor difusa na hemiface esquerda e
esquerda e direita, relatou que, ao fazer sua direita, após a cirurgia.

Referências:
Gregori C, Campos AC. Cirurgia buco-dentoalveolar. 2 ed. São Paulo: Sarvier; 2005.
Guimarães, S.A.C. Patologia Básica da Cavidade Bucal. 1ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1982.
Prado R, Salim M. Cirurgia Bucomaxilofacial: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Medsi;
2004.
Marzola, C. Cirurgia pré-protética. São Paulo: Pancast Editorial; 1988.
Tommasi AF. Diagnóstico em Patologia Bucal. 2 ed. São Paulo: Pancast Editorial; 1977
Yeung KH, Lee KH. Intranasal tooth in a patient with a cleft lip and alveolus. Cleft Palate
Craniofacial Journal, 1996; 33: 157-159.

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CIRURGIA BUCAL

1994

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE LESÃO FIBRO-


ÓSSEA BENIGNA EM PACIENTE PEDIÁTRICO
Ruana Maria da Rocha Brandão; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de
Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte Real
Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

Introdução: As lesões fibro-ósseas são para a fronteira orbital inferior e


compostas por um grupo diverso de tuberosidade da maxila direita. O paciente
processos, que se caracterizam por uma foi submetido a um processo cirúrgico sob
substituição do osso normal por um tecido anestesia geral para ressecção da lesão.
fibroso contendo um produto mineralizado Resultados: Durante o pós-operatório, o
recém-formado. Normalmente, estão paciente evoluiu sem presença de sinais
incluídos entre as lesões fibro ósseas: flogísticos e após 01 ano foi solicitada uma
displasia fibrosa, displasia cemento-óssea nova radiografia de face (panorâmica) para
(periapical, focal, florida) e fibroma controle que apresentou uma boa
ossificante ou cemento-ossificante. O cicatrização óssea com ausência de
estudo das lesões fibro-ósseas da maxila recidiva.
tem grande importância na odontologia,
Discussão: O diagnóstico correto e
uma vez que o sucesso do tratamento
precoce das lesões fibro ósseas é
depende do diagnóstico precoce para a
determinante para a escolha e sucesso do
instituição e da correta conduta
tratamento. A correlação clínica,
terapêutica. O presente trabalho tem o
radiográfica e histopatológica é
objetivo de relatar um caso clínico de um
geralmente mais adequada para
paciente, gênero masculino, 14 anos de
estabelecer um diagnóstico especifico,
idade, que apresentava lesão fibro-óssea na
sendo frequentemente critico, já que o
região da maxila direita.
tratamento dessas patologias varia de
Métodos: O paciente procurou o nenhuma a uma remodelação cirúrgica ou
ambulatório de Cirurgia e Traumatologia remoção completa. No caso aqui
Buco maxilo Facial da Universidade Federal apresentado, a remoção completa foi o
de Pernambuco, queixando-se de um procedimento escolhido devido à extensão
aumento de volume na região de maxila da lesão que estava atingindo uma grande
direita. Ao exame clínico apresentou uma quantidade de osso e para impedir o
tumefação na região posterior de maxila crescimento da mesma.
direita, indolor a palpação com
Conclusão: É de imensa importância uma
aproximadamente 05 anos de evolução. Ao
ótima análise patológica e radiográfica,
exame imaginológico (panorâmica) foi
assim como um bom preparo do Cirurgião
encontrado uma massa lobular, de forma
Dentista para que a ressecção desse tipo de
irregular e radiopaca envolvendo a maxila
lesão seja realizada com sucesso.
direita, que se estende do alvéolo maxilar

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CIRURGIA BUCAL

2007

POSSÍVEIS DESFECHOS PÓS-OPERATÓRIOS


DA TÉCNICA DE CORONECTOMIA:
SÉRIE DE CASOS
Bhárbara Marinho Barcellos; Karoline Von Ahn Pinto; Bibiana
Dalsasso Velasques; Lucas Borin Moura; Cristina Braga Xavier

Introdução: A coronectomia, alternativa drenagem de pus via alvéolo e sulco do 47.


à extração de terceiros molares inferiores A conduta foi medicação e higienização do
(3MI) em intimo contato com o nervo local, observando-se remissão total dos
alveolar inferior (NAI), consiste em sintomas. Houve migração de 8,5 mm das
remover a coroa do dente deixando as raízes, com afastamento do canal
raízes no interior do tecido ósseo no intuito mandibular. CASO 3: Após 6 meses da
de prevenir parestesia. A migração das coronectomia do dente 48, paciente
raízes dentárias e/ou a exposição dos relatou dor espontânea com cicatrização
fragmentos ao meio bucal são os resultados incompleta e depressão na distal do dente
pós-operatórios (PO) mais comuns, 47. Esmalte remanescente foi observado. A
podendo ou não requerer reintervenção reintervenção foi realizada para desgaste
cirúrgica. Este trabalho objetiva apresentar do esmalte, a sintomatologia regrediu
uma série de casos de coronectomia e totalmente e a paciente continua em
abordar seus possíveis desfechos PO. acompanhamento. CASO 4: Após 6 meses,
Métodos: Quatro pacientes foram observou-se deslocamento das raízes do
submetidas à 5 coronectomias, seguindo os dente 48 e proximidade destas com a crista
princípios preconizados por Pogrel et al. óssea. Após 1 ano, a paciente relatou
(2007). O sentido da secção dental variou abaulamento intraoral e optou-se pela
de acordo com a posição e profundidade do remoção das raízes. Não constatou-se
dente. O acompanhamento foi feito aos 3, esmalte nas raízes ou dano ao NAI.
12, 24 e 48 meses PO. Discussão: A literatura reconhece o
Resultados: CASO 1: Após 48 meses, as sucesso da coronectomia pela diminuição
raízes do dente 38 migraram 3,35 mm e de danos ao NAI. A posição dental
inclinaram no sentido mesial rompendo a prejudicando a execução da técnica, e a
tábua óssea, sem sintomatologia. A erupção das raízes podem ser motivos para
conduta foi continuar o acompanhamento reintervir (Pogrel, et al., 2007). Neste
e avaliar necessidade de reintervenção, estudo, a reintervenção não foi
caso haja erupção ou sintomatologia. considerada uma falha, pois o principal
CASO 2: Após 30 dias da coronectomia do objetivo da coronectomia, de não lesionar
dente 48, paciente relatou dor com o NAI, foi alcançado.

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5-9 de setembro de 2017
382
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CIRURGIA BUCAL

Conclusão: A coronectomia é eficaz e


previne danos ao NAI, porém estudos com
maior tempo de PO e enfoque nos
benefícios da reintervenção são
necessários.

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383
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CIRURGIA BUCAL

2018

FECHAMENTO DE FISTULA BUCOSINUSAL:


COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS
Murilo Quintão dos Santos; José Wilson Noleto Ramos Junior; Davi
Felipe Neves da Costa; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal
Henrique Barbosa Luna

Introdução: A fistula bucosinusal é uma critérios, como infecção, localização do


comunicação epitelizada entre a cavidade defeito, tamanho do defeito e
oral e o seio maxilar. Esta epitelização cria profundidade vestibular. O retalho
um trajeto que impede o fechamento vestibular pode ser adequado para o
espontâneo da comunicação, exigindo fechamento de fístulas pequenas e mesiais;
intervenção cirúrgica para fechar o defeito. o retalho palatino é uma opção viável para
Estas complicações ocorrem mais a reparação de comunicações nas áreas
comumente durante a extração de molares pré-molares e molares e o retalho do corpo
superiores, principalmente a raiz palatina adiposo de bichat é adequado para o
de primeiros molares superiores e terceiros fechamento de grandes comunicações
molares superiores. Esse trabalho tem o bucosinusais posteriores.
objetivo de comparar o fechamento de Conclusão: Todas as três técnicas quando
fistulas bucosinusais através de técnicas de bem empregadas trazem para o paciente
retalho vestibular, palatino e corpo resultados satisfatórios. O retalho
adiposo da bochecha. vestibular tem a desvantagem da perda de
Relato de caso: três pacientes profundidade do vestíbulo oral, levando a
compareceram ao Ambulatório de Cirurgia muitas vezes dificuldade de reabilitação
Bucomaxilofacial da UFPB, dois com protética. O retalho palatino deixa uma
histórico de exodontia do primeiro molar área cruenta no palato levando a um maior
superior, e um pós operatório de implante desconforto no pós operatório, mas
em região de primeiro molar superior. Foi preserva a profundidade vestibular e
optado por três diferentes tratamentos, o confere gengiva inserida a região do
primeiro foi realizado deslizamento de defeito, otimizando a instalação de
retalho vestibular, o segundo por rotação implantes. O emprego do corpo adiposo da
de retalho palatino e o terceiro foi utilizado bochecha representa uma técnica versátil,
o corpo adiposo da bochecha. No pós- podendo ser empregada em grandes
operatório todos evoluíram defeitos.
satisfatoriamente.
Discussão: Ao selecionar a abordagem
cirúrgica para fechar uma fístula oro-
antral, deve se considerar diferentes

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5-9 de setembro de 2017
384
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CIRURGIA BUCAL

2021

APROVEITAMENTO DENTÁRIO NA PRESENÇA


DE LESÕES PATOLÓGICAS: Relato de um
caso
Maria Gabriela Corrêa; Arnor Pereira; Marcia Maria Altavista
Romão; Henrique Cabrini Moreira; Bruno Mariano da Silva

A associação entre lesões odontogênicas aumentar o índice de aproveitamento dos


pode ser explicada pelo potencial de dentes inclusos Objetivamos apresentar o
diferenciação do tecido epitelial durante a relato clínico de uma paciente de 13 anos
odontogênese. O odontoma e o cisto portadora de um odontoma composto
dentígero são as lesões mais comuns do associado á um cisto dentígero, que
complexo maxilo-mandibular e, circundava a coroa do dente 23. Foi
geralmente são descobertas nos exames realizado a exérese do odontoma e a
radiográficos de rotina. Após realizar o desinclusão cirúrgica-ortodôntica.
tratamento das lesões deve-se realizar o Concluímos que após 12 meses,
aproveitamento dos dentes inclusos por observamos um êxito quanto ao
meio do tracionamento ortodôntico, aproveitamento do dente no arco dentário,
exceto quando contraindicado. A detecção mesmo na presença de lesões patológicas.
e tratamento precoce da lesão podem
Referências:
CALIENTO, R. et al., 2013. Cisto dentígero: modalidade de tratamento. Rev. Odontol UNESP. 2013 Nov-
Dec; 42 (6): 458-462. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/rounesp/v42n6/v42n6a12.pdf. Acesso em:
10/02/2017
CÉ, P, S. et al., 2009. Odontoma complexo-relato de caso clínico atípico. RFO, v. 14, n.14, p. 56-60,
janeiro/ abril 2009. Disponível: http://download.upf.br/editora/revistas/rfo/14-01/56_60.pdf. Acesso
em: 10/02/2017.
COSTA, D, D. et al., 2013. Cisto dentigero ao odontoma composto: Lesão mista. ClipeOdonto- UNITAU
2013; 5 (1): 25-30.Disponível: http://periodicos.unitau.br/ojs-
2.2/index.php/clipeodonto/article/viewFile/1539/1235 . Acesso em: 20/02/2017
GIUSTINA, J, C, D. et al., 2012. Odontoma complexo associado a cisto dentígero: relato de dois casos
clínicos. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac, Camaragibe v. 12, n. 3, p. 61-66, jul./set. 2012.
Disponível: http://www.revistacirurgiabmf.com/2012/v12.n3/Artigo%2010.pdf. Acesso em:
20/02/2017.
NÓIA, C, F. et al., 2008. Odontoma Composto- Complexo: realto de caso. 2008; 10(4): 59-63.
Disponível: file:///C:/Users/Nalva/Downloads/460-389-1-PB%20(1).pdf. Aceso: 02/04/2017
RIBEIRO, E, T. et al., 2015. Dentes inclusos associados a cistos e tumores odontogênicos: condutas
terapêuticas. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 17 (2): 78-88, abr-jun, 2015. Disponível:
file:///C:/Users/Nalva/Downloads/13191-34560-1-SM.pdf .Acesso em: 25/02/2017.

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CIRURGIA BUCAL

2027

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO
LOCALIZADO EM REGIÃO POSTERIOR DE
MAXILA
Priscila Lins Aguiar; Victor Leonardo Mello Varela Ayres de Melo;
Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo; Marcela Côrte Real
Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de Melo

Introdução: Os Queratocistos 27, sugestivo de Queratocisto


Odontogênicos se originam de Odontogênico. O tratamento de escolha foi
remanescentes da lâmina dentária, o cirúrgico com enucleação cística
possuem predileção por homens entre 2ª e associada à sinusectomia maxilar esquerda
5ª de vida, acometem a mandíbula com e exérese do elemento dentário.
mais frequência e radiograficamente Resultado: A paciente respondeu bem ao
apresentam padrão radiolúcido com uma pós-operatório e está sendo acompanhada
cortical radiopaca bem definida. pelo serviço. Após 1 ano foi solicitada uma
Geralmente não causam expansão óssea e radiografia panorâmica para controle, onde
apresentam um alto índice de recidiva. Sua a paciente apresentou uma boa
alta recorrência representa um desafio cicatrização óssea com ausência de
frente as técnicas cirúrgicas convencionais recidiva.
como enucleação e curetagem.
Discussão: Apesar dos dados
Método: Paciente, gênero feminino, 52 epidemiológicos relatados por vários
anos, compareceu ao serviço de Cirurgia e estudos, esse caso foge dos padrões
Traumatologia BucoMaxiloFacial da UFPE enquanto gênero, idade, localização, e
queixando-se de secreção purulenta tumefação das corticais ósseas. Contudo,
envolvendo o dente 27, aumento de se assemelha enquanto a presença de dor,
volume na região de tuberosidade maxilar edema e drenagem, comum em cistos
ipisilateral, hálito fétido e cefaléia maiores, e o envolvimento de dentes sendo
constante com 5 anos de evolução. a causa principal da origem patogênica. A
Clinicamente, apresentava ausência de escolha do tratamento da lesão por meio da
múltiplos elementos dentários e enucleação cística com a técnica de
abaulamento das corticais na região Caldwell-Luc tem sido aceito como meio de
posterior de maxila esquerda. Ao exame acesso ao seio maxilar, pois promove uma
imaginológico foi observado imagem abordagem segura e acesso direto ao seio
radiopaca, bem delimitada, na região de maxilar, facilitando a visualização e
seio maxilar esquerdo, envolvendo o dente

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5-9 de setembro de 2017
386
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CIRURGIA BUCAL

remoção completa da lesão diminuindo a


possibilidade de recidiva.
Conclusão: É importante ressaltar que a
escolha do tratamento cirúrgico em
remover por completo a lesão juntamente
com o epitélio do seio maxilar acometido é
de fundamental importância para que a
lesão não recidive. Sendo assim, a
enucleação com a técnica de Caldwell-Luc,
apesar de antiga, proporciona um
procedimento seguro e eficaz devendo ser
sempre lembrado e utilizado quando
indicado.

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5-9 de setembro de 2017
387
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CIRURGIA BUCAL

2035

EXODONTIA DE DENTES IMPACTADOS


ATRAVÉS DE OSTEOTOMIA SAGITAL DO
RAMO MANDIBULAR:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Francisco Rikilly de Araújo; Daniel Ferreira do Nascimento; Airton
Vieira Leite Segundo; Lucas Nunes de Brito Silva; André Lustosa de
Souza

Introdução: A remoção cirúrgica dos remoção dos elementos inclusos pelo


molares inferiores profundamente acesso intraoral e OSRM. O procedimento
impactados é, com certeza, um grande foi realizado sob anestesia geral em âmbito
desafio para os cirurgiões hospitalar, iniciando com a incisão e
bucomaxilofacias. Várias técnicas podem descolamento subperiosteal promovendo
ser utilizadas para esse fim, contudo, a acesso ao ramo e corpo mandibular. Foi
osteotomia sagital do ramo mandibular realizado o bloqueio intermaxilar
(OSRM) tem se tornado uma técnica transoperatório seguido pela fixação óssea
cirúrgica viável. Este trabalho tem por com miniplaca de titânio do sistema 2.0
objetivo relatar um caso clínico de uma com quatro parafusos monocorticais no
paciente portadora de impactação severa corpo mandibular e um parafuso posicional
do segundo e terceiro molares inferiores, no ramo.
na qual foi realizado sua remoção através Resultados: A paciente evolui bem, sem
da OSRM. queixas, com abertura bucal satisfatória,
Métodos: Paciente do sexo feminino, 25 oclusão dentária preservada, e ausência de
anos, procurou o ambulatório de Cirurgia e parestesia do lábio inferior.
Traumatologia Buco-maxilo-facial do Discussão: As complicações inerentes à
Hospital Regional do Agreste, Caruaru/PE, remoção de molares inferiores com alto
encaminhada para exodontia de elementos grau de inclusão incluem perda óssea
dentários impactados. Ao exame intra-oral severa, injuria do nervo alveolar inferior,
foi observado o elemento 38 semi- lesão de dentes adjacentes e fratura
erupcionado, em posição mesioangular e mandibular. Características essas
ausência de exposição do segundo molar encontradas nesse caso clínico, sendo a
inferior direito. Ao exame radiográfico foi OSRM uma técnica segura que proporciona
possível identificar o elemento 37 a plena visualização das estruturas a serem
impactado e a tomografia revelou íntima removidas e preservadas. A utilização de
relação de suas raízes com o canal fixação híbrida é caracterizada pela
mandibular. O tratamento de escolha foi a utilização da fixação com uma placa de

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quatro furos fixada por parafusos


monocorticais em conjunto com um
parafuso posicional bicortical em região
mais posterior.
Conclusão: A OSRM é uma técnica viável
para remoção de dentes impactados na
região posterior mandibular quando a
técnica de exodontia convencional oferece
riscos de fratura mandibular ou de lesão do
feixe vásculo-nervoso alveolar inferior.

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2051

ENUCLEACÃO DE CISTO RADICULAR RESISTENTE


AO TRATAMENTO ENDODONTICO ASSOCIADO
A APICECTOMIA PARA MANUTENÇÃO DE
ELEMENTO DENTÁRIO: RELATO DE CASO
Maria Gabriela Corrêa; Peter Maicon de Oliveira; Arnor Pereira;
Marcia Maria Altavista Romão

Cistos são cavidades patológicas revestidas constatada ausência de vitalidade neste


de epitélio, contendo em seu interior um elemento dentário e presença de vitalidade
material liquido ou semi sólido. O cisto nos dentes adjacentes.Foi proposto
radicular é um cisto odontogênico de tratamento endodontico do elemento 22,
caráter inflamatório decorrente de lesões para tentativa de regressão da lesão,em 6
pulpares ocasionadas por traumas ou meses não houve regressão da lesão,sendo
lesões de cárie, levando a necrose pulpar. A assim proposto o tratamento cirurgico da
fonte epitelial é comumente os restos mesma por meio de enuleação da lesão
epiteliais de Malassez - derivados da patologica seguida de apicetomia deste
desorganização apoptótica da bainha de elemento.O material foi enviado para
Hertwig. Diversos tratamentos podem ser exame anatomopatológico, retornando
indicados para esta lesão: tratamentos com o laudo de cisto radicular.A paciente
conservadores, através do tratamento se encontra em proservação por meio de
endodôntico do dente desvitalizado com exames radiográficos, sem recidiva da
ou sem apicetomia, e tratamentos lesão. Concluimos que este tipo de lesão é
cirúrgicos como a extração da unidade geralmente um achado radiográfico, em
dentária seguida de curetagem periapical, caso de lesões grandes que não apresentam
marsupialização, enucleação cística, ou regressão após tratamento endodontico, a
ainda a descompressão através de enucleação e apicectomia são os
drenagem em casos de cistos de grandes tratamentos indicados. No caso relatado a
proporções ou próximos a estruturas técnica da enucleação do cisto radicular
nobres. O objetivo deste estudo foi realizar com associação de apicectomia do dente
revisão de literatura e o relato de caso de lesionado mostrou-se satisfatória e eficaz
um paciente de 42 anos,leucoderma, no como método de tratamento, promovendo
exame radiográfico periapical foi constado uma significativa redução da loja óssea
uma imagem radiolúcida na região anterior reabsorvida pela lesão cística, provocando
de maxila unilocular bem delimitada e mínimos danos e melhor recuperação pós
circunscrita de aproximadamente 3 cm, operatória as estruturas anatômicas,além
verificando assim afastamento da raiz do de promover a manutenção do elemento
elemento 22,sem sintomatologia e dentário, trazendo assim mais conforto ao
presença de assimetrias ou tumefações,foi paciente.

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2055

TRACIONAMENTO DE CANINO IMPACTADO


ASSOCIADO A EXTRAÇÃO DE INCISIVO
CENTRAL EM POSIÇÃO ATÍPICA:
RELATO DE CASO
Thainá Sales Reis; Yume Eto Gall; Beatriz Teles Farias; Guilherme
Spagnol; Patrick Rocha Osborne

Os caninos superiores são indispensáveis palatina da sua coroa voltada para


para dentição, onde sua presença é vestibular, e a não rizólise do elemento 63,
importante para uma oclusão balanceada, impactando o dente 23. Foi decidido então,
movimentos de lateralidade, além da em conjunto com o ortodontista e a
estética facial. Há uma grande prevalência paciente, sob anestesia geral com
de caninos inclusos ou impactados, visto intubação nasotraqueal, realizar a
que estes são os últimos dentes a exodontia do elemento 21, devido o seu
irromperem na cavidade bucal. Estes formato radicular impossibilitar o seu
podem estar localizados por tracionamento, do dente 63, possível causa
lingual/palatina, vestibular ou da impacção do 23, e então a colagem do
transalveolar, sendo mais frequente a botão ortodôntico neste elemento para o
posição palatina. As condutas frente esses seu tracionamento. A paciente manteve
casos, podem exigir métodos acompanhamento pós operatório com a
conservadores não-cirúrgicos, como o equipe da cirurgia e ortodontia, e então
tracionamento orto-cirúrgico para a após seis meses do procedimento cirúrgico
manutenção do elemento dentário, até a concluiu-se o tracionamento do dente 23.
extração propriamente dita do elemento. Atualmente a paciente encontra-se em fase
Paciente A.F.L, sexo feminino, 15 anos, de planejamento para reabilitação com
compareceu a clínica do Curso de implante dentário osseointegrável da
Odontologia do Centro Universitário do região do dente 21. Este trabalho tem como
Norte (UNINORTE), localizada na cidade objetivo a apresentação de um caso no qual
de Manaus – AM, encaminhada por seu obteve-se sucesso no tratamento da
ortodontista para avaliação da ausência impacção dentária do elemento 23, que, em
dentária dos elementos 21 e 23, sendo que conjunto com a ortodontia, tracionou-se o
o dente 63 da paciente possuía retenção elemento sem a necessidade de sua
prolongada. Após avaliação dos exames de extração.
imagem (panorâmica e tomografia
computadorizada) pôde-se observar o
dente 21 incluso em maxila, com a região

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2062

TRATAMENTO DE CISTO DENTÍGERO POR


DESCOMPRESSÃO E ENUCLEAÇÃO
Marina Pereira Silva; Maria Joana Pinheiro Cesar Moreira; Cintia
Mussi Milani; Larissa Luvison Gomes da Silva

Introdução: O cisto dentígero é o da lesão para exame anatomopatológico, o


segundo tipo mais comum de cisto qual confirmou a suspeita inicial de cisto
odontogênico e está associado a dentes dentígero. Passado sete meses, com
impactados, geralmente os terceiros acompanhamento radiográfico
molares. Sua formação ocorre devido ao evidenciando neoformação óssea local,
acúmulo de fluído, originado pela pressão realizou-se a remoção cirúrgica do dente
exercida no folículo, por um dente que incluso e curetagem da lesão
tenta erupcionar. O diagnóstico do cisto remanescente.
dentígero normalmente é feito em Resultado: O acompanhamento
radiografias de rotina, uma vez que, na radiográfico revela completa neoformação
maioria das vezes a lesão é assintomática. óssea local, sem sinal de recidiva da lesão.
Radiograficamente observa-se uma área
Discussão: Os fatores decisivos na
radiolúcida bem delimitada associada à
escolha do tratamento são tamanho da
coroa de um dente incluso. O diagnóstico
lesão, proximidade às estruturas
definitivo requer um exame
anatômicas e o risco de fratura patológica.
histopatológico, através de uma biópsia. As
A enucleação, marsupialização e
opções de tratamento são enucleação,
descompressão são possíveis tratamentos
marsupialização e a descompressão
para o cisto dentígero. Marsupialização e
seguida por enucleação. O objetivo deste
descompressão são técnicas amplamente
trabalho foi apresentar um caso clínico, de
utilizadas para o tratamento primário ou
um paciente, do sexo masculino, 28 anos,
definitivo dos cistos odontogênicos de
que apresentava um cisto dentígero de
grande extensão. Apesar da alta taxa de
grande extensão.
sucesso da marsupialização, a
Método: Trata-se de um relato de caso de descompressão é mais tolerada pelos
cisto de grande proporção, associado ao 38 pacientes e não deixa tecido patológico no
incluso, em intimo contato com o canal da local.
mandíbula e possível risco de uma fratura
Conclusão: A descompressão seguida por
patológica. A hipótese de diagnóstico
enucleação é uma técnica muito efetiva e
inicial foi cisto dentígero ou ceratocisto.
segura no tratamento de cistos dentígeros
Em razão da grande extensão, planejou-se
de grande extensão, permitindo a
fazer descompressão seguida de
preservação de estruturas anatômicas
enucleação e remoção do dente incluso. No
importantes e a completa eliminação da
momento da instalação do dreno para
lesão.
descompressão, removeu-se uma porção

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2065

REMOÇÃO DE AGULHA FRATURADA EM


REGIÃO PTERIGOMANDIBULAR COM A
UTILIZAÇÃO DE INTENSIFICADOR DE
IMAGEM: RELATO DE CASO
André Lustosa de Souza; Airton Vieira Leite Segundo; Lucas Nunes
de Brito Silva; Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Rafael de Sousa
Carvalho Saboia

Introdução: Acidentes e complicações pinçada, sendo removida, sem maiores


são elementos que ocasionalmente podem intercorrências.
estar associados aos procedimentos Resultados: Após uma semana, foi
realizados pelo cirurgião-dentista. Entre realizada a remoção de sutura e radiografia
alguns acidentes relacionadas a prática panorâmica de controle. Complicações,
odontológica, a fratura da agulha durante a como hemorragia, infecção ou parestesia
anestesia local merece destaque, devido à permanente, não foram observadas. O
sua raridade. O objetivo deste trabalho é o paciente encontra-se atualmente, em
de reportar nossa experiência, utilizando o controle pós operatório de 11 meses, sem
intensificador de imagem para a remoção queixas funcionais.
de agulha fraturada, baseada em caso
Discussão: No presente caso, foi utilizado
clínico.
um intensificador de imagem, um método
Materiais e métodos: Foi realizada uma radiográfico nos quais as estruturas podem
incisão ao longo da linha obliqua externa, ser observadas em sua dinâmica. Nesse
da região lateral ao terceiro molar até o método, sensores são sensibilizados por
primeiro molar no lado direito, com fluoroscopia para gerar uma imagem
descolamento delicado de todo o tecido, virtual numa tela de vídeo. Essa
perpendicular ao plano da agulha, modalidade permite uma rápida e imediata
principalmente na região lingual. Após o tomada de imagens de alta qualidade e em
descolamento, não se visualizou a agulha. vários ângulos. No caso apresentado a
Com o intensificador de imagem, modelo utilização de intensificador de imagem foi
Arco Cirúrgico Veradius Philips Medical essencial para localização e remoção do
Systems Nederland B.V, foram realizadas fragmento de agulha.
imagens da região no transoperatório, e
Conclusão: Embora seja cada vez mais
determinada a localização precisa da
rara, a fratura de agulha dental pode
agulha. Com o auxílio de uma pinça
ocorrer e devemos estar preparados para
Halstead curva, a agulha foi localizada e
conduzir o paciente de forma adequada. O

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CIRURGIA BUCAL

correto planejamento, bem como a


localização precisa da agulha fraturada são
fundamentais para o tratamento adequado.
O uso do intensificador de imagem se
mostrou uma alternativa viável, facilitando
a remoção das agulhas no caso
apresentado, consequentemente
diminuindo o risco de lesão a estruturas
anatômicas importantes.

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2088

CÉLULAS TRONCO E ENGENHARIA TECIDUAL


Carlos Augusto do Nascimento Feiden; Rogério Miranda
Pagnoncelli

Introdução: Primeiramente Engenharia assim, Hossein E. Jazayeri e Lobat Tayebi


Tecidual(ET) , é um conceito onde há o realizaram uma revisão "A current
encontro dos princípios de biologia, overview of materials and strategies for
engenharia e ensaios clínicos para que haja potential use in maxillofacial tissue
um substituto de algo que possa manter, regeneration" mostrando o potencial de
restaurar ou melhorar a qualidade e função células troncos e fatores de crescimento
do local receptor. Isso se deve pelo avanço associado a materiais que possam ser
de pesquisas nas áreas microbiológicas e utilizados em regeneração tecidual. Não há
histológicas dos tecidos e comportamento metodologia aplicada nesse trabalho de
das células diferenciadas e células revisão sistemática.
indiferenciadas abrindo espaço para um Considerações finais: Conhecendo a
assunto em pauta atualmente que é a qualidade dessas células e seu potencial de
engenharia tecidual. Os tratamentos atuais diferenciação podemos afirmar que a
incluem os próprios tecidos dos dentes, engenharia tecidual com células troncos
enxertos alogênicos entre outras técnicas, juntamente com outros fatores de
porém atualmente a comunidade científica crescimento proporcionam um leque de
está debatante o processo de engenharia possibilidades de regenerações, seja óssea,
tecidual com fatores de crescimentos, cartilagenosa, nervoso. Onde no trabalho
células troncos entre outras células de Y. Isobe e K. Bessho "Comparison of
fisiologicamente hábeis para realizar human mesenchymal stem cells derived
diferenciação. Porêm o que é célula tronco? from bone marrow, synovial fluid, adult
É uma célula indiferenciada capaz de gerar, dental pulp, and exfoliated deciduous
por divisão mitótica simétrica, duas tooth pulp" eles descrevem todos os
células-filhas idênticas a ela ou, por divisão métodos de cultura para cada
mitótica assimétrica, uma célula-filha diferenciação. Sendo assim abrindo a
diferenciada e outra nova célula que possibilidade de estudos com as demais
permanece indiferenciada e mantém a formas de diferenciação celular e
linhagem original. Ou seja, com alto poder tratamentos de grandes defeitos ósseos.
de nobreza e qualidade celular. Pensando

Referências:
Melek L. Tissue engineering in oral and maxillofacial reconstruction. Tanta Dental Journal 12 (2015)
211-223 Majid S, Chawla J.P.L Stem Cells in Dentistry: A Boon to Oral & Maxillofacial Surgery Volume
15, Issue 1 Ver. III (Jan. 2016)

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2100

TRATAMENTO DA ALVEOLITE COM FIBRINA


LEUCOPLAQUETÁRIA AUTÓLOGA
Maynne Thais do Nascimento Belo; Antonio Fabio Vieira; Fabrício Le
Draper Vieira; Allana Arêas Barbosa;Italo Cardoso Barreto da Silva

Alveolite é a inflamação do remanescentes possui mecanismos que atuam na


do ligamento periodontal e osso cortical, inflamação, na neoformação vascular,
em função da não formação ou da controle da dor e com isso favorece a
desintegração de um coágulo sanguíneo reparação tecidual fazendo uma espécie de
após exodontia, podendo apresentar dois tampão biológico. Descrição do caso:
tipos seca ou úmida e causa dor aguda ao paciente com 55 anos, sexo masculino,
paciente. Francisco Eugênio Loducca dizia leucoderma, relatou que fez uma exodontia
que “é importante observar que o do elemento 16 há aproximadamente 2
tratamento para alveolite não acelera a semanas e a dor pós operatória não cessou
cicatrização, e sim dá condições para que o nem com analgésico. No exame clínico foi
organismo promova a reparação do visto uma espícula óssea, sinais de
alvéolo” com isso, propusemos com este inflamação no alvéolo e dor local. O
trabalho uma nova forma de tratamento paciente foi submetido ao protocolo de
englobando a Fibrina Leucoplaquetária tratamento sob anestesia local,
Autóloga para os dois tipos de alveolite, puncionamento no braço para obtenção da
haja visto que cada vez menos nos Fibrina Leucoplquetária Autóloga, retirada
deparamos com esse tipo de complicação da espícula óssea com o alveolótomo,
pós exodontia nos consultórios curetagem do alvéolo, irrigação com soro
odontológicos, pois com as condutas de fisiológico, tamponamento do alvéolo com
antissepsia e biossegurança favorecem a as membranas de Fibrina e sutura.
diminuição da mesma .Temos diversos Concluímos que com o emprego da Fibrina
tipos de terapias para o tratamento da neste caso, tivemos resultados excelentes,
alveolite algumas mais conhecidos são: principalmente por cessar a dor pós
Tratamento Loducca, Pasta de Graziane operatória do paciente e a cicatrização
entre outros .O objetivo desse trabalho, é muito satisfatória.
apresentar através de um relato de caso
clínico a utilização da Fibrina
Leucoplaquetária Autóloga que é utilizada
em diversas áreas da odontologia, como
aumento de tecido ósseo, levantamento de
seio maxilar, enxerto de alvéolos, cirurgias
periodontais estéticas entre outros e agora
como tratamento para alveolite, pois ela

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2102

REMOÇÃO DE DENTE ECTÓPICO EM


CAVIDADE NASAL
Manoela Moura de Bortoli; Luis Felipe de Oliveira Maciel; Thiago
Coelho Gomes da Silva; Ricardo José de Holanda Vasconcellos;
Emanuel Dias de Oliveira e Silva

Introdução: Quando um dente se desloca desse caso chama atenção ao cirurgião para
para uma região atípica em posição ou fora o diagnóstico e tratamento. Em região de
dos ossos maxilares é caracterizado como cavidade nasal pode ser assintomático e
ectópico.1 Erupção ectópica dos dentes em apresentar obstrução nasal, supuração,
outras regiões além da cavidade oral é epistaxe recorrente, rinite, desvio de septo,
incomum. A incidência compreende de 0.1 fístula oronasal, sinusite crônica, odor
a 1% da população geral. São encontrados fétido, dor facial e cefaleia3.
no palato, seio maxilar e soalho da Radiograficamente, dente ectópico pode
cavidade nasal.1-2 Dentre as causas, a apresentar-se como uma massa radiopaca e
intrusão traumática, injúrias ocorridas na densa semelhante ao osso, porém pode
dentição decídua ou na mista, são as mais sugerir outras patologias, como sequestro
frequentes.3 ósseo, neoplasia, exostose, infecção
Métodos: No presente caso, paciente do fúngicas com calcificações e
gênero feminino, 25 anos, que relatou rinólito3. Vários métodos de tratamento
presença de corpo estranho em região são aceitos e recomendados e depende da
nasal, e que sofreu um trauma na infância presença ou ausência de sintomatologia. A
em região da maxila. Ao exame paciente não apresentava sintomatologia.
físico,presença de prótese provisória na Conclusão: Dentes ectópicos intranasais
região dos dentes incisivos central e lateral são raros e podem ser complicados com
esquerdos. Imagem radiopaca, densa, várias condições. Diagnóstico precoce e
medindo aproximadamente 1 cm nas suas tratamento de dentes ectópicos são
maiores dimensões, sugerindo dente importantes, pelo potencial de causar
ectópico em região de fossa nasal esquerda. morbidade considerável. Desde que
A paciente foi submetida a remoção do estejam bem indicadas, a técnica cirúrgica
corpo estranho. O acesso de escolha foi o para remoção de dentes ectópicos
vestibular de maxila. apresenta bom resultado e recuperação
Discussão: Por apresentar etiologia satisfatór,ia no pós-operatório.
desconhecida e inespecífica, a raridade

Referências
Verma RK, Bakshi J, Panda NK. Ectopic intranasal tooth: an unusual cause of epistaxis in a child. Ear
Nose Throat J 2012;91:242–244.

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Gupta YK, Shah N. Intranasal tooth as a complication of cleft lip and alveolus in a four years old child:
case report and literature review. Int J Paediatr Dent 2001;11:221–224.
Thor AL. Delayed removal of a fully intruded primary incisor through the nasal cavity: a case report.
Dental Traumatol 2002;18:227–230.

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2113

INFLUÊNCIA DO AJUSTE DO PH DOS


ANESTÉSICOS LOCAIS NO TEMPO DE LATÊNCIA:
REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Patricia Verónica Aulestia Viera; Mariana Minatel Braga; Maria
Aparecida Borsatti

Introdução: A natureza ácida dos latência significativamente, exceto no


anestésicos locais (AL) comercializados subgrupo de tecido inflamado no qual
pode afetar sua eficácia, aumentando a apenas um estudo foi incluído: diferença de
complexidade, atrasando ou inviabilizando médias -1,37 min (IC -2,03; -0,7 min).
procedimentos clínicos necessários, Todos os subgrupos apresentaram uma alta
especialmente em tecidos infectados ou heterogeneidade a qual foi explicada
inflamados. Acredita-se que elevar o pH principalmente pelo modelo do estudo e o
dos anestésicos, próximo ao pH fisiológico, uso de anestésico tópico. A concentração
minimizaria esse efeito. Esta revisão do tampão, concentração de adrenalina, o
sistemática teve como objetivo avaliar a sal anestésico, o tipo de injeção e o método
eficácia da alcalinização dos AL na redução utilizado para medir a latência não
do tempo de latência anestésica na contribuíram com a heterogeneidade.
odontologia. Discussão: Devido à curta redução do
Métodos: As bases de dados MEDLINE, tempo de latência proporcionada pelos AL
Embase, Scopus e Scielo foram pesquisadas tamponados e ao tamanho da amostra no
até abril de 2017. Incluíram-se ensaios único subgrupo que apresentou
clínicos controlados e randomizados que significância estatística (um estudo), não
compararam AL tamponados e não podemos afirmar que este efeito é robusto
tamponados em injeções intraorais. Os e clinicamente relevante nas injeções
dados do tempo de latência foram intraorais. Desta forma, o investimento de
agrupados em um modelo de efeitos tempo e recursos na realização da
aleatórios (RevMan 5.3). Realizaram-se alcalinização dos AL, não é recomendado.
análises de subgrupos entre tecidos Futuros estudos realizados com
normais vs. inflamados e entre a técnica metodologia padronizada em tecidos
infiltrativa terminal vs. o bloqueio inflamados são sugeridos para reafirmar
pterigomandibular. Meta-regressões foram este resultado.
efetuadas para explicar a heterogeneidade. Conclusão: A alcalinização dos
Resultados: Onze artigos foram incluídos anestésicos locais para injeções
nesta revisão. A lidocaína com adrenalina intraorais não afeta significativamente o
foi a combinação anestésica mais utilizada tempo de latência em tecidos normais e
e o bicarbonato de sódio foi o agente este desfecho ainda precisa ser avaliado em
tampão em todos os estudos. Os AL tecidos inflamados.
tamponados não reduziram o tempo de

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2117

MENTOPLASTIA ASSOCIADA A ENXERTO


AUTÓGENO POR TUNELIZAÇÃO NA REGIÃO
PARANASAL: RELATO DE CASO
Matheus Coelho Blois; Tulio Del Conte Valcanaia; Alessandra Kuhn
Dall’Magro; Renato dos Santos

A classe III esquelética pode apresentar Enxertos autógenos ou autólogos são


várias etiologias, entre os quais a considerados padrão ouro se tratando em
deficiência maxilar é o mais frequente10. cumprir com propriedades osteogênica,
Seu tratamento envolve um planejamento rápida vascularização e integração à área
multidisciplinar que leva a alterações receptora. A técnica de tunelização vem
funcionais e estéticas do complexo maxilo sendo descrita a mais de quatro décadas
mandibular. Os enxertos faciais podem ser para enxerto em maxila com intuito de
usados para restaurar proporções faciais preenchimento e tratamento de
em pacientes com deficiência do terço pseudoartroses de fraturas maxilares. Mais
médio; sendo os enxertos paranasais recentemente, está técnica foi modificada
indicados como alternativa para simular o no intuito de adaptá-la para fins de
efeito do avanço por uma osteotomia enxertia maxilar. Apresentaçao de um caso
maxilar Lefort I em pacientes com oclusão clínico onde foi realizada a mentoplastia
intacta. Os enxertos sólidos utilizados para em paciente com perfil desagradável e
reabilitação funcional e pré-protética dos oclusão satisfatória (compensada),
maxilares tornaram-se uma excelente utilizado o fragmento ósseo removido do
opção na reabilitação estética oro-maxilo- mento para enxertia via tunelizaçao em
facial. O maior efeito do avanço de maxila região paranasal, anterior de maxila. A
se faz no lábio superior, região subnasal e técnica de tunelização é um procedimento
no nariz, resultando no posicionamento cirúrgico simples, seguro e eficaz, podendo
anterior dessas três estruturas e aumento ser realizada em âmbito ambulatorial,
do ângulo nasolabial. Pacientes com desde que conferido exame anamnésico
retrognatismo maxilar apresentam: satisfatório, planejamento prévio da
deficiência da área paranasal, pouco cirurgia e exames por imagem
suporte do lábio superior, lábio curto no complementares.
sentido ântero-posterior e sulco naso-
geniano pronunciado, pois o tecido mole
sempre acompanha quase que
integralmente o movimento ósseo.

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2120

REMOÇÃO DE DENTE INTRANASAL EM


PACIENTE PORTADOR DE FISSURA LÁBIO-
PALATINA: RELATO DE CASO
Yume Eto Gall; Paulo Victor Mendes Penafort; Naiá Cunha do
Nascimento; Giorge Pessoa de Jesus; Patrick Rocha Osborne

A presença de dente supranumerário ou Devido à impossibilidade de


ectópico não é fato incomum, sendo aproveitamento destes dentes, por não
estimado ocorrer em 1% da população em haver suporte ósseo, como também pela
geral. Contudo, um dente em cavidade posição em que se encontravam, o plano de
nasal constitui-se em evento raro, tratamento foi a exérese dos elementos
independente da etiologia. A ocorrência de dentais envolvidos na fissura. Atualmente
anomalias dentárias tais como agenesias, o paciente está sob acompanhamento das
más-formações e dentes supranumerários disciplinas de Odontopediatria e CTBMF,
em crianças fissuradas é mais frequente do relatando melhora no desconforto pela
que em crianças sem fissuras. Dentes presença do dente na cavidade nasal e
ectópicos e supranumerários podem aguarda retorno para reavaliação da
ocorrer em diferentes regiões da face. cirurgia plástica. O objetivo do seguinte
Comumente são vistos no palato e seio trabalho é apresentar um caso clínico
maxilar, raramente no côndilo, processo abordando a exodontia de dentes, em um
coronóide, órbita e cavidade nasal. paciente portador de fissura lábio-palatina
Paciente C.G.G.A., sexo masculino, 13 anos do tipo transforame incisivo, dando ênfase
foi encaminhado ao Serviço de CTBMF da ao dente exposto na cavidade nasal.
FAO/UFAM, pela equipe de cirurgia
plástica do HUGV. O paciente já havia sido
submetido a uma queiloplastia e para
continuação do tratamento da fissura foi
solicitado uma avaliação de um dente na
cavidade nasal. Após a avaliação clínica e
radiográfica foi verificado que além do
dente intranasal estavam presentes dentes
inclusos na área.

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CIRURGIA BUCAL

2124

TRATAMENTO DE OSTEONECROSE
MEDICAMENTOSA COM FIBRINA
Lindy Cardoso Cinelli; Ayla Janine Silva Alcantara de Moraes;
Fabrício Le Draper Vieira; Flavia Abruzzini Lê Draper Vieira; Antonio
Fabio Vieira

A osteonecrose de mandíbula ou maxilar, é neovascularização. Após 30 dias, havia


a alteração patológica óssea que pode advir grande epitelização da área que se
de uma complexa interação entre o encontrava exposta anteriormente. O caso
metabolismo ósseo, trauma local, infecção, foi controlado por mais 30 dias, totalizando
hipovascularização e o uso de 60 dias, podendo ser observada uma grande
medicamentos como os bisfosfonatos, que cobertura de tecido mole bem
é uma droga que reduz a reabsorção óssea, vascularizada e queratinizada na região.
estimula a atividade osteoblástica, assim Não se sabe ao certo qual deve ser o
como inibe o recrutamento e promove a tratamento estabelecido durante essa
apoptose de osteoclastos.Este trabalho tem manifestação,pois apesar da literatura
como objetivo relatar o caso clinico de uma apresentar formas variadas de
paciente do sexo feminino, com 72 anos de tratamento,não existe um protocolo
idade e exposição óssea intraoral, definido. Dentro dos limites deste relato, a
portadora de osteoporose, fazia uso de utilização da fibrina leucoplaquetária
bifosfonatos há mais de cinco anos. Na autóloga apresentou-se favorável como
região posterior mandibular direita havia alternativa após dez meses e sem recidivas,
osso exposto, hiperemia dos tecidos moles abrindo perspectivas para tratar as
e exsudato purulento. A região mandibular necroses induzidas.
anterior mostrava drenagem de secreção
purulenta. Como havia necessidade de
cirurgia de fêmur por recomendação
médica, a paciente foi submetida à
medicação específica (amoxicilina 500 mg,
metronidazol 400 mg) e irrigação local com
clorexidina 0,12%. Seis meses depois, e
mediante os exames de TCFC e CTx sérico,
foi realizada a terapia com fibrina
leucoplaquetária autóloga. Estas
biomembranas foram colocadas nas áreas
de osso necrótico. Depois de 15 dias,
observou-se uma grande exposição da área
operada. Porém, clinicamente, já se notava

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2140

ABORDAGEM CIRÚRGICA NO TRATAMENTO


DO CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR
Brenda Lamônica Rodrigues; Nathalia Rodrigues Simora; Tânia Regina
Grão Velloso; Patrícia Rocon Bianchi; Daniela Nascimento Silva

Introdução: O cisto odontogênico histopatológica de todo o espécime


glandular (COG) é um tipo raro de cisto confirmou o diagnóstico prévio de COG.
odontogênico do desenvolvimento. Pode Resultados: O paciente encontra-se em
apresentar comportamento agressivo e alta acompanhamento pós-operatório há um
taxa de recidiva tem sido relacionada ao ano, sem sinais clínicos ou radiográficos de
tratamento conservador. O COG surge em recidiva, com neoformação óssea na loja
áreas de suporte dental dos maxilares, cirúrgica. A literatura recomenda até 7
geralmente em adultos acima de 40 anos. anos de proservação.
Apresenta um epitélio formado por células
Discussão: Taxas de recorrência parecem
cubóides ou colunares na superfície e no
estar correlacionadas com a modalidade
seu revestimento, com criptas semelhantes
terapêutica utilizada, variando de 29% para
a cistos dentro da espessura do epitélio. O
55%, e métodos conservadores, como
presente trabalho tem por objetivo realizar
enucleação e curetagem. Lesões maiores e
uma revisão de literatura sobre o
multiloculares devem ser tratadas com
tratamento do COG e apresentar um caso
osteotomia periférica em vista da natureza
clínico de um paciente portador de COG
agressiva da presente lesão. Os estudos de
atendido pelo Núcleo de Diagnóstico Bucal
Kaplan et al. (2005) e Fowler et al. (2011)
da UFES, enfatizando o tratamento
envolvendo 111 e 46 casos de COG,
cirúrgico instituído.
reportaram taxas de recorrência de 35,9% e
Metodologia: trata-se de um estudo 19,6%, respectivamente. Korkmaz et al.
descritivo individual a partir do relato do (2011) atribuíram a alta taxa de recorrência
caso clínico de um paciente portador de de COG à alta potência de proliferação do
COG. Paciente do sexo masculino, 46 anos, epitélio que reveste o cisto ou por formação
com aumento de volume em fundo de de ilhas do epitélio. Contudo, a razão exata
vestíbulo do lado direito da mandíbula. ainda não está clara.
Radiograficamente apresentava imagem
Conclusão: Apesar dos relatos de alta
radiolúcida multilocular com bordas bem
taxa de recidiva, após pesquisa
definidas em região sínfise e corpo de
bibliográfica, observou-se que o
mandíbula ipsilateral. Foi submetido à
tratamento mais instituído na literatura
biópsia incisional e o diagnóstico
para o COG foi a enucleação com ou sem
histopatológico foi compatível com COG.
ostectomia periférica associada, e não
Posteriormente, foi realizada a enucleação
mostraram recidiva na grande maioria dos
da lesão por curetagem e osteotomia
relatos.
periférica da loja cirúrgica. A análise

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2147

USO DE ADESIVO AUTO-CONDICIONANTE


(SEP) PARA COLAGEM TRANSOPERATÓRIA
DE ACESSÓRIOS ORTODÔNTICOS
Mariana Vitória Gomes Viana; Júlia Santos Cerqueira; Marcos Alan
Bittencourt; Inêssa da Silva Barbosa

Introdução: A retenção dentária é uma (Transbond Self-Etching Prime, 3M,


adversidade comum, de etiologia Unitek).
multifatorial. Dentre as condutas Discussão: Diversas técnicas para
terapêuticas, o tratamento combinado posicionamento de acessórios em dentes
cirúrgico-ortodôntico é considerado uma inclusos têm sido relatadas. A perfuração
opção eficiente em casos de bom da coroa implica em um desgaste dentário
prognóstico. Muitas vezes a colagem de desnecessário, por outro lado, uma
acessórios ortodônticos em ambiente colagem mal sucedida pode resultar em
úmido durante o transoperatório uma reabordagem cirúrgica. A colagem
apresenta-se como um desafio para com SEP pode ser realizada em meio
cirurgiões e ortodontistas. O objetivo desse úmido, reduzindo o tempo de trabalho e
trabalho é relatar uma técnica de colagem aumentando a previsibilidade do
de acessórios ortodônticos para procedimento.
tracionamento de dentes inclusos.
Conclusão: O diagnóstico preciso
Métodos: Relato de série de casos com combinado a uma eficiente técnica de
abordagem cirúrgica para exposição e colagem dos acessórios são determinantes
colagem de acessórios em dentes inclusos no sucesso do tracionamento de dentes
com uso de adesivo auto-condicionante inclusos.

Referências:
BARBOSA RFX, et al. Tracionamento De Canino Incluso Com Finalidade Ortodôntica. Braz J of Surg
and Clin Res - BJSCR. Vol.18, n.3, p.99-102, 2017.
DANG AB, SINGH NR. Exposição Quirúrgica De Dentes Não Erupados Para Ortodonática. Analisis Da
Especialidade Dental, v. 4, n. 2, p. 51-53, 2016.
MERLINI IC, et al. Tracionamento Ortodôntico De Dentes Inclusos Utilizando Diferentes Métodos.
Universidade Vale do Rio Doce.
GIGLIO FPM, GURGEL JA. Abordagem cirúrgico-ortodôntica de dentes não irrompidos. Ortodontia
SPO, vol.43, n.2, p.169-75, 2010.
REIS J, et al. Dispositivo Ortodôntico Utilizado Para Tracionamento de Dente Incluso Em Posição
Desfavorável. Revista do Curso de Odontologia da UFPR. v. 19, n.2, 2011.

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2149

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE


DIPIRONA ASSOCIADA A NIMESULIDA EM
EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES
Emerson Filipe de Carvalho Nogueira; Jimmy Charles Melo
Barbalho; Marcelo Soares dos Santos; Ricardo José de Holanda
Vasconcellos

Introdução: Exodontias de terceiros contralateral com posologia diferente da


molares induzem a um pós-operatório utilizada previamente. Os seguintes
desconfortável quando não se utiliza parâmetros foram avaliados e comparados:
fármacos que atuam no controle da dor. dor e satisfação dos pacientes.
Dipirona sódica é usualmente indicada, Resultados: Com relação a variável dor,
obtendo-se resultados satisfatórios por foi observado que tanto o grupo A quanto o
apresentar mecanismo de ação periférica grupo B comprovaram eficácia, porém não
distinto em relação a outros fármacos houve diferença estatisticamente
analgésicos. O objetivo desse estudo foi significante entre os grupos com relação a
comparar os efeitos da dipirona nas essa variável. As médias da satisfação, de
dosagens de 500 mg e 1000 mg, por via oral, acordo com os domínios do OHIP-14
coadministrada com nimesulida no também não demonstraram diferenças
controle da dor após a remoção de terceiros significantes.
molares inferiores.
Discussão: A dipirona apresenta elevada
Métodos: Um ensaio clínico importância terapêutica e é altamente
randomizado, triplo-cego, foi desenvolvido consumida nas clínicas médico-
com uma amostra total de 26 pacientes. odontológicas, sendo muitas vezes o
Através do método “split-mouth”, os analgésico de primeira escolha. Além disso,
pacientes foram submetidos a duas é um medicamento com baixo custo de
cirurgias semelhantes sob anestesia local, e comercialização, tem ampla
em momentos distintos. As medicações disponibilidade em vários países, como
utilizadas foram randomizadas e alocadas também tem eficácia comprovada em
em 2 grupos: grupo A (dipirona 500 mg + várias pesquisas, as quais demonstraram
nimesulida 100 mg) e grupo B (dipirona resultados superiores quando comparada a
1000 mg + nimesulida 100 mg). A primeira outros analgésicos. Apesar de alguns
cirurgia foi realizada após randomização estudos demonstrarem a eficácia do uso da
do lado a ser operado e do grupo de dipirona no controle da dor, ainda não
medicação a ser utilizado (grupo A ou existe um consenso quanto a posologia
grupo B). Num segundo momento, o dessa medicação para a cirurgia de
paciente foi submetido a cirurgia do lado remoção dos dentes inclusos.

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Conclusões: De acordo com os resultados


encontrados, observou-se que os dois
grupos foram eficazes, porém não houve
vantagem em aumentar a posologia da
dipirona no pós-operatório de remoção de
terceiros molares inferiores quando
coadministrada com a nimesulida.

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2155

TRATAMENTO IMEDIATO DA
COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL
PÓS-EXODONTIA
Mariana Conceição André de Lima Oliveira; Lisane Barreto
Cerqueira; Eugenizia Vieira de Oliveira Silva; Lilibeth Aragão Peres;
Jener Gonçalves de Farias

Introdução: A comunicação buco-sinusal Métodos: Um estudo com 04 casos


(CBS) é uma condição patológica clínicos de CBS, diagnosticados utilizando
caracterizada pelo acesso entre a cavidade a manobra de valsava e a avaliação de
oral e o seio maxilar, e frequentemente exames de imagem, onde o tratamento foi
ocorre como resultado da exodontia de relacionado de acordo o tamanho do
dentes superiores posteriores. A íntima orifício. Uma extensão do defeito igual ou
relação anatômica dos ápices das raízes superior a 03 mm de diâmetro, ou a
dentárias e o seio maxilar, a presença de processo inflamatório ou
pneumatização do seio e a consequente infeccioso relacionado ao período de
deiscência do assoalho ósseo são aspectos tempo existente da CBS, foram parâmetros
que propiciam a CBS no trans-operatório. para a realização de procedimento
Entretanto, a comunicação também pode cirúrgico para fechamento da CBS, e a
ser causada por lesões císticas, infecções, terapia medicamentosa complementar,
tumores ou traumas por instrumentos. com o uso de antibiótico e
Uma vez promovida à complicação descongestionante nasal para retrair a
cirúrgica, o tratamento deve sempre que mucosa nasal e manter o óstio
possível ser efetuado de imediato a fim de desobstruído. A proservação dos casos com
prevenir uma variedade de sequelas e se ausência de sequelas evidenciou a eficácia
obter um melhor prognóstico. A formação do tratamento.
de fístula oroantral crônica e a infecção do Considerações Finais: Existem
seio com instalação de uma sinusite diferentes formas de tratamento cirúrgico,
maxilar pós-operatória são as principais dentre elas, a utilização do corpo adiposo
sequelas resultantes, e a probabilidade de bucal, conhecido como Bola de Bichat, o
ocorrência é relacionada com o tamanho da uso de esponja gelatinosa como substância
CBS e com o tratamento da exposição. promotora de coágulo, utilização de
Nesse contexto, o propósito deste trabalho retalhos deslizantes vestibulares, de
é elucidar uma série de casos clínicos das retalhos palatinos rodados, enxertos
formas de tratamento cirúrgico da ósseos e técnica de Caldwell-Luc.
comunicação buco-sinusal. Entretanto, a escolha do corpo adiposo
bucal como enxerto para encerramento dos

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defeitos intraorais é a que apresenta maior


índice de sucesso devido à facilidade de
acesso, excelente fonte de suprimento
sanguíneo, menor risco de infecção e
desconforto ao paciente, sendo um método
seguro e eficaz.

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2168

ENXERTO ÓSSEO DE SÍNFISE MANDIBULAR


PARA RECONSTRUÇÃO DO PROCESSO
ALVEOLAR EM PACIENTES COM FISSURA
LÁBIO PALATINA UNILATERAL
Tuanny Carvalho de Lima do Nascimento; Cassia Biron; Guilherme
Strujak; Maurício Romanowski; Joao Luiz Carlini

As indicações do enxerto ósseo alveolar estão relacionadas à


necessidade de suporte ósseo para dentes erupcionados ou
não erupcionados adjacentes à fissura, para a continuidade da
crista alveolar, para o suporte da base alar, para contorno
nasolabial e eliminação da fístula buconasal. O osso autógeno
é o material de primeira escolha na reconstrução do processo
alveolar, sendo a sínfise mandibular uma opção de área
doadora. Este estudo envolveu uma amostra de 75 pacientes
com fissura lábio palatina unilateral (pré ou trans-forame), de
acordo com a classificação proposta por Spina (1973),
operados no período de 08 de janeiro a 10 de agosto no
departamento de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Centro de
Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), em
Curitiba, Paraná - Brasil. Para verificar o objetivo abordado
neste trabalho, utilizamos o teste Qui-quadrado não-
paramétrico (pelo Epi-Info). O nível de significância
(probabilidade de significância) adotado foi inferior a 5% (p).

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2172

TRATAMENTO DE ANGINA DE LUDWIG DE ORIGEM


ODONTOGÊNICA EM PACIENTE COM SAÚDE BUCAL
PRECÁRIA: RELATO DE CASO
Laís de Souza Belém; Priscila Faleiros Bertelli Trivellato; Cássio Edvard
Sverzut; Alexandre Elias Trivellato; Patrick Rocha Osborne

A Angina de Ludwig é um quadro nasofibroscópio, foi realizada a drenagem


infeccioso grave de origem de todos espaços fasciais acometidos,
majoritariamente odontogênica, que submandibular e sublingual bilateral,
envolve os espaços fasciais submentoniano, bucal e retrofaríngeo
submentoniano, sublingual e esquerdo. Utilizou-se solução fisiológica
submandibular bilateralmente. Os sinais 0,9% para irrigação abundante dos espaços
clínicos consistem em dor intensa, edema e então a instalação de uma sonda de
de consistência firme e difusa, rubor, febre irrigação e um dreno de Penrose em cada
alta, linfadenopatia, limitação da abertura espaço fascial acometido pela infecção.
bucal, taquicardia e taquipneia. É uma Todos os elementos dentários
infecção de microbiota mista que progride identificados como foco de infecção foram
rapidamente podendo levar a óbito. O extraídos. O paciente foi mantido sob
tratamento preconiza a eliminação do fator internação hospitalar por 20 dias para
causal, manutenção das vias aéreas e tratamento terapêutico pós-operatório,
antibioticoterapia. Paciente E.D, sexo com administração endovenosa de
masculino, 58 anos, compareceu ao setor Amoxicilina 875 mg + Clavulanato de
de urgência do Hospital São Francisco, na Potássio 125 mg, com intervalos de dose de
cidade de Ribeirão Preto – SP. Após 6 horas. Após alta hospitalar, o paciente
avaliação pelo serviço de residência em manteve retornos ambulatoriais semanais,
CTBMF deste hospital, o paciente apresentando-se sem queixas, relatando
encontrava-se com trismo severo, melhora de qualidade de vida. O
dispneico e disfágico, movimentos acompanhamento do paciente durou 2
cervicais limitados, região submandibular meses para então receber alta da equipe de
bilateral endurecida e com dor à palpação. CTBMF. Este trabalho tem como objetivo
Ao exame intrabucal foram identificadas apresentar um caso de uma infecção
numerosas raízes residuais como foco da odontogênica grave, a qual causou Angina
infecção, e elevação da língua, sinal esse de de Ludwig necessitando a drenagem de
que ambos espaços fasciais sublinguais forma emergencial devido ao alto risco de
comprometidos. O paciente então foi morte. O referido caso teve uma resolução
encaminhado emergencialmente para o com sucesso, permitindo a boa recuperação
centro cirúrgico do hospital e, sob pós-operatória do paciente.
anestesia geral, com intubação
nasotraqueal realizada através do

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2179

FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCO-


SINUSAL VIA RETALHO VESTIBULAR
DESLIZANTE: RELATO DE CASO
Giulia Bessa de Mello Antonaccio; Laís de Souza Belém; Thainá
Sales Reis; Alann Thaffarell Portilho de Souza; Patrick Rocha Osborne

O seio maxilar é um seio paranasal Foi sugerido ao paciente a realização do


localizado na maxila. É uma cavidade retalho vestibular deslizante para
preenchida por ar, e que se comunica com fechamento da comunicação sob anestesia
a fossa nasal através do óstio sinusal local. Após a exposição da comunicação,
maxilar. As comunicações buco-sinusais que mostrou-se bem evidente depois do
frequentemente ocorrem como resultado descolamento, o acesso foi realizado com
da exodontia de dentes superiores relaxantes na mesial e distal à
posteriores devido à sua proximidade com comunicação, com divulsão do periósteo
este seio. O retalho vestibular deslizante para cobertura da mesma. O acesso então
normalmente é o procedimento mais foi suturado com fio reabsorvível vicryl 4-
indicado quando necessário tratamento. 0, obtendo uma sutura oclusiva da região.
Paciente MM, sexo masculino, 53 anos, Após 2 meses do procedimento o paciente
compareceu à clinica do Curso de ainda mantém acompanhamento
Odontologia do Centro Universitário do ambulatorial com a equipe, sem queixas, e
Norte (UNINORTE), na cidade de Manaus – local de acesso bem reparado sem processo
AM, relatando que passou por inflamatório. Este trabalho tem como
procedimento cirúrgico de extração do objetivo a apresentação de uma resolução
elemento dentário 16 há aproximadamente simples, e com sucesso, de uma
4 meses, e desde então percebia a complicação que , infelizmente, encontra-
drenagem de líquido pelo nariz após se comumente na rotina do cirurgião
ingestão do mesmo. Ao exame intrabucal dentista, a comunicação bucosinusal.
não foi observado nenhum orifício no local
relatado pelo paciente, porém obteve-se
positividade à manobra de Valsalva, além
disso o exame radiográfico evidenciou
comunicação buco-sinusal na região do
elemento dentário 16, com o seio maxilar
levemente velado, sem corpo estranho
localizado internamente a ele.

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2203

ANÁLISE DA MUDANÇA DE PERFIL FACIAL


APÓS BICHECTOMIA
Caroline Oliveira dos Santos Freitas; Eduardo Azoubel; Eduardo
Azoubel; Neiana Carolina Rios Ribeiro; Laís Reis Pereira

Introdução: O corpo adiposo da clinico (06 meses após a bichectomia) o


bochecha, muito conhecido como bola de voluntário é convidado a responder um
Bichat, uma massa esférica de gordura questionário de satisfação com o resultado
encapsulada localizada entre os músculos estético da técnica cirúrgica.
bucinador e masseter. Possui uma função Resultados: O resultado sugere uma
mecânica, tendo em vista que serve como variação mais expressiva nas medidas
um coxin para facilitar movimentos antropométricas do trágus auditivo a
musculares, de sucção e mastigação. Ainda comissura orbitária e do gônio a comissura
que se encontrem presentes em todas as orbitária, uma variação entre 1 e 2
pessoas, estes depósitos graxos variam por centímetros, as demais medidas não
sua exagerada ou deficiente presença, apresentaram mudanças significativas. A
criando um contorno facial desarmônico. pesquisa está em fase final de coleta.
Entre as técnicas mais praticadas na
Discussão: Na análise da literatura
atualidade para correção do formato
disponível, observamos que não existem
arredondado da face está a Bichectomia,
artigos que demonstrem a longo prazo os
que permite a excisão total ou parcial desta
efeitos desta cirurgia. Os estudos a longo
bola gordurosa de Bichat. Pacientes que
prazo são necessários para determinar os
desejam uma escultura de face mais
efeitos na terceira idade destes pacientes
refinada, valorização de perfil esquelético e
operados.
diminuição de volume do terço médio da
face recorrem a esta técnica intra-oral Conclusão: Quando bem indicada, a
relativamente simples e de bom cirurgia oferece ao paciente uma nova
prognostico pós-operatório. conformação estética-funcional, com um
perfil facial mais harmônico, ainda que a
Metodologia: A metodologia adotada
variação em centímetros seja pequena. As
seguiu um protocolo fotográfico especifico
complicações são raras, se respeitado os
e o registro de 05 medidas antropométricas
limites anatômicos e as técnicas de incisão
faciais utilizando-se fio de sutura 0.4 mm e
de divulsão, porém não existem ainda
02 pinças clinicas, em três tempos clínicos:
bases científicas para definir resultados
antes, imediatamente após e após 06 meses
estéticos comparados com efeitos
do procedimento. Registra-se, ainda, o IMC
funcionais com este procedimento
do paciente e o volume e peso da gordura
cirúrgico a longo prazo.
excisada. Todos os dados são registrados
em fichas clinicas e no último tempo

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2211

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES
ABORDAGENS – INCISÕES – NO PÓS-
OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE TERCEIRO
MOLAR RETIDO
Taíse Simonetti; Adriana Corsetti

Segundo Edela Puricelli (2014), a retenção ósseo. Resultados parciais mostram que a
dentária é um estado de patogenicidade incisão com relaxante na mesial do
que acomete dentes decíduos, segundo molar apresenta melhores
permanentes e supranumerários. As desfechos, principalmente nos primeiros
complicações associadas à retenção controles pós-operatórios, demonstrando
dentária podem ser de natureza mecânica, uma cicatrização em primeira intenção.
neurológica, infecciosa ou tumoral e, por Portanto, esta abordagem tem melhor
isso, realiza-se a remoção cirúrgica de indicação quanto ao pós-operatório de
terceiros molares retidos. De acordo com cirurgia de terceiro molar inferior retido.
Rosa et. al (2002), a avaliação periodontal
após a remoção cirúrgica de terceiros
molares inferiores impactados tem
levantado questões sobre o resultado
direto desta cirurgia na subsequente
formação de bolsa periodontal, perda de
células epiteliais ou de tecido conjuntivo e
até mesmo perda óssea no segundo molar.
O presente estudo randomizado,
controlado, cego e de boca dividida tem
como objetivo comparar o reparo tecidual
de duas incisões em cirurgia de remoção de
terceiro molar retido. As remoções
cirúrgicas foram realizadas e, após, foram
analisados dados como exame periodontal,
questionário, avaliação clínica pós-
operatória, avaliação do perímetro pós-
operatório do alvéolo, fotografias e
radiografias, avaliando condições
periodontais, percepção do paciente,
cicatrização de tecidos moles e reparo

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2214

REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO EM


REGIÃO ENCEFALICA E SEIOS MAXILARES
Davidson Leandro Peres da Costa; Geraldo Prestes de Camargo
Filho; Karen Yumi dos Santos; Plínio Miguel Arcuri; Cibele Queiroz
Busana

Introdução: As maiorias de corpos Otorrinololaringologia. Realizados todos


estranhos introduzidos ou aspirados em exames pré-operatórios e avaliação
região de face e vias aéreas ocorrem por anestésica, o paciente foi submetido a
crianças que não tem o discernimento do procedimento de remoção do corpo
que é certo e errado, porém algumas vezes estranho, em conjunto com as três
podem ocorrer com adultos seja por especialidades acima citadas. A equipe da
engasgamento involuntário, aspiração Neurologia realizou a abordagem primeiro
acidental ou introdução acidental ou não. retirando o corpo estranho através de
Há seguir , relatamos caso clínico com acesso cirúrgico em calota cranial, seguida
corpo estranho em região de crânio e de pela equipe da Cirurgia e Traumatologia
seios maxilares. Buco Maxilo Facial fazendo a abordagem
Métodos: Relato de caso de introdução de via seios maxilar e por ultimo a equipe da
corpo estranho em região de seios Otorrinolaringologia.
maxilares e crânio. O Paciente O. D. M. de Resultados: Paciente em pós em bom
61 anos compareceu ao Conjunto estado geral. Recebeu alta hospitalar e
Hospitalar de Sorocaba (politrauma) todas as equipes 4 dias pós procedimento
sozinho dirigindo seu automóvel cirúrgico, apresentando apenas como
deambulante, contactuante, corado, seqüela perda da audição do ouvido o qual
eupnéico, apresentando clinicamente leve foi realizada a introdução do corpo
otorragia e relatou SIC “ introduziu uma estranho.
antena de televisão em região de ouvido, Conclusão: Casos de introdução de
relatado que estava escutando vozes que corpos estranhos em região de crânio e face
não paravam de falar”. A antena podem ter tamanhos e dimensões variadas,
introduzida pelo ouvido adentro até seios causando seqüelas ou não nos pacientes,
maxilares e tomou direção da região muito das vezes necessita realizar
craniana findando sua parada em região procedimentos em conjunto com outras
encefálica. Foram acionados a equipe da especialidades, para ofertar ao paciente o
Neurologia, a equipe da Cirurgia e melhor tratamento possível e buscando
Traumatologia Buco Maxilo Facial e deixar o pacientes com as mínimas
também a equipe da seqüelas possíveis.

Referências: Tratado de Cirurgia Bucomaxilofacial, Ronaldo de Freitas, Editora Santos. 1º Edição,


2006. Cap. 15. Tratamento de Sinusopatias. 263 à 272.

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2215

REMOÇÃO DE ODONTOMA COMPOSTO EM


CORPO MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Lethicia Andrade Figueiredo Ventura; Auréliane Dulcie Jackalyn
Daluz; Carlus Alberto Oliveira dos Santos; Israel Felipe Norberto Seco
Barbosa; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: O Odontoma é uma Metodologia: Foi realizada a antissepsia


anomalia de desenvolvimento comumente intra e extraoral, anestesia, incisão de
encontrado em radiografias de rotina. É Newman, descolamento mucoperiosteal do
considerada uma lesão silenciosa por ser retalho, osteotomia sob intensa irrigação
assintomática e por muitas vezes não com soro fisiológico, enucleação seguido
trazer características clínicas. Uma de curetagem, irrigação abundante com
subdivisão é o Odontoma Composto, soro mais uma vez, reposicionamento do
formado por múltiplas estruturas retalho e múltiplas suturas simples com fio
pequenas, semelhantes a dentes. Nos seda 4-0.
estágios mais avançados, apresentam Resultados: Exame radiográfico após
quantidades significantes de esmalte, sete dias do pós-operatório, mostrou
dentina, polpa e cemento. ausência da estrutura anômala.
Objetivo: o objetivo deste trabalho é Conclusão: O resultado do presente caso
relatar a remoção de um caso de Odontoma evidencia que o diagnóstico precoce
Composto em mandíbula. associado a intervenção cirúrgica,
Descrição do caso: Paciente do sexo minimizam complicações maiores
feminino, 24 anos, leucoderma, realizou complicações com o avanço da idade.
exame para avaliação ortodôntica na
Clínica-Escola de Odontologia do Unipê.
Através da radiografia panorâmica, foi
verificada uma lesão do lado esquerdo do
corpo da mandíbula, na região interdental
do 43 e 44.

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2216

ABORDAGEM ORTO-CIRÚRGICA PARA TRATAMENTO


DE CISTO DENTÍGERO ASSOCIADO AO TERCEIRO
MOLAR INFERIOR ESQUERDO, IMPEDINDO A
ERUPÇÃO DO SEGUNDO MOLAR: RELATO DE CASO
Brenda Lamônica Rodrigues; Kananda Natieri Oliveira Marcarini; Aldino
Puppin Filho; Renata Pittella Cançado; Andre Alberto Camara Puppin

Introdução: O cisto dentígero é um cisto O tratamento proposto foi a exodontia do


odontogênico associado à coroa de um 38 com enucleação completa do cisto e
dente permanente não irrompido e é o posteriormente o tracionamento
segundo cisto mais frequente dos ortodôntico do 37. A coleta de material
maxilares. Sua etiopatogenia ainda não é para análise histológica foi realizada no
totalmente conhecida. Os métodos mesmo momento cirúrgico da exodontia.
empregados no tratamento incluem a Resultados: o diagnóstico do exame
descompressão, a marsupialização e a histopatológico foi de cisto dentígero, o
enucleação. tracionamento pós-cirúrgico foi alcançado
Objetivo: O presente trabalho tem por com sucesso e os exames de controle não
objetivo apresentar as características mostram recidiva da lesão.
clínicas, imaginológicas e o tratamento Discussão: As características clínicas e
desta patologia. O reposicionamento radiográficas estão de acordo com a
ortodôntico do 2o molar inferior esquerdo literatura científica, bem como o
no arco e a proservação e estabilidade do tratamento orto-cirúrgico proposto. O
caso também foram objetos de estudo tamanho do cisto é um fator importante a
neste trabalho. ser considerado no planejamento do
Metodologia: Este tratamento foi tratamento. O reposicionamento do dente
realizado em uma paciente de 14 anos, do 37 no arco dentário foi obtido por meio de
sexo feminino que apresentava uma lesão tratamento ortodôntico bem planejado e
radiolúcida na região do elemento 38 executado.
estendendo-se a raiz distal do elemento 37, Conclusão: Um tratamento bem
impedindo a sua erupção. O achado foi diagnosticado, planejado e executado é
evidenciado numa radiografia panorâmica fundamental para um resultado favorável e
ao se planejar a ortodontia da jovem. estável para este tipo de situação clínica.

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2223

EXTRAÇÃO DE DENTE SUPRANUMERÁRIO COM


POSIÇÃO INVERTIDA EM LINHA MÉDIA DO PALATO
DURO, COM SEQUELA DE COMUNICAÇÃO
BUCONASAL E SEU TRATAMENTO: RELATO DE CASO
Camila Longoni; Juliana Silveira Emerim; Adriana Corsetti; Deise
Ponzoni; Angelo Luiz Freddo

Os dentes supranumerários são uma extração de dente supranumerário.


alteração de desenvolvimento dentário Paciente sexo feminino, 11 anos, atendida
relacionada ao número de dentes, mais pela equipe de CTBMF do Hospital de
frequente em homens, acometendo mais Clínicas de Porto Alegre, apresentando
comumente a maxila e mais prevalente na dente supranumerário em palato, em
dentição permanente, e onde 93% dos posição ectópica, com a coroa voltada para
casos são de apenas um elemento. A posterior e em intimo contato com fossa
ocorrência desta condição em palato é nasal. A paciente foi submetida a remoção
frequentemente observada na prática cirúrgica do dente supranumerário sob
clínica. Os procedimentos de extração anestesia geral devido à dificuldade
neste contexto podem traumatizar os cirúrgica. Em 7 dias de controle pós-
tecidos, gerando uma comunicação operatório, a paciente não relatava
buconasal como sequela cirúrgica, queixas, apresentando boa evolução pós-
caracterizada como uma cavidade anormal operatória. Após 11 dias de pós-operatório,
comunicando a fossa nasal com a cavidade apresentou queixa de voz anasalada e
bucal. Entretanto, estas também podem ser regurgitação nasal durante alimentação.
vistas de forma espontânea em usuários de Ao exame clínico, presença de cavidade em
cocaína, pacientes com histórico de palato com diagnóstico de comunicação
ressecção de tumores em palato e fossa buconasal espontânea. A equipe planejou
nasal e deformidades de fenda palatina. As preservar em um primeiro momento, pois a
características clínicas mais frequentes fístula apresentou remissão nos controles
desta condição são: regurgitação nasal de pós-operatórios posteriores. A
alimentos, fala defeituosa, odor fétido, comunicação apresentou fechamento
mau gosto e infecção do trato respiratório. espontâneo, não havendo a necessidade de
O tratamento cirúrgico depende do nova intervenção cirúrgica, indicando a
tamanho e da localização da comunicação, capacidade natural de regeneração dos
podendo ser utilizado enxertos, retalhos tecidos. O que, do ponto de vista do manejo
próximos ao local ou uma combinação das clínico desta condição, demonstra que nem
tuas técnicas. O presente trabalho tem todos os casos necessariamente precisam
como objetivo apresentar um relato de caso de uma reintervenção cirúrgica para sua
clínico de comunicação buconasal após resolução.

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2224

QUARTO MOLAR INCLUSO ENCONTRADO


EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Lethicia Andrade Figueiredo Ventura; Auréliane Dulcie Jackalyn
Daluz; Ricardo Liberalino Ferreira de Souza; Lucas Alexandre de
Morais Santos

Introdução: Quarto molar é uma variação Descrição do caso: Paciente do sexo


anatômica na região retromolar, onde a sua feminino, 22 anos, leucoderma, realizou
etiologia mais aceita é uma hiperatividade um exame radiográfico para avaliação
da lâmina dental. É uma patologia ortodôntica e identificou um quarto molar
dificilmente encontrada, mas se apresenta na região retromolar de mandíbula, do lado
geralmente em dentição permanente, e direito. A paciente procurou a clínica-
duas vezes mais em homens do que em escola de odontologia da Unipê para
mulheres. Podem ser encontrados em remoção. Na anamnese não apresentou
radiografias de rotina, por estarem inclusos alteração clínica e então, prosseguiu uma
e não apresentarem sintomatologia. O seu exodontia. Após a cirurgia de remoção, foi
diagnóstico precoce é de suma feito uma nova radiografia e observado à
importância, por causar problemas como ausência do distomolar ou de qualquer
deslocamentos, apinhamentos, cistos ou alteração nociva para a paciente.
tumores. Resultados: A paciente encontra-se em
Objetivos: O objetivo deste trabalho é proservação, apesar de ser notável uma
fazer uma breve revisão de literatura e recuperação rápida e positiva.
relatar um caso de um quarto molar na Conclusão: O resultado do caso realça
região de mandíbula. que o diagnóstico precoce associado a
intervenção cirúrgica, limitam maiores
complicações ao decorrer dos anos.

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2227

CALCITONINA DE SALMÃO NO
TRATAMENTO DE QUERUBISMO
Kananda Natieri Oliveira Marcarini; Maíra Gaglianone Ferreira;
Sérgio Lins de Azevedo Vaz; Martha Chiabai Cupertino de Castro;
Daniela Nascimento Silva

Introdução: O querubismo é uma doença em terapia com calcitonina de salmão spray


hereditária dos maxilares, caracterizada nasal 200ui há 6 meses.
por um crescimento ósseo excessivo na Resultados: Os exames tomográficos
face das crianças. É uma patologia benigna mostram estabilização das lesões, sem
rara. Causa reabsorção óssea nos aumento da densidade óssea, mas sem
maxilares, substituída por massas de sinais evolutivos quando comparados aos
tecidos fibrosos, raramente acompanhada exames tomográficos pré-tratamento.
de sintomatologia dolorosa. É possível
Discussão: Ao empregar a calcitonina
observar a inversão do globo ocular,
200ui spray nasal no tratamento de
proporcionando uma aparência de “olhos
querubismo, Lange, Akker e Scholtemeijer
voltados para o céu” e proeminência das
(2007), Boot, Schrama e Wolvius (2007) e
bochechas; características semelhantes aos
Etoz, Dolanmaz e Gunhan (2011)
anjos representados nas artes
observaram regressão das lesões ósseas.
renascentistas, os querubins. A lesão tende
Nos estudos de Gomes et al. (2011) houve
a estabilizar na adolescência e regredir na
estabilização, sem regressão, e Gassen et
idade adulta, ficando a critério do
al. (2012) não encontraram bons
cirurgião-dentista decidir sobre
resultados, visto que as lesões não
abordagem conservadora ou entre terapias
regrediram, nem estabilizaram no período
invasivas e não invasivas. Este estudo tem
de 12 meses. Southgate et al. (1998)
como objetivo relatar, por meio de caso
constataram inibição dos osteoclastos
clínico, as características e a abordagem
quando a calcitonina foi adicionada ao
terapêutica de querubismo.
meio de cultura, in vitro.
Método: Trata-se de um relato de caso a
Conclusões: No presente caso, o
partir de dados secundários de prontuário
tratamento com calcitonina de salmão
odontológico. Paciente do sexo masculino,
mostrou estabilização das lesões ósseas de
pardo, 12 anos, apresentando expansão
querubismo no período de 6 meses de
óssea bilateral simétrica dos maxilares,
tratamento. Em virtude dos relatos
inversão do globo ocular, apagamento do
promissores na literatura, o tratamento
sulco nasogeniano, aumento de volume no
será continuado por até 15 meses, com
ângulo da mandíbula, mobilidade de
avaliação clínica e tomográfica periódica.
dentes anteriores inferiores. Os exames de
imagens mostram expansão óssea cortical CAAE/CEP -UFES: 60101216.6.0000.5060

com áreas multiloculares, dentes inclusos e


reabsorções radiculares. O paciente está

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2232

UTILIZAÇÃO DE FLUORESCÊNCIA NO
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
OSTEONECROSE MANDIBULAR
RELACIONADA À MEDICAÇÕES (MRONJ)
Caroline Ballardin; Glaykon Alex Vitti Stabile; Cecilia Luiz Pereira-
Stabile

O emprego da fluorescência é um método adjuvante no


diagnóstico trans-operatório das margens necróticas e
viabilidade óssea local nos casos de osteonecrose dos maxilares
associado a drogas anti-reabsortivas, ou até mesmo
osteonecroses diversas. O objetivo deste trabalho é
apresentarmos a utilização de luz UV convencional como
alternativa ao uso do VELscope (LED dental Ltd), com a
finalidade de ativar a fluorescência óssea transoperatória após a
administração pré-operatória de derivados da tetraciclina por
via oral. Através desta técnica, observamos fluorescência
adequada do tecido ósseo vital em resposta à excitação através
da luz emitida por dispositivos genéricos de emissão de luz UV.
A partir de uma eficaz visualização do limite entre o tecido ósseo
sadio e o tecido ósseo desvitalizado foi possível realizarmos
satisfatoriamente a remoção do tecido necrótico em todos os
casos. Estes resultados sugerem a viabilidade da utilização de
uma fonte de luz UV convencional como alternativa de menor
custo aos equipamentos disponíveis exclusivamente com a
finalidade de diagnóstico, bem como a aplicabilidade da técnica
em procedimentos cirúrgicos de debridamento de osteonecrose.

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2237

TRATAMENTO DE RÂNULA PELA TÉCNICA DE


MARSUPIALIZAÇÃO: RELATO DE CASO
Kananda Natieri Oliveira Marcarini; Brenda Lamônica Rodrigues;
Renata Pittella Cançado; Andre Alberto Camara Puppin

Introdução: A retenção salivar das Discussão: As características clínicas e


glândulas sublinguais é chamada de rânula. terapêuticas em relação a este caso clínico,
É uma lesão benigna resultante de retenção coincidem com as da literatura. Em relação
de muco no seu sistema de ductos ou de ao tratamento, alguns autores sugerem a
extravasamento mucoso por ruptura do retirada da rânula por meio da excisão da
ducto, resultando num aumento de volume glândula sublingual, por ser um
nos tecidos adjacentes. O tratamento é procedimento mais eficaz e com menor
cirúrgico e varia da marsupialização até a possibilidade de recorrência. Outros
remoção total da glândula envolvida. Este autores sugerem a marsupialização, por ser
estudo tem como objetivo relatar e considerada uma conduta cirúrgica simples
evidenciar, por meio de caso clínico, as e adequada. No caso relatado optou-se pela
características e abordagens terapêuticas realização da marsupialização como
da rânula e a sua eficácia por meio da procedimento cirúrgico menos radical,
proservação periódica e regular. sendo de simples realização e pouco
Métodos: Relato de caso a partir de dados traumático.
e imagens de prontuário odontológico com Conclusão: O procedimento de
foco na técnica cirúrgica e eficácia, por marsupialização é normalmente eficiente e
meio de acompanhamento pós-cirúrgico tem se mostrado efetivo neste caso até o
regular. Paciente jovem, branco, presente momento. Em caso de recidiva,
masculino, apresenta um aumento de indica-se procedimento para remoção
volume flutuante, translúcido e azulado, completa da glândula sublingual. A
indolor à palpação, de formato abaulado, proservação periódica e regular é
com 3cm de diâmetro no assoalho bucal importante para definir estatisticamente
direito. O tratamento de escolha foi a resultados terapêuticos.
marsupialização.
Resultados: No pós-operatório
observou-se boa cicatrização da ferida,
uma redução do volume sublingual,
compatível com a normalidade, e pacientes
satisfeito, sem queixas significativas.

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2239

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FISTULA BUCO-


SINUSAL PROVOCADA POR PROJÉTIL DE
ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO
Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Stefannie Lopes de Freitas; Pedro
Thalles Bernardo de Carvalho Nogueira; Luciano Schwartz Lessa
Filho

Fístula buco-sinusal é uma ocorrência realizar radiografia dos seios da face ou


patológica comum onde ocorre uma panorâmica e também a tomografia
abertura ou comunicação do seio maxilar computadorizada. O presente trabalho tem
com a cavidade bucal devido ao resultado como objetivo apresentar um caso clínico
de perda de tecido mole e duro que separa de um paciente gênero masculino, 27 anos
os dois compartimentos. Essa ocorrência de idade com comprometimento
frequentemente acontece durante a psiquiátrico, vítima de projétil de arma de
exodontia de elementos superiores fogo, que compareceu a clínica de
posteriores onde as raízes tem proximidade odontologia da UNIT-AL com a seguinte
ao seio maxilar e também fatores queixa: “estou com um buraco no céu da
etiológicos menos frequentes como boca e quando tomo água, saí pelo nariz”.
traumatismo gerado pelo uso inadequado Ao exame físico, observou-se um orifício
de instrumentos, destruição do seio por em rebordo alveolar maxilar direito, ao
lesões periapicais, remoção de cistos e/ou exame tomográfico, foi constatado solução
tumores do palato ou do seio maxilar ou até de continuidade óssea em assoalho do seio
mesmo a deposição de corpos estranhos maxilar e presença de corpo estranho no
como projéteis de arma de fogo no seio interior do seio maxilar direito. Após
maxilar. Um dos sinais importantes para o avaliação detalhada, fechou-se o
diagnóstico da fístula buco-sinusal é a diagnóstico de fístula buco-sinusal. O
passagem de alimentos e líquidos da Paciente foi submetido a tratamento
cavidade oral para o seio maxilar e cirúrgico sob anestesia local, onde foi
consequente refluxo para a cavidade nasal realizado o acesso ao seio maxilar, remoção
e também o paciente pode apresentar do corpo estranho, sinusectomia, e
timbre nasal da voz e o estabelecimento de fechamento da fístula com retalho
uma sinusite aguda ou crônica. vestibular deslizante. O mesmo encontra-
Clinicamente, observa-se a comunicação se em acompanhamento há seis meses sem
que pode variar de tamanho de acordo com sinais de recidiva e/ou infecção.
o agente etiológico. Radiograficamente
pode-se observar a visualização de
possíveis corpos estranhos, pode-se

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2241

OZONIOTERAPIA EM PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS
Ricardo Augusto Gonçalves Pierri; Valfrido Antônio Pereira Filho;
Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli; José Scarso Filho

O ozônio foi descoberto em 1840 e apresenta diversas


aplicações clinicas em odontologia. Seu mecanismo de ação é
por meio da via oxidativa e proporciona uma alta capacidade
purificadora, responsável por ações microbicidas (bactérias,
fungos e vírus), fazendo do mesmo uma alternativa para o
combate de enfermidades. Proporciona também a proliferação
tecidual e neovascularização, sendo, portanto, um indutor
cicatrizante, característica que o torna atrativo do ponto de
vista clínico, pois permite tanto a eliminação de bactérias como
o reparo das estruturas anatômicas. O ozônio pode ser
empregado no tratamento de infeções ósseas e de tecido mole,
alcançando resultados superiores em comparação a algumas
terapias convencionais. O presente trabalho tem por objetivo
revisar as aplicações clínicas do ozônio na área de Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial e Implantodontia.

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2249

HEMATOMA COM ORIGEM NO PLEXO


VENOSO PTERIGÓIDE:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Raísa Maldonado Severo; Marcel Fasolo de Paris

A técnica anestésica regional do nervo alveolar póstero-superior


apresenta mais de 95% de efetividade em sua execução. Porém,
há questões a serem consideradas quanto às complicações
advindas da realização da mesma. A ocorrência de hematomas
na área, apesar de raros, deve ser destacado, devido à
proximidade com o plexo pterigóide. O presente relato tem por
objetivo a descrição de caso clínico e revisão de literatura, de
complicação pós-operatória relacionada à realização de técnica
anestésica regional do nervo alveolar póstero-superior com
posterior remoção cirúrgica de terceiro molar superior. A mesma
é denominada pelos autores de hematoma com origem no plexo
pterigóide.

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2261

TÉCNICA INTRAORAL PARA FIXAÇÃO DE PLACA


DE RECONSTRUÇÃO USANDO PEÇA DE MÃO E
BROCAS ADAPTADAS DA IMPLANTODONTIA
Maria Carolina Carvalho Volkweis; Orion Haas Junior; Lucas
Meirelles; Vinicius Nery Viegas; Rogério Belle de Oliveira

Placas de reconstrução do sistema locking transição entre a gengiva livre e inserida. A


(PRSL) têm sido usadas no tratamento do PRSL foi fixada somente nas áreas livres de
trauma mandibular, nos casos que patologia, antes da crioterapia. Foram
necessitam de ressecção cirúrgica e na utilizados para o procedimento: peça de
prevenção de fratura patológica após mão de Implantodontia (20:1) com brocas
excisão de tumor. A abordagem extraoral é adaptadas para fresagem óssea
usualmente utilizada para a fixação destas (1.6mmx17mm) e parafusos de inserção
placas. (adaptados de uma chave de mão), os quais
O objetivo deste trabalho é descrever a permitiram o posicionamento em ângulo
técnica para a fixação intraoral com PRSL de 20º. A lesão foi removida e a crioterapia
em áreas relativamente inacessíveis conduzida.
associado a relato de caso clínico de Resultados: A fixação intraoral não
paciente com diagnóstico de ceratocisto somente preveniu o dano ao nervo como
odontogênico, com o tratamento de também a cicatriz facial, diminuindo os
excisão total e crioterapia. riscos de exposição extraoral da placa,
Métodos: Tomografia computadorizada assim como a redução da morbidade
(TC) foi utilizada para o diagnóstico pré- cirúrgica.
operatório, bem como para permitir a Conclusão: A técnica descrita permite o
confecção de um protótipo da mandíbula. acesso às áreas inacessíveis; diminui o
Uma PRSL foi adaptada ao biomodelo antes tempo cirúrgico através do protótipo
da cirurgia. O acesso à lesão foi realizado obtido no pré-operatório e reduz o risco de
por ampla incisão intraoral na região de fratura patológica no transoperatório.
Referências:
1. Coletti DP, Ord R, Liu X. Mandibular reconstruction and second generation locking reconstruction
plates: outcome 110 patients. Int J Oral Maxillofac Surg 2009;38:960–963.
2. Ellis E III. An algorithm for the treatment of noncondylar mandibular frac- tures. J Oral Maxillofac
Surg 2014;72:939–949.
3. Prein J. Manual of internal fixation in the cranio-facial skeleton. Berlin- Heidelberg, Germany:
Springer–Verlag, 1998. p 57.
4. Sugiura T, Yamamoto K, Murakami K, et al. Biomechanical analysis of miniplate osteosynthesis for
fractures of the atrophic mandible. J Oral Maxillofac Surg 2009;67:2397–2403.
5. Longwe EA, Zola MB, Bonnick A, Rosenberg D. Treatment of mandibular fractures via transoral 2.0-
mm miniplate fixation with 2 weeks of maxillo- mandibular fixation: a retrospective study. J Oral
Maxillofac Surg 2010; 68:2943–2946.

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2263

REMOÇÃO DO CORPO ADIPOSO DA


BOCHECHA (BICHECTOMIA):
RELATO DE CASO
Bruna Santos de Oliveira; Antônio Lucindo Pinto de Campo
Sobrinho; Adriano Freitas de Assis; Larissa Rios Patriarcha dos Santos;
Lívia Prates Soares Zerbinati

A Bichectomia é um procedimento finalizando com sutura contínua. O


cirúrgico que consiste em remover a Bola paciente foi orientado em seu pós-
de Bichat. Essa estrutura anatômica é operatório, a evitar o consumo de bebidas
formada por um corpo adiposo, presente na alcoólicas, o fumo, o esforço físico e a
região das bochechas e está localizada ingerir uma alimentação mais pastosa e
medialmente ao músculo bucinador e à líquida, durante o período de pós-
frente da margem anterior do músculo operatório imediato. A bichectomia
masseter. O corpo adiposo bucal é dividido mostrou-se eficaz como procedimento
em 3 lobos: anterior, intermediário e estético para realçar a projeção zigomática
posterior.Os processos bucal, porém, é necessário um planejamento
pterigopalatino, pterigóide e temporal são prévio para alinhar com as expectativas de
derivados do lobo posterior. A porção que é cada paciente.
excisada durante o procedimento cirúrgico
é a extensão bucal do corpo adiposo,
também responsável por tornar a face mais
arredondada, quando em grande volume,
dando uma aparência de estar acima do
peso e, portanto, sendo o principal motivo
da procura cirúrgica. O objetivo deste
trabalho é apresentar um caso clínico de
bichectomia, discutindo sua indicação,
técnica cirúrgica e o resultado estético
alcançado. O protocolo cirúrgico consistiu
em realizar anestesia local sem sedação,
incisão de aproximadamente 1 cm acima do
ducto de Stensen, podendo também ser
realizada uma incisão abaixo do ducto e
com 2 cm de extensão, dissecção e
identificação do corpo adiposo, tração
delicada da gordura e ressecção do excesso,

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2269

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ADENOMA


PLEOMORFICO EM PALATO:
RELATO DE CASO
Murilo Quintão dos Santos; Tiburtino José de Lima Neto; Davi Felipe
Neves da Costa; Anibal Henrique Barbosa Luna; Sirius Dan Inaoka

Introdução: Os tumores das glândulas Resultados: O caso está sendo


salivares apresentam uma grande acompanhado pela equipe, e evolui sem
variedade no comportamento e na queixas do paciente ou sinais de recidiva.
diversidade morfológica, muitas vezes Discussão: O adenoma pleomórfico
dificultando o diagnóstico, a classificação e apresenta predileção pelo gênero
o tratamento. O adenoma pleomórfico é o feminino. Geralmente acometendo
tumor benigno mais comum das glândulas pacientes de terceira a oitava década de
salivares, afetando principalmente as vida. As lesões acometendo o palato
glândulas parótidas, seguido de pequenas localizavam-se na região lateral posterior e
glândulas salivares do palato. Seu apresentam-se superfície lisa e em forma
crescimento é lento, acomete indivíduos de de cúpula podendo apresentar-se ulcerada
todas as idades, e apresenta uma leve devido a traumatismos.
predileção para o gênero feminino. Esse
Conclusão: Em pacientes com adenoma
trabalho tem por objetivo relatar um caso
pleomórfico no palato, a excisão cirúrgica é
de remoção de adenoma pleomórfico em
o tratamento de escolha, embora 84% dos
palato.
adenomas pleomorficos palatinos sejam
Métodos: Paciente compareceu ao parcialmente ou não encapsulados, a
ambulatório de Cirurgia e Traumatologia recorrência da lesão raramente é
Buco-maxilo-facial da UFPB, queixando-se encontrada após a remoção cirúrgica total
de aumento de volume em região palatina, dos tumores.
com evolução aproximada de um ano,
exibindo uma lesão de aspecto nodular,
submucoso, não sangrante, assintomático,
de evolução lenta. Foi realizada uma
biópsia incisional, tendo como resultado
histopatológico, o adenoma pleomórfico. O
tratamento de escolha foi a exérese total da
lesão.

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2286

PARALISIA FACIAL TRANSITÓRIA COMO


COMPLICAÇÃO DE TÉCNICA ANESTÉSICA:
RELATO DE CASO
Gabriela Caroline Fernandes; Valthierre Nunes de Lima; Gustavo
Antonio Correa Momesso; Erik Neiva Ribeiro de Carvalho Reis;
Leonardo Perez Faverani

Introdução: A técnica anestésica de osteotomia e odontosecção para exodontia


bloqueio regional dos nervos alveolar do 48 e com extratores para a exodontia do
inferior, bucal e lingual é constantemente 18. No pós-operatório imediato, a paciente
executada para diversos procedimentos na relatou que tinha dificuldade para fechar o
cavidade bucal, inclusive as exodontias dos olho direito. A mímica facial estava
terceiros molares inferiores. Na execução comprometida no lado direito,
da técnica anestésica dos três pontos, categorizando paralisia facial. Durante a
especialmente com o uso de agulhas técnica anestésica para bloqueio regional
longas, a punção da agulha nas duas dos nervos alveolar inferior, bucal e
primeiras posições, acima do plano oclusal lingual, os cirurgiões tinham agulhas 30G
dos dentes inferiores, pode erroneamente longas, que para a execução da técnica
ser mais alta e a ponta ativa da agulha pode anestésica indireta, alguns acidentes tais
ser direcionada em direção à glândula como a injeção de conteúdo anestésico ou
parótida e assim, o líquido anestésico pode até mesmo o trauma da agulha em
dessensibilizar ramos do nervo facial, ramificações do nervo facial, podem ser
ocasionando paralisia facial temporária. tornar mais susceptíveis. A paciente foi
Portanto, este trabalho teve como objetivo orientada aos cuidados de proteção ocular
relatar um caso clínico de paciente com e no pós-operatório de 48 horas, não havia
paralisia facial associada à técnica mais sinais de paralisia.
anestésica. Conclusões: A utilização de agulhas
Métodos: Paciente de 22 anos de idade, longas para a técnica anestésica deve ser
estatura mediana (1,65 m) sexo feminino, realizada com cautela, restrita aos casos
com indicação para exodontia dos com indicações anatômicas, nas maiores
elementos 18, 28, 38 e 48. dimensões dos ramos mandibulares,
Radiograficamente, o tamanho dos ramos evitando complicação com a paralisia
mandibulares bem como a largura antero- facial, que pode ocorrer até com cirurgiões
posterior dos ramos apresentava mais experientes.
dimensões dentro dos padrões anatômicos
normais. A cirurgia foi realizada no lado
direito (exodontia do 18 e 48), por meio de

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2291

APLICAÇÃO FUNCIONAL DA BOLA DE BICHAT


ASSOCIADA A RETALHO VESTIBULAR PARA
FECHAMENTO DE FÍSTULA BUCOANTRAL
Priscila Mayara Silva de Almeida; Fábio Andrey da Costa Araújo;
Nelson Studart Rocha; Fabrício Souza Landim; Allan Vinícius Martins
de Barros

Introdução: As fístulas bucoantrais são Resultados: Foram dadas as orientações


complicações relativamente comuns na pós-operatórias e prescrito amoxicilina e
cirurgia bucal e frequentemente estão dipirona, ambos de 500mg. Após 45 dias de
associadas às exodontias de dentes com proservação, o paciente apresentava-se
raízes em íntimo contato com o assoalho satisfeito, total fechamento da fístula e
do seio maxilar. Esse trabalho descreve um remissão completa dos sinais e sintomas
caso de fístula bucoantral, no qual optou- referidos.
se pela associação entre a técnica do Discussão: As fístulas menores, com até
retalho pediculado do corpo adiposo bucal 2mm, tendem a ser autolimitantes. No
e o retalho vestibular deslizante em virtude entanto, naquelas com dimensões maiores
das dimensões do defeito. do que 3mm necessitam de procedimentos
Métodos: Paciente sexo masculino, 42 cirúrgicos adicionais. Vários técnicas
anos, com história de complicação cirúrgicas são propostas para o fechamento
associada a procedimento cirúrgico para do defeito, desde retalhos palatinos e
remoção do dente 26. Referiu halitose e voz vestibulares até os pediculados do corpo
nasalizada. Relatou ainda ser portador de adiposo bucal e da língua. A escolha da
HIV. Ao exame físico observou-se solução técnica é extensamente discutida na
de continuidade medindo cerca de 20mm literatura e deve observar inúmeros
em seu maior diâmetro, revestida por fatores, dentre eles os principais são o
epitélio sangrante ao toque, localizado na agente causal, a presença de infecção, o
face vestibular do rebordo correspondente tamanho e a localização da fístula. No
aos dentes 25 e 26. O paciente foi presente caso optou-se pela associação de
submetido à anestesia local, exérese do duas técnicas distintas em decorrência do
trajeto fistuloso e teve o defeito alto risco de recorrência, mesmo com a
preenchido pela associação de um retalho possibilidade de perda significativa da
vestibular deslizante com o pediculado da profundidade do vestíbulo.
bola de Bichat que foi acessada pelo Conclusão: Conclui-se que neste caso, a
aspecto interno do retalho bucal. A ferida associação do retalho vestibular com o
cirúrgica foi fechada por planos, ficando a pediculado da bola de Bichat mostrou-se
gordura suturada mais profundamente e uma alternativa eficaz no fechamento de
recoberta pelo retalho deslizante. grandes defeitos em que há maior risco de
deiscência e de reincidência.

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2303

EXÉRESE DE ODONTOMA COMPOSTO EM


MAXILA PARA TRACIONAMENTO DE
CANINO INCLUSO
Braz da Fonseca Neto; Luiz Carlos Alves Junior; Mariana Lima de
Figueiredo; Adriano Rocha Germano; Wagner Ranier Maciel
Dantas

Introdução: O odontoma é o tipo mais de lesão radiopaca com alo radiolúcido


comum de tumor odontogênico. semelhante aos elementos dentários.
Considerado uma anomalia do Tomograficamente, pode-se observar
desenvolvimento, pode ser dividido em dentículos na região próxima ao elemento
duas classificações: composto e complexa. 13 retido, por vestibular e palatina. Foi
No tipo composto, é formado por múltiplas realizado exérese do elemento 53 e do
estruturas semelhantes a dentes, contendo tumor, com instalação de dispositivo
esmalte, dentina e quantidade variável de ortodôntico para tracionamento do
polpa e cemento. Mais frequentemente elemento 13. A peça foi encaminhada para
encontrado na região anterior da maxila, o exame anatomopatológico, com o
odontoma composto tem como hipótese de diagnóstico de odontoma composto.
patogênese associada ao trauma na Resultados: O paciente apresenta 06
primeira dentição, hereditariedade e/ou meses de pós-operatório, em processo de
mutações genéticas. Dessa forma, esse irrupção do elemento 13, sem recidiva
trabalho tem como objetivo relatar um caso associada ao odontoma.
de exérese de odontoma composto em
Discussão: Dependendo da idade do
maxila para tracionamento de canino
paciente, o odontoma poderá dificultará a
incluso.
irrupção de elementos permanentes. Com
Metódos: Paciente M.K.N.A, 13 anos, isso, a exérese total de forma conservadora
sexo masculino, compareceu ao serviço de do odontoma composto é sempre indicada
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da visto que a benignidade desse tipo de
Universidade Federal do Rio Grande do tumor intraósseo, como também, pelo bom
Norte encaminhado pelo ortodontista, com prognóstico e baixa possibilidade de
diagnóstico prévio de lesão em maxila recidiva quando da sua remoção total.
impactando a irrupção do elemento 13. Associado a isso, quando em posição de
Clinicamente, sem sintomatologia, erupção favorável, o dente permanente em
apresentou aumento de volume no fundo retenção pode ser tracionado
de sulco vestibular do elemento 13, com ortodonticamente.
retenção prolongada do elemento 53. No
Raio-x panorâmico, verificou-se a presença

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Conclusão: A exérese do odontoma com


o tracionamento do elemento impactado
no paciente teve como resultado um pós-
operatório satisfatório, sem recidiva da
lesão e com movimentação ortodôntica
dentro da cronologia esperada aos 06
meses.

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2306

ANÁLISE RADIOGRÁFICA DA PROXIMIDADE


E CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES DOS
MOLARES INFERIORES COM O NERVO
ALVEOLAR INFERIOR
Juliana de Almeida Ferreira Oliveira; Elvio Alan de Vasconcelos
Marins; Alan Macedo Santos; Ronan Matheus Virgílio da Silva

O canal da mandíbula tem a direção ínfero- mais próximas do canal da mandíbula,


lateral descrita como uma curva além de uma correlação positiva e
descendente, de tal forma havendo uma significativa quando as raízes dos molares
relação muito próxima entre o mesmo e o foram analisadas individualmente e
ápice dos molares inferiores. Este projeto comparadas com seus contralaterais. Por
de pesquisa teve como objetivo analisar fim, em tal grupo analisado a dificuldade
radiograficamente a relação de durante o procedimento cirúrgico na
proximidade dos molares inferiores com o remoção dos molares inferiores se dá em
canal da mandíbula bem como criar função ao tipo de inclusão dentária e
correlações práticas com sua dificuldade de quanto ao remanescente ósseo alveolar,
remoção dos primeiros, segundos e uma vez que o trajeto do canal da
terceiros molares inferiores. Foram mandíbula é simétrico bilateralmente, e
avaliadas seiscentos e quatro radiografias não necessariamente à proximidade do
panorâmicas pertencentes a ABO/Niterói, ápice radicular ao Canal Mandibular.
sendo 59,93% do gênero masculino e
40,06% feminino, nas quais foram
mensuradas a distância do teto do canal
Mandibular aos ápices dos molares
inferiores com auxílio de um paquímetro
virtual. Depois de obtido tais valores foram
observados a distância média de
1,31927mm nos terceiros molares do lado
direito (TMD); 3,74239mm nos SMD;
6,37102mm nos PMD; e da mesma forma
obtida tal média em seus elementos
contralaterais 1,62317mm nos TME;
3,76031mm nos SME; 6,00024mm nos
PME. Pode-se observar que os terceiros
molares são os dentes cujas raízes estão

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2312

COMUNICAÇÃO E FÍSTULA BUCOSINUSAL:


PREVENÇÃO, TRATAMENTO E
ACOMPANHAMENTO
Letícia Venâncio Calil; Breno Nogueira Silva; Eduardo Machado
Vilela; Vanessa Maia Zaidan; Neuza Picorelli Assis

A comunicação bucosinusal se dá através 2 a 6 mm, uma sutura em forma de oito


de uma passagem entre a cavidade bucal e deve ser realizada sobre o alvéolo, podendo
seio maxilar. O evento está associado ser prescrito antibiótico por 5 dias
principalmente à extração de molares associado a descongestionantes. Em
superiores (primeiro e segundo molares) e orifícios grandes, maiores de 7 mm, a
pré-molares, respectivamente. São intervenção cirúrgica deve ser considerada,
considerados fatores predisponentes: fechando a comunicação com um retalho o
pneumatização do seio, íntima relação das mais cedo quanto for possível. As
raízes dentárias com a cortical do seio e prescrições medicamentosas são as
presença de raízes divergentes. A fístula mesmas de uma comunicação média. Em
bucosinusal, por sua vez, é a perpetuação presença de fístulas, a primeira conduta
da comunicação pela epitelização de seu deve ser a avaliação da condição sinusal.
trajeto. A complicação desses episódios é a Quadros de sinusites demandam um
ocorrência de sinusite maxilar pós- tratamento clínico prévio, para que no
operatória. O presente trabalho tem como momento da cirurgia de fechamento da
objetivo discutir aspectos como prevenção, fístula o cirurgião trabalhe com uma
tratamento (clínico e cirúrgico, quando condição ideal. A presença de infecção
indicado) e acompanhamento. sinusal reduz drasticamente o sucesso do
A prevenção é o modo mais eficiente de tratamento.
evitar essas intercorrências, sendo O cirurgião dentista deve ser capaz de
fundamental a avaliação de exames identificar a presença de uma comunicação
imaginológicos no planejamento da durante o procedimento cirúrgico,
cirurgia. Contudo, se a comunicação procedendo da forma indicada conforme o
ocorrer, o cirurgião deve estimar o tamanho do orifício. Esta conduta pode
tamanho do orifício, uma vez que o evitar que a comunicação se transforme em
tratamento será guiado por este. Em uma uma fístula. O profissional deve realizar o
comunicação pequena, até 2 mm, o acompanhamento contínuo até a resolução
tratamento fica restrito à obtenção de um do problema. Caso a fístula apareça, novas
bom coágulo, acompanhamento e condutas deverão ser tomadas.
esclarecimento do paciente sobre os
cuidados necessários. Em comunicações de

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2313

DEGLUTIÇÃO DE 3º MOLAR: PREVENÇÃO,


CONDUTA E ACOMPANHAMENTO
Letícia Venâncio Calil; Breno Nogueira Silva; Eduardo Machado
Vilela; Vanessa Maia Zaidan;Neuza Picorelli Assis

A deglutição de dentes é considerada uma o esclarecimento do paciente sobre o


importante complicação transoperatória, ocorrido e a necessidade de confirmar a
podendo ocorrer mesmo com grande localização do dente por meio de um exame
cuidado e experiência cirúrgica. Em um radiográfico. O mesmo permanecia calmo,
acidente como esse, o paciente pode optando por concluir o procedimento
aspirar ou deglutir o elemento extraído, planejado e, ao final deste, realizar os
havendo divergência na abordagem exames necessários. Concluída a cirurgia, o
emergencial de acordo com o caminho paciente foi encaminhado ao atendimento
tomado. O objetivo deste trabalho foi de emergência mais próximo, onde foram
relatar um caso de deglutição de terceiro realizadas as radiografias PA e perfil de
molar durante sua exodontia e discutir o tórax, para excluir a localização na via
diagnóstico, conduta e acompanhamento aérea, e radiografia de abdome onde foi
de casos como esse. localizado o dente no trato digestivo. Após
O paciente compareceu ao serviço de quatro dias, como solicitado ao paciente, o
cirurgia com indicação ortodôntica de mesmo realizou novos exames que
extração dos terceiros molares. O puderam comprovar a eliminação do dente.
procedimento foi realizado sob anestesia O cirurgião dentista deve estar preparado
local (lidocaína 2% com vasoconstritor – para acidentes como esse, estando apto a
epinefrina 1:100.000) sendo respeitada a orientar o paciente claramente e resolver o
dose de segurança. Para a exodontia do episódio da maneira mais indicada,
elemento 18 (incluso) foi planejado retalho devendo também contar com uma
triangular e, para os dentes 28, 38 e 48 competente conduta de sua equipe.
(semi-inclusos), retalho envelope. A
cirurgia foi iniciada a partir do elemento
18. Após sua remoção, ele deslocou-se para
a orofaringe e devido a um estímulo nao
intencional no palato mole (foi tocado com
a ponta de aspiração), foi deglutido pelo
paciente antes que qualquer manobra de
recuperação do elemento fosse realizada. O
paciente não apresentou sintomas
sugestivos de aspiração do elemento. Neste
momento, a cirurgia foi interrompida para

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2324

ACESSO CIRÚRGICO DA BICHECTOMIA E SEUS


BENEFÍCIOS PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
Guilherme Alves Aguiar; Karolinna Zaysk Santiago da Silva Santos;
Arivaldo Conceição Santos Júnior; Daniel Galvao Nogueira Meireles;
Paulo Ribeiro de Queiroz Neto

Introdução: A Bichectomia trata-se de buscando notar a redução dos sinais pós-


um procedimento cirúrgico estético- cirúrgicos e das complicações associadas.
funcional que objetiva a remoção do corpo Resultados: Observou-se no pós-
adiposo da bochecha, é uma estrutura operatório imediato e recuperação dos
anatômica de tecido adiposo encapsulada, pacientes submetidos ao procedimento de
anatomicamente localizada entre os Bichectomia, utilizando a incisão posterior
músculos masseter e bucinador. O alto ao Pilar Zigomático, extinção de
número de complicações como a paralisia complicações envolvendo as estruturas
do nervo facial, lesão do ducto da parótida anatômicas, redução considerável do
e ramo da arteira facial, hematoma, volume facial e do limiar de dor, melhora
assimetria facial, enfisema e infecções na simetria facial, sem sinais de infecção,
podem ser decorrentes da falta de atenção destaque do pilar zigomático.
com as estruturas anatômicas envolvidas Discussão: Algumas complicações como
no procedimento e má realização do a paralisia facial devido ao trauma causado
mesmo. A Bichectomia é indicada para ao Nervo Facial podem ser evitadas com a
pacientes com linha alba acentuada ou realização da incisão aqui citada. A
traumas recorrentes em mucosa jugal, probabilidade de lesão do nervo bucal
muitas das vezes sendo realizada para fins durante a remoção do corpo adiposo da
estéticos, buscando melhoria no bochecha em média encontrada na
mordiscamento da bochecha e redução do literatura é de 26,3%, com o uso da incisão
volume facial. O objetivo desse trabalho é posterior ao pilar zigomático essa taxa
descrever a técnica de incisão posterior ao reduz em até 95%.
pilar zigomático, entre o 1º e 2º molar
Conclusão: Todos os passos de um
superior e acima do ducto parotídeo,
procedimento, desde a incisão à síntese
podendo evitar complicações por se
devem ser bem realizados a fim de obter
distanciar superiormente das estruturas
bons resultados. O uso da incisão
anatômicas envolvidas no procedimento.
posteriormente ao pilar zigomático de
Métodos: Foram observados forma adequada e planejada, salientando a
procedimentos de Bichectomia utilizando quantidade e importância das estruturas
o acesso abordado neste trabalho, a fim de envolvidas no procedimento de
observar um menor índice de complicação Bichectomia, podem ocasionar
durante e após a cirurgia, acompanhou-se consequente sucesso do procedimento com
também a recuperação do paciente consideráveis reduções das taxas de
complicações e dos sinais pós-cirúrgicos.

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2329

INFECÇÃO CEREBRAL DE ORIGEM


DENTÁRIA CAUSADA POR PSEUDOMONAS
AERUGINOSA: RELATO DE CASO
Breno dos Reis Fernandes; Jonathan Ribeiro Silva; João Paulo
Bonardi; Eduardo Hochuli Vieira; Rodrigo dos Santos Pereira

Introdução: As infecções dentárias oftalmoplegia e dor intensa na órbita


posteriores podem causar complicações no direita, além de cefaleias intensas. Depois
seio maxilar devido à proximidade de suas que a tomografia computadorizada foi
raízes. Em geral, a infecção se dissemina realizada, foi diagnosticada com abscesso
para o seio etmoidal, a cavidade orbital e o cerebral no lóbulo frontal. Além disso,
cérebro. Existem poucos relatórios sobre observou-se que a origem foi decorrente de
infecções cerebrais resultantes de uma lesão cariosa no primeiro molar
infecções primárias de origem superior direito com disseminação pelo
odontológica. Assim, é importante para o seio maxilar direito, seio etmoidal e da
cirurgião compreender a patologia e a cavidade orbital direita. O resultado da
evolução da doença para iniciar o cultura da secreção, foi evidenciado o
tratamento em conjunto com a crescimento de colônias de Pseudomonas
neurocirurgia. aeruginosa. O tratamento consistiu em
O objetivo deste artigo é relatar um caso uma craniotomia para drenar o abscesso
incomum de um abscesso cerebral cerebral, um procedimento Caldwell-Luc
resultante de uma infecção por para drenar o seio maxilar direito,
Pseudomonas aeruginosa e sua exodontia do elemento envolvido e
disseminação através dos espaços antibioticoterapia agressiva.
anatômicas e alertar a comunidade Resultados: Após 6 semanas, o paciente
odontológica para a condição. foi dispensado sem seqüelas neurológicas.
Métodos: O presente caso diz respeito a Discussão: Pseudomonas aeruginosa é
uma mulher de 23 anos que se apresentou uma bactéria gram-negativa, facultativa e é
no Hospital Geral de Nova Iguaçu com extremamente raro que cause infecções
queixas de dor no lado direito da face e foi endodônticas e infecções nos maxilares.
diagnosticada com sinusite aguda. Foram No entanto, a infecção do seio maxilar por
prescritos antibióticos e analgésicos para Pseudomonas aeruginosa não é incomum
tratar a doença. No entanto, após 10 dias, devido aos receptores associados nas
ela retornou à sala de emergência, células epiteliais respiratórias e alterações
apresentando proptose do globo ocular na microbiota bacteriana devido à
direito, hemorragia subconjuntival, administração inadequada de antibióticos.

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CIRURGIA BUCAL

Conclusão: Conclui-se que infecções de


origem dentária podem resultar em
abscesso cerebral. No entanto, o
tratamento poderia ter prosseguido de
forma diferente se o paciente tivesse sido
diagnosticado com a lesão cariosa e a
extração dental tivesse sido recomendada.

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2331

EXTRAÇÃO DE TERCEIROS MOLARES:


RETALHO ENVELOPE OU RETALHO
TRIANGULAR?
Vanessa Maia Zaidan; Breno Nogueira Silva; Eduardo Machado
Vilela; Neuza Picorelli Assis; Letícia Venâncio Calil

Um dente impactado é o que não irrompe submucosa e periósteo. A incisão pode ser
dentro do tempo previsto. A cirurgia de apenas sulcular, configurando um retalho
extração desses dentes está entre as mais envelope, ou com incisões relaxantes
frequentemente realizadas, seja por oblíquas anteriores ou posteriores ao
cirurgiões-dentistas clínicos ou por componente envelope, obtendo um retalho
especialistas em cirurgia. A principal causa do tipo triangular. Normalmente, os
da impactação é a falta de espaço no arco retalhos envelope conferem uma
para sua erupção. Os terceiros molares são visualização adequada necessária para
os dentes mais propensos à impacção, por extração e tem como vantagem maior
falta de espaço e por serem os últimos facilidade na sutura. Já quando um grande
dentes a erupcionar, seguidos dos caninos acesso à região apical é necessário,
superiores e pré-molares inferiores. Para a principalmente em região posterior, o
realização da remoção de terceiros molares retalho triangular é comumente utilizado.
impactados, o cirurgião utiliza retalhos O cirurgião dentista que se dispõe a realizar
cirúrgicos sendo disponíveis diversos tipos. a exodontia de terceiros molares
O objetivo deste trabalho é discutir dois impactados, deve ter o conhecimento dos
tipos de retalho (envelope e triangular) tipos de retalho podendo variar a sua
destacando aspectos como indicações, indicação conforme o caso.
vantagens e desvantagens.
O termo retalho indica um segmento de
tecido delimitado por uma incisão cirúrgica
e que contém seu próprio suprimento
sanguíneo. O retalho permite ao cirurgião
acesso aos tecidos profundos, necessário
nas remoção de dentes impactados e
inclusos. Temos como parâmetros do
retalho: base mais larga que a sua margem
livre; extensão adequada para melhor
visualização do campo cirúrgico; incisão
deve ser feita sobre osso intacto e devem
ser de espessura total, envolvendo mucosa,

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2351

TÉCNICA DE MARSUPIALIZAÇÃO NA
ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE RÂNULA:
RELATO DE CASO
Júlia Santos Cerqueira; Mariana Vitória Gomes Viana; Edval Reginaldo
Tenório Júnior; Roberto Almeida de Azevedo

Introdução: A rânula se trata de um cisto Metodos: Foi realizada anestesia local,


de retenção mucoso derivada normalmente seguida de uma incisão na mucosa do
de uma lesão traumática do ducto da assoalho bucal, na porção superior da
glândula sublingual uni ou bilateral o qual lesão, logo após foi feita uma sultura
leva a um quadro clínico de elevação do continua e instalado um dreno, criando
soalho de boca apresentando crescimento uma via de eliminação do fluido acumulado
rápido e indolor e, dependendo da sua para fora dos tecidos. Após 2 semanas foi
profundidade e tamanho, mostra uma realizada remoção do dreno e das suturas.
superfície translúcida assemelhando-se ao Discussão: Na escolha do tratamento de
papo de uma rã do qual deriva o seu nome. rânula deve-se levar em consideração a
O diagnóstico é clínico e não se justifica conservação das estruturas anatômicas
encaminhar material para exame nobres presente na região sublingual. A
histopatologico uma vez que não se trata técnica de primeira escolha é a
de um cisto verdadeiro, exceto se for marsupialização, contudo para ter sucesso
necessário a remoção de toda glândula ou no tratamento, se faz nescessário a
caso exista alguma dúvida no diagnóstico. manutenção de um dreno por no mínimo
O tratamento pode ser feito por duas semanas.
micromarsupialização, marsupialização ou
Conclusão: Apesar da possibilidade de
remoção da glândula causadora. O
recidiva, a técnica de marsupialização se
prognóstico, desde quando o tratamento
mostrou eficaz, segura e pouco traumática,
seja bem indicado, é muito bom. O objetivo
permitindo ao paciente um melhor pós-
deste trabalho é relatar a abordagem
operatório.
terapêutica de um caso de rânula, onde o
tratamento de escolha foi a técnica de
marsupialização.
Referências:
ROJAS D, et al. Ránula, alternativas de tratamiento quirúrgico versus no quirúrgico. Int. J. Dental Sc.
n.18, 15-28, 2016.
GOODSON AMC, et al. Minimally invasive treatment of oral ranulae: adaption to an old technique
British. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery 53, 332–335, 2015
ABDUL-AZIZ; A. Ranula Excision. Operative Techniques in Otolaryngology 26, 21–27, 2015.
VINEET KUMAR, et al. A case report of Ranula treated with marsupialization and low level laser
therapy. International Journal of Scientific and Research Publications, Volume 4, Issue 10, 2014.
VERMA G. Ranula:A Review of Literature. Arch CranOroFac Sc. 1(3):44-49, 2013.

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2355

COMPLICAÇÕES DE TERCEIROS MOLARES -


ACIDENTE COM MIGRAÇÃO PARA A FOSSA
INFRATEMPORAL: RELATO DE CASO
Eduardo Stehling Urbano; Tony Eduardo Costa; Priscila Faquini
Macedo

Introdução: A exodontia dos terceiros helicoidal, dando maior previsibilidade


molares consiste no procedimento mais cirúrgica, especialmente quanto ao risco
frequentemente realizado na área de potencial de acidentes ou injúrias a
cirurgia bucomaxilofacial, uma vez que estruturas nobres, como o seio maxilar e o
estes, sendo os últimos dentes a nervo alveolar inferior.A preparação do
erupcionarem na cavidade bucal, paciente e atenção aos detalhes cirúrgicos
encontram-se comumente inclusos ou são fundamentais para reduzirem as
semi-inclusos.As complicações e acidentes complicações tanto trans quanto pós-
associados à remoção dos terceiros molares operatórias, adequando um correto manejo
incluem: dor; trismo; edema; alveolite; dos tecidos, força aplicada e controle da
fraturas dentoalvelares; injúrias à ATM; hemostasia.
parestesias; infecções; comunicação Métodos: Terceiro molares superiores
oroantral; hematomas; migrações para altos, especialmente após força apical
seio maxilar e estruturas adjacentes, inadvertida, podem ser lançados para o
especialmente para os espaços faciais, seio maxilar ou para a fossa infratemporal.
condição muitas vezes de difícil resolução. Embora ambas situações sejam
As complicações podem ser observadas indesejadas, a segunda é mais desafiadora.
tanto na maxila quanto na mandíbula, haja Apresentamos o caso de um paciente
vista que, na mandíbula há um maior risco atendido após tentativa de remoção do
relacionado a lesão do nervo alveolar dente terceiro molar superior direito, o
inferior, tal lesão nervosa pode ocorrer, qual evidenciou-se por exames
com uma variação de 0 a 23% sendo radiográficos e tomográficos, ter sido
causada por trauma ou anestesia.Para o impulsionado para a fossa infra-temporal.
planejamento de cirurgias dos terceiros
Resultados: Levanta-se as possíveis
molares, a tomografia computadorizada de
condutas a serem preconizadas: abordá-lo
feixe cônico (TCFC) dos maxilares é dita
cirurgicamente em um segundo momento
como padrão ouro, compondo-se de
ou proservar devido as chances de
imagens tridimensionais, de alta
complicações operatórias.
resolução, menor dose de radiação quando
comparada a tomografia computadorizada

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Conclusão: Optou-se em realizar um


follow up orientando o paciente a realizar
um controle clínico e radiográfico,
observando o terceiro molar deslocado,
caso ocorrra alguma modificação ou
alteração da situação atual será estudado a
possibilidade de uma nova intervenção
cirúrgica.

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2360

SIALOLITO NA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR:


RELATO DE CASO
Aline Raquel de Sousa Nogueira; Éwerton Daniel Rocha Rodrigues;
Carlos Eduardo Mendonça Batista; Walter Leal de Moura

Introdução: Sialolitos são definidos sialolito e tracionamento deste fio, seguido


como estruturas calcificadas que se pela remoção. Não foi realizado sutura.
desenvolvem nas glândulas salivares Resultados: Foi removido um cálculo
maiores e/ou em seus ductos, podendo salivar com cerca de 4mm. Pode-se
estar associados às glândulas salivares perceber que em 10 dias pós-operatório o
menores, têm crescimento gradual, lento e paciente não apresentou infecção ou
assintomático. A severidade da inflamação na área do procedimento. A
sintomatologia, quando presente, está paciente autorizou a apresentação do caso
diretamente ligada ao grau de obstrução do clínico descrito neste trabalho por meio de
ducto. Dentre as doenças das glândulas um termo de consentimento livre e
salivares, 30% dos casos se referem à esclarecido.
sialolitíase. A glândula submandibular é a
Discussão: Os cálculos salivares
mais comumente acometida (83 a 94%). A
geralmente são unilaterais e podem ser
etiologia do sialolito pode ser pela retenção
simples ou múltiplos, podendo variar de
da saliva e por fator da composição salivar.
menos 1 mm a poucos centímetros. O
O presente trabalho tem como objetivo
tamanho do sialolito é quem pode
relatar um caso de sialolito de pequenas
determinar a sintomatologia. Um
proporções, localizado na glândula
diagnóstico é o resultado de uma
submandibular.
consideração cuidadosa da história do
Métodos: Paciente do sexo feminino, paciente, de sintomas típicos e achados de
parda, 36 anos. Procurou atendimento no exames clínicos e imaginológicos. O
Hospital Universitário de Teresina, onde tratamento deste fenômeno obstrutivo
relatou aumento de volume em região de está intimamente relacionado com o
soalho de língua do lado direito e tamanho dos cálculos.
hipossalivação. Ao exame clínico
Conclusões: Existem vários métodos
observou-se pequena elevação em soalho
disponíveis para o tratamento da
de língua e ao exame de imagem
sialolitíase, dependendo da glândula
(sialografia) uma imagem radiopaca
afetada, tamanho e localização do cálculo.
esférica, sugestiva de sialolito. Realizou-se
Porém devemos optar pelo método mais
excisão cirúrgica sob anestesia local para
conservador ou o que mais se adeqüe à
remoção dos cálculos salivares. Iniciou-se
situação específica para o paciente. O
pela anestesia tópica e infiltrativa local,
sialolito deve ser removido por um método
passagem do fio de sutura por baixo do
minimamente invasivo.

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CIRURGIA BUCAL

2373

EXPANSÃO RÁPIDA DE MAXILA


CIRURGICAMENTE ASSISTIDA COM O USO
DE DISTRATORES TRANS PALATAL:
VANTAGENS E INDICAÇÕES
Sarah Luna Parente Saraiva; Maria Carline Sampaio de Melo;
Vinícius Rodrigues Gomes; José Rômulo de Medeiros; Saulo Ellery
Santos

Introdução: A sutura palatina mediana, 0,5mm por dia, sendo 0,25mm pela manhã
localizada entre os ossos palatinos direito e e 0,25mm pela noite, para que ocorra a
esquerdo, pode sofrer deficiência durante formação de um novo tecido ósseo.
sua fase de crescimento a qual é corrigida Algumas características clínicas podem ser
através de aparelhos ortopédicos e observadas em pacientes que apresentam
ortodônticos. A deficiência transversal de essa deficiência,como a mordida cruzada
maxila tem sua etiologia multifatorial, uni ou bilateral, desenvolvimento vertical
tendo alguns exemplos em consenso na alveolar excessivo, apinhamento dentário e
literatura como os hábitos deletérios, mordida aberta. Apesar dos distratores de
obstrução das vias aéreas superiores, perda ancoragem dentária apresentarem um
precoce dos dentes e assimetrias favorável resultado final, pode-se ocorrer
esqueléticas. Uma das indicações para a complicações durante a expansão óssea,
expansão de maxila cirurgicamente como: torque vestibular excessivo dos
assistida é a presença de deficiências dentes, defeito periodontal na vestibular
maiores que 5mm. Na fase adulta, em que dos dentes em expansão, necrose tecidual
essa sutura encontra-se consolidada, é do palato. No entanto, os distratores com
necessária a utilização de métodos ancoragem óssea eliminam essas
cirúrgicos para que se consiga obter uma conseqüências, já que a expansão é apenas
correção maxilar, utilizando-se dos óssea, sendo uma vantagem do seu uso
aparelhos distratores com ancoragem para a expansão rápida de maxila
dentária ou óssea. cirurgicamente assistida.
Método: A expansão de maxila Discussão: Existem complicações na
cirurgicamente assistida resulta na utilização de distratores com ancoragem
osteotomia em áreas de resistências dentária, como extrusão dentária e
ósseas, sutura palatina, pilar zigomático, reabsorção radicular, havendo uma
abertura piriforme e a colocação do recidiva com cerca de 18% a 23% da
aparelho distrator o qual terá um período quantidade de expansão. A utilização de
de latência de 5 a 10 dias e ativação de distratores com ancoragem óssea diminui o

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CIRURGIA BUCAL

stress mecânico no dente, diminuindo as


complicações.
Conclusão: O presente trabalho tem o
objetivo de avaliar a utilização dos
distratores em casos que necessitem da
cirurgia para expansão de maxila,
observando suas vantagens e indicações
nos diferentes casos, cujo sua utilidade tem
se tornado uma realidade.

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2397

ZETAPLASTIA COMO ALTERNATIVA PARA


ESTABILIZAÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA EM
MUCOSA JUGAL
Vitor Vieira; Renata Amadei Nicolau

Introdução: Para uma cicatrização escolhida para correção de cicatrizes


satisfatória é necessário uma adequada inestéticas resultantes de queimaduras. Na
sutura ligando os tecidos correspondentes odontologia há relato de caso em exérese
entre si borda a borda¹ e ainda de lábio duplo, com o objetivo de
estabilização da área suturada, para que minimizar a cicatriz e reduzir os efeitos em
não haja rompimento prematuro dos vermelhão labial.
pontos prejudicando assim o processo de Conclusão: Os benefícios da Zetaplastia
reparo. Levando em consideração que a vão desde estabilização da ferida até
mucosa jugal é uma área de constante redução da força de contratura da cicatriz,
tensão, este trabalho tem como objetivo deixando-a mais estética. Tal técnica já se
apresentar a Zetaplastia como alternativa mostra muito eficaz na cirurgia plástica e
para estabilização da ferida cirúrgica nesta pode ser mais explorada em cirurgia oral
região, evitando desconfortos pós- quando se trata de cirurgias em mucosa.
operatórios, propiciando um processo de
reparo adequado.
Métodos: Pesquisa na base de dados
Lilacs com a palavra “Zetaplastia” com e
sem filtro de “textos completo disponível”.
Resultados: Foram obtidos 26 artigos
com as palavras chave elencadas, sendo
apenas 4 na área odontológica, dois quais
os que se apresentavam como texto
completo foram selecionados. A maior
parte dos estudos (13 artigos) foi realizada
em cirurgia geral. Demonstrando o restrito
número de estudos recentes na área
odontológica.
Discussão: A Zetaplastia tem como
objetivo a interrupção do trajeto retilíneo
do tecido cicatricial, anulando a tensão na
região. Por este motivo tem sido muito

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2415

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE
MÚLTIPLAS LESÕES ODONTOGÊNICAS EM
PACIENTE NÃO SINDRÔMICO:
RELATO DE CASO
Gabriela de Oliveira Bessa; Rossiene Motta Bertollo; Tânia Regina
Grão Velloso; Gustavo Henrique Martins; Martha Alayde Alcantara
Salim

Introdução: Os tumores odontogênicos plano de tratamento sugerido foi a


são neoplasias que se desenvolvem nos enucleação cirúrgica das lesões,
ossos gnáticos. Tumores múltiplos, em sua acompanhado das extrações dos elementos
maioria apresentam-se em pacientes 35 e 38. Os espécimes foram enviados para
sindrômicos e um dado importante deste análise histopatológica, sendo compatíveis
caso é a ausência de características com Ceratocisto Odontogênico, sendo que
sindrômicas que corroborem com a a lesão do corpo mandibular apresentou
presença de múltiplas lesões. O presente transformação ameloblástica. Entre os
trabalho tem como proposta apresentar anos de 2010 a 2015 a paciente apresentou
por meio de relato de caso clínico, o três recidivas na região de corpo
tratamento cirúrgico de uma paciente mandíbular, sendo realizadas duas
acometida por ameloblastoma unicístico e enucleações e, em 2015 a ressecção
ceratocisto odontogênico. marginal da mandíbula, tendo sido todos
Métodos: Estudo descritivo individual do os espécimes enviados para análise
relato de caso clínico de um paciente do histopatológica.
sexo feminino, submetida a tratamentos Discussão: A enucleação cirúrgica é uma
com recidivas de lesões tumorais e que abordagem conservadora. Durante todo o
encontra-se em acompanhamento anual. A período de proservação, não foi observada
paciente, em 2008 com 22 anos de idade, recidiva, entretanto, na lesão inicialmente
relatou aumento de volume no terço diagnosticada como ceratocisto
inferior da hemiface esquerda e na região odontogênico com transformação
entre os elementos 34 e 36, causando ameloblástica ocorreram múltiplas
apagamento de fundo de vestíbulo. Foi recidivas.
constada mobilidade grau II no elemento Resultados: Os tratamentos
35 e grau I no 36. Radiograficamente, conservadores são os de primeira escolha
observou-se áreas radiolúcidas entre os em lesões menos agressivas. Nos casos de
elementos 34 e 36 e na região de ângulo da lesões ameloblásticas, este tipo de
mandíbula, envolvendo o elemento 38. O tratamento apresenta, por vezes, índices

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maiores de recidivas. Desta forma, os


tratamentos foram conduzidos de maneira
a preservar a integridade tecidual.
Entretanto, no ameloblastoma, foi
necessária uma intervenção mais radical. A
paciente está em acompanhamento de dois
anos.
Conclusão: O acompanhamento de
lesões como ameloblastoma unicístico e
ceratocisto odontogênico é a longo prazo,
por isto, faz-se necessário a proservação
anual desta paciente.

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2416

TERCEIRO MOLAR DESLOCADO PARA ESPAÇO


INFRATEMPORAL: CONSIDERAÇÕES
ANATÔMICAS E RELATO DE CASO
Jessica Daniela Andreis; Plinio Jun Iti Yokoyama; Maura Massako Ito;
Luciano Martins; Dayane Jaqueline Gross

Introdução: A exodontia de terceiros fossa infratemporal. Em atendimento


molares (TM) tem se tornado um ambulatorial no hospital, foi solicitado
procedimento comum. Complicações tomografia computadorizada de face, onde
frequentes a exodontia de TM incluem dor, foi possível localizar o corpo estranho em
edema, trismo e sangramento. Ainda espaço infratemporal direito. Após exames
destacam-se fratura da tuberosidade, dano pré operatórios e consentimento da
aos dentes adjacentes e perfuração do seio paciente,o tratamento proposto e
maxilar. Desde as últimas décadas, surgiu- conduzido foi a remoção do corpo estranho
se mais relatos sobre uma complicação via intra oral sob anestesia geral.
muito citada: o deslocamento do TM para o Discussão: A decisão pela cirurgia
espaço infratemporal. Adjacente a envolve localização do dente, sinais e
tuberosidade da maxila, a fossa sintomas, desejos do paciente e habilidade
infratemporal (FI) localiza-se abaixo da asa do cirurgião. Apesar de não haver consenso
maior do esfenóide e abriga parte do na literatura sobre quando e como abordar
músculo temporal, músculos pterigóide essa complicação, diversas técnicas para
medial e lateral, plexo venoso pterigóide, remoção de corpo estranho deste espaço
artéria maxilar, nervo mandibular e nervo são propostas, entre elas exérese por
corda do tímpano. Os TM geralmente são acesso intra oral sob anestesia local ou
deslocados através do periósteo a FI e geral, ressecção do processo coronóide,
localizam-se lateralmente à placa acesso hemi coronal e acesso de Gillies. A
pterigóide lateral e inferior ao músculo possibilidade de remoção imediata,
pterigóideo lateral. A presença de corpo remoção tardia ou mesmo
estranho neste espaço pode levar a acompanhamento clínico também tem sido
infecção, trismo e limitação na dinâmica relatado como modalidades de tratamento.
maxilo mandibular.
Conclusão: Complicações relacionadas a
Relato de caso: A paciente D.C.S, 31 exodontia dos terceiros molares ocorrem
anos, foi encaminhada para o serviço de com frequência moderada. É importante
cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital que o cirurgião-dentista capacite-se tanto
Regional de Osasco/SP relatando ter sido para extração quanto para a abordagem
submetida à tentativa de exodontia do correta em casos de acidentes e
dente 18 em clínica odontológica, onde complicações decorrentes da remoção
durante o procedimento houve o cirúrgica desses dentes.
deslocamento acidental do dente para

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2417

AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DA
SIALOADENECTOMIA COMO TRATAMENTO
PARA SIALOLITOS GIGANTES NA GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR: SÉRIE DE CASOS
Ana Luiza Sarmento dos Santos; Jonathan Ribeiro Silva; Rodrigo dos
Santos Pereira; Maria Karolliny Dario Silva; Lucas Ferreira Coelho

Introdução: A sialolitíase é uma condição Materiais e Método: Nove pacientes


clínica comum, caracterizada pela foram admitidos no Departamento de
obstrução da glândula salivar ou de seu Cirurgia Maxilofacial do Hospital Geral de
ducto por um cálculo, o qual recebe a Nova Iguaçu de 01/01/2012 a 01/05/16,
denominação de sialolito. Essa condição é apresentando na glândula submandibular
a causa mais comum de obstrução das sialolitos maiores que 1,5 cm sem resposta
glândulas submandibulares, com ao tratamento conservador. Todos os
incidência em Adultos de média idade. A pacientes fizeram a sialoadenectomia
sialolitíase apresenta evolução lenta, através do acesso cervical.
provocando obstrução e aumento de Resultados: Os pacientes apresentaram
volume do ducto ou glândula, reduzindo idade média de 51 anos, sendo 7 do gênero
assim o fluxo salivar e consequentemente masculino e 2 do gênero feminino. O
trazendo sintomatologia dolorosa. O tamanho dos sialolitos removidos variou
diagnóstico deve ser feito com achados de 1,8 a 4,9 cm. Nenhum dos pacientes
clínicos em conjunto aos exames apresentaram complicações do nervo
complementares e a escolha do tratamento hipoglosso, 2 tiveram distúrbios
está diretamente relacionada à localização transitórios de paralisia do nervo
e tamanho do sialolito. Quando este mandibular e 2 pacientes tiveram infecções
cálculo é de grande proporções, está na pós-operatórias na primeira semana.
porção posterior do ducto e internamente
Discussão: O tratamento conservador da
na glândula, é necessário uma abordagem
sialolitíase baseia-se no aumento do fluxo
mais complexa como a sialoadenectomia,
salivar para que o cálculo seja expulso
porém este procedimento pode levar a
intra-bucalmente, muito eficaz com os
complicações no nervo hipoglosso, nervo
sialolitos menores que 1,5 cm e na porção
facial e fístula.
distal do ducto, mas todos os casos deste
Objetivo: O propósito deste estudo é estudo realizou terapia conservadora
relatar uma série de casos de sialolitos enquanto esperava o procedimento
gigantes das glândulas submandibulares cirúrgico como uma tentativa de evitar o
tratados por sialoadenectomia. procedimento mais complexo. Em 2013 foi

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realizado um estudo comparativo das


abordagens intra-orais e extraorais para
sialoadenectomia, em que se constatou
maiores complicações do nervo lingual no
grupo intraoral. Em nosso estudo,
utilizamos a abordagem cervical, em que os
resultados foram semelhantes.
Conclusão: podemos concluir que os
sialolitos gigantes representa uma terapia
resolutiva com poucas complicações.

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2423

PAPILOMA ESCAMOSO: UMA ANÁLISE CLÍNICA


EM PACIENTE DA CLÍNICA INFANTIL - UFPI
Aline Raquel de Sousa Nogueira; Priscila Pâmela Medeiros Ferreira;
Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura

Introdução: O papiloma escamoso é uma Resultados: A lesão removida media


proliferação benigna do epitélio escamoso cerca de 3mm. O exame histopatológico
estratificado que resulta em um aumento confirmou a hipótese diagnóstica de
de volume papilar ou verruciforme. papiloma escamoso. Na consulta pós-
Acredita-se que essa lesão seja causada operatória, foi realizado a remoção da
pelo vírus papilomavírus humano (HPV) e sutura e foi possível observar reparo
seu meio de transmissão é desconhecido. tecidual satisfatório.
Admite-se que possa ocorrer durante o Discussão: A prevalência do HPV na
parto vaginal, ou através da auto- cavidade oral e na orofaringe é considerada
inoculação e da prática de sexo oral. Os incerta. O diagnóstico do HPV na mucosa
locais mais frequentemente acometidos na oral e na orofaringe pode ser suspeitado
cavidade oral são: lábios, palato, língua, pelo exame clínico da lesão, citologia e
gengiva, úvula, tonsilas e assoalho da boca. biópsia, porém são os exames de biologia
Métodos: Paciente do sexo feminino de molecular que são capazes de detectar o
iniciais A.M.C.C., 10 anos, compareceu à DNA do HPV na célula. A relação entre o
Clínica Infantil da Universidade Federal do HPV genital e oral permanece incerta,
Piauí - UFPI no primeiro semestre de 2017 assim como o seu papel na carcinogênese
acompanhada pela mãe, relatando que oral.
tinha uma “verruga na boca que inflamava Conclusões: A partir dos achados clínicos
e voltava ao normal de tempos em somado ao exame histopatológico a
tempos”. Diante das características detecção do HPV torna-se cada vez mais
clínicas encontradas, o diagnóstico clínico acessível, permitindo a confirmação da
provável foi de papiloma escamoso. O associação do vírus ao desenvolvimento de
tratamento realizado neste caso foi a algumas lesões orais epiteliais benignas.
biópsia excisional. Iniciou-se pela Apenas o diagnóstico clínico é insuficiente
anestesia tópica e infiltrativa em fundo de para garantir o diagnóstico de associação
sulco, apreensão do papiloma com pinça ao HPV.
cirúrgica, incisões em cunhas laterais,
remoção cirúrgica da lesão e sutura. Foi
realizada a fixação da lesão em formol à
10% para envio ao laboratório para
realização de exame histopatológico

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2426

COMPARAÇÃO DE TÉCNICA EXODÔNTICA


MINIMAMENTE TARUMÁTICA EM RELAÇÃO À
TÉCNICA DE EXTRAÇÃO CONVENCIONAL:
INDICAÇÕES, BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES
Andressa Bertolo; Angelo Luiz Freddo; Ana Paula Poletto; Gustavo
Antonio Manini; Thomas Galves Cavalheiro

A exodontia é a intervenção cirúrgica mais relacionado ao conhecimento das suas


antiga da odontologia, sendo um indicações de uso, assim como a correta
procedimento cirúrgico bastante comum utilização dos diferentes tipos de
dessa área. Dentre as suas indicações dispositivos. A presente pesquisa tem
podemos destacar os restos radiculares, como objetivo comparar exodontias
dentes retidos, dentes destruídos por cárie realizadas através do extrator dentário
e dentes com doença periodontal severa. atraumático com exodontias
Com o advento dos implantes convencionais realizadas com alavancas
osteointegráveis, que prescindem da e/ou fórceps, em relação ao tempo
preservação da tábua óssea vestibular e de cirúrgico, percepções de conforto e dor e
um contorno gengival adequado, novas padrões de cicatrização (fotográficos e
técnicas estão sendo disponibilizadas, a radiográficos) após sete e 90 dias. O estudo
fim de possibilitar uma exodontia menos abrange um ensaio experimental clínico
traumática, que cause menor morbidade randomizado cego, em que a amostra inclui
aos pacientes e facilite a fase reabilitadora. pacientes com necessidade de exodontia
Por meio disso, vem se desenvolvendo em dentes anteriores e pré-molares, de
técnicas de “extração atraumática” que ambos os lados da arcada, sendo em um
tem como objetivo realizar a exodontia do elemento dentário aplicado a técnica
dente no sentido vertical, preservado osso convencional e no outro a técnica com o
alveolar e mantendo a arquitetura óssea extrator dentário. A partir da pesquisa
logo após a exodontia. Dentre essas novas constatamos que o tempo cirúrgico teve
técnicas de extração atraumática, o uma média de 12 minutos a mais no uso do
extrator dentário é um aparelho instalado extrator; aspectos como dor e conforto não
no dente a ser extraído que viabiliza a tiveram diferenças significativas; a análise
extração via alveolar, evitando fotográfica demonstrou uma tendência de
movimentos pendulares que podem maior preservação de tecido mole do
fraturar a tábua óssea, impossibilitando a alvéolo no pós-operatório imediato com o
colocação de um implante imediato. O uso do extrator; radiograficamente houve
sucesso da técnica está diretamente um padrão de cicatrização semelhante com

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ambas as técnicas e a taxa de sucesso no


uso do extrator foi de 70%. Este trabalho
visa apresentar os resultados parciais desta
linha de pesquisa, onde um número maior
de pacientes será operado e no momento
pode-se relatar que o extrator demonstra
benefícios em relação ao aspecto do
contorno gengival no pós-operatório
imediato.

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2431

REGULARIZAÇÃO ÓSSEA NA REABILITAÇÃO


PROTÉTICA: RELATO DE CASO
Gustavo Henrique Martins; Rossiene Motta Bertollo; Daniela
Nascimento Silva; Gabriela de Oliveira Bessa; Anuar Antônio Xible

Introdução: A dimensão vertical é um impossibilitava a confecção da nova


dos parâmetros mais relevantes para o prótese dentária. O mesmo foi submetido à
restabelecimento adequado da relação remoção cirúrgica do tecido ósseo
intermaxilar e é considerada um dos excedente, após sua avaliação clínica e
principais objetivos da reabilitação radiográfica.
protética. Em alguns casos são necessários Discussão: Apesar do advento dos
procedimentos cirúrgicos que buscam implantes osseointegrados, uma
melhorar a área de suporte da prótese e de considerável porcentagem da população
tecidos adjacentes. O conjunto desses brasileira faz o uso de outros tipos de
procedimentos designa-se cirurgia pré- próteses. Isso se deve, principalmente, pela
protética, dentro dos quais pode-se citar a impossibilidade financeira de custear um
regularização óssea dos rebordos, que tratamento com implantes dentários.
quando em excesso pode provocar uma Segundo os dados publicados pelo Instituto
diminuição no espaço oclusal intermaxilar Brasileiro de Geografia e Estatística, na
que impossibilitará uma adequada Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, cerca
reabilitação protética. O presente trabalho de 33% da população brasileira faz uso de
tem como proposta apresentar por meio de algum tipo de prótese dentária. Sendo
relato de caso clínico, o tratamento assim, a necessidade de cirurgias que
cirúrgico de regularização do rebordo de possibilitem aos rebordos residuais
um paciente que apresentava excesso de receberem a prótese, ainda se faz presente,
tecido ósseo no rebordo alveolar anterior mesmo que em uma menor quantidade.
superior e sua posterior reabilitação
Resultados: O plano de tratamento do
protética.
paciente, neste relato de caso, se mostrou
Métodos: Estudo descritivo individual do adequado pelo correto diagnóstico e
relato de caso clínico a partir de dados indicação da técnica cirúrgica pré-
secundários do prontuário de um paciente protética de remoção do tecido ósseo em
atendido na disciplina de Cirurgia excesso.
Bucomaxilofacial II do Curso de
Conclusões: O paciente foi encaminhado
Odontologia da Universidade Federal do
à disciplina de Clínica Integrada III da
Espírito Santo (UFES). Paciente do sexo
UFES para sua reabilitação protética com
masculino, 69 anos de idade, apresentando
a confecção de uma nova prótese.
um excesso de tecido ósseo na região
anterior do rebordo superior, o que

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2487

DESLOCAMENTO DO SEGUNDO MOLAR


SUPERIOR PARA O SEIO MAXILAR
Fábio Alexandre Reffatti; Juliana Cama Ramaciatto; Diogo
Gregory Willian Bordin; Helen Heloene Rosa; Roberto de Oliveira
Jabur

Introdução: Cerca de 10% a 15% das dias. Resultados: Para o tratamento optou-
patologias em seios maxilares tem origem se pela exposição da parede lateral do seio
dental. A sinusite aguda pode ocorrer após maxilar superior direito com retalho na
perfuração do seio maxilar durante crista do rebordo e uma incisão relaxante.
cirurgias dentarias com contaminação de Foi realizada uma janela óssea para
bactérias oriundas no meio bucal. O exposição da parte interna do seio maxilar.
fechamento inadequado pode resultar em A partir dessa janela foi realizada a
uma comunicação buco-sinusal e sinusite varredura do interior do seio maxilar e
crônica. Os pré-molares e molares captura do corpo estranho (dente
superiores podem anatomicamente estar deslocado). Após sua remoção, foi
em íntimo contato com o seio maxilar. Em realizada a regularização da janela óssea,
procedimentos cirúrgicos de extração irrigação, inspeção do interior do seio
dental podem ocorrer acidentalmente o maxilar e sutura.
deslocamento total do dente ou de alguma Discussão: Tal complicação podem ser
raiz, causando assim contaminação direta considerada como cirurgia iatrogênica ou
ao seio maxilar. Sendo o dente envolvido causada por falta de planejamento
na complicação pode atuar como corpo adequado. A opção de tratamento relatada
estranho no interior do seio maxilar acima mostrou-se eficiente, o paciente foi
causando a sinusite crônica ou até mesmo reavaliado após 7 dias, onde foi removido a
um processo infeccioso agudo. O objetivo sutura; Reavaliação foi realizada a cada 30
do presente trabalho é mostrar dias até completar 6 meses, sem apresentar
tecnicamente a remoção tardia do segundo recidiva do quadro de sinusite crônica.
molar superior do interior do seio maxilar.
Conclusão: A remoção de corpos
Métodos: Paciente masculino, estranhos do interior do seio maxilar deve
parcialmente desdentado, procurou ser realizada o mais rápido possível de
atendimento na cirurgia e traumatologia maneira criteriosa e planejada.
bucomaxilofacial na Santa Casa de
misericórdia da cidade de Ponta Grossa,
encaminhado por outro cirurgião dentista
clínico geral para avaliação e conduta de
um dente que havia sido deslocado para o
seio maxilar a aproximadamente sessenta

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2490

EXODONTIA DO TERCEIRO MOLAR


SUPERIOR ECTÓPICO
Fábio Alexandre Reffatti; Juliana Cama Ramaciatto; Diogo
Gregory Willian Bordin; Helen Heloene Rosa; Roberto de Oliveira
Jabur

Introdução: Dentes em posição ectópica realizada a curetagem e inspeção da loja


podem dar origem a cistos foliculares ou cirúrgica e o material colhido da mesma foi
cistos odontogênicos caso não seja feito encaminhado para histopatologia. A sutura
exodontia profilaticamente. Cistos foi realizada.
dentígeros associados a dentes que tem sua Discussão: Na maxila normalmente os
erupção atrasada, que estão inclusos ou até dentes ectópicos encontram-se em íntimo
mesmo em uma posição ectópica podem contato com seio maxilar, portanto é de
ser comuns em osso maxilar. O objetivo do extrema importância a extração rápida
presente trabalho é expor um caso clinico após o diagnóstico para prevenir e até
onde realizou-se a exodontia de um mesmo tratar patologias que possam ter
terceiro molar superior ectópico para sido originadas a partir do dente ectópico.
minimizar a progressão da lesão associada. O acesso de Caldwell-Luc modificado é
Métodos: Paciente 32 anos, sexo pertinente para exodontias de dentes
feminino, procurou o atendimento de ectópicos superiores. No pós operatório
cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial realizou-se a remoção de sutura após 7
da Associação Brasileira de Odontologia de dias, paciente não relatou queixas, sendo
Ponta Grossa para exodontia dos terceiros novamente reavaliado após 30 dias da
molares superiores. Foi solicitada a exodontia.
radiografia panorâmica onde constatou-se Conclusão: A realização do exame clínico
que o terceiro molar superior direito de forma criteriosa juntamente com o
encontrava-se sobre o segundo molar auxílio de exames de imagem são
superior direito em uma posição ectópica. essenciais para o diagnóstico e
Resultados: Optou-se pelo acesso planejamento na presença de dentes
Caldwell-Luc modificado para exodontia ectópicos. A remoção do elemento irá
deste dente. Realizada anestesia local depender da avaliação de exames
infiltrativa, em ambiente ambulatorial, o complementares, levando em consideração
acesso foi realizado com osteotomia em os riscos que a permanência do dente
maxila para extração do dente. Assim que o poderá acarretar.
dente foi localizado, foi efetuada a
odontosecção do mesmo e exodontia
propriamente dita. Após a exodontia foi

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2491
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ODONTOMA
COMPOSTO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Jefferson Botelho Abe; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Os odontomas são classificados na literatura como tumores de


origem odontogência, benigno, formados a partir do crescimento
desordenado dos tecidos dentários. Atualmente vem sendo
referido também como uma malformação, um Hamartoma. De
natureza benigna, apresenta crescimento lento, acometendo, com
maior freqüência, a região anterior dos maxilares, seguida da
região posterior de mandíbula. Normalmente é descoberto entre a
segunda e terceira década de vida pela radiografia panorâmica de
rotina, uma vez que a lesão geralmente é assintomática. Este
trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de odontoma
composto, paciente de 26 anos de idade, sexo feminino, atendida
no ambulatório do Hospital Unimed da cidade de Joinville-SC,
apresentando queixa principal aumento de volume em fundo de
vestíbulo na região anterior da maxila direita. Juntamente com os
achados no exame clínico e conforme laudo da Tomografia
Computadorizada Cone Bean, firmou-se o diagnóstico de
Odontoma Composto. O tratamento consistiu na abordagem
cirúrgica, conforme orientado pela literatura, a técnica de
enucleação associada à curetagem da loja cirúrgica. O tratamento
mostrou-se bastante adequado para o presente caso.

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2494

TRATAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCONASAL


COM RETALHO PALATINO E PLASMA RICO EM
FIBRINA E LEUCÓCITOS (L-PRF)
Ian Luna Parente Brasileiro; Andrea Duarte Doetzer; Marco Antonio
Oliveira Filho; Junior de Marco; Delson Pedro Martins Barsato

O Plasma Rico em Fibrina e Leucócitos(L- técnica de L-PRF é simples, rápida e de


PRF) é um biomaterial natural obtido a baixo custo.
partir da centrifugação controlada do Conclusão: A técnica apresentada, tem
plasma, gerando um enxerto autólogo não propriedades que favorecem o reparo
trombinizado, capaz de liberar tecidual, trazendo benefícios aos
vários fatores de crescimento, com procedimentos cirúrgicos quando indicada
diversas aplicações. e aplicada corretamente.
Objetivo: Demonstrar um caso clínico de
comunicação buconasal tratado com
retalho palatino e uso da técnica de L-PRF.
Método: Paciente feminino, 48 anos,
fazendo uso de prótese total superior.
Procurou o Serviço de CTBMF – HUEC com
histórico de exodontia de canino incluso
em palato há 8 anos com consequente
formação de comunicação buconasal de
2cm de diâmetro. Relatou 7 procedimentos
cirúrgicos prévios para tentativa de
fechamento da comunicação, sem sucesso,
e a paciente tentou utilizar prótese para
vedação, porém não tinha osso suficiente
para estabilizar a prótese. Após o
debridamento da fístula e descolamento da
mucosa do palato, optou-se por realizar
retalho da mucosa palatina pela técnica de
von Langenbeck modificada, com
a interposição das membranas de L-PRF
entre a mucosa nasal e a maxila.
Resultado e discussão: O caso teve boa
resolução, com fechamento da
comunicação e controle de 16 meses. A

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CIRURGIA BUCAL

2504

ÓBITO DECORRENTE DE MIÍASE EM REGIÃO


MAXILOFACIAL: RELATO DE CASO CLÍNICO
Farley Souza Cunha; Jéssica Amorim Theotonio; Rodrigo Resende;
Rafael Seabra Louro; Marcelo Uzeda

A miíase oral é relativamente comum, senilidade, comprometimento


principalmente nos países tropicais e neurológico, hemiplegia, traumas e
subdesenvolvidos, onde na maioria das infecção na região bucomaxilofacial. As
vezes afeta pacientes acamados, idosos, moscas responsáveis por esta condição -
moradores de rua e pacientes com Cochliomyia homivorax- preferem um
necessidades especiais, mas pode acometer ambiente quente e úmido, de modo que a
pacientes saudáveis. Este tipo de infecção miíase acontece com maior frequência nos
caracteriza-se pela infestação dos tecidos meses de verão em zonas de clima
por larvas de moscas varejeiras - C. temperado, porém, em países tropicais e
hominivorax - que durante uma fase do seu subtropicais, pode ocorrer durante todo o
desenvolvimento alimentam-se dos ano. O paciente em questão morava na área
tecidos do hospedeiro, suas substâncias urbana da cidade do Rio de Janeiro e residia
corporais líquidas ou alimento por ele em local com péssimas condições de
ingerido. As manifestações clínicas podem saneamento. Além do mais, o mesmo
variar desde quadros benignos e apresentava uma ferida em região
assintomáticos, até formas graves que mentoniana decorrente de traumatismo
podem evoluir ao óbito. Os sinais e prévio acerca de vários dias, sem que tenha
sintomas clínicos mais comumente sido orientado a buscar auxílio médico para
descritos incluem a presença de mialgia, a realização de limpeza e síntese dos
febre, odor fétido, inflamação dos tecidos ferimentos proporcionando, assim, a
circundantes, ulcerações, necrose tecidual possibilidade de deposição de ovos da
e envolvimento ósseo. O tratamento mosca na região. O objetivo de presente
consiste na remoção mecânica das larvas trabalho é relatar e discutir o caso clínico
com auxílio de cureta e pinça clínica, do paciente C.A., sexo masculino,
auxiliada pelo emprego de terapia melanoderma, 40 anos de idade, atendido
medicamentosa local com Ivermectina no Hospital Municipal Salgado Filho / RJ,
6mg e sistêmica com Clindamicina 600mg. apresentando miíase iniciada na região de
Trata-se de uma infestação dos tecidos terço inferior de face e disseminada por
vivos por larvas de moscas, está geralmente toda região maxilofacial, onde houve uma
associada a diversos fatores como: higiene rápida evolução para óbito em um período
bucal deficiente, falta de selamento dos de treze horas após sua admissão
lábios, resistência imunológica diminuída, hospitalar em decorrência de sepse.
desnutrição, respiração bucal, etilismo,

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CIRURGIA BUCAL

2507

CISTO RADICULAR ASSOCIADO A MOLAR


DECÍDUO: RELATO DE CASO
Aline Raquel de Sousa Nogueira; Luís Fernando Bandeira Miranda; Sofia
Teresa Barbosa Lopes Ribeiro; Marina de Deus Moura de Lima; Julio
Cesar de Paulo Cravinhos

Introdução: Cistos radiculares são cistos cápsula cística revestida por epitélio
inflamatórios localizados na região pavimentoso estratificado
perirradicular de um dente, com formação paraquerainizado e cápsula exibindo
de uma cavidade patológica, circundada infiltrado inflamatório mononuclear
por epitélio e cápsula de tecido conjuntivo, intenso, confirmando o diagnóstico de
com um material fluido ou semissólido no cisto radicular. O caso permanece em
seu interior. Essas lesões raramente acompanhamento com aparente processo
acometem crianças. O objetivo deste relato favorável de erupção espontânea do
de caso é apresentar caso de criança de 9 segundo pré-molar inferior esquerdo.
anos de idade que apresentou cisto Discussão: Em casos de cisto radicular, a
radicular associado a molar decíduo descompressão pode ser realizada visando
necrosado. a drenagem do conteúdo cístico,
Métodos: Paciente de 09 anos de idade, diminuição da pressão osmótica, promoção
sexo masculino, compareceu à Clínica da reepitelialização, regeneração óssea e
Infantil da UFPI queixando-se de preservação da vitalidade do sucessor
tumefação na região do dente 75 e dor ao permanente. A ocorrência de cistos
mastigar. Durante o exame clínico, radiculares na dentição decídua é baixa e,
observou-se a presença de tumefação de geralmente, está associada a dentes
consistência amolecida, histórico de submetidos a terapias pulpares associados
terapia pulpar e restauração com a restaurações deficientes. O tratamento
infiltração no dente, além de mobilidade. deve ser planejado e executado visando a
Ao exame radiográfico, constatou-se a permanência do elemento permanente e
presença de lesão radiolúcida circunscrita acompanhamento para sua erupção
associada à raiz do dente 75. A hipótese espontânea.
diagnóstica foi cisto radicular versus cisto Conclusões: Apesar de acometer mais
dentígero. A lesão foi enucleada, onde se comumente a dentição permanente, os
iniciou pela anestesia tópica e bloqueio do cistos radiculares podem estar associados a
nervo alveolar inferior, incisão, dentes decíduos e necessitam de
osteotomia, descompressão da lesão com intervenção precoce. O tratamento
seringa e agulha, curetagem, remoção da consiste na remoção cirúrgica, seja por
cápsula e sutura. enucleação precedida ou não por
Resultados: A lesão enucleada foi marsupialização.
enviada para análise histopatológica. Os
cortes histológicos revelaram fragmento de

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CIRURGIA BUCAL

2510

DESLOCAMENTO ACIDENTAL DE TERCEIRO


MOLAR INFERIOR PARA ESPAÇO
SUBMANDIBULAR
Paulla Iáddia Zarpellon Barbosa; Thiago Martins Magalhães Ramos;
Willy Fernandes de Medeiros; Elker Silva de Oliveira; Diego Melo
Lima

Introdução: As complicações associadas direita. Solicitou-se exames laboratoriais e


com a exodontia de terceiros molares tomografia computadorizada da região.
inclusos mandibulares, vão desde as lesões Paciente foi submetido a exodontia do
causadas nos tecidos moles e estruturas elemento por intra-oral sob anestesia local
ósseas adjacentes, a casos mais graves utilizando-se mepivacaína à 3%. Incisão
como fraturas mandibulares ou danos nos envelope em região lingual.O dente foi
nervos alveolares inferiores e/ou linguais. removido, sem maiores intercorrências.
Os fatores relacionados ao deslocamento Paciente foi devidamente orientado quanto
de terceiros molares inferiores são a à higiene oral e medicação pós operatória.
presença de tábua óssea lingual fina, Discussão: Deslocamento de um dente
impacção disto lingual, uso de força durante um procedimento de exodontia é
excessiva e incorreta aplicação da técnica um episódio raro e com complicações
devido à falta de experiência. Este trabalho potencialmente severas. Há pouco
tem como objetivo relatar um caso consenso na literatura com relação à
incomum de deslocamento de terceiro melhor técnica para se resgatar dentes
molar inferior (48) para espaço deslocados. Parece razoável que
submandibular, tratado em ambiente fragmentos menores e pouco deslocados
ambulatorial. sejam mais facilmente recuperados por
Relato de caso: Paciente, 24 anos, acesso intraoral, enquanto que fragmentos
leucoderma, sexo masculino, compareceu maiores ou dentes inteiros em localizações
ao consultório referindo parestesia em muito profundas podem necessitar de
língua a direita, apresentando discreto abordagem extraoral.
aumento de volume e dor à palpação em Conclusão: A exodontia de terceiros
região submandibular direita, trismo molares é um procedimento complexo, e
moderado, afebril. O mesmo relatou ter suas complicações não devem ser
sido submetido a duas tentativas de menosprezadas.No caso relatado foi
exodontia do terceiro molar inferior direito importante a abordagem ambulatorial
por outro profissional, 2 semanas. Ao devido a praticidade em solucionar o
exame radiográfico pode-se observar o problema e desconforto do paciente, o
elemento 48 em região submandibular acesso intraoral contribuiu para um pós

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461
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CIRURGIA BUCAL

operatório mais tranquilo, levando em


consideração a questão de estética
cicatricia. A retirada de qualquer elemento
deslocado no complexo buco-maxilo-facial
é indispensável, pois pode trazer ao
paciente consequências e sequelas graves.

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CIRURGIA DA ATM

1335

PRÓTESE ARTICULAR EM PACIENTE COM


REABSORÇÃO CONDILAR:
RELATO DE CASO
Dayane Jaqueline Gross; Ramon Cesar Godoy Gonçalves; Juliana
Cama Ramaciatto; Helen Heloene Rosa; Roberto de Oliveira Jabur

A reabsorção condilar pode ser ocasionada submandibular. As placas e a fibrose foram


por trauma, osteoartrite e doenças do disco removidas e a osteotomia foi realizada
articular. Retrognatia, função limitada da conforme planejado. A junção feita sob
mandíbula, mordida aberta anterior, medida foi fixada e a estabilidade testada
disfunção mastigatória, apnéia e dor por meio de movimentos mandibulares. A
podem ocorrer secundariamente à cirurgia não apresentou nenhum
reabsorção condilar. O objetivo deste imprevisto e durante o pós-operatório, o
estudo é descrever um caso de paciente não teve complicações. Após o
reconstrução da articulação acompanhamento de 18 meses, a oclusão
temporomandibular (ATM) em um nos movimentos era estável e os
paciente que apresentou complicações movimentos mandibulares satisfatórios.
após a realização de cirurgia ortognática. Deformações faciais muitas vezes
Homem, 47 anos, caucasiano, com desenvolvem juntamente com disturbios
histórico de dois procedimentos cirúrgicos de ATM, sendo possível realizar
de insucesso na maxila e mandíbula, para simultanemaente a cirurgia ortognática e a
tratamento da correção da deformidade reconstrução da articulação. O uso do
facial. No exame clínico, apresentou planejamento virtual e de material
mordida aberta anterior, parestesia do aloplástico podem resultar em cirurgia
lábio inferior esquerdo, dificuldades de satisfatória e previsível.
deglutição e fonação. No exame
tomográfico, notou-se afrouxamento no
material de fixação, fratura das placas,
pseudoartrose no ângulo mandibular e
rebsorção condilar em ambos os lados. O
planejamento cirúrgico incluiu
reconstrução da ATM em ambos os lados e
reconstrução do ramo com material
aloplástico e cirurgia ortognática. A ATM e
a mandíbula foram submetidas a
procedimentos envolvendo abordagens
pré-auricular, retromandibular e

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CIRURGIA DA ATM

1515

REALIZAÇÃO DE EMINECTOMIA PARA TRATAMENTO


DE LUXAÇÃO RECIDIVANTE DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO CLÍNICO
Ivan José Moreira Oliveira; Marcelo Marotta Araujo; Fábio Ricardo
Loureira Sato; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: A articulação Objetivo: Este trabalho tem como


tempormandibular articula-se na fossa objetivo discutir a indicação, a técnica
mandibular e eminência articular do osso cirúrgica e os resultados da remoção
temporal. A luxação consiste na excursão cirúrgica da eminência articular por meio
do côndilo mandibular além da eminência da apresentação de um caso clínico, em que
articular, não ocorrendo o seu retorno à sua um paciente em tratamento psiquiátrico
posição inicial espontaneamente, episódio apresentou-se com episódios recorrentes
este que caracteriza o quadro como de luxação da articulação
recorrente quando o mesmo ocorre mais de temporomandibular e a eminectomia
duas vezes no período de seis meses. Tal bilateral foi realizada com sucesso,
condição pode estar associada a múltiplos trazendo de volta ao paciente as funções
fatores, como desarranjos internos da normais da articulação
articulação temporomandibular, perda de temporomandiubular.
dentes ou até distúrbios neurológicos, Resultados: Pode-se observar que as
podendo necessitar de tratamentos funções articulares do paciente foram
frequentes, seja clínico/conservador ou recuperadas com sucesso após a realização
cirúrgico. A eminectomia consiste na da eminectomia sem complicações trans ou
remoção da eminência articular por meio pós-cirúrgicas.
de ostectomia via instrumentos rotatórios
Conclusão: Dessa forma, pode-se
ou piezoelétrico e apresenta bons
concluir que a eminectomia permite
resultados em curto e longo prazo, baixo
recuperar os movimentos articulares
custo e baixa morbidade comparada a
durante mastigação e deglutição e evita
outros procedimentos cirúrgicos mais
novos episódios de luxação logo, uma vez
extensos. Além disso, a eminectomia é
associada a outras vantagens como a
viável e frequentemente utilizada quando
técnica cirúrgica simples e o baixo custo,
outras técnicas cirúrgicas não alcançam um
passa a ser uma ótima alternativa para o
resultado satisfatório, sendo assim a
tratamento da luxação recidivante da
técnica “padrão ouro” para o tratamento
articulação temporomandibular.
das luxações recidivantes da articulação
temporomandibular.
Referências:
Undt G. Temporomandibular Joint Eminectomy for Recurrent Dislocation. Atlas Oral Maxillofacial Surg
Clin N Am 19 (2011) 189–206.
Vasconcelos B.C, Porto G.G. Treatment of chronic mandibular dislocations: a comparison between
eminectomy and miniplates. J Oral Maxillofac Surg. 2009; 67(12):2599-604.

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CIRURGIA DA ATM

1570

ARTROCENTESE EM ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR:
RELATO DE CASO CLINICO
Rhaina Anuá Souza Afonso; Rubens Jorge Silveira; Lucas Teixeira
Brito; Alberto Ferreira da Silva Junior; Weuler dos Santos Silva

A articulação temporomandibular (ATM) é R.A.S.A., gênero feminino, 27 anos. Ao


composta pelo osso temporal e pela cabeça exame clínico a paciente referiu dor na
da mandibula, bem como por uma região da ATM a um ano com piora do
estrutura fibrosa densa especializada, o quadro, limitação serera de abertura bucal
disco articular, varios ligamentos e e estalos unilaterais. Ao exame clínico e
numeroso músculos associados. A imaginológico foi confirmado a hipótese de
artrocentese é um procedimento cirúrgico deslocamento anterior do disco articular
minimamente invasivo indicada em casos sem redução lado esquerdo. Inicialmente
de desarranjos internos da ATM, foi proposto tratamento clínico com
deslocamento anterior do disco sem analgésico, anti-inflamatório, bem como
redução, associado a limitação de abertura dispositico oclusal para diminuir a
bucal. A artrocentese consiste na lavagem sobrecarga articular. Como nao houve
do espaço articular superior da ATM, sem remissão dos sintomas, foi proposta
visão direta do mesmo, por meio de artrocentese da ATM sob anestesia geral.
inserção de agulhas e irrigação com Os autores mostrarão a evolução do quadro
solução de ringer lactato. O objetivo da clínico inicial com acompanhamento de 2
lavagem é eliminar debris, resíduos de anos pós artrocentese associado ao
sangue e mediadores da inflamação. Este dispositivo oclusal, mostrando melhora do
trabalho relata caso clínico da pacinete quadro clínico e da abertura bucal.

Referências:
Barkin S, Weinberg S. Internal derangements of the temporomandibular joint: the role of arthroscopic
surgery and arthrocentesis. J Can Dent Assoc 2000;66:199-202.
Frost DE, Kendell BD. The use of arthrocentesis for treatment of temporomandibular joint disorders. J
Oral Maxillofac Surg 1999;57:583.
Haason O, Levy Y. Artrocentese e lavagem da articulação temporomandibular: indicações no
tratamento da abertura de boca limitada. Rev Paul Odontol 1999;21:4-6.
Farrar, WB. Characteristics of the condylar path in internal derangement of the TMJ. J Prosthet Dent.
1978;39:319.
Nitzan, DW, Dolwick, MF. Arthroscopic lavage and lysis of the temporomandibular joint: A change in
perspective. J Oral Maxillofac Surg. 1990;48:798.

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CIRURGIA DA ATM

1629

ANÁLISE DA EFICÁCIA E DAS


INTERCORRÊNCIAS DA ARTROCENTESE
TEMPOROMANDIBULAR: Relato de Caso
Ana Júlia de Paula Candeia; Laís Ferrante de Faria; João Paulo
Marinho de Resende; Jacquiane Santana Pereira; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: A artrocentese consiste na mandibular. Este método pode ser


lavagem e lise do espaço articular superior, realizado por diversas técnicas, como a
sendo um procedimento minimamente técnica da agulha única; cânula única de
invasivo. É indicada para desordens Shepard; unidade concêntrica de agulhas;
temporomandibulares, principalmente em cânula de dupla agulha, além de poder ser
casos de deslocamento de disco, com ou combinadas a outras modalidades
sem redução. O objetivo deste trabalho terapêuticas, como a injeção de
consiste na análise da fisiologia da corticoesteróides, de sangue autógeno e de
artrocentese, bem como seus benefícios e hialuronato de sódio, após o tratamento. É
intercorrências, através de um relato de um procedimento que possui mínimo risco
caso. de morbidade, porém algumas
Metodologia: paciente do gênero intercorrências já foram relatadas, tais
feminino, na quinta década de vida, como extravasamento da solução
apresenta dor pré-auricular bilateral, empregada em direções superficiais,
abertura bucal limitada e ruídos paresia do ramo zigomático e do temporal
auriculares, foi tratada com a artrocentese. do nervo facial, paralisia do ramo
zigomático e bucal, edema pós-operatório,
Resultados: após o procedimento, a
hematoma periauricular, sangramento
paciente apresentou melhora na
perioperatório, bradicardia e hematoma
sintomatologia e mobilidade mandibular,
extradural.
condizentes com os benefícios relatados na
literatura. Conclusão: Conclui-se que a artrocentese
é uma técnica eficaz para o tratamento de
Discussão: a artrocentese é uma técnica
desordens temporomandibulares, quando
eficaz e segura para o tratamento de
os tratamentos conservativos não foram
desordens temporomandibulares, quando
eficazes. É um método seguro, que pode ser
os procedimentos conservativos não forem
realizado a nivel ambulatorial sob
eficientes e é capaz de eliminar a pressão
anestesia local ou sob anestesia geral e que
articular e a maioria dos fatores que
possui baixa morbidade. O procedimento
constituem a resposta inflamatória, que
pode ter a sua eficácia aumentada quando
diminui a dor, além de eliminar as
associado a viscosuplementação com
aderências, aumentando a mobilidade
hilauronato de sódio ou corticoesteróides.

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CIRURGIA DA ATM

1634

UTILIZAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA NA


DESORDEM TEMPOROMANDIBULAR
Ana Júlia de Paula Candeia; Laís Ferrante de Faria; João Paulo
Marinho de Resende; Jacquiane Santana Pereira; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: A toxina botulínica age entre 1 e 2 semanas. Os efeitos colaterais


sobre as terminações nervosas motoras, da toxina botulínica podem ser locais ou
impedindo a liberação de acetilcolina, sistêmicos, embora sejam raros e
causando a paralisia flácida e a diminuição transitórios. A toxina botulínica pode
da contratura. causar dor, eritrema, edema, rigidez,
Objetivo deste trabalho foi realizar uma sangramento no local da aplicação, além da
revisão de literatura sobre uso da toxina paralisia indesejada nos músculos
botulínica tipo A na Odontologia, adjacentes, xerostomia, hipoestasia
ressaltando seus benefícios, transitória, entorpecimento, náusea,
intercorrências e métodos de aplicação. cefaleia, alterações na voz, disfagia,
sonolência. Além de poder comprometer a
Metodologia: foi realizada uma pesquisa
expressão facial do paciente, quando se
no Bireme, Periódico CAPES, PubMed e
atinge o nervo facial durante a aplicação da
Science Direct. Resultado: foram obtidos
toxina botulínica no masseter.
artigos no período de 1993 a 2016.
Conclusão: Conclui-se que a toxina
Discussão: A toxina botulínica age sobre
botulínica pode ser usada para o
os terminais colinérgicos, minimizando os
tratamento de desordens
sintomas das desordens
temporomandibulares relacionadas à dor
temporomandibulares. Mas possui,
miofascial, por possuir efeito
também, propriedades antinociceptivas,
antinociceptivo e miorrelaxante, sendo
pois inibe a exocitose de outros
utilizada como alternativa aos tratamentos
neuropeptídios pelos neurônios aferentes,
conservadores. Porém, seu uso deve ser
tais como a substância P e o glutamato, que
cauteloso, uma vez que seu efeito diminui
estão relacionados à dor, ajudando, assim,
ao longo de sucessivas aplicações e por
nos sintomas das desordens
possuir efeitos colaterais, mesmo que
temporomandibulares, que causam dor
raros. Assim, são necessários maiores
miofascial. A terapia com toxina botulínica
estudos sobre a eficácia da toxina
é paliativa, dose-dependente, não
botulínica, principalmente, no seu uso para
destrutiva, localizada à área-alvo e com
dor.
poucos efeitos colaterais sistêmicos. Tem
efeito clínico em um período de 1 a 7 dias
após a administração, tendo efeito máximo

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CIRURGIA DA ATM

1650

RECONSTRUÇÃO CONDILAR COM PRÓTESE


ARTICULAR CUSTOMIZADA EM FRATURA DO
Guilherme Paladini Feltrin; Mario Francisco Real Gabrielli; Marisa
Aparecida Cabrini Gabrielli; Déborah Laurindo Pereira Santos;
Giovanni Cunha

As funções da articulação temporomandibular podem ser


restauradas por meio de próteses articulares customizadas totais.
As indicações para esse tipo de reconstrução são: patologias
articulares, reabsorção condilar severa, ausência de processo
condilar ou da unidade côndilo/ramo mandibular decorrente de
síndromes, anquilose da articulação temporomandibular e no
trauma severo ou sequela de fratura do processo condilar. A
proposta do trabalho será apresentar o caso de um paciente com
fratura condilar tratada, inicialmente, por meio de redução e
fixação da fratura. Ao longo do acompanhamento pós-operatório,
foi constatado uma reabsorção parcial do processo condilar com
soltura do material de fixação. Devido à impossibilidade de uma
nova redução e fixação do fragmento condilar, o tratamento
proposto foi a reconstrução do côndilo mandibular por meio de uma
prótese articular customizada (TMJ) do côndilo mandibular e da
fossa articular. O objetivo do trabalho será discutir a forma de
tratamento bem como o acompanhamento pós-operatório e o
resultado, neste caso, favorável. As próteses totais customizadas da
articulação temporo-mandibular se mostram como alternativas
importantes para reconstruções condilares, que atendem aos
princípios biomecânicos e de biocompatibilidade, permitindo uma
restituição funcional mastigatória adequada com uma oclusão
estável, além de benefícios para fonação e estética.

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CIRURGIA DA ATM

1677

OS EFEITOS DA VISCOSSUPLEMENTAÇÃO
NO TRATAMENTO DE DESORDENS
TEMPOROMANDIBULARES: RELATO DE CASO
Laís Ferrante de Faria; Ana Júlia de Paula Candeia; Jacquiane
Santana Pereira; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo
Stehling Urbano

Introdução: A viscossuplementação é um hipomobilidade articular da paciente


método caracterizado pela aplicação de submetida ao tratamento.
injeção intra-articular com ácido Discussão: A viscossuplementação é
hialurônico exógeno, a fim de impedir o realizada ambulatorialmente e pode ser
desgaste da cartilagem através da realizada em associação com métodos de
recuperação da função fisiológica do tratamento como artroscopia e
líquido sinovial, de mecanismos anti- artrocentese. As moléculas de ácido
inflamatórios e analgésicos, sendo hialurônico em solução comportam-se
considerada uma medida terapêutica como um líquido viscoso que atua na
eficiente no restabelecimento funcional articulação como um lubrificante,
das articulações temporomandibulares absorvendo choques mecânicos durante os
(ATMs). O objetivo deste trabalho é movimentos. Além disso, é considerado um
destacar o mecanismo fisiológico da condroprotetor, atua na homeostase da
viscossuplementação no tratamento da água e no controle da dinâmica de fluidos
ATM, e sua eficiência no mesmo. sinoviais. Também é capaz de excluir a
Métodos: Foi realizada uma revisão formação de tecidos e outros elementos no
literária a partir de pesquisas no SciELo, espaço sinovial, além de regular eventos
PubMed, EBSCOhost, Wiley Online celulares, como a angiogênese. Assim, a
Library, Elsevier, Researchgate; assim viscossuplementação se apresenta como
como um relato de caso de uma paciente de um método eficiente, uma vez que
47 anos, do gênero feminino, com demonstra melhoras em relação aos níveis
desordem temporomandibular que de dor, capacidade de mastigação,
apresentava dor e hipomobilidade limitação funcional e na readequação da
articular, a qual foi submetida à amplitude de abertura bucal.
artrocentese e viscossuplementação. Conclusão: De acordo com o relato de
Resultado: Foram selecionados estudos caso clínico realizado, observou-se
realizados no período de 1995 a 2017, além melhora significativa da dor, assim como
da constatação de melhora da dor e da da hipomobilidade articular da paciente,
corroborando com a revisão literária

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469
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CIRURGIA DA ATM

consultada. Concluímos, portanto, que a


viscossuplementação é um método eficaz
no tratamento de desordens
temporomandibulares, uma vez que a
injeção de ácido hialurônico promove
melhora da dor e dos movimentos da
articulação, devido aos efeitos anti-
inflamatórios, condroprotetor, de
lubrificação e manutenção da homeostase
da água, reestabelecendo algumas funções
fisiológicas da articulação.

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CIRURGIA DA ATM

1680

MANEJO CONSERVADOR DA LUXAÇÃO DA


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Laís Ferrante de Faria; Ana Júlia de Paula Candeia; Jacquiane
Santana Pereira; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo
Stehling Urbano

Introdução: A luxação da articulação lesão do nervo facial.Assim, a injeção


temporomandibular (ATM) consiste na sanguínea autógena pode ser uma
transposição da eminência mandibular alternativa à cirurgia para luxação
pelo côndilo, e o consequente recidivante da ATM, particularmente em
deslocamento deste para fora da fossa pacientes que não são elegíveis para
mandibular. A injeção de sangue autógeno procedimentos cirúrgicos. A técnica
é uma técnica que consiste na aplicação de apresenta maior aceitabilidade e fornece
sangue na região pericapsular e no espaço maior conforto aos pacientes, já que não
articular, se apresentando promissora no requer incisão cirúrgica, dissecação de
alívio da dor e no aumento da mobilidade tecido, preparação óssea ou anestesia
da articulação. Além disso, a injeção de geral; além de dispensar o pós-operatório e
sangue autógeno se caracteriza como um complicações como lesões do nervo facial,
procedimento minimamente invasivo, infecção e edema. No entanto, apresenta
seguro, que pode ser realizado sob desvantagens, como hemorragias dentro e
anestesia local, de baixo custo e com alto ao redor da articulação, caso haja a
sucesso. O objetivo deste trabalho é inserção de forma incorreta da agulha,
analisar a eficiência da utilização de podendo danificar os tecidos circundantes.
sangue autógeno no tratamento da luxação Conclusão: De acordo com a revisão de
recidivante da ATM. literatura consultada, concluímos que a
Métodos: Foi realizada uma revisão luxação recidivante é uma desordem da
literária a partir de pesquisas no SciELo, ATM decorrente da hipermobilidade
Bireme, Portal de Revistas de Odontologia, mandibular. Assim, a técnica da utilização
Elsevier e PubMed. de sangue autógeno no tratamento desse
Resultado: Foram selecionados estudos tipo de luxação é uma alternativa viável
realizados do período de 2004 a 2016. para casos não-cirúrgicos, mostrando
eficiência satisfatória, além de possibilitar
Discussão: A intervenção cirúrgica, em
um maior conforto aos pacientes
casos de luxação da ATM, pode ter uma alta
submetidos ao procedimento, por ser
taxa de sucesso, porém, é um
menos invasiva, de fácil realização e
procedimento invasivo por requerer
apresentar baixo custo.
anestesia geral, internação hospitalar e
incisão cutânea, além de fornecer risco de

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CIRURGIA DA ATM

1687

ANATOMIA CIRÚRGICA DA ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR APLICADA AOS
ACESSOS CIRÚRGICOS
Laís Ferrante de Faria; Ana Júlia de Paula Candeia; Jacquiane
Santana Pereira; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo
Stehling Urbano

Introdução: As articulações articular, principalmente na membrana


temporomandibulares (ATMs) apresentam sinovial. Nesse contexto, o conhecimento e
várias características próprias que as manejo correto da região em que se
diferenciam de outras articulações do encontra o feixe vasculonervoso pré-
corpo humano. O objetivo deste trabalho é auricular (nervo auriculotemporal, artéria
descrever a anatomia da ATM, e sua e veia temporais superficiais), os ramos
importância para a realização dos acessos temporais do nervo facial, a artéria facial
cirúrgicos endaural e pré-auricular. transversa e a artéria e veia maxilares é de
Métodos: Foi realizada uma revisão extrema importância para uma abordagem
literária a partir de pesquisas no SciELo, cirúrgica com sucesso; uma vez que lesões
Periódicos PUC Minas, Repositório de ramos do nervo auriculotemporal
Institucional UNESP, Bireme ePortal de provocam relaxamento da ATM com sua
Revistas de Odontologia. consequente instabilidade. O mesmo
acontece se forem lesados ramos do nervo
Resultado: Foram selecionados estudos
massetérico e do temporal profundo
realizados no período de 2000 a 2015.
posterior. A mastigação, deglutição,
Discussão: A ATM é parte de uma fonação e postura dependem muito da
unidade funcional altamente função, saúde e estabilidade das
especializada. Compõe o aparelho da articulações temporomandibulares. O
mastigação, incluindo os dentes e suas cirurgião deve conhecer detalhadamente a
estruturas, a mandíbula e sua musculatura, anatomia local e a aplicação meticulosa de
assim como a deglutição e a fonação, que técnicas cirúrgicas, quando necessário,
atuam na movimentação da articulação. A sobretudo no tocante a dissecção da região
cápsula articular é altamente inervada para adequada exposição das estruturas
pelos nervos auriculotemporal, nobres sem quaisquer danos ao nervo facial
massetérico e temporal profundo posterior e estruturas adjacentes.
e sua vascularização também é abundante,
Conclusão: De acordo com a revisão de
e está relacionada com as artérias temporal
literatura consultada, concluímos que a
superficial e artéria timpânica anterior,
articulação temporomandibular apresenta
estendendo-se até a periferia do disco
uma anatomia complexa e que deve ser

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CIRURGIA DA ATM

detalhadamente conhecida pelo Cirurgião


Bucomaxilofacial, tanto em acessos
cirúrgicos em casos de fraturas, quanto em
procedimentos de tratamentos de
desordens temporomandibulares, uma vez
que as estruturas de inervação dessa área
podem ser lesionadas.

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CIRURGIA DA ATM

1705

RECONSTRUÇÃO DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR ATRAVÉS DA
ARTROPLASTIA BICONVEXA DE PURICELLI
Deise Ponzoni; Edela Puricelli; Adriana Corsetti

Introdução: A artroplastia biconvexa de superfícies é mínimo, diminuindo o atrito e


Puricelli é uma técnica de reconstrução facilitando o deslizamento. A proposta é a
total da articulação temporomandibular mudança da direção do vetor de força que,
(ATM) por interposição de material ao contrário da ATM normal, cria um
aloplástico. Está indicada para substituir as tubérculo articular no remanescente ósseo
estruturas articulares nas patologias que corresponde ao teto da parede
proliferativas ou ablativas da ATM. Os posterior da cavidade articular. Como
autores apresentam um caso clínico e resultado, o vetor de força se dirige no
discutem o conceito da técnica da plano sagital de inferior para superior e de
artroplastia biconvexa para tratamento de anterior para posterior.
anquilose da ATM, publicada por Puricelli Conclusões: A reconstrução da ATM
em 1995. através da artroplastia biconvexa de
Métodos: Paciente masculino, 34 anos, Puricelli proporciona a mobilidade precoce
com anquilose pós trauma em face da nova articulação, promove o progressivo
(ocorrido há 6 meses), caracterizadas por aumento da mobilidade mandibular,
assimetria facial e limitação progressiva de estimula o crescimento craniofacial
abertura bucal (26mm). Exame (corrigindo assimetrias), pode ser indicada
tomográfico revela a presença de anquilose bilateralmente, além de ser um
associada à ATM direita. O paciente foi procedimento de baixo custo.
submetido à intervenção cirúrgica para
tratamento da anquilose e reconstrução
através da artroplastia biconvexa de
Puricelli.
Resultados: No pós-operatório observa-
se o aumento progressivo da abertura bucal
(21 dias pós-operatórios = 35mm; 30 dias
pós-operatórios = 43mmm).
Discussão: A técnica propõe a
reconstrução da ATM a partir da instalação
de duas semiesferas de metilmetacrilado
autopolimerizável. O contato entre as

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CIRURGIA DA ATM

1712

DISCECTOMIA PARA TRATAMENTO DE


DESARRANJO INTERNO DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR (ATM):
relato de caso clínico
Rafaella Amorim Bittencourt Maranhão de Araújo; Everaldo Oliveira
Souto Neto; Pedro Thalles Bernardo de Carvalho Nogueira; Luciano
Schwartz Lessa Filho; Pedro Jorge Costa

Os desarranjos internos da ATM ocorrem deslocado ou quando não há remissão dos


devido a uma relação anatômica anormal sintomas após procedimentos prévios de
entre disco, côndilo e eminência articular, reposicionamento do disco, artroscopia,
interferindo na livre movimentação da artrocentese e condilectomia. Este
articulação. Apresenta uma predileção pelo trabalho tem como objetivo relatar um caso
gênero feminino quando comparado ao clínico de uma paciente que foi submetida
masculino, numa proporção de 4:1. Os a discectomia para tratamento de
fatores etiológicos destes desarranjos, desarranjo interno na ATM. Atualmente, a
estão relacionados normalmente a traumas paciente encontra-se em 1 ano de pós-
ou alterações na zona bilaminar, esta operatório sem queixa dolorosa, com
patologia, envolve, em sua maioria abertura bucal preservada e sem sinais de
deslocamento anterior do disco articular recidiva.
com ou sem redução, o obstáculo mecânico
causado pelo deslocamento do disco
comumente resulta em dor e restrição de
abertura de boca. O posicionamento discal
não pode ser detectado de maneira segura
somente através do exame clínico, alguns
exames de imagem podem ser solicitados
como a ressonância magnética e
tomografia computadorizada. Cerca de
30% da população em geral apresentam
esta desordem na ATM, no entanto apenas
5% demandam alguma intervenção
cirúrgica. A discectomia visa a completa
remoção do disco articular sem
interposição de nenhum material de
substituição, é indicada quando o disco se
encontra comprometido estruturalmente,

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CIRURGIA DA ATM

1755

HIPERPLASIA CONDILAR UNILATERAL:


RELATO DE CASO
Vinícius Rodrigues Gomes; Raimundo Nonato Maia; Ricardo Franklin
Gondim; Manoel de Jesus Rodrigues Mello; Helder Cavalcante
Carneiro Junior

Introdução: A Hiperplasia condilar é uma excisional com remodelação do côndilo e


formação óssea desorganizada não instalação de uma âncora na região. O
neoplásica, que causa o aumento do paciente encontra-se com 12 meses de pós-
côndilo, uni ou bilateralmente, em todas as operatório sem sinais de recidiva,
suas dimensões, provocando alterações na aguardando termino de tratamento
oclusão, no crescimento mandibular, com ortodôntico para posterior cirurgia
consequente deformidade dento- ortognática.
esquelética. Diante de uma má formação Discussão: Segundo Kolle et al. (1996) a
óssea condilar algumas hipóteses de diferenciação entre a hiperplasia condilar e
diagnóstico podem ser citadas além da o osteocondroma não é possível por
hiperplasia condilar, dentre elas: osteoma, motivos histológicos isolados, mas os
osteocondroma, condroma, fibro-osteoma, achados radiológicos e intraoperatórios
fibrossarcoma, osteoblastoma e juntos são suficientes para se estabelecer
condroblastoma. Ademais, a principal um diagnóstico definitivo.
característica clínica associada a essa má
Conclusão: O tratamento de escolha para
formação óssea é a assimetria facial e a
a hiperatividade condilar é discutível, por
desoclusão dentária. A etiologia dessa
isso, deve-se levar em consideração a idade
alteração ainda é desconhecida, mas
do paciente, a evolução clínica e a
acredita-se que seu desenvolvimento
severidade da deformidade para propor o
ocorre mais em mulheres do que homens.
tratamento adeguado.
Métodos: O presente trabalho relata um
caso de um paciente F.W.C.P, do gênero
masculino, 24 anos de idade, feoderma, que
procurou um serviço de Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial, o qual
relatava desvio do mento para o lado
direito. Após realização de exames
complementares, observou-se um
crescimento ósseo anormal associado ao
côndilo mandibular esquerdo, diante das
imagens, da clínica e de uma anamnese
minuciosa optou-se por realizar a biópsia

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CIRURGIA DA ATM

1832

SEQUÊNCIA DE PLANEJAMENTO DE PRÓTESES


TOTAIS CUSTOMIZADAS DE ATM E CIRURGIA
ORTOGNÁTICA
Michelle Alonso Coutinho; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;
Viviane Ferreira Ramos; Gabriela Alves Menezes; Sabrina Morelli de
Oliveira

Os pacientes que necessitam de prótese instalação das PTC. Acessos


total customizada (PTC) de articulação submandibular e pré-auricular, osteotomia
temporomandibular (ATM) apresentam, de condilar e desgaste da fossa conforme o
uma forma geral, retrusão mandibular por biomodelo são realizados. Para fixar a fossa
degeneração condilar ou Classe II e o componente condilar, bloqueio
esquelética na qual o avanço mandibular maxilomandibular (BMM) com o guia
necessário é maior que 8mm. As patologias intermediário é feito. O BMM é removido e
de ATM podem ser causa e/ou a cirurgia em maxila executada,
consequência de deformidades facial ou finalizando o procedimento. Embora a
podem desenvolver-se longevidade da PTC da TMJ Concepts®
independentemente. Para confeccionar ainda seja desconhecida, sua estabilidade
uma PTC, uma tomografia de fixação e design anatômico, permite a
computadorizada de mandíbula, maxila e realização de fisioterapia imediata,
ATMs, as imagens serão adicionadas às resultando em melhor função a longo prazo
informações da análise facial e o e gerando um relato de 21 anos de
planejamento cirúrgico digital é realizado estabilidade de resultados pelo Dr. Larry M.
de forma tradicional. Um biomodelo será Wolford. A utilização dos processos
construído na posição final, de acordo com digitais, escaneamentos e imagens
a cirurgia de modelo digital e enviado ao tomográficas diminui o tempo de trabalho
cirurgião para condilectomia e ajustes na pré-operatório/laboratorial, aumenta a
fossa, se necessário. O biomodelo retorna à precisão da cirurgia do modelo e do
TMJ Concepts® para o projeto, modelo e resultado final e evita realização de duas
enceramento da PTC, que será fabricada etapas cirúrgicas. A longevidade de uma
após avaliação e aprovação do cirurgião por prótese depende de materiais, design,
meio da internet. Os moldes dentários de estabilidade e carga funcional, o que a TMJ
estudo finais são escaneados e com a Concepts® parece ter descoberto ao
cirurgia de modelo simulada por utilizar o batente posterior no componente
computador possibilitam a impressão 3D da fossa e confeccioná-la em polietileno de
dos guias cirúrgicos intermediários e finais. peso molecular ultra-leve e malha de
Modelos, guias, dados da cirurgia digital e titânio evitando o deslocamento posterior
PTC de ATMs são enviados ao cirurgião do componente condilar e desgaste dos
para realização do procedimento cirúrgico. materiais pelo atrito metal-metal.
A cirurgia ortognática se inicia pela

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CIRURGIA DA ATM

1833

ANQUILOSE TEMPOROMANDIBULAR: PADRÃO


EPIDEMIOLÓGICO DO SERVIÇO DE CIRURGIA
ORAL E MAXILOFACIAL DO HOSPITAL FEDERAL
DOS SERVIDORES DO ESTADO DURANTE O
PERÍODO DE 2010 A 2016 (06 ANOS)
Marlon Ribeiro do Amaral Junior; Eugênio Braz Rodrigues Arantes;
Suelen Cristina Sartoretto; Ana Maria Lima; Fernando Cesar
Amazonas Lima

Introdução: A anquilose foram obtidos através de avaliação


temporomandibular é uma patologia minuciosa dos prontuários hospitalares
complexa que consiste na fusão do côndilo dos pacientes em análise.
mandibular com a fossa glenóide através de Resultados: Através das avaliações dos
uma adesão de tecido ósseo ou fibroso. prontuários hospitalares foram
Essa condição gera uma cascata de encontrados 14 casos de anquilose
alterações estruturais e funcionais que são temporomandibular. A idade média foi de
observadas através do exame clínico, como 14 anos, não havendo diferença entre os
por exemplo, assimetria facial, limitação gêneros masculino e feminino. A etiologia
fonética e de higiene oral, além de mais comum foi a origem traumática,
dificuldade de se alimentar e respirar seguida da origem idiopática e congênita. A
normalmente. A etiologia da anquilose técnica cirúrgica mais utilizada foi a
temporomandibular é multifatorial tendo artroplastia em “gap” com ressecção
como principais as origens traumática, agressiva do bloco anquilótico e
congênita, infecciosa e idiopática. As coronoidectomia bilateral.
principais modalidades de tratamento
Conclusão: No período estudado, a
envolvem artroplastia em “gap”,
anquilose temporomandibular teve origem
artroplastia interposicional e reconstrução
principalmente traumática, sem predileção
articular total.
por gênero e com idade média de 14 anos.
Métodos: Esse trabalho consiste em um A técnica mais utilizada foi a artroplastia
estudo retrospectivo dos aspectos em “gap”, apresentando 05 recidivas no
epidemiológicos da anquilose período médio de 02 anos (35%), porém
temporomandibular tratadas no Serviço de deve-se individualizar os casos sobretudo
Cirurgia Oral e Maxilofacial do Hospital pela variação etária dos pacientes
Federal dos Servidores do Estado, no envolvidos.
período de 06 anos, compreendidos entre
2010 e 2016. O levantamento de dados

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CIRURGIA DA ATM

1834

RECONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DE
REABSORÇÃO CONDILAR PROGRESSIVA
SEVERA: RELATO DE CASO
Eugênio Braz Rodrigues Arantes; João Pedro Roque Beserra; Marlon
Ribeiro do Amaral Junior; Suelen Cristina Sartoretto; Rafael Seabra
Louro

Introdução: A reabsorção condilar volumétrica das vias aéreas demonstrando


progressiva é uma condição de etiologia a diminuição do volume e área reduzida das
controversa caracterizada pela diminuição vias aéreas (área axial mínima de 54.1 mm2)
gradual do volume do côndilo mandibular, e altura condilar ao nível da incisura
podendo o paciente apresentar ao exame sigmoide. A mesma foi tratada no Hospital
clínico sinais e sintomas como Federal dos Servidores do Estado/RJ
instabilidade oclusal e esquelética, relação através de cirurgia ortognática
de oclusão do tipo classe II, mordida aberta maxilomandibular com rotação anti-
anterior, dor e retrognatismo mandibular. horária do plano oclusal, somada a avanço
Dentre os métodos terapêuticos para o seu mandibular e o avanço de mento, e
tratamento, destacam-se a utilização de instalação de prótese condilar bilateral
enxertos e próteses articulares, associados customizada TMJ Concepts®. A prótese
ou não a cirurgia ortognática para a articular foi fabricada individualmente e
reconstrução do côndilo mandibular. Este adaptada a um biomodelo anatômico 3D de
trabalho tem por objetivo relatar o caso resina confeccionado a partir dos dados
clínico de reconstrução condilar, com tomográficos da paciente.
instalação de prótese articular Resultados: O uso da prótese
customizada associada a cirurgia customizada eliminou a reabsorção severa
ortognática para tratamento de reabsorção da paciente, promovendo estabilidade ao
condilar em paciente com diagnóstico de quadro clinico e na relação de oclusão. A
artrite reumatoide. aplicação das próteses totais forneceu
Métodos: Paciente do sexo feminino, 28 melhora nos movimentos funcionais, uma
anos de idade, portadora de artrite vez que ocorreu a perfeita adaptação dos
reumatoide juvenil, com presença de componentes articulares à estrutura óssea
reabsorção condilar progressiva severa, remanescente com resultado estético-
abertura bucal máxima de 20 mm, funcional satisfatório para a paciente. As
episódios de apneia e hipopnéia noturnos, próteses articulares ainda permitiram a
retrusão mandibular e perfil facial rotação anti-horária do complexo
convexo. A tomografia computadorizada maxilomandibular e, consequentemente,
de face proporcionou a visualização

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CIRURGIA DA ATM

melhora nas vias aéreas e no quadro de


dispneia noturna.
Conclusão: A utilização da prótese TMJ
Concepts® demonstrou-se adequada,
sendo uma forma estável e previsível para
os casos severos. A paciente segue em
controle pós-operatório de quatro anos
sem recidiva e com oclusão aceitável.

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480
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CIRURGIA DA ATM

1836

DISCOPEXIA BILATERAL EM PACIENTE


EDÊNTULA COM TRATAMENTOS ANTERIORES
MAL SUCEDIDOS: RELATO DE CASO
Dayane Jaqueline Gross; Ramon Cesar Godoy Gonçalves; Juliana
Cama Ramaciatto; Luciana Dorochenko Martins

O exame clínico e a ressonância magnética com novas próteses e medicamentos para


são técnicas importantes para identificar a melhorar a dor, conseguimos uma dor na
causa da dor facial e avaliar o prognóstico. redução e abertura da boca aumentou para
A etiologia pode ser proveniente de 30mm. As imagens tomográficas e as de
doenças pulmonares, periodontais, ressonância magnética mostraram
sinusite, neuralgia do nervo trigêmio ou distúrbio capsular interno, deslocamento
problemas de mastigação. Os sinais mais anterior do disco e reabsorção condilar. Em
comuns são dor no sítio articular e nos vista dos resultados insatisfatórios, foi
músculos mastigatórios, dificuldade de decidido a realização de procedimento
abertura da boca e dores de cabeça. O cirúrgico de discopexia bilateral sem
distúrbio mais comum da articulação reabsorção das âncoras. A abordagem final
temporomandibular é a luxação anterior ou foi escolhida e a articulação
medial do disco, que pode restringir a temporamandibular avaliada, o disco foi
abertura da boca, causar dificuldade na cuidadosamente reposicionado e o excesso
mastigação e dor. Tanto as abordagens da zona bilaminar removido. O disco foi
cirúrgicas como não cirúrgicas podem ser fixado com uma âncora não reabsorvível e
usadas dependendo da etiologia e a estabilidade foi verificada pelos
gravidade da doença e o objetivo do movimentos mandibulares. No momento
tratamento é aliviar os sintomas e, presente, um ano após o
consequentemente, melhorar a qualidade acompanhamento, a paciente continua
de vida dos pacientes. O objetivo deste com a fisioterapia funcional, possui
estudo é apresentar um caso de uma abertura de boca de 40 mm e apresenta-se
paciente que teve vários tratamentos mal sem dor. A abordagem cirúrgica não deve
sucedidos para aliviar a dor facial e, ser considerada a primeira escolha quando
finalmente, foi submetida à procedimento dor facial. Entretanto, sob condições de
cirúrgico do disco articular. Mulher, sintomas persistentes e crônicos,
caucasiana, procurou tratamento devido a alternativas como a discopexia e cirurgia
dificuldade de abertura da boca (cerca de na articulação temporomandibular podem
25mm), com relato de dez anos de dor ser consideradas para melhorar a qualidade
facial crônica, dor bilateral da articulação de vida do paciente.
temporomandibular e estalido. Tratamos

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CIRURGIA DA ATM

1837

CONDILOTOMIA DEVIDO À REABSORÇÃO


CONDILAR PÓS-TRATAMENTO DE FRATURA E
SALIVOMA: RELATO DE CASO
Alana Del’Arco Barboza; Arlei Cerqueira; Felipe Seoane Matos;
Carlos Vinicius Ayres Moreira; Ravy Silva Carvalho

Introdução: As fraturas condilares dimensão vertical, resultando em mordida


ocorrem em decorrência de absorção da aberta e perda da mobilidade mandibular,
energia oriunda de impactos diretos sobre abertura bucal anormal e função
a região condilar ou indiretamente de prejudicada, sendo então desejável
impactos sobre a região de sínfise e/ ou reposicionar o processo condilar sempre
parassínfise mandibular, sendo chamadas que possível. Entretanto redução aberta e
de fraturas de contra-golpe.O tratamento fixação de fraturas subcondilares
das fraturas de côndilo mandibular tem demonstraram ser tecnicamente difíceis de
sido, há anos, motivo de considerável serem executadas e ocasionalmente têm
controvérsia principalmente em relação à resultado em complicações, como perda de
redução aberta ou tratamento conservador. vascularização e necrose do côndilo, entre
Em virtude da complexidade biomecânica e outras.
fisiológica da articulação Conclusão: esse trabalho traz uma
temporomandibular, muitas complicações abordagem peculiar à respeito de fraturas
pós-operatórias foram relatadas nos condilares, tratamento e possíveis
tratamentos dessas fraturas. consequências, relacionando ou não a
Objetivo: é descrever um relato de caso de reabsorção condilar devido ao salivoma.
uma fratura condilar unilateral o qual o
tipo de tratamento proposto foi o cirúrgico,
evoluindo com um salivoma ,com
consequente reabsorção condilar. Sendo
assim, necessário uma abordagem mais
agressiva em um segundo tempo cirúrgico
para realização da condilotomia.
Resultados: Foi realizada punção
aspirativa na lesão do salivoma para
analisar conteúdo bacteriano, concluindo-
se como negativo.
Discussão: um deslocamento severo do
côndilo fraturado pode causar perda da

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CIRURGIA DA ATM

1841

TRATAMENTO DE LUXAÇÃO RECIDIVANTE DA


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ATRAVÉS
DE MINI-ANCORAGEM: RELATO DE CASO
Lucas Nunes de Brito Silva; Diogo Luiz Bastos Brainer; André Lustosa
de Souza; Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Francisco Rikilly de
Araújo

Introdução: A luxação da articulação sendo um fixado na raiz do arco zigomático


temporomandibular constitui-se no e o outro no polo lateral do côndilo
deslocamento do côndilo mandibular a mandibular. Fio de sutura Ethibond 2-0 foi
frente da eminência articular durante passado pelo orificio dos dois parafusos
abertura bucal, permanecendo travado ipsilaterais e, após o nó, agindo como
nesta posição e impedindo o fechamento ligamento limitante da amplitude de
de boca. Sua redução requer o auxílio de abertura bucal.
forças externas. As luxações recidivantes, Resultados: Durante os 06 meses de pós-
que apresentam episódios repetitivos do operatório, ausência de novos eventos de
deslocamento, podem ser tratadas, dentre luxação. Abertura bucal máxima de 28 mm
outras maneiras, por procedimentos e sem desvios na movimentação.
cirúrgicos que restringem a amplitude do
Discussão: Mesmo havendo prevalência
movimento de abertura. Este trabalho
maior no gênero feminino, tal estudo é um
objetiva relatar um caso de tratamento de
relato de luxação recidivante em um
luxação recidivante através de uma
indivíduo do sexo masculino. Seu
adaptação da técnica de ancoragem com
tratamento segue duas vias filosóficas:
miniâncoras Mitek.
restringir o movimento de abertura ou
Métodos: Paciente do sexo masculino, permitir livre movimentação da
leucoderma, 22 anos, histórico de diversos mandíbula. Em um estudo anterior, o uso
episódios de travamento doloroso da ancoragem para o controle da translação
mandibular em boca aberta. Após o mandibular e consequente prevenção do
diagnóstico de luxação recidivante da deslocamento mostrou-se eficaz durante
articulação temporomandibular, propôs-se acompanhamentos pós-operatórios entre 2
abordagem cirúrgica através de uma a 4 anos, vantajando por não modificar a
adaptação da técnica de mini-ancoragem anatomia articular.
descrita por Wolford¹. Por meio de acesso
Conclusões: A técnica descrita foi efetiva
pré auricular convencional, dois parafusos
em impedir luxação da articulação
de bloqueio IMF 2.0 mm foram utilizados
temporomandibular, enquanto permite
em cada articulação temporomandibular,
amplitude satisfatória de abertura bucal.
Referências: 1. Wolford LM, Pitta MC, Mehra P. Mitek anchors for treatment of chronic mandibular
dislocation. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2001;92:495-8.

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CIRURGIA DA ATM

1850

EFICÁCIA DA ARTROCENTESE E DA ARTROSCOPIA


DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE
ACORDO COM A ANÁLISE DE PARÂMETROS
CLÍNICOS: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Maitê Bertotti; Carlos Eduardo Baraldi; Alexandre Silva de Quevedo

Introdução: Este estudo teve por objetivo os estudos de delineamento, classificados


realizar uma revisão sistemática da como Ensaios Clínicos Prospectivos.
literatura sobre a eficácia da artrocentese e Resultados: Nove estudos cumpriram os
da artroscopia da articulação critérios, sendo cinco artigos relacionados
temporomandibular (ATM) em pacientes à análise da artrocentese isoladamente e
com disfunção de ATM, especificamente quatro artigos de análise comparativa das
desarranjo interno, por meio da análise dos duas técnicas. Ambas as modalidades
parâmetros clínicos pré e pós-cirúrgicos, cirúrgicas pareceram eficazes em amenizar
considerando os seguintes desfechos: os níveis de sintomatologia dolorosa e
sintomatologia dolorosa (Escala Analógica aumentar a mobilidade funcional da
Visual – EVA), mensuração da máxima mandíbula.
abertura bucal (MAB), grau de
Discussão: O presente estudo justifica-se
funcionalidade articular (mensuração de
pela necessidade de pesquisas confiáveis
movimentos de lateralidade e protrusivos),
que evidenciem a eficácia da aplicabilidade
ruídos articulares e impacto da doença na
dos tratamentos de artrocentese e de
qualidade de vida.
artroscopia da ATM, associando a evolução
Métodos: Desenvolveu-se uma revisão de determinados parâmetros clínicos ao
sistemática da literatura na base de dados sucesso terapêutico.
PubMed e Cochrane. Após a análise dos
CONCLUSÃO: Não foram observadas
títulos, dos resumos, da leitura na íntegra
diferenças entre os procedimentos nos
dos artigos e do enquadramento nos
desfechos funcionais e sintomáticos
critérios de inclusão, foram selecionados
avaliados.
Referências:
Fridrich KL, Wise JM, Zeitler DL. Prospective comparison of arthroscopy and arthrocentesis for
temporomandibular joint disorders. J Oral Maxillofac Surg. 1996 Jul;54(7):816-21.
Goudot P, Jaquinet AR, Hugonnet S, Haefliger W, Richter M. Improvement of pain and function after
arthroscopy and arthrocentesis of the temporomandibular joint: a comparative study. J
Craniomaxillofac Surg. 2000 Feb;28(1):39-43.
Sanromán JF. Closed lock (MRI fixed disc): a comparison of arhtrocentesis and arthroscopy. Int J Oral
Maxillofac Surg. 2004 Jun;33(4):344-8.
Vos LM, Huddleston Slater JJ, Stegenga B. Arthrocentesis as initial treatment for temporomandibular
joint arthropathy: a randomized controlled trial. J Craniomaxillofac Surg. 2014 Jul;42(5):e134-9.

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CIRURGIA DA ATM

1861

RECONSTRUÇÃO TOTAL DE ATM BILATERAL


PARA TRATAMENTO DA DOR E DISFUNÇÃO:
RELATO DE CASO
Larissa Oliveira Ramos Silva; Carlos Vinicius Ayres Moreira; André
Victor Pinto Serra; Ana Carolina Fraga Fernandes; Roberto Almeida
de Azevedo

As disfunções têmporomandibulares bucal. Notava-se em exames de imagem,


(DTMs) abrangem um conjunto de facetamento condilar significativo
condições clínicas que atingem a bilateral. Optou-se pelo tratamento de
articulação têmporomandibular (ATM), os ressecção condilar, com substuição
músculos mastigatórios e tecidos aloplástica da ATM com próteses de
associados. Muitas alternativas estoque em ambas articulações através de
terapêuticas podem ser consideradas, protocolo estabelecido. Após um ano,
sendo a reconstrução total articular uma paciente evolui com ausência total de dores
alternativa capaz de devolver a forma e a em região de ATM, oclusão estável, boa
função à articulação. As principais abertura bucal e realização dos
indicações para este tratamento invasivo movimentos mandibulares de lateralidade
são anquilose, osteoartites, reabsorção e protusão. Westermark, Koppel e
condilar severa ou outras patologias da Leiggener (2006) afirmam que em casos de
ATM refratárias ao tratamento patologias nas quais seja improvável o
conservador. O objetivo desse trabalho é sucesso com tratamentos não-invasivos, a
relatar um caso clínico de dor e disfunção reconstrução da ATM deve ser indicada de
articular inflamatória tratada com forma mais precoce. São escassos estudos
reconstrução total de ATM bilateral com que tragam a dor como justificativa para
prótese aloplástica de estoque. Paciente substituição protética da ATM, entretanto,
D.J.S.S., gênero feminino, 41 anos, há seis Kanatas et al (2012) observaram que a
anos apresentando dores constantes em substituição da ATM pode ser considerada
ATM bilateralmente, com limitação de como alternativa terapêutica para
abertura bucal, sinais clínicos e melhorar a qualidade de vida de um
imaginológicos de deslocamento do disco pequeno grupo de pacientes que
articular sem redução. Inicialmente tratada apresentam sinais e sintomas de DTM
apenas por abordagens conservadoras. Sem como redução da abertura máxima de boca
melhora, vários procedimentos foram e dor. O uso de próteses totais articulares
realizados incluindo artrocentese das tem se configurado como uma boa
ATMs e discopexia bilateral. No entanto, alternativa terapêutica para patologias
observava-se o agravamento do quadro de graves da ATM que não respondam aos
dor, com limitação severa de abertura tratamentos conservadores.

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485
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CIRURGIA DA ATM

1891

AUSÊNCIA CONGÊNITA CONDILAR


BILATERAL TRATADA COM PRÓTESES DE ATM
Gabriela Pedroso de Oliveira; Leonardo Altafim; Aladim Gomes
Lameira Júnior; Giulia Quarentei Barros Brancher; Luiz Roberto
Cerezetti

As disfunções temporomandibulares parte craniana da prótese, e o acesso de


compreendem dois grandes grupos de Risdon para a parte mandibular da prótese.
lesões: as patologias internas da No planejamento, foi utilizado um
articulação temporomandibular protótipo individualizado de crânio e
propriamente dita e os distúrbios clínicos mandíbula que serviu de orientação para o
relacionados ao sistema estomatognático. planejamento da cirurgia proposta e a
Na agenesia condilar pode-se ter outras confecção da prótese condilar. Utilizou-se
anomalias associadas à mandíbula, ouvido também uma réplica da prótese de côndilo
médio, osso temporal, parótida, músculos mandibular no modelo de
da mastigação e nervo facial. Os exames estereolitografia.
imaginológicos mostram o grau de Foi obtida a melhora funcional e estética
envolvimento ósseo e de anomalias esperada para o paciente, reestabelecendo
associadas. O tratamento cirúrgico- uma oclusão em Classe I de Angle, uma
ortodôntico é precoce evitando a piora da diminuição do trespasse, mas ainda havia
deformidade da face, estabelecendo a um suave desvio da linha média. A abertura
altura normal da mandíbula e restauração bucal após a cirurgia foi de 3cm um ano
da parte de crescimento ausente. após a cirurgia, sendo considerada normal.
Paciente AS, 31 anos, gênero masculino, O caso clínico apresentado é de um
com micrognatismo mandibular e ausência paciente com ausência congênita condilar
congênita de côndilo mandibular bilateral. bilateral. Associado a isso, o indivíduo
Devido ao micrognatismo, paciente apresentava um perfil côncavo, má oclusão
apresentava má-oclusão Classe II de Angle de Classe II de Angle com sobremordida
e sobremordida dental acentuada. O acentuada, cujo tratamento incluiu a
paciente foi submetido à cirurgia reposição dos côndilos ausentes por
ortognática para correção de má oclusão próteses condilares bilateralmente,
Classe II de Angle com giro anti-horário da corrigindo o micrognatismo mandibular. A
maxila, através da osteotomia Le Fort I e cirurgia ortognática e de reposição das
reposição dos côndilos com prótese ATMs, permitiu o avanço da mandíbula e
condilar. Isso permitiu o avanço da melhorou da função mastigatória do
mandíbula, obtendo a correção da má paciente, promovendo a satisfação do
oclusão citada. Para instalação das paciente com o restabelecimento da
próteses condilares, foi realizado o acesso função, estética, autoestima e qualidade de
pré-auricular de ambos os lados para a vida.

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CIRURGIA DA ATM

1925

ANQUILOSE UNILATERAL DA ATM EM


PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Bibiana Dalsasso Velasques; Wilson Sinsuke Kaneshima Junior;
Antônio César Manentti Fogaça; Marcos Antonio Torrini; Otacílio
Luiz Chagas Júnior

Introdução: A anquilose da articulação retalho miofascial do músculo temporal,


temporomandibular (ATM) consiste em um sutura, mobilização precoce da mandíbula
problema mecânico devido à união fibrosa e a fisioterapia agressiva foi iniciada.
e/ou óssea do côndilo à base do crânio, Resultados: No pós-operatório imediato
causando restrição parcial ou total da o paciente apresentava edema compatível
abertura bucal. É uma condição debilitante, com o procedimento e uma abertura bucal
incomum em crianças, sendo o trauma e a de 7 mm. Após quatro meses, a abertura de
infecção as principais causas. boca era de 27 mm. Atualmente, o paciente
Clinicamente, pode manifestar-se com encontra-se sob acompanhamento,
deformidade facial, dificuldade de apresenta boa abertura bucal, melhora da
mastigação e deglutição e higiene oral assimetria facial, boa higiene oral,
deficitária. Este trabalho consiste no relato normalidade das funções prejudicadas
de um paciente pediátrico com anquilose previamente e melhora na qualidade de
unilateral da ATM submetido à tratamento vida do mesmo.
cirúrgico.
Discussão: Em crianças, a anquilose da
Métodos: Paciente do sexo masculino, 7 ATM resulta no comprometimento do
anos, foi encaminhado ao Programa de crescimento mandibular, implicando em
Residência em CTBMF do Hospital Escola problemas funcionais, estéticos e
da UFPel, devido à dificuldade de psicológicos ao paciente. Diversos
alimentação. Clinicamente observou-se protocolos de tratamento existem na
assimetria facial com desvio do mento para literatura, Kaban através da intervenção
o lado direito, má oclusão, limitação de cirúrgica relatou abertura máxima de boca
abertura bucal e pobre higiene oral. A de 37,5 mm um ano após o procedimento.
tomografia computadorizada revelou A mobilização precoce e a fisioterapia
diagnóstico de anquilose unilateral da agressiva por pelo menos 6 meses pós-
ATM direita, bem como hiperplasia do operatórios são fundamentais para obter
processo coronóide no lado ipsilateral. O resultados satisfatórios e prevenir a
paciente foi submetido à cirurgia sob reanquilose.
anestesia geral. Através de um acesso de Al
Conclusão: O início imediato do
Kayat-Bramley foi realizada a remoção da
tratamento é essencial para reestabelecer a
massa anquilosada seguido da
função articular e assim permitir o
coronoidectomia no lado afetado. Após, foi
crescimento mandibular adequado.
realizado o forramento da ATM com

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CIRURGIA DA ATM

1958

IMPORTÂNCIA DOS EXAMES


COMPLEMENTARES NO DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL E PLANO DE TRATAMENTO DE
LESÃO EM ATM: RELATO DE CASO
Gustavo Nunes Nazareth; Leonardo Araújo de Andrade; Rubens
Jorge Silveira; Weuler dos Santos Silva; Rhaina Anuá Souza Afonso

Introdução: As desordens condilar unilateral e deformidade


temporomandibulares (DTM), também anatômica, sendo solicitada cintilografia.
conhecidas como desarranjos internos (DI) Concluiu-se o diagnóstico de lesão tumoral
constituem, sem dúvida, um dos grupos com área de crescimento ativo, sendo
mais estudados e pesquisados atualmente, optado pela substituição articular
pois milhões de pessoas no mundo são unilateral com prótese customizada.
portadores de tais alterações. Mesmo Conclusão: O uso de exames
assim, estas permanecem como patologias complementares no diagnóstico
cheias de incógnitas a serem descobertas e diferencial das DTM`s mostra-se de
de difícil diagnóstico, e consequentemente fundamental importância no planejamento
o seu plano de tratamento se transforma da abordagem a ser adotada, o que garante
em um grande desafio tanto para clínicos maiores níveis de sucesso do plano de
como cirurgiões. tratamento.
Objetivo: o objetivo deste trabalho é
relatar um caso de osteocondroma em ATM
esquerda que exigiu a realização de uma
série de exames para correto diagnóstico e
consequente planejamento da abordagem
adotada.
Métodos: paciente sexo feminino, 32
anos, apresentando restrições no
movimento mandibular, com limitação de
abertura de boca, desvio em abertura para
a esquerda, com quadro álgico, refratário
ao tratamento conservador. Em exame
complementar por RM apresentou
processo degenerativo sugestivo de
alteração tumoral, em TC de mandíbula
apresentou presença de corticalização

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CIRURGIA DA ATM

1962

DISCOPEXIA, EMINECTOMIA,
CONDILOPLASTIA E ROTAÇÃO DE RETALHO
DO OSSO TEMPORAL EM ATM BILATERAL
PÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Thamiris Nogueira Sacker; Vinicius Kleinubing Rhoden; Diego
Kleinubing Pons; Roque Miguel Rhoden

A articulação temporomandibular é uma articular bilateralmente, iniciou-se o


articulação diartrodial, sinovial e tratamento clínico para disfunção
ginglimoartrodial composta pelo osso temporomandibular. Nesta fase, a paciente
temporal, mandíbula, disco articular e fez uso de inúmeros analgésicos,
inúmeros músculos e ligamentos. Essa relaxantes musculares, antiinflamatórios e
articulação é responsável pelos fisioterapia. Como obteve melhora do
movimentos de abertura e fechamento da quadro clínico com a diminuição
boca, protusão e retrusão mandibular e considerável da sintomatologia dolorosa,
desvio lateral da mandíbula. Tendo em foi realizada a cirurgia ortognática dos três
vista que o funcionamento da ATM segmentos com o propósito de corrigir a
interfere não somente na mastigação, desarmonia esquelética entre maxila e
como também na fala e na respiração, mandíbula. Contudo, 35 meses após a
condições de desequilíbrio podem resultar cirurgia ortognática, houve retorno do
em quadros clínicos de disfunção quadro clínico crítico de DTM. Assim, foi
temporomandibular. Assim, este trabalho realizado novamente tratamento clínico
tem como objetivo relatar um caso clínico para DTM, bem como artrocentese, de
de um paciente onde, 35 meses após a maneira ineficaz. Com isso, optou-se por
cirúrgica ortognática dos 3 segmentos, foi realizar cirurgia aberta de ATM, sendo
necessário realizar cirurgia bilateral de realizado discopexia, condiloplastia e
ATM a fim de eliminar a queixa clínica de eminectomia com rotação de retalho do
dor exacerbada na região, já existente temporal. Com um acompanhamento de
previamente a cirurgia ortognática. Relato 120 dias, a paciente evoluiu sem
de caso: paciente do sexo feminino, 28 intercorrências, apresenta capacidade de
anos de idade, leucoderma, padrão facial II, abertura bucal de 30mm e com resolução
biretrusa, relatava dores articulares e das suas queixas. Pelo exposto acima,
estalido em região de ATM bilateral. Após conclui-se que somente a terapia
ressonância magnética e exame clínico, medicamentosa foi insuficiente para
onde foi constatado o diagnóstico de eliminar sintomatologia dolorosa da ATM,
degeneração de disco articular e da cabeça sendo que a intervenção cirúrgica corrigiu

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5-9 de setembro de 2017
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CIRURGIA DA ATM

a disfunção. Assim, com a remoção total do


disco articular, restabeleceu-se a função
normal da articulação, exclui-se o quadro
de dor, indicando o sucesso terapêutico
aplicado a este caso de ATM.

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CIRURGIA DA ATM

1986

ANQUILOSE DE ATM TIPO III: REABILITAÇÃO


CIRÚRGICA UTILIZANDO PROTESE CUSTOMIZADA
DE ARTICULAÇÃO TEMPORO MANDIBULAR
UNILATERAL - RELATO DE CASO
Saulo Akio; Italon Alencar da Silva; Milena Gomes Melo Leite;
Brenda Larissa Sousa de Oliveira; Francisco Amadis Batista Ferreira

Introdução: Os estados degenerativos da realizou-se a segunda etapa cirúrgica


Articulação Temporomandibular (ATM) utilizando o mesmo acesso cirúrgico para
podem ser consequentes de: fatores remodelação da cavidade articular seguido
congênitos, trauma, reabsorção condilar de fixação do componente cranianoe
idiopática, osteoartrite, artrite reativa, abordagem de Risdon para fixação de
anquilose, doenças auto-imunes, componente mandibular em ramo, seguido
exposição das ATMs à múltiplas cirurgias de reposicionamento de tecidos moles,
como também lesões císticas/tumorais.O sutura e curativo, recebeu alta após 72hs e
objetivo desse trabalho é relatar o caso de encontra-se em proservação 24 meses sem
P.R.S.S, 34 anos, admitido pelo serviço de sinais de recidiva e com boa abertura bucal.
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Discussão: A prótese da ATM é uma
(CTBMF) da fundação Hospital Adriano alternativa viável e previsível na
Jorge, na cidade de Manaus, vítima de reconstrução da ATM. Apresentam-se em
ferimento por arma de fogo há 11 anos duas modalidades de confecção, as pré
onde iniciou o processo de degeneração da fabricadase as customizadas. Esta última é
ATM, agravando-se após acidente confeccionada a partir da reconstrução
motociclístico há 2 anos. tridimensional das tomografias
Método: O tratamento cirúrgico proposto computadorizadas do paciente,
foi a remoção da massa óssea anquilosada reproduzindo a anatomia especifica de
e reconstrução da articulação com prótese cada indivíduo, apresentando-se de forma
total customizada (PROMM®) com auxilio mais precisa e confiável para a reabilitação.
de modelo de prototipagem 3D, Conclusão: Dentre as causas da anquilose
constituído de duas etapas: na primeira da ATM o trauma é o fator etiológico
utilizou-se acesso pré-auricular, realizado preponderante, a reconstrução da
artroplastia em gap com coronoidectomia articulação com prótese total customizada
e condilectomia ipsiolaterais liberando a tem oferecido vantagens como otimização
articulação, realizado exodontias sendo do planejamento, menor morbidade
instituído cobertura antibiótica profilática cirúrgica, eliminação da necessidade de
devido periodontopatia e confecção de sítio doador, menor tempo cirúrgico,
prótese dentária total. Após 3 meses estabilidade, função imediata.

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CIRURGIA DA ATM

2045

RELATO DE CASO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE


DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR COM
OSTEOTOMIA CONDILAR E REMOÇÃO DO
DISCO ARTICULAR
Klaudia Monteiro Barata; Francisco de Souza Neves Filho; Raony
Segtowich Vital; Alissia Lima Soares; Hudson Padilha Marques da
Silva

A DTM (Disfunção temporomandibular e para o hospital Ophir Loyola para os


dor) é uma patologia que abrange a região cuidados no setor de cirurgia e
craniocervical caracterizada por disfunções traumatologia bucomaxilofacial, relatou a
da articulação temporomandibular, sua queixa principal que era a limitação da
musculatura mastigatória e musculatura abertura de boca e dor na ATM. O
da face. Sua etiologia é multifatorial, tratamento realizado foi cirúrgico, no qual
traumas; estresse; hábitos posturais; má foi realizada a condilectomia e remoção do
oclusão e doenças sistêmicas. Falando disco articular bilateral. A remoção de
especificamente do fator sistêmico, um dos ambas as estruturas foram realizadas pelo
exemplos mais comuns que se pode vir a ter acesso cirúrgico pré-auricular, seguido da
DTM nesta razão, são as doenças divulsão das camadas de tecidos
reumáticas, podendo causar dor e inchaço delicadamente para não lesionar as
das articulações. A articulação estruturas anatômicas adjacentes. Após a
temporomandibular (ATM) apresenta três condilectomia,realizou-se suturas em
ossos em sua estrutura. O côndilo planos e curativos compressivo, para evitar
mandibular, posicionado dentro da fossa a ocorrência de fístula na região. Poderia
mandibular, e o disco articular, separando haver indicação de uma prótese condilar. O
essas duas estruturas. Apesar de o disco pós cirúrgico do paciente foi excelente, foi
articular ser formado por tecido conjuntivo instalado braquete e colocado liga para
fibroso denso, funcionalmente ele trabalha direcionamento da mordida, o paciente
como um osso não calcificado onde atua apresentou uma boa abertura de boca e
em movimentos complexos da ATM. O relatou que não apresentava dor após uma
tratamento para DTM na maioria das vezes semana de cirurgia. Conclui-se, então, que
não é cirúrgico e é obrigação do as disfunções temporomandibulares
profissional realizar uma boa anamnese, podem estar relacionadas às doenças
exames clínicos e complementares para autoimunes comprometendo a ATM e
fechar um diagnóstico exato. O objetivo prejudicando o sistema estomatognático
deste trabalho é relatar um caso em que o como um todo e o tratamento pode ser
paciente confessou ter reumatismo e umas realizado cirurgicamente ou não,
das manifestações orofaciais incluem-se a dependendo do grau da lesão e de um bom
artrite reumatóide. Ao ser encaminhado diagnóstico.

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CIRURGIA DA ATM

2056

TRATAMENTO CIRURGICO PARA PSEUDOATROSE E


DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ATRAVÉS DE
CONDILECTOMIA E REMOÇÃO DO DISCO
ARTICULAR: RELATO DE CASO
Klaudia Monteiro Barata; Francisco de Souza Neves Filho; Raony Segtowich
Vital; Alissia Lima Soares; Eduardo Luis de Souza Cruz

A DTM (Disfunção temporomandibular e para o hospital Ophir Loyola para os


dor) é uma patologia que abrange a região cuidados no setor de cirurgia e
craniocervical caracterizada por disfunções traumatologia bucomaxilofacial, relatou a
da articulação temporomandibular, sua queixa principal que era a limitação da
musculatura mastigatória e musculatura abertura de boca e dor na ATM. O
da face. Sua etiologia é multifatorial, tratamento realizado foi cirúrgico, no qual
traumas; estresse; hábitos posturais; má foi realizada a condilectomia e remoção do
oclusão e doenças sistêmicas. Falando disco articular bilateral. A remoção de
especificamente do fator sistêmico, um dos ambas as estruturas foram realizadas pelo
exemplos mais comuns que se pode vir a ter acesso cirúrgico pré-auricular, seguido da
DTM nesta razão, são as doenças divulsão das camadas de tecidos
reumáticas, podendo causar dor e inchaço delicadamente para não lesionar as
das articulações. A articulação estruturas anatômicas adjacentes. Após a
temporomandibular (ATM) apresenta três condilectomia,realizou-se suturas em
ossos em sua estrutura. O côndilo planos e curativos compressivo, para evitar
mandibular, posicionado dentro da fossa a ocorrência de fístula na região. Poderia
mandibular, e o disco articular, separando haver indicação de uma prótese condilar. O
essas duas estruturas. Apesar de o disco pós cirúrgico do paciente foi excelente, foi
articular ser formado por tecido conjuntivo instalado braquete e colocado liga para
fibroso denso, funcionalmente ele trabalha direcionamento da mordida, o paciente
como um osso não calcificado onde atua apresentou uma boa abertura de boca e
em movimentos complexos da ATM. O relatou que não apresentava dor após uma
tratamento para DTM na maioria das vezes semana de cirurgia. Conclui-se, então, que
não é cirúrgico e é obrigação do as disfunções temporomandibulares
profissional realizar uma boa anamnese, podem estar relacionadas às doenças
exames clínicos e complementares para autoimunes comprometendo a ATM e
fechar um diagnóstico exato. O objetivo prejudicando o sistema estomatognático
deste trabalho é relatar um caso em que o como um todo e o tratamento pode ser
paciente confessou ter reumatismo e umas realizado cirurgicamente ou não,
das manifestações orofaciais incluem-se a dependendo do grau da lesão e de um bom
artrite reumatóide. Ao ser encaminhado diagnóstico.

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493
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CIRURGIA DA ATM

2059

EMINECTOMIA EM PACIENTE COM


LUXAÇÃO RECIDIVANTE: RELATO DE CASO
Lorenzo Bernardi Berutti; Natália Lins de Souza; Murilo Quintão dos
Santos; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique Barbosa
Luna

Introdução: Luxação da articulação técnicas cirúrgicas. A Eminectomia provou


temporomandibular (ATM) é a translação ser uma técnica versátil para diferentes
excessiva dos côndilos mandibulares além tipos de pacientes, com diversas
da sua amplitude normal. Uma das complexidades e sem limite de idade.
características da luxação da ATM é a Conclusão: A eminectomia traz
incapacidade de fechar boca e disfagia. resultados satisfatórios ao paciente, com
Esse trabalho tem o objetivo de apresentar tempo operatório curto, e ausência de
um relato de caso de paciente com luxação necessidade de bloqueio maxilo
recidivante das articulações mandibular ou instalação de qualquer
temporomandibulares tratado com material na articulação.
eminectomia.
Métodos: Paciente 30 anos, compareceu
ao Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial da
UFPB com histórico de quadros recorrentes
de luxações das articulações
temporomandibulares. Foi submetido a
procedimento cirúrgico sob anestesia geral
para realização de eminectomia bilateral,
realizado por meio de acesso pré auricular.
O paciente evolui satisfatoriamente, com
boa abertura bucal, sem relatos de novos
episódios de luxação e segue em
acompanhamento da equipe.
Discussão: a luxação da ATM é uma
situação de emergência e requer
tratamento imediato, pois o paciente
geralmente apresenta dor aguda e
incapacidade funcional. Diversas
modalidades de tratamento estão
disponíveis, desde a injeção de sangue
autólogo na articulação a diferentes

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494
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CIRURGIA DA ATM

2063

EMINECTOMIA BILATERAL PARA RECIDIVA


DE LUXAÇÃO MANDIBULAR:
RELATO DE CASO
Rafaella Rhara de Paiva Abreu; Francisco Samuel Rodrigues
Carvalho; Marcelo Ferraro Bezerra; Eduardo Costa Studart Soares

A incapacidade de fechamento mandibular recorrente de ATM, com uma frequência de


também conhecida como luxação da 6 vezes por mês. Diante do quadro, optou-
articulação temporomandibular (ATM) se se por tratá-lo por meio eminectomia
caracteriza quando o côndilo mandibular bilateral em ambiente hospitalar e sob
se desloca anteriormente a eminência anestesia geral. Atualmente, o paciente
articular e não é capaz de retornar para a encontra-se com 12 meses de
fossa articular fisiologicamente. Tal acompanhamento sem queixas
quadro caracteriza-se por incapacidade de relacionadas ao quadro anterior. A
fechar a boca, dificuldades na articulação eminectomia mostrou-se uma técnica
das palavras, depressão pré-auricular, eficiente para tratamento da luxação
sialorréia, tensão dos músculos da recidivante da articulação
mastigação, além de dor severa na face, em temporomandibular.
especial, na região articular. Podendo ser
uni ou, mais frequentemente bilateral,
pode ocorrer o comprometimento da
integridade dos ligamentos articulares,
predispondo à uma situação patológica
recidivante. O tratamento da luxação da
ATM divide-se em transitório, constituído
por auto-redução e manobras de redução
da luxação, e tratamento definitivo, que
está dividido em tratamento conservador
ou cirúrgico. O objetivo deste trabalho é
relatar o caso de um paciente de 24 anos,
que procurou atendimento com a queixa
principal: “a boca não fecha”. A anamnese
revelou que o paciente era especial e
apresentava transtorno bipolar, fazendo
uso de neupine 10mg, seroquel 300mg,
depakoti 500mg, fenergan 20mg. Ademais,
foi relatado pela mãe do paciente a luxação

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CIRURGIA DA ATM

2080

ARTROSCOPIA NO TRATAMENTO DAS


DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Henrique Cesca; Ferdinando de Conto; Tiago Nascimento Mileto;
Cassian Taparello; Franklin David Gordillo Yepez

Introdução: O tratamento das desordens estruturas. Após a cavidade articular é


temporomandibulares (DTM), é um grande submetida a um processo de lavagem, com
desafio para cirurgiões e clínicos. Na o objetivo de remover aderências, bridas, e
maioria das vezes o tratamento é realizado mediadores inflamatórios presentes. Na
de forma conservadora através de placas fase final é realizada infiltração com
oclusais, fisioterapia e medicamentos. corticoide.
Apenas 2% a 5% dos casos tem indicação Resultados: Durante o pós operatório foi
cirúrgica. A lise e a lavagem artroscópica observado uma redução da queixa álgica da
(LLA) é uma técnica com alto índice de paciente, reduzindo na escala de VAS de 8
sucesso, indicada para tratamento dos para 2 e posterior zero, enquanto a
desarranjos internos da ATM que não abertura bucal máxima livre de dor,
respondem aos tratamentos clínicos. O aumentou de 30 mm para 47 mm após o
objetivo deste trabalho é relatar o caso de procedimento. Ausência de cefaleia e dores
um paciente gênero feminino, 34 anos, cervicais, melhora da função mastigatória.
com queixa de dor em região cervical, ATM
Discussão: A disfunção articular pode
e cefaleia, com história de artrocentese há
incluir ruídos articulares acompanhados de
3 anos, apresentando dor e estalido
dor e episódios de limitação de abertura
durante os movimentos fisiológicos da
mandibular ou mesmo bloqueio articular.
mastigação, dor grau 8 segundo a escala de
A técnica causa um menor trauma articular
VAS (Visual Analogue Scale) apresentando
quando comparada a uma cirurgia aberta.
deslocamento anterior de disco com
Os pacientes apresentam uma rápida
redução em exame de ressonância
recuperação, sendo frequente a dor pós-
magnética (RM), tratada inicialmente
operatória de rápida resolução. Segundo a
através de placa miorrelaxante e
literatura, este procedimento é eficiente
medicamentos, e posterior artroscopia da
em 93,6 % dos casos.
ATM esquerda.
Conclusões: A paciente apresentou
Métodos: A artroscopia é uma técnica
melhora na abertura bucal e na realização
segura e efetiva, que melhora a função
dos movimentos mandibulares, redução
mandibular e diminui a dor em paciente
das queixas de dores articulares/cefaleia,
com sintomas severos. É considerada uma
com consequente melhora na qualidade de
técnica minimamente invasiva, efetuada
vida. A LLA mostrou resultados eficientes e
sob anestesia geral. A técnica envolve a
estáveis no tratamento de pacientes com
colocação de um artroscópio na cavidade
desarranjos internos da ATM.
da ATM, permitindo a visualização das

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5-9 de setembro de 2017
496
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CIRURGIA DA ATM

2081

ARTROSCOPIA NO TRATAMENTO DAS


DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Henrique Cesca; Ferdinando de Conto; Tiago Nascimento Mileto;
Cassian Taparello;Franklin David Gordillo Yepez

Introdução: O tratamento das desordens estruturas. Após a cavidade articular é


temporomandibulares (DTM), é um grande submetida a um processo de lavagem, com
desafio para cirurgiões e clínicos. Na o objetivo de remover aderências, bridas, e
maioria das vezes o tratamento é realizado mediadores inflamatórios presentes. Na
de forma conservadora através de placas fase final é realizada infiltração com
oclusais, fisioterapia e medicamentos. corticoide.
Apenas 2% a 5% dos casos tem indicação Resultados: Durante o pós operatório foi
cirúrgica. A lise e a lavagem artroscópica observado uma redução da queixa álgica da
(LLA) é uma técnica com alto índice de paciente, reduzindo na escala de VAS de 8
sucesso, indicada para tratamento dos para 2 e posterior zero, enquanto a
desarranjos internos da ATM que não abertura bucal máxima livre de dor,
respondem aos tratamentos clínicos. O aumentou de 30 mm para 47 mm após o
objetivo deste trabalho é relatar o caso de procedimento. Ausência de cefaleia e dores
um paciente gênero feminino, 34 anos, cervicais, melhora da função mastigatória.
com queixa de dor em região cervical, ATM
Discussão: A disfunção articular pode
e cefaleia, com história de artrocentese há
incluir ruídos articulares acompanhados de
3 anos, apresentando dor e estalido
dor e episódios de limitação de abertura
durante os movimentos fisiológicos da
mandibular ou mesmo bloqueio articular.
mastigação, dor grau 8 segundo a escala de
A técnica causa um menor trauma articular
VAS (Visual Analogue Scale) apresentando
quando comparada a uma cirurgia aberta.
deslocamento anterior de disco com
Os pacientes apresentam uma rápida
redução em exame de ressonância
recuperação, sendo frequente a dor pós-
magnética (RM), tratada inicialmente
operatória de rápida resolução. Segundo a
através de placa miorrelaxante e
literatura, este procedimento é eficiente
medicamentos, e posterior artroscopia da
em 93,6 % dos casos.
ATM esquerda.
Conclusões: A paciente apresentou
Métodos: A artroscopia é uma técnica
melhora na abertura bucal e na realização
segura e efetiva, que melhora a função
dos movimentos mandibulares, redução
mandibular e diminui a dor em paciente
das queixas de dores articulares/cefaleia,
com sintomas severos. É considerada uma
com consequente melhora na qualidade de
técnica minimamente invasiva, efetuada
vida. A LLA mostrou resultados eficientes e
sob anestesia geral. A técnica envolve a
estáveis no tratamento de pacientes com
colocação de um artroscópio na cavidade
desarranjos internos da ATM.
da ATM, permitindo a visualização das

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CIRURGIA DA ATM

2115

ANQUILOSE DE ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR APÓS TRAUMA
SEVERO EM CABEÇA E PESCOÇO:
RELATO DE CASO
Priscila Mayara Silva de Almeida; Thiago Coelho Gomes da Silva;
Andrea dos Anjos Pontual; Marilia Gabriela Mendes de Alencar

Introdução: A anquilose de articulação Discussão: Referente ao diagnóstico é


temporomandibular é a fusão de suas bastante difundido que é bem identificada
superfícies ósseas. O objetivo deste por exames clínicos e de imagem do tipo
trabalho é relatar um caso de tratamento tomografia,como exposto no caso clínico
cirúrgico de anquilose temporomandibular oferecido. Ao caso relatado, o protocolo de
e abordar táticas no tratamento pós Kaban et al. (1990) serviu como guia para a
operatório. cirurgia e foi escolhido visto os bons
Métodos: A cirurgia foi realizada sob resultados dos casos aos quais foi aplicado.
anestesia geral, acesso pré-auricular para Em consonância com os resultados
remoção da massa óssea com uso de brocas apresentados nos estudos de Vasconcelos
tronco-cônicas multilaminadas e cinzéis et al. (2008), Wolford et al. (2008), Khan et
associada a remoção do processo al. (2015), o caso exposto foi tratado de
coronóide; foi então feita à mobilização da maneira agressiva com artroplastia em gap
mandíbula e então a osteoplastia da com ressecção completa da massa
cavidade e interposição de fáscia do anquilótica e interposição de retalho da
músculo temporal. A articulação do lado fáscia do músculo temporal seguido por um
contralateral permanecia funcional e sem acompanhamento extenso
alterações, e não foi optado nenhum com fisioterapia, ficando claro que para
método de reconstrução imediato.O ato um tratamento efetivo da anquilose
operatório seguiu para a sutura por planos temporomandibular é imprescindível um
após colocação de dreno à vácuono. bom diagnóstico, suportado por exames de
imagem com boa especificidade e
Resultados: No pós operatório, sem
sensibilidade à alterações ósseas, bem
queixas, o paciente já se alimentava por via
como um exato planejamento operatório e
oral e utilizar bloco de mordida seguindo
acompanhamento multidisciplinar.
de fisioterapia agressiva e o mais precoce
possível. Após um ano da cirurgia o Conclusão: A anquilose
paciente exibe boa abertura de boca,sem temporomandibular leva a grandes perdas
queixas estéticas ou funcionais. funcionais e estéticas. Seu tratamento é
cirúrgico e visto os trabalhos científicos, a

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CIRURGIA DA ATM

taxa de sucesso e posteriores benefícios


supera com grande margem aquela dos
riscos inerentes a cirurgia. O
acompanhamento pós-operatório é tão
importante quanto a cirurgia, pois, este
trará, de fato, a reabilitação funcional que
o paciente necessita, minimizando a
recorrência e assegurando a reabilitação
funcional.

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CIRURGIA DA ATM

2122

SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO DE ANQUILOSE DA


ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM
PACIENTE JOVEM
Edimar Rafael de Oliveira; Bruno Viezzer Fernandes; Aline
Sebastiani; Fernando Anunziato Ogg de Salles Santos; Leandro
Eduardo Kluppel

A anquilose da articulação osteotomia sagital do ramo mandibular


temporomandibular (ATM) em crianças é esquerdo e mentoplastia de avanço. O
uma alteração incomum, de difícil tratamento de anquilose de ATM em jovens
tratamento, com transtornos psicológicos, é desafiador, por vezes com necessidade de
estéticos, funcionais e que promove novas intervenções, seja por recidiva da
modificações não só no crescimento anquilose ou reabsorção de enxerto, como
mandibular, mas em todo esqueleto facial. observado no caso descrito; nesses casos de
Paciente gênero M, 14 anos, encaminhado reabsorção do enxerto pode-se optar por
ao serviço de Cirurgia e Traumatologia nova enxertia. A instalação de dispositivo
Buco-Maxilo-Faciais da UFPR com queixa de distração osteogênica, em pacientes
principal de “limitação de abertura da boca jovens, induzindo osteogênese e
e queixo para trás”. Por meio de exame acompanhando o crescimento mandibular
clinico e tomográfico foi diagnosticado é uma opção de tratamento, que não foi
com anquilose da ATM direita e hipertrofia empregado devido ao custo do
dos processos coronóides bilaterais. Como dispositivo. Mesmo com risco de
tratamento foi proposto e realizado reabsorção, como observado, o uso do
coronoidectomia bilateral, condilectomia e enxerto costocondral ainda é o mais
reconstrução com enxerto costocondral em indicado para a reconstrução da ATM em
ATM direita, com recuperação satisfatória pacientes em pleno crescimento ósseo,
da abertura bucal. Aos 16 anos, com devido ao seu potencial de crescimento e
assimetria mandibular e reabsorção do remodelação em resposta à função
enxerto costocondral, foi submetido a nova mandibular. Apesar disso, a sequência do
intervenção por meio de osteotomia tratamento mostrou-se capaz de restituir
vertico sagital associada a enxerto de crista função e estética ao paciente, que requer
ilíaca no lado direito, osteotomia sagital do um acompanhamento longitudinal e
ramo mandibular esquerdo e mentoplastia passível de novas intervenções.
de avanço. Aos 19 anos, com novo e
importante quadro de assimetria facial, foi
submetido ao terceiro procedimento com
enxerto costocondral em ATM direita,
associado a osteotomias Le Fort I,

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CIRURGIA DA ATM

2163

ARTROPLASTIA E INTERPOSIÇÃO DE
RETALHO DE MÚSCULO TEMPORAL PARA
TRATAMENTO DE ANQUILOSE MANDIBULAR
BILATERAL EM CRIANÇA: RELATO DE CASO
Felipe Gomes Gonçalves Peres Lima; Larissa Gonçalves Cunha Rios;
Lair Mambrini Furtado; Marcelo Caetano Parreira da Silva; Darceny
Zanetta-Barbosa

A anquilose da articulação temporo-mandibular é uma patologia


que se caracteriza por uma união óssea ou fibro-óssea dos
componentes intracapsulares, cavidade glenoide, disco
articular, côndilo mandibular e eminência articular. Esta
condição limita os movimentos mandibulares e altera os padrões
de crescimento facial levando a problemas mastigatórios,
respiratórios, de fonação e estéticos. Anquilose mandibular em
crianças é incomum e as causas normalmente estão relacionadas
à defeitos congênitos, traumas, infecções ou idiopáticas. Este
trabalho tem como objetivo apresentar um caso de anquilose
bilateral mandibular de um paciente com 06 anos de idade
submetido à artroplastia da região de anquilose, seguido de
interposição de retalho pediculado de músculo temporal entre as
estruturas côndilo e fossa articular. Paciente permaneceu em
acompanhamento durante 02 anos demonstrando boa abertura
bucal e função mandibular. O tratamento efetivo das anquiloses
têmporo-mandibulares em crianças devem ser precoces
seguidos de fisioterapia agressiva e acompanhamento contínuo.

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CIRURGIA DA ATM

2177

A PRÓTESE DE ATM GUIADA POR PRÓTESE


PROTOCOLO SOBRE IMPLANTES NA
REABILITAÇÃO DE PACIENTE SUBMETIDA A
MANDIBULECTOMIA PARCIAL COM
DESARTICULAÇÃO DA ATM
Felipe Gomes Xavier; Lécio Pitombeira Pinto; Anderson Maia
Meneses; Pedro Gomes Bezerra Neto; Eliardo Silveira Santos

O objetivo deste trabalho é relatar a mandibular através da oclusão. Assim, foi


interação da prótese protocolo sobre instalado aparelho ortodôntico no arco
implantes dentários no planejamento de superior e foram extraídos os dentes
prótese de ATM através do caso da paciente inferiores remanescentes para reabilitar a
J.S.V.P., gênero feminino, 53 anos, que mandíbula com uma prótese protocolo tipo
compareceu ao serviço se queixando de Branemark capaz de guiar o
dificuldade para se alimentar e assimetria reposicionamento mandibular. Foi feito o
facial. A paciente relatou ter sido planejamento reverso para a confecção de
submetida a cirurgia com 8 anos de idade guia cirúrgica para a instalação de 4
para tratamento de aumento de volume no implantes osseointegrados, com o
lado direito da mandíbula, gerando uma implante da região do 43 inclinado para a
cicatriz em sua face, que se estendia desde distal para a redução do cantiléver da
o lobo da orelha direita até o mento. Ao prótese deste lado. A prototipagem para a
exame clínico se observou assimetria facial customização da prótese articular incluiu
com desvio mandibular para o lado direito, as bases ósseas maxilares, os dentes
contorno facial deste lado alterado, superiores e a prótese protocolo inferior
abertura bucal de 41 mm e colapso oclusal sobre implantes. A cirurgia incluiu a
devido a ausências dentárias associadas às instalação da prótese articular da ATM
más-condições dos dentes remanescentes. direita estendida até aproximadamente a
Os exames de imagem revelaram região do dente 35, com enxerto de gordura
desarticulação da ATM direita com defeito em torno da articulação aloplástica;
ósseo mandibular até a distal do dente 43. osteotomia sagital da mandíbula do lado
Levando-se em consideração os achados esquerdo e osteotomia Le Fort I maxilar.
clínicos e complementares, decidiu-se por Atualmente, a paciente se encontra com 11
realizar a reconstrução mandibular e meses de acompanhamento pós-
articular com prótese total aloplástica da operatório, relatando grande melhora das
ATM. O colapso oclusal impedia o queixas iniciais. A efetividade a longo
planejamento do reposicionamento prazo desse tipo de tratamento está

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CIRURGIA DA ATM

comprovada na literatura, desde que seja e cuidados e acompanhamento pós-


bem indicado, com o correto planejamento operatórios necessários.

Bibliografia:
1. WOLFORD, L. M. et al. TMJ Concepts/Techmedica custom-made TMJ total joint prosthesis: 5-year
follow-up study. International journal of oral and maxillofacial surgery, v. 32, n. 3, p. 268-274,
2003.

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CIRURGIA DA ATM

2208

LUXAÇÃO RECIDIVANTE DA ARTICULAÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR TRATADA COM A
ASSOCIAÇÃO DE INJEÇÃO DE SANGUE AUTÓGENO
E BLOQUEIO MAXILOMANDIBULAR: RELATO DE CASO
Saulo Lôbo Chateaubriand do Nascimento; Rafael Saraiva Torres;
Marina Rolo Pinheiro da Rosa; Karoline Araujo Lima; Joel Motta
Junior

Introdução: A luxação da ATM ocorre espaços articulares, alterações


quando o côndilo se move para fora da degenerativas das ATMs, com
fossa glenóide, travando anteriormente a deslocamentos anterolaterais dos discos
eminência articular. Esta condição é articulares e hipoexcursão condilar
denominada de recidivante quando os bilateral. O tratamento foi lavagem da ATM
episódios passam a ser frequentes. Este com 20 ml de soro fisiológico 0,9%, em
trabalho objetiva relatar um caso de uma seguida, 5 ml de sangue foi coletado da
paciente com luxação recidivante da ATM fossa cubital, sendo 4 ml injetados no
tratada de forma conservadora, através de espaço superior da articulação e 1 ml no
injeção de sangue autógeno (ISA) intra- tecido pericapsular, realizado em ambas as
articular e nos tecido pericapsulares articulações, seguido do BMM.
associado ao bloqueio maxilomandibular Resultados: O acompanhamento pós-
(BMM) por 3 semanas. operatório incluiu a medição da distância
Método: Paciente de 31 anos, gênero interincisal, as radiografias panorâmicas
feminino, com queixa principal de digitais e a avaliação clínica da recorrência
episódios de “queda” da mandíbula, da luxação. A paciente foi acompanhada no
relatando início após trauma em pós-operatório de 3 semanas, com
mandíbula há dois anos. Desde então esses liberação do BMM, e de 1, 3, 6 e 9 meses,
episódios nunca cessaram, tendo, por apresentando os movimentos
recomendações profissional, iniciado uso mandibulares sem restrições, sem
de mentoneira há nove meses. Ao exame sintomatologia dolorosa e sem episódios
físico constataram-se estalidos e de luxação da ATM.
crepitações nos movimentos de abertura e Discussão: Existem tratamentos
fechamento da boca, luxação da ATM conservadores bem documentados para a
bilateral, dor local, disfonia, disfagia e luxação crônica da ATM, a ISA é um deles.
disatria. À inspeção da cavidade oral O procedimento não provoca nenhuma
observaram-se ausências dos dentes 36 e reação de corpo estranho. O BMM também
47. Ao exame de Ressonância Nuclear é um tipo de tratamento conservador,
Magnética, observou-se redução dos podendo ser usado sozinho ou com outros

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CIRURGIA DA ATM

tratamentos. O fundamento da abordagem


combinada é que o sangue autólogo na
ATM, juntamente com a imobilização,
pode levar a adesões.
Conclusão: A ISA associada com o BMM
mostrou ser um método seguro, simples e
econômico para o tratamento de luxação
recidivante da ATM, além de ser uma
abordagem conservadora com altos índices
de sucesso.

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CIRURGIA DA ATM

2244

CONDILECTOMIA ALTA ASSOCIADA À


CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA TRATAMENTO
DE HIPERPLASIA CONDILAR: RELATO DE CASO
Leandro da Cunha Dias; Daniele Lacerda Pereira;Lucas Berlatto
Modonesi; Marcus Vinicius Carneiro de Freitas Xavier; Caleb
Rogério Caetano Ferreira

Introdução: A hiperplasia condilar (HC) é Métodos: Paciente K.M.S., sexo feminino,


uma desordem não-neoplásica de origem 26 anos, em tratamento ortodôntico e com
idiopática, na qual há crescimento história de assimetria facial, desvio de
patológico progressivo do côndilo linha média mandibular, sorriso gengival e
mandibular, ocasionando aumento do seu estalos em ATM. Ao exame físico, notou-se
tamanho e volume. Sua etiologia ainda é laterognatismo à esquerda, assimetria do
incerta, embora infecções, traumatismos, plano oclusal, estalidos e artralgia
distúrbios hormonais e problemas bilaterais em ATM. A cintilografia óssea
microcirculatórios locais possam estar apontou crescimento condilar ativo à
associados. Sua manifestação clínica pode direita. Com base no diagnóstico de HC
incluir assimetria facial (laterognatismo ativa e deformidade dento-esquelética, o
contralateral), prognatismo, mordida tratamento preconizado foi a
cruzada e aberta posterior, dor e, condilectomia alta e discopexia por acesso
ocasionalmente, um crescimento maxilar endaural, com 5 mm de ressecção do centro
compensatório com inclinação do plano de crescimento condilar, combinada à
oclusal. Radiograficamente pode-se notar cirurgia ortognática maxilo-mandibular
um alongamento do colo e do côndilo, ou com reposicionamento mentual, realizada
de todo o ramo mandibular. A cintilografia através de planejamento virtual.
óssea avalia o nível de metabolismo ósseo, Resultados: A paciente encontra-se com
indicando se a HC está em atividade. um mês de pós-operatório, em
Pacientes com atividade condilar podem elasticoterapia, evoluindo bem, sem
ser submetidos, como forma de queixas ou complicações, com a oclusão
tratamento, à condilectomia alta com estável e resolução da assimetria facial.
ressecção do centro de crescimento
Discussão: Dados epidemiológicos
cartilaginoso, associada ou não à cirurgia
sugerem predominância de HC no sexo
ortognática. O objetivo deste trabalho é
feminino, maior predileção pelo côndilo
relatar um caso clínico de HC tratada por
direito e idade média de
condilectomia alta associada à cirurgia
diagnóstico/intervenção de 23 ± 10 anos, o
ortognática.
que condiz com o presente caso. A
literatura aponta como o tamanho mínimo

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CIRURGIA DA ATM

necessário da ressecção para remoção


completa da zona de crescimento condilar
sendo 5 mm, tal qual realizado neste
estudo.
Conclusão: A cirurgia articular
concomitante à cirurgia ortognática
possibilita um resultado estável e favorável
no tratamento das assimetrias faciais
decorrentes da hiperplasia condilar.

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CIRURGIA DA ATM

2273

RECONSTRUÇÃO TOTAL DA ATM COM


PRÓTESE DE TITÂNIO: RELATO DE CASO
Ricardo Liberalino Ferreira de Souza; Israel Felipe Norberto Seco
Barbosa; Lethicia Andrade Figueiredo Ventura; Auréliane Dulcie
Jackalyn Daluz; Lucas Alexandre de Morais Santos

As indicações para a reconstrução da O objetivo deste trabalho é relata um caso


articulação temporomandibular (ATM) clínico de uma reconstrução total imediata
incluem anquilose, osteoartrite severa, da ATM de paciente portadora de uma
artropatiareumatóide, doença neoplasia odontogênica. Planejamento
neoplásica,disfunção pós-trauma, doenças realizado através de
congênitas e reabsorções condilares biomodeloesterilitográfico. A resseção
idiopáticas(KASHI, SAHA, CHRISTENSEN, neoplásica foi realizada através de um
2006).Os objetivos da reconstrução acesso submandibular e pré-auricular.
incluem a restauração da função e Após a remoção da lesão, foi realizada a
formamandibular, diminuindo a reconstrução da mandibular e do
deficiência e sofrimento do paciente, e à componete articular. Paciente em
prevenção deprogressão da doença acompanhamento clínico 1 ano após a
(HENRY, WOLFORD, 1993). Há inúmeros terapia cirúrgica, sem indício de recidiva,
métodos dereconstrução da articulação, com plena função mandibular.
porém as técnicas de reabilitação são
bastantecontroversas tanto através de
enxertos autógenos (fíbula, metatarsos,
ilíaco, ecostocondral), enxertos
aloplásticos (acrílico, fibras sintéticas,
borracha de siliconescompressíveis), e
sistema articular total de titânio (HENRY,
WOLFORD 1993;MERCURI, ALI,
WOOLSON, 2008). As reconstruções totais
da ATM têm por objetivo reestabelecer as
funções articulares, através dos
componentes condilares e da cavidade
glenóide.

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CIRURGIA DA ATM

2314

LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO
Ilson Divino do Nascimento Filho; Valéria de Lemos Brandão; Renan
Capobianco Vieira; Maria de Lourdes Martins Pereira

Introdução: A luxação da articulação Método: Relato de caso paciente E.C.N.J.,


temporomandibular (ATM) ocorre quando melanoderma, sexo masculino, 20 anos,
o processo côndilar posiciona-se compareceu ao hospital Santa Marcelina
anteriormente ao tubérculo articular, com queixa de travar a mandíbula aberta ao
gerando uma desarmonia anatômica e ir tentar bocejar, foi solicitado radiografia
funcional ocorrendo a impossibilidade do transcraniana para articulações
fechamento bucal. Os motivos que podem temporomandibulares observando que os
levar ao aparecimento das luxações processos côndilares direitos e esquerdos
temporomandibulares são diversos, posicionavam-se anteriormente aos
destaca-se: bocejos, manipulação da tubérculos articulares. O tratamento
mandíbula durante procedimentos proposto foi realizar a redução imediata
odontológicos, traumas, no momento de seguida por estabilização mandibular.
gargalhadas, entre outros. As modalidades Discussão: o caso relatado e publicações
de tratamento variam de técnicas levantadas trazem à luz a discussão da
conservadoras ou não. Cita-se na literatura terapêutica de redução imediata e
redução imediata, alívio temporário ou estabilização para luxações articulares.
estabilização da articulação e
Conclusão: Tal procedimento mostrou-
procedimentos cirúrgicos. Este
se uma alternativa segura e eficaz no
deslocamento pode ser frequente, sendo
tratamento conservador imediato para
caracterizado como luxação recorrente.
luxações côndilares.
Sua ocorrência é relatada em até 7 % na
população total. Este trabalho tem por
objetivo descrever as características das
luxações da articulação
temporomandibular (ATM), realizar um
estudo à cerca da etiopatogenia e modos de
tratamento conservador para redução
imediata da anteriorização dos côndilos
mandibulares.

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CIRURGIA DA ATM

2316

APLICAÇÃO DE HIALURONATO DE SÓDIO


COMO TERAPIA NO TRATAMENTO DAS
DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
Gabriel Cavalcanti Nascimento; Felipe Eduardo Baires Campos;
Luiz Felipe Cardoso Lehman; Luiz Cesar Fonseca Alves; Wagner
Henriques de Castro

Introdução: As desordens que acometem Após as infiltrações, foi realizado


a articulação temporomandibular (ATM) acompanhamento clínico e imaginológicas
são processos degenerativos que afetam com TC.
grande parte da população. Seu tratamento Discussão: O HS é o componente natural
pode ser realizado através de formas mais principal do fluido sinovial, além de ser um
conservadoras, como fisioterapia, placas importante componente das matrizes
miorelaxantes, artrocentese, e infiltração extracelulares. Sua ação mecânica é
de hialuronato de sódio (HS). Assim como, baseada na lubrificação articular,
procedimentos cirúrgicos invasivos, como reduzindo desgaste e aderência articular,
a substituição total de ATM por próteses regeneração dos tecidos, além de, reduzir
customizadas. O HS tem sido uma técnica mediadores inflamatórios. Outra
utilizada no tratamento de pacientes, possibilidade é que a injeção desta
demonstrando eficácia na melhora da substância estimula a produção natural por
função e alívio das queixas álgicas. Tendo células sinoviais. Sendo a infiltração de HS
este trabalho como objetivo, relatar a uma alternativa, com bons resultados
opção de escolha pela infiltração do HS encontrados na literatura, aliviando a dor e
como uma possibilidade no tratamento de melhorando a função, apresentando ainda
certas disfunções da ATM. Bem como, sua baixa invasividade.
evolução e prognóstico, discorrendo sobre
Resultados: Ao analisar a TC 3 meses
vantagens e desvantagens desta técnica.
após a última aplicação, foi possível
Métodos: Paciente, gênero feminino, 57 observar corticalização do côndilo à
anos, apresentando queixas álgicas esquerda, com involução do cisto
moderadas em ATM bilateralmente. Ao subcondral. Além disso, o paciente relatou
exame de Tomografia Computadorizada ausência de queixas álgicas bilateralmente
(TC), foi possível notar a presença de cisto e retorno da função mandibular.
subcondral na região superior do côndilo à
Conclusões: As injeções intra-articulares
esquerda. Como forma de tratamento, foi
de HS têm mostrado resultados
instituído 3 sessões de aplicação de 1ml de
promissores no tratamento de desordens
HS no compartimento inferior da ATM,
degenerativas da ATM, promovendo alivio
bilateralmente, no intervalo de 4 meses.

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CIRURGIA DA ATM

da dor, regeneração e melhora na função


articular. Contribuindo, assim,
significativamente para uma melhora na
qualidade de vida dos pacientes
acometidos com DTM com procedimentos
de baixa invasividade.

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CIRURGIA DA ATM

2365

PRÓTESE CUSTOMIZADA DE ATM. UM CASO


ATÍPICO UTILIZANDO PRÓTESES BILATERAIS
Saulo Hilton Botelho Batista; Gustavo Scalon; Aluisio Galiano;
Marcos Pitta

A reconstrução mandibular e da articulação processo zigomático do temporal,


tem sido um assunto amplamente enquanto o componente condilar é
discutido na literatura, alguns autores constituído de uma liga de cromo-cobalto-
demonstram benefícios dessa reconstrução molibdênio associado a titânio com sua
com próteses customizadas feitas de fixação sendo realizada com parafusos. A
materiais aloplásticos. As indicações das fabricação da prótese customizada
próteses customizadas já são conhecidas e necessita da tecnologia CAD/CAM para
incluem: artrite da ATM não responsiva a confecção de modelos estereolitográficos.
outras modalidades de tratamento, fibrose O modelo pode ser manipulado, definindo
recorrente e/ou anquilose óssea, falha de a posição final da estrutura esquelética
enxertos ósseos e falha de reconstrução da onde a prótese será encerada. A
ATM com material aloplástico. A personalização possibilita a otimização e
reconstrução da ATM com enxertos previsibilidade do resultado final, se
autógenos ainda é amplamente utilizada, tornando uma modalidade terapêutica
entretanto problemas relacionados com o cada vez mais encorajada. A possibilidade
aumento do tempo cirúrgico e da de diminuir a morbidade operatória em
morbidade, bem como a ocorrência de comparação com os enxertos livres e
reabsorções, infecções e de um padrão de microvascularizados é o um dos principais
crescimento variável, podem comprometer fatores para apostar neste tipo de
o resultado final quando há cirurgia tratamento.O presente relato de caso
ortognática associada.O avanço expõe o tratamento de uma paciente do
tecnológico dos materiais que já vinham sexo feminino que apresentava um quadro
sendo utilizados na área de cirurgia de artrose bilateral associado a dor,
ortopédica com sucesso, dos recursos de limitação da função articular. A paciente já
imagens e das técnicas cirúrgicas tem havia tentado tratamento farmacológico,
permitido um amplo uso das próteses de fisioterápico e com placa miorrelaxante
ATM em diferentes situações. A prótese sem sucesso. A opção de tratamento foi a
personalizada da TMJ Concepts (TMJ associação de duas próteses customizadas
Concepts Inc., Ventura, CA, USA) é feita de de ATM e cirurgia ortognática em um
um polietileno de alta densidade para mesmo momento. Trata-se de uma
reconstruir o componente da fossa situação atípica em que as próteses
associado a uma malha de titânio customizadas tiveram um papel decisivo
comercialmente puro que é fixado ao para a obtenção de um bom resultado final.

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5-9 de setembro de 2017
512
PÔSTER

CIRURGIA DA ATM

2389

HEMIMANDIBULECTOMIA PARA RESSECÇÃO DE


LESÃO FIBRO-ÓSSEA, COM RECONSTRUÇÃO
SIMULTÂNEA DE MANDÍBULA COM USO DE
PRÓTESE CUSTOMIZADAS DE ATM: 2
Matheus Coelho Blois; Gabriel Marques; Tulio Del Conte Valcanaia

A reconstrução de grandes defeitos A lesão apresentanva grandes proporções


mandibulares, seja envolvendo a envolvendo corpo e ramo da mandíbula a
articulação temporomandibular (ATM) ou esquerda, após biópsia e diagnóstico de
não, tem sido historicamente conseguida lesão fibro-óssea, foi proposto tratamento
com enxerto autógeno, como enxertos com ressecção da lesão através de
costocondrais livres e enxertos ósseos hemimandibulectomia e rescontrução
vascularizados. Assegurar um simultânea com próteses customizadas de
funcionamento intacto da microcirculação ATM, o caso evoluiu bem, porém com 6
é a parte crítica para a sobrevivência do meses de pós operatório o paciente
enxerto na face no pós-operatório com apresentou processo infeccioso em região
radioterapia secundária à remoção de da reconstrução, com drenagem por via
tumor maligno. No entanto, no caso de extra-oral, a área foi abordada com
tumores benignos, tais como o debridamento cirúrgico e manutençao das
ameloblastoma, a radioterapia pós- próteses customizadas e o paciente
operatória não é necessária, aumentando mantém acompanhamento de 2 anos pós
assim as possibilidades de reconstrução. opertório, com melhora de movimentos
Materiais aloplásticos juntamente com mandibulares, sem queixas álgicas e
enxertos ósseos não vascularizados têm melhora no contorno facial.
sido usados com sucesso para restaurar a
forma da mandíbula, função e estética após
extensa ressecção mandibular. Este
trabalho tem como objetivo apresentar um
caso realizado no serviço de cirurgia e
traumatologia Buco-Maxilo-Facial do
Hospital Marieta Konder Bornhausen, em
itajaí, onde o paciente se apresentou com
extensa lesão em região mandibular,
apresentando dor, disfagia, alteração do
contorno da face.

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CIRURGIA DA ATM

2412

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE TUMOR


CONDILAR: RELATO DE CASO
Maykel Sullyvan Marinho de Souza; Camila Lopes Rocha; Alexandre
Maranhão Menezes Neto; Fabrício de Lamare Ramos; Eduardo
Costa Studart Soares

Osteocondroma é um neoplasia benigna especialmente por proporcionar o controle


que, embora incomum na região imediato da doença.
craniofacial, quando a acomete é mais
prevalente no processo coronóide e no
côndilo. Tais lesões podem levar a
disfunções temporomandibulares,
assimetria facial e má-oclusão. As
modalidades de tratamento incluem
condilectomia, ligadura discal, cirurgia
ortognática e reconstrução total da ATM. O
objetivo deste trabalho é relatar o caso de
um paciente de 32 anos de idade que
procurou atendimento queixando-se de
"rosto torto". O exame clínico revelou
assimetria facial considerável,
caracterizada por crescimento vertical
acentuado do lado direito da mandíbula
associada a mordida aberta posterior
ipsilateral. Exame de imagem evidenciou
massa hiperdensa de contornos bem
definidos em côndilo direito. Propôs-se
como tratamento uma condilectomia baixa
sem reconstrução através de um acesso
pré-auricular modificado. Atualmente, o
paciente encontra-se com 09 meses de
acompanhamento pós-operatório, sem
queixas álgicas, sinais de recorrência e com
preservação adequada da função e estética.
Em situações onde seja difícil conseguir
uma prótese articular, o protocolo de
tratamento escolhido é uma alternativa
viável e que traz resultados satisfatórios,

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CIRURGIA DA ATM

2414

REMOÇÃO DE OSTEOCONDROMA DE ATM


UNILATERAL PARA CORREÇÃO DE
ASSIMETRIA FACIAL ASSOCIADA Á
CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Suellen Arêdes; Aluisio Galiano

O osteocondroma é um dos mais comuns reposicionamento das estruturas ósseas


tumores ósseos benignos do esqueleto maxilares. O recomendado para este
axial, representando 35 a 50% de todos os paciente com osteocondroma do côndilo
tumores benignos e 8 a 15% de todos os mandibular foi inicialmente o preparo
tumores ósseos. Ocorre preferencialmente orto-cirúrgico alinhando e nivelando,
em ossos longos e, raramente, em região mantendo a relação Classe I, criando leve
bucal e maxilofacial, com incidência diastema entre laterais e caninos
aproximada de 1% de todos os casos. superiores, melhorando o torque vestibular
Quando presente, é mais comum no dos incisivos superiores e inferiores. Todo
processo coronóide da mandíbula. A o planejamento do caso foi direcionado
incidência de transformação sarcomatosa é utilizando os recursos virtuais que nos
de 11% quando parte da síndrome e de 1% proporcionou segurança e previsibilidade
quando ocorre isoladamente. Descrevemos ímpar, o estudo foi realizado com base nos
um caso de osteocondroma acometendo o exames de imagem como a Tomografia
côndilo direito da mandíbula em um Computadorizada, Ressonância Magnética
homem de 24 anos, com queixa principal de ATM, modelos de estudo, fotografias e
de desvio mandibular causando assimetria etc.
facial, ausência de dor e estalidos Métodos: A conduta adotada foi a
articulares, abertura de boca com 52 mm e realização da cirurgia no dia 09 de Abril de
com desvio para lado esquerdo, oclusão 2015, sendo ela, a condilectomia baixa do
Classe I de Angle. O perfil do paciente era lado direito com reposicionamento do
agradável onde apenas a vista frontal disco articular através do uso de
sinalizava alterações assimétricas e maior miniâncora. No mesmo tempo operatório
altura vertical do terço médio inferior da realizado a osteotomia sagital bilateral de
face quando comparado ao lado esquerdo. mandíbula e osteotomia segmentada da
Paciente relatou piora gradativa nos maxila.
últimos 2 anos, desde a primeira consulta
Sendo assim, ressaltamos a importância do
em Março de 2014.
planejamento virtual neste caso que nos
Objetivo: O tratamento teve como deu plena segurança e previsibilidade para
objetivo corrigir a assimetria facial e

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CIRURGIA DA ATM

visualizar e criar possibilidades de correção


diante de tamanha assimetria.
Consideramos uma vantagem poder
realizar a cirurgia de ATM concomitante a
cirurgia ortognática resolvendo tudo em
um único tempo operatório criando
condições de um equilíbrio dinâmico de
todo o sistema.

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CIRURGIA DA ATM

2466

ARTROSCOPIA DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR:
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS
Sabrina Morelli de Oliveira; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;
Viviane Ferreira Ramos; Michelle Alonso Coutinho; Gabriela Alves
Menezes

A articulação temporomandibular (ATM) adesões,lavagem e manipulação da cabeça


pode apresentar desarranjos internos mandibular e disco
(DI),de etiologia multifatorial,que causam articular,miotomia,remoção de material
disfunções dos componentes intra- para biópsia e espículas ósseas,colocação
articulares,como do disco articular,líquido de agentes esclerosantes e lubrificantes e
sinovial,fibrocartilagem e sinóvia.Os reposicionamento do disco. A artroscopia
DI,podem causar limitação ou pode ter diagnóstica ou para tratamento,as
impedimento da função da ATM,além de indicações para uma artroscopia
dores,ruídos,crepitações e limitação de diagnóstica são:dor inexplicada na ATM e
abertura de boca. Os tratamentos na área pré auricular;confirmação clínica
variam,sendo inicialmente nos casos de
conservadores,utilizando placas hipomobilidade,hipermobilidade,estalos e
interoclusais,fisioterapia, modificação da crepitações;invasão tumoral local e
dieta,massagem dos músculos de envolvimento da ATM por doenças
mastigação,termoterapia ou laserterapia e sistêmicas.Quando a artroscopia é
associação medicamentosa.Quando o utilizada para o tratamento das ATMs, as
paciente é refratário ao tratamento indicações são:desarranjos internos ou
conservador, a cirurgia da ATM deve ser artropatias refratárias a outras
considerada,pode ser dividido em invasivo terapêuticas;doença articular que requeira
ou aberto e minimamente invasivo,que biópsia;sinovite;adesões discossinoviais e
inclui artrocenteses e artroscopia.A doença articular degenerativa.Como
ressonância magnética é fundamental para indicações específicas,temos:
o diagnóstico dos DI,confirmando a deslocamento anterior irredutível do
necessidade da artroscopia. A artroscopia disco,agudo ou crônico;lise de
das ATMs é uma cirurgia realizada sob adesões;lavagem articular e manipulação
anestesia geral envolvendo discal;hipermobilidade que requeira
cânulas,trocateres e um artroscópio lise,lavagem,redução discal e possível
conectado a câmeras e um cauterização por eletrocautério ou
monitor.Durante o procedimento,pode-se escleroterapia da inserção posterior;
realizar a lise de aderências ou desbridamento articular; tratamento da

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CIRURGIA DA ATM

lesão capsular traumática, evidenciada por


hermatrose,adesões ou fibrose. As
vantagens da artroscopia são a inexistência
de cicatriz,ou uma cicatriz quase
imperceptível,a visualização do campo
operatório quando comparado à
artrocentese e menor tempo de internação
e melhor recuperação do paciente no pós-
operatório.

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ORTOGNÁTICA

833

CIRURGIA ORTOGNÁTICA BIMAXILAR PARA


TRATAMENTO DE MÁ-OCLUSÃO CLASSE III,
RELATO DE CASO CLÍNICO
Calisson Ildemar Peters; Jessica Daniela Andreis; Dayane Jaqueline
Gross

Na atualidade, constata-se que uma idade,leucoderma, procurou o Serviço de


considerável parcela da população possui Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilo
algum tipo de desvio morfológico e/ou Facial da Universidade Federal do Paraná
funcional do sistema estomatognático com queixa da estética facial e dificuldade
(Coleta, 2003). As deformidades de mastigação, fonação e respiração. Após
dentofaciais (DDFs) são associadas às exame clínico, radiográfico e análise dos
maloclusões, sendo uma de suas modelos, foi dado o diagnóstico de DDF
classificações, a anteroposterior proposta classe III, com prognatismo mandibular e
por Angle, divididas em classe II e classe III deficiência ântero-posterior de maxila. O
esquelética. As más oclusões de classe III tratamento proposto e realizado foi a
esqueléticas podem apresentar como cirurgia ortognática bimaxilar com
características estruturais a retrusão osteotomia Le Fort I, osteotomia sagital
maxilar,a protrusão mandibular ou uma dos ramos mandibulares e mentoplastia,
associação entre ambas. São características associado à tratamento ortodôntico prévio.
faciais comuns,o perfil No pós-operatório, o paciente foi
facial acentuadamente côncavo, devidamente medicado e a dieta
desproporção dos terços faciais e lábio restringida a líquidos por pelo menos 7
inferior posicionado mais dias. Em um contexto multidisciplinar, a
anteriormente em relação ao lábio cirurgia ortognática associada a ortodontia
superior.A cirurgia ortognática destina-se se mostrou eficaz e com resultados
a correções das DDFs e busca alcançar funcionais e estéticos válidos, satisfazendo
harmonia facial e dentária, oclusão as queixas e proporcionando maior
funcional, saúde e estabilidade. Paciente qualidade de vida ao paciente.
do gênero masculino, 23 anos de
Referências:
1.Peterson LP. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2000.
2.Almeida J. Osteotomia sagital do ramo mandibular e osteotomia total de maxila. Pesq Bras Odontoped
Clin Integr. 2004 set/dez; 4(3): 249-58.
3.Laureano Filho JRL, Carvalho R, Gomes ACA, Bessa RN, CAMARGO IB. Cirurgia ortognática
combinada: relato de um caso. Rev Cirurgia Traumatatologia Buco-maxilo-facial. 2002 Jan; 1(2):31-41.

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ORTOGNÁTICA

1441

ANÁLISE MORFOMÉTRICA MAXILAR E SUA


APLICABILIDADE EM CIRURGIAS
ORTOGNÁTICAS
Talita Portela Pereira; Lívia Maria Vidigal Quintão; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: A osteotomia Le Fort I é uma cavidade nasal até o canal palatino


técnica cirúrgica amplamente utilizada descendente e o comprimento do septo
para a correção de deformidades nasal, bilateralmente. Por meio de uma
dentofaciais e, para que ocorra a análise estatística, obtemos que no lado
mobilização da maxila, é necessária a direito, as médias das respectivas medidas
disjunção da sutura pterigomaxilar. foram de 14,88mm, 9,17mm, 27,60mm,
Durante esse procedimento, muitas 34,47mm e 36,86; e do lado esquerdo, as
complicações podem ocorrer, como médias foram, respectivamente, 15,18mm,
hemorragia resultante da injúria da Artéria 9,08mm, 26,50mm, 34,70mm e 36,02mm.
Maxilar Interna ou de seus ramos O valor médio do comprimento do septo
terminais, na qual a Artéria Palatina nasal foi de 49,10mm. Houve diferenças
Descendente é a mais comum de ser estatisticamente significativas entre os
lesionada. O objetivo do estudo foi gêneros masculino e feminino do ponto
contribuir para o estabelecimento de zonas mais inferior da sutura pterigomaxilar à
seguras operatórias por meio da obtenção fissura orbital inferior e do comprimento
de medidas das regiões maxilar e do septo nasal (P>0.05). A partir dos
pterigomaxilar, tornando o procedimento valores obtidos, é possível estabelecer
mais previsível e com menor risco de parâmetros operatórios para a disjunção
complicações. Foram selecionados pterigomaxilar e osteotomia Le Fort I
quarenta crânios secos dos gêneros realizadas nas cirurgias ortognáticas, como
masculino e feminino do Departamento de a largura adequada do cinzel curvo
Anatomia da Universidade Federal de Juiz utilizado na disjunção pterigomaxilar, a
de Fora – UFJF – e realizadas as medidas profundidade que o mesmo pode adentrar
pelo método de inspeção direta utilizando durante a disjunção, o quanto o cinzel reto
um paquímetro digital Mitutoyo® e um não deve ultrapassar a partir do pilar
compasso Staedtler®. Foram medidas a zigomático durante a osteotomia Le fort I,
altura e espessura da junção a profundidade que o cinzel reto deve
pterigomaxilar, a distância da sutura adentrar na parede lateral da cavidade
pterigomaxilar até o pilar zigomático, a nasal para evitar lesões à Artéria Palatina
distância desde o ponto mais inferior da Descendente e o quanto o cinzel para septo
sutura pterigomaxilar até a fissura orbital deve adentrar na cavidade nasal para não
inferior, a extensão da parede lateral da traumatizar a nasofaringe.

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ORTOGNÁTICA

1460

CIRURGIA ORTOGNÁTICA: ASSIMETRIA FACIAL E


A LIMITAÇÃO DO PLANEJAMENTO MANUAL -
CORREÇÃO COM PLANEJAMENTO VIRTUAL
(3D) - RELATO DE CASO
Lucas Berlatto Modonesi; Daniele Lacerda Pereira; Leandro da
Cunha Dias; Fabricio David Jorge

Introdução: Os casos de assimetria facial das articulações temporomandibulares e


são considerados os de maior assimetria de tecido mole, levando a um
complexidade dentro da cirurgia Buco- melhor resultado estético e funcional.
Maxilo-Facial, devido a alteração Discussão: O planejamento virtual
esquelético-morfológica nos três planos do através de sua tecnologia, vem
espaço (Pitch, Yaw e Roll). O planejamento substituindo o planejamento manual com
virtual veio para romper as limitações do grande força, por se apresentar mais
planejamento manual com a plataforma de confiável e minimizar falhas durante o
Erickson, usados para correção de casos transoperatório. Usando imagens em 3D é
simples envolvendo movimentos puros dos possível realizar osteotomia, reposicionar
ossos, como também assimetrias. as estruturas ósseas osteotomizadas,
Métodos: Paciente com assimetria facial controlar a intercuspidação e
de órbita, base de mandíbula, linha média interferências entre estruturas ósseas
facial e pórios teve a cirurgia planejada de osteotomizadas na região da base do
forma manual (tradicional) e operada em crânio, e simular o pós-operatório, além
2012, acompanhada por quatro anos, sendo dos resultados em tecidos duros e moles na
observado neste período, erros de simetria, tela do computador, permitindo confecção
tendo sido realizadas tentativas de dos guias cirúrgicos que são responsáveis
correção através de procedimentos por transportar todo o resultado obtido de
estéticos, porém sem resultados, levando a forma virtual para o paciente.
insatisfação da mesma, e a ela optar por Conclusão: Apesar de o planejamento
uma re-operação baseada em manual ainda ser usado, ele vem caindo em
planejamento virtual. desuso devido as suas limitações, com isso
Resultados: Com o planejamento virtual a cirurgia virtual vem ganhando espaço,
pode-se eliminar a interferência das eliminando o uso das referências obtidas
referências obtidas com pontos fixos no com pontos fixos no crânio que podem
crânio que se mostravam assimétricos que estar assimétricos levando a erros no
podem levar a erros no planejamento, planejamento, como também a
como evitar problemas como degeneração manipulação dos cotos ósseos através do

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ORTOGNÁTICA

software, eliminando as interferências


entre as osteotomias e proporcionando
melhor adaptação destes, evitando assim,
casos de re-operação pela fidelidade do
planejamento, problemas de degeneração
da ATMs, e malformações vistas
previamente pelo cirurgião através das
imagens em 3D.

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ORTOGNÁTICA

1479

CIRURGIA ORTOGNÁTICA COM "BAD SPLIT"


TARDIO: RELATO DE UM CASO
Fabiano Brites

Introdução: Para demonstrar função dos parafusos e fratura no


intercorrência em cirurgia ortognática segmento proximal por lingual.Na
apresentamos caso de paciente classe III reintervenção,fixou-se a osteotomia com
operada para avanço de maxila e recuo de placa reta 2.0 e parafusos monocorticais e
mandíbula. Aos 28 dias pós-operatórios a um parafuso bicortical.
paciente apresenta incômodo no ângulo Discussão: Fratura indesejada nas
mandibular direito,constatando-se fratura osteotomias sagitais são comuns,variando
da tábua óssea lingual. Justifica-se o de 0 a 20% dos casos1,quando a separação
trabalho por tal intercorrência ser dos fragmentos é feita sem visão,com uso
incomum na sua forma tardia. de osteótomos volumosos ou se o terceiro
Método e caso clínico: Paciente foi molar é removido no mesmo tempo
operada para avanço de maxila com giro de cirúrgico2..Ainda,podem ocorrer falhas na
linha média,giro horário e do plano fixação favorecendo fratura,como torque
transverso,recuo de mandíbula com giro condilar,compressão dos
horário e correção de linha média, maxila fragmentos,placas e parafusos
fixada de maneira usual com placas em L e insuficientes ou posicionados fora da
parafusos 1.5 de titânio e mandibula com inclinação adequada3.Descartados todos
parafusos 2.0 bicorticais em L.Testadas as estes fatores e testadas as fixações no
osteotomias,oclusão e fixações,finalizou- transoperatório,as causas ficam ainda
se o caso.Após 28 dias sem menos claras considerando que a fratura
intercorrências,refinamento oclusal por aconteceu no pós-operatório.
elásticos,fisioterapia e Conclusões: Conclui-se neste caso em
fonoterapia,paciente sente incômodo específico,que a fisioterapia precoce bem
mandibular à direita, constatando-se como o uso dos elásticos favoreceram a
fratura indesejada. fratura,uma vez que nos testes
Resultados: Observou-se aumento de transoperatórios verificou-se perfeita
volume endurecido no fundo de sulco e fixação dos fragmentos.Ainda, não houve
mobilidade à palpação. A tomografia prejuízo prático na finalização do caso uma
mostrou falha na fixação com perda da vez diagnosticado e tratado precocemente.

Referências: 1. ARAUJO,A.Cirurgia Ortognática.1ª edição.SP:Santos,1999.374p. 2.GIL,J.N.Estética


Facial–A Cirurgia Ortognática:Passo a passo para Ortodontistas e Cirurgiões.SP:Santos,2009.297p.
3.PREIN,J.Manual of Internal Fixation in the Cranio-Facial Skele Cranio-Facial Skeleton:Techniques
recommended by the AO/ASIF Maxillofacial Group.Berlim:Springer,1999.227.

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ORTOGNÁTICA

1517

TRATAMENTO DE ASSIMETRIA FACIAL POR MEIO DO


USO DE PLANEJAMENTO VIRTUAL NA CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Fernanda Calvo Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José Moreira
Oliveira; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: O tratamento de assimetrias Objetivos: Este trabalho tem como


faciais consistem em um desafio devido à objetivo discutir o planejamento virtual da
complexidade geométrica das estruturas da cirurgia ortognática, bem como relatar um
face. Programas de computador tem sido caso clínico no qual foi utilizado os guias
utilizados para integrar o planejamento da cirúrgicos para a realização de uma
cirurgia ortognática com a intervenção mentoplastia em um caso de assimetria
cirúrgica, onde que por meio da tomografia facial.
computadorizada é possível realizar a Resultados: O planejamento virtual se
análise do osso e tecidos moles, a mostra como um ferramenta atual de
performance dos movimentos cirúrgicos e grande eficácia na cirurgia ortognática,
a transferência do planejamento para o principalmente em casos de assimetria
guia cirúrgico. Durante o planejamento facial, como se mostra no caso clínico, em
virtual são determinados os limites do que foi obtido um resultado satisfatório
mento em relação à face e então é realizada com o auxílio do mesmo.
a osteotomia e reposicionamento do
Conclusão: Dessa forma, pode-se
mesmo corrigindo alterações nos sentidos
concluir que o planejamento virtual
ântero-posteriores, vertical e transversal.
consiste em uma ferramente de precisão
Assim um guia cirúrgico contendo as linhas
suficiente para o uso clínico, além de
de osteotomia (guia de corte) e o
permitir avaliar potenciais limitações
posicionamento dos parafusos (guia de
trans-operatórias e aumentar a
posicionamento) é confeccionado para ser
previsibilidade do tratamento, sendo uma
utilizado no trans-operatório, permitindo
ferramenta atual que atua em prol ao
o correto posicionamento do mento e do
sucesso do tratamento proposto.
material de fixação.
Referências:
M.I. Shafi, A. Ayoub, X. Ju, B. Khambay: The accuracy of three-dimensional prediction planning for the
surgical corrections of facial deformities using Maxilim. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2013; 42:801-806.
Erkan M., Gurel H.G., Nur M., Demirel B. Reliability of four different computerized cephalometric
analysis programs. European Journal of Orthodont. 2012; 34: 318-321.
Elias FM. Planejamento virtual em cirurgia ortognática: uma mudança de paradigma. In: Associação
Brasileira de Odontologia; Pinto T, Vasconcellos RJH, Prado R, organizadores. PRO-ODONTO
CIRURGIA Programa de Atualização em Odontologia Cirúrgica: Ciclo 8. Porto Alegre: Artmed
Panamericana; 2014. p. 123-59. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 2).

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ORTOGNÁTICA

1519

TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA


OBSTRUTIVA DO SONO POR MEIO DE CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Fernanda Calvo Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José Moreira
Oliveira; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres Perez

Introdução: A síndrome da apnéia Objetivo: Este trabalho tem por objetivo


obstrutiva do sono consiste em uma discutir as indicações da cirurgia
desordem comum em que ocorre um ortognática no tratamento da síndrome da
colapso parcial ou total das vias aéreas na apnéia obstrutiva do sono e realizar o
faringe durante o sono, apresentando relato de um caso clínico em que um
grande potencial de causar consequências paciente portador desta condição foi
fisiológicas ao indivíduo, o que será submetido à cirurgia ortognática.
proporcional ao número de eventos de Resultados: Dentre as indicações da
apnéia por hora durante o sono. Tal cirurgia ortognática tem-se o tratamento
distúrbio respiratório traz consigo da síndrome da apnéia obstrutiva do sono
sintomas como disfunçãoo cognitiva, através do avanço bimaxilar, o qual
fadiga, sono durante o dia, dificuldade de permite maior permeabilidade das vias
concentraçãoo, irritabilidade, depressão, aéreas e melhor qualidade de vida ao
podendo evoluir para problemas no paciente, quadro que foi alcançado com
trabalho e sociais. Complicações sucesso no paciente relatado.
sistémicas também podem ocorrer, como
Conclusão: A cirurgia de avanço
hipertensão, arritmia cardíaca,
bimaxilar é eficaz em casos avançados de
hipertensão pulmonar, infarto e até morte.
síndrome da apneia obstrutiva do sono,
Tais complicações têm chamado atenção
porém um acompanhamento nutricional
devido ao sério potencial de consequências
em conjunto com um fisioterapeuta e de
fisiológicas aos portadores de síndrome da
exercício fisico com pratica supervisionada
apnéia obstrutiva do sono.
de um profissional é imprescindível.
Referências:
Wolford LM, M Pushkar. Surgical management of obstructive sleep apnea. BUMC PROCEEDINGS
2000;13:338–342
Andrews T.B, Lakin E.G, Bradley P.J, Kawamoto H.K. Orthognathic Surgery for Obstructive Sleep Apnea:
Applying the Principles to New Horizons in Craniofacial Surgery. J Craniofac Surg 2012;23: 2038Y2041
Kasai T. Sleep apnea and heart failure. J Cardiol 2012;60(2):78–85.
Mutter TC, Chateau D, Moffatt M, et al. A matched cohort study of postoperative outcomes in
obstructive sleep apnea: could preoperative diagnosis and treat- ment prevent complications?
Anesthesiology 2014;121(4):707–18.

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ORTOGNÁTICA

1573

CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A


IMPLANTES OSSEOINTEGRÁVEIS E DOENÇA
DA ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR
Ana Carolina Ficho; Willian Saranholi Silva; Luis Eduardo Marques
Padovan; Ricardo Alexandre Galdioli Senko; Paulo Domingos
Ribeiro Junior

Introdução: A hiperplasia do côndilo imagem panorâmico inicial notavasse


mandibular corresponde à um crescimento crescimento assimétrico dos condilos e
excessivo caracterizada por uma má ramos mandibulares prevalecendo a
formação de desenvolvimento, resultando acentuidade das estruturas mandibulares
em assimetria facial, alterações oclusais e do lado esquerdo.Foi realizado um
dor. Dentro das possibilidades de tratamento inicial com a utilização
tratamento da hiperplasia do côndilo aparelho ortodôntico inferior e reabilitação
mandibular, além da condilectomia pode com implantes osseointegraveis nas áreas
ser associada cirurgia ortgnática para edêntulas, e, posterior cirurgia ortognática
correção da assimetria facial presente, com condilectomia para tratamento da
entretanto alguns pacientes além das deformidade dento-facial-esquelética.
alterações no crescimento podem Discussão: O tratamento da hiperplasia
apresentar ausências dentarias, sendo mandibular com a condilectomia associado
parciais ou totais.Diante disso o objetivo a cirurgia ortognatica produz bons
desse trabalho é relatar um caso clínico de resultados estéticos e funcionais, embora
cirurgia ortognática associada a implantes os parâmetros de diagnósticos devem ser
osseointegráveis em uma paciente com utilizados para definir o melhor
hiperplasia côndilar. planejamento a ser executado, na
Caso clinico: Paciente CPA, sexo literatura há relatos da realização da
feminino, 50 anos de idade, com queixa cirurgia ortognatica isolada em pacientes
principal de dificuldade na mastigação, com patologias da atm, podendo levar a
fonação e deglutição, junto a dores resultados insatisfatórios.
miofaciais e da articulação temporo- Conclusão: Com a realização deste caso
mandibular. A mesma relatou um clínico é possivel considerar que um
crescimento progressivo e assimétrico da tratamento integrado e multidisciplinar se
mandíbula desde a adolescência. Ao exame mostrou eficaz para o tratamento desta
clínico notavasse ausência dentaria de paciente portadora de deformidades dento
alguns elementos na arcada inferiore e facial esquelética associada a hiperplasia
edentulismo total superior, ao exame de condilar.
Referëncia: Farina R, Olate S, Raposo A, Araya I, Alister JP, Uribe F: High condylectomy versus
proportional condylectomy: is secondary orthognathic surgery necessary?. Int. J. Oral Maxillofac. Surg.
2016;45:72–7.

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ORTOGNÁTICA

1623

TRATAMENTO INTEGRAL PARA ASSIMETRIA


FACIAL: RELATO DE CASO
Rafael Moreira Daltro; Raquel Azevedo Grapiuna Lima; Pedro Pinto
Berenguer; Maria Cecília Fonsêca Azoubel; Eduardo Azoubel

Introdução: A assimetria facial é uma articular para correção da disfunção


deformidade que atinge uma parcela da temporomandibular no mesmo ato
população e comumente nesses casos, há cirúrgico.
desproporcionalidade da hemiface direita e Discussão: Alguns autores sugerem que
esquerda, ocasionando perda da harmonia para tratamento dessa deformidade,
facial. Concomitante a esta patologia algumas medidas podem ser adotadas,
pode-se ter desordens das articulações, variando de procedimentos ortodônticos,
podendo gerar a necessidade de outras cirúrgicos de um tempo ou cirúrgico em
intervenções, dentre elas o dois tempos. Além disso, outro ponto
reposicionamento do disco articular. A discutido é a comparação das vantagens e
cirurgia ortognática é um procedimento desvantagens do planejamento virtual
utilizado para correção de deformidades sobre o convencional.
dentofaciais para melhor harmonia facial.
Conclusões: Devido aos avanços
O objetivo desse trabalho é relatar um caso
tecnológicos e a busca por harmonia facial
clínico com tratamento integral da
e redução da morbidade em pacientes, é
assimetria facial.
importante que o cirurgião domine as
Métodos: Foi realizada uma combinação opções terapêuticas, bem como saiba
do planejamento virtual e convencional analisar e escolher a que melhor se
para correção de assimetria facial enquadra para cada caso.
associada ao reposicionamento de disco
Referências: Gribel BF, Thiesen G, Borges TS, Freitas MPM. Prevalence of mandibular asymmetry in
skeletal classe I adult patients. J Res Dent. 2014; 2(2): 189-97. Xavier SP, Santos TS, Silva ER, Faria AC,
Mello Filho FV. Two-stage treatment of facial asymmetry caused by unilateral condylar hyperplasia.
Braz Dent J. 2014; 25(3): 257-60. Gonçalves JR, Cassano DS, Rezende L, Wolford LM. Disc repositioning
does it really work? Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2015; 27: 85-07. Hammoudeh JA, Howell LK,
Boutros S, Scott MA, Urata MM. Current status of surgical planning for orthognathic surgery:
traditional methods versus 3D surgical planning. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2015; 3(2): e307.
Stokbro K, Aagaard E, Torkov P, Bell RB, Thygesen T. Virtual planning in orthognathic surgery. Int J
Oral Maxillofac Surg. 2014; 43: 957-65. Stokbrol K, Aagaard E, Torkovl P, Bell RB, Thygesen T. Surgical
accuracy of threedimensional virtual planning: a pilot study of bimaxillary orthognathic procedures
including maxillary segmentation. Int J Oral Maxillofac Surg. 2016; 45: 08–18.

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ORTOGNÁTICA

1751

A CIRURGIA ORTOGNÁTICA COMO UMA DAS


OPÇÕES PARA A CORREÇÃO DO SORRISO
GENGIVAL: DIAGNÓSTICO E DECISÕES
TERAPÊUTICAS
Franciele de Oliveira Santolin; Ismênia Edwirges Bernardes; Eduardo
Stehling Urbano; Matheus Furtado de Carvalho

Introdução: A oclusão funcional e perfil. A análise facial revelou 7mm de


estável, a harmonia facial e a estética exposição de incisivos centrais superiores
dentária são alguns dos principais em repouso, 12mm durante sorriso
objetivos da cirurgia ortognática, sendo a forçado, comprimento labial superior de
análise do sorriso uma importante etapa do 21,8mm e dimensão vertical da coroa do
planejamento. Entende-se como sorriso incisivo central de 10mm. A paciente
gengival quando há exposição de uma faixa possuía uma deficiência ântero-posterior
contínua de gengiva maior que 3mm de mandíbula e mento, vedamento labial
durante o sorriso espontâneo, presente em ausente, lábio inferior invertido e o sulco
quatro situações: excesso vertical da mento labial marcado, características de
maxila, lábio curto, excesso gengival e um padrão II de face. Em contrapartida,
atividade muscular acentuada. A cirurgia apresentava uma oclusão satisfatória,
ortognática é a terapêutica indicada nos classe I de Angle. Após requisição dos
casos de excesso vertical de maxila com exames de imagem, foram realizados
exposição aumentada do incisivo central traçados original e predictivo, optando-se
superior em repouso, e comprimento por um cirurgia combinada, com impacção
normal do lábio superior e das coroas dos de maxila, rotação anti-horária da
dentes. O objetivo do trabalho é apresentar mandíbula e avanço do mento, visando
um caso clínico de sorriso gengival corrigir definitivamente o sorriso gengival
associado ao excesso vertical da maxila em e proporcionar um contorno mais delicado
uma paciente anteriormente tratada à mandíbula. Paciente encontra-se em
apenas com ortodontia, sem planejamento acompanhamento pós-operatório de 30
prévio de cirurgia ortognática. meses, sem sinais de recidiva e satisfeita
Caso clínico: Paciente TRB, 30 anos, com a oclusão e estética facial obtida com
gênero feminino, compareceu ao serviço de o novo tratamento.
Cirurgia Bucomaxilofacial, sem queixas Conclusão: O tratamento do sorriso
funcionais, e insatisfação estética devido gengival tem início com o diagnóstico
ao sorriso gengival em vista frontal e correto e planejamento multidisciplinar,
mandíbula alongada em fotografias de sendo primordial a busca não apenas por

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ORTOGNÁTICA

dentes em chaves de oclusão, cor e forma harmônica e saúde equilibrada das


adequadas, mas também por uma face estruturas orofaciais.
Referências: ARAÚJO, A. Cirurgia ortognática. 1ª ed., São Paulo: Livraria Santos. 1999.

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ORTOGNÁTICA

1758

A INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS


NOS RESULTADOS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA
EM PORTADORES DE DEFORMIDADE FACIAL
PADRÃO III: RELATO DE CASO
Matheus Corrêa da Silva; Christiane Cavalcante Feitoza; Aline
Carvalho Parreira; Yasmin Lima Nascimento

A cirurgia ortognática visa corrigir as do edema pós-operatório, a aceitação da


discrepâncias oclusais e esqueléticas, bem nova aparência foi muito positiva já de
como proporcionar a melhora da estética e imediato, fato que se consolidou após a
da harmonia facial. A má oclusão de Classe finalização do tratamento ortodôntico e o
III de origem esquelética é caracterizada retorno da funcionalidade dos tecidos
por uma discrepância anteroposterior moles da face. Os resultados da cirurgia
entre as bases ósseas, que pode acontecer ortognática favoreceram a oclusão
devido à retrusão maxilar, à protrusão funcional dinâmica e a harmonia facial,
mandibular ou à combinação de ambos. além de ocasionar melhorias na relação
Estas anomalias alteram expressivamente interpessoal e na autoestima da paciente.
o perfil facial do paciente, podendo Contudo, para que esse sucesso seja
influenciar não somente a autoconfiança alcançado, deve-se ir além do
dos pacientes, como também os conhecimento técnico do procedimento
relacionamentos externos, resultando em ortodôntico cirúrgico, necessita-se que a
desvantagens sociais e psicológicas. Esse equipe transcenda para o entendimento da
trabalho objetiva relatar o caso clínico de parte emocional do paciente. Cuidados
uma paciente portadora de deformidade como o consentimento livre e esclarecido
facial classe III que foi submetida à cirurgia do paciente para a realização da cirurgia
ortognática e os aspectos psicossociais sem que haja a interferência de familiares e
envolvidos no tratamento. Paciente adulta, profissionais, detalhes de todas as etapas
do sexo feminino, com diagnóstico de do tratamento incluindo as dificuldades
classe III esquelética, onde além da trans e pós-operatórias, quais as reais
incapacidade mastigatória apresentava expectativas estéticas do paciente,
como principal queixa a insatisfação com possíveis ou não de serem sanadas evitam
sua face. Após o preparo ortodôntico pré- que estes gerem expectativas irreais em
cirúrgico, a mesma submeteu-se à cirurgia torno do procedimento cirúrgico. Para
de avanço maxilar e recuo de mandíbula garantir um melhor resultado no
com giro horário do plano oclusal e avanço tratamento de pacientes Classe III de
de mento, o que devolveu a proporção dos Angle, além do diagnóstico e plano de
terços faciais e a oclusão de classe I. Apesar tratamento adequados, boa condução

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ORTOGNÁTICA

clínica e cirúrgica, é fundamental que o


paciente seja orientado quanto aos
aspectos psicossociais de forma
apropriada.

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ORTOGNÁTICA

1777

COMPARAÇÃO ENTRE SOFTWARES DE


IMAGEM PARA AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA
SUPERIOR: ESTUDO PRELIMINAR
Ricardo Augusto Gonçalves Pierri; Guilherme dos Santos Trento;
Philipp Christian Jürgens; Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli;
Valfrido Antônio Pereira Filho

O interesse na avaliação da via área superior tem aumentado


nos últimos anos, passando a fazer parte no planejamento para
a cirurgia ortognática. Por esse motivo, inúmeros softwares
têm sido desenvolvidos com o objetivo de melhorar e facilitar
a análise do volume das vias áreas. O objetivo deste estudo foi
comparar dois softwares, Mimics® e Dolphin®, em relação as
mensurações do espaço da via aérea superior. Para tanto, foram
incluídos neste estudo, tomografia computadorizada de feixe
cônico pré-operatórias de nove pacientes, não sindrômicos,
submetidos a expansão rápida da maxila cirurgicamente
assistida. Os exames de imagem convertidos em arquivos
DICOM (Digital Imaging Communications in Medicine) foram
importados para os softwares. A média do volume para o grupo
Dolphin (G1) foi 10.791 cm3 (desvio padrão = 4.269 cm3) e para
o grupo Mimics (G2) foi 10.553 cm3 (desvio padrão = 4.564 cm3).
Não houve diferença estatisticamente significante entre os
dois grupos (p=0,105).

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ORTOGNÁTICA

1798

CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE


COM FISSURA LABIOPALATAL:
RELATO DE CASO
Ana Carolina Fraga Fernandes; Mariana Machado Mendes de
Carvalho; Roberto Almeida de Azevedo; Daiana Cristina Pereira
Santana; Paloma Heine Quintas

Introdução: As fissuras lábio palatinas Método: Paciente do sexo feminino, 23


são as más-formações congênitas que anos, chegou ao serviço de cirurgia Buco-
apresentam-se como as mais comuns da Maxilo-Facial UFBA-OSID encaminhada
face. Durante seu desenvolvimento e pelo ortodontista do Centrinho de
cirurgias para correção das fissuras, é pacientes com fissuras lábio palatina, com
habitual encontrar no paciente fissurado todas as cirurgias, queiloplastia,
anormalidades nas estruturas crânio- fechamento da fenda palatina e enxerto
faciais. A prevalência de deformidades ósseo alveolar, e tratamento ortodôntico
encontra-se na maxila, por ser o osso mais prévios para realização da cirurgia
acometido pela fissura, com retrusão do ortognática. O tratamento instituído foi de
terço médio dos pacientes. Dentre as avanço da maxila, para reparo da
diversas cirurgias de correção das deficiência observada em terço médio. Foi
deformidades e reabilitação, a cirurgia utilizado para fixação 04 placas de titânio
ortognática faz-se necessária, do sistema 2.0 com quatro parafusos cada,
principalmente em combinação ao instituído bloqueio, com elástico, por 04
tratamento ortodôntico, para atingir semana, dieta liquida e pastosa por 45 dias.
melhores efeitos estéticos e funcionais. O Paciente evoluiu bem no pós-operatório,
objetivo desse trabalho é expor um caso sem intercorrências e sem recidivas quanto
clínico de uma paciente portadora de a deficiência de maxila, após 01 ano de
fissura lábio palatina, onde o tratamento acompanhamento.
proposto foi a realização da cirurgia
ortognática em conjunto com o tratamento
ortodôntico.
Referências:
DA SILVA FREITAS, R. et al. Cirurgia ortognática nos portadores de fissuras lábiopalatais: experiência
e desafios. Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2009; 12(3): 89-93.
DO AMARAL, C.A.R. et al. Estudo do avanço maxilar e das complicações em pacientes fissurados e não-
fissurados submetidos a cirurgia ortognática. Rev. Bras. Cir. Plást. 2008; 23(4): 263-7.
VERONEZ, F.S.; TAVANO, L. D´A. Modificações psicossociais observadas pós-cirurgia ortognática em
pacientes com e sem fissuras labiopalatinas. Arq Ciênc Saúde, 2005 jul-set;12(3):133-37.

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ORTOGNÁTICA

1821

AVALIAÇÃO POSTURAL DE PACIENTES


CLASSE III PRÉ-CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Fernando Zugno Kulczynski; Fernando de Oliveira Andriola; Pedro
Deon; Denizar Alberto da Silva Melo; Rogério Miranda Pagnoncelli

Introdução: As alterações posturais e média desvio padrão. A amplitude (delta)


dentárias do tipo classe III são um assunto dos dados foi calculada pela subtração
pouco relacionados na literatura, assim a entre o valor mensurado e o valor de
avaliação postural serve como método referência previsto pelo software do
diagnóstico para determinar quais programa SAPO.
alterações que poderemos encontramos em Resultado: Foram incluídos 40 pacientes
todo o corpo.O método de avaliação classe III, sendo 55% do gênero
postural através da fotogrametria e análise masculino.As estruturas corporais
pelo software SAPO, utilizados no nosso avaliadas mostraram, na sua maioria,
estudo, esta amplamente discutido pelas índices considerados fora dos padrões,
pesquisas, fazendo este método ser apresentando como característica principal
confiável. um centro de gravidade deslocado para
Método: Trata-se de um estudo anterior (desvio do plano sagital de
observacional, do tipo transversal. Os 43,77%) e com tendência de desvio para
fatores de inclusão para amostra foram lateral esquerdo (desvio do plano frontal de
apresentar necessidades de cirurgia -3,89%).
ortognática, para correção de deformidade Discussão: Os artigos para embasar os
dentofacial classe III e que estivessem nossos resultados são escassos, assim
realizando preparo ortodôntico prévio á dificultando uma comparação direta. Sabe-
cirurgia.Avaliação postural-Eles foram se que este estudo apresenta limitações
submetidos a uma avaliação postural inerentes aos estudos transversais, como
através de fotogrametria e análise de dados efeitos de coorte e tendência temporal, que
pelo software SAPO. Elas foram obtidas podem influenciar nas alterações
com o paciente na posição de pé, e os fisiológicas.
mesmos estavam vestidos de acordo que
Conclusão: O método de avaliação
pudéssemos obsevar os 32 pontos
postural, fotogrametria e análise pelo
anatômicos e os pés eram posicionados
software SAPO, mostraram que os
dentro de uma marcação no chão.Análise
pacientes com padrão dentofacial Classe III
estatística-As principais variáveis do
apresentam alterações posturais para este
estudo foram avaliadas através do teste de
tipo de análise.
Kolmogorov-Smirnov. Como todas as
variáveis apresentaram distribuição
simétrica, os dados foram expressos em

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ORTOGNÁTICA

1848

TRATAMENTO DE BAD SPLIT UNILATERAL


DURANTE OSTEOTOMIA SAGITAL
MANDIBULAR
Erik Neiva Ribeiro de Carvalho Reis; Valthierre Nunes de Lima;
Natasha Magro Ernica; Gabriel Mulinari dos Santos; Osvaldo Magro
Filho

Um padrão desfavorável e imprevisto osteotomia sagital mandibular do lado


durante a osteotomia sagital mandibular é esquerdo da paciente, onde havia um
geralmente referido como uma "bad split". implante instalado e osseointegrado,
Poucas técnicas cirúrgicas para gerenciar a ocorreu uma fratura indesejável. Notou-se
situação foram descritas. A forma mais a necessidade de uma fixação diferente do
preocupante de uma “bad Split” é quando planejado. Foram usadas duas placas do
ocorre na região do ramo ascendente. Ao sistema 2.0. A paciente encontra-se em
executar uma osteotomia sagital acompanhamento de 01 ano, sem queixas
mandibular, se a osteotomia medial é álgicas, estéticas e sem alterações oclusais.
incompleta através do córtex ou muito Acredita-se que a idade mais avançada
"alta", há uma tendência para que a divisão como descrito na literatura, e o fato de ter
avance e inclua o côndilo dentro do um implante dentário na região da
segmento distal da mandíbula. O objetivo osteotomia sagital, possa ter levado a uma
deste trabalho, é descrever um caso clínico fratura indesejável. Portanto, o cirurgião
de uma paciente do sexo feminino, 40 anos, deve estar atento a esses fatores e estar
sem comprometimentos sistêmicos, onde o preparado para lidar com essas
planejamento foi uma cirurgia bimaxilar intercorrências.
mais mentoplastia. Durante a realização da
Referências:
Posnick JC. Complications associated with orthognathic surgery. In: Posnick JC, editor. Orthognathic
surgery: principles and practice. St. Louis, MO: Elsevier; 2014. p. 475–542.
Mensink G, Verweij JP, Frank MD, Bergsma JE, van Merkesteyn JP. Bad split during bilateral sagittal
split osteotomy of the man- dible with separators: a retrospective study of 427 patients. Br J Oral
Maxillofac Surg 2013;51:525–9.

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ORTOGNÁTICA

1865

BAD SPLIT ASSOCIADO A OSTEOTOMIA


SAGITAL DE RAMO MANDIBULAR
Gilcinete Souza Oliveira; Gustavo Cavalcanti Albuquerque; Valber
Barbosa Martins; Marcelo Vinicius de Oliveira; Joel Motta Junior

A cirurgia ortognática é um procedimento degrau inferior, promovendo osteotomia


combinado entre a ortodontia e cirurgia vertical incompleta na borda inferior da
bucomaxilofacial e visa à correção de mandíbula. Foi realizado uma nova
deformidades dentoesqueléticas, reabordagem cirúrgica onde, pelo mesmo
envolvendo componentes funcionais e acesso para ramo intraoral, inicialmente
estéticos, visando a correção da oclusão foi fixado a fratura com paca em “T” do
dentária, consequentemente melhorando a sistema 2.0 mm com parafusos
harmonia e equilíbrio facial. Uma paciente monocorticais. Foi revisada a osteotomia
com retrognatismo mandibular foi na base da mandíbula e completada a
encaminhada ao serviço de Cirurgia e separação. O fragmento distal já em sua
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial por seu posição final pelo bloqueio
ortodontista. Após a mecânica ortodôntica maxilomandibular, foi unido ao coto
pré-operatória, foi realizado o traçado proximal com 2 placas do sistema 2.0 mm
predictivo da paciente onde foi definido dispostos de maneira linear em ambos os
que a mandíbula deveria avançar 4 mm lados. O curso pós-operatório evoluiu sem
com a OSRM para avanço mandibular. Sob infecção ou qualquer tipo de problema,
anestesia geral, uma incisão foi realizada paciente saiu sem BMM da sala cirúrgica,
do ramo ascendente mandibular a região entretanto foi mantido elásticos-guia, no
vestibular ao primeiro molar inferior pós-operatório, para facilitar a memória
bilateral, sendo o retalho mucoperiosteal neuromuscular e a máxima
elevado e realizada a OSRM. Foi realizado o intercuspidação. Esse relato corrobora com
avanço e FIR de acordo com literatura. a maioria dos casos de literatura no que diz
Após tomografia facial de controle foi respeito a tabua óssea fraturada,
observado mal posicionamento do côndilo entretanto não há predileção por gênero.
direito em relação a fossa condilar e ´´BAD Os exames radiográficos de 06 meses
FRACTURE´´ na separação e fixação da mostraram articulações
OSRM direita, a fratura indesejável, não temporomandibulares normais, contornos
observada no transoperatório , ocorreu na mandibulares preservados e reparo ósseo
cortical vestibular do coto proximal do lado adequado.
direito, onde este fraturou-se em 3
diferentes fragmentos, a fratura
indesejável separou a tabua óssea
vestibular da base mandibular causando

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ORTOGNÁTICA

1896

USO DO PLANEJAMENTO VIRTUAL PARA


CORREÇÃO MANDIBULAR ATRAVÉS DE
GIRO ANTI-HORÁRIO: RELATO DE CASO
André Augusto Albuquerque Monteiro; Marina Castro Rocha; Lucas
Alexandre de Morais Santos

A evolução dos recursos e tecnologias de anti-horário de mandíbula, a partir do uso


diagnóstico por imagem tornou possível, do software Dolphin Imaging Surgery 11.8.
na área de saúde em geral, uma O planejamento foi realizado por meio de
documentação vitual em três dimensões do varreduras a laser das dentições,
paciente. Também no campo da combinadas com dados clínicos
odontologia estes recursos estão cada vez digitalizados associados a Tomografias
mais disponíveis e acessíveis. No campo da Computadorizadas de Feixe Cônico
cirurgia maxilofacial, tais tecnologias estão (TCFC), gerando um banco de dados virtual
auxiliando o cirurgião a identificar, do paciente, mostrando e simulando as
diagnosticar e estabelecer estratégias de opções de tratamento cabíveis ao seu tipo
atuações cirúrgicas nas desordens dos facial. Após a conclusão do procedimento
maxilares, elegendo um melhor plano de cirúrgico foi observado o resgate da
tratamento a partir de uma avaliação mais estabilidade oclusal com restauração da
segura de tecidos moles e duros das linha média, conforme previsto na
estruturas orofaciais. Estes diagnósticos simulação virtual, mostrando que o
permitem, ainda, simular as software é bastante preciso e eficaz quando
movimentações ósseas e, até, prever usados por cirurgiões devidamente
virtualmente os resultados finais das habilitados.
intervenções, antes mesmo do
procedimento cirúrgico. Aliando-se cada
dia mais ao planejamento virtual, a cirurgia
ortognática tem como objetivo
proporcionar uma harmonia entre os ossos
gnáticos e suas estruturas adjacentes,
através de movimentações cirúrgicas dos
segmentos maxilo-mandibulares,
concedendo estabilidade, conforto e
estética ao paciente. O objetivo deste
trabalho é relatar a aplicabilidade do
planejamento virtual em um caso de
cirurgia ortognática com avanço e giro

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ORTOGNÁTICA

1897

PLANEJAMENTO ASSISTIDO POR


COMPUTADOR EM CIRURGIA
ORTOGNÁTICA : REVISÃO SISTEMÁTICA
Orion Haas Junior; Otávio Emmel Becker; Lucas Meirelles; Neimar
Scolari; Rogério Belle de Oliveira

Objetivo: realizar uma revisão Resultados: oito estudos foram incluídos


sistemática para avaliar a acurácia do nesta revisão sistemática. O nível de
planejamento assistido por computador concordância entre os autores para seleção
em cirurgia ortognática, averiguar a dos estudos foi considerado substancial
qualidade da literatura atual e a (kappa= 0,767) e para elegibilidade dos
necessidade de novas metodologias sobre o estudos foi considerado excelente (kappa=
assunto. 0,863). A acurácia no planejamento
Metodologia: a busca sistemática na assistido por computador em cirurgia
literatura foi efetuada nas bases de dados ortognática nos sentidos de translação foi
PubMed, EMBASE, Biblioteca Cochrane, menor do que 1,2 milímetros na maxila
LILACS e SciELO. A literatura cinza foi (vertical) e menor do que 1,1 milímetros na
investigada no Google Acadêmico e nos mandíbula (sagital), e nos sentidos de
anais dos congressos mais importantes de rotação foi menor do que 1,5° na maxila
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- (pitch) e menor do que 1,8° na mandíbula
Facial. Os artigos encontrados passaram (pitch). Dois estudos apresentaram
por um critério de seleção e elegibilidade potencial médio para risco de viés e seis
por dois autores de maneira cega e estudos apresentaram potencial alto para
independente. Após a seleção dos estudos risco de viés. O planejamento assistido por
elegíveis, realizou-se uma busca manual computador em cirurgia ortognática é
nas referências desses, fez-se extração dos considerado acurado pelos estudos
dados e a análise de qualidade dos mesmos. incluídos nesta revisão sistemática. A baixa
Através da busca nas bases de dados foram qualidade dos artigos, entretanto, faz com
encontrados 350 artigos. Desses 33 foram que seja necessária a elaboração de ensaios
selecionados para leitura na íntegra e seis clínicos randomizados para avaliar se ele
foram incluídos no estudo. Através da realmente traz maiores benefícios ao
busca na literatura cinza, quatro artigos paciente e à prática cirúrgica quando
foram selecionados para leitura na íntegra comparado ao planejamento convencional.
e apenas um foi incluído no estudo e a
partir da busca manual um artigo foi
incluído.

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ORTOGNÁTICA

1957

REPERCUSSÃO ESTÉTICA DA ROTAÇÃO DO


PLANO OCLUSAL EM CIRURGIA
ORTOGNÁTICA
Giulia Quarentei Barros Brancher; Aladim Gomes Lameira Júnior;
Flavio Alves de Andrade; Cesar Mirandola; Christian Jose de
Oliveira Macedo

O tratamento ortodôntico nem sempre é perfil facial da paciente e uma oclusão


capaz de corrigir ou manter, por si só, a Classe I de Angle.
estética facial, como nos casos em que a O planejamento contou com combinação
discrepância entre as bases ósseas é de de tratamento ortodôntico e cirúrgico para
grande proporção, tornando inviável a correção da deformidade dento-facial, com
obtenção de estética, função e estabilidade rotação anti-horária de maxila e avanço de
adequadas. Quando existem alterações de mandíbula. A cirurgia ortognática foi
oclusão e de tipologia facial, associadas às efetuada em âmbito hospitalar, sob
desproporções esqueléticas, a correção anestesia geral, envolvendo maxila e
cirúrgica por meio de cirurgia ortognática é mandíbula. Foram realizadas Osteotomia
o tratamento de eleição. Uma evolução LeFort I e segmentar de maxila, para
significativa proposta para a Cirurgia rotação anti-horária do plano oclusal, e
Ortognática foi a rotação intencional do Osteotomia bilateral sagital de mandíbula,
plano oclusal, para melhores resultados do para avanço mandibular. Tais métodos
que aqueles obtidos pela técnica proporcionaram correção da má oclusão de
tradicional, a qual mostrou-se estável a Classe II e do trespasse horizontal,
longo prazo, bem como permitindo cirurgicamente.
melhora em oclusão, aumento do espaço
A cirurgia ortognática proposta permitiu o
aéreo em rino e orofaringe, além de
avanço da mandíbula e a impactação da
significativa melhora estética e da
maxila, obtendo resultados coerentes de
harmonia facial, com consequências
correção da má oclusão de Classe II e do
importantes na autoestima do paciente.
overjet, resultando numa importante
O presente estudo tem por objetivo relatar melhora do perfil e da estética facial.
um caso clínico de uma paciente do gênero Paciente encontra-se satisfeita com o
feminino (FCP), 33 anos, leucoderma, resultado cirúrgico obtido e mantém-se em
apresentando deformidade dentofacial acompanhamento pós-cirúrgico. Houve,
condizente com má oclusão de Angle portanto, o estabelecimento de função e
Classe II, excesso vertical, além de overjet. estética adequadas, devolvendo
Os objetivos do tratamento constituíam-se autoestima e qualidade de vida à paciente
em corrigir a má oclusão para melhora no em questão.

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ORTOGNÁTICA

1968

CIRURGIA ORTOGNÁTICA BIMAXILAR EM


PACIENTE APNÉICO COM PADRÃO FACIAL
LONGA III: RELATO DE CASO
Thamiris Nogueira Sacker; Roque Miguel Rhoden; Vinicius Kleinubing
Rhoden; Diego Kleinubing Pons

As deformidades no crescimento dos ossos a fim de reconstruir o equilíbrio anatômico


maxilares tem etiologia multifatorial e funcional da face. Assim, conclui-se que
envolvendo predisposição genética, fatores no caso clínico obteve-se êxito no
ambientais e biológicos. Estas alterações diagnóstico e foi alcançado sucesso
têm íntima relação com a maloclusão, terapêutico com a correção das
deformidades dentofaciais e com as deformidades faciais, sensível melhora na
disfunções temporomandibulares. Na fonação, respiração, articulação
literatura, pode-se classificar os pacientes temporomandibular e digestão,
em 5 categorias: Padrão Facial I, Padrão preservando o sistema estomatognático
Facial II, Padrão Facial II, Padrão Face com a elevação da auto-estima da paciente,
Curta e Padrão Face Longa. Clinicamente, restaurando a harmonia facial, funcional e
indivíduos com padrão facial III possuem saúde da mesma.
um perfil côncavo, devido à deficiência de
maxila. Já indivíduos com face longa
possuem um aumento do terço inferior da
face, o que resulta em ausência de
selamento labial e, por conseguinte,
excesso de exposição dentária. Assim, este
trabalho objetiva-se a relatar um caso
clínico onde foi realizado cirurgia
ortognática em paciente com Padrão Face
Longa III. Relato de caso: paciente do sexo
feminino, adulto jovem, leucoderma,
insatisfeita com a sua estética facial e
apresentando síndrome de apnéia
obstrutiva do sono. Diante do quadro
clínico e com o auxílio de exames
radiográficos, cefalométricos e
polissonografia, optou-se pelo tratamento
orto-cirúrgico com cirurgia ortognática dos
3 segmentos (maxila, mandíbula e mento)

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ORTOGNÁTICA

2040

COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO DA


CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
UMA SÉRIE DE CASOS
Marina Castro Rocha; André Augusto Albuquerque Monteiro;
Brenda Fabrizia Buriti Dantas Ferreira; Lucas Alexandre de Morais
Santos

Introdução: A cirurgia ortognática é o osteotomia, remoção recente de terceiros


procedimento de correção das molares, idade do paciente e experiência
deformidades esqueletais e do cirurgião; hemorragias, que estão
dentoalveolares, a fim de estabelecer a diretamente ligadas a experiência do
harmonia facial, dentária e saúde para as cirurgião e o uso de anestésicos com
estruturas orofaciais. Assim como em todo hipotensão induzida; infecções dos tecidos
procedimento cirúrgico, o pós-operatório moles e duros seguidas de necrose;
da cirurgia ortognática pode acarretar em Hochban et al. cita a síndrome de apneia do
complicações, muitas vezes, ocasionadas sono obstrutiva pelo estreitamento da via
por um longo tempo cirúrgico e manuseio aérea, deslocamento do músculo
errôneo dos maxilares e tecidos moles. O pterigoideo medial e do osso hioide;
trabalho tem como objetivo relatar uma reabsorções condilares, por hábitos
série de casos de complicações decorrentes parafuncionais, DTM, osteoartrose e
da cirurgia ortognática, obtidos através de trauma cirúrgico; e, por fim, a mais comum
registro fotográfico. Dentre as várias de todas da complicações, de acordo com
complicações, a literatura enfatiza aquelas diversos autores, um déficit
que são geralmente causadas pelo neurossensorial na região inervada pelo
procedimento mais realizado na cirurgia nervo alveolar inferior, também chamado
ortognática, a osteotomia sagital dos de parestesia. Outras complicações como
ramos mandibulares, como: dor e edema; osteólise periimplantar, recidiva de
injúrias ao nervo alveolar inferior, podendo deformidade, pseudoartrose e hematomas
este ser distendido, lacerado ou até também podem acontecer e não só devido
seccionado durante a osteotomia e a na osteotomia sagital dos ramos
mobilização da fratura; fraturas mandibulares, mas também decorridas das
inadequadas, que segundo a literatura osteotomias maxilares e mentoplastias.
variam de 0 a 20% de incidência, devido à Conclui-se que, as complicações estão mais
inclinação incorreta da osteotomia, propensas a surgir quando o cirurgião
separação inadequada dos fragmentos, negligencia um dos três estágios
alterações anatômicas da mandíbula, operatórios: pré, trans ou pós. A cirurgia
presença de terceiros molares na região da ortognática é um procedimento demorado,

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ORTOGNÁTICA

que requer do profissional muita


habilidade e conhecimento, pois caso
contrário, o paciente está sujeito a
complicações graves que, no mínimo,
necessitam de outra intervenção cirúrgica.

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ORTOGNÁTICA

2057

REPERCUSSÕES ESTÉTICAS E FUNCIONAIS NA


ROTAÇÃO ANTI-HORÁRIA DO PLANO OCLUSAL
EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO
Anderson Maikon de Souza Santos; Tiburtino José de Lima Neto; Marcos
Antônio Farias de Paiva; Natália Lins de Souza; José Wilson Noleto Ramos
Junior

Introdução: O tratamento das queixas estéticas e não aceitando


deformidades dentofaciais geralmente realização de novo tratamento ortodôntico
necessita da abordagem cirúrgica da preparatório para a cirurgia ortognática.
mandíbula, da maxila ou em ambos para Diante de tal situação foi optado por
que objetivos estéticos e funcionais sejam rotação anti-horária do plano oclusão
alcançados. Muitas vezes, em casos de tendo em vista a resolução da queixa
cirurgia maxilo-mandibular, o plano estética e a melhora das vias aérias.
oclusal pode ser modificado Resultado: A paciente segue em
cirurgicamente para maximizar tais acompanhamento, satisfeita com o
objetivos. Uma das vantagens de tal resultado estético, apresentando oclusão
alteração é a possibilidade de modificar o estável e com ampliação da vias aérias.
padrão facial do paciente dolicocefálico, o
Discussão: A rotação anti-horária do
que não é possível sem a alteração do plano
plano oclusal em pacientes dolicocefálicos
oclusal. Os pacientes com deformidades
proporciona os seguintes resultados:
dentofaciais, principalmente os
inclinação bucal dos incisivos superiores;
dolicocefálicos que possuem o plano
diminuição da inclinação dos incisivos
oclusal aumentado, são também
inferiores; definição clínica da projeção do
acometidos por distúrbios funcionais
ângulo mandibular; aumento da altura
articulares e respiratórios, além do
facial posterior; movimento posterior da
comprometimento estético facial. Com o
região paranasal; melhora da projeção
objetivo de melhorar tais distúrbios, a
mandibular; e aumento da via aérea
modificação cirúrgica do plano oclusal na
superior devido ao avanço mandibular.
cirurgia ortognática é uma alternativa
viável.Este trabalho tem como objetivo Conclusão: A rotação anti-horária de
avaliar, por meio de um relato de caso plano oclusal se mostrou uma boa opção
clínico, as modificações estético- para os casos de paciente com classe II,
funcionais da rotação anti-horária do repercutindo com ótimos resultados
plano oclusal em pacientes dolicocefálicos. estéticos e funcionais quando aplicada
corretamente.
Relato de caso: Paciente com perfil
facial de classe II, compensada
ortodônticamente, procurou o serviço com

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ORTOGNÁTICA

2094

OSTEOTOMIA LE FORT I ASSOCIADA A


SEPARAÇÃO NA LINHA MÉDIA EM
CIRURGIAS NEUROLÓGICAS DE PACIENTES
COM MALFORMAÇÃO DE CHIARI
Hanna Janyne Meira e Mello; João Luiz Gomes Carneiro; Caio
Cesar Gonçalves Silva; Thaisa Reis de Carvalho Sampaio; Aída
Juliane Ferreira dos Santos

Pacientes com malformação de Chiari geralmente exibem


herniação do cerebelo no canal medular. Esses pacientes exibem
sintomas como fraqueza, disfagia, apneia do sono e sinais que
incluem déficits sensoriais e motores. O tratamento cirúrgico
(descompressão do forame magno) é amplamente aceito como
opção de tratamento para pacientes sintomáticos. A cirurgia
pode ser realizada através de uma abordagem na região cervical
posterior; no entanto, dependendo da malformação, uma
abordagem transoral pode ser necessária para melhorar a
visualização da junção craniovertebral anterior. Esse trabalho
tem por objetivo relatar um caso de paciente do sexo feminino
de 45 anos com malformação de Chiari e com sintomas
neurológicos, como dores de cabeça e dor no pescoço e que
também apresentava déficit motor nos membros inferiores. Uma
osteotomia Le Fort I com separação na linha média foi realizada
para melhorar o acesso às estruturas retrofaríngeas, como a
junção craniovertebral anterior.

Referências: NAVIGATION-ASSISTED LE FORT I OSTEOTOMY WITH MIDPALATAL SPLIT TO TREAT


COMPRESSIVE PATHOLOGIES OF THE CRANIOVERTEBRAL JUNCTION. SÁNDOR, GK; KORPI, JT;
Ylikontiola LP, Salokorpi N, Katisko J, Kumpulainen T. J Oral Maxillofac Surg. 2013 Feb;71(2): e120-5.
COMPUTER TOMOGRAPHY NAVIGATION FOR THE TRANSORAL ANTERIOR RELEASE OF A
COMPLEX CRANIOVERTEBRALJUNCTION DEFORMITY: A REPORT OF TWO CASES. Miyahara J, Hirao
Y, Matsubayashi Y, Chikuda H. Int J Surg Case Rep. 2016;24:142-5.

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ORTOGNÁTICA

2111

PLANEJAMENTO BIDIMENSIONAL E
TRIDIMENSIONAL EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Juliana Mara Oliveira Santos; Nayana Oliveira Azevedo; Victor Eanes
Alencar Andrade; Raimundo Thompson Gonçalves Filho; Renato Luiz
Maia Nogueira

O planejamento em cirurgia ortognática como critérios de exclusão artigos


tem evoluindo nas últimas décadas, publicados fora do período citado ou que
inicialmente passando pelo planejamento não abordassem a temática, chegando ao
cirúrgico convencional bidimensional, que total de 4 artigos. Ainda, foi realizada uma
inclui análise cefalométrica manual da nova pesquisa com as palavras chaves
telerradiografia de perfil, obtenção de “orthognathic surgery” e “2D and 3D
modelos de gesso das arcadas dentárias do planning”, na qual completaram a amostra
paciente, montagem em articulador, com mais 2 artigos selecionados de 4
cirurgia de modelos e confecção manual encontrados, totalizando 6 artigos para
dos guias cirúrgicos com resina acrílica, até serem estudados. Todos estes ressaltaram
chegar ao momento atual com o o potencial do método tridimensional em
planejamento assistido por computador melhorar a eficiência do planejamento
através da utilização de softwares cuja quando comparado ao planejamento
utilização auxilia tanto na maior acurácia convencional, sendo mencionado como
dos movimentos desejados quanto nas principais vantagens a economia de tempo
posições das osteotomias e fixações. Esse do operador, tanto no momento do
método consiste na simulação planejamento quanto na cirurgia,
tridimensional dos movimentos cirúrgicos resultados mais precisos especialmente em
dos dentes e bases ósseas, a partir de dados casos de assimetria facial, e maior
provenientes de tomografias satisfação do paciente com o resultado
computadorizadas do paciente e do final. Dessa forma, embora o método
escaneamento ou de suas arcadas dentárias bidimensional tenha sido tradicionalmente
ou de seus modelos de gesso. O objetivo do utilizado pelos cirurgiões ao longo dos
presente trabalho é realizar uma revisão de anos, ele apresenta algumas limitações que
literatura sobre a comparação dos dois dificultam a previsão acurada dos
métodos de planejamento cirúrgico. Para resultados em alguns pacientes,
tanto, realizou-se, uma pesquisa na base de permitindo que o planejamento
dados Pubmed com os descritores tridimensional se consolide como a técnica
“orthognathic surgery” e “planning”, de preferência entre os cirurgiões, apesar
resultando em 55 artigos encontrados. de também possuir dificuldades como seu
Foram selecionados estudos comparativos, alto custo e a falta de previsibilidade do
revisões sistemáticas e meta-análises, resultado em tecidos moles.
publicados nos últimos 5 anos e tendo

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ORTOGNÁTICA

2112

PLANEJAMENTO BIDIMENSIONAL E
TRIDIMENSIONAL EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Juliana Mara Oliveira Santos; Nayana Oliveira Azevedo; Victor
Eanes Alencar Andrade; Raimundo Thompson Gonçalves Filho;
Renato Luiz Maia Nogueira

O planejamento em cirurgia ortognática revisões sistemáticas e meta-análises,


tem evoluindo nas últimas décadas, publicados nos últimos 5 anos e tendo
inicialmente passando pelo planejamento como critérios de exclusão artigos
cirúrgico convencional bidimensional, que publicados fora do período citado ou que
inclui análise cefalométrica manual da não abordassem a temática, chegando ao
telerradiografia de perfil, obtenção de total de 4 artigos. Ainda, foi realizada uma
modelos de gesso das arcadas dentárias do nova pesquisa com as palavras chaves
paciente, montagem em articulador, “orthognathic surgery” e “2D and 3D
cirurgia de modelos e confecção manual planning”, na qual completaram a amostra
dos guias cirúrgicos com resina acrílica, até com mais 2 artigos selecionados de 4
chegar ao momento atual com o encontrados, totalizando 6 artigos para
planejamento assistido por computador serem estudados. Todos estes ressaltaram
através da utilização de softwares cuja o potencial do método tridimensional em
utilização auxilia tanto na maior acurácia melhorar a eficiência do planejamento
dos movimentos desejados quanto nas quando comparado ao planejamento
posições das osteotomias e fixações. Esse convencional, sendo mencionado como
método consiste na simulação principais vantagens a economia de tempo
tridimensional dos movimentos cirúrgicos do operador, tanto no momento do
dos dentes e bases ósseas, a partir de dados planejamento quanto na cirurgia,
provenientes de tomografias resultados mais precisos especialmente em
computadorizadas do paciente e do casos de assimetria facial, e maior
escaneamento ou de suas arcadas dentárias satisfação do paciente com o resultado
ou de seus modelos de gesso. O objetivo do final. Dessa forma, embora o método
presente trabalho é realizar uma revisão de bidimensional tenha sido tradicionalmente
literatura sobre a comparação dos dois utilizado pelos cirurgiões ao longo dos
métodos de planejamento cirúrgico. Para anos, ele apresenta algumas limitações que
tanto, realizou-se, uma pesquisa na base de dificultam a previsão acurada dos
dados Pubmed com os descritores resultados em alguns pacientes,
“orthognathic surgery” e “planning”, permitindo que o planejamento
resultando em 55 artigos encontrados. tridimensional se consolide como a técnica
Foram selecionados estudos comparativos, de preferência entre os cirurgiões, apesar

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ORTOGNÁTICA

de também possuir dificuldades como seu


alto custo e a falta de previsibilidade do
resultado em tecidos moles.

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2125

TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA-


HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAHOS)
ATRAVÉS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Alana Del`Arco Barboza; Mariana Conceição André de Lima
Oliveira; Lilibeth Aragão Peres; Isaac Vieira Queiroz

Introdução: A Síndrome da Apnéia- para o tratamento de deformidades


Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é esqueléticas faciais. A cirurgia ortognática
uma doença crônica, evolutiva, com graves de avanço maxilomandibular tem sido
repercussões sistêmicas como, hipertensão indicada em casos graves de SAHOS,
arterial sistêmica, arritmia cardíaca, isolada ou em combinação com
hipertensão pulmonar, insuficiência procedimentos cirúrgicos complementares
cardíaca, infarto do miocárdio e acidentes como, como septoplastia, turbinectomia
vasculares cerebrais, e é definida como ou uvulopalatofaringoplastia (UPFP).
uma combinação de sinais e sintomas Considerações Finais: Sabe-se que a
resultantes de repetidas oclusões parciais cirurgia de avanço mandibular provoca
(hipopnéias) ou totais (apnéias) das vias também um avanço da musculatura lingual
aéreas superiores (VAS), que ocorrem e supra-hióidea inseridas na mandíbula, e
durante o sono. O objetivo do presente que o avanço cirúrgico da maxila leva ao
trabalho é descrever as indicações e as reposicionamento do véu palatino e dos
repercussões da cirurgia ortognática com músculos velofaríngeos. Tal fato acarreta
avanço maxilomandibular sobre as em um aumento do espaço aéreo
dimensões das vias aéreas. retrolingual e retropalatal, beneficiando,
Métodos: Realizou-se uma revisão de portanto, a permeabilidade da via aérea.
literatura em base de dados Destarte, a cirurgia ortognática de avanço
Pubmed/Medline sobre o tema, em um maxilomandibular tem sido indicada em
período de 10 anos (2008 à 2017). casos graves de SAHOS com alto índice de
Discussão: Alguns fatores sucesso, além de ser um procedimento
predisponentes foram constatados para a estável.
SAHOS, como variações no tônus
muscular, obesidade e alterações
anatômicas esqueléticas faciais e de
tecidos moles que circundam a faringe.
Técnicas cirúrgicas para correção da
deficiência maxilar e mandibular são bem
conhecidas, e têm sido utilizadas com êxito

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ORTOGNÁTICA

2192

CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA


TRATAMENTO DE ASSIMETRIA FACIAL:
RELATO DE CASO
Auréliane Dulcie Jackalyn Daluz; Lethicia Andrade Figueiredo
Ventura; Israel Felipe Norberto Seco Barbosa; Ricardo Liberalino
Ferreira de Souza; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: A assimetria facial se refere Relato de caso: Paciente do sexo


a um desequilíbrio perceptível entre as feminino, 30 anos, apresentando
estruturas homólogas da face, podendo ser laterognatismo mandibular, as custas de
divida entre genética/congênita e uma hiperplasia do ramo mandibular
adquirida. As causas que levem a uma esquerdo, desvio de linha média dos
assimetria adquirida incluem casos de maxilares para esquerda, cant maxilar. Sem
origem traumática, como a fratura dos assimetria do mento. Submetida a
maxilares; patológicos, como a anquilose tratamento cirúrgico ortognático para
da articulação temporomandibular (ATM); promover um equilíbrio facial satisfatório,
ou outras causas como o uso inadequado de através osteotomias sagitais dos ramos
aparelho ortopédicos, má-oclusão, atrofia mandibulares, Le Fort I e mentoplastia.
muscular unilateral, resultado de maus Resultados: Paciente em
hábitos. As assimetrias devem ser acompanhamento clínico pos-cirúrgico,
corrigidas quando afetam o movimento dos com oclusão estável, melhoria estética e
maxilares, criando um padrão anormal funcional.
podendo levar a um desgaste nos dentes,
Conclusão: A cirurgia ortognática, no
lesões na ATM e inibir a capacidade
tratamento de assimetria facial, tem como
mastigatória. O plano de tratamento é
objetivo harmonizar os ossos da face e
elaborado de acordo com a etiologia, a
devolver uma estabilidade estética e
severidade da deformidade, a idade do
funcional. Os tratamentos das assimetrias
paciente e as áreas afetadas, permitindo
faciais são fundamentais para que o
um tratamento adequado para atingir um
paciente não desenvolve um padrão
resultado estético satisfatório e,
anormal, acentuando as disfunções dele.
principalmente, uma estabilidade estética
e funcional.
Objetivo: Este trabalho tem como
objetivo relatar o tratamento de uma
assimetria facial tratado através de cirurgia
ortognática.

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ORTOGNÁTICA

2194

TRATAMENTO DE PACIENTE PADRÃO FACIAL TIPO II


POR MEIO DE EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA
ASSISTIDA CIRURGICAMENTE E CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Victória Luswarghi Souza Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José
Moreira Oliveira; Diego Torres Perez; Moacir Teotônio dos Santos Junior

Introdução: A atresia de maxila é o tipo osteotomia, redução do risco de


de deformidade dento-facial mais movimentação dentária e aumento da
comumente encontrada e apresenta estabilidade periodontal, e ambas
etiologia multifatorial. Uma vez apresentam suas indicações e contra-
diagnosticada através da avaliação clínica, indicações precisas. A atresia maxilar pode
análise de modelos e medidas radiográficas ser corrigida previamente à cirurgia
ou cefalométricas, e determinado se a ortognática (dois tempos cirúrgicos) ou
deficiência transversa da maxila (DTM) é juntamente com a correção das demais
relativa (quando há descruzamento de deformidades maxilo-mandibulares (um
mordida após manipulação dos modelos) tempo cirúrgico), sendo controversa a
ou absoluta (quando observa-se atresia escolha entre ambas opções.
maxilar mesmo após a manipulação dos Objetivos: Este trabalho possui como
modelos), pode ser aplicado o tratamento objetivo relatar um caso de ERMAC prévia
ortodôntico, quando o paciente é jovem e à cirurgia ortognática e discutir as
ainda se encontra em fase de crescimento, vantagens e desvantagens da realização
tratamento que segue a técnica deste procedimento em um ou dois tempos
preconizada por Angell (1860) - expansão cirúrgicos.
rápida da maxila (ERM), no qual também
Conclusões: A ERMAC prévia à cirurgia
apresenta sucesso apenas em pacientes
ortognática apresenta-se como uma opção
durante a fase de maturação óssea, ou a
viável e vantajosa quando comparada à
técnica de Brown (1938) - expansão rápida
osteotomia segmentar. A escolha de
da maxila assistida cirurgicamente
realizar o procedimento cirúrgico em uma
(ERMAC) ou osteotomia multissegmentada
ou duas etapas dependerá do paciente. No
da maxila, que inclui osteotomias nas áreas
caso relatado, os dois tempos cirúrgicos
de resistência óssea, mais comumente os
facilitaram o preparo ortodôntico,
pilares zigomático maxilares, sutura
reduziram a morbidade da segunda cirurgia
palatina mediana e nas lâminas
e possibilitou um adequado
pterigopalatinas. A ERMAC apresenta
posicionamento intermaxilar pós-
vantagens quando comparada com a ERM,
operatório.
entre elas a aposição óssea no local da

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ORTOGNÁTICA

Referências:
ANGELL, E. H. Treatment of irregularity of the permanent or adult teeth. Part 1. Dental
Cosmos, Philadelphia, v. 1, no. 10, p. 540-544, May 1860.
BELL, W. H.; EPKER, B. N. Surgical-orthodontic expansion of the maxilla. Am. J. Orthod.,
St. Louis, v. 70, no. 5, p. 517-528, Nov. 1976.

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ORTOGNÁTICA

2198

CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE


CLASSE III PORTADOR DE FIBROMIALGIA:
RELATO DE CASO
Bibiana Dalsasso Velasques; Wilson Sinsuke Kaneshima Junior;
Marcos Antonio Torrini; Antônio César Manentti Fogaça; Otacílio
Luiz Chagas Júnior

Introdução: As deformidades dento- cotos foram fixados com placas retas 2.0.
faciais (DDF) implicam em problemas Após, uma osteotomia Le Fort I foi feita
psicológicos, interferindo na qualidade de permitindo o giro da maxila e avanço da
vida do paciente. Podem ser isoladas na mesma, a qual foi fixada com placas em L
mandíbula ou maxila, porém, ambos os 2.0 no pilar canino e fio de aço no pilar
ossos podem ser afetados. Nesses casos, a zigomático. No 1º dia pós-operatório
combinação de procedimentos cirúrgicos é (DPO) foi instalado guias elásticos na
necessário, buscando alcançar a harmonia região de canino.
facial e dentária; oclusão funcional; saúde Resultados: No 5º DPO observou-se
das estruturas orofaciais e estabilidade do edema compatível com o procedimento,
procedimento. Este trabalho tem como oclusão estável e melhora da aparência
objetivo relatar o tratamento de uma DDF facial. Os guias elásticos foram mantidos
severa em uma paciente com fibromialgia por 15 dias. A paciente está em
através da ortodontia combinada com a acompanhamento, evolui sem
cirurgia ortognática bimaxilar. intercorrências e está satisfeita com a
Métodos: Paciente do sexo feminino, 24 melhora das funções prejudicadas
anos, procurou o Programa de Residência anteriormente e com o resultado estético
em CTBMF do Hospital Escola da UFPel alcançado, bem como relata melhora das
com queixa da aparência facial, dificuldade dores faciais e da qualidade de vida.
de mastigação e fonação. Após análise Discussão: As DDF em adultos
facial, exame clínico, análise de geralmente requerem tratamento
radiografias frontal e perfil concluiu-se que ortodôntico-cirúrgico para obtenção de
a paciente apresentava uma DDF classe III resultados estáveis, funcionais e estéticos.
com desvio da linha média maxilar à direita A análise facial juntamente com os dados
e deficiência ântero-posterior de maxila. cefalométricos e da oclusão vão determinar
Foi proposto um giro horário maxilar de 2 o procedimento mais adequado para
mm com avanço de maxila de 4 mm e recuo correção da DDF.
mandibular de 9 mm. Foi realizada
Conclusão: A escolha do procedimento
osteotomia sagital bilateral dos ramos
cirúrgico deve priorizar a função
mandibulares para recuo mandibular. Os

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ORTOGNÁTICA

mastigatória, fonatória, respiratória e a


estabilidade articular, sendo a estética uma
consequência desses, visando satisfazer as
queixas do paciente e proporcionar melhor
qualidade de vida aos mesmos.

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ORTOGNÁTICA

2240

TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR


SEVERA ATRAVÉS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA
BIMAXILAR COM OSTEOTOMIA EM "L"
INVERTIDO: RELATO DE CASO
Bruno Viezzer Fernandes; Aline Sebastiani; Nelson Luis Barbosa
Rebellato; Delson João da Costa; Leandro Eduardo Kluppel

Introdução: A mordida aberta anterior OLI bilateral dos ramos mandibulares para
esquelética representa um dos principais avanço de 16mm com rotação anti-horária,
desafios no tratamento das deformidades associado à osteotomia Le Fort I para
dentofaciais. A maior preocupação nesses impacção posterior e mentoplastia. Placas
casos diz respeito à estabilidade do do sistema 2.4mm foram previamente
procedimento, principalmente quando o dobradas para fixação das osteotomias
planejamento envolve cirurgia mandibulares. Acessos extraorais
mandibular. Para o tratamento de grandes submandibulares foram utilizados para a
deficiências mandibulares horizontais e OLI associada a enxerto de crista ilíaca. As
verticais, a osteotomia em “L” invertido osteotomias Le Fort I e para mentoplastia
(OLI) apresenta bons resultados foram realizadas de maneira convencional,
demonstrados na literatura. Pode ser utilizando fixação do sistema 1.5mm e
utilizada concomitantemente com 2.0mm respectivamente. No
osteotomias maxilares para facilitar o acompanhamento de 1 ano pós-operatório,
tratamento de mordida aberta anterior. o paciente apresentou resultado funcional
Métodos: Paciente do gênero masculino, satisfatório e esteticamente harmônico
19 anos, procurou o Serviço de Cirurgia e sem sinais de recidiva.
Traumatologia Bucomaxilofacial da Discussão: Apesar da grande utilização
Universidade Federal do Paraná para o da osteotomia sagital dos ramos
tratamento de deformidade dentofacial. mandibulares, sua aplicação é limitada nas
Foi diagnosticado com má-oclusão classe II situações que exigem grandes avanços
divisão I severa associada a atresia maxilar mandibulares. A OLI pode ser realizada
e amelogênese imperfeita, sendo indicado através de acesso intraoral, porém sua
o tratamento ortocirúrgico em duas etapas. abordagem extraoral permite maior
Após expansão rápida de maxila facilidade de execução, fixação dos
cirurgicamente assistida, foi realizado segmentos e do enxerto. Apesar de
preparo ortodôntico para cirurgia dispensável em alguns casos, nos grandes
ortognática. O planejamento cirúrgico avanços é necessária a utilização de
convencional utilizando biomodelo incluiu

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ORTOGNÁTICA

enxertos devido à ausência de contato


ósseo entre os segmentos.
Conclusões: A OLI é uma técnica eficaz
para o tratamento de mordida aberta
anterior esquelética. Sua correta indicação
pode favorecer a estabilidade do
tratamento cirúrgico, principalmente em
situações de grande rotação mandibular no
sentido anti-horário.

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ORTOGNÁTICA

2270

CIRURGIA ORTOGNÁTICA NO TRATAMENTO


DE SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO
SONO: RELATO DE CASO
Marina Fanderuff; Rafael Correia Cavalcante; Nelson Luis Barbosa
Rebellato; Delson João da Costa; Leandro Eduardo Kluppel

Introdução: A Síndrome da Apneia avanço bimaxilar com planejamento


Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada virtual. O movimento proposto foi de
pela obstrução parcial ou completa das vias avanço bimaxilar associado à mentoplastia
aéreas superiores pela ocorrência de para garantir tracionamento da
episódios de pelo menos 10 segundos de musculatura supra-hioidea.
parada respiratória durante o sono 3. A Discussão: O avanço bimaxilar promove
cirurgia de avanço bimaxilar tem sido um aumento na tensão dos tecidos moles
sugerida para expandir as vias aéreas faríngeos, ampliando a via aérea
tridimensionalmente, possibilitando uma nasofaringea, retropalatal e hipofaríngea 4.
maior resistência dos tecidos moles Além disso, a cirurgia ortognática de
faríngeos ao colapso durante a respiração 2. avanço bimaxilar tem mostrado uma
Relato de Caso: Paciente do sexo redução no Índice de Apneia e Hipopnéia
masculino, 30 anos, referido ao Serviço de superior a outras alternativas de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- tratamento, principalmente em casos de
Facial da UFPR com queixas de sonolência SAOS severa 1.
diurna, fadiga e ronco. Relatou ser usuário Follow-up: No pós-operatório de 01 ano
de CPAP há aproximadamente 02 anos, foi observado melhora em sua qualidade de
porém sem melhora em sua qualidade de vida pontuado através do questionário
vida. Resultado da polissonografia referiu WHOQOL-bref e importante aumento
32 eventos de apneia e hipopnéia por hora volumétrico de vias aéreas. Não foi
de sono, sendo classificado como severa. observado relapso do movimento cirúrgico,
Paciente foi submetido a uma cirurgia de embora presença de reabsorção condilar.
Referências :
1- BOYD, S. B. et al. Long-Term Effectiveness and Safety of Maxillomandibular Advancement for
Treatment of Obstructive Sleep Apnea. Journal of Clinical Sleep Medicine : Official Publication of
the American Academy of Sleep Medicine, v. 11, n.7, p. 699–708, 2005
2- FERRAZ, O. et al. Effectiveness of Maxillomandibular Advancement (MMA) Surgery in Sleep Apnea
Treatment: Case Report. Sleep Sci, v. 9, n.3, p. 134-139, 2016.
3- SEET, E.; CHUNG, F. Obstructive Sleep Apnea: Preoperative Assessment. Anesthesiol Clin., v.
28, n. 2, p. 199–215, 2010.
4-ZAGHI, S. et al. Maxillomandibular Advancement for Treatment of Obstructive Sleep Apnea:
A Meta-analysis. JAMA Otolaryngol Head Neck Surg., v. 142, n.1, p. 58-66, 2016.

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ORTOGNÁTICA

2284

“LINGUAL SHORT SPLIT”- MODIFICAÇÃO DA


TÉCNICA DA OSTEOTOMIA SAGITAL
BILATERAL DE MANDÍBULA
Letícia Liana Chihara; Eduardo Santana; Paulo Esteves Pinto Faria;
Denis Pimenta e Souza; Erika Uliam Kuriki

A técnica da osteotomia sagital bilateral de mandíbula é uma


técnica consagrada na literatura e tem sido desenvolvida por
muitos anos, com modificações na tentativa de promover uma
maior estabilidade, melhor contato entre os segmentos ósseos e
possibilidades de osteossíntese. No entanto, a parestesia é comum
no pós-operatório e algumas vezes permanente. Fraturas na
região subcondilar podem ocorrer, aumentando o tempo cirúrgico
e muitas vezes há a necessidade acessos extra-orais para
solucionar o problema. A técnica “Lingual Short Split” é uma
técnica fácil que simplificou a osteotomia sagital no ramo e
diminui o risco de fraturas indesejadas, com uma recuperação
mais rápida da sensibilidade devido ao menor trauma e
manipulação do nervo durante a execução.

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ORTOGNÁTICA

2296

REABSORÇÃO CONDILAR DA
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Dannyele Cynthia Santos Pimentel
Nicácio; Kayo Costa Alves; Marcelo Marotta Araujo

A reabsorção condilar da articulação errôneo do côndilo em sua fossa podem ser


temporo-mandibular (ATM) pode ocorrer fatores pré-disponentes à reabsorção. Este
em várias situações, dentre elas podemos trabalho tem como seu principal objetivo
destacar a cirurgia ortognática. Isto realizar uma revisão bibliográfica sobre
acontece com maior frequência em este tipo de patologia e relatar um caso
pacientes portadores de deficiência clinico de um paciente, portador de uma
mandibular com má oculsão esquelética de má oculsão esquelética de Classe II, com
Classe II, com ou sem mordida aberta, do deficiência de mandíbula, com excesso
gênero feminino que são submetidos à vertical e sem sintomatologia dolorosa em
cirurgia ortognática para grandes avanços ATM com reabsorção condilar após a
(maiores de 5 milímetros) de mandíbula e, cirurgia. O mesmo foi submetido a uma
que, já possuem disfunções em ATM. Na cirurgia ortognática , onde o planejamento
maioria dos casos o paciente possui a foi de uma cirurgia bimaxilar com intrusão
disfunção da ATM devido à uma má- de maxila e avanço seguido de rotação anti
oclusão, onde o tratamento orto-cirúrgico horária de mandíbula.
é indicado. Outros fatores como bruxismo,
deslocamento anterior do disco devem ser
investigados e tratados previamente ao
procedimento cirúrgico. No
transoperatório destes pacientes deve-se
tomar cuidado com fatores mecânicos,
como o micro trauma devido à uma
manipulação óssea mandibular e
instabilidade oclusal pós-operatória, onde
preparo ortodôntico pré-cirúrgico
adequado é essencial para minimizar esta
instabilidade. O tipo e a estabilidade da
fixação e até a técnica utilizada
influenciam, técnicas cirúrgicas em são
necessários bloqueios maxilo-
mandibulares e um posicionamento

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ORTOGNÁTICA

2330

CORREÇÃO DE DEFICIÊNCIA TRANSVERSA DE


MAXILA, ATRAVÉS DA EXPANSÃO CIRÚRGICA
COM DISTRATOR OSTEO PALATAL EM PACIENTE
COM DISPLASIA ECTODÉRMICA
Heros Francisco Ferreira Filho; Pedro Jorge Costa; Jose Zenou Costa
Filho; Pedro Thalles Bernardo de Carvalho Nogueira; Luciano
Schwartz Lessa Filho

Síndrome de displasia ectodérmica (EDS) é casos de deficiência da maxila transversal


uma desordem hereditária resultante de que não podem ser corrigidos apenas por
distúrbios no desenvolvimento meios ortodônticos. Devido ausência de
ectodérmico. As formas mais comuns várias unidades dentárias, a distração
caracterizam-se pela ausência ou má transpalatal, foi um meio óbvio indicado
formação nos dentes, pêlos, pele, unhas, para expansão maxilar, já que não poderia
glândulas salivares e glândulas ser corrigido por aparelho dento-ancorado.
sudoríparas. A deficiência transversal da O presente trabalho objetiva a
maxila é uma anomalia dento-facial apresentação de um caso clínico de um
relacionada à diminuição do diâmetro do paciente portador de Displasia Etodérmica,
arco maxilar. Dentre as deformidades sendo diagnosticado com deficiência
maxilares é a mais prevalente e deve ser transversa de maxila. O mesmo foi
solucionado primariamente, dada à submetido à expansão cirúrgica de maxila
importância da adequação das bases ósseas com auxílio de distrator ósseo palatal
e harmonia interarcadas. Seu tratamento devido múltiplas ausências dentárias. A
pode ser realizado apenas com uso da seleção de um dispositivo adequado que
ortodontia, se o paciente ainda estiver em suporte planejamento de tratamento
fase de crescimento (expansão rápida de individualizado, do ponto de vista
maxila). Após a maturação óssea, as opções cirúrgico, seria útil para determinar o
de tratamento são a expansão rápida de espaço necessário de forma confiável do
maxila assistida cirurgicamente (ERMAC), arco dental. Nota-se que o dispositivo
expansão maxilar rápida com osteotomia distrator transpalatal, mostre-se eficiente,
Le Fort I associado à osteotomia de fácil manipulação, fácil manuseio e com
segmentada da maxila, cada uma com suas baixo índice de intercorrências no caso
indicações, vantagens e desvantagens. A apresentado.
distração transpalatal foi estabelecida
como uma variante baseada na ancoragem
em osso, para expansão cirurgicamente
assistida rápida maxilar. É indicado em

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ORTOGNÁTICA

2343

CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA O


TRATAMENTO DA SAOS
Mayara de Souza Pimenta de Araújo; Jonathan Ribeiro Silva; Carlos
Fernando de Almeida Barros Mourão; Paulo Marcos Nunes

Introdução: A síndrome da apneia Resultado: Como resultado do


obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença procedimento e após 1 ano de avaliação
crônica com grande prevalência na pos-operatório houve um aumento de
sociedade atual, com graves repercussões volume de via aérea com subsequente
sistêmicas, sendo um problema de saúde diminuição dos episódios de apneia,
pública, a SAOS ocorre pelo estreitamento resultando em uma melhora significativa
ou colapso das vias aéreas superiores na qualidade de vida e na sua convivência
durante o sono. Outro fato relevante trata social do paciente.
da constante repetição dos episódios de Discussão: A SAOS é uma doença que
apneia que proporcionará como pode gerar complicações significativas na
consequência a menor oxigenação do qualidade de vida do paciente, podendo ser
sangue, o que pode redundar em danos ao tratada com diferentes métodos. Os
organismo.O tratamento da SAOS vai métodos não cirúrgicos normalmente são
depender da causa da apneia, do grau e a utilizado em pacientes com
singularidade de cada paciente. Na área da apneia/hipopneia leve, porem muitos
Odontologia destaca-se a Cirurgia destes pacientes não se adaptam a alguns
Ortognática de Avanço Maxilomandibular desses tratamento, como no caso do
que possibilita através desta técnica o CEPAP. A cirurgia ortognatica se apresenta
aumento do volume das vias aéreas como método resolutivo para os casos de
superiores, permitindo a diminuição ou APNEIA/HIPOPNEIA moderada e grave
eliminação das obstruções da passagem de mais com maior morbidade quando
ar durante o sono, incluindo a melhoria na comparada ao tratamento clínico. Por este
perfusão tecidual. motivo, um plano de tratamento
Metodologia: O presente caso o individualizado para cada paciente deve ser
demonstra um tratamento cirurgico em um realizado, levando em consideração o grau
paciente portador de SAOS grave, da SAOS, o aspecto psicologico, e as
refratário ao uso do CPAP, onde foi características facias do paciente.
utilizado a CIRURGIA ORTOGNÁTICA DE Conclusão: O método cirúrgico utilizado
AVANÇO MAXILOMANDIBULAR e foi satisfatório,obtendo-se um aumento de
ROTAÇÃO ANTI-HORÁRIA DEPLANO volume de via aérea com subsequente
OCLUSAL. diminuição dos episódios de apneia,
resultando em uma melhora significativa.

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ORTOGNÁTICA

2344

CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA O


TRATAMENTO DA SAOS
Mayara de Souza Pimenta de Araújo; Jonathan Ribeiro Silva; Carlos
Fernando de Almeida Barros Mourão; Paulo Marcos Nunes; Rafael
Pinheiro Parreira

Introdução: A síndrome da apneia Resultado: Como resultado do


obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença procedimento e após 1 ano de avaliação
crônica com grande prevalência na pos-operatório houve um aumento de
sociedade atual, com graves repercussões volume de via aérea com
sistêmicas, sendo um problema de saúde subsequente diminuição dos episódios de
pública, a SAOS ocorre pelo estreitamento apneia, resultando em uma melhora
ou colapso das vias aéreas superiores significativa na qualidade de vida e na sua
durante o sono. Outro fato relevante trata convivência social do paciente.
da constante repetição dos episódios de Discussão: A SAOS é uma doença que
apneia que proporcionará como pode gerar complicações significativas na
consequência a menor oxigenação do qualidade de vida do paciente, podendo ser
sangue, o que pode redundar em danos ao tratada com diferentes métodos. Os
organismo.O tratamento da SAOS vai métodos não cirúrgicos normalmente são
depender da causa da apneia, do grau e a utilizado em pacientes com
singularidade de cada paciente. Na área da apneia/hipopneia leve, porem muitos
Odontologia destaca-se a Cirurgia destes pacientes não se adaptam a alguns
Ortognática de Avanço Maxilomandibular desses tratamento, como no caso do CPAP.
que possibilita através desta técnica o A cirurgia ortognatica se apresenta como
aumento do volume das vias aéreas método resolutivo para os casos de
superiores, permitindo a diminuição ou APNEIA/HIPOPNEIA moderada e grave
eliminação das obstruções da passagem de mais com maior morbidade quando
ar durante o sono, incluindo a melhoria na comparada ao tratamento clínico. Por este
perfusão tecidual. motivo, um plano de tratamento
Metodologia: O presente caso o individualizado para cada paciente deve ser
demonstra um tratamento cirurgico em um realizado, levando em consideração o grau
paciente portador de SAOS grave, da SAOS, o aspecto psicologico, e as
refratário ao uso do CPAP, onde foi características facias do paciente.
utilizado a CIRURGIA ORTOGNÁTICA DE Conclusão: O método cirúrgico utilizado
AVANÇO MAXILOMANDIBULAR e foi satisfatório,obtendo-se um aumento de
ROTAÇÃO ANTI-HORÁRIA DE PLANO volume da via aérea com subsequente
OCLUSAL. diminuição dos episódios de apneia,
resultando em uma melhora significativa.

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ORTOGNÁTICA

2349

REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA NO PÓS-


OPERATÓRIO DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
RELATO DE CASO
Heros Francisco Ferreira Filho; Luciano Schwartz Lessa Filho; Ingrid
Madiany da Silva Santos; Érika Rosângela Alves Prado; Izabela
Carolina Santos de Macedo

A Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- tensão em músculo masseter, paciente


Facial (CTBMF) é especialidade da relatou cefaléia tensional em região
Odontologia se destina propor diagnosticar temporal e apresentava deformidade facial.
e tratar doenças, traumatismos, lesões e No pré-operatório, foram realizados dois
anomalias congênitas adquiridas, do atendimentos para avaliação e
aparelho mastigatório e estruturas programação de plano de tratamento. Foi
craniofaciais associadas. A atuação da usado inicialmente terapia para relaxar a
Fisioterapia no pós-operatório de cirurgia musculatura tensionada e tratamento da
ortognática é relativamente nova. A disfunção temporomandibular, com
combinação da intervenção cirúrgica e um exercícios cinesioterapeuticos e
programa de reabilitação pós-cirúrgica reeducação postural. Neste estudo foi
adequada mostram sucesso significativo na observado melhora significativa dos
restauração da função. O objetivo do sintomas após a realização da Fisioterapia
estudo foi relatar o um caso clínico de no paciente pós-operatório de cirurgia
reabilitação fisioterapêutica de uma ortognática. O mesmo apresentou ganho
paciente do gênero feminino, 21 anos de de abertura bucal, redução total do quadro
idade com má oclusão Angle classe II, no álgico na musculatura mastigatória,
pré-operatório e pós-operatório de redução dos sinais e sintomas da DTM,
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, foi realizada sendo assim, restaurando suas funções. O
reabilitação fisioterápica domiciliar. paciente recuperou suas funções com 20
Paciente E. M. N. A, gênero feminino,21 sessões de Fisioterapia especializada, em
anos de idade, foi encaminhada a 40 dias de pós-operatório.
Fisioterapia domiciliar, na cidade de
Maceió-Alagoas, em fase de preparação
para cirúrgica ortognática, portadora de má
oclusão Angle Classe II. Durante anamnese
a paciente apresentou grau de força
muscular 5 na musculatura mastigatória,
pontos de gatilho e dor em região de
músculo temporal de ambos os lados e

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ORTOGNÁTICA

2358

REABSORÇÃO CONDILAR DA
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Dannyele Cynthia Santos Pimentel
Nicácio; Kayo Costa Alves; Marcelo Marotta Araujo; André Coelho
Lopes

A reabsorção condilar da articulação mandibulares e um posicionamento


temporo-mandibular (ATM) pode ocorrer errôneo do côndilo em sua fossa podem ser
em várias situações, dentre elas podemos fatores pré-disponentes à reabsorção. Este
destacar a cirurgia ortognática. Isto trabalho tem como seu principal objetivo
acontece com maior frequência em realizar uma revisão bibliográfica sobre
pacientes portadores de deficiência este tipo de patologia e relatar um caso
mandibular com má oculsão esquelética de clinico de um paciente, portador de uma
Classe II, com ou sem mordida aberta, do má oculsão esquelética de Classe II, com
gênero feminino que são submetidos à deficiência de mandíbula, com excesso
cirurgia ortognática para grandes avanços vertical e sem sintomatologia dolorosa em
(maiores de 5 milímetros) de mandíbula e, ATM com reabsorção condilar após a
que, já possuem disfunções em ATM. Na cirurgia. O mesmo foi submetido a uma
maioria dos casos o paciente possui a cirurgia ortognática , onde o planejamento
disfunção da ATM devido à uma má- foi de uma cirurgia bimaxilar com intrusão
oclusão, onde o tratamento orto-cirúrgico de maxila e avanço seguido de rotação anti
é indicado. Outros fatores como bruxismo, horária de mandíbula.
deslocamento anterior do disco devem ser
investigados e tratados previamente ao
procedimento cirúrgico. No
transoperatório destes pacientes deve-se
tomar cuidado com fatores mecânicos,
como o micro trauma devido à uma
manipulação óssea mandibular e
instabilidade oclusal pós-operatória, onde
preparo ortodôntico pré-cirúrgico
adequado é essencial para minimizar esta
instabilidade. O tipo e a estabilidade da
fixação e até a técnica utilizada
influenciam, técnicas cirúrgicas em são
necessários bloqueios maxilo-

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ORTOGNÁTICA

240

OSTEOTOMIA SUBAPICAL ANTERIOR DA


MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Anderson Maia Meneses; Roberto Dias Rêgo; Eliardo Silveira Santos;
Felipe Gomes Xavier; Jeferson Martins Pereira Lucena Franco

Introdução: As alterações dento virtual, constatou-se que com o recuo de


esquelético faciais são relativamente aproximadamente 6,5mm e rotação no
comuns devido a alguns desvios sentido anti-horário da porção anterior da
morfofuncionais do sistema mandíbula se conseguiria uma oclusão
estomatognático. Entretanto existem funcional e estável em classe I de Angle,
alterações de maior severidade em que a bem como trataria o prognatismo
terapêutica cirúrgica é mandatória para mandibular e mordida aberta anterior, mas
que haja uma correção da função oclusal e movimentaria a região mentual, que se
harmonização da face. O objetivo deste encontrava em posição satisfatória. Sendo
trabalho é relatar o caso de uma paciente assim, optou-se pela utilização da
do gênero feminino, 50 anos de idade com osteotomia mandibular subapical, que
edentulismo total maxilar e parcial permitiria a movimentação da porção
mandibular, fazendo uso de próteses dentoalveolar anterior mandibular e
dentárias reabilitadoras. Assim como preservação do posicionamento mentual.
portadora de prognatismo mandibular com Conclui-se que a osteotomia mandibular
mordida aberta anterior e má oclusão subapical, quando bem indicada, consiste
Classe III de Angle. Após análise dos dados em um procedimento de extrema
obtidos com estudo do traçado versatilidade, relativa simplicidade, baixa
cefalométrico e auxilio do planejamento morbidade e boa resolutividade.

Referências:
BELL, W. H. Subapical osteotomy to increase mandibular arch length. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 74,
no. 3, p. 276-285, Sept. 1978.
ARAÚJO, A. Cirurgia Ortognática. São Paulo: Santos, 1999. 374p.
Wolford LM, Moenning JE. Diagnosis and treatment planning for mandibular subapical osteotomies
with new surgical modifications. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1989;68(5):541-50.

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ORTOGNÁTICA

2403

REABSORÇÃO CONDILAR E CIRURGIA


ORTOGNÁTICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Paulla Iáddia Zarpellon Barbosa; Wender Luís Barroso Tavares;
Thiago Martins Magalhães Ramos; Gabriel Conceição Brito; Elker
Silva de Oliveira

Introdução: A reabsorção condilar (inflamatória), (3) doenças autoimunes e


progressiva (RCP) é definida como uma conectivas (AI / TC) e (4) Anormalidades
mudança na morfologia do côndilo, com patológicas da ATM. Estas condições de
perda óssea e diminuição da altura facial ATM podem estar associadas a
posterior. É uma forma severa de doença deformidades dentofaciais, má oclusão,
articular degenerativa que afeta dor de ATM, dores de cabeça, dor
seletivamente a articulação miofascial, disfunção do maxilar, sintomas
temporomandibular. Alguns casos ocorrem de ouvido e, nos casos mais graves,
espontaneamente, enquanto outros problemas de articulação da fala,
aparecem durante a terapia ortodôntica ou diminuição da via aérea orofaríngea,
como sequelas para procedimentos apnéia do sono e distúrbios
cirúrgicos ortognáticos. O intuito deste psicossociais.Os artigos estudados
trabalho é avaliar a relação do quadro de debatem os casos e protocolos para
reabsorção condilar progressiva com a resolução.Embora os pacientes com RC
cirugia ortognática, buscando discutir e geralmente tenham sintomas de ATM
estudar o tema no âmbito do preparo associados, aproximadamente 25% dos
ortocirurgico e cirurgia ortognática em si. pacientes com anormalidade patológica
Traçar as linhas de estudos, se possível, significativa da ATM serão assintomáticos.
desenvolver mecanismos para prevenir o Esses pacientes são desafiadores de
aparecimento ou instalação desta diagnóstico quando submetidos a cirurgia
patologia no paciente. ortognática porque a anormalidade
Metodologia: Foi realizada uma revisão patológica da ATM pode não ser
sistemática com uma pesquisa da literatura reconhecida,ignorada ou tratada de forma
realizada a cerca do tema abordado em inadequada, resultando em um mau
bancos de dados eletrõnicos PubMed, resultado do tratamento com o potencial
MedLIne. de redesenho da deformidade esquelética e
oclusal à medida que ocorre CR adicional,
Discussão: As anormalidades patológicas
piora ou início de dor, dores de cabeça,
mais comuns na ATM que causam CR
disfunção da mandíbula e da ATM e assim
incluem (1) reabsorção condilar interna de
por diante.
adolescentes (AICR), (2) artrite reativa

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ORTOGNÁTICA

Conclusão: A Reabsorção Condilar


relacionada à cirurgia ortognática ainda é
um tema a ser muito discutido e estudado,
de forma que venha a enriquecer o
entendimento dos cirurgiões a cerca dessa
patologia para que os casos sejam tanto
prevenidos quanto devidamente tratados
com protocolo indicado.

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ORTOGNÁTICA

2437

CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE


PORTADOR DE FISSURA LÁBIO-PALATINA:
RELATO DE CASO
Ian Costa dos Santos; Bruna Pedral Sampaio de Souza Dantas;
Roberto Almeida de Azevedo; Carlos Vinicius Ayres Moreira; Lucas
da Silva Barreto

Introdução: O presente trabalho tem Resultados: Em revisão cirúrgica de um


como objetivo apresentar um relato de caso ano, observa-se oclusão funcional com
sobre cirurgia ortognática em um paciente molares em chave de oclusão além de
fissurado, mostrando a importância do overjet e overbite dentro da normalidade
tratamento para a reabilitação do .Na análise extraoral em vista frontal e de
portador.A fissura labiopalatina é uma das perfil direito e esquerdo nota-se região
mais comuns malformações congênitas da paranasal com preenchimento adequado,
face. A etiologia ainda incerta aponta para com uma melhor relação entre lábio
fatores genéticos, ambientais ou mistos, superior e inferior e em relação ao pogônio
ocorrendo devido à má junção dos mole, além de uma melhoria da harmonia
processos maxilares e frontonasal. facial
Classificam-se de acordo com o forame Discussão: A fissura labiopalatina é uma
incisivo em: fissura pré-forame incisivo, das deformidades faciais mais frequentes,
fissura pós-forame incisivo, fissura podendo estar associada a síndromes ou
transforame incisivo e fissuras raras da outras anomalias. Pacientes portadores de
face. Entretanto cirurgias em idade precoce fissura de lábio e palato apresentam uma
do lábio e palato inibem o crescimento maior frequência de anomalias dentárias
facial necessitando posteriormente de como supranumerário e agenesias quando
cirurgia ortognática para correção. comparados a indivíduos que não possuem
Método: O estudo se trata de um paciente essa anomalia congênita.Sabe-se que as
leucoderma, sexo masculino, 21 anos, cirurgias realizadas para fechamento de
portador de fissura transforame unilateral lábio e palato interferem no crescimento
lado esquerdo que procurou o Hospital facial, resultando em faces retrognáticas e
Santo Antônio das Obras Sociais Irmã maxilas atrésicas, e que em alguns casos se
Dulce para reabilitação. O paciente foi faz necessário realizar cirurgia ortognática
submetido a cirurgia ortognática para posteriormente para uma melhor harmonia
correção da deficiencia antero-posterior facial.
decorrente do crescimento insuficiente da Considerações finais: É imperativa a
maxila, consequência da ação da faixa necessidade que os pacientes portadores
fibromuscular labial. desta condição têm de serem avaliados e

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ORTOGNÁTICA

acompanhados em centros de referência


por uma equipe multidisciplinar, a fim de
que se alcance excelência na rehabilitação
dos pacientes portadores de fissuras.

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ORTOGNÁTICA

2470

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NO PÓS -


OPERATÓRIO DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Mariana Conceição André de Lima Oliveira; Jordana Rodrigues de
Queiroz Brito; Eduardo Azoubel; Maria Cecília Fonsêca Azoubel;
Pedro Pinto Berenguer

Introdução: A Trombose Venosa e perda do controle dos esfíncteres. O


Profunda (TVP) é um evento obstrutivo referido paciente foi conduzido ao
agudo que se desenvolve a partir da hospital, onde se administrou inicialmente
formação de trombos em veias do sistema soro fisiológico a 0,9% e instalação de
venoso profundo, causando oclusão parcial máscara de oxigênio, e foram realizados
ou total da circulação venosa. Há uma exames - Doppler Venoso e
diversidade de fatores de risco, e afecções Ecocardiograma, sendo firmado o
cirúrgicas ou clínicas podem levar ao diagnóstico de Tromboembolismo
surgimento da TVP, uma entidade grave, Pulmonar. O mesmo permaneceu
com morbidade significativa, entretanto, é internado por dez dias sendo prescritas
uma co-morbidade não usual em cirurgias drogas anticoagulantes para trombólise e
eletivas do complexo maxilofacial, mas que analgésicos para controle da dor. Após a
pode levar à embolia pulmonar e à remissão do quadro, os exames foram
síndrome pós-trombótica. O presente refeitos e nenhuma sequela foi
trabalho tem como objetivo elucidar um evidenciada.
caso de Trombose Venosa Profunda após a Considerações Finais: A TVP é uma
realização de cirurgia ortognática, doença de difícil diagnóstico clínico que
enfatizando a importância de investigar os deixa sequelas graves, resultando
fatores de risco associados a este evento eventualmente em óbito. Em Cirurgia
incomum, bem como a necessidade de Buco-Maxilo-Facial sua prevalência é
reconhecer os sinais e sintomas associados, baixa, todavia, para prevenir a ocorrência,
e suas medidas profiláticas. é imprescindível a avaliação dos fatores de
Métodos: Paciente, 22 anos, gênero risco e o risco-benefício das medidas
masculino, 118 kg, 1,76 m de altura, profiláticas, especialmente as
apresentou no vigésimo dia após a farmacológicas, além de desenvolver
realização de cirurgia ortognática para protocolos e promover uma integração
avanço maxilar através da técnica de interdisciplinar com objetivo de diminuir a
Osteotomia Le Fort I, associada à morbidade e mortalidade dos pacientes
turbinectomia bilateral, episódios de hospitalizados.
síncopes antecipados de sudorese, calafrios

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ORTOGNÁTICA

2479

TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA-


HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAHOS)
ATRAVÉS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Andressa Teixeira Martiniano da Rocha; Mariana Conceição André
de Lima Oliveira; Lilibeth Aragão Peres; Alana Del`Arco Barboza;
Isaac Vieira Queiroz

Introdução: A Síndrome da Apnéia- para o tratamento de deformidades


Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é esqueléticas faciais. A cirurgia ortognática
uma doença crônica, evolutiva, com graves de avanço maxilomandibular tem sido
repercussões sistêmicas como, hipertensão indicada em casos graves de SAHOS,
arterial sistêmica, arritmia cardíaca, isolada ou em combinação com
hipertensão pulmonar, insuficiência procedimentos cirúrgicos complementares
cardíaca, infarto do miocárdio e acidentes como, como septoplastia, turbinectomia
vasculares cerebrais, e é definida como ou uvulopalatofaringoplastia (UPFP).
uma combinação de sinais e sintomas Considerações finais: Sabe-se que a
resultantes de repetidas oclusões parciais cirurgia de avanço mandibular provoca
(hipopnéias) ou totais (apnéias) das vias também um avanço da musculatura lingual
aéreas superiores (VAS), que ocorrem e supra-hióidea inseridas na mandíbula, e
durante o sono. O objetivo do presente que o avanço cirúrgico da maxila leva ao
trabalho é descrever as indicações e as reposicionamento do véu palatino e dos
repercussões da cirurgia ortognática com músculos velofaríngeos. Tal fato acarreta
avanço maxilomandibular sobre as em um aumento do espaço aéreo
dimensões das vias aéreas. retrolingual e retropalatal, beneficiando,
Métodos: Realizou-se uma revisão de portanto, a permeabilidade da via aérea.
literatura em base de dados Destarte, a cirurgia ortognática de avanço
Pubmed/Medline sobre o tema, em um maxilomandibular tem sido indicada em
período de 10 anos (2008 a 2017). casos graves de SAHOS com alto índice de
Discussão: Alguns fatores sucesso, além de ser um procedimento
predisponentes foram constatados para a estável.
SAHOS, como variações no tônus
muscular, obesidade e alterações
anatômicas esqueléticas faciais e de
tecidos moles que circundam a faringe.
Técnicas cirúrgicas para correção da
deficiência maxilar e mandibular são bem
conhecidas, e têm sido utilizadas com êxito

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ORTOGNÁTICA

2482

INDICAÇÕES DE CIRURGIA DE BENEFÍCIO


ANTECIPADO EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA
Sabrina Morelli de Oliveira; Leonardo Augustus Peral Ferreira Pinto;
Viviane Ferreira Ramos; Michelle Alonso Coutinho; Gabriela Alves
Menezes

O tratamento dos pacientes diagnosticados indicações são ansiedade pela melhora


com deformidades dentofaciais se inicia no estética; ansiedade pelo final do
planejamento orto-cirúrgico, no qual o tratamento; casos com discrepâncias
paciente faz uso de aparelho ortodôntico dentárias mínimas, em planos sagital,
antes de ser submetido a cirurgia vertical e transversal, como por exemplo:
ortognática, período pelo qual o paciente no plano sagital, proclinação suave ou
apresenta uma piora da estética facial. Na retroclinação de dentes; no plano
cirurgia de Benefício Antecipado (BA), a transversal, sem mordida cruzada
etapa do preparo ortodôntico pré-cirúrgico posterior; no plano vertical, curva leve de
é descartada, sendo feito o planejamento Spee sem mordida profunda significativa
cirúrgico prevendo o resultado final desse ou mordida aberta. Vários fatores devem
paciente com a ortodontia pós-cirúrgica e ser levados em consideração, tais como
a cirurgia de BA recebe esse nome, complexidades pré-cirúrgicas do
exatamente por antecipar os benefícios da esqueleto, dentes e tecido mole; mecânica
cirurgia ortognática. A cirurgia de BA não de tratamento ortodôntico pré e pós-
muda de forma significativa a técnica cirúrgico e oclusão de transição. É
cirúrgica, mas sim o tratamento importante destacar que o tratamento pelo
ortodôntico, tornando-o mais complexo, BA causa mudanças cirúrgicas das relações
requerendo um comprometimento maior dentárias que diferem muito daquelas do
do ortodontista em atingir os objetivos tratamento convencional: um tipo de má
traçados ao início. O tratamento oclusão é trocado por outro durante a
convencional de cirurgia ortognática cirurgia e o ortodontista irá tratar a nova
envolve um período prolongado de deformidade, em casos de deformidade
tratamento ortodôntico (pré e pós- Classe II, o padrão facial será de Classe I e
cirurgia), tornando o período total de a má oclusão tenderá para Classe III e vice-
tratamento muito exaustivo. Enquanto, na versa. Um caso de um paciente Classe III
cirurgia de BA, a movimentação dentária sem grandes inclinações dentárias, sem
ortodôntica tende a ser mais rápida porque mordida cruzada posterior e sem grandes
são favorecidos pela força muscular, ao alterações na curva de Spee foi selecionado
invés de irem contra ela, como no para a realização da cirurgia de BA e
tratamento convencional, diminuindo o ilustrará uma boa indicação do caso.
tempo total de tratamento. Algumas

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ORTOGNÁTICA

2483

MODIFICAÇÃO DE TÉCNICA PARA A


INSTALAÇÃO DE DISTRATOR ÓSSEO TRANS-
PALATAL. RELATO DE CASO
Bruno Gomes Duarte; Eduardo Stedile Fiamoncini; Vitor Tieghi Neto;
Daniela Gamba Garib Carreira; Eduardo Sanches Gonçales

A atresia maxilar caracteriza-se por uma Os autores realizaram uma incisão


deficiência transversal da maxila, horizontal na região palatina para
representada por mordida cruzada adaptação do distrator. A etapa seguinte
posterior unilateral ou bilateral, consistiu no acesso vestibular de maxila da
apinhamento e rotações dentais, além do região dos dentes 16 ao 26 com posterior
palato ogival. Dessa forma o tratamento da osteotomia do tipo Le Fort I subtotal com
atresia maxilar consiste na expansão auxílio de motores de piezocirurgia. Após a
maxilar, podendo ser realizado por meio da conclusão das ativações foi possível
expansão cirurgicamente assistida de observar correção da discrepância
maxila (EMAC) para os indivíduos que já transversal e da MCP. O presente trabalho
atingiram maturidade esquelética. ratifica os estudos atuais, indicando a
Atualmente a literatura aponta a EMAC como a opção para o tratamento dos
possibilidade do uso de distratores do tipo indivíduos adultos que tenham atingido a
ósseo-suportado como opção para a EMAC, maturidade esquelética, confirmando
uma vez que essa técnica evita as também a eficiência dos distratores com
alterações dentárias decorrentes da ação suporte ósseo. Podemos concluir que a
mecânica do uso dos distratores com EMAC associada ao uso de distrator
suporte dentário. O presente trabalho tem palatino, apresenta-se como uma técnica
como objetivo apresentar um caso de satisfatória pois elimina os efeitos
EMAC associado a um distrator palatino. mecânicos deletérios sobre os dentes
Indivíduo de 22 anos, gênero feminino, pilares, apresentando-se como uma
leucoderma, apresentando atresia maxilar técnica segura.
severa, mordida cruzada posterior (MCP) e
apinhacom suporte ósseo. Inicialmente o
expansor foi posicionado entre o segundo
pré-molar e primeiro molar, sendo este
ativado até alcançar o palato, seguida de
desativação e remoção do aparelho.
Realizou-se incisão na região marcada,
sendo esta modificada da proposta pelo
fabricante, seguida de fixação do expansor.

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ORTOGNÁTICA

2501

AVANÇO DE MAXILA: RELATO DE CASO


Henrique de Oliveira Raposo; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

A cirurgia ortognática é o tratamento de mais em outros que apresentem


escolha para as deformidades dento- apinhamento grave e incisivos mal
esqueléticas. Em associação com o posicionados.
tratamento ortodôntico, ela permite uma
correta solução das maloclusões e das
alterações faciais, possibilitando o
estabelecimento de um equilíbrio entre os
dentes, os ossos de sustentação e as
estruturas faciais vizinhas (língua, lábios e
bochechas). Este procedimento
proporciona benefícios estéticos e
funcionais aos pacientes. Dependendo da
magnitude da discrepância, o
procedimento cirúrgico pode variar desde
pequenas movimentações de grupos de
dentes até a movimentação completa da
mandíbula e/ou maxila. Assim, a cirurgia
ortognática moderna busca a perfeição da
função em combinação com a estética, tão
importantes e necessárias ao exercício da
vida. Neste relato de caso o paciente foi
submetido a um avanço de maxila, afim de
restabelecer a harmonia da maxila com
relação a mandibula.O tratamento das
deformidades dento-esqueléticas é
constituído da ortodontia pré-cirúrgica, do
procedimento cirúrgico propriamente dito
e da ortodontia pós-cirúrgica. O objetivo da
ortodontia pré-cirúrgica é obter um
posicionamento ideal dos elementos
dentários em relação às bases ósseas. O
tempo de ortodontia pré-cirúrgica pode
variar desde a simples colocação do
aparelho em alguns pacientes a, até, 12
meses aproximadamente de tratamento ou

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ORTOGNÁTICA

2502

ACURÁCIA DO PROTOCOLO UNIVERSAL PARA


SIMULAÇÃO VIRTUAL 3D EM CIRURGIA
ORTOGNÁTICA: UM ESTUDO PILOTO
Felipe Alexander Caldas Afonso; Bruno Alvarez Quinta Reis;
Fernando Melhem Elias

Introdução: A simulação virtual 3D pré-determinados sobre arcadas dentárias


tornou possível a realização sistemática de no ambiente virtual.
procedimentos cirúrgicos complexos com Método: Foram estudados 4 pacientes
elevada previsibilidade. Para que os com indicação de cirurgias ortognáticas
benefícios desta tecnologia possam ser combinadas. As tomografias do pós-
utilizados em diferentes centros, um operatório imediato foram sobrepostas às
protocolo padronizado se faz necessário, simulações 3D, para análises qualitativa
devendo o mesmo apresentar boa (mapa de cores) e quantitativa (diferenças
reprodutibilidade e valores de acurácia lineares e angulares).
comparáveis aos aceitos na literatura como
Resultados: As diferenças médias entre o
ideais. Ademais, quanto mais simplificado
planejado e o obtido foram de 0,7mm e 1,3°
for o protocolo maior sua capacidade de
para maxila, 0,9mm e 1,1° para a
popularização. Nesse contexto foi
mandíbula, e 1,3 e 2,8° para o mento.
desenvolvido o Protocolo Universal (Elias,
2014), que se baseia na utilização de Discussão: Nos casos analisados, cujas
métodos simples e confiáveis em todas as cirurgias foram simuladas com o Protocolo
etapas, incluindo o registro da oclusão Universal, os valores lineares e angulares
inicial em função do movimento a ser obtidos encontram-se dentro dos limites
planejado, a transferência da posição preconizados pela literatura com sendo
neutra da cabeça para o programa de ótimos (diferenças lineares inferiores a 2
planejamento de acordo com as fotografias mm e diferenças angulares inferiores a 4°).
clínicas e o controle da rotação condilar As maiores diferenças foram observadas no
durante as etapas da simulação. mento, o que pode ser explicado pela
ausência de guias para este segmento, que
Objetivo: O objetivo deste estudo piloto
foi posicionado em função da técnica e
foi o de avaliar a acurácia do Protocolo
experiência da equipe cirúrgica, composta
Universal, mediante análise das
sempre pelo mesmo cirurgião (FME) e
discrepâncias entre a simulação virtual 3D
primeiro auxiliar (BAQR).
e os resultados pós-operatórios,
observadas em um mapa de cores e em Conclusão: O Protocolo Universal
diferenças lineares e angulares de pontos mostrou-se acurado para simulação virtual
3D nos casos estudados de cirurgias

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5-9 de setembro de 2017
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ORTOGNÁTICA

ortognáticas combinadas. Os dados obtidos


serão utilizados para calcular o tamanho da
amostra de um estudo mais abrangente,
que será realizado para validação do
protocolo estudado.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

650

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO:
DESCOMPRESSÃO CÍSTICA COMO
MODALIDADE TERAPÊUTICA: RELATO DE CASO
Fernanda Suely Barros Dantas; Renata Quirino de Almeida Barros;
Karla Rovaris da Silva; Patricia Meira Bento; Bruno Dutra Gama

Introdução: O Certatocisto Odontogênio abaulamento e rompimento de corticais


consiste em um cisto benigno, porém, com ósseas.
comportamento clínico agressivo e Resultados: Histopatologicamente foi
relevante taxa de recidiva.É uma lesão observada uma cavidade cística revestida
intra-óssea, invasiva e destrutiva dos por epitélio estratificado, pavimentoso,
maxilares que apresenta crescimento lento paraqueratinizado. Além disso, apresentou
e infiltrativo,com tendência para poucas camadas celulares, espessura
desenvolver-se em região posterior e ramo delgada bem como superfície corrugada,
de mandíbula sendo, geralmente, obtendo-se o diagnóstico histopatológico
assintomática. A radiografia panorâmica e de Ceratocísto Odontogênico.O caso foi
a tomografia computadorizada auxiliam no tratado com descompressão por um ano e
diagnóstico e planejamento cirúrgico, seis meses, seguida por enucleação.
sendo necessária a biópsia e análise
Discussão: O tratamento de escolha
histopatológica para diagnóstico
inicial para o Ceratocisto odontogênico é a
definitivo.
enucleação cirúrgica, podendo ser usada a
Métodos: Paciente do sexo masculino, 50 descompressão como uma terapêutica
anos, compareceu a clínica para fazer uma coadjuvante em lesões extensas, sendo
panorâmica e tomografia computadorizada essa técnica de simples execução e de
de feixe cônico para avaliação dos terceiros considerável resultado, minimizando a
molares, o mesmo não apresentava recidiva do paciente com um tratamento
sintomatologia dolorosa nem aumento de conservador e eficaz.
volume clínico. Radiograficamente foi
Conclusão: Com a descompressão houve
observada uma extensa imagem
uma significativa redução da lesão e
radiolúcida apresentando margens bem
neoformação óssea. O paciente está sendo
definidas e corticalizadas, associada ao
acompanhado clínica e radiograficamente
dente 48 estendendo-se para o ramo da
até os dias atuais,não sendo constatada
mandíbula do lado direito, promovendo
recidiva do tumor.
Referências:
NEVILLE, Brad. Patologia oral e maxilofacial. Elsevier Brasil, 2011.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

PESSOA, C. G. et al. O. 11-Queratocisto odontogênico: descompressão e enucleação cística como


modalidade terapêutica. Relato de caso clínico. Revista de Odontologia da UNESP, v. 39, n. Especial, p.
0-0, 2010.
CARNEIRO, A. G. et al. Um ano de descompressão seguida de enucleação para tratamento de tumor
odontogênico queratocístico: relato de caso. RFO UPF vol.17 no.2 Passo Fundo Mai./Ago. 2012.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1319

USO DA PRÓTESE TOTAL PARA FECHAMENTO DE


ANTROSTOMIA APÓS HEMIMAXILECTOMIA PARA
TRATAMENTO DE CARCINOMA
MUCOEPIDERMOIDE: RELATO DE CASO
Helen Heloene Rosa; Luciana Dorochenko Martins; Juliana Cama
Ramaciatto; Ramon Cesar Godoy Gonçalves; Roberto de Oliveira
Jabur

Introdução: O carcinoma paciente foi submetido à terapia cirúrgica


mucoepidermóide é uma neoplasia para remoção do tumor.
maligna de glândulas salivares, que pode Discussão: As deformidades
acometer a região de palato, resultando em bucomaxilofaciais, advindas de neoplasias
deformidades. Sua origem está associada à malignas, requerem um tratamento
metaplasia das células mucosas e basais multidisciplinar. Por sua vez, o exame
dos ductos das glândulas salivares. A físico intrabucal deve ser completo, com a
remoção cirúrgica da lesão no palato pode finalidade de inspecionar todas as
apresentar sequelas que trazem prejuízos estruturas bucais. A cirurgia ablativa do
funcionais e estéticos ao paciente. A palato para remoção de neoplasias, afeta a
combinação da excisão com reabilitação função física, particularmente a fala, a
protética é uma alternativa obturadora mastigação e a deglutição. O uso da protese
após hemimaxilectomia. O objetivo do total superior modificada como obturador
trabalho é expor um caso clínico onde, é um tratamento rápido, de baixa
através de modificações da prótese total morbidade e possibilidade de modificação
superior, a antrostomia foi tamponada de acordo com as necessidades do paciente.
após a remoção do carcinoma
Conclusão: A reabilitação por meio da
mucoepidermóide no palato.
prótese total superior após
Métodos: Paciente gênero masculino, 53 hemimaxilectomia com comunicação das
anos, através de exame clínico constatou- cavidades bucal e nasal, possibilitou uma
se a presença de lesão nodular, adequada condição de deglutição e fala.
circunscrita, na região de palato duro. Esta conduta terapêutica proporciona
Resultados: Realizada biópsia, definindo-se melhor qualidade de vida e reintegração
o diagnóstico pela microscopia de luz. O social de portadores de sequelas cirúrgicas
neoplásicas.

Referências: Sharma AB, Beumer III J. Reconstruction of maxillary defects: the case for prosthetic
rehabilitation. J Oral Maxillofac Surg. 2005; 63:1770-3.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1361

TRATAMENTO DE LESÃO CÍSTICA COM


GRANDES DIMENSÕES: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Lucas Marques de Souza; André Takahashi; Bruno Henrique de
Oliveira; Diogo Gregory Willian Bordin; Ariel Barbato Heil

Introdução: Os cistos odontogênicos são consistiu na cirurgia de enucleação cística.


relativamente comuns na população em Ambas as técnicas sem complicações
geral, apresentando-se, acima de 20% de operatórias.
prevalência dentre as lesões císticas. Tal Resultados: O controle pós-operatório de
trabalho tem o objetivo de relatar uma um ano evidenciou ausência de
resolução de caso clínico de lesão cística de complicações, como comunicação
grandes dimensões em maxila. oronasal. O controle a longo prazo não foi
Métodos: Paciente A.M.G, 63 anos, possível devido ao óbito do paciente no ano
gênero masculino, branco, deu entrada no de 2016 por motivos de complicação de
Hospital Universitário da USP, com doença sistêmica.
encaminhamento do CD clínico para Discussão: Segundo Shunermann et al, a
avaliação e tratamento de lesão em maxila, marsupialização mostrou-se um método
apresentando expansão da cortical relativamente conservador e indutor de
vestibular. Paciente referia aumento de formação óssea; Araújo et al propõe a
volume crônico e assintomático. A necessidade de um olhar criterioso de uma
tomografia computadorizada (TC) de face equipe multidisciplinar, considerando as
revelou uma lesão hipoatenuante, individualidades do paciente, para que seja
unilocular e com conteúdo líquido, possível a escolha de um melhor
envolvendo a região do elemento 13 ao tratamento,; Tjioe et al complementa que o
elemento 27. Para a resolução do caso, fez- correto diagnóstico é essencial para a
se uma proposta de tratamento em duas resolução do caso.
etapas, sendo a primeira uma punção
Conclusão: Conclui-se com o presente
aspirativa para evidenciar o conteúdo da
trabalho que o tratamento de lesões
lesão que se apresentou como um líquido
císticas de grandes dimensões de origem
amarelo citrino, sugestivo de lesão cística,
odontogênica através da marsupialização e
seguido de uma marsupialização, para que
enucleação são efetivas.
houvesse regressão da lesão. Sete meses
após o tratamento foi realizado uma nova
TC de face evidenciando regressão parcial
dos limites da lesão, com isso foi realizada
a segunda etapa do tratamento, que

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1429

FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO EM
PACIENTE INFANTIL: RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA
Willian Pecin Jacomacci; Romulo Maciel Lustosa; Carolina Ferrairo
Danieletto; Liogi Iwaki Filho; Gustavo Zanna Ferreira

Introdução: Fibro-odontoma odontomas em desenvolvimento. O


ameloblástico (FOA) é um tumor presente caso está de acordo com os 7 casos
odontogênico misto, com características de relatados na literatura de FOA
um fibroma ameloblástico, apresentando mandibulares de crianças com idade igual
esmalte e dentina, que acomete, mais ou inferior a 10 anos, principalmente em
frequentemente, pacientes entre 5 e 17 relação ao padrão e comportamento da
anos de idade. lesão e tratamento escolhido. O paciente
Métodos: Este trabalho tem por objetivo não apresentou recidiva e apresenta
relatar um caso de um extenso fibro- regeneração óssea local em um pós-
odontoma ameloblástico localizado na operatório de 12 meses pós enucleação
mandíbula em um paciente de 3 anos de cirúrgica.
idade e discutí-lo frente a casos Discussão: Independente da
selecionados em uma breve revisão da classificação, o tratamento de escolha para
literatura sobre as características clínicas, FOA em crianças deve ser conservador pelo
comportamento e opções terapêuticas caráter benigno e baixa taxa de recidiva da
desta lesão. O tratamento definitivo do lesão. Quando há dente relacionado à
caso foi realizado pela técnica de lesão, o mesmo pode ou não ser removido
enucleação da lesão e para a revisão da e deve-se considerar se é possível mantê-lo
literatura foram realizadas buscas nas em posição, garantindo que não haja restos
bases de dados Medline e Lilacs e busca neoplásicos após a remoção completa da
manual nas principais revistas lesão.
relacionadas a área. Conclusões: Um diagnóstico abrangente,
Resultados: Nos últimos anos a literatura incluindo todos os aspectos clínicos,
não apresentava consenso em relação a sua tomográficos e histopatológicos foi
etiopatogenia e classificação e necessário para o tratamento deste caso.
recentemente o FOA foi classificado como
Referências:
1- De Riu G, Meloni SM, Contini M, Tullio A. Ameloblastic fibro-odontoma: case report and review of
the literature. J Craniomaxillofac Surg. 2010;38:141-144.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2- Buchner A, Kaffe I, Vered M. Clinical and radiological profile of ameloblastic fibro-odontoma: an


update on an uncommon odontogenic tumor based on a critical analysis of 114 cases. Head Neck Pathol.
2013;7:54-63.
3- Manor E, Kan E, Bodner L. Ameloblastic fibroodontoma of the mandible with normal karyotype in a
pediatric patient. Case Rep Dent. 2012;2012:969687.
4- Boxberger NR, Brannon RB, Fowler CB. Ameloblastic fibro-odontoma: a clinicopathologic study of
12 cases. J Clin Pediatr Dent. 2011;35:397-403.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1450

HIPERPLASIA CONDILAR EM GÊMEO


MONOZIGÓTICO: UMA DISCUSSÃO SOBRE A
ETIOLOGIA
Renato Basilio Xavier; Eder Alberto Sigua-Rodriguez; Douglas Rangel
Goulart; Sergio Olate; Camila Cavalcante de Oliveira

Introdução: O diagnóstico da hiperplasia lado direito. A tomografia


condilar unilateral (HCU) requer uma computadorizada de feixe cônico mostrou
combinação do exame clínico, radiológico um aumento tridimensional do côndilo
e histopatológico. A etiologia dessa esquerdo apenas na paciente com
condição é desconhecida. O propósito assimetria facial. Foi solicitada tomografia
desse trabalho é relatar o caso de HCU em computadorizada por emissão de fóton
gêmeas monozigóticas. único (SPECT) e revelou um crescimento
Métodos: Este trabalho discute o ativo do côndilo esquerdo, ou seja, uma
diagnóstico da hiperplasia condilar por diferença na hipercaptação acima de 10%
meio de um relato de caso selecionado a entre o côndilo direito e esquerdo, não
partir de casos desta doença atendidos em presente na irmã gêmea. Por meio da
múltiplos centros de pesquisa e associação das características clínicas e de
tratamento. imagem, foi concluído que se trata de um
caso de hiperplasia condilar.
Resultados: Uma menina de 15 anos de
idade procurou o departamento com Discussão: A etiologia da hiperplasia
queixa de assimetria facial e má oclusão. A condilar é controversa e não muito
mãe da paciente relatou que percebeu a compreendida. Existem algumas teorias
assimetria facial há seis meses. A paciente que tentam explicar esta, que incluem
tem uma irmã gêmea que não apresentou a origem neoplásica, história de trauma
mesma condição. Não foi relatado nenhum prévio, infecção, carregamento anormal da
histórico de trauma ou assimetria familiar. articulação temporomandibular,
A paciente não relatou qualquer doença influências hormonais, hipervascularidade
sistêmica. Na avaliação clínica, a paciente e hereditariedade. Outro fator objeto de
apresentou assimetria facial, relação estudo é a expressão molecular de
esquelética Classe III e desvio do mento determinados fatores de crescimento nos
para o lado direito. Ambas mostraram casos de HCU, que pode ser causada pela
mordida aberta anterior e apinhamento atividade persistente dos condrócitos.
dentário na maxila e mandíbula. No Entre estes fatores, está o fator de
entanto, a paciente apresentou um desvio crescimento de insulina (IGF-1), proteína
da linha média mandibular de 4 mm para o óssea morfogenética (BMP-2) e fator de
transformação do crescimento beta (TGF-

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

b1), no entanto não há um consenso na


literatura.
Conclusões: Pelo caso relatado neste
estudo, levantamos a hipótese que pode
existir algum fator ambiental que esteja
relacionado ao desenvolvimento da
hiperplasia condilar, dada a ocorrência
desta doença em uma das gêmeas.

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1451

TRATAMENTO DE ODONTOMA COMPLEXO


DE GRANDES DIMENSÕES: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Diogo Gregory Willian Bordin; Lucas Marques de Souza; Ariel
Barbato Heil; Bruno Henrique de Oliveira; André Takahashi

Introdução: Os odontomas surgem como anatomopatológico definiu lesão com


consequência de distúrbios que afetam de aspecto histológico compatível com
maneira precoce o germe dentário, odontoma complexo. A paciente foi
representando cerca de 22% dos tumores submetida à procedimento cirúrgico sob
odontogênicos em maxila, sendo anestesia geral, para enucleação e
caracterizado como o tumor odontogênico curetagem local, tendo sido fechado o
de maior prevalência. Traumatismos e/ou defeito ósseo com rotação da bola de bichat
infecções podem ser fatores etiológicos de e reaproximação das margens para
tais anomalias de desenvolvimento, porém cicatrização por primeira intenção.
sua etiologia exata é desconhecida. Sua Resultados: Hoje a paciente encontra-se
composição é semelhante ao do elemento com 02 anos e 03 meses de pós-operatório,
dentário (Esmalte, dentina, cemento, sem complicações ou sinal de recidiva da
polpa) podendo ser mais ou menos lesão.
mineralizado que o mesmo. O objetivo do
Discussão: Regezzi e Sciubba (2000)
presente trabalho foi relatar a resolução de
afirmam que não há predominância de
um caso clínico com diagnóstico de
gênero, porém segundo Philipsen et al, há
odontoma complexo de grandes dimensões
uma predileção pelo gênero masculino; O
através da remoção cirúrgica.
prognóstico do tratamento de odontoma
Métodos: Paciente R.S.R, 28 anos, gênero por excisão simples é favorável segundo
feminino, parda, deu entrada no Hospital Neville et al 2004, sendo raro os casos de
Universitário da USP, com histórico de dor recidiva e a reparação óssea é realizada
e aumento de volume em face há 10 dias, com certa facilidade (Tommasi 1998 e
tendo sido realizada antibioticoterapia Serra-Serra 2009).
com clindamicina endovenosa e realização
Conclusões: Conclui-se que a excisão
de tomografia computadorizada de face a
cirúrgica de odontoma tem um bom
qual evidenciou lesão óssea em vidro
prognóstico, não sendo reportada na
despolido em seio maxilar esquerdo,
literatura recidivas após o tratamento
associada com dente incluso. Optou-se
cirúrgico. A técnica de rotação da bola de
pela realização de biópsia da lesão sob
Bichat foi efetiva no fechamento do defeito
anestesia local no qual o laudo
ósseo.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Referências:
Regezzi JA, Sciubba JJ. Patologia Bucal – correlações clí-3. nico patológicas. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2000
Philipsen HP, Reichart PA, Prateorius F. Mixed odontogenic 6. tumors and odontomas. Considerations
on interrationship. Review of the literature and presentation of 134 new cases of odontomas. Oral
Oncol 1997; 33:86-9.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1472

AMELOBLASTOMA MULTICÍSTICO: RELATO


DE CASO CLÍNICO
Flávia Leite Lima; Wagner Henriques de Castro; Felipe Eduardo
Baires Campos; Joanna Farias da Cunha; Luiz Felipe Cardoso
Lehman

Introdução: Os ameloblastomas Multicístico. No ano de 2008, o paciente foi


constituem tumores odontogênicos submetido a procedimento cirúrgico sob
benignos de origem epitelial. Apresentam anestesia geral no Serviço de CTBMF do
crescimento lento, são localmente HCUFMG, para ressecção marginal da
invasivos e podem causar extensa lesão e exodontia dos elementos
destruição da região afetada. Esse trabalho 31,32,33,34,35, 41 e 42. Terapias
relata um caso de ameloblastoma em coadjuvantes como ostectomia periférica e
região de mandíbula tratado a partir de aplicação de solução de Carnoy foram
ressecção com margem de segurança e realizadas na loja cirúrgica. Em um período
reabilitação através de prótese de 4 anos de controle pós operatório não
implantossuportada. foram notados sinais de recidiva. O
Métodos: Paciente, R.M.S., 22 anos, paciente foi então submetido a um
procurou o Serviço de CTBMF do HCUFMG, procedimento de reconstrução
em maio de 2006 para avaliação de mandibular, através de enxerto livre
tratamento cirúrgico de um autógeno proveniente de crista ilíaca.
Ameloblastoma Multicístico em Depois de cinco meses a região foi
mandíbula, realizado em 1997 em outra reabilitada através de uma prótese dentária
instituição de saúde. Paciente não relatou implantossuportada.
outras comorbidades. Ao exame físico Resultados: Transcorridos 9 anos da
intrabucal, não foram detectadas cirurgia de ressecção tumoral observou-se
alterações na região da primeira cirurgia. O a ausência de sinais de recidiva e o paciente
exame tomográfico revelou imagem mista, encontra-se satisfeito com o resultado do
multiloculada, com aspecto de destruição e tratamento.
expansão ósseas, localizada na região Conclusão: O tratamento clássico do
anterior da mandíbula e associada ao ápice Ameloblastoma multicístico deve envolver
dos dentes 35 a 42. A lesão era ressecção com margem de segurança. Os
assintomática e sugestiva de recidiva do defeitos podem ser reconstruídos através
tumor. Uma biópsia incisional confirmou a de enxertia e reabilitados com próteses
hipótese diagnóstica de Ameloblastoma implantossuportadas.

Referências: Neville B et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 3 ed. - Guanabara Koogan, 2009.

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1487

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES EM


MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Marco Tullio Becheleni; Felipe Eduardo Baires Campos; Luiz Felipe
Cardoso Lehman; Luiz Cesar Fonseca Alves; Wagner Henriques de
Castro

Introdução: A lesão central de células Foram realizadas 18 aplicações semanais


gigantes (LCCG) é uma alteração óssea de 1ml. Não observou-se regressão da lesão
rara, não neoplásica, encontrada nos ossos com corticoterapia, foi indicado
maxilares e que pode causar destruição tratamento cirúrgico. O procedimento
óssea. Sua etiologia é desconhecida, e seu consistiu na ressecção em bloco da lesão e
comportamento biológico, pobremente estabilização dos segmentos ósseos com
estudado. Manifesta-se, principalmente, sistema de fixação interna rígida (FIR)
em adultos jovens do gênero feminino. 2.4mm. Após quatro meses nova cirurgia
Considerado um processo patológico foi realizada para colocação de um enxerto
incomum, correspondendo a menos de 7% livre proveniente de crista ilíaca, no defeito
das lesões benignas que acometem os ossos mandibular. O enxerto foi fixado por uma
faciais. nova placa de reconstrução. Após 12 meses
Métodos: Este é um relato de caso de da enxertia ossea, implantes
LCCG, acometendo paciente do sexo osseointegraveis foram instalados, visando
masculino, de 25 anos, em região de corpo a reabilitação dentária através de próteses.
mandibular direito. A alteração Resultados: Após cinco anos de
apresentava-se assintomática, com acompanhamento, observa-se integridade
aumento de volume em região de fórnice do enxerto e dos implantes, paciente sem
inferior direito. Os exames imaginológicos queixas associadas e ausência de recidivas.
revelaram expansão, adelgaçamentos e O paciente encontra-se em fase de
trepanações das corticais vestibular e reabilitação protética sobre implantes.
lingual. A lesão media 37mm em seu maior Conclusões: Nas condições deste
diâmetro, associadas aos dentes 46, 47 e 48. trabalho, a injeção intralesional de
Os exames histopatológico e laboratoriais triancinolona não foi eficiente para
estabeleceram o diagnóstico de LCCG. O regressão da lesão, o que levou a indicação
tratamento inicial consistiu em injeções cirúrgica para tratamento da lesão.
intralesionais de Theracort® 40mg/ml.
Referências: 1) Aragão M. S., Pinto L. P., Nonaka C. F. W., Freitas R. A., Souza L. B. Estudo clínico e
histopatológico de lesões centrais de células gigantes e tumores de células gigantes. Cienc.
Odontológica Brasileira abr./ jun. 2006; 9 (2): 75 – 82. 2) Neville B. W. ET al. Patologia Oral e
Maxilofacial. Guanabara Koogan 2ª edição: Rio de Janeiro, 2004, 798p.

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1497

A DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA COMO


MODALIDADE DE TRATAMENTO INICIAL
PARA AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO:
RELATO DE CASO
Kelly Barbosa Mota; Karla Rovaris da Silva; Renata Quirino de
Almeida Barros; Patricia Meira Bento; Gustavo Torres Galvão
Florindo

Introdução: O ameloblastoma unicístico elementos 37 e 38 na cavidade oral. A


apresenta-se como a variante menos região dos dentes 37 e 38 apresentava
agressiva dentre os tipos de aumento de volume do rebordo alveolar.
ameloblastoma, passível de tratamento Radiograficamente foi observada uma
conservador, sendo mais comum em imagem radiolúcida unilocular, bem
pacientes jovens. A lesão pode se definida, envolvendo o dente 37 e
apresentar clinicamente como um deslocando o dente 38, ambos intraósseos.
aumento de volume indolor, porém, lesões Foi observada, por meio de TCFC, a
maiores podem apresentar sensação expansão das corticais ósseas. A biopsia
dolorosa. Radiograficamente, comumente incisional foi realizada para subsequente
o ameloblastoma se apresenta como uma exame histopatológico. O resultado do
lesão radiolúcida bem circunscrita que histopatológico não foi conclusivo, mas
envolve a coroa de um dente não sugestivo de ameloblastoma. O paciente
erupcionado, sendo associada está fazendo descompressão cirúrgica para
frequentemente a terceiros molares posterior remoção cirúrgica total da lesão.
inclusos. O diagnóstico diferencial é feito Resultados: Após a descompressão,
com o cisto dentígero e faz-se necessária a notou-se que houve uma diminuição
somatória dos achados clínicos, considerável no tamanho da lesão,
radiográficos e histopatológicos para se tornando mais viável a realização da
chegar ao diagnóstico definitivo. cirurgia para remoção total da mesma.
Métodos: Paciente F.V.F.N., 15 anos, sexo Discussão: A descompressão cirúrgica
masculino, melanoderma, procurou a como tratamento inicial para o
clínica em março de 2016, queixando-se de ameloblastoma unicístico traz diversas
inchaço e dor no lado esquerdo da vantagens, como diminuição da extensão
mandíbula. Clinicamente, o paciente lesional e menor taxa de recidiva. Porém, é
apresentava assimetria facial, trismo e dor necessário que seja realizada a cirurgia,
à palpação na região de corpo e ângulo posteriormente, para remoção completa da
mandibular esquerdo, não apresentando os lesão.

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Conclusão: O tratamento conservador


deve ser o tratamento inicial de escolha
para o ameloblastoma unicístico, visto que
se trata de uma lesão menos agressiva e
geralmente bem delimitada. Com isso,
aumenta-se a taxa de sucesso da cirurgia e
também garante um prognóstico mais
favorável para o paciente.

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1542

SINDROME DE GORLIN GOLTZ: RELATO DE


CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Elvira Katherine Barriga Flores; Rafaela Scariot de Moraes; Gleisse
Wantowski; Bruno Fernando Candido; Mainara Bassetto

Introdução: A síndrome de Gorlin-Goltz Relato de caso: Paciente KKC, sexo


é um quadro hereditário, raro, com uma feminino, 27 anos, leucoderma,
predisposição à formação de múltiplos apresentando múltiplos carcinomas
carcinomas basocelulares nevoidais, basocelulares, pits e poços plantares e
anormalidades esqueléticas e tumores palmares, tumor queratocístico
odontogênicos queratocísticos mutilantes. odontogênico extenso em maxila,
O diagnóstico precoce é importante, pois características clínicas significativas para
são lesões agressivas e destrutivas, e se confirmar o diagnóstico sindrômico.
causam desfiguração da face, mobilidade e Exames séricos dentro dos padrões de
perdas dentárias. O diagnóstico da normalidade. A conduta clínica proposta
síndrome é feito por um exame clínico foi descompressão seguida da enucleação
minucioso, tomografias, radiografias de da lesão em maxila.
crânio, face e tórax, biopsias das lesões em Conclusão: A síndrome de Gorlin Goltz é
pele e análise de DNA. normalmente diagnosticada pelos
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi cirurgiões dentistas, através de achados
apresentar um relato de caso clínico e a radiográficos em maxila e mandíbula.
revisão da literatura detalhada sobre as Devido à gravidade das manifestações
características clínicas, radiográficas e clínicas da síndrome, é importante que o
histopatológicas da Síndrome de Gorlin diagnóstico e o acompanhamento sejam
Goltz e sobretudo, descrever a importância realizados por uma equipe
do exame minucioso para fechar o quadro multidisciplinar, a longo prazo e de
sindrômico. maneira preventiva, para se assegurar uma
melhor qualidade de vida ao paciente.

Referências: 1) Abreu LG, Paiva SM, Pretti H, Bastos Lages EM, Castro WH. An oral clinical approach
to Gorlin-Goltz syndrome. Gen Dent. 2015 Mar-Apr;63(2):e9-e12 2) Ramesh M, Krishnan R, Chalakkal
P, Paul G. Gorlin-Goltz Syndrome: Case report and literature review. J Oral Maxillofac Pathol. 2015
May-Aug; 19(2):267. 3) Seo DU,Kim SG,Oh JS, You JS. Treatment of nevoid basal cell carcinoma
syndrome: a case report. J Korean Assoc Oral Maxillofac Surg. 2016 Oct; 42(5):284-287. 4) Chandran S,
Marudhamuthu K, Riaz R, Balasubramaniam S. Odontogenic Keratocysts in Gorlin-Goltz Syndrome: A
Case Report. J Int Oral Health. 2015;7(Suppl 1):76-9. 5) Khaliq MI, Shah AA, Ahmad I, Hasan S, Jangam
SS, Farah, Anwar. Keratocystic odontogenic tumors related to Gorlin-Goltz syndrome: A
clinicopathological study. J Oral Biol Craniofac Res. 2016 May-Aug; 6(2):93-100.

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1552

FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL:


RELATO DE CASO
Lucas Teixeira Brito; Rubens Jorge Silveira; Weuler dos Santos Silva;
Rhaina Anuá Souza Afonso; Leonardo Araújo de Andrade

O Fibroma Ossificante Central, é um tipo clínico, da paciente Y.S.S., 12 anos, gênero


de lesão fibro-óssea benigna, caracterizada feminino, feoderma, com lesão unilateral
pela substituição de osso normal por tecido em mandíbula envolvendo o dente 43 que
fibroso. A maior parte das lesões são se estende até o 44 incluso na lesão, e
encontradas nas regiões próximas aos envolvimento com o nervo mentual. O
dentes, com mais frequência em tratamento proposto após confirmação da
mandíbula. Acometem mais o gênero lesão através da biópsia incionsal, foi a
feminino e a idade mais incidente é por exérese da lesão com preservação do nervo
volta da terceira década de vida. Achados mentual, feito sob anestesia local. Os
imaginológicos e/ou assimetrias faciais são autores irão mostrar o tratamento
as principais suspeitas. O diagnóstico deve proposto com follow-up de 6 meses. As
incluir informações da anamnese, bem lesões fibro-óssea devem ser tratadas de
como exames de imagem e histopatológico forma individualizada e de acordo com a
que confirma a natureza da lesão. O vivência do cirurgião, haja vista que por
tratamento pode variar desde uma apresentarem curso benigno as ressecções
curetagem da lesão até ressecção em bloco amplas devem ser ponderadas, nesse caso
de acordo com o tamanho da lesão e sua discutiremos ainda sobre tais condutas
localização. Os autores irão relatar caso frente a estas lesões.
Referências:
WOO, S. BIN. Central Cemento-Ossifying Fibroma: Primary Odontogenic or Osseous Neoplasm?
Journal of oral and maxillofacial surgery : official journal of the American Association of Oral
and Maxillofacial Surgeons, v. 73, n. 12, p. S87–S93, 2015.
SHMULY, T. et al. Can Differences in Vascularity Serve as a Diagnostic Aid in Fibro-Osseous Lesions of
the Jaws? Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, p. 1–8, 2015.
MACDONALD, D. S. Maxillofacial fibro-osseous lesions. Clinical Radiology, v. 70, n. 1, p. 25–36, 2015.
DOMINGUETE, M. H. L. et al. Extensive Presentation of Central Ossifying Fibroma Treated with
Conservative Surgical Excision. Case Reports in Dentistry, v. 2014, n. Figure 2, p. 1–4, 2014.
MORTAZAVI, H. et al. Radiolucent rim as a possible diagnostic aid for differentiating jaw lesions. 261,
2015p. 253–.
SUAREZ-SOTO, A. et al. Management of fibro-osseous lesions of the craniofacial area. Presentation of
19 cases and review of the literature. Medicina Oral, Patologia Oral y Cirugia Bucal, v. 18, n. 3, 2013.

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1553

TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTO:


RELATO E CASO
Lucas Teixeira Brito; Weuler dos Santos Silva; Rubens Jorge Silveira;
Rhaina Anuá Souza Afonso; Leonardo Araújo de Andrade

O tumor odontogênico ceratocisto pode ser de uma lesão em ângulo e ramo mandibular
encontrado em pacientes de todas as direito associado ao dente 48 incluso.
idades sendo mais frequente entre a Exame tomográfico foi solicitado e revelou
primeira e quarta década de vida. Tem leve área hipodensa e unilocular que se estendia
predileção pelo sexo masculino, sendo desde o dente 48 em direção ao ramo
mais comum em mandíbula com tendência mandibular. Através de cortes transversais
de acometer corpo e ramo. Normalmente se tornou nítido o adelgaçamento das
se desenvolve no sentido ântero-posterior corticais ósseas vestibular e lingual. A
sem expansão de cortical. Dentes não conduta mediante o resultado da biopsia
irrompidos podem estar envolvidos na excisional foi exodontia do elemento 48
lesão em até 40% dos casos. Achados seguido de enucleação associada à
radiográficos desta entidade podem ser curetagem e crioterapia com spray
similares a um cisto residual ou cisto refrigerante devido a característica
dentígero. Os autores do presente caso irão recidivante da entidade. Material
relatar um caso clínico sobre o paciente enucleado foi encaminhado para exame
L.N.G.A, 31 anos, leucoderma, face histopatológico confirmando a natureza da
simétrica, fumante. O paciente procurou o lesão. As lesões cisticas devem ser tratadas
CAIS do Jardim Novo mundo para remoção de forma individualizada de acordo com a
do dente 38 com uma radiografia curva de aprendizado do cirurgião. A
periapical, foram solicitados exames crioterapia é uma alternativa
laboratoriais e radiografia panorâmica para complementar e seu uso deve ser bem
melhor avaliação. Através da fundamentado, nesse caso discutiremos
pantomografia foi identificado a presença tais condutas frente a esta lesão.
Referências:
AL-MORAISSI, E. A. et al. What surgical treatment has the lowest recurrence rate following the
management of keratocystic odontogenic tumor? A large systematic review and meta-analysis. Journal
of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, 2016.
ANTONOGLOU, G. N. et al. Non-syndromic and syndromic keratocystic odontogenic tumors :
Systematic review and meta-analysis of recurrences. Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery, p. 1–8,
2014.
CASTRO-NÚÑEZ, J. Decompression of odontogenic cystic lesions: Past, present, and future. Journal of
Oral and Maxillofacial Surgery, 2015.
DÍAZ-BELENGUER, Á.; SÁNCHEZ-TORRES, A.; GAY-ESCODA, C. Role of carnoy ’ s solution in the
treatment of keratocystic odontogenic tumor : A systematic review. v. 21, n. 6, p. 2–8, 2016.

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1557

TRATAMENTO CONSERVADOR DE
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO COM
PROLIFERAÇÃO MURAL EM PACIENTE
JOVEM: RELATO DE CASO
Saulo Lôbo Chateaubriand do Nascimento; Gustavo Cavalcanti
Albuquerque; Valber Barbosa Martins; Joel Motta Junior; Karoline
Araujo Lima

Introdução: O ameloblastoma é o tumor através do termo de consentimento


odontogênico de maior significado clínico esclarecido. Foi realizada punção
dos ossos gnáticos. A variante unicística aspirativa, na qual foi coletado conteúdo
está entre 10 a 46% dos casos dos líquido amarelo citrino. Em seguida,
ameloblastomas intraósseos. Este trabalho realizou-se biópsia incisional com remoção
objetiva relatar um caso de ameloblastoma da cápsula e da tábua óssea vestibular. O
unicístico com proliferação mural em um exame histopatológico concluiu como
paciente jovem tratado de forma diagnóstico definitivo ameloblastoma
conservadora. unicístico com proliferação mural. O
Método: Paciente de 18 anos, pardo, tratamento inicial foi a marsupialização. A
gênero masculino, procurou atendimento enucleação da lesão foi realizada após oito
odontológico, tendo como principal queixa meses, seguida de ostectomia periférica e
aumento de volume em região posterior de aplicação de solução de Carnoy.
mandíbula com evolução de dois anos. À Resultados: Foi observada neoformação
inspeção extraoral, observou-se aumento óssea relevante após seis meses, e,
de volume em região de mandíbula decorrido um ano, regeneração total.
esquerda, já na inspeção intrabucal, Discussão: Ainda que se trate de uma
observou-se abaulamento em região lesão benigna, este subtipo histológico
posterior de mandíbula, firme à palpação, apresenta taxas recidivantes consideráveis.
com mucosa de revestimento Porém, por se tratar de um paciente jovem,
normocorada e ausência do dente 35. Ao optou-se por uma abordagem
exame imaginológico, observou-se conservadora, utilizando solução de
radiolucidez unilocular com margens bem Carnoy, um agente esclerosante que
definidas próxima aos ápices dos dentes 34, funciona como tratamento complementar,
36 e 37, com reabsorção radicular no 36. A promovendo uma necrose superficial,
hipótese diagnóstica foi de ameloblastoma. eliminando possíveis restos celulares do
O paciente concordou em se submeter aos tumor e prevenindo a recorrência da
atendimentos e normas da instituição neoplasia.

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Conclusão: No tratamento do da escolha da abordagem cirúrgica,


ameloblastoma unicístico, vários fatores procurando obter um melhor prognóstico e
devem ser levados em consideração antes qualidade de vida para o paciente.
Referência: Lawal AO, Adisa AO, Olajide MA. CYSTIC AMELOBLASTOMA: A CLINICO-PATHOLOGIC
REVIEW. Annals of Ibadan Postgraduate Medicine. 2014 jun, 12(1): 49-53.

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1561

CISTO DO DUCTO NASOPALATINO DE


GRANDES PROPORÇÕES EM PACIENTE
JOVEM
Samuel Macedo Costa; Polianne Alves Mendes; Eduardo Morato
de Oliveira; Maria Cássia Ferreira de Aguiar; Leandro Napier de
Souza

Introdução: O cisto do ducto lesão para possibilitar a descompressão


nasopalatino é um cisto de cística. O exame anatomopatológico
desenvolvimento raro, com predileção revelou cisto do ducto nasopalatino e o
masculina a partir da 4 ª década de vida. O paciente manteve acompanhamento da
aspecto clínico clássico é o aumento de descompressão por oito meses antes da
volume na região palatina, assintomático, realização de enucleação cirúrgica,
de evolução lenta, desenvolvendo-se até atualmente o mesmo mantém
aproximadamente 25mm de diâmetro. Este acompanhamento sem complicações ou
trabalho relata caso de cisto do ducto recidiva da lesão.
nasopalatino de grandes proporções em Discussão: O cisto do ducto nasopalatino
paciente jovem. é uma lesão rara, representando apenas 1%
Métodos: C.L.L, 25 anos, masculino, se dos cistos da região maxilofacial,
apresentou ao Serviço de Estomatologia do ocorrendo principalmente em pacientes a
Hospital Odilon Behrens queixoso de partir da 4ª. década de vida. Neste caso, o
aumento de volume em região anterior da tamanho exigiu uma abordagem mais
maxila, com deformação nasal e evolução conservadora, optando pela canulização,
de 2 anos. À oroscopia foi possível observar como meio de reduzir o tamanho da lesão,
uma grande tumefação em palato, região afim de permitir uma excisão cirúrgica
anterior do lado direito, no lábio superior, menos traumática ao paciente. O
com projeção vestibular deste com acompanhamento do processo de
elevação da asa do nariz e apagamento de descompressão cística com exames clínicos
fundo de saco vestibular, sem queixas e de imagem é de suma importância para
álgicas e sinais de infecção. Exame de determinar o momento correto da
imagem revelou uma área radiolúcida na abordagem cirúrgica definitiva.
maxila, medindo aproximadamente 45mm, Conclusão: Apesar de raro, o cisto do
com deslocamento dos dentes 11 e 21. Foi ducto nasopalatino pode ser encontrado
realizada punção aspirativa, resultando em pelo cirurgião bucomaxilofacial em sua
um líquido enegrecido, com rotina clínica. Portanto deve-se ter
aproximadamente 30 mL, complementado conhecimento anatômico, patológico e
por biópsia incisional e canulização da cirúrgico para o correto diagnóstico, o que

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influenciará na abordagem mais indicada


para cada caso.
Referências: 1. MARTINS, M.D; Nasopalatine duct cyst: report of case and literature review . Rev Inst
Ciênc Saúde 193-7. 2007; 2. NEVILLE, B. W; DAMM, D. D; ALLEN, C. M; BOUQUOT, J. E. Patologia
Oral e Maxilofacial. 3 edição. Elsevier Editora; 2004.

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1572

ADENOMA PLEOMÓRFICO EM GLÂNDULA


SALIVAR MENOR EM MUCOSA JUGAL:
RELATO DE CASO
Renato dos Santos; Alessandra Kuhn Dall` Magro; Iara Fiorentin
Comunello; Guilherme Luckmann; Pâmela Marli Cavalheiro

Introdução: Os tumores de glândulas meses pós operatórios sem ocorrência de


salivares correspondem a 2 a 6,5% de todas recidiva.
as neoplasias de cabeça e pescoço. A Discussão: O caso é extremamente raro e
maioria dos tumores salivares acometem a o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial é
parótida, sendo o adenoma pleomórfico e o condicionado a diagnosticar, planejar o
carcinoma mucoepidermóide os tumores tratamento, planejar a cirurgia e posterior
benignos e malignos, respectivamente, acompanhar a evolução dos casos, exigindo
mais comuns. Os tumores benignos tem grande responsabilidade e ausentando a
maior ocorrência em glândulas salivares presença de outro profissional cirurgião
maiores, entre 80% a 85% dos casos, sendo para condução do caso.
as glândulas salivares menores
Resultados: A paciente abordada
correspondentes a cerca de 15% a 20%.
apresenta resultados positivos, destacando
Tumores na região de palato correspondem
ausência de lesão pós operatória, sem
a 55% e na região dos lábios 15%,
recidiva e comportamento estético-
conduzindo a raridade do tumor de mucosa
funcional otimizado, cumprindo
jugal em glândula salivar menor.
mastigação habitual, fala e respiração de
Metodos: Foi realizado um estudo de caso modo restabelecido além de mímica e
em uma paciente leucoderma, 50 anos de expressão facial sem distúrbios.
idade, gênero feminino, biopsiada
Conclusão: O Cirurgião Buco-Maxilo-
previamente com diagnóstico
Facial, sendo conhecedor da anatomia e
histopatológico de Adenoma Pleomórfico.
fisiologia do sistema estomatognático e
Em seguida optou-se pela ressecção total
seus anexos, tem perfeitas condições de
da lesão através do acesso cirúrgico de
tratar os tumores do complexo
Weber-Ferguson e intraoral
maxilofacial, determinando bons
complementar. A condução do caso foi
resultados, contribuindo para o meio
acompanhada clinicamente durante 6
científico e para classe odontológica.
Referências:
01. BARZAN, L.; PIN, M. Extra-capsular dissection in benign parotid tumors. Oral Oncology, v. 48, p.
977-979, 2012.

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02. GAO, M.; HAO, Y.; HUANG, M.X.; MA, D.Q.; CHEN, Y.; LUO, H.Y.; GAO, Y.; CAO, Z.Q.; PENG, X.;
YU, G.Y. Salivary gland tumours in a northern Chinese population: a 50- year retrospective study of
7190 cases. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2016.
03. WANG, X.; MENG, L.; HOU, T.; ZHENG, C.; HUANG, S. Frequency and distribution pattern of minor
salivary gland tumors in a northeastern Chinese population: a retrospective study of 485 patients. J
Oral Maxillofac Surg, v. 73, p. 81-91, 2015.

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1586

OSTEONECROSE DOS MAXILARES


ASSOCIADO AO USO DE BIFOSFONATOS
Ruiter de Oliveira, Francisco Octavio Teixeira Pacca, Janaina
Rocha da Costa

Os bifosfonatos fazem parte de um grupo fármacos, ´´a osteonecrose dos maxilares


de medicamentos utilizados no tratamento induzida pelo uso de bifosfonatos``. O
de pacientes com neoplasias malignas presente trabalho tem como objetivo
metastáticas relacionadas ao câncer de apresentar os principais aspectos clínicos,
mama, próstata e mieloma múltiplo, fatores etiológicos, prevenção e protocolo
incluindo outras doenças ósseas como de tratamento atual com base na revisao da
osteoporose e doença de Paget. Estes literatura.Apresentação de um caso clinico
farmacos inibem a reabsorção óssea de uma grave lesao em região mandibular
através de uma ação sobre os osteoclastos associada ao uso de um fármaco da classe
retardando sua atividade e induzindo dos bifosfonatos, métodos utilizados para o
apoptose. Apesar dos benefícios dos diagnostico e tratamento proposto com
bifosfonatos, a osteonecrose dos maxilares ultilização de prototipagem e fixação
emergiu como uma complicação grave em interna rígida.
alguns pacientes tratados com estes

Referências:
Hortobagyi GN, Theriault RL, Lipton A, Porter L, Blayney D,Sinoff C, et al. Long-term prevention of
skeletal complicationsof metastatic breast cancer with pamidronate. Protocol 19 ArediaBreast Cancer
Study Group. J Clin Oncol. 1998;16(6):2038-44.
Migliorati CA, Casiglia J, Epstein J, Jacobsen PL, Siegel M, Woo SB.Managing the care of patients with
bisphosphonate-associatedosteonecrosis An American Academy of Oral Medicine position paper.J Am
Dent Assoc 2006; 136(12):1658-1668.
AAOMS Position Paper: American Association of Oral and MaxillofacialSurgeons Position Paper on
Bisphosphonate-Related Osteonecrosisof the Jaws. J Oral Maxillofac Surg 2007;65:369-376.
MARX RE, SAWATARI Y, FORTIN M, BROUMAND V:Bisphosphonates-Induced Exposed Bone
(Osteonecrosis/Osteopetrosis)of the Jaws: Risk Factors, Recognition, Prevention and Treatment.J Oral
Maxillofac Surg 2005;63:1567-75.
Ruggiero SL, Mehrotra B. Bisphosphonates-related osteonecrosis of the jaw: diagnosis, prevention, and
management. Annu Rev Med. 2009;60:85-96.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1593

IMPORTÂNCIA DA PROFILAXIA DE TROMBOSE


VENOSA PROFUNDA PREVIAMENTE A CIRURGIAS
BUCO MAXILOFACIAL EM PACIENTES DE RISCO
Joao Henrique Biazim Junior; Bruno Henrique de Oliveira; André
Takahashi

Introdução: A trombose venosa profunda cirurgias, tem como objetivo a


(TVP) caracteriza-se por formação aguda anticoagulação sistêmica e é feito com a
de trombos em veias do sistema profundo, heparina e com os anticoagulantes orais.
e acomete mais comumente os membros As heparinas são de dois tipos: heparinas
inferiores. A Embolia Pulmonar (EP), como não-fracionadas (HNF) e heparinas de
consequência da TVP, é caracterizada pelo baixo peso molecular (HBPM).
desprendimento de um trombo no sistema Resultados: Nos pacientes de risco
venoso profundo. Diante desse assunto, o moderado, recomenda-se o uso de HNF
objetivo do estudo é realizar uma revisão subcutânea em baixa dose 5.000 UI a cada
de literatura baseado em estudos com 12 horas, iniciada duas ou quatro horas
relevância cientifica, a fim de conscientizar antes da cirurgia, e para pacientes de alto
os cirurgiões bucomaxilofaciais, a respeito risco, é recomendado o uso de HNF
da necessidade de profilaxia da Trombose subcutânea em baixa dose 5.000 UI a cada
Venosa Profunda em cirurgia bucais oito horas, ou a HBPM subcutânea uma ou
ambulatoriais. duas vez ao dia, sem necessidade de
Métodos: Na cirurgia bucal, as novas monitoração.
técnicas utilizadas em cirurgias Discussão: A profilaxia medicamentosa
ortognática e implantodontia estão com a heparina não-fracionada ou de baixo
promovendo cirurgias mais prolongadas peso molecular, administrada através da
em pacientes idosos que perderam a via subcutânea é a mais efetiva na
elasticidade muscular e que se mobilizam prevenção da TVP em cirurgias
mais lentamente, principalmente em bucomaxilofacial, no qual o paciente é
cirurgias múltiplas, que envolve enxertos portador de enfermidade clínica ou
ósseos. Tendo como os principais fatores submetido a tratamento cirúrgico que vai
de risco para o tromboembolismo venoso permanecer acamado por período maior do
são: trauma não cirúrgico e cirúrgico; que 24 horas.
cirurgias de longa duração; anestesia; Conclusão: O uso das Heparinas para
idade maior que 40 anos; imobilização; profilaxia contra TVP é necessário para as
neoplasia maligna; insuficiência cardíaca; cirurgias bucomaxilofacial, afim de
infarto do miocárdio; obesidade; minimizar os riscos de hemorragias e
trombofilias e gravidez. O tratamento mortalidades dos pacientes ambulatoriais.
medicamentoso indicado prévio a estas
Referências: Garcia ACF, et al. Realidade do uso da profilaxia da trombose venosa profunda: da teoria
à prática. J Vasc Br. 2005.

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CISTO NASOLABIAL DE GRANDES PROPORÇÕES:


RELATO DE CASO E DADOS DE LITERATURA
Plinio Jun Iti Yokoyama; Luciano Martins; Maura Massako Ito;
Fernando Kendi Horikawa; Elio Hitoshi Shinohara

Introdução: Cisto nasolabial é raro cisto dolorosa há uma semana com drenagem
não odontogênico que acomete tecidos espontânea de liquido pela cavidade
moles e foi primeiramente descrito por nasal. Após avaliação clínica foi solicitado
Zuckerkandl em 1882, porém Klestadt em tomografia de face onde sugeriu se
1913 foi o primeiro a escrever sobre a tratar de Cisto Nasolabial. Após exames
etiologia da lesão, nomeando a Cisto de pré operatórios e consentimento do
Klestadt. Esta lesão possui característica paciente, o tratamento proposto e
clínica específica, acometendo região conduzido foi a excisão cirúrgica sob
submucosa anterior de maxila, podendo se anestesia geral, optando se por abordagem
expandir para assoalho de cavidade nasal, intra oral. Atualmente paciente em
causar remodelação óssea, assimetria acompanhamento ambulatorial, nota se
facial e deformidade da base alar. melhora estética e melhora na patencia
Atualmente, duas teorias sobre sua nasal.
etiologia são mais aceitas: Uma acredita se Discussão: O caso apresentado foge do
tratar de cisto fissural originado de células perfil epidemiológico dos pacientes
epiteliais remanescentes aprisionadas ao diagnósticados com cisto nasolabial, além
longo da fusão entre as maxilas e outra de apresentar dimensões maiores do que a
sugere que o cisto é formado pela média da literatura. Enfatiza se que seu
deposição ectópica do epitélio do ducto diagnóstico é quase que exclusivamente
nasolacrimal. A tomografia irá apresentar clínico, não sendo descartada outras
imagem hipodensa de contornos regulares hipóteses diagnósticas. Apesar da
bem definidos com ou sem remodelação do característica expansiva e deformante, o
tecido ósseo subjacente. Modalidades de fato de não causar sintoma doloroso
tratamento são propostas, incluindo significativo faz com que pacientes não
excisão cirúrgica, marsupialização procurem atendimento precoce. Discute se
assistida por endoscopia, incisão e as técnicas cirurgicas utilizadas e descritas
aspiração, drenagem ou injeção de agente na literatura dado a imprevisibilidade e alta
esclerosante. taxa de recidiva da lesão.
Relato de caso: Paciente masculino, 52 Conclusão: Excisão cirúrgica é
anos, leucoderma, foi tratamento de eleição para cisto nasolabial
encaminhado relatando aumento de de grandes proporções, devendo ser levado
volume em asa do nariz direito de evolução em consideração o histórico, dimensões e
há dois anos, aumento na intensidade sua característica altamente recidivante.

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OSTEONECROSE MANDIBULAR APÓS


EXODONTIAS MÚLTIPLAS ASSOCIADA AO USO
DE BIFOSFONATOS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Talita Portela Pereira; Lívia Maria Vidigal Quintão; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: Os bifosfonatos foram osso necrótico, seguido pela confecção de


introduzidos na comunidade médica como um retalho cirúrgico e fechamento da
terapêutica em patologias com alto índice ferida por primeira intenção. Com base na
de reabsorção óssea, como hipercalcemia literatura e no relato de caso, pode-se
neoplásica, Doença de Paget, metastização concluir que a ONMAB é uma patologia de
óssea e osteoporose. Entretanto, essas difícil tratamento e que afeta gravemente a
drogas vêm sendo associadas a uma qualidade de vida dos pacientes,
debilitante complicação que afeta produzindo morbidade significativa.
exclusivamente a mandíbula e a maxila, Segundo a literatura, estas complicações
denominada de Osteonecrose dos têm maior incidência na mandíbula e,
Maxilares Associada ao uso de Bifosfonatos frequentemente, ocorrem após extração
(ONMAB). Este estudo tem como objetivo dental, mas também podem ocorrer
relatar um caso clínico de um paciente do espontaneamente. Além disso, fatores
gênero masculino que fazia uso de como idade, local de extração, o período e
bifosfonatos por via parenteral, submetido a via de administração da droga podem ser
a exodontias múltiplas. O paciente considerados importantes. Cabe ao
apresentou osteonecrose e exposição óssea Cirurgião-Dentista, além de diagnosticar a
mandibular. Foi realizada a ONMAB, orientar os pacientes quanto à
antibioticoterapia por via oral e uso de importância de uma rigorosa saúde bucal e
clorexidina a 0,12% localmente. a necessidade de um monitoramento
Posteriormente foi realizado o tratamento clínico frequente.
cirúrgico para debridamento e remoção de
Referências:
BERMÚDEZ-BEJARANO, E. et al. Prophylaxis and antibiotic therapy in management protocols of
patients treated with oral and intravenous bisphosphonates. J Clin Exp Dent. v. 9, n. 1, p. 141-149,
2017.
CARDOSO, C. L. et al. Radiographic Findings in Patients with Medication Related Osteonecrosis of the
Jaw. International Journal of Dentistry, 2017.
CHOI, W. et al. Medication-related osteonecrosis of the jaw: a preliminary retrospective study of 130
patients with multiple myeloma. Maxillofacial Plastic and Reconstructive Surgery. v. 39, n. 1, 2017.
JEONG, H. et al. Risk factors of osteonecrosis of the jaw after tooth extraction in osteoporotic patients
on oral bisphosphonates. Imaging Science in Dentistry. v. 47, n. 1, p. 45-50, 2017.

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1605

OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA COMO


SUPORTE AO TRATAMENTO DA
OSTEONECROSE MANDIBULAR
Karla Arrigoni Gomes; Eduardo Stehling Urbano; João Paulo
Marinho de Resende

O presente trabalho visa verificar a eficácia complexa e de difícil definição, vários


da oxigenoterapia hiperbárica no tratamentos vêm sendo desenvolvidos,
tratamento adjuvante da osteonecrose dentre os quais se destacam a cirurgia e a
mandibular. Para tal, utilizou-se pesquisa oxigenoterapia hiperbárica. A
bibliográfica por meio de revistas oxigenoterapia hiperbárica consiste na
científicas, livros e artigos científicos inalação de oxigênio puro (100%) à pressão
disponíveis em sites, tais como: PUBMED, acima da pressão atmosférica absoluta,
Scielo, Lilacs e Google Acadêmico. Dessa geralmente, em torno de 2 a 3 ATA
forma, constatou-se que a osteonecrose (atmosfera absoluta). A concentração
consiste em uma das complicações mais aumentada de oxigênio no plasma
severas e de tratamento complexo dentre sanguíneo auxilia a reverter a hipóxia na
as alterações maxilofaciais. Possui causas área dita "cinzenta ou"de penumbra"
multifatoriais, tais como medicação, podendo, inclusive, delimitar a área de
infecção, decorrente de doença necrose. Este procedimento visa melhorar
periodontal, extrações dentárias, cirurgias, as condições funcionais e físicas do local
traumas, de surgimento espontâneo, sendo afetado. Durante a pesquisa, pode-se
a mais comum por radiação e pode, ainda, concluir que há divergências quanto à
estar associada a condições que podem eficácia do método terapêutico,
afetar o processo de cura, como o Diabetes necessitando-se, portanto, de mais estudos
Mellitus e doenças autoimunes. Na maioria sobre o assunto. Todavia, foi observado que
dos casos, a osteonecrose acomete a prevalecem as referências que demonstram
mandíbula, pois trata-se de um osso denso o tratamento como sendo útil e eficaz.
e pouco vascularizado. Por ser uma doença

Referências: ALDUNATE JLCB; COLTRO PS; BUSNARDO FF; FERREIRA MC. Osteorradionecrose
em Face: Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento. Rev. Bras. Cir. Plást. 2010; 25(2): 381-7; NEVES
MBA. Tratamento da Osteoradionecrose com Terapia Hiperbárica em Medicina Dentária.
[Candidatura ao grau de mestre em Medicina Dentária]. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas
Moniz: 2015. 82 p.; ZANETIN VP; FRANZI AS. A oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da
osteorradionecrose de mandíbula em pacientes com carcinoma epidermóide avançado de boca.
Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v.42, nº 2, p. 118-123, abril / maio / junho 2013.

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1606

MEDIASTINITE DESCENDENTE NECROSANTE


POR INFECÇÃO ODONTOGÊNICA:
RELATO DE CASO
Josfran da Silva Ferreira Filho; Mário Igor Serpa Paiva Damasceno;
Fabrício Bitu Sousa; Mariana Canuto Melo de Sousa Lopes; Breno
Souza Benevides

As infecções odontogênicas são alterações complementares, houve confirmação do


patológicas oriundas de abcessos quadro de MDN oriunda de Angina de
periapicais não drenados ou que não Ludwig. A partir do diagnóstico, o paciente
romperam a superfície externa da mucosa, foi submetido a procedimento cirúrgico
comunicando-se com a cavidade oral. Caso precoce de toracotomia para drenagem
não sejam tratadas, pode haver uma torácica e debridamento, associado à
proliferação pelos espaços fasciais do drenagem dos espaços fasciais atingidos,
indivíduo. A Mediastinite Descendente além da extração do dente causador do
Necrosante (MDN) é consequência desta processo infeccioso. O paciente evoluiu sob
propagação infecciosa por entre o espaço supervisão da medicina intensiva por 35
interpleural, oriunda de infecções do trato dias, sob antibioticoterapia intravenosa,
aero-digestivo superior; o quadro clínico restabelecimento nutricional e
de MDN caracteriza-se pela manifestação hidroeletrolítico. Atualmente, o paciente
de pleurite purulenta e acúmulo de se encontra sob acompanhamento pós-
secreção pustulenta em área próxima ao operatório apresentando condição
pericárdio. O objetivo do presente trabalho sistêmica funcional satisfatória.
é relatar o caso de um paciente de sexo
masculino, normossistêmico, feoderma, 21
anos, acometido por infecção
odontogênica de um dente molar inferior
que, após 09 dias de evolução sem nenhum
tipo de atendimento em saúde,
compareceu a um serviço hospitalar de
emergência apresentando quadro de
desidratação, dispnéia, dores ao respirar e
relacionadas ao dente comprometido,
alteração da fala, trismo, aumento de
volume significativo e ruborização do
pescoço, além de hipomobilidade cervical.
Após a solicitação de exames

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1611

SÍNDROME DE STURGE-WEBER E LESÃO DE


OSTEOMA RECIDIVANTE: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Alana Del`Arco Barboza; Roberto Almeida de Azevedo; Pauline
Magalhães Cardoso; Paloma Heine Quintas; André Victor Pinto
Serra

Introdução: A síndrome de Sturge-Weber é uma rara condição


de desenvolvimento, não hereditária, caracterizada por
proliferações vasculares harmatomatosas, que envolve os tecidos
do cérebro e face. Caracteriza-se por uma angiomatose
corticocerebral, calcificações cerebrais, retardo mental, epilepsia,
afecções oculares e nevo facial, com coloração de vinho do Porto
na face. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso sobre
um paciente portador da síndrome de Sturge-Weber o qual
evoluiu com um osteoma durante 1 ano em região de dorso nasal
em região coincidente à da mancha de vinho do porto. Uma
primeira abordagem cirúrgica foi realizada para remoção da lesão
e enviada para análise anátomo-histopatológico diagnosticada
como osteoma. No entanto, a lesão apresentou-se recidivante 10
meses após a primeira cirurgia. Ocorrendo assim, um segundo
tempo cirúrgico para remoção da lesão.
Resultados: O laudo do exame anátomo-histopatológico conclui
como Osteoma.
Conclusão: Na literatura científica e em artigos publicados não
há registros de associação da Síndrome de Sturge-Weber e lesão
de Osteoma com recidiva.

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1612

CISTO ÓSSEO SIMPLES MIMETIZANDO CISTOS


E TUMORES ODONTOGÊNICOS
Kaique Antonio do Nascimento; Diego Armando Boff Gomes;
Fernanda Aurora Stabile Gonnelli; João Gualberto de Cerqueira
Luz; Estevam Rubens Utumi

O cisto ósseo simples é uma cavidade dentes 44 a 46. Pela tomografia


benigna, que pode ou não conter líquido computadorizada por feixe cônico, lesão
em seu interior e não possui revestimento circunscrita bem delimitada com
epitelial. Acomete a maxila, mas em maior preservação das corticais ósseas, aspecto
evidência a mandíbula. Sua etiologia é cístico e com deslocamento inferior do
incerta, podendo ser causada por um canal mandibular. Submetida a
trauma antigo, ou outras etiologias que intervenção cirúrgica sob anestesia geral.
ainda não foram descobertas. Existe uma Realizada tentativa de aspiração
teoria chamada: teoria trauma exploratória sem sucesso devido a
hemorrágico, ela vem sido muito utilizada preservação da cortical vestibular, e
e defendida, pois sugere que um trauma exploração cirúrgica com curetagem da
não envolvendo fratura resulta em uma cavidade óssea preenchido por sangue.
hemorragia intra-óssea. Caso essa lesão Após acompanhamento de
não sofra algum reparo pode resultar em aproximadamente 1 ano, mostra-se pela
uma cavidade cística. Sendo uma lesão imagem radiográfica formação óssea de
assintomática, geralmente unilocular e aspecto normal. Paciente se encontra em
circunscrita, são muito diagnosticadas em controle periódico ambulatorial.
radiografias realizadas em exames de
rotina. Muitas vezes são confundidas com
tumores e cistos odontogênicos nas quais
necessitam de exploração cirúrgica para
seu diagnóstico conclusivo. O estudo
demonstra paciente de 14 anos, gênero
feminino, encaminhada pelo ortodontista
para avaliação BMF de lesão,
assintomática, com ausência de aspectos
clínicos evidentes, entre as raízes dos
dentes 44 a 46, com teste de vitalidade
positiva, apresentando na radiografia
panorâmica, imagem radiolúcida bem
delimitada de formato oval com sugestivo
aspecto cístico, englobando as raízes dos

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1640

ANÁLISE DA EMBOLIZAÇÃO SELETIVA DA


ARTÉRIA MAXILAR NA ANQUILOSE
TEMPOROMANDIBULAR
Ana Júlia de Paula Candeia; Laís Ferrante de Faria; João Paulo
Marinho de Resende; Jacquiane Santana Pereira; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: A anquilose da articulação execução e que pode levar a


temporomandibular consiste na restrição intercorrências, como a hemorragia,
de movimentos mandibulares devido a principalmente quando a anatomia está
adesões fibrosas intracapsulares, distorcida. O uso da embolização
mudanças fibrosas no ligamento capsular preventiva permite uma abordagem
(anquilose fibrosa) e formação de massa cirúrgica mais agressiva, o que garante a
óssea, resultando na fusão dos remoção completa do calo ósseo,
componentes articulares com a base do diminuindo, assim, a chance de recorrência
crânio (anquilose óssea). As principais da anquilose. Conclui-se que a
técnicas utilizadas no tratamento da embolização da artéria maxilar
anquilose são artroplastia simples, previamente à cirurgia para correção da
artoplastia interposicional e reconstrução anquilose temporomandibular tem se
da articulação. Contudo, a artroplastia mostrado uma técnica eficaz, já que
simples pode causar uma hemorragia diminui os riscos de hemorragia, que é uma
grave, quando ocorre lesão da artéria intercorrência grave associada a essa
maxilar interna durante o ato cirúrgico. cirurgia. Assim, com o risco diminuído é
Objetivo deste trabalho consiste na análise possível ter um campo cirúrgico maior,
da embolização prévia da artéria maxilar permitindo a remoção completa de toda a
interna em articulações massa óssea, reduzindo as chances de
temporomandibulares anquilosadas, por recorrência da anquilose. Todavia, a
meio de uma revisão de literatura. embolização é um procedimento cirúrgico,
Métodos: foi realizada uma pesquisa no devendo ser utilizado com cautela e,
Scielo, PubMed, Periódico CAPES e Bireme. portanto, traz riscos para o paciente,
Resultado: foram obtidos artigos no dentre eles hematomas, aneurismas,
período de 1990 a 2014. acidentes vasculares encefálicos e óbito.
Disccussão: Pacientes que apresentam
anquilose na ATM não possuem margens
ósseas claras nem estruturas anatômicas
normais. Ressecar uma massa óssea nestas
condições pode ser um processo de difícil

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1645

ADENOMA PLEOMÓRFICO NO PALATO:


ASPECTOS RELEVANTES PARA A ESCOLHA
DA TÉCNICA CIRÚRGICA
Ismênia Edwirges Bernardes; Franciele de Oliveira Santolin; Carlos
Eduardo Pinto de Alcântara; Matheus Furtado de Carvalho

Introdução: Os tumores das glândulas identificada imagem sugestiva de lesão


salivares agrupam lesões relativamente com dimensões 3x3x4 cm, bem delimitada
raras e morfologicamente distintas. Assim e restrita ao tecido mole. A biópsia
como nas glândulas salivares maiores, o incisional revelou compatibilidade
adenoma pleomórfico (AP) é também a histológica com AP, sendo proposta a
neoplasia salivar mais comum das excisão cirúrgica definitiva da lesão, em
glândulas salivares menores, sendo a ambiente hospitalar, devido à
região póstero-lateral do palato o sítio possibilidade de sangramento decorrente
mais acometido da cavidade bucal. Embora da adjacência da artéria palatina maior. A
o padrão básico da lesão seja altamente exérese subperiosteal completa da lesão
variável, as células individuais raramente envolvendo também a mucosa de
são verdadeiramente pleomórficas, e recobrimento do palato, resultou uma área
apenas 5% dos casos apresentam risco de palatina de superfície cruenta, protegida
transformação maligna. O objetivo deste posteriormente com uma prótese
trabalho é apresentar um caso clínico de AP obturadora. O laudo histopatológico
no palato, destacando os aspectos identificou a existência de margens livres
relevantes que determinaram a escolha da no espécime, confirmando a hipótese
excisão cirúrgica abaixo do periósteo, diagnóstica de AP . No momento, a
incluindo a mucosa de recobrimento. paciente encontra-se em
Caso clínico: Paciente LPC, 27 anos, acompanhamento pós-operatório de 4
caucasiana, gênero feminino, compareceu anos, sem sinais de recidiva e completa
ao serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial, cicatrização da ferida cirúrgica.
queixando-se de um aumento de volume Conclusão: A análise conjunta do exame
em região posterior do palato duro, clínico, dos exames por imagem e dos
suspeitando de um terceiro molar incluso. achados microscópicos da biópsia
Ao exame intra-oral, notou-se discreta incisional foram fundamentais para o
tumoração, firme à palpação, planejamento e escolha correta da técnica
assintomática, com superfície lisa e cirúrgica, inibindo a recidiva e aumentando
mucosa de coloração normal. Ao exame o índice de cura da lesão.
tomográfico, em corte coronal, foi

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Referências:
BOBATI SS, PATIL BV, DOMBALE VD. Histopathological study of salivary gland tumors. J Oral
Maxillofac Pathol. 2017 Jan-Apr; 21(1): 46–50.
NEVILLE, BW et al. Patologia Oral e Maxilo-Facial. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2016.
TOMMAZI, A. F. Diagnóstico em Patologia Bucal, São Paulo: Ed. Elsevier, 2014.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1655

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO DA


CRISTA ILÍACA APÓS EXÉRESE DE AMELOBLASTOMA:
REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO
Felipe Daniel Burigo dos Santos; Marcelo Matos Rocha; Felipe
Mendes dos Santos; Flávio Tomazi; Manuel Otávio S Schmitz

Introdução: De acordo com a hemiface esquerda. Foi realizado o exame


Organização Mundial de Saúde (OMS) o clínico onde foi observada a presença de
ameloblastoma é classificado como um assimetria facial importante. Ao exame
tumor de origem odontogênica epitelial radiológico, presença de extensa lesão com
com curso benigno, possuindo um processo aspecto multilocular acometendo desde a
evolutivo vagaroso, infiltrativo e região de ramo mandibular esquerdo até a
expansivo. Este trabalho teve como região de parassínfise do mesmo lado. Ao
objetivo revisar a literatura, bem como exame tomográfico, presença de grande
apresentar um relato de caso clínico expansão das corticais. O paciente foi
conduzido pela equipe de Cirurgia e submetido a biópsia incisional, sendo
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do diagnosticado como ameloblastoma.
Hospital Nossa Senhora da Conceição Discussão: O ameloblastoma é um tumor
(Tubarão/SC). benigno dos maxilares, localmente
Metodologia: Trata-se de uma revisão da invasivo, entretanto, pode apresentar
literatura, através de pesquisa a diversos comportamento agressivo, recorrência
periódicos indexados em bases de dados local, transformação maligna e até mesmo
como Science Direct e Pubmed com os metástase à distância (MUNIZ et al. 2014).
termos “ameloblastoma + enxerto crista Clinicamente mostra-se na forma sólida
ilíaca + iliac crest graft + reconstruction”. convencional ou multicística, unicística e
Após a seleção dos artigos, foi realizada a periférica (NEVILLE et al. 2009). No caso
revisão de literatura e o relato de um caso clínico apresentado, tratava-se de um
clínico realizado no Hospital Nossa paciente jovem e do sexo feminino. Neville
Senhora da Conceição (Tubarão/SC). et al. (2009) relatam que não há predileção
Relato de caso: Paciente V.K.M., 17 anos pelo sexo nem por raça. No entanto,
de idade, sexo feminino, leucoderma, Lagares et al. (2005) e Li et al. (2011)
natural de Braço do Norte – SC, foi relatarem em seus estudos que esses
encaminhado ao serviço de Cirurgia e tumores acometem mais homens do que
Traumatologia Bucomaxilofacial do mulheres.
Hospital Nossa Senhora da Conceição, na Conclusão: Os ameloblastomas são
cidade de Tubarão, Santa Catarina, lesões benignas que podem acometer
queixando-se de aumento de volume em ambos os maxilares, com maior

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

prevalência em mandíbula. São lesões de


comportamento agressivo e apresentam
alto índice de recidivas quando realizado
tratamentos conservadores.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1661

AÇÃO DE ANTISSÉPTICOS BUCAIS SOBRE


BIOFILMES DE BACTÉRIAS ISOLADAS DA
CAVIDADE ORAL DE PACIENTES COM CÂNCER
BUCAL E DE INFECÇÕES HOSPITALARES
Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Nathaly Esperidião de Melo;
Isadora Ventura do Amaral; Bárbara Cristina Melo Pedrosa;
Regianne Umeko Kamiya

Introdução: Biofilmes bucais de antibiograma, ao teste de formação de


bactérias oportunistas podem representar biofilme e suscetibilidade destes aos
importante fonte de infecções à distância. antissépticos bucais (clorexidina 0,12%,
Assim, o controle antimicrobiano destes triclosan 0,2% e cloreto de cetilpiridínio
biofilmes pode reduzir as taxas de morbi- 0,05%). Os testes foram realizados em
mortalidade, relacionadas às infecções duplicata e salina esterilizada foi usada
metastáticas de origem bucal. Isso se faz como controle.
importante principalmente em pacientes Resultados e Discussão: Cepas
com doenças sistêmicas e condições hospitalares apresentaram maior grau de
imunológicas comprometidas, como é resistência aos antibióticos, em relação às
comumente observado nos pacientes com comunitárias. Houve maior frequência de
câncer, e nos indivíduos submetidos a formação de biofilme de alta densidade
longos períodos de internação hospitalar. celular em espécies bacterianas Gram
Objetivo: Avaliar a eficácia de negativas, as quais apresentaram maior
antissépticos bucais sobre biofilmes de resistência circunstancial aos
bactérias oportunistas, isoladas da antissépticos. Resistência aos
cavidade oral de pacientes com câncer antissépticos foi independente do grau de
bucal ou cérvico-torácico (bactérias de resistência aos antibióticos. Clorexidina
fontes comunitárias) e de infecções 0,12% inibiu o biofilme de 41% das cepas
hospitalares de pacientes internados em testadas, seguida do triclosan 0,2% (35%) e
hospitais públicos de Maceió-AL (bactérias do cloreto de cetilpiridínio 0,05% (24%).
hospitalares). Contudo, cerca de 67,5% dos biofilmes
Metodologia: Um total de 99 cepas, testados resistiu à ação dos antissépticos,
sendo 38 hospitalares e 61 comunitárias, ou seja, não houve diferença
incluindo Acinetobacter baumanni- estatisticamente significativa na redução
calcoaceticus, Staphylococcus spp., do número de células viáveis tratadas em
Pseudomonas aeruginosa e outros bacilos comparação com o grupo controle (p≥0,05
Gram negativos foram submetidos ao ANOVA 1).

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: Houve baixa eficácia dos


antissépticos bucais sobre biofilmes de
bactérias oportunistas em pacientes com
câncer bucal e infecções hospitalares,
sugerindo a importância da resistência
circunstancial desses biofilmes e do
controle mecânico preliminar.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1662

USO DO CORPO ADIPOSO DA BOCHECHA NO


TRATAMENTO DE OSTEONECROSE EXTENSA DE
MAXILA ASSOCIADA AO USO DE
ALENDRONATO DE SÓDIO: RELATO DE CASO
Polianne Alves Mendes; Samuel Macedo Costa; Eduardo Morato
de Oliveira; Maria Cássia Ferreira de Aguiar; Leandro Napier de
Souza

Introdução: Osteonecrose pode estar da bochecha e retalho de tecido mole para


relacionada ao uso crônico de fechamento da comunicação bucosinusal
bisfosfonatos, que são potentes inibidores foi realizada, sob anestesia geral.
da atividade osteoclástica, cada vez mais Resultados: Ato cirúrgico sem
empregados. O objetivo do trabalho é intercorrências com cicatrização pós-
relatar um caso de osteonecrose extensa de operatória normal. Fragmento ósseo foi
maxila associada ao uso de Alendronato. enviado para o exame anatomopatológico,
Métodos: Paciente M.J.P., 63 anos, com diagnóstico de osteonecrose.
gênero feminino, compareceu ao serviço Discussão: Bisfosfonatos apresentam alta
para avaliação de lesão com sintomatologia fixação no osso, resistência à hidrólise e
dolorosa, constante infecção e evolução de degradação, provocando alterações no
6 meses. À anamnese, relatou uso de mecanismo de apoptose dos osteoclastos;
alendronato de sódio uma vez por semana afetando a atividade metabólica do osso.
há 5 anos e rexodontia no local há mais de Esta supressão na remodelação óssea local,
1 ano. Ao exame clínico, notou-se área de associada à trauma e/ou infecção,
exposição óssea em mandíbula, com representa fator de alto risco para o
sequestro ósseo facilmente removido no desenvolvimento de MRONJ.
momento do exame e uma outra área de Conclusão: Uso do corpo adiposo da
exposição em maxila. À TC, observou-se bochecha, rico em células mesenquimais
extensa lesão hipodensa, bem definida, indiferenciadas, associado ao fechamento
delimitada por fino halo hiperdenso, sem primário, permite suprimento sanguíneo e
expansão óssea em maxila esquerda, com proteção mecânica adequados para
comunicação bucosinusal e sinusite. cicatrização óssea, podendo ser uma
Sequestrectrectomia com sinusotomia, excelente alternativa no tratamento da
seguida do deslocamento do corpo adiposo osteonecrose.
Referências: Gallego L et al. The use o pedicled buccal fat pad combined with sequestrectomy in
bisphosphonate-related osteonecrosis of the maxilla. Med Oral Patol Oral Cir Bucal, 2012 Mar 1;17
(2):e236-41. Ruggiero SL et al. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons Position Paper
on Medication-related Osteonecrosis of the Jaws-2014 Update. J Oral Maxillofac Surg 72:1938-1956,
2014. Souza L.N. The Possible Under-reporting of Medication-related Osteonecrosis of the Jaw. J Stem
Cell Res Transplant 2014; 1(3):1.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1668

HIPERPLASIA DO PROCESSO CORONÓIDE


DA MANDÍBULA: ASPECTOS RELEVANTES
PARA O CORRETO DIAGNÓSTICO
Ismênia Edwirges Bernardes; Andreones Roberto Felix; Gustavo
Rezende Libânio; Matheus Furtado de Carvalho

Introdução: A hiperplasia dos processos e bilateral dos processos coronóides,


coronóides da mandíbula (HPCM) é uma estendendo para o interior da fossa
rara anomalia de desenvolvimento, infratemporal, com superposição ao
desconhecida por muitos profissionais, e zigoma. A tomografia computadorizada
caracterizada por um aumento de volume (boca aberta e boca fechada) com
ou alargamento deste reparo anatômico, reconstruções multiplanares e em três
capaz de provocar gradativa limitação de dimensões, permitiu a visualização
abertura bucal por impedimento do osso completa da estrutura anatômica e
zigomático. Distúrbios hormonais, descarte de patologias
persistência dos centros cartilaginosos de temporomandibulares. O exame de
crescimento, hiperatividade do músculo cintilografia óssea e fluxo sanguíneo
temporal, deslocamento do disco articular apresentou-se negativo para detecção de
sem redução, traumas e hematomas, são lesões focais osteoblásticas em atividade
algumas das possíveis causas. O objetivo no esqueleto. Contudo, os achados
deste trabalho é apresentar um caso clínico imaginológicos, associados ao exame
de HPCM bilateral, em que a solicitação e clínico, permitiram o diagnóstico preciso
interpretação correta dos exames de da HPCM, sendo proposto o acesso intra-
imagem foram primordiais para o oral para realização da coronoidectomia
diagnóstico preciso e eficiente resolução bilateral, sob anestesia geral com auxílio
do caso. do laringoscópio de fibra óptica. Após a
Caso clínico: Paciente LLO, 16 anos, cirurgia, o paciente foi orientado a seguir
gênero masculino, compareceu ao serviço rigorosamente os exercícios fisioterápicos
de Cirurgia Bucomaxilofacial, queixando- para manutenção e potencialização da
se de progressiva limitação de abertura abertura bucal, encontrando-se em
bucal, sem dor ou associação com acompanhamento pós-operatório de 7
disfunção temporomandibular. Ao exame anos, com abertura bucal de 43mm e sem
físico, contatou-se uma abertura bucal de sinais de recidiva.
12mm, e relato de dificuldade de fonação, Conclusão: O conhecimento prévio desta
mastigação e higienização oral. A rara anomalia de desenvolvimento,
radiografia panorâmica identificou associado ao correto exame físico e análise
imagem sugestiva de alongamento regular dos exames por imagem, são capazes de

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

evitar diagnósticos tardios e maiores


sequelas ao paciente.
Referências:
NEVILLE, BW et al. Patologia Oral e Maxilo-Facial. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2016.
TOMMAZI, A. F. Diagnóstico em Patologia Bucal, São Paulo: Ed. Elsevier, 2014.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1670

FIBROMA OSSIFICANTE EM MAXILA:


RELATO DE CASO
Polianne Alves Mendes; Isabela Moreira Neiva; Eduardo Morato de
Oliveira; Ricardo Alves Mesquita; Leandro Napier de Souza

Introdução: O fibroma ossificante é uma facilmente separada do osso sadio através


lesão fibro-óssea em que o osso é de clivagem. O corpo adiposo da bochecha
substituído por tecido conjuntivo fibroso foi deslocado e utilizado em sua forma
contendo tecido osteóide, com predileções pediculada no preenchimento do defeito
pelo gênero feminino e 3a e 4a décadas de ósseo.
vida. Radiograficamente e Resultados: Ato cirúrgico sem
histopatologicamente, pode lembrar a intercorrências com cicatrização pós-
displasia cemento-óssea focal. Entretanto, operatória normal. A peça foi encaminhada
é considerado um neoplasma verdadeiro para análise anatomopatológica,
com um significativo potencial de confirmando o diagnóstico de lesão fibro-
crescimento. À cirurgia, a lesão é bem óssea benigna. A paciente foi submetida à
demarcada do osso circundante, uma segunda cirurgia para
permitindo separação relativamente fácil aprofundamento do fundo de saco de
entre o tumor e seu leito ósseo. vestíbulo e viabilização de reabilitação
Métodos: Paciente M.A.M., 60 anos, protética.
gênero feminino, melanoderma, Discussão: O uso do corpo adiposo da
compareceu ao serviço de Estomatologia bochecha, associado ao fechamento
para avaliação de lesão com sintomatologia primário, permite suprimento sanguíneo
dolorosa e aproximadamente três anos de suficiente e adequada proteção mecânica
evolução. À anamnese, relatou quadro para cicatrização óssea, sendo utilizado
controlado de hipertensão e diabetes tipo satisfatoriamente neste caso.
2. Ao exame clínico observou-se área de
Conclusões: Em casos de lesões extensas
exposição óssea em região posterior de
em maxila o uso do corpo adiposo para
maxila esquerda. À tomografia
diminuir o defeito ósseo causado pela
computadorizada foi observada lesão
remoção cirúrgica deve ser considerado. A
hipodensa, bem definida, delimitada por
paciente permanece assintomática e em
fino halo hiperdenso, estendendo-se da
acompanhamento, com cicatrização
região do dente 26 ao 28. Durante remoção
satisfatória e condições viáveis para
cirúrgica, sob anestesia local, a lesão foi
confecção da prótese.
Referências: El-Mofty SK (2014). Fibro-osseous lesions of the craniofacial skeleton: na update. Head
Neck Pathol. 8:432-44. El-Naggar A.K. et al. (Eds): WHO Classification of Head and Neck Tumours (4th
edition). IARC: Lyon 2017 Matarasso, A "Managing the buccal fat pad." Aesthetic Surgery Journal 26.3
(2006): 330-336.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1675

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CERATOCISTO


ODONTOGÊNICO EM PACIENTE JOVEM:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Gustavo de Souza Vieira; Eugênio Braz Rodrigues Arantes; Marlon
Ribeiro do Amaral Junior; Rodrigo Resende; Rafael Seabra Louro

Introdução: O Ceratocisto Odontogênico 6 meses sem aspecto de recidiva e com


é uma patologia intra-óssea de aspecto crescimento ósseo satisfatório.
cístico, que acomete os ossos maxilares a Discussão: A busca pelo entendimento
partir da proliferação de restos epiteliais dos reais motivos para as altas taxas de
provenientes da lâmina dentária. recorrência desse cisto, são sempre um
Entretanto, sua evolução se dá por um assunto recorrente na literatura, sendo os
modo diferente dos demais cistos principais apontados a remoção
odontogênicos, devido ao seu crescimento incompleta do cisto primário, crescimento
por fatores intrínsecos do epitélio e pelo de cistos "satélite" deixados para trás na
seu prognóstico mais agressivo. Os primeira intervenção cirúrgica e o
métodos para diagnóstico, incluindo o crescimento de cistos não relacionados ao
exame histopatológico e exames primeiro em áreas adjacentes. A execução
radiográficos, são bem esclarecidos na da enucleação associada à osteotomia
literatura, porém, o melhor tipo de periférica com instrumentos rotatórios tem
tratamento ainda é incerto. A escolha de como objetivo garantir a remoção total da
uma correta abordagem terapêutica e lesão e de uma camada óssea adjacente,
cirúrgica é de vital importância para o possibilitando a remoção de restos
prognóstico do caso, visto que o alto índice epiteliais e cistos "sátelite" que possam
de recidiva deve ser levado em ainda existir no sítio cirúrgico.
consideração. Este trabalho tem como Procedimentos agressivos como a
objetivo relatar o caso clínico de uma ressecção de segmento ósseo marginal à
paciente do sexo feminino, 18 anos, lesão devem ser evitados quando possível,
portadora do ceratocisto odontogênico em visto a necessidade de procedimentos
região posterior de mandíbula resultando reconstrutivos que podem possuir alta
em aumento de volume intra-oral e morbidade e dificuldades pós-operatórias.
apagamento do fundo de vestíbulo do lado
Conclusão: O tratamento cirúrgico
esquerdo.
menos invasivo proposto, além de
Métodos: O tratamento realizado foi promover a remoção completa da lesão
enucleação por curetagem associado a evitou uma repercussão psicossocial na
osteotomia periférica da cavidade cística. paciente quando comparado a uma
Resultados: A paciente segue em abordagem mais agressiva.
acompanhamento clínico e radiográfico de

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1683

SÍNDROME DE MOEBIUS EM PACIENTE COM


FISSURA LABIOPALATINA: RELATO DE CASO
Thainá Araújo Pacheco Brito; Carlos Vinicius Ayres Moreira; André
Victor Pinto Serra; Nilmara Dias Santos; Roberto Almeida de
Azevedo

Introdução: A Síndrome de Moebius (SM) Resultados: Em acompanhamento,


é uma desordem congênita rara, não evolui com melhora da condição do meio
progressiva, de severidade variada, que bucal. Paciente e familiares receberam
manifesta-se pela paralisia uni ou bilateral orientações sobre higiene oral e prevenção
do nervo facial, conferindo inatividade dos de lesões futuras, através de consultas
músculos da expressão facial por ele periódicas com odontopediatra.
inervados. É diagnosticada geralmente nos Discussão: O paciente em questão
primeiros anos de vida através de apresenta sinais característicos da SM:
malformações dos membros, associação da ausência de mímica facial, déficit motor
paralisia do nervo facial completa ou ocular, hipertelorismo, hipoacusia
parcial com paralisia do nervos abducente, bilateral, ausência de selamento labial,
oculomotor e troclear; e outros sinais sialorreia, micrognatia, retrognatia, fissura
característicos de paralisia dos nervos palatina e miscrostomia, corroborando
hipoglosso, trigêmeo, glossofaríngeo e com a literatura. Embora incomum,
vago, além de deformidades orofaciais e apresenta também retardo no
musculoesqueléticas e distúrbios desenvolvimento cognitivo e psicomotor.
neurológicos. O objetivo deste estudo é No exame intraoral foram constatadas
relatar a abordagem terapêutica em diversas peculiaridades da SM. Quanto à
paciente pediátrico portador de SM paralisia facial, o tratamento cirúrgico
atendido no Serviço de Cirurgia ideal é incerto. No presente caso foi
Bucomaxilofacial do Centro de Fissurados realizado fechamento da fissura pós-
das Obras Sociais Irmã Dulce (Salvador, forame.
Bahia).
Considerações finais: A SM
Métodos: Foi instituído tratamento sob desencadeia diversas implicações sobre a
anestesia geral em ambiente hospitalar saúde geral e bucal, sendo fundamental a
para a realização da exodontia de cinco abordagem precoce do cirurgião-dentista
unidades decíduas comprometidas por para garantir melhor qualidade de vida ao
cárie e raspagem supragengival. paciente.
Referências: Picciolini O et al. Moebius syndrome: clinical features, diagnosis, management and early
intervention. Italian Journal of Pediatric. 42:56, 2016; Mattana MC et al. Síndrome de Moebius-Poland:
relato de caso e revisão bibliográfica. Rev AMRIGS. 54(2):197-201, 2010; Morales-Chávez M, Ortiz-
Rincones MA, Suárez-Gorrin F. Surgical techniques for smile restoration in patients with Moebius
syndrome. J Clin Exp Dent. 5(4) 203-207, 2013.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1701

OSTEONECROSE INDUZIDA PELO USO DE


BISFOSFONATOS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Francisco Octávio Teixeira Pacca; Ruiter de Oliveira; Janaína
Rocha da Costa; Daniela Marti; Artur Cerri

Os bifosfonatos fazem parte de um grupo de medicamentos


utilizados no tratamento de pacientes com neoplasias malignas
metastáticas relacionadas ao câncer de mama, próstata e
mieloma múltiplo, incluindo outras doenças ósseas como
osteoporose e doença de Paget. Elas inibem a reabsorção óssea
através de uma ação sobre os osteoclastos retardando sua
atividade e induzindo apoptose. Apesar dos benefícios dos
bifosfonatos, a osteonecrose dos maxilares emergiu como uma
complicação grave em alguns pacientes tratados com estes
fármacos, ´´a osteonecrose dos maxilares induzida pelo uso de
bifosfonatos``. O presente trabalho tem como objetivo
apresentar um caso clinico de uma grave lesao em região
mandibular associada ao uso de um fármaco da classe dos
bifosfonatos, demonstrando os métodos utilizados para o
diagnostico e tratamento proposto com ultilização de
prototipagem e fixação interna rígida.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1703

LIPOMA INTRA-ORAL
Maria Camilla Lima Coelho de Santana; Juliana Kelly de Medeiros;
Sabrine Isley Sousa Pontes; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: Os lipomas são as neoplasias operatório onde se observa uma


mesenquimais mais frequentes do corpo cicatrização. Laudo histopatológico com o
humano, sendo raros na cavidade oral. No diagnóstico de lipoma ventre da língua,
aspecto histopatológico, são constituídos com coloração amarelada.
basicamente de adipócitos maduros. Discussão: A literatura diz que a
Clinicamente, apresenta-se como massas histopatologia continua sendo o padrão
nodulares, sésseis ou pedunculadas, de ouro no diagnóstico de lipoma. Os lipomas
consistência amolecida, aspecto gelatinoso ocasionalmente são alterados através da
e de superfície lisa; frequentemente são mistura de outros elementos
assintomáticos e sem ulcerações. mesenquimais que compreendem uma
Métodos: Paciente do sexo feminino, 70 parte intrínseca do tumor. Na série atual,
anos de idade, procurou o Serviço de todos os tumores foram extirpados
Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital da cirurgicamente, e nenhuma recorrência foi
Face – PAM de Areais, queixando-se de um observada até agora.
aumento de volume na região abaixo da Conclusão: A excisão cirúrgica é o
língua, com 6 anos de evolução, tratamento ideal, com excelentes
comprometendo a estabilidade de sua resultados, no entanto ressecção completa
prótese total inferior no rebordo alveolar. deve ser enfatizada, pois isso é o fator
Paciente referia ser portadora de chave para evitar a recorrência.
hipertensão arterial sistêmica, fazendo uso
regular de drogas anti-hipertensivas, e da
doença de Parkinson, apresentando
intensas contrações musculares
involuntárias. Após indução da anestesia
geral e intubação nasotraqueal, foi feita
uma incisão na linha média do ventre
lingual foi realizada apenas na mucosa de
revestimento para exposição da lesão.
Após a exérese do tumor, seguiu-se a
síntese por planos anatômicos para
minimizar os riscos da manutenção do
espaço morto.
Resultados: Paciente retornou após o 8º
dia de cirurgia para acompanhamento pós-

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1714

HIPERTROFIA BENIGNA DOS MÚSCULOS


MASSETER E TEMPORAL : RELATO DE CASO
Everaldo Oliveira Souto Neto; Pedro Thalles Bernardo de Carvalho
Nogueira; Luciano Schwartz Lessa Filho; Pedro Jorge Costa;
Rafaella Amorim Bittencourt Maranhão de Araújo

A hipertrofia benigna do músculo masseter e temporal consiste no


desenvolvimento excessivo dos mesmos dando um aspecto
braquicefálico a face do indivíduo, alguns autores correlacionam
tal alteração a condições congênitas ou adquiridas devido a
hiperatividade mastigatória. A associação entre hipertrofia
bilateral do músculo temporal e músculo masseter é uma rara
situação clínica e apenas alguns casos foram relatados na
literatura. Clinicamente percebe-se um aumento na região de
ângulo mandibular de fácil delimitação, unilateral ou bilateral,
dor e dificuldade funcional podem ser relatados pelo paciente,
porém na maioria das vezes a queixa limita-se ao
comprometimento estético. O diagnóstico é feito quase
predominantemente clinicamente, mas exames por imagens
como radiografias convencionais, tomografia computadorizada,
ultrassonografia e ressonância magnética, é de essencial
importância para o diagnóstico diferencial, ou seja, devem ser
utilizados para descartar outras patologias que pode acometer a
mesma região, como cistos e tumores. O objetivo deste trabalho é
relatar um caso de hipertrofia de masseter e temporal tratado
cirurgicamente, atualmente paciente não relata queixas estéticas
e funcionais.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1717

PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM REGIÃO
CÉRVICO-FACIAL: RELATO DE 04 CASOS
Antonio Dionizio de Albuquerque Neto; Andre Vitor Alves Araujo;
Daniel de Assuncao Cerqueira; Lorenzzo de Angeli Cesconetto;
Eder Magno Ferreira de Oliveira

A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica descrita


inicialmente, no Brasil, em 1908 por Adolfo Lutz. A manifestação
da doença depende de inúmeros fatores, como: virulência do
microrganismo, questão hormonal, genética, nutricional e
sistema imune. É caracterizada classicamente por lesões
cutâneas, linfonodopatia e envolvimento pulmonar. Apresenta
substancial predileção pelo gênero masculino, que pode ser
atribuída ao efeito protetor dos hormônios femininos. A
apresentação clássica em cavidade oral se dá por uma úlcera
superficial caracterizada por pontilhados hemorrágicos de
aspecto moriforme. O tratamento deve ser instituído de forma
individualizada e acompanhamento rigoroso. Este trabalho tem
por objetivo relatar uma série de 04 casos desta infecção,
discutindo os aspectos clínicos, imaginológicos, laboratoriais e
manejo terapêutico instituído. Assim como realizar uma revisão
criteriosa da literatura para corroborar com os achados referidos.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1718

REABILITAÇÃO ORAL EM PACIENTE COM


DISPLASIA CLEIDOCRANIANA:
UM RELATO DE CASO
Juliana Lima Vecchio; Raquel Bastos Vasconcelos; Abrahão
Cavalcante Gomes de Souza Carvalho; Renato Luiz Maia
Nogueira; Raimundo Thompson Gonçalves Filho

A Displasia Cleidocraniana (DC) é uma anomalia rara, que tem


como principais características a aplasia ou a hipoplasia
clavicular, retardo na ossificação craniana,
hipodesenvolvimento do terço médio da face, falha na erupção
dos dentes permanentes, presença de supranumerários e uma
variedade de outras desordens esqueléticas. Tendo em visto ao
exposto, o presente relato se propõe a descrever o caso de uma
paciente do sexo feminino de 27 anos que compareceu ao
ambulatório de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Universidade
Federal do Ceará, com o intuito de realizar tratamento
reabilitador odontológico. A partir do exame clínico associado
aos exames imaginológicos, contatou-se a presença de
anodontias de alguns elementos dentais, esfoliação tardia da
dentição permanente, hipoplasia da maxila e presença de dentes
supranumerários. O plano de tratamento aplicado a paciente
constituiu-se, inicialmente, das exodontias dos dentes
supranumerários, dos decíduos e dos dentes que dificultavam a
reabilitação implanto-suportada na região mandibular. Em
seguida, foi realizada instalação de quatro implantes em região
anterior de mandíbula associados com prótese tipo protocolo.
Buscando uma melhora na oclusão, optou-se pela associação do
tratamento orto-cirúrgico sendo realizada cirurgia ortognática
para avanço de maxila. Desse modo, é visto que as anomalias do
complexo maxilofacial na displasia cleidocraniana constituem o
principal motivo das consultas odontológicas, evidenciando a
relevância do cirurgião-dentista associado com uma equipe
multiprofissional na busca de melhores resultados estéticos e
funcionais para esses pacientes.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1719

CISTO NO DUCTO NASOPALATINO:


RELATO DE CASO
Everaldo Oliveira Souto Neto; Pedro Jorge Costa; Jose Zenou Costa
Filho; Luciano Schwartz Lessa Filho; Shajadi Carlos Pardo Kaba

Das lesões Císticas não ontogênicas que radiográfico pode variar de lesões
afetam os maxilares, o cisto do ducto pequenas de 6 mm a lesões destrutivas de 6
nasopalatino é a mais comum, possuindo cm. Histologicamente, o cisto do ducto
ocorrência de 2%. Tal lesão pode se nasopalatino pode ser constituído de,
desenvolver em qualquer idade, sendo mais epitélio escamoso estratificado, epitélio
predominante entre a 4ª e a 6ª década de colunar pseudoestratificado, epitélio
vida. Em virtude de sua localização colunar simples e epitélio cubico simples.
anatômica e da proximidade com os O cistos do ducto nasopalatino são tratados
incisivos centrais superiores podem ser por enucleação, sendo. A recidiva rara e a
confundidas com cistos periapicais, transformação maligna é relatada em raros
constituindo-se assim um diagnóstico casos. O presente trabalho objetiva a
diferencial. O conhecimento da apresentação de um caso de um paciente
embriologia da face torna-se necessário diagnosticado com um cisto do ducto naso
visto que sua origem é a partir de palatino, o qual foi submetido a enucleação
remanescentes do ducto nasopalatino. como opção de tratamento. O caso
Conforme a mandíbula se desenvolve, os encontra-se proservado por 2 anos sem
processos palatinos crescem sinais de recidiva até o presente momento.
horizontalmente, fusionando-se com o
septo nasal e com o palato primário. Com
relação a sua localização, a região da pré-
maxila é a mais acometida, manifestando-
se através de um aumento de volume local,
drenagem e dor podendo a infecção
secundaria estar presente. Porém pode
apresentar-se de forma assintomática,
sendo detectado por exames radiográficos
de rotina. Radiograficamente, a lesão
apresenta-se com área radiolúcida bem
circunscrita, unilocular, com bordos
radiopacos, com formato ovóide,
arredondado, de coração ou pêra, próximo
ou na linha média da maxila, a reabsorção
radicular é raramente notada. O diâmetro

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1725

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FIBROMA


OSSIFICANTE CENTRAL EM PACIENTE
PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Natália Lins de Souza; Bárbara Vanessa de Brito; Laudenice de
Lucena Pereira; Anibal Henrique Barbosa Luna; José Wilson Noleto
Ramos Junior

Introdução: O fibroma ossificante e a exodontia dos elementos envolvidos na


central é classificado como lesão fibro- lesão.
óssea, que acomete mais frequentemente Resultados: Paciente segue em pós-
pacientes do sexo feminino, na segunda e operatório de um ano, fazendo uso de
quarta décadas de vida, sendo a mandíbula prótese parcial removível referente aos
a região mais acometida. Caracteriza-se elementos 42, 43, 44, 45 e 46, não
por ser uma lesão assintomática, de apresentando sinais ou sintomas de
crescimento lento, podendo causar recidiva, e sem queixas estéticas ou
expansão das corticais e deslocamentos funcionais.
dentários, com aspectos radiográficos de
Discussão: O fibroma ossificante central
lesão radiolúcida, circunscrita, com
apresenta como formas de tratamento a
margens bem definidas e presença de
curetagem, enucleação, enucleação com
calcificação intralesional. O propósito
ostectomia periférica e ressecção com
deste trabalho foi relatar o caso clínico de
margem de segurança. A enucleação com
uma paciente de nove anos de idade,
ostectomia periférica apresenta como
diagnosticada com fibroma ossificante
vantagens diminuir o remanescente celular
central, que se apresentou ao Programa de
e o risco de recidiva, sem causar grandes
Residência em Cirurgia e Traumatologia
transtornos estéticos e psicológicos para o
Bucomaxilofacial do Hospital Universitário
paciente.
Lauro Wanderley.
Conclusão: O fibroma ossificante central
Métodos: Ao exame clínico observou-se
é uma condição rara na infância, cujo seu
assimetria facial, aumento de volume em
diagnóstico irá depender de uma avaliação
região de corpo mandibular direito,
detalhada clínica, radiográfica e
expansão das corticais, sem sintomatologia
histopatológica. Deve-se sempre optar
dolorosa. Ao exame de imagem observa-se
pelo tratamento menos mutilador para o
lesão radiolúcida, circunscrita, com
paciente, e a enucleação associada à
presença de calcificação intralesional e
ostectomia periférica tem como pontos
deslocamento dos elementos 42,43,45 e 46,
positivos por ser uma técnica cirúrgica
com ausência do elemento 44. O
segura, de baixa morbidade e baixo índice
tratamento consistiu da enucleação da
de recidiva.
lesão, associada com ostectomia periférica

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626
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1742

MUCOCELE NA REGIÃO DE VENTRE ANTERIOR


DE LÍNGUA EM PACIENTE PORTADOR DE FEBRE
REUMÁTICA: RELATO DE CASO ATÍPICO
Sarah Luna Parente Saraiva; Vinícius Rodrigues Gomes; Maria
Carline Sampaio de Melo; Joyce Magalhães de Barros; Saulo Ellery
Santos

Introdução: A mucocele é uma lesão aproximadamente 3mm em seu maior


pseudocística benigna, com característica diâmetro, originada por trauma constante
clínica de uma patologia vesículo-bolhosa, na aparelhagem ortodôntica. Como
de tamanhos que podem variar de tratamento de escolha foi optado pela
milímetros a centímentros. Sua etiologia é realização da biópsia excisional em
tida como um trauma mecânico nas ambiente ambulatorial sob anestesia local,
glândulas salivares menores o qual leva ao que, após análise histológica, confirmou-
rompimento dos ductos e se o diagnóstico de mucocele. Foi realizada
consequentemente o acúmulo de saliva, profilaxia antibiótica com 2g de
formando uma cápsula azulada ou de amoxicilina via oral 1 hora antes,
mesma coloração da mucosa. O tratamento previamente ao procedimento. A paciente
adequado, segunda a literatura, é a encontra-se em acompanhamento pós-
remoção cirúrgica da lesão juntamente operatório evoluindo sem complicações,
com as glândulas salivares menores nem sinais de recidiva da lesão.
acessórias. Durante anamnese, a paciente Discussão: O lábio inferior é o mais
relatou ser portadora de febre reumática, o acometido pela mucocele, sendo, também,
qual se caracteriza como uma doença um local onde o trauma é frequente.
autoimune, portanto se faz necessário uma Alguns tratamentos são relatados para tal
profilaxia antibiótica prévia para realizar a lesão, como a micromarsupialização,
exérese da lesão. Essa profilaxia tem o criocirurgia e remoção cirúrgica
objetivo de evitar que bactérias entrem na convencional. Previamente ao
corrente sanguínea e possam causar procedimento, foi realizada a profilaxia
infecções a distância, como a endocardite antibiótica devido a presença da febre
bacteriana. reumática na paciente, evitando que a
Método: O objetivo do presente trabalho mesma venha a ter endocardite bacteriana.
é relatar um caso clínico de uma paciente Conclusão: A remoção cirúrgica da
M.C.S.M, com 23 anos de idade, gênero mucocele, através de uma biópsia
feminino, portadora de febre reumática, excisional, tem mostrado bons resultados
apresentando uma lesão vesículo-bolhosa em relação a recidiva da lesão, por isso se
em ventre anterior de língua de mesma faz importante o cirurgião dentista está
coloração da mucosa, com apto a diagnosticá-la.

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1752

CISTO DENTÍGERO ASSOCIADO À CANINO


INFERIOR TRATADO COM CORONECTOMIA:
RELATO DE CASO
Ângelo Rosso Llantada; Luiz Henrique Godoi Marola; Arthur Berny
Castellano; Matheus Spinella de Almeida; Aira Maria Bonfim Santos

Introdução: O cisto dentígero é relatado ósseas e sutura. Prescrito no PO


como o cisto odontogênico de Amoxicilina, Ibuprofeno, Dipirona e
desenvolvimento mais comumente Clorexidina tópica.
encontrado. Dentre as opções de Resultados: O paciente evoluiu em 7 dias
tratamento, a coronectomia e curetagem é com sutura em posição e saída de secreção
descrita como uma possibilidade frente a em pequena quantidade por fístula em
exodontia quando se há riscos de lesão a gengiva alveolar existente no momento
estruturas nobres ou fratura mandibular. O pré-operatório. O laudo histopatológico
presente estudo reporta um caso de cisto veio com diagnóstico de Cisto Dentígero.
dentígero associado ao elemento 33 Em PO de 20 dias, paciente evolui com
incluso, abordado em ambiente completa cicatrização gengival e ausência
ambulatorial do Hospital Universitário - de supuração. Paciente segue em
UFSC. acompanhamento e será solicitado
Métodos: Paciente LR, sexo masculino, radiografia em PO de 2 meses para
50 anos, procurou UBS para tratamento visualização de reparação óssea.
odontológico com queixa álgica e Discussão: Patel et al. publicaram uma
supuração entre os elementos 32 e 34 onde série retrospectiva de 21 casos com cisto
foi notado a ausência do elemento 33 e uma dentígero, todos tratados com
perfuração em mucosa alveolar. Em exame coronectomia e enucleação cística com
de imagem, notou-se inclusão do elemento sucesso. Henien et al. publicaram uma
33 associado a área radiolúcida circunscrita série retrospectiva de 85 cistos, 73 casos
à sua coroa dentária, paciente foi tratados com coronectomia e curetagem
encaminhado ao ambulatório de com sucesso. Das séries citadas, nenhuma
Estomatologia. Realizado antissepsia, recidiva foi documentada. Com os
anestesia local, incisão de Novak-Peter do descritores utilizados, apenas 1 artigo
elemento 31 ao 34, descolamento do relata a presença de um canino mandibular
mucoperiósteo, osteotomia, descolamento associado à cisto dentígero, porém o
da capsula cística e sua exérese. Realizado tratamento foi a remoção total do dente.
coronectomia do elemento 33,
Conclusões: A coronectomia associada a
regularização do segmento radicular
remoção cirúrgica do cisto dentígero se
remanescente, curetagem das paredes

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

mostrou eficaz nos estudos retrospectivos


específicos. Em nossa amostra única, até o
momento o paciente apresente-se sem
complicações e seguirá em
acompanhamento.

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1753

TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO


EM HEMIMANDÍBULA : RELATO DO CASO E
SUAS OPÇÕES DE TRATAMENTO
Rafael Zetehaku Araujo; João Vitor Lemos Pinheiro; Marcos Martins
Curi; Camila Lopes Cardoso

Introdução: O tumor odontogênico do tratamento às características clínico-


queratocístico tem característica agressiva radiográficas, idade do paciente, potencial
e sua recidiva é alta, atingindo cerca de de recidiva, morbidade e resultado
22% a 60% dos casos. De difícil estético-funcional.
determinação etária e sem predileção por Resultados/ Conclusão: Paciente do
gênero, o tumor afeta comumente região gênero feminino, 50 anos, que procurou
posterior de mandíbula, envolvendo um serviço especializado com queixas de
ângulo e ramo. Normalmente a patologia que “desde 2009, tenho um caroço na
se apresenta de forma unilocular, mandíbula. Ao exame físico extra-oral, se
superando a multilocular. Geralmente são observou ligeira assimetria facial. No
assintomáticos e são descobertos em exame imaginológico, notou-se lesão
exames de rotina. Radiograficamente se radiolúcida de bordos definidos,
apresenta radiolúcida e bem delimitada, envolvendo corpo, ramo e processo
com halo esclerótico. Várias abordagens coronóide de mandíbula esquerda, com
são mencionadas na literatura, como: expansão cortical. A paciente foi
marsupialização, enucleação ou ressecção. submetida à biópsia incisional, obtendo-se
Usando a técnica da marsupialização, diagnóstico de TOC. O tratamento
permite a descompressão da lesão, proposto consistiu-se em marsupialização
possibilitando o engrossamento da cásula e da lesão durante 12 meses, e posterior
posterior retirada com mais segurança. cirurgia em ambiente hospitalar. Foi usada
Para diminuir o potencial de recidiva opta- cauterização com solução de Carnoy.
se por tratamentos adjuntos como, solução Paciente encontra-se com 17 meses de
de Carnoy ou crioterapia. acompanhamento pós-operatório, sem
Metodologia: Apresentar um caso clínico recidiva.
de uma extensa lesão de tumor
odontogênico queratocístico, tratado
através de descompessão cística e posterior
ressecção cirúrgica com tratamento físico e
qúimíco da loja. o objetivo secundário é
discutir as opções de tratamento na
literatura, confrontando sempre a escolha

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1754

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE FRATURA PATOLÓGICA


DE MANDÍBULA ASSOCIADA AO USO DE
BISFOSFONATOS: REVISÃO DE LITERATURA E
APRESENTAÇÃO DE UM CASO CLÍNICO
Daphne Pereira da Silva Passos; Jully Guimarães de Oliveira Antunes;
Alexandre Maurity de Paula Afonso; Thaysa Barbosa dos Santos Queiroz

Introdução: Os Bisfosfonatos (Bfn) são Métodos: Após revista da literatura atual


uma classe de drogas antireabsortivas que a cerca da BRONJ, expõe-se um caso de
desempenham papel fundamental no fratura patológica da mandíbula associada
controle da progressão de metástases à lesão osteonecrótica do corpo
ósseas, assim como no tratamento das mandibular e em maxila relacionadas ao
formas graves de osteoporose. Ligando-se uso de ácido Zoledrônico em paciente com
seletivamente a hidroxiapatita, o fármaco metástase de câncer de próstata, tratada
acumula-se no osso, inibindo a atividade por intermédio de cirurgia aberta para
osteoclástica, conseqüentemente, a fixação interna rígida e sequestrectomia,
remodelação óssea; além de exibir respectivamente.
propriedades antiangionênicas. A Resultados: Ambos os sítios abordados
osteonecrose dos maxilares associada ao cirurgicamente apresentaram sucesso em
uso de Bisfosfonatos (BRONJ) tornou uma sua cicatrização primária,caracterizada
complicação frequente e progressiva no pela completa cobertura mucosa do osso
meio médico/odontológico. Competindo exposto, não associada à supuração ou
ao cirurgião Bucomaxilofacial a abordagem queixa álgica.
terapêutica dessa patologia a fim de
Discussão: O tratamento cirúrgico em
garantir qualidade de vida do seu paciente,
estágios avançados da BRONJ é inevitável
uma vez que essas lesões frequentemente
para retorno da vida social do paciente.
encontram-se associadas à supuração,
Como protocolo sugerido, indicamos FIR
halitose, dor e perda de função, entre
na mandíbula com placa de reconstrução
outros sintomas que as classificam em
2.4, via acesso extra oral de Risdon e uso da
quatro estágios progressivos. Visto a
bola de bichat para fechamento primário da
abrangência de publicações que discorrem
comunicação com o seio maxilar.
sobre a importância da prevenção dessa
patologia em contraste com a literatura Conclusões: O resultado do estudo indica
escassa a cerca do tratamento cirúrgico dos a efetividade da abordagem cirúrgica no
pacientes em estágios avançados de tratamento de fratura patológica de
BRONJ, o presente trabalho visa à mandíbula associada a BRONJ. Faz-se
abordagem cirúrgica no manejo da BRONJ. necessário o direcionamento no sentido de
melhor elucidar os mecanismos de ação das

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drogas antireabsortivas nos ossos


gnáticose a criação de protocolos para a
abordagem cirúrgica afim de garantir a
funcionalidade e qualidade de vida desses
pacientes.

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1769

TRATAMENTO CIRURGICO DE FIBROMA


OSSIFICANTE PERIFÉRICO EM MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Maria Carline Sampaio de Melo; Vinícius Rodrigues Gomes; Cibele
Gonçalves de Albuquerque; Eveline Turatti; Saulo Ellery Santos

Introdução: O fibroma ossificante volume na mandíbula por região lingual. O


periférico (FOP) também encontrado na tratamento realizado se deu pela excisão
literatura como fibroma cemento- cirúrgica da lesão incluindo o periósteo. A
ossificante periférico, fibroma periférico paciente encontra-se com 24 meses de pós-
com calcificação, granuloma operatório sem sinais de recidiva.
fibroblásticocalcificante, Discussão: Segundo, Kumar et al. (2006),
epúlidefibróideossificante e Fibroma o FOP é mais prevalente na segunda década
odontogênico periférico é uma lesão de vida. Contudo, o sexo feminino é o mais
benigna, caracterizada como uma massa acometido (NEVILLE et al, 2009).
firme de forma nodular, que pode se
Conclusão: O Fibroma Ossificante
apresentar de base séssil ou pediculada,
Periférico é uma lesão benigna, de etiologia
com coloração semelhante à mucosa ou
desconhecida, porém se faz necessário o
levemente avermelhada e epitélio que pode
cirurgião-dentista está hápto a
estar íntegro ou ulcerado. Alguns autores
diagnosticar e propor um tratamento
relatam uma média de 1,3cm de tamanho
adequado.
do FOP, mas essa patologia pode
apresentar tamanhos maiores, como o
descrito no caso que será relatado. A
incidência de tal lesão possui uma leve
prevalência pelo gênero feminino e
acomete exclusivamente a gengiva dos
maxilares, geralmente associado a fatores
irritantes como cárie, cálculo, dentre
outros.
Métodos: O presente estudo consiste no
relato de caso de um fibroma ossificante
periférico em mandíbula, ocorrido em uma
paciente A.G.A do gênero feminino, 27
anos de idade, que compareceu ao Serviço
de Odontologia da Universidade de
Fortaleza, queixando-se de aumento de

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1770

CISTO ÓSSEO SIMPLES EM MANDÍBULA:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Karla Rovaris da Silva; Renata
Quirino de Almeida Barros; Patricia Meira Bento; Tony Santos
Peixoto

Introdução: O cisto ósseo simples (COS) Resultados: Através dos aspectos


é uma lesão não neoplásica que representa radiográficos, tomográficos e cirúrgicos o
aproximadamente 1% de todos os cistos diagnóstico da lesão foi de cisto ósseo
maxilares, surgindo com maior frequência simples, sem conteúdo seroso ou
na mandíbula. A causa e a patogênese são sanguinolento em seu interior .A
incertas, porém a explicação mais aceita curetagem simples da loja óssea teve o
estaria relacionada à história de trauma. intuito de estimular o sangramento e a
Grande parte das lesões são cavidades neoformação óssea.
vazias, estando o revestimento epitelial Discussão: Esta lesão geralmente é de
ausente, sendo classificado, portanto, diagnóstico difícil, visto que existem
como um pseudocisto. inúmeras outras lesões, com características
Métodos: Paciente do sexo masculino, 16 clínicas e radiográficas semelhantes ao
anos de idade, compareceu à clínica para a COS. Por se tratar de uma lesão em
realização de uma radiografia panorâmica associação ao periápice e de características
para início de tratamento ortodôntico. No radiográficas semelhantes, a suspeita de
exame foi verificada a presença de imagem cistos inflamatórios é a primeira opção de
radiolúcida na região anterior de diagnóstico, no entanto, é descartada com
mandíbula. O paciente foi encaminhado a realização dos testes de vitalidade pulpar.
para a realização de tomografia Diversas modalidades de tratamento já
computadorizada para melhor avaliação, foram relatadas, incluindo ressecção,
onde foi possível visualizar uma área curetagem, enxerto ósseo e injeção de
hipodensa de margens bem definidas e corticosteróides.
parcialmente corticalizada nos ápices dos Conclusões: Esta lesão requer um
dentes 43 ao 32, sem sinais sugestivos de minucioso diagnóstico, visto que um
reabsorção radicular provocando leve número considerável de outras lesões,
expansão da cortical vestibular. O acesso incluindo lesões de curso clínico agressivo,
intra-oral foi realizado e uma cavidade podem erroneamente serem confundidas
vazia foi encontrada, foi realizada então a com o COS. Por ser tratar de uma lesão
curetagem da lesão e fechamento primário incomum cujo diagnóstico se baseia
da ferida operatória. principalmente em características clínicas,
radiográficas e cirúrgicas, exames

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complementares, com destaque neste caso


para a tomografia computadorizada de
feixe cônico são essenciais para
diagnóstico, planejamento e eficácia
terapêutica.

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1771

MANIFESTAÇÕES ESQUELÉTICAS E
MAXILOMANDIBULARES DA DISPLASIA
CLEIDOCRANIANA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Lilibeth Aragão Peres; Mariana Conceição André de Lima Oliveira;
Helene Marie Rodrigues Carvalhal França; Luan Braga Campello;
Antônio Fernando Pereira Falcão

Introdução: A Displasia ou Disostose seriada dos supranumerários, e posterior


Cleidocraniana (DCC) é uma síndrome tratamento ortodôntico, ortopédico facial
relativamente rara (1: 100.000 e acompanhamento psicológico.
nascimentos), de herança autossômica Considerações finais: Torna-se
dominante, sem predileção por sexo, que imprescindível o diagnóstico precoce da
se caracteriza por apresentar anomalias Displasia Cleidocraniana, visto que o
esqueléticas generalizadas e manifestações tratamento e o planejamento adequados,
na cavidade bucal. O objetivo do presente oriundo de uma equipe interdisciplinar
trabalho é apresentar um caso clínico de possibilitarão uma reabilitação oral
Displasia Cleidocraniana e discutir os adequada proporcionando oclusão
aspectos gerais, sinais clínicos e funcional, e a amenização das alterações
radiográficos da referida síndrome. estéticas e psicológicas observadas nessa
Métodos: Paciente, 09 anos de idade, síndrome.
gênero feminino, foi encaminhada através
do Hospital Universitário Professor Edgar
Santos (HUPES-UFBA) para o ambulatório
de Estomatologia da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal da
Bahia (FOUFBA), com diagnóstico clínico
de DCC e apresentando como
características clínicas e radiográficas, a
hipoplasia de clavículas com tórax em
cone, atraso do fechamento das fontanelas,
crânio braquicefálico, instabilidade
articular, hipotelorismo, baixa estatura,
braquidactilia, hipoplasia da maxila, palato
em ogiva, presença de dentes
supranumerários, assim como atraso na
erupção dentária. A paciente foi submetida
à adequação do meio bucal, com exodontia

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1776

ADENOMA PLEOMÓRFICO: RELATO DE 2


CASOS CLÍNICOS
Fernanda Suely Barros Dantas; Carolina de Lourdes Lopes Rêgo;
Camila Lins Vieira; Gustavo José de Luna Campos; Roberto Tiago
Alves Pinheiro

Introdução: O adenoma pleomórfico Resultados: Histopatologicamente


(AP) é o neoplasma salivar que apresenta puderam ser observadas, em ambos os
maior incidência, tanto nas glândulas casos, proliferação de células neoplásicas
maiores quanto nas menores. Seus achados arranjadas em lençóis e ductos, além da
clínicos geralmente incluem lesões formação de padrão epitelial-mioepetelial,
solitárias, ovóides, de margens bem estroma mixóide e condroide, confirmando
delimitadas, assintomáticos e de o diagnóstico de adenoma pleomórfico.
crescimento lento, não se fixando ao tecido Discussão: Aproximadamente 80% dos
adjacente. Apesar de ser classificada como AP se desenvolvem na glândula parótida e
neoplasia benigna, existem relatos de apenas 10% se apresentam nas glândulas
transformação maligna.O objetivo desse salivares menores, com predileção à região
trabalho é relatar 2 casos clínicos de de palato. Pode ocorrer em qualquer idade,
adenoma pleomórfico, acometendo porém é mais comum em adultos jovens
glândulas salivares menores. entre 30 e 50 anos. Nos casos apresentados
Métodos: No primeiro caso, uma paciente há o acometimento de regiões com menor
do sexo feminino, 51 anos, cardiopata, relato de incidência na literatura (lábio
apresentou lesão nodular de forma superior- 20% e mucosa jugal - 10%). Com
arredondada, de consistência firme na relação à faixa etária, um dos casos
mucosa jugal do lado esquerdo, com apresenta-se fora da faixa de maior
envolvimento de glândula salivar menor e acometimento relatada na literatura.
medindo 3,3 x 2,9 x 2,9 cm. No segundo Ambos os casos descritos apresentaram-se
caso, um paciente do sexo masculino, 18 dentro do tamanho médio relatado na
anos, apresentou lesão nodular de literatura.
consistência fibrosa e forma triangular Conclusão: O tratamento para o
medindo 0,9 x 0,4 x 0,2 cm, na região do adenoma pleomórfico de glândulas
lábio superior do lado direito, também com salivares menores consiste na enucleação
envolvimento de glândula salivar conservadora. Essa modalidade de
menor.Em ambos os casos o diagnóstico foi tratamento apresenta excelente
realizado por meio de biópsia incisional e prognóstico quando realizada a remoção
as lesões foram tratadas com enucleação cirúrgica adequada, com baixas taxas de
local da lesão. recidiva e rara transformação maligna. Os

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2 pacientes foram acompanhados pelo


período de 2 anos, sem sinais de recidiva.
Os casos relatados contribuem para o
conhecimento das características dessa
importante neoplasia.

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1783

HIPERPLASIA GENGIVAL IDIOPÁTICA:


RELATO DE CASO
Bruna Pires Porto; Betina Belloc Crescente; Adriana Corsetti; Angelo
Luiz Freddo; Laura de Campos Hildebrand

A hiperplasia gengival idiopática(HGI) é os elementos dentários devido a


descrita em diversos relatos de caso como mobilidade excessiva e gengivoplastia no
um crescimento anormal dos tecidos rebordo alveolar superior e inferior com
gengivais sem fatores genéticos, eletrocautério. A hiperplasia gengival
medicamentosos ou iatrogênicos pode ser classificada como não associada
associados, sendo clinicamente ou associada a síndromes - de Jones
caracterizada pelo crescimento gengival hartsfield, MurrayPureticDrescher,
exacerbado, de consistência firme e não ZimmermannLaband, Rutherfurd, Cross,
hemorrágico combinado a uma coloração Ramon e Prunebelly. As características
rósea. A HGI possui crescimento benigno, sindrômicas vistas em associação com HGF
lentamente progressivo, que afeta todas as variam de retardo mental, epilepsia, perda
partes anatômicas da gengiva causando auditiva progressiva, anomalias dos dedos
problemas funcionais e estéticos. O das mãos e dos pés, sendo hipertricose a
provável mecanismo da HGI pode ser o característica mais comum. Em relação aos
aumento da deposição de colágeno como medicamentos, foram descritos como
consequência de mecanismo pós- medicamentos que se relacionam com a
translacional. O artigo trata-se de um hiperplasia gengival são: fenitoína,
relato de caso de um homem de 43 anos, ciclosporina e bloqueadores dos canais de
leucoderma, encaminhado para cálcio. A HG idiopática é diferenciada da
atendimento no Ambulatório de hiperplasia inflamatória crônica pela
Estomatologia da Faculdade de ausência de vermelhidão das papilas, sem
Odontologia, Universidade Federal do Rio perda de pontilhamento e ausência de
Grande do Sul para avaliação de aumento edema e fator irritante crônico. A avaliação
de volume gengival generalizado percebido clínica do paciente, a história de uso de
há um ano. O paciente é usuário de drogas fármacos, avaliação genética e familiar
ilícitas (maconha e cocaína) e álcool há 15 auxiliarão no diagnóstico diferencial. Um
anos, porém não fazia uso de nenhum caso raro de uma hiperplasia gengival não-
medicamento de uso crônico. Foram sindrômico idiopático associado com
realizados exames clínicos intra e extra periodontite agressiva generalizada foi
bucais, radiográficos, sanguíneos e relatado apenas duas vezes antes.
histopatológicos. A intervenção cirúrgica
foi planejada sob anestesia geral em uma
única sessão, definida a remoção de todos

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1785

CISTO ÓSSEO SIMPLES DE GRANDE


DIMENSÃO EM PACIENTE JOVEM
Dirceu Virgolino de Olivera; Valber Barbosa Martins; Tatiana Nayara
Libório Kimura; Joel Motta Junior; Flávio Tendolo Fayad

O cisto ósseo simples (COS) é classificado ambos com folículo, o resultado da análise
pela Organização Mundial de Saúde como foi de cisto de dentígero. Diante do
uma lesão não neoplásica relacionada aos diagnóstico e as das características clínicas
ossos. Foi inicialmente descrito por Lucas da lesão, optou-se por uma nova
em 1929, sendo freqüentemente relatado abordagem cirúrgica, para coleta de novo
na literatura médica e odontológica desde material e descompressão da lesão. Essa
então. Cisto ósseo traumático, cisto ósseo abordagem cirúrgica vai de encontro com a
hemorrágico e cisto ósseo solitário são os maioria das técnicas preconizadas para o
termos mais comumente conhecidos. A tratamento desse tipo de lesão. O resultado
maioria dos autores defende a teoria mostrou trabéculas ósseas envolvidos por
trauma-hemorragia como etiopatogenia do tecido fibrovascular compatível com cisto
COS, e adotam a nomenclatura de cisto ósseo simples, o paciente encontra-se em
ósseo traumático. Paciente do sexo um ano de acompanhamento, com
masculino, 21 anos, compareceu ao serviço regressão da lesão.
de cirurgia, com encaminhamento de seu
ortodontista, que visualizou no exame de
imagem grande lesão radiolúcida em
mandíbula. Esse caso corrobora com a
maioria da literatura no que diz respeito à
idade e localização da lesão. O paciente
Relatou durante história da doença atual
trauma na região há um ano. No exame
clínico extra e intra oral não se observou
alterações. Ao exame de imagem, notou-se
a presença de imagem radiolúcida
estendendo-se pela região de corpo
mandibular envolvendo área do dente 48
ao 44, evidenciou-se ainda o quarto molar
incluso .Procedeu-se uma punção
aspirativa com resultado negativo, em
seguida foi realizada biópsia incisional,
curetagem da lesão, remoção dos
elementos dentários 48 e supranumerário

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1786

ESCLEROTERAPIA COM OLEATO DE


ETANOLAMINA EM HEMANGIONA DE
LÍNGUA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Raphaella Ayres Lima Barbosa; Renata de Jesus da Silva; Diego
Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz; Estevam
Rubens Utumi

O hemangioma é uma neoplasia benigna Saboya, São Paulo, Brasil. Paciente do


vascular, ocasionada pela morfogênese gênero masculino, leucoderma, 26 anos,
alterada dos vasos sanguíneos, apresentando mancha arroxeada, em base
constituídos de um espaço contendo de língua à esquerda, alegando
sangue revestido por uma capa de sintomatologia dolorosa há uma semana,
endotélio. No entanto, por aparecer como com um mês de evolução. Foi executado o
uma anomalia de desenvolvimento, teste de vitropressão, ao exame
também é classificada como hamartoma. físico intrabucal. Com a realização dessa
Sua etiologia está ligada a anomalias manobra, a mancha adquiriu uma
congênitas, traumas físicos, estímulos coloração pálida, diminuindo de tamanho
endócrinos e inflamatórios de etiologia devido ao esvaziamento vascular,
desconhecida. Sem predileção por raça, definindo assim, o diagnóstico de
apresenta-se como mancha ou nódulo, cuja hemangioma. De acordo com esse achado,
coloração varia de vermelho intenso ao instuiu-se o tratamento com oleato de
roxo, de acordo com a localização e a etanolamina 5% diluído em lidocaína 2%
profundidade no tecido, bem como do grau com vasoconstritor, aplicados por meio de
de congestão da área afetada. punção sobre lesão, em duas sessões com
Normalmente são assintomáticos. Podem 15 dias de intervalo. Após um mês do início
se desenvolver em qualquer parte do do tratamento houve completa remissão da
organismo, sendo que na boca ocorrem lesão. Os hemangiomas devem ser
principalmente nos lábios, na língua, na distinguidos das mucoceles, das manchas
mucosa jugal e no palato. A principal vasculares, das malformações vasculares e
queixa dos pacientes portadores de de outros tumores vasculares da infância. O
hemangiomas é o distúrbio estético. O diagnóstico pode ser estabelecido de forma
presente estudo tem como finalidade simples e segura pela anamnese, exame
descrever um relato de caso de clínico, e por manobras semiotécnicas,
hemangioma em base língua em paciente como a vitropressão. Por se tratar de uma
atendido no Serviço de Cirurgia e lesão vascular, a realização de biópsia
Traumatologia Bucomaxilofacial do incisional não está indicada nestes casos,
Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de devido ao risco de hemorragias. Não há um

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5-9 de setembro de 2017
641
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

consenso sobre o tratamento ideal, mas sua


escolha deve ser baseada na melhor
indicação para cada caso, respeitando a
integridade e as características individuais
do paciente.

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5-9 de setembro de 2017
642
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1787

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FIBROMA


CEMENTO OSSIFICANTE EM CORPO
MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Raphaella Ayres Lima Barbosa; Renata de Jesus da Silva; Diego
Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz; Estevam
Rubens Utumi

As lesões fibro-ósseas são caracterizadas esquerdo de uma paciente atendida no


pela substituição de tecido ósseo normal Serviço de Cirurgia e Traumatologia
por tecido fibroso benigno contendo Bucomaxilofacial do Hospital Municipal
quantidades variadas de material Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, São Paulo,
mineralizado. O fibroma cemento Brasil. Paciente do gênero feminino, 33
ossificante (FCO) é uma neoplasia benigna anos, leucoderma, referiu lesão em
que, geralmente, surge a partir de células mandíbula descoberta em exame
no ligamento periodontal, principalmente radiográfico há um ano, assintomática. Aos
limitada às áreas alveolares da maxila e exames de imagens, observou-se uma lesão
mandíbula. Comum no adulto jovem, nodular, de aspecto misto, contendo
possui predisposição pelo gênero calcificações em seu interior, associada ao
feminino. Apresenta-se como aumento de dente 37, sugestivo de lesão fibro-óssea. O
volume assintomático, de evolução lenta, resultado da biópsia incisional confirmou a
acometendo mais comumente a região de hipótese diagnóstica de fibroma cemento
pré-molar e a molar da mandíbula. ossificante. Foi realizada a ressecção da
Radiograficamente, ocorre o predomínio lesão em mandíbula e exodontia do dente
de osteólise e, posteriormente, aumento da 37, sob anestesia geral. Após um ano de
calcificação da lesão, tornando-a acompanhamento ambulatorial, não houve
radiopaca, bem circunscrita, expansiva, de recidiva. As lesões fibro-ósseas podem ser
margens nitidamente definidas, com muito semelhantes entre si, tornando
radiolucência periférica, que podem estar necessário o somatório dos achados
associadas a divergências ou reabsorções clínicos, radiográficos, cirúrgicos e
radiculares. Microscopicamente, há microscópicos para se determinar o correto
predomínio de tecido fibroso, suas diagnóstico. O prognóstico é favorável,
trabéculas de osso lamelar têm maior desde que adequada terapêutica seja
orientação e anel de osteoblastos, e, em instituída. É de consenso que o tratamento
60% dos casos, observam-se esférulas de eleição seja a remoção cirúrgica da
calcificadas. Este estudo tem como lesão.
objetivo relatar um caso clínico de fibroma
cemento ossificante em corpo mandibular

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1790

TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE


EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Alexandre Bion Zattar, Antônio Eugênio Magnabosco Neto,
Marcela Oliveira Andrade, Willian Martins Azeredo, Giuliano Teixeira
Pacher, Alexandre Bion Zattar. Rua Doutor Marinho Lobo

Introdução: O tumor odontogênico pelo fato de que o TOA é geralmente


adenomatóide é uma lesão benigna e não delimitado por uma cápsula de tecido
invasiva de crescimento lento, conjuntivo bem desenvolvido e pode ser
frequentemente descoberta durante o uma massa sólida ou ter diferentes graus de
exame radiográfico de rotina. degeneração cística.
Características radiográficas apresentam Conclusão: TOA é uma lesão benigna de
lesões radiolúcidas, com loja unilocular e crescimento lento que geralmente é
de câmara única envolvendo a coroa dos descoberta durante o exame radiográfico
dentes impactados, embora também de rotina e, devido à sua cápsula fibrosa,
possam ser encontrados os dentes pode ser facilmente enucleada a partir do
erupcionados associados a esta lesão. O osso.
TOA possui três variantes clínico-
patológicas: folicular intra-ósseo
(pericoronal), folicular intra-ósseo (extra-
coronal) e extra-ósseo (periférica).
Relato de caso: Paciente I. B., 58 anos,
leucoderma, encaminhado ao Hospital
Municipal São José – Joinville/SC para
atendimento ambulatorial com equipe da
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
por achado de lesão em exame radiográfico
de rotina.
Discussão: A incidência é mais comum na
maxila que na mandíbula, numa relação de
2,1:1, o que diferiu quanto ao caso
encontrado em nosso serviço, pois este se
apresentou em região posterior de
mandíbula. O tumor odontogênico
adenomatóide tem baixa taxa de
recorrência, sendo a enucleação cirúrgica o
tratamento recomendado. Isso é explicado

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1791

RELATO DE CASO CLÍNICO: CISTO


DERMOIDE EM ASSOALHO DE BOCA
Paola Bez Goulart; Gilberto Vaz Teixeira; Antonio Eugenio
Magnabosco Neto

O cisto dermoide é uma malformação dor, disfagia e disfonia. Observou-se ao


cística do desenvolvimento incomum. exame clínico, aumento importante da
Cerca de 7% dos cistos dermoides lesão, manutenção do fluxo salivar à
aparecem na região de cabeça e pescoço e ordenha, sem presença de sangue, pus ou
em torno de 1% na cavidade oral. Na secreção associada. Assim sendo, a
cavidade oral são mais frequentes em paciente foi encaminhada para excisão
crianças e adultos jovens do sexo cirúrgica total da lesão com pequena
masculino. São, comumente, indolores à margem de segurança. A medida da lesão
palpação, possuem crescimento lento, e foi de 5,0X4,5X1,5 cm. O resultado
raramente sinais inflamatórios. anatomopatológico foi: cisto dermoide
Entretanto, dependendo do tamanho e roto associado a granuloma do tipo corpo
localização podem causar dificuldades de estranho. Discussão: A recidiva do cisto
fala, mastigatórias, disfonias, dor, dentre dermóide é muito rara, porém no caso
outros. Sua patogênia ainda permanece explanado havia um histórico de remoção
obscura, havendo duas teorias para seu cirúrgica de uma lesão há 70 anos antes da
desenvolvimento. Uma é a teoria congênita remoção da lesão atual. No presente,
e a outra traumática, inflamatória. Relato sugere-se que o cisto dermoide possa ser
de caso: Paciente do sexo feminino, uma lesão secundária a algum estímulo
leucoderma, 83 anos, comparareceu ao causado pela possível recidiva ou trauma
consultório odontológico com dificuldades cirúrgico na remoção da lesão antiga,
em adaptar a prótese parcial removível. Ao confirmando a teoria de patogênese
exame clínico, observou-se aumento de inflamatória/traumática dessa entidade.
volume nodular em assoalho de boca, lado Bem como, a colocação do implante
esquerdo, elevando a língua e de dentário poderia ter causado um trauma na
consistência fibrosa à palpação, região, confirmando a teoria patogênica
crescimento lento e gradativo e indolor A traumática. Pode-se considerar, também,
paciente relatou que aos 12 anos de idade que a agudização do caso pode ter sido
foi submetida à remoção de uma lesão no estimulada pela PAAF. Conclusão: Após 2
mesmo local. Aos 80 anos colocou um anos de acompanhamento, não houve
implante osteointegrado na região. recidiva da lesão, a paciente encontra-se
Solicitou-se uma RM e foi realizada uma sem sinais e sintomas ou debilidades.
PAAF. Então, a paciente retornou ao Quanto a patogenia da lesão, são
consultório odontológico com um quadro necessários mais estudos para se confirmar
de inflamação aguda no local. Relatando qualquer hipótese.

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1793

CORONOIDECTOMIA UNILATERAL PARA


TRATAMENTO DE HIPERPLASIA DO
PROCESSO CORONÓIDE: RELATO DE CASO
Lucas Nunes de Brito Silva; Luiz Guedes de Carvalho Neto; Maria
Carolina Bandeira Macena Guedes; André Lustosa de Souza;
Darlan Kelton Ferreira Cavalcante

Introdução: A hiperplasia do processo Resultado: Obteu-se uma abertura de


coronóide da mandíbula é uma desordem boca de 35 mm, sem desvios. Resultado
incomum caracterizada pelo alongamento estável após 8 meses de pós-operatório.
anômalo do mesmo. Resulta em redução Discussão: A tomografia
progressiva da amplitude dos movimentos computadorizada permite uma melhor
mandibulares, devido ao contato não avaliação do tamanho do processo
anatômico do processo coronoide com o coronóide e sua relação com o osso
osso zigomático. Seu tratamento é zigomático. Além disso, sua associação
essencialmente mecânico e objetiva com modelos prototipados torna o
restabelecer a abertura bucal. O presente planejamento cirúrgico mais preciso. A
estudo objetiva relatar um caso de opção terapêutica mais citada é sua
coronoidectomia unilateral para remoção cirúrgica (coronoidectomia),
tratamento de hiperplasia bilateral de sendo frequentemente realizada por via
processo coronóide da mandibula. intraoral, a fim de evitar formação de
Métodos: Paciente do sexo masculino, cicatriz externa e para reduzir riscos de
leucoderma, 37 anos, apresentando injúrias ao nervo facial. Para resultados
abertura bucal máxima de 18 mm. Através duradouros e menor probabilidade de
de tomografia computadorizada, foi recidivas, fisioterapia pós-operatória faz-
diagnosticado com hiperplasia bilateral de se necessário.
processo coronóide. No planejamento Conclusões: Coronoidectomia unilateral
cirúrgico pré-operatório, constatou-se, foi suficiente para o restabelecimento de
pela cirurgia nos modelos prototipados, uma adequada abertura bucal em
que a coronoidectomia apenas do lado hiperplasia de processo coronóide.
esquerda foi o suficiente para remoção da Fisioterapia pós-operatória possibilitou
limitação mecânica e obtenção de uma resultados estavéis após a remoção
normal amplitude de abertura máxima. cirúrgica.
Realizou-se coronoidectomia unilateral do
lado esquerdo via acesso intraoral,
combinando-se a um período intenso de
fisioterapia pós-operatória.

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1795

RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA DE GRANDE


PROPORÇÃO, COM RECONSTRUÇÃO
IMEDIATA: RELATO DE CASO
Dirceu Virgolino de Olivera; Gustavo Cavalcanti Albuquerque;
Jeconias Câmara; Valber Barbosa Martins; Marcelo Vinicius de
Oliveira

O ameloblastoma é uma lesão de origem superiores. No exame de imagem


odontogênica, que acomete, evidenciou-se áreas multiloculares,
principalmente, paciente entre a terceira e expansão óssea, e extensão da lesão até
a quinta década de vida. Apesar de ser um região de molar contra -lateral. Procedeu-
tumor benigno, muitas vezes, apresenta-se se uma biópsia incisional que teve como
com comportamento agressivo, o que pode diagnóstico ameloblastoma multícistíco
exigir intervenções cirúrgicas radicais padrão plexiforme. Para o planejamento
como muitos autores preconizam. Nos cirúrgico foi solicitado uma da
casos de hemimandibulectomia à grande prototipagem rápida em resina fabricada
comprometimento estético e funcional. A em parceria com o Centro de Tecnologia da
reconstrução mandibular representa um Informação Renato Archer custeada pelo
importante estágio na reabilitação de Sistema Único de Saúde , nesse modelo
pacientes submetidos à exérese dessas foram feitos ensaios pré-operatórios de
lesões. A utilização de próteses de resina modelagem e a instalação da placa de
acrílica se traduz numa alternativa reconstrução previamente ao
acessível e de bom prognóstico, porém procedimento cirúrgico, visando à
existem alternativas de reconstruções, otimização do tempo cirúrgico e a correta
como prótese customizada que apresentam adaptação da placa . Após todo o
um alto custo e enxertos planejamento, o paciente foi submetido à
microvascularizados, que demandam uma anestesia geral e intubação naso-traqueal,
equipe especifica de profissionais. O relato através de um acesso submandibular
de caso é de uma Paciente do sexo estendido realizou – se a ressecção do
feminino, 34 anos, compareceu ao serviço tumor e desarticulação da hemimandibula
de Cirurgia referindo dor, disfagia, disfonia e logo em seguida, a colocação da prótese
e aumento de volume em hemiface direita em resina acrílica fixada pela placa de
há 10 anos. Ao exame clínico apresentava reconstrução e parafusos do sistema 2.4
grande abaulamento em região mandibular mm. A peça foi enviada ao exame
direita, de consistência firme a palpação. histopatológico que confirmou o
Ao exame intra oral observou-se diagnostico prévio. Após quatro meses de
abaulamento por vestibular e lingual pós operatório, a paciente encontra-se
causando descolamento da língua. Notou - livre de sintomatologia dolorosa e
se ainda deslocamento dentário e reabilitada com prótese total.
traumatismo na lesão causada pelo dentes

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1797

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
OSTEONECROSE DA MAXILA INDUZIDA POR
MEDICAMENTOS: RELATO DE 02 CASOS
Antonio Dionizio de Albuquerque Neto; Andre Vitor Alves Araujo;
Lorenzzo de Angeli Cesconetto; Vinícius Dantas de Oliveira; Nilton
Provenzano

A osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos tem


sido cada vez mais discutida devido ao crescente número de
relatos na literatura. A elevada taxa de remodelação dos ossos
maxilares contribui com esse fenômeno induzido pelo uso desses
fármacos que atuam principalmente inibindo a ação de
osteoclastos. O tratamento dessa condição se torna um desafio
para a prática clínica do cirurgião buco-maxilo-facial. Atualmente
existem várias opções terapêuticas para o tratamento dessa
patologia. Este trabalho objetiva relatar dois casos de
osteonecrose por bifosfonato em região posterior de maxila com
consequente fístula bucosinusal e infecção sinusal associada. O
tratamento instituído em ambos foi o desbridamento do osso
necrótico, associado a sinusectomia, seguida de aposição de
retalho pediculado de corpo adiposo de bichat em região de
defeito e sutura oclusiva dos tecidos moles remanescentes.

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1803

EXÉRESE DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR


PARA TRATAMENTO DE SIALOLITÍASE:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Rafaella Amorim Bittencourt Maranhão de Araújo; Pedro Jorge
Costa; Luciano Schwartz Lessa Filho; Jose Zenou Costa Filho; Shajadi
Carlos Pardo Kaba

Estima-se que a Sialolitíase acometa cerca mandíbula, esta técnica é indicada quando
de 1,2% da população adulta constituindo o sialólito está na parte mais posterior do
assim a patologia mais frequente das ducto ou no interior da glândula, por outro
glândulas salivares maiores. Tal afecção lado, o tratamento conservador e a
pode ocorrer em qualquer idade, embora remoção cirúrgica apenas do sialólito
seja mais comum em adultos acima dos 40 também são opções terapêuticas e a
anos, apresentando predileção pelo gênero escolha varia de acordo com a glândula
masculino, sendo a glândula acometida, localização, tamanho, relação
submandibular a mais acometida. Com com os tecidos circunvizinhos e a presença
relação a sua etiologia, existem duas de inflamação/infecção. Este trabalho tem
principais hipóteses: a primeira ocorre como objetivo relatar um caso clínico de
devido a irregularidades anatômicas do um paciente com sialodenite infecciosa
ducto ou sua obstrução parcial, já a recorrente devido a Sialólito dentro do
segunda está relacionada com a deposição parênquima da glândula submandibular,
de sais minerais em torno de uma colônia em que o tratamento proposto foi a exérese
de bactérias, muco ou células descamadas. da glândula junto com o sialólito. O caso
As características clínicas mais comuns são encontra-se proservado por 1 ano sem
dor e aumento de volume na região sinais de infecção e com cicatriz com
acometida, que podem tornar-se mais padrão estético aceitável.
acentuados durante as refeições. Apesar
das características clínicas serem bem
peculiares, deve-se dar importância para
solicitação de exames complementares
como radiografias extra bucais, oclusal,
sialografia e tomografia computadorizada,
sendo essa última mais precisa para
determinar a localização dos sialólitos. A
submandibulectomia consiste na exérese
da glândula submandibular através de uma
incisão 2 a 3 cm abaixo do bordo inferior da

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1805

TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA SIALOLITÍASE DE


GRANDE DIMENSÃO DE GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR: RELATO DE CASO
Amanda Arcanjo Marcelino; Priscila Vital Fialho; Bruna Pedral
Sampaio de Souza Dantas; Diego Tosta Silva; Christiano Sampaio
Queiroz

Introdução:Dentre as patologias das diagnóstico, foi observado sialólito em


glândulas salivares, a Sialolitíase é uma região de glândula submandibular direita.
alteração nos ductos salivares que O tratamento proposto foi o cirúrgico
apresentam uma obstrução por sialólitos devido as dimensões do cálculo salivar. A
formados pela deposição de sais de cálcio. paciente segue em acompanhamento pós-
Representa cerca de 50% das patologias das operatório de três meses, com regressão e
glândulas salivares da cavidade oral, com sem intercorrências. Desta forma, devido
prevalência pela glândula submandibular às proporções do sialólito, associado à
devido a produção de saliva rica e viscosa, queixa da paciente o tratamento cirúrgico
e possuir trajeto sinuoso e ascendente. Os tornou-se a melhor opção.
métodos de diagnóstico incluem exame
físico extra e intra-oral (inspeção e
palpação), avaliação da assimetria,
aumento de volume, áreas nodulares, duras
e de consistência firme, análise da
qualidade e quantidade de secreção salivar,
além dos exames complementares. O
tratamento varia de conservador a
cirúrgico de acordo com o grau de
desenvolvimento do cálculo, optando-se
sempre, quando possível, pelo tratamento
conservador. Esse trabalho tem como
objetivo relatar um caso clínico de um
sialólito associado a parênquima da
glândula submandibular, no qual o
tratamento estipulado foi o cirúrgico com
exérese do cálculo salivar e tentativa de
preservação da glândula. Paciente gênero
feminino, 62 anos de idade, leucoderma,
procurou o serviço de CTBMF da UFBA para
reabilitação, e através dos exames de

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1808

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO EM
MAXILA: RELATO DE CASO
Amanda Arcanjo Marcelino; Rafael Drummond Rodrigues; João
Nunes Nogueira Neto; João Frank Carvalho Dantas de Oliveira

Introdução: O Ceratocisto Odontogênico Discussão: Existem variações para o


(CO) é uma lesão benigna dos maxilares de tratamento do CO sendo a enucleação e
característica agressiva e infiltrativa. curetagem a sequência mais adotada.
Clinicamente apresenta-se de forma Procedimentos iniciais como
assintomática, preferencialmente em descompressão ou marsupialização são
região posterior de mandíbula associado ou alternativas para lesões extensas ou
não a dentes inclusos, podendo ocorrer pacientes pediátricos como no presente
assimetrias faciais ou não. O CO possui caso.
predileção por pacientes do sexo masculino Conclusão: Tratamentos conservadores
na segunda década de vida. O tratamento seguido da remoção da lesão em pacientes
de escolha é a enucleação e curetagem pediátricos é uma alternativa válida no
sendo a necessidade de procedimentos tratamento de CO.
adicionais de acordo com o grau de
desenvolvimento e agressividade da lesão.
Metodologia: O objetivo do presente
trabalho é relatar um caso de um paciente
do sexo masculino, de 7 anos de idade com
histórico de CO em maxila. Foi realizado o
tratamento por descompressão seguido de
um segundo tempo operatório com
enucleação e curetagem.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1817

VARIANTE CÍSTICA DO TUMOR


ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE:
RELATO DE CASO
Tiburtino José de Lima Neto; José Wilson Noleto Ramos Junior;
Polliana Muniz Alves; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal
Henrique Barbosa Luna

O Tumor Odontogênico Epitelial exame clínico extra-oral evidenciava


Calcificante (TOEC) é uma lesão benigna assimetria facial. O exame clínico intra-
de origem epitelial que contempla menos oral identificou um aumento de volume
de 1% de todos os tumores odontogênicos. pouco consistente com a mucosa da região
Frequentemente acomete pacientes com com coloração normal. Ao exame
idade entre 30 e 50 anos, não havendo radiográfico observou-se a presença de
predileção por gênero. Em 95% dos casos lesão intraóssea radiolúcida unilocular, de
apresenta-se como lesão intraóssea, e em bordos bem definidos, associado ao dente
5% como periférica. Clinicamente 17 incluso, com tempo de evolução de cerca
manifesta-se como um aumento de volume de seis meses (SIC). O exame tomográfico
assintomático e de crescimento lento. revelou rompimento da cortical óssea. Para
Radiograficamente apresenta considerável fins diagnósticos e de tratamento foi
variação, podendo ser uni ou multilocular, realizada punção aspirativa revelando
com a presença ou não de radiopacidades, líquido sero-sanguinolento, seguida de
dependendo do grau de calcificação no seu biopsia incisional e descompressão da
interior. Pode estar associado a um dente lesão. Após 14 meses de acompanhamento,
incluso. O tratamento de eleição é a a lesão foi removida por enucleação com
excisão cirúrgica, podendo variar de uma ostectomia periférica. O paciente foi
intervenção conservadora á uma ressecção acompanhado por 18 meses,
mais agressiva.O presente trabalho demonstrando neoformação óssea local. O
objetiva apresentar a sequência de presente relato mostrou que a
tratamento adotada em um caso de TOEC descompressão de TOEC cístico é uma
cístico diagnosticado no Programa de abordagem válida que tem por objetivo
Residência em Cirurgia e Traumatologia diminuir o seu tamanho, para que,
Buco-maxilo-facial do Hospital posteriormente, possam ser removidos de
Universitário Lauro Wanderley. Paciente forma mais segura, evitando danos a
do gênero masculino, 19 anos, leucoderma, estruturas nobres adjacentes.
chegou ao serviço apresentando como
queixa principal um aumento de volume
assintomático do lado direito da face. O

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1820

RESSECÇÃO CIRÚRGICA DE TUMOR


AMELOBLÁSTICO DO TIPO FOLICULAR
RELATO DE CASO CLÍNICO
Maria Cecilia Nuernberg Gava; Bruno Nunes Corrêa; Martina Zanon
Custodio

O relato de caso tem como objetivo descrever o procedimento


cirúrgico para tratamento do ameloblastoma do tipo folicular,
bem como suas características. Paciente sexo masculino, 29
anos, com queixa principal de dor, desconforto ao mastigar e
aumento de volume no lado direito da mandíbula. No exame
extra-oral foi observado tumefação na região do fundo de sulco
do lado direito. Foi realizado exame tomográfico e biópsia
incisional, com a confirmação de ameloblastoma do tipo
folicular. Foi realizado a cirurgia para remoção do tumor e
reconstrução com placa de titânio. Após cirurgia, paciente
encontra-se com boa adaptação da placa, abertura de boca e
função.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1826

FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL: RESSECÇÃO E


REABILITAÇÃO COM IMPLANTES
Marcela Ferreira Lopes

O fibroma ossificante central é um tumor fibro-ósseo benigno


raro da região craniofacial, diagnosticado com uma combinação
de exames clínico, radiológico e histopatológico. A lesão é
assintomática, na maioria dos casos, até o crescimento produzir
tumefação visível e deformidade moderada. Problemas estéticos
e oclusais são freqüentemente as primeiras manifestações
dessas lesões e ocorrem com maior freqüência na mandíbula. O
objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de uma paciente
diagnosticada com Fibroma ossificante central em região de
sínfise mandibular, onde uma Paciente do gênero feminino, 50
anos, deu entrada no Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do
Hospital Das Clínicas De Teresópolis Constantino Ottaviano
apresentando aumento de volume na região mentual. Após
biópsia incisional foi confirmado o diagnóstico de fibroma
ossificante central, e assim foi realizado um protótipo para
planejamento do tratamento definitivo, sendo escolhido uma
ressecção marginal associada a fixação com placa do sistema 2.4.
Depois de um acompanhamento clínico e radiográfico de 5 anos
a paciente foi submetida a reabilitação com implantes dentários
e prótese fixa, e não demonstrou qualquer complicação referente
aos tratamentos. Com este caso clínico é possível concluir que o
Fibroma Ossificante Central é uma lesão de grande morbidade,
que necessita de um diagnóstico precoce para melhorar a
previsibilidade do tratamento.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1838

UTILIZAÇÃO DA LUZ ULTRAVIOLETA NO


DEBRIDAMENTO DE OSTEOMIELITE CRÔNICA
FAVORECIDA POR DISPLASIA ÓSSEA FLORIDA:
RELATO DE CASO
Rafael Saraiva Torres; Karoline Araujo Lima; Joel Motta Junior;
Gustavo Cavalcanti Albuquerque; Flávio Tendolo Fayad

Introdução: A displasia óssea florida é a sua principal complicação.


(DOF) consiste em uma lesão fibro-óssea Correlacionando o exame radiográfico à
multiquadrante, benigna, rara dos anamnese, foi observado que a mesma era
maxilares. É uma lesão confinada ao portadora de Displasia Óssea Florida.
processo alveolar dos maxilares, Diante do caso, optou-se pelo
geralmente assintomática e detectada debridamento cirúrgico das áreas
incidentalmente durante o exame necróticas guiado por fluorecência óssea,
radiológico e não requer tratamento a utilizando Doxiciclina, de forma pré-
menos que seja sintomático. O seu operatória, durante 10 dias. O
diagnóstico baseia-se no aspecto debridamento foi realizado removendo
radiográfico como áreas radiopacas todo o osso necrótico.
irregulares, lobulares e pouco demarcadas Resultado: No período pós-operatório e
Constituem um grupo de lesões onde o de proservação a paciente apresentou
osso é substituído por tecido fibroso. Sua ausência de dor, porém ainda apresentava
etiologia é desconhecida e ocorre com áreas de exposição óssea e drenagem de
maior freqüência em mulheres negras de secreção purulenta, menor que a inicial.
meia idade.Devido à apresentação de Discussão: Além do desafio diagnóstico,
sintomas como dor intensa e drenagem de o manejo da lesão é difícil devido à baixa
secreção purulenta, usualmente associados vascularização, o que dificulta a resolução
à exposição de massas escleróticas na do caso por completo. O tratamento
cavidade bucal, as biópsias e extrações cirúrgico da displasia óssea óssea é
dentárias devem ser evitadas. legítimo apenas na presença de
Método: Paciente genero feminino, 55 complicações que não respondem ao
anos, negra, com queixa de dor, drenagem tratamento medicamentoso.
de secreção purulenta na região do dente Conclusão: Em todos os outros casos, a
46, presença de sequestro ósseo, após abstenção terapêutica e a supervisão a
procedimento de exodontia, quadro longo prazo são essenciais.
característico de Osteomielite Crônica que
Referências: 1- KÖSE TE, KÖSE OD, KARABAS HC, ERDEM TL, OZCAN I. Findings of florid cemento-
osseous dysplasia: a report of three cases. J Oral Maxillofac Res 2014; Jan 1;4(4).;2- NEVILLE, Brad W;
DAMM, Douglas D; ALLEN, Carl M; BOUQUOT, Jerry E Patologia oral e maxilofacial, 3a edição. Elsevier,
2009.

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655
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1839

RELATO DE CASO CLÍNICO: GRANULOMA


EOSINOFÍLICO EM MANDÍBULA
Paola Bez Goulart; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Histiocitose das células de Langerhans, de mandíbula. Foi realizada a biópsia


histiocitose X, doença das células de excisional da lesão, com curetagem óssea.
Langerhans, histiocitose idiopática, No mesmo ato cirúrgico, para prevenir
granuloma eosinofílico, granuloma das possível fratura mandibular na área de
células de Langehans, granulomatose das remoção da lesão, optou-se por utilizar
células de Langerhans são algumas placa de titânio 2.4. O resultado
denominações para um conjunto de anatopatológico foi de granuloma
distúrbios patológicos, caracterizados pela eosinofílico. Após o resultado foram
proliferação de células semelhantes a investigadas possíveis relações com a
histiócitos (designados células de síndrome e o envolvimento de outros
Langerhans) acompanhadas por órgãos viscerais e esqueleto e não foram
eosinófilos, linfócitos, plasmócitos e encontrados outras patologias
células gigantes multinucleadas. Ainda não relacionadas.
existe um consenso se esta doença Discussão: Quase todos os tipos de
representa uma condição não neoplásica Histiocitose de célula de Langerhans tem
ou um neoplasma verdadeiro. As lesões alguma manifestação precoce na infância,
podem ser solitárias ou múltiplas, quando e os casos ocorrem mais de 50% em
múltiplas, fazem parte da síndrome de pacientes com menos de 15 anos, o que
Hand-Schüller-Christian ou da torna atípico esse caso, porquanto a
Enfermidade de Letterer-Siwe. Quando paciente não relatou nenhum sinal ou
isoladas constituem o granuloma sintoma ocorrido na infância. Apesar de o
eosinofílico e tem a melhor resposta ao prognóstico de lesões tratadas com
tratamento. esteroides intralesionais e radioterapia ser
Relato de Caso: Paciente 42 anos, sexo bom em alguns casos, isto ainda não está
feminino, leucoderma, compareceu ao bem estabelecido na literatura.
serviço de Cirurgia e Traumatologia do Conclusão: A lesão descrita era de
Hospital Municipal São José em Joinville, crescimento rápido e a remoção completa
com aumento de volume em região da lesão com debridamento das margens
gengival de mandíbula direita, crescimento foi a opção de escolha, mais estudos são
rápido e mobilidade dentária severa na necessários para estabelecer o melhor
região. Solicitou-se exame de RM, no protocolo de tratamento para tal patologia.
mesmo observou-se destruição da cortical A investigação de outros sítios é
óssea e osso esponjoso em região de corpo fundamental quando se tem um

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diagnóstico de granuloma eosinofílico,


pelo histórico da doença. A paciente, após
20 meses de acompanhamento, continua
sem recidiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1844

SÍNDROME DE GARDNER:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Rafael de Almeida Chicoski; Tito Fernandes; Jessica Bauer; Charles
Rauen; Luiz Felipe Manosso Guzzoni

Introdução: A Síndrome de Gardner (SG) diagnóstica de SG. Aos 25 anos a paciente


é uma desordem autossômica dominante realizou uma colonoscopia, quando foram
rara. É caracterizada pelo desenvolvimento diagnosticados pólipos intestinais, e aos 27
de múltiplos osteomas, odontomas, anos foi realizada a proctocolectomia total.
anomalias dentárias e pólipos intestinais. Aos 29 anos foi diagnosticado novo pólipo
As manifestações maxilofaciais precedem ileoanal, foram extraídos os terceiros
o desenvolvimento dos pólipos, que molares e foram removidos osteomas
invariavelmente evoluem para carcinoma maxilares e novo odontoma mandibular.
colorretal até a quarta década de vida. O Aos 30 anos surgiram novos osteomas
diagnóstico precoce diminui os índices de maxilares, mandibulares e cranianos e
morbimortalidade e melhora o foram diagnosticados um cisto sebáceo no
prognóstico. Este trabalho relata um caso membro inferior esquerdo e um adenoma
clínico da SG. suprarrenal direito. Aos 31 anos foi
Relato de caso: Paciente do sexo realizado exame oncogenético que
feminino, leucoderma, aos 7 anos de idade confirmou o diagnostico da SG.
foi encaminhada pelo ortodontista para Conclusão: A SG apresenta altos índices
remoção de odontoma mandibular e aos 13 de morbimortalidade em sua evolução. A
anos para remoção de outro odontoma presença de dentes retidos, odontomas e
maxilar e tracionamento ortodôntico- osteomas são características clínicas que
cirúrgico do dente 13 retido. Aos 15 anos precedem o desenvolvimento dos pólipos
foram diagnosticadas pigmentações intestinais e que podem contribuir para o
acastanhadas no dorso da paciente e a diagnóstico precoce desta síndrome,
família foi aconselhada a realizar uma aumentado a expectativa de vida dos
avaliação médica devido à suspeita pacientes.

CHICOSKI, R.A.; FERNANDES, T. BAUER. J.; GUZZONI, L. F. M; RAUEN, C.


Universidade Estadual de Ponta Grossa – Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais.

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1847

LIPOMA FACIAL: RELATO DE CASO


Rafael Saraiva Torres; Marina Rolo Pinheiro da Rosa; Gustavo
Cavalcanti Albuquerque; Saulo Lôbo Chateaubriand do
Nascimento; Renata Gualberto da Cunha

Introdução: Os lipomas são tumores da lesão que possuia formato arredondado,


benignos, originários do tecido adiposo. superfície lobulada, coloração amarelo-
Estima-se que acometem o complexo oral- pardacenta, medindo cerca de 03 cm de
maxilo-facial em aproximadamente 13% diâmetro. Foi observada flutuação do
dos casos. Podem ainda apresentar fragmento em formol a 10%, que foi
tamanhos variados e causar grande enviado para o laboratório de Anatomia
incômodo estético. Clinicamente, podem Patológica, onde foi confirmado o
apresentar-se como uma lesão única ou diagnóstico de lipoma.
lobulada, de base séssil e assintomática. Resultado: O presente trabalho
Quando intraorais, localizam-se sob a apresenta um caso clínico de um lipoma
mucosa em cerca de 50% dos casos. São bem como o tratamento satisfatório do
incomuns em crianças e frequentes em caso sem recidiva da lesão.
pacientes acima de 40 anos de idade.
Discussão: Lipomas na região
Método: Paciente de 40 anos de idade, maxilofacial, de acordo com vários autores,
gênero masculino, apresentando um são raros, acometendo com frequência
lipoma na região de face esquerda, não considerável outras áreas como costas,
usual com a apresentação clínica dos abdômen e ombros de adultos. Na cavidade
lipomas que ocorrem na face. Ao exame bucal, podem ocorrer em qualquer região,
clínico, apresentava aumento de volume embora a mucosa jugal seja a localização
em região submandibular do lado mais comum, seguida, da língua, sulco
esquerdo, com aproximadamente 03 meses vestibular, assoalho de boca e lábios.
de evolução. O paciente foi submetido à
Conclusão: A abordagem cirúrgica deve
excisão cirúrgica da lesão, em ambiente
levar em conta à estética e evitar as áreas
ambulatorial, sob anestesia local,
nobres da face, como o nervo facial, o que
perilesional. Foi realizada uma incisão
poderia levar a parestesia parcial ou total
sobre o centro da lesão, limitada à derme,
do paciente.
seguida de divulsão, até remoção completa

Referências: 1- De Castro AL, Castro EVFL, Felipini RC, Ribeiro ACP, Soubhia AMP. Osteolipoma of
the buccal mucosa. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2010;15(2):e347-9.; 2- Bandeca MC, Pádua JM,
Nadalin MR, Ozório JEV, Silva-Sousa YTC, Perez DEC.Oral soft tissue lipomas: a case series. J Can Dent
Assoc. 2007;73(5):431-4.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1851

EXTENSO PAPILOMA ESCAMOSO EM


LÍNGUA
Carolina Melcop de Castro Tenório Maranhão; Pedro Henrique de
Souza Lopes; Victor Hugo Nogueira Moura; Bruno Luiz Menezes de
Souza; Emerson Filipe de Carvalho Nogueira

Introdução: O papiloma escamoso oral é deiscência na ferida pós-operatória, a qual


uma proliferação benigna do epitélio foi tratada com higiene oral rigorosa até o
escamoso estratificado que resulta em um fechamento completo. A paciente segue
aumento de volume papilar ou em acompanhamento por 20 meses, sem
verruciforme. Podem acometer língua, sinais de recidiva, e sem alteração fonética
lábios e palato mole, na forma de um ou de deglutição.
nódulo macio, indolor, exofítico, Discussão: Os papilomas orais
geralmente pediculado, com numerosas apresentam-se clinicamente com
projeções superficiais digitiformes que lhe características típicas, porém alguns casos
conferem uma aparência de “couve-flor”, podem evoluir e adquirir aspectos
normalmente não ultrapassando 1cm de incomuns. No caso descrito, ficou evidente
diâmetro. A etiologia dessa lesão acredita- a rara extensão da lesão, com
se que esteja associada pelo papilomavírus aproximadamente 6 cm no seu maior
humano. Comumente, o tratamento comprimento, o que não corroborou com
adequado é a excisão cirúrgica, incluindo a os achados da literatura mundial. Optou-
base da lesão, em que a recidiva é se, dessa forma, por anestesia geral, a fim
improvável. O objetivo desse trabalho é de garantir a segurança e o conforto da
relatar um caso de papiloma escamoso paciente, e seguiu-se tratamento cirúrgico,
extenso em língua. com exérese total da lesão através de
Métodos: Paciente do sexo feminino, 73 glossectomia parcial, o que permitiu
anos, apresentou uma lesão vegetante, resultados funcionais satisfatórios em
amolecida e aveludada de aspecto longo prazo, além de ausência de sinais de
verrucoso, envolvendo toda porção direita recidiva.
da língua e se estendendo do ápice lingual Conclusão: O papiloma oral escamoso
à região posterior, com aproximadamente apesar de ser facilmente diagnosticado e
6cm no maior comprimento. Foi realizada tratado, algumas lesões podem adquirir
biópsia incisional, a qual confirmou o aspecto peculiares, como grandes
diagnóstico de papiloma escamoso. O extensões, e causar desconforto,
tratamento foi cirúrgico para remoção dificuldade de fonação e deglutição e
completa da lesão por glossectomia parcial comprometimento social, além de resultar
sob anestesia geral, e colocação de sonda em maiores mutilações após o tratamento
nasoenteral por 7 dias. definitivo.
Resultados: Durante a consulta de
retorno, foi observado pontos de

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1856

CORREÇÃO ESTÉTICA EM PACIENTE


PORTADOR DE EXOSTOSE FRONTAL:
RELATO DE CASO
Carolina Melcop de Castro Tenório Maranhão; Rafael Ferraz
Novaes Gomes da Silva; Pedro Henrique de Souza Lopes; Ricardo
José de Holanda Vasconcellos; Emerson Filipe de Carvalho
Nogueira

Introdução: Exostoses são para estudo histopatológico, o qual


protuberâncias ósseas benignas e confirmou a hipótese diagnóstica de
calcificadas, geralmente surgindo na região exostose do osso frontal.
cortical dos ossos, cuja etiologia ainda não Resultados: A paciente teve uma
é bem definida. Clinicamente são lesões evolução satisfatória e no 30º dia foi
fixas, indolores e que apresentam detectada a correção da assimetria facial. O
crescimento lento. Em geral, nenhum acompanhamento segue há 6 meses, sem
tratamento para exostose frontal é sinal de recidiva.
sugerido, à exceção de acometimento
Discussão: Apesar de raro, quando
funcional, estético, com repercussão social
acomete o osso frontal, a exostose
do paciente, em função da fisionomia
geralmente causa alterações estéticas, na
desarmônica. Nesses casos, é indicado a
qual pode repercutir em queixas
exérese da lesão. O presente trabalho tem
importantes para os pacientes acometidos.
como objetivo relatar um caso clínico de
No presente trabalho, as mudanças
exostose em região frontal.
estéticas e a baixa alto-estima foram os
Métodos: Paciente do sexo feminino, 30 principais motivos que levaram a paciente
anos, compareceu ao ambulatório com a buscar o tratamento. Para o tratamento
queixa estética em terço superior da face. da exostose, a tomografia
Ao exame físico, foi constatado um computadorizada é essencial, pois
crescimento ósseo assintomático, fixo e possibilita uma imagem tridimensional,
endurecido em região frontal direita. No facilitando o planejamento da exérese da
corte axial da tomografia cortical óssea externa da lesão. A escolha
computadorizada, ficou evidente um do acesso hemicoronal ipsilateral para a
aumento da espessura da tábua óssea exérese da lesão foi por diversas vantagens:
externa do osso frontal, sem modificação permitir acesso suficiente e efetivo para
na densidade do osso. Foi realizado realização da correção do defeito, além
osteotomias e osteoplastias da região, promover cicatriz discreta e esteticamente
através do acesso hemicoronal ipsilateral. favorável.
Os fragmentos removidos foram enviados

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: A exostose do osso frontal


muitas vezes não requer tratamento
cirúrgico, porém essa doença pode causar
agravos estéticos e comprometimento do
equilíbrio emocional. Sendo assim,
normalmente recomenda-se a correção da
assimetria presente, e de preferência por
uma via de acesso que promova boa
visualização da lesão e melhores resultados
estéticos.

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1858

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
HEMANGIOMA CAVERNOSO
Gilcinete Souza Oliveira; Moyara Mendoça Lima de Freitas; Flávio
Tendolo Fayad; Gustavo Cavalcanti Albuquerque; Joel Motta
Junior

Hemangiomas são lesões teciduais da linha mucogengival entre incisivos até


comuns, os quais são relativamente raros mesial de elemento 36, com posterior
em cavidade oral. Seu tratamento pode realização de relaxante apenas incisando
variar de simples aplicação de agente tecido mucoso em região de elemento 41.
esclerosante á exérese cirúrgica. Paciente Sangramentos posteriores foram
do gênero feminino, 31 anos, apresentou- moderados e controlados com sucesso pela
se com queixa de inchaço enegrecido na cauterização com bisturi bipolar. Foi
região interna da bochecha esquerda com divulsionado e realizado exérese de tecido,
sangramento e aumento de volume. ora vascular, ora fibrosado. Excisão foi
Paciente com nódulo de progressão lenta, completa com fechamento primário
alteração de cor, atingindo grande alcançado. Os materiais obtidos
proporção nos ultimos anos. Quando apresentaram consistência nodular e cor
questionada sobre histórico médico, violácea, além de regiões com tecido
paciente relatou acidente automobilístico fibroso, supostamente devido a aplicação
com trauma em face, e laceração em região previa de etamolin. O material foi enviado
de queixo esquerdo há mais de 10 anos. á analise hitopatológica onde foi
Exame local revelou lesão violácea sobre a encontrado tecido de natureza vascular,
mucosa bucal com extensão á áreas compatível com hemangioma cavernoso. O
gengivais do elemento 31 ao 36, relato concorda com a literatura no que diz
aproximadamente. À palpação a lesão respeito ao surgimento da lesão, onde pode
apresentava-se lobulada, consistência ser de origem traumática, entretanto
suave, não sensíveis e pouco pulsátil, sem discorda no tratamento, onde apenas a
presença de sangramento. Foi realizado aplicação de agente esclerosante é
teste vitreo na lesão com diascopia positiva suficiente para o tratamento da lesão sem
sugestivo de malformação vascular. necessidade de associação ao tratamento
Inicialmente foi realizado tratamento com cirúrgico. Avaliação pos-operatória foi
agente esclerosante em 5 aplicações, observado regressão da lesão, ausência de
obtendo redução da lesão sem diminuição enegrecimento, sangramento ao trauma e
satisfatoria. Portanto, foi proposto como aumento de volume. Paciente encontra-se
tratamento secundário, excisão cirurgica em acompanhamento pós-operatório de 7
da lesão, a qual foi realizada sob anestesia meses sem recorrência de lesão.
geral com incisão mucoperiosteal ao longo

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1860

MIXOMA ODONTOGÊNICO AGRESSIVO EM


UMA MULHER DE 82 ANOS DE IDADE
Rubem Costa Araújo; Maria Aparecida de Albuquerque
Cavalcante

Mixoma odontogênico (MO) é um tumor semelhante a mucosa, medindo


raro, benigno, com origem mesenquimal aproximadamente 20mm em seu maior
associado aos tecidos que formam o dente. comprimento, revelando no exame
Frequentemente aparece entre a segunda e histopatológico mixoma odontogênico.
quarta década de vida, com incidência de Levando em consideração a proximidade
0.07 a cada um milhão de pessoas, com da lesão com estruturas nobres como, base
predileção pelo sexo feminino, estando de de crânio e globo ocular, a alta taxa de
3–6 % entre os tumores ontogênicos. O recidiva, o tratamento cirúrgico com
tumor é geralmente assintomático no margem de segurança de pelo menos 1 cm
estágio inicial, descoberto durante exames e a idade da paciente, optou-se por uma
de imagem solicitados como rotina. Porém, abordagem conservadora, medicamentosa,
podem causar dor por expansão dos ossos tratando somente os sintomas de dor e
da face em estágios tardios. obstrução nasal. Alguns autores utilizaram
Radiograficamente, o MO pode apresentar a enucleação e curetagem como forma de
unilocular ou multilocular lesões tratamento do MO e reportaram uma alta
radiotransparentes com aspecto de bolhas taxa de recorrência de 10 a 33% em um
de sabão, favos de mel ou raquete de tênis. acompanhamento a longo prazo, em
A ausência de cápsula e o seu crescimento pacientes submetidos a estas técnicas. O
lento, infiltrativo nos tecidos adjacentes, tratamento mais aceito descrito na
são características importantes do MO. literatura atualmente, é a ressecção
Devido a este comportamento agressivo e cirúrgica com margem de segurança de
alta taxa de recidiva, o tratamento consiste pelo menos 1cm, não existindo relatos de
na remoção da lesão com margem de recidiva até o momento. Concluimos que
segurança de 1cm. Uma mulher de 82 anos neste caso especifico a abordagem do
de idade foi encaminhada ao nosso serviço tratamento conservador foi utilizada
para avaliação de um inchaço na região do diminuindo o riscos e dando qualidade de
palato com queixa de dificuldade de vida para esta paciente que está em
respirar e dor na face do lado direito, com acompanhamento ambulatorial de 3
histórico de início do aumento de volume meses, sem queixa e sinais de piora do
intraoral assintomático há 2 anos. Sobe quadro.
anestesia local, foi removido através de
biópsia incisional na região do palato, um
fragmento de consistência firme, cor

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1862

OSTEOCONDROMA EM CÔNDILO
MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Gabriela Caovilla Felin; Henrique Cesca; Tiago Nascimento Mileto;
Franklin David Gordillo Yepez; Ferdinando de Conto

Introdução: Osteocondroma é um tumor piezoelétrico e o recobrimento com disco


ósseo benigno comum do esqueleto axial, articular sem intercorrências. A paciente
porém raro no esqueleto facial. Sua seguiu acompanhamento pós-operatório
localização no côndilo mandibular é com com ortodontia e fisioterapia até o
maior freqüência no aspecto medial, fechamento da oclusão dentária.
podendo ser encontrado em posição Discussão: O tratamento para o
anterior, lateral ou superior. As osteocondroma irá depender da
características clínicas incluem assimetria localização, do tamanho, dos sintomas,
facial progressiva, desvio da linha média, estado de crescimento e estruturas
mordida cruzada contralateral e alterações adjacentes importantes envolvidas.
de morfologia condilar. O objetivo deste Condilectomia total ou a ressecção
trabalho é relatar o caso de um conservadora trazem bons resultados,
osteocondroma em côndilo mandibular. sendo raras as taxas de recorrências. A
Relato de caso: Paciente do gênero condilectomia conservadora é importante
feminino, 28 anos, procurou atendimento por preservar o possível de estrutura
no serviço de CTBMF - HCPF/RS com condilar e há uma remodelação mínima por
queixa de disfunção temporomandibular, inércia, porém é difícil de ser realizada
já tendo sido submetida à tratamento quando o tumor está localizado mais
prévio com placa miorrelaxante sem medialmente, mostrando maior chance de
melhora do quadro. Ao exame clínico, recorrência. Já a condilectomia total
paciente apresentava quadro álgico apresenta menor chance de recorrência,
intenso em região pré-auricular e desvio porém é necessário uma cirurgia
mandibular da oclusão para o lado direito. reconstrutiva secundária que dependerá do
Exames de imagem que a paciente possuía tamanho do defeito. No caso relatado, foi
eram de radiografia panorâmica que já optado por realizar a condilectomia parcial
sugeriam alteração. Foi solicitado exame com reposicionamento do disco, tentando
de Tomografia tipo Cone Bean e preservar o máximo possível de estrutura
Ressonância Magnética Nuclear, o qual condilar.
sugeriu presença de massa tumoral de Conclusão: A condilectomia
característica benigna, compatível com conservadora com o recontorno condilar e
Osteocondroma. Foi realizado o reposicionamento do disco articular é
condilectomia no lado esquerdo com uma uma opção viável para o tratamento do
plastia do remanescente condilar com

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

osteocondroma em côndilo mandibular,


permitindo a remoção efetiva do tumor e
eliminando a necessidade de uma segunda
cirurgia reconstrutora para a articulação
temporomandibular.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1863

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE LESÃO


CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES:
RELATO DE CASO
Pietry Malaquias; Thaiz Carrera Arrabal

A lesão central de células gigantes (LCCG) dos maxilares é uma


neoplasia benigna com ampla varidade de comportamento
clínico, pode ser classificada como agressiva ou não com base na
apresentação clínica e de imagem. É uma lesão com altas taxas
de recidivas, especialmente as com características agressivas. O
tratamento pode ser medicamentoso e/ou cirúrgico,
dependendo das características da lesão. O presente trabalho
tem o objetivo de relatar o caso clínico de um paciente de 15 anos
de idade com aumento de volume em região de terço médio de
face, com rápido crescimento nos ultimos 4 meses associado a
mobilidade dentária, abaulamento do palato, exoftalmo e visão
turva. O exame de imagem (TC) mostrava sinais sugestivos de
extensa lesão hipodensa envolvendo palato, fossa nasal,
assoalho orbitário e esfenóide. Foi realizada biópsia incisional
com diagnóstico de LCCG. Injeções intra-lesionais de corticoide
(triancil) foram realizadas por 4 semanas sem melhora clínica. O
paciente foi submetido a intervenção cirúrgica de
maxilectommia e reconstrução facial imediata. O paciente está
em acompanhamento pós-operatório de 3 anos, sem sinais de
recidivas.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1875

TRATAMENTO CONSERVADOR DE FIBROMA


OSSIFICANTE CENTRAL DE GRANDE
DIMENSÃO
Gilcinete Souza Oliveira; Tatiana Nayara Libório Kimura; Gustavo
Cavalcanti Albuquerque; Joel Motta Junior; Marcelo Vinicius de
Oliveira

Fibroma ossificante central, também biopsia incisional acusou Fibroma


conhecido como fibroma cemento- Ossificante Central. Realizou-se
ossificante é um neoplasma osteogênico tratamento cirúrgico conservador com
benigno dos maxilares. Existe divergências enucleação e curetagem total da lesão. A
quanto a sua predileção, maxila ou microscopia apresentou proliferação de
mandíbula, entretanto sabe-se que ele tem células em material eosinofílico de aspecto
preferência pelas regiões de pré-molares e hialino, pouca quantidade de material
molares. Sua patogênese é incerta, porém calcificado com semelhança a osteóide em
muitos autores sustentam que ele pode se permeio a lesão, caracterizando fibroma
iniciar de uma lesão na membrana ossificante central. O relato discorda com a
periodontal. Pela sua natureza localmente literatura no que diz respeito a predileção
agressiva, o fibroma ossificante central tem de gênero e idade, pois há maior predileção
um alto risco de recidiva e necessita de em mulheres na faixa etária de 34 anos, ao
completa enucleação e osteotomia contrário do que foi relatado sendo
periférica do osso adjacente. Caso relatado paciente acometido masculino e abaixo da
apresenta paciente gênero masculino, 26 idade, além disso discorda quanto a
anos, com queixa de dor, sangramento em localização da lesão, onde a mesma
boca, relatando acidente desportivo e localiza-se em região de sínfise
trauma em região há 10 anos. Ao exame mandibular, se estendendo, entretanto, até
Extraoral foi observado aumento de região de pré-molares e molares conforme
volume em região de sínfise, com dita a literatura. Paciente foi tratado por
abaulamento intraoral das tabuas ósseas. método cirúrgico conservador visando a
Ao exame intraoral foi observado manutenção do osso mandibular e estética
apinhamento dentário de incisivos facial do paciente, por se tratar de lesão
inferiores, mobilidade dental dos incisivos benigna, além de paciente jovem, onde
centrais e elevação de soalho lingual. A sequelas de tratamento agressivo não
avaliação tomografia apresentava lesão trariam benefícios ao paciente. Paciente
hipodensa estendendo-se do elemento 35 encontra-se em 11 meses de
ao elemento 46, com áreas centrais acompanhamento sem sinais de recidiva,
hiperdensas sugerindo calcificações e com regeneração óssea satisfatória.
expansão anteroposterior das corticais. À

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1881

CONDROSSARCOMA RECIDIVANTE EM
MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Polliana Muniz Alves; Cassiano
Francisco Weege Nonaka; Rodrigo Queiroga de Moura

Introdução: Condrossarcomas são Portanto, o diagnóstico conclusivo foi de


neoplasias malignas raras caracterizadas condrossarcoma recidivante.
pela formação de cartilagem, sem tecido Resultados: O estadiamento clínico foi
osteoide. Em região de cabeça e pescoço de T4N1M0. Diante do quadro clínico
correspondem a aproximadamente 0,1% de avançado, a paciente foi encaminhada para
todas as neoplasias malignas que ocorrem radioterapia e quimioterapia A mesma
nesta localização. A maxila é mais encontra-se ainda sob acompanhamento e
comunente afetada que a mandíbula. São tratamento antineoplásico.
mais frequentes em homens, com idade a
Discussão: Os condrossarcomas da região
partir da terceira e quarta década de vida e
oral e maxilofacial são tumores
exibem altos índices de recidiva. Portanto,
extremamente incomuns e ocorrem em
o objetivo deste trabalho é relatar um caso
pacientes mais jovens, se comparadas a
recidivante de condrossarcoma.
idade de aparecimento do carcinoma
Métodos: Paciente do sexo feminino, de espinocelular.Observou-se que os tumores
51 anos de idade, procurou o serviço de que acontecem pélvis, tronco,
estomatologia de hospital de referência em extremidades próximas e cabeça e pescoço
oncologia queixando-se de aumento de apresentavam mau prognóstico, sendo o
volume em mandíbula esquerda, num pior prognóstico nos tumores de cabeça e
período de tempo de 4 meses. A mesma pescoço. Os condrossarcomas acometendo
relata que teve diagnóstico e tratamento de cabeça e pescoço apresentam alta taxa de
condrossarcoma em mandíbula direita, há recidiva chegando a um total de 85% dos
dois anos atrás . Em radiografia casos, enquanto no restante do organismo
panorâmica pode se observar extensa área esta taxa situa-se na faixa de 15%.
de lesão infiltrante, com padrão de raios de
Conclusão: Como qualquer lesão
sol, em região de mandíbula esquerda.
maligna, o diagnóstico precoce é capaz de
Biópsia incisional e análise microscópica
promover um melhor prognóstico e
revelaram neoplasia maligna caracterizada
aumentar as chances de cura. Ademais, o
pela presença de matriz cartilaginosa, com
constante acompanhamento em pacientes
padrão lobular, exibindo nas áreas
que já tiveram histórico da doença é crucial
periféricas celularidade aumentada, com
para diagnosticar possíveis casos de
núcleos volumosos e nas áreas centrais
recidiva.
apresentavam maior grau de maturação.

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5-9 de setembro de 2017
669
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1895

OSTEOTOMIA LE FORT I DE ACESSO À FOSSA


INFRATEMPORAL PARA REMOÇÃO DE
CARCINOMA ESPINOCELULAR:
RELATO DE CASO
Jessica Bauer; Charles Rauen; Rafael de Almeida Chicoski; Luiz
Felipe Manosso Guzzoni; Tito Fernandes

Introdução: A osteotomia maxilar foi A maxila foi então reposicionada e fixada


descrita pela primeira vez por Cheever em com placas e parafusos do sitema 1,5 mm.
1867 para acessar e remover um tumor de No pós-operatório o paciente apresentou
nasofaringe. Ao longo dos anos esta parestesia infraorbital bilateral transitória
técnica, mais tarde denominada e está sendo proservado pelo
osteotomia Le Fort I, tem sido amplamente neurocirurgião.
utilizada por cirurgiões bucomaxilofaciais
Discussão: A osteotomia Le Fort I
(BMF) para tratar deformidades
apresenta muitas vantagens para acessar
dentofaciais. Este trabalho descreve o
tumores da base do crânio, pois é um
tratamento cirúrgico multidisciplinar de
procedimento intraoral fácil e proporciona
um paciente com carcinoma espinocelular
uma excelente visibilidade para a área
(CEC) removido da fossa infratremporal
cirúrgica, com baixos índices de
com a utilização desta técnica cirúrgica.
complicações e a ausência de incisões
Métodos: Paciente do sexo masculino, de faciais desfigurantes.
46 anos de idade, com CEC localizado na
Conclusão: Este caso mostra importância
fossa infratemporal direita, previamente
da atuação multidisciplinar no tratamento
submetido à quimioterapia para redução do
do paciente oncológico, assegurando uma
tumor. A cirurgia foi realizado no Hospital
ampla excisão da lesão e reduzindo a
Geral da Unimed de Ponta Grossa pelas
possibilidade de recidiva.
equipes de cirurgia BMF, oncologia e
neurocirurgia. A cirurgia iniciou com o
esvaziamento cervical direito, para
prevenção de metástases tumorais, em
seguida foi realizada a osteotomia do tipo
Le Fort I para acesso à fossa infratemporal
ipsilateral e a remoção do tumor com
auxílio de microscópio cirúrgico.

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670
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1901

FOLÍCULO PERICORONÁRIO HIPERPLÁSICO:


RELATO DE CASO
Joyce Magalhães de Barros; Vinícius Rodrigues Gomes; Maria
Carline Sampaio de Melo; Sarah Luna Parente Saraiva; Joao Eudes
Teixeira Pinho Filho

Introdução: Dentes não erupcionados hipótese de diagnóstico foi de cisto


apresentam uma área radiolúcida em volta dentígero, mas o laudo histopatológico
de si, chamada de folículo pericoronário, teve como diagnóstico definitivo folículo
cujo seu tamanho é importante na pericoronário. A paciente encontra-se com
identificação de patologias. Sabe-se que 6 meses de pós-operatorio sem sinais de
esses folículos podem ser a origem de recidiva ou queixas na região.
cistos e tumores odontogênicos, devido às Discussão: Segundo O`Connel et al.
transformações dos tecidos que os (2014), tal patologia acomete qualquer
compõem. Por isso, é importante idade, com sua maioria, registrado na
identificar qualquer patologia que possa literatura, em indivíduos jovens. Quanto ao
estar se desenvolvendo. Folículo gênero, Schmitd et al. (2014) afirma que a
pericoronário que apresenta espaço relação entre feminino e masculino é de
pericoronal maior que 2,5 mm nas 1:1,4. Nikitaks et al. (2006) e Onishi et al.
radiografias intra-orais e maior que 3 mm (2003) relatam que os primeiros e segundos
nas radiografias panorâmicas deve ser molares inferiores são os dentes mais
investigado diante de possíveis patologias, afetados. White et al. (2009) revela que
sendo o cisto dentígero a lesão mais áreas radiolúdias maiores que 3 mm, pode
comumente encontrada. ser indicativo de alteração no folículo
Método: O presente tabalho tem como dental. Em relação ao tratamento, Jamshidi
objetivo relatar um caso clínico de um et al. (2013) realizou a exérese dos
paciente J.F.P.T, gênero feminino, 15 anos elementos dentário juntamente com o
de idade, leucoderma, sem história de folículo e Schmitd et al. (2014) optou pela
doenças prévias que compareceu ao curso técnica de marsupialização.
de Aperfeiçoamento em Cirurgia e Conclusões: O caso clínico descrito está
Traumatologia Bucomaxilofacial da dentre os parâmetros relatados na
ABO/CE para remoção dos elementos literatura e é de suma importância que haja
dentários 18,28,38 e 48. No exame uma correta associação entre história
imaginológico observou-se uma dilatação clínica, exame de imagem e exame
dofolículo pericoronário envolvendo a microscópico, afim de se chegar a um
coroa do elemento dentário 48, o qual foi correto diagnóstico e tratamento ideal da
removido juntamento com o dente e lesão
enviado para exame histopatológico. A

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1906

TRATAMENTO DE RÂNULA PELA


MICROMARSUPIALIZAÇÃO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Lilibeth Aragão Peres; Mariana Conceição André de Lima Oliveira;
Helene Marie Rodrigues Carvalhal França; Luan Braga Campello;
George Veloso Silva

Introdução: A rânula é uma lesão de Métodos: Paciente, 43 anos,


caráter benigno que envolve as glândulas melanoderma, gênero masculino, cursava
salivares e seus respectivos ductos e com lesão bolhosa em assoalho bucal à
caracteriza-se pelo acúmulo de saliva entre esquerda, com formato de cúpula,
os planos musculares do assoalho da boca superfície lisa, consistência flácida, de
acompanhado da formação de um tecido coloração azulada, inserção séssil e com
reacional que circunda o muco. A etiologia aproximadamente três centímetros de
está principalmente relacionada ao trauma diâmetro, localizada lateralmente a linha
ou por obstrução dos ductos das glândulas média. Optou-se por realizar o tratamento
pela formação de sialolítos, e sua com a micromarsupialização, e o
localização, especificamente em assoalho acompanhamento do paciente durante 01
de boca, a diferencia da mucocele. ano revelou êxito da técnica, uma vez que
Apresenta-se como tumefações azuladas, após este período inexistem sinais clínicos
flutuantes, com forma de cúpula, e na de recidiva.
maioria das vezes, são encontradas em Considerações Finais: A técnica da
apenas um lado do assoalho, acarretando a micromarsupialização constitui-se numa
falsa impressão de bilateralidade quando execução simples, pouco invasiva, com
apresenta um volume exacerbado. O prognóstico favorável para remissão da
tratamento envolve algumas técnicas lesão através da epitelização ao redor do fio
cirúrgicas que variam desde conservadoras de sutura e formação de novos ductos
como a marsupialização até radicais, como excretores.
a excisão definitiva da lesão, além de
outras técnicas de descompressão, como a
micromarsupialização. O objetivo deste
trabalho é elucidar um caso clínico de
rânula em assoalho de boca em que foi
proposto a técnica de
micromarsupialização como opção
terapêutica.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1914

HIPERPLASIA DO PROCESSO CORONOIDE BILATERAL


EM PACIENTE DE 43 ANOS DE IDADE TRATADO COM
CORONOIDECTOMIA INTRAORAL
Caroline Águeda Corrêa; Jonathan Ribeiro Silva; Eduardo Hochuli Vieira;
Rodrigo dos Santos Pereira; Paulo Marcos Nunes

Introdução: A Hiperplasia do Processo computadorizada foi diagnosticado HPC


Coronoide (HPC) é uma alteração bilateral. O tratamento realizado foi uma
congênita ou de desenvolvimento da coronoidectomia bilateral por acesso
articulação temporomandibular. Nessa intraoral. No sétimo dia de pós-operatório
condição ocorre um crescimento não- iniciou-se fisioterapia usando espátulas de
neoplásico do processo coronoide em madeira.
direção à fossa infratemporal, gerando uma Resultado: Após 1 ano de
limitação da abertura de boca devido a acompanhamento foi registrado uma
impacção mecânica da estrutura na parte abertura de 46mm associado a melhora das
posterior do osso zigomático. O objetivo queixas.
deste trabalho é relatar um caso de HPC e
Discussão: O tratamento de HPC,
seu respectivo tratamento cirúrgico.
conforme proposto pela literatura, pode ser
Método: Paciente do gênero masculino, realizado por endoscopia ou acesso
melanoderma, de 43 anos, com a queixa de cirúrgico intraoral. Robiony et al
limitação de abertura bucal iniciado demonstrou que a remoção do coronoide
durante adolescência, relatou progressivo video-assistida por endoscopia apresenta
agravamento do quadro durante sua vida. melhores resultados, menor morbidade e
Ao exame clínico, paciente apresentou menor tempo cirúrgico, contudo, seu uso
abertura máxima de boca de 11mm, fica restrito para pacientes jovens e
acompanhado de ruído audível, com processos coronóides de menor volume.
sintomatologia dolorosa, sem doenças
Conclusão: A coronoidectomia por
sistêmicas, não tabagista ou etilista, sem
acesso intraoral continua sendo a melhor
hábitos parafuncionais, não apresentava
opção para muitos casos de HPC,
qualquer tipo de comprometimento ósseo
restabelecendo a função mastigatória sem
ou articular. Após realização de tomografia
comprometer a estética.
Referências:
Khandavilli SD, Pattni N, Naredla PR, et al. First case of bilateral coronoid hyperplasia in monozygotic
twin sisters—a new aetiological perspective? Oral Maxillofac Surg 2016;20:441–443.
Ramalho-Ferreira G, Faverani LP, Fabris AL, et al. Mandibular movement restoration through bilateral
coronoidectomy by intraoral approach. J Craniofac Surg 2011;22:988–991.
Robiony M, Casadei M, Costa F. Minimally invasive surgery for coronoid hyperplasia: endoscopically
assisted intraoral coronoidectomy. J Craniofac Surg 2012;23:1838–1840.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1916

AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO COM PROLIFERAÇÃO


INTRALUMINAL TRATADO ATRAVÉS DE UMA
ABORDAGEM CONSERVADORA: RELATO DE CASO
Saulo Lôbo Chateaubriand do Nascimento; Rafael Saraiva Torres;
Karoline Araujo Lima; Joel Motta Junior; Tiago Novaes Pinheiro

Introdução: Os ameloblastomas diagnóstico histopatológico


unicísticos afetam, com mais frequência, ameloblastoma unicístico com proliferação
adultos jovens. Sua localização mais intraluminal. Diante do diagnóstico foi
comum é em região posterior de planejada uma abordagem conservadora
mandíbula. Eles respondem para o tratamento da lesão. Após
favoravelmente à cirurgia conservadora do endodontia dos elementos envolvidos,
que a variante sólida ou multicística. O lançou-se mão da enucleação, curetagem e
objetivo deste trabalho é relatar um caso ostectomia periférica, além da apicectomia
clínico de um ameloblastoma unicístico em e retrobturação dos dentes 33, 34 e 35.
mandíbula, tratado de forma conservadora. Resultado: O caso encontra-se em
Método: Paciente do gênero masculino, proservação de um ano, evoluindo
27 anos, compareceu ao atendimento satisfatoriamente, com sinais de
odontológico com queixa de aumento de remodelação óssea, ausência de
volume indolor em região anterior de mobilidade dos elementos envolvidos e de
mandíbula, com evolução de dois meses. À sinais clínicos e radiográficos de recidiva.
inspeção intraoral foi verificado Discussão: O ameloblastoma unicístico é
abaulamento da cortical óssea vestibular tratado cirurgicamente por enucleação,
na região dos elementos dentários 32 ao 35, porque se apresenta clinicamente como
de consistência firme à palpação com teste cisto. Considera-se importante que haja
de vitalidade pulpar negativo nos dentes uma proservação de, no mínimo, dez anos.
envolvidos. Ao exame de imagem, A literatura demonstra que os
observou-se imagem radiolúcida ameloblastomas unicísticos, tratados de
unilocular com limites bem definidos maneira conservadora, têm apresentado
próxima as raízes dentárias dos elementos um significativo índice de sucesso, apesar
31 ao 35, com divergência e reabsorção de a probabilidade de recidiva estar
radicular das mesmas e presença de tábuas presente.
ósseas vestibular e língua bem delgadas.
Conclusão: A conduta conservadora
Foi realizada punção aspirativa, na qual foi
diminui a morbidade cirúrgica, contudo a
coletado conteúdo líquido amarelo citrino.
proservação é fundamental em casos de
À biópsia incisional obteve-se como
lesões recidivantes.
Referências: 1. Bisinelli et al. Conservative treatment of unicystic ameloblastoma. American Journal
of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. 2010 volume 137, number 3. 2. M. H. Hsu et al. Unicystic
ameloblastoma. Journal of Dental Sciences (2014) 9, 407 e 411.

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1918

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMOR


ODONTOGENICO CÍSTICO CALCIFICANTE
EM MAXILA: RELATO DE CASO
Wilson Sinsuke Kaneshima Junior; Bibiana Dalsasso Velasques;
Antônio César Manentti Fogaça; Marcos Antonio Torrini; Otacílio
Luiz Chagas Júnior

Introdução: Descrito primeiramente por Havia ainda reabsorção radicular dos


Gorlin em 1962, o cisto odontogênico dentes supracitados, envolvimento do seio
calcificante (COC) podia ser identificado maxilar e massa radiopaca no ápice do
como lesão cística ou sólida. Já em 2005 a dente 23. Através de biópsia incisional foi
Organização Mundial de Saúde, OMS, confirmado o diagnóstico de TOCC. Desse
reclassificou o COC com aparência cística modo, optou-se pela realização de biópsia
como tumor odontogênico cístico excisional. Devido à grande extensão da
calcificante (TOCC), enquanto o COC com lesão, o procedimento ocorreu sob
aparência sólida foi denominado como anestesia geral seguida de incisão tipo
tumor dentinogênico de células fantasmas. Neumann e enucleação cística seguida de
O TOCC é uma lesão de crescimento lento, curetagem da loja óssea.
indolor, sem predileção entre a maxila e a Resultados: Em retornos pós operatórios,
mandíbula. Não é raro aparecer o paciente apresentou boa cicatrização
concomitantemente a outras lesões, intra oral e ausência de queixas álgicas,
principalmente ao odontoma. Em exame bem como de comorbidades associadas.
radiológico comumente aparece como uma
Discussão: Por ser uma lesão indolor e de
lesão radiolúcida unilocular, podendo estar
crescimento lento, o TOCC geralmente é
associada a massas radiopacas de formas e
diagnosticado em exames radiográficos de
tamanhos variados e, em alguns casos, com
rotina. O tratamento indicado é a
dentes inclusos.
enucleação, podendo variar dependendo da
Método: O paciente J. P. de 22 anos, sexo extensão da lesão.
masculino, foi referenciado ao Programa
Conclusão: A enucleação cística seguida
de Residência em CTBMF do Hospital
de curetagem consistiu para o caso descrito
Escola da UFPel com queixa de aumento de
em opção satisfatória de tratamento
volume no lado esquerdo da região maxilar.
cirúrgico.
Em tomografia computadorizada
solicitada, evidenciou-se lesão radiolúcida
unilocular a qual se estendia entre os
elementos dentais 21 e 28.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1919

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMOR


ODONTOGENICO CÍSTICO CALCIFICANTE
ASSOCIADO A ODONTOMA EM MAXILA:
RELATO DE CASO
Wilson Sinsuke Kaneshima Junior; Bibiana Dalsasso Velasques;
Antônio César Manentti Fogaça; Marcos Antonio Torrini; Otacílio
Luiz Chagas Júnior

Introdução: Descrito primeiramente por reabsorção radicular dos dentes


Gorlin em 1962, o cisto odontogênico supracitados, envolvimento do seio
calcificante (COC) podia ser identificado maxilar e massa radiopaca no ápice do
como lesão cística ou sólida. Já em 2005 a dente 23. Através de biópsia incisional foi
Organização Mundial de Saúde, OMS, confirmado o diagnóstico de TOCC. Desse
reclassificou o COC com aparência cística modo, optou-se pela realização de biópsia
como tumor odontogênico cístico excisional. Devido à grande extensão da
calcificante (TOCC), enquanto o COC com lesão, o procedimento ocorreu sob
aparência sólida foi denominado como anestesia geral seguida de incisão tipo
tumor dentinogênico de células fantasmas. Neumann e enucleação cística seguida de
O TOCC é uma lesão de crescimento lento, curetagem da loja óssea.
indolor, sem predileção entre a maxila e a Resultados: Em retornos pós operatórios,
mandíbula. Não é raro aparecer o paciente apresentou boa cicatrização
concomitantemente a outras lesões, intra oral e ausência de queixas álgicas,
principalmente ao odontoma. Em exame bem como de comorbidades associadas.
radiológico comumente aparece como uma
Discussão: Por ser uma lesão indolor e de
lesão radiolúcida unilocular, podendo estar
crescimento lento, o TOCC geralmente é
associada a massas radiopacas de formas e
diagnosticado em exames radiográficos de
tamanhos variados e, em alguns casos, com
rotina. O tratamento indicado é a
dentes inclusos.
enucleação, podendo variar dependendo da
Método: O paciente J. P. de 22 anos, sexo extensão da lesão.
masculino, foi referenciado ao Programa
Conclusão: A enucleação cística seguida
de Residência em CTBMF do Hospital
de curetagem consistiu para o caso descrito
Escola da UFPel com queixa de aumento de
em opção satisfatória de tratamento
volume no lado esquerdo da região maxilar.
cirúrgico.
Em tomografia computadorizada
solicitada, evidenciou-se lesão radiolúcida
unilocular a qual se estendia entre os
elementos dentais 21 e 28. Havia ainda

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1926

TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL


CALCIFICANTE: TUMOR DE PINDBORG
Marcio Martins da Silva; Gustavo Gafrée Braz; Roberto Santos;
Viviane Bento Cupello Bergan; Caroline Rosa da Rocha

Introdução: O Tumor odontogênico unilocular com áreas radiopacas, bem


epitelial calcificante (TOEC), também delimitado sem a presença de dentes
conhecido como tumor de Pindborg, foi inclusos, com reabsorção da tábua óssea
descrito pela primeira vez pelo patologista vestibular e raízes dos elementos 44 e 43. A
dinamarquês Jens Jorgen Pindborg em escolha terapêutica foi a exodontia dos
1955. É definido pela Organização Mundial elementos 43 e 44 e remoção cirúrgica total
de Saúde como uma neoplasia epitelial da lesão através do acesso intra oral e envio
odontogênica localmente invasiva, de todo material colhido para exame
caracterizada pela presença de material histopatológico.
amielóide que pode se tornar calcificado. É Discussão: Em um estudo realizado por
uma lesão incomum que é responsável por Kaplan et al. 74% dos achados foram em
menos de 1% dos tumores odontogênicos. mandíbula e 69 % de todas as lesões
O TOEC cresce dentro do espaço envolvendo área posterior, enquanto que
trabeculado do osso maxilar adjacente, no presente relato de caso a lesão
causando expansão da cortical óssea sem apresenta-se em região anterior de
que haja encapsulação. É uma lesão de mandíbula ente os elementos 43 e 44.
crescimento lento, localmente agressivo Conclusão O tratamento realizado não foi
com taxa de recorrência de 15% e rara compatível com a maioria descrita na
transformação maligna. literatura que é a sequência de biópsia
Relato do caso: clínico Paciente do sexo incisional com envio ao laboratório de
masculino, 41 anos, melanoderma, patologia oral, após o resultado, ressecção
compareceu ao ambulatório de cirurgia e cirúrgica, incluindo porção marginal de
traumatologia bucomaxilo facial do osso aparentemente saudável. De acordo
Hospital Municipal Lourenço Jorge com com as características clínicas e exames de
histórico de aumento de volume em região imagens optou-se pela remoção completa
mentoniana direita, com de lesão com margem de segurança e envio
aproximadamente 2 anos de evolução. Ao da peça para estudo histopatológico.
exame intra-oral foi observado aumento de Resultado: O paciente segue em
volume em mandíbula região mentoniana acompanhamento ambulatorial a 7 meses
lado direita, normocrômica, rígida a sem sinais clínicos e radiológicos de
palpação e bem delimitada. Conduta- recidiva, fazendo o uso de prótese parcial
Tratamento. Foram realizados exames de removível, aguardando liberação para
imagens que mostraram área radiolúcida reabilitação definitiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1930

TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO


EM PACIENTE MULHER COM SÍNDROME DE
GOLDENHAR: UM RELATO DE CASO
Jessica Daniela Andreis; Jessica Bauer; Calisson Ildemar Peters;
Marcelo Carlos Bortoluzzi; Tito Fernandes

Introdução: A Síndrome de Goldenhar um dente incluso. Possui alta taxa de


(SG) é uma anomalia do desenvolvimento recorrência que varia de 22 a 60%. Seu pico
rara que compromete região facial, de de incidência está entre os 20 e 30 anos.
olhos e coluna, sendo mais prevalente no Métodos: A marsupialização é a primeira
sexo masculino. Durante o opção cirúrgica no tratamento do TOQ e a
desenvolvimento embrionário, há o enucleação com curetagem óssea são
envolvimento do primeiro e segundo arcos executadas quando o volume do tumor
branquiais que resultam em fenótipos diminuiu a determinar a localização da
variáveis da síndrome. Essas variações lesão e definir o acesso cirúrgico. No
incluem microssomia hemifacial, fissuras intuito de conservar o feixe vasculonervoso
faciais laterais, dermoide epibulbar e até adotou-se um tratamento conservador
alterações vertebrais. A paciente L.L.M, realizado através de marsupialização e
sexo feminino, 18 anos, leucoderma, confecção de uma peça em resina acrilíca
compareceu a clínica da Faculdade de para evitar o fechamento da ferida. No
Odontologia da Universidade Estadual de mesmo tempo cirúrgico foi realizada
Ponta Grossa portando panorâmica biópsia incisional.
realizada para fins ortodônticos, nesta
Resultados: O exame histopatológico foi
detectou-se lesão associada ao elemento
sugestivo de tumor odontogênico
36. Na anamnese, a paciente afirmou ser
queratocístico. O controle radiográfico
diagnosticada com síndrome de Goldenhar.
pós-operatório foi realizado para
Clinicamente não apresentava alterações
acompanhar a regressão da lesão.
nem sintomatologia.A panorâmica
evidenciava lesão radiolúcida circunscrita Discussão: Nesse contexto, a anamnese
em íntimo contato com nervo alveolar mostra-se essencial na descoberta de
inferior, na região mandibular posterior síndromes com comprometimento
esquerda sugestiva de tumor odontogênico oral. Além disso, esse caso se torna
queratocístico (TOQ). O TOQ é uma lesão característico pela raridade da síndrome,
uni ou multicística benigna agressiva dos por acometer o sexo feminino e
maxilares que pode atingir grandes pela escassez de relatos de caso de TOQ em
dimensões, prevalece na região posterior paciente com síndrome de Goldenhar.
da mandíbula e pode estar relacionado a

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5-9 de setembro de 2017
678
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: Objetivamos aumentar o


conhecimento do cirurgião-dentista sobre
a SG para auxiliar no reconhecimento da
síndrome e relação com o composto
bucomaxilofacial.

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679
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1932

TRATAMENTO DE OSTEOBLASTOMA EM
MANDÍBULA COM MONITORAMENTO DE 7
ANOS: RELATO DE CASO
Rafael da Silva Caetano; Ana Luiza Lima Medeiros Paz; Danielle
Lima Molinari; Paulo Henrique de Souza Castro; Everton José da
Silva

Introdução: O osteoblastoma é um tumor tratamento conservador e favoreceu para


ósseo benigno raro. A maioria dos casos uma segunda etapa menos agressiva.
ocorre antes dos 30 anos de idade e há uma Conclusões: Atualmente a paciente
leve predileção pelo sexo feminino. encontra-se em acompanhamento
Quando acometem os maxilares, a ambulatorial anual com sete anos de pós-
mandíbula é o local mais comum. Este operatório da primeira cirurgia, sem
trabalho se propôs a apresentar um caso de apresentar alterações.
osteoblastoma na mandíbula em uma
criança de sete anos de idade.
Método: Com o diagnóstico de
osteoblastoma, a paciente foi submetida
primeiramente a uma curetagem
intralesional seguida de uma
marsupialização da lesão, para reduzir o
volume e permitir um segundo período
cirúrgico mais conservador. Em uma
segunda cirurgia foi realizada a enucleação
e instalação de placa de titânio afim de
evitar possível fratura.
Resultados: Não houve recorrência da
lesão dentro de dois anos, no entanto a
paciente se envolveu em um acidente
automobilístico que resultou em fratura da
placa de titânio, necessitando assim de
nova intervenção para substituição da
fixação interna.
Discussão: O tratamento realizado se
mostrou satisfatório. A lesão respondeu ao

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1940

PERDA DA VISÃO DECORRENTE DE


INFECÇÃO ODONTOGÊNICA:
RELATO DE CASO
Mariana Silva Campos; Alan Ardisson; Ronan Matheus Virgílio da
Silva; Hernando Valentim da R. Junior

A propagação da infecção de origem que culminou na amaurose do olho direito.


odontogênica pelos espaços faciais é um A anatomia da órbita e as estruturas
mecanismo bastante conhecido e discutido circundantes, predispõe estes tecidos a
que causa grande preocupação nas graves seqüelas quando uma infecção se
infecções maxilofaciais. Dessa forma, o espalha para esta área. A falta da drenagem
objetivo desse trabalho foi relatar um caso linfática e numerosos espaços de tecidos
clínico e revisar a literatura sobre a moles viabilizam o estabelecimento e a
possibilidade de uma infecção de origem extensão da infecção na região periorbital.
odontogênica levar o paciente a perda total Uma avaliação oftalmológica completa é
da visão. Foram consultados artigos essencial antes e durante o curso do
indexados as plataformas ScienceDirect, tratamento. Em casos de celulite orbitaria,
Pubmed e Google Acadêmico, publicados intervenções cirúrgicas podem ser
em inglês e português, utilizando as consideradas para drenar adequadamente
palavras-chave: “fascial space infection”, o pus, liberar pressão sobre a órbita e obter
“odontogenic infection” e “blindness”. O uma cultura. O seio maxilar pode ser lavado
caso clínico discorre a respeito de uma para ajudar a acelerar a resolução da
paciente de 67 anos, gênero feminino, que infecção, além do uso da antibioticoterapia
foi internada no Hospital Caxias D`or com endovenosa. Pode-se concluir que a
queixa de dor e aumento de volume em infecção orbitária derivada de infecção
lado direito face. A investigação por exame odontogênica é uma complicação rara,
tomográfico demonstrou sinusite maxilar e entretanto, pode causar a perda da visão de
celulite orbitária à direita, associado a forma rápida e progressiva. Deve-se
focos de infecção do periápice dos destacar a importância de um exame
elementos 14 e 15. Com objetivo de clínico minucioso quando diante de uma
eliminar a sintomatologia vigente, celulite orbitária, a fim de se investigar
realizou-se terapia antibiótica endovenosa uma possível causa odontogênica, visto os
com Clavulin 1g, e, posteriormente, com meios de propagação dessa variante de
regressão da celulite facial, a extração dos infecção, além disso, o manejo
dentes acometidos. Entretanto, a paciente multidisciplinar é de suma importância
evoluiu com processo de endoftalmite, o para a resolubilidade desses casos.
Referências: JOHN D. BULLOCK, MD, AND JOHN A. FLEISHMAN, MDt. The Spread of Odontogenic
Infections to the Orbit: Diagnosis and Management. J Oral Maxillofac Surg 43:749-755. 1985.

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5-9 de setembro de 2017
681
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1944

TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR


DE CISTO DENTÍGERO BILATERAL EM
PACIENTE NÃO SINDRÔMICO
Samuel Macedo Costa; Polianne Alves Mendes; Leandro Napier de
Souza; Eduardo Pereira Guimaraes; Eduardo Morato de Oliveira

Introdução: O cisto dentígero é o tipo ameloblastoma, portanto foi preconizada a


mais comum de cisto odontogênico realização de biópsia incisional das lesões
podendo ocorrer em pacientes de toda as com posterior marsupialização, afim de
faixas etárias, com leve predileção pelo realizar a descompressão cística e permitir
sexo masculino. Entretanto a apresentação a erupção dos dentes envolvidos. O exame
bilateral é extremamente rara, estando anatomopatológico revelou cisto dentígero
usualmente relacionada com pacientes para ambas as lesões e o caso segue em
sindrômicos. Aspectos clínicos não são acompanhamento, sem complicações pós
comuns e estão reservados para lesões operatórias e início de erupção dos dentes
extensas, devido ao crescimento lento e envolvidos.
intraósseo desta lesão. Este trabalho relata Discussão: O cisto dentígero é o tipo mais
tratamento cirúrgico conservador de cisto comum de cisto odontogênico podendo
dentígero bilateral em paciente pediátrico ocorrer em pacientes de toda as faixas
não sindrômico. etárias, com leve predileção pelo sexo
Métodos: Paciente GHS, 7 anos, masculino. A literatura aponta para duas
masculino compareceu ao Centro de patogêneses usuais, uma de
Especialidades Odontológicas-Varginha desenvolvimento e o outra inflamatória
com queixas álgicas em mandíbula por natureza. A abordagem clínica para a
bilateral. Na anamnese não foram lesão é a mesma independentemente da
detectadas alterações sistêmicas ou patogênese em questão. O processo de
síndromes. À oroscopia não se observavam descompressão cística promovido pela
sinais ou sintomas de infecção ou marsupialização é uma abordagem
processos patológicos, entretanto existia o conservadora e o acompanhamento com
atraso na erupção dos dentes 36 e 46. Ao exames clínicos e de imagem é de suma
exame de imagem observou-se lesão importância para manter o caso sob
radiolúcida unilocular de grande extensão controle clínico.
bilateralmente, uma envolvendo o dente 36 Conclusão: Apesar de comum, o cisto do
semi-incluso e outra envolvendo o dente dentígero pode trazer dificuldades para o
46, incluso. Os diagnósticos diferenciais cirurgião bucomaxilofacial em sua rotina
para este quadro são o cisto dentígero, clínica, devido a sua sintomatologia rara.
ceratocisto odontogênico e

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Portanto este deve ter conhecimento


anatômico, patológico e cirúrgico para o
correto diagnóstico e abordagem clínica.

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1946

OSTEONECROSE MANDIBULAR CAUSADA


PELO USO DE BIFOSFONATO:
RELATO DE CASO
Mainara Bassetto; Katheleen Miranda; Elvira Katherine Barriga
Flores; Luciana Signorini

A osteonecrose ocorre quando o processo purulenta ativa, sem exposição de tecido


natural de remodelação óssea que é ósseo na região de mandíbula esquerda.
mediado pelos osteoblastos e osteoclastos Paciente foi orientada sobre o uso do
é interrompido; a osteonecrose mandibular alendronato e seu efeito colateral
ou maxilar pode advir de uma complexa relacionado a osteonecrose; possível
interação entre o metabolismo ósseo, etiologia associada à exodontia. Foi
trauma local, infecção, hipovascularização iniciado tratamento medicamentoso
e o uso de medicamentos, sendo uma conforme protocolo da AAOMS - 2014 -, e
alteração patológica. Embora esta não se obteve sucesso. Em 30 dias, a
complicação possa ser espontânea, paciente retornou com secreção purulenta
procedimentos invasivos orais podem ter ativa e ao exame de imagem atualizado
um papel fundamental de risco como revelou sequestro ósseo local, a mesma foi
extrações dentárias, ou cirurgias de nível encaminhada para remoção hospitalar do
mais avançado. Como principais fatores de sequestro ósseo local sob anestesia geral.
risco para o desenvolvimento da Com sete meses de controle, está em ótima
osteonecrose mandibular estão as evolução, sem dor, sem secreção e ao
infecções dentárias e doença periodontal. exame de imagem comprova-se
O caso relatado se refere a paciente do sexo neoformação no local da lesão e ausência
feminino, 82 anos, que foi encaminhada de novo sequestro ósseo.
para a especialidade de Cirurgia
Bucomaxilofacial, indicado pelo
Estomatologista, para avaliação de lesão
osteolítica em mandíbula, com secreção
ativa. Ao exame clínico paciente relatou
fazer uso de bifosfonato (alendronato) por
4 anos, o histórico médico apresenta:
artrose (já com prótese bilateral de ombro),
cardiopatia e diabetes de difícil controle.
Ao histórico odontológico relatou ter
realizado exodontia do 46 à três meses. Ao
exame intraoral apresentou secreção

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1950

UTILIZAÇÃO DE ULTRASSONOGRAFIA PARA


AUXILIAR NA APLICAÇÃO DE ETHAMOLIN®
INTRALESIONAL: RELATO DE CASO
Anderson Maikon de Souza Santos; Francisco Paulo Araújo Maia;
Sirius Dan Inaoka; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique
Barbosa Luna

Introdução: O hemangioma é uma Resultados: Após a 8ª aplicação foi


neoplasia benigna de origem vascular que notada esclerose completa da lesão e a
afeta a região de cabeça e pescoço em cerca paciente segue em acompanhamento.
de 60% dos casos, tendo predileção por Discussão: Vários métodos de tratamento
mulheres. O diagnóstico preciso dessa para os hemangiomas são descritos na
lesão é fundamental para que seja literatura, como: acompanhamento,
empregado o tratamento mais adequado e laserterapia, escleroterapia, corticoterapia,
diminua a possibilidade de intercorrências radioterapia e excisão cirúrgica, sendo a
e complicações. O presente trabalho escleroterapia o método de escolha para o
objetiva apresentar um caso clínico de caso hora apresentado. A utilização da
hemangioma envolvendo a região bucal. Ultrassonografia para meios diagnósticos é
Métodos: Paciente do gênero feminino, bastante relatada na literatura e seu uso
14 anos, procurou o serviço se queixando neste caso foi de extrema importância,
de aumento de volume em região geniana tendo em vista que além do caráter
direita. Ao exame clínico apresentava lesão diagnóstico foi relevante para reduzir
de consistência macia e sem quadro álgico danos a estruturas, como: ducto salivar e
associado. Após realização de punção vasos que permeiam a região.
aspirativa, que revelou líquido Conclusão: Desta forma foi possível
sanguinolento, foi levantado diagnóstico notarmos que a ultrassonografia pode ser
inicial de hemangioma, sendo confirmado um meio barato e eficaz para auxiliar na
por meio de ultrassonografia com doppler. aplicação de substâncias dentro de lesões
Com base neste diagnóstico foi empregado presentes nos tecidos moles.
tratamento com Ethamolin® (0,25ml para
0,75 ml de água destilada), sendo utilizado
equipamento de ultrassonografia (General
Eletronic, LOGIQ P6) para auxiliar na
aplicação intralesional desta medicação,
visando diminuir possíveis danos a
estruturas nobres presentes nos tecidos
adjacentes.

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1963

MIOEPITELIOMA PLASMOCITÓIDE BENIGNO EM


PALATO DURO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Jéssica Louzada Sandri Rocha; Karoline Araujo Lima; Rafael Saraiva
Torres; Saulo Lôbo Chateaubriand do Nascimento; Joel Motta
Junior

Mioepiteliomas são geralmente tumores aumento de volume. O tecido foi


benignos derivados das células divulsionado até a exposição da lesão que
mioepiteliais representando cerca de 1% foi removida com margem de segurança,
das neoplasias das glândulas salivares. Não fixada em formaldeído 10% e encaminhada
possuem predileção por gênero e para avaliação histopatológica fornecendo
acometem preferencialmente adultos o diagnóstico final de mioepitelioma
jovens. São classificados plasmocitóide benigno. Ao exame
morfologicamente de acordo com o tipo histopatológico podem-se observar células
celular em quatro formas: plasmocitóide, ovaladas com citoplasma eosinofílico e
epitelióide, fusiforme e de células claras. configuração morfológica plasmocitóide,
São comumente encontrados na região da interpretadas como células neoplásicas de
parótida ou das glândulas salivares origem mioepitelial, imersas em tecido
menores do palato mole. Este trabalho tem conjuntivo denso não modelado. Não
por objetivo relatar um caso de foram encontrados indícios de malignidade
mioepitelioma plasmocitóide benigno em como figuras mitóticas, necrose,
palato duro. Paciente, gênero feminino, 30 hemorragia ou infiltração de tecidos
anos, feoderma, compareceu ao serviço de adjacentes, caracterizando uma neoplasia
Residência em Cirurgia e Traumatologia benigna. Difere histologicamente do
Buco-Maxilo-Facial da Universidade do adenoma pleomórfico por possuir pouco ou
Estado do Amazonas - UEA apresentando nenhum componente ductal. Sua
ao exame clínico intra-oral um manifestação em palato duro é pouco
abaulamento recoberto por mucosa oral citada na literatura e seu tratamento na
íntegra, indolor, bem circunscrito, de cavidade bucal é a excisão cirúrgica com
aproximadamente 2,5 x 1,5 cm em palato margem de segurança, apresentando
duro, segundo o paciente com evolução de prognóstico favorável com pouca ou
6 meses. A hipótese diagnóstica inicial foi nenhuma taxa de recidiva. No pós-
de adenoma pleomórfico. Foi solicitada operratório a paciente não apresentou
uma tomografia computadorizada onde queixa álgica, sinais de infecção ou recidiva
não foi verificado acometimento da após 6 meses. Atualmente encontra-se
cortical óssea maxilar. A conduta clínica foi proservação, com um acompanhamento de
a realização de uma biópsia excisional da dois anos. Com possibilidade de infiltração
lesão, com uma incisão de local ou metástases o acompanhamento
aproximadamente 2 cm na região do pós-operatório se faz importante.

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1967

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE LIPOMA EM


REGIÃO MAXILOFACIAL: RELATO DE CASO
Vinícius Dantas de Oliveira; Nilton Provenzano; Andre Vitor Alves
Araujo; Daniel de Assuncao Cerqueira; Lorenzzo de Angeli
Cesconetto

O lipoma é a neoplasia mesenquimal de maior prevalência,


sendo raro na região maxilofacial representando de 1 a 5% dos
tumores bucais. Apresenta etiologia desconhecida, porém suas
possíveis causas podem incluir, trauma, infecção, irritação
crônica e alteração hormonal. Geralmente são lesões
assintomáticas e se manifestam como massas nodulares, de
superfície lisa e macia a palpação, tendo com principais
localizações intraorais, a mucosa jugal e o fundo de vestíbulo. Ao
exame histopatológico se observa proliferação de células
trapezoidais, de citoplasma claro, volumoso e exibindo núcleo
deslocado para periferia. Este trabalho tem por objetivo relatar
um caso de um lipoma em mucosa jugal na região de corpo
mandibular esquerdo, em um paciente do gênero masculino,
melanoderma, 53 anos, que procurou atendimento odontológico
devido a queixa estética. O tratamento cirúrgico instituído foi a
biópsia excisional da lesão, com acompanhamento de 12 meses
sem recidiva.

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1976

ESCLEROTERAPIA EM HEMANGIOMA
PERIFÉRICO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Lilibeth Aragão Peres; Mariana Conceição André de Lima Oliveira;
Lisane Barreto Cerqueira; Eugenizia Vieira de Oliveira Silva; Jener
Gonçalves de Farias

Introdução: O hemangioma é um tumor este período inexistem sinais clínicos de


vascular benigno comum na região recidiva.
maxilofacial, proveniente da proliferação Considerações Finais: A injeção
anormal de vasos sanguíneos e acomete intralesional de agentes esclerosantes,
frequentemente a cavidade bucal. A como o oleato de monoetanolamina,
escleroterapia com oleato de quando é seguida sua indicação correta,
monoetanolamina tem sido utilizada no mostrou ser um tratamento capaz de
tratamento do hemangioma periférico, por proporcionar uma involução do
promover involução rápida da lesão. hemangioma de modo seguro, eficaz,
Objetivo: Elucidar um caso clínico de rápido, pouco invasivo, menos oneroso,
hemangioma periférico em lábio inferior, com mínimo comprometimento estético e
em que foi proposto como opção menor morbidade.
terapêutica a esclerose química, realizando
infiltrações intralesionais de agente
esclerosante.
Métodos: Paciente, 58 anos, gênero
masculino, cursando com lesão arroxeada
assintomática em região de lábio inferior à
esquerda, caracterizada por crescimento
espontâneo. Através do exame clínico e do
uso da manobra semiotécnica de
vitropressão, chegou-se ao diagnóstico de
hemangioma periférico. Diante das
dimensões e localização da lesão, optou-se
por realizar a escleroterapia com o oleato
de monoetanolamina à 5% diluído em
solução anestésica e soro glicosado com
nove aplicações intralesionais. Após as
intervenções, o acompanhamento pós
escleroterapia do paciente durante
aproximadamente 03 anos revelou êxito do
tratamento realizado, uma vez que após

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1979

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE VARIAÇÃO


ANATÔMICA MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Mariana Pasa Rosa; Nayara Silva de Gouvêa; Gilson Cesar Nobre
Franco; Fabiana Bucholdz Teixeira Alves

Introdução: A associação da tríade diagnóstico diferencial e definitivo foi


anamnese, exame clínico e complementar 1
solicitado exame de imagem do tipo TCFC.
torna-se indispensável para elaboração de Pós análise tomográfica descartou-se a
um diagnóstico bucal conclusivo em possibilidade de cisto ósseo e a partir de
ambiente odontológico. O uso de exames cortes multiplanares e reconstrução 3D
de imagem do tipo tomografia projetadas pelo software Blueskybio, foi
computadorizada de feixe cônico (TCFC)2 observado a presença de alteração
consiste em um avanço, contribuindo para mimetizando variação anatômica na região
diagnóstico de lesões do complexo anterior interna de mandíbula (fóvea
maxilomandibular. sublingual) caracterizado por uma
Objetivo: O objetivo deste estudo será exacerbada depressão óssea com
demonstrar o uso de exame complementar diminuição de espessura mandibular no
no diagnóstico diferencial de variação sentido vestíbulo-lingual fechando assim o
anatômica mandibular. diagnóstico. Por meio de fins éticos o
Termo de consentimento livre e
Relato de caso: Paciente K.M, feminino,
esclarecido foi assinado pelo paciente.
22 anos, compareceu a clínica
odontológica, solicitado exame Discussão: A associação de exames
complementar por meio de radiografia radiográficos tem contribuído
panorâmica afim de estabelecer o plano de imensamente para diagnósticos no
tratamento. Mediante visualização de ambiente odontológico.
radiografia foi possível identificar a Considerações finais: Conclui-se que o
presença de área radiolúcida com halo uso de exames complementares para
radiopaco em região anterior de mandíbula elaboração de diagnóstico diferencial se
de pré-molar a pré-molar (sínfise) com torna primordial nestes casos, sendo
laudo, hipótese diagnóstica de cisto ósseo imprescindível a associação desses para
simples, para análise e elaboração de confirmação diagnóstica.
Referências:
1
BARROS, M.C.S; CRAL, W.G; BULLEN, I.R.F.R; CAPELOZZA, A.L.A. Utilização e vantagens da
Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico em Universidade Pública. REV ASSOC PAUL CIR
DENT 2015, v.69, n.4, p.336-9.
2
CHOI, I.G.G; CHILVARQUER, I; TURBINO, M.L; SILVA, R.L.B; DUAILIBI NETO, E.F; LLLIPRONTI
FILHO, E. Estudo da atual utilização da TCFC pelos Cirurgiões-Dentistas nas diversas especialidades.
Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent; v.69, n.1, p.36-42, 2015.

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1980

ABORDAGEM CIRÚRGICA COMBINADA


PARA TRATAMENTO DE MUCOCELE EM SEIO
FRONTAL: RELATO DE CASO
Roberta Karoliny de Almeida da Matta; Bruno Thiago Cruz e Silva;
Suellen Helena Silva da Silva; Fernando Jordão de Sousa Junior

Introdução: A mucocele dos seios imagem, TC e RM, observou-se lesão de


paranasais é uma lesão benigna, cística e de aspecto cístico, expansiva e bem
caráter expansivo que pode comprometer delimitada. Ao corte coronal, foi observado
estruturas nobres adjacentes. Sua velamento do seio frontal, e no corte axial,
etiopatogenia está relacionada à obstrução velamento parcial do seio maxilar esquerdo
do óstio de drenagem do seio paranasal e comunicação da lesão na parede posterior
envolvido. Os exames diagnósticos são a do seio frontal com a cavidade
tomografia computadorizada (TC) e intracraniana. Como tratamento, optou-se
ressonância magnética (RM). A conduta pela abordagem cirúrgica combinada. A
terapêutica na maioria dos casos é equipe de otorrinolaringologia iniciou o
cirúrgica. Pode ser realizada por via procedimento por via endoscópica,
externa, interna ou combinada. acessando o óstio do seio frontal. Em
Objetivo: Descrever a abordagem seguida a CTBMF realizou o acesso
cirúrgica combinada para o tratamento de bicoronal, osteotomia para confecção de
mucocele em seio frontal. janela óssea e acesso à lesão. O conteúdo
purulento encontrado na lesão foi drenado.
Relato de caso: Paciente M.F., 58 anos de
A otorrinolaringologia restabeleceu o
idade, feoderma, encaminhada pela
mecanismo de drenagem do óstio que se
neurocirurgia ao ambulatório do serviço de
encontrava obliterado e inseriu uma sonda
CTBMF do Hospital Ophir Loyola para
do seio frontal para a cavidade nasal. Em
avaliação e conduta da patologia já
seguida, a neurocirurgia fechou a discreta
diagnosticada como mucocele em seio
comunicação da parede posterior do seio
frontal, com evolução média de dois anos,
frontal com a dura-máter, com enxerto de
queixando-se de assimetria facial, cefaleia
gálea e cola biológica. Por fim, o fragmento
frontal intermitente e sem histórico
da janela óssea foi reposicionado e fixado,
anterior de sinusite, trauma ou tumor.
bem como a osteoplastia na região de
Negava rinorréia e outras alterações
remodelação óssea supraorbital. Após
otorrinolaringológicas. Ao exame clínico,
sutura em planos, foi realizado curativo
apresentava abaulamento em região
compressivo. A paciente evoluiu sem
supraorbital esquerda, exoftlamia e pstose
intercorrências no pós-operatório.
da pálpebra superior. Aos exames de

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: No momento encontra-se em


acompanhamento regular de seis meses,
sem evidências de recidiva ou nova lesão
comprovado por exame clínico e controle
tomográfico.

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1984

A INCIDÊNCIA DO ADENOMA PLEOMÓRFICO


NAS REGIÕES DA: PARÓTIDA, PALATO E
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR
Gabriel Quaglia Pedrosa; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Objetivo: Relatar a incidência do adenoma pleomórfico nas


regiões da: parótida, palato e glândula submandibular, relatando
alguns artigos presente na literatura.
Método: A metodologia usada foi embasada em artigos e livros
relevantes sobre o assunto.
Resultado: O adenoma representa cerca de 53% a 77% dos
tumores de parótida, 44% a 68% dos tumores da glândula
submandibular e 33% dos tumores de glândulas salivar
menor/palato.
Conclusão: O tratamento para o adenoma é cirúrgico
entretanto é necessário exames clínico, imagens para ter uma
precisão de diagnóstico.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1985

ENUCLEAÇÃO DE LESÃO PATOLÓGICA PRÓXIMA DO


FORAME MENTONIANO COM AUXÍLIO DE
PIEZOTOMO: RELATO DE CASO
Erick Gomes Perez; Renato Rocha Monteiro; Elizabeth Ferreira
Martinez; Marcelo Henrique Napimoga; Júlio Cesar Joly

Introdução: Lesões patológicas próximas de ter a vantagem de não lesar tecidos


a estruturas nobres, cujo tratamento moles.
necessite de intervenção cirúrgica, Conclusão: Utilizar o piezotomo em
representam um desafio para o cirurgião, procedimentos que envolvam osteotomias
devido ao risco de injurias neurosensoriais. próximas a estruturas nobres pode
Métodos: Paciente F. B., 21 anos, diminuir a morbidade, além de diminuir o
caucasiano, foi submetido a exame desgaste ósseo, e favorece um pós-
radiológico de rotina, e foi observada a operatório com menor índice de
presença de um dente supranumerário, complicações.
associado a uma imagem sugestiva de
odontoma composto, na região entre os
elementos dentários 44 e 43. O dente
supranumerário, os odontomas e a lesão
cística foram removidos através de
osteotomia com o auxílio de um
piezotomo.
Resultados: O paciente foi reavaliado no
7º dia pós-operatório, e as suturas foram
removidas. O paciente negou parestesia, e
relatou não ter utilizado a medicação
analgésica prescrita devido a ausencia de
dor.
Discussão: Em procedimentos cirúrgicos
nas proximidades de estruturas nobres, tais
como o forame mentual, a probabilidade de
lesões e sequelas aumenta
consideravelmente. Para a realização das
osteotomias, o cirurgião pode optar pela
utilização de um piezotomo, que possui
maior precisão em relação as fresas, além

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1993

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMA


MANDIBULAR ATRAVÉS DE ACESSO INTRAORAL:
RELATO DE CASO
Yuri Campelo Fraga; Gabriel Silva Andrade; Daniel Ximenes da
Silveira; Raíssa Furtado Papaleo

Osteomas são tumores benignos, evolução de cinco anos, sem


constituídos de osso maduro compacto ou sintomatologia dolorosa. Ao exame físico,
esponjoso. São essencialmente restritos ao apresentou um aumento de volume em
esqueleto craniofacial, ocorrendo com região de corpo mandibular direito, de
maior frequência na mandíbula, sendo consistência endurecida, pediculada e sem
raramente diagnosticados em outros ossos. mobilidade. Ao exame tomográfico,
Sua frequência é maior em homens, entre a apresentou imagem sugestiva de osteoma
segunda e quinta décadas de vida, sendo periférico unilateral. Foi escolhido como
sua etiopatogenia amplamente discutida, forma de tratamento a abordagem cirúrgica
podendo ser de origem reacional, com ressecção da lesão e osteoplastia
traumatológica, inflamatória, ou alteração mandibular através de acesso intraoral. O
na fisiologia óssea. Esta lesão está transoperatório ocorreu sem
associada, comumente, a pacientes intercorrência, com o cuidado da proteção
portadores da Síndrome de Gardner. O dos tecidos moles. Estudo histopatológico
objetivo do presente trabalho é relatar o foi realizado, confirmando o diagnóstico
tratamento cirúrgico de um osteoma clínico de osteoma periférico. E a
isolado em região de corpo mandibular. endoscopia intestinal não mostrou
Relato do caso: paciente do gênero presença de pólipos. O acompanhamento
feminino, 66 anos de idade, com queixa de pós-operatório de seis meses ocorreu sem
aumento de volume em mandíbula, complicações. O tratamento realizado
causando notável assimetria facial e mostrou-se satisfatório à paciente,
dificuldade na convivência social. A mesma investigando a lesão e excluindo patologias
relatou que a lesão teve um tempo de malignas.

Referências: 1) BULUT, E.; ACIKGOZ A.; OZAN B.; GUNHAN O. Large peripheral osteoma of the
mandible: a case report. Int J Dent. 2010. P.61. 2) NEVILLE, B.W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 3.
ed. Rio de Janeiro: Elservier, 2009. 3) RODRIGUEZ, B.R.; RIZZO, S.G.; GALIOTO S.L. Mandibular
traumatic peripheral osteoma: a case report. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2011,
112(6):e44-8.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

1997

OSTEOMIELITE ASSOCIADA A FRATURA MANDIBULAR


TARDIA APÓS EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR
INFERIOR:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Giovana Maria Weckwerth; Henrique Cassebe Ledo Pelegrine; Michele
Alves Garcia; Claudio Maldonado Pastori; Paulo Zupelari Gonçalves

Introdução: Exodontias são os fratura apresentavam aspecto neoplásico,


procedimentos cirúrgicos mais realizados com cortical óssea abaulada, pontos
por cirurgiões-dentistas. Complicações necróticos e extensa área de supuração. O
como infecções, fraturas ósseas entre diagnóstico clínico foi de OSTM. Realizou-
outras podem ocorrer1,2. A Osteomielite se então biópsia incisional do material
(OSTM) é a complicação pós-operatória necrótico e fixação provisória com placa
mais grave e de difícil resolução, rígida do sistema 2.0 para osteossíntese na
decorrente de exodontias, e fraturas base mandibular, que seria removida
patológicas mandibulares são raras, mas futuramente com base no laudo
podem ocorrer após infecções, e sua anatomopatológico. Foi prescrito
incidência é menor que 0,005% 1,2. A falta Ciprofloxacino (500mg) associado a
de planejamento pré-operatório e de Metronidazol (400mg) durante 10 dias após
experiência do profissional podem a cirurgia. O exame anatomopatológico
contribuir para a ocorrência das fraturas. revelou OSTM Crônica com focos de
Métodos: Será relatado o caso clínico de necrose intertrabecular. Foi realizada
um paciente de 40 anos de idade, então uma segunda cirurgia, para exérese
encaminhado ao Serviço de Cirurgia e óssea da área com OSTM associada a
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da enxerto ósseo córtico-medular de crista
Santa Casa de Pederneiras - SP cerca de um ilíaca autógena para osteossíntese
mês após ocorrência de fratura no corpo mandibular. O paciente foi acompanhado
mandibular direito derivada de uma posteriormente durante 3 meses, sem
exodontia do 47. Em radiografia recidivas do quadro infeccioso, com
panorâmica observou-se linha de fratura restabelecimento da oclusão e anatomia
no corpo mandibular direito, e ao exame tecidual local.
clínico constatou-se a presença de oclusão Resultados: O paciente apresentou cura
instável, com supuração alveolar, edema do quadro infeccioso e restabelecimento
submandibular, e hálito necrótico. Foi funcional do sistema estomatognático.
planejada cirurgia para síntese da fratura Discussão: OSTMs são a mais freqüente
mandibular. No transoperatório, causa de fraturas patológicas da
entretanto, constatou-se que os cotos da mandíbula, e seu tratamento consiste em

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

remoção do osso necrótico associado a


antibióticoterapia2. Como apresentado em
nosso caso clínico.
Conclusão: O tratamento da OSTM
quando diagnosticado e realizado de
maneira correta apresenta bons índices de
sucesso e baixa recidiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2001

PATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL; ADENOMA


PLEOMÓRFICO: RELATO DE CASO
Osmar Marqevix; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

É a neoplasia de glândula salivar mais comum, representa cerca


de 53% a 77% dos tumores de parótida, 44% a 68% dos tumores
da submandibular e 33% a 43% dos tumores de glândulas salires
menores. Independentemente do sítio de origem, o adenoma
pleomórfico se apresenta como um aumento de volume firme,
indolor e de crescimento lento. Podendo ocorrer em qualquer
faixa etária, sendo mais comuns em adultos jovens e de meia-
idade entre 30 e 60 anos. A maioria dos adenomas pleomórficos
da glândula parótida ocorrem no lobo superficial e se
apresentam como um aumento de volume sobre o ramo da
mandíbula à frente da orelha. Paciente sexo feminino, 61 anos
de idade, leucoderma, apresentando ao exame clínico aumento
de volume em região submandibular, lado esquerdo, indolor e
que foi aumentando ao passar do tempo, conforme paciente
relatou. Solicitado exames pré-operatórios e encaminhada
paciente para realização de procedimento cirúrgico de Ressecção
de lesão benigna, com a identificação e preservação do nervo
facial. Encaminhado a peça cirúrgica, medindo cerca de 2,0x1, 5
cm, para exame histopatológico, onde se confirmou em se tratar
de um Adenoma Pleomórfico.

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697
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2010

PATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL;
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO:
RELATO DE CASO
Osmar Marqevix; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

O Ceratocisto Odontogênico (C.O) surge apartir dos restos


celulares da lâmina dental. Podem ser encontrados em pacientes
com idade variável, desde a infância até a velhice, mas cerca de
60% de todos os casos são diagnosticados em pessoas entre 10 e
40 anos. A mandíbula é acometida em 60% a 80% dos casos, com
uma marcante tendência para o envolvimento do corpo posterior
e do ramo da mandíbula. Pequenos C.O geralmente são
assintomáticos, mas os de grandes dimensões podem estar
associados a dor, edema ou drenagem. Os C.O tendem a crescer
em uma direção ântero-posterior, dentro da cavidade medular
do osso, sem causar expansão óssea óbvia. A reabsorção das
raízes dos dentes erupcionados adjacentes aos C.O é menos
comum do que a notada com os cistos dentígero e radicular.
Paciente sexo masculino, leucoderma, apresentando ao exame
clínico aumento de volume em região mandibular esquerda,
assintomático e crescimento rápido. Ao exame Tomográfico
paciente apresentava uma lesão unilocular radiolúcida,
envolvendo os dentes 33 e 34. Solicitado exames pré-operatórios
e encaminhado paciente para procedimento cirúrgico de
Ressecção completa de lesão benigna. Encaminhado a peça
cirúrgica para exame histopatológico, onde se confirmou em se
tratar de um Ceratocisto Odontogênico Unilocular.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2011

TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTICO:


ABORDAGEM COMPLEMENTAR COM USO
DE SOLUÇÃO DE CARNOY
Saulo Akio; Tayna da Silva Barral; Brenda Larissa Sousa de Oliveira;
Milena Gomes Melo Leite; Francisco Amadis Batista Ferreira

Introdução: O Tumor Odontogênico enucleação de cisto e curetagem, realizada


Ceratocístico (TOC) ocorre em ampla faixa três aplicações de 5 min por meio de gazes
etária, com pico de incidência entre a embebidas da solução de Carnoy, irrigação
segunda e terceira década de vida, de abundante com SF0,9% nos intervalos e
natureza neoplásica tem como aspiração constante para proteção de
característica a agressividade e alto índice tecidos moles, seguido de
de recidiva. Devido à grande frequência de reposicionamento dos tecidos e sutura,
recorrência da lesão, diversas formas de recebeu alta após 48hs e encontra-se em
tratamento têm sido propostas para o TOC proservação de 32 meses.
tais como enucleação com uso da Solução Conclusão: O TOC possui um
de Carnoy, marsupialização seguida de comportamento específico e elevadas taxas
enucleação com Solução de Carnoy, de recidiva, a terapia complementar com a
ressecção com enxerto ósseo imediato e os solução de Carnoy foi uma alternativa
agressivos como hemimandibulectomia e valiosa para o tratamento do TOC, pois
reconstrução condilar com prótese.O preveniu um tratamento mais radical,
objetivo desde trabalho é relatar o caso de diminuindo a morbidade do procedimento
F.B.A 43 anos, acompanhado há 10 anos cirúrgico e promoveu uma ótima
pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia cicatrização do sítio da lesão, o índice de
Bucomaxilofacial (CTBMF) da fundação complicações no seu uso é baixo, tornando
Hospital Adriano Jorge, na cidade de sua aplicação segura, desde que os
Manaus, com diagnóstico de TOC cuidados necessários sejam respeitados.
recidivante de região de corpo e ramo
mandibular direito, tratado com
enucleação e curetagem sem uso de
solução Carnoy
Método: Instituiu-se o tratamento
cirúrgico de enucleação e quimioablação
com solução de Carnoy. Paciente sob
anestesia geral, acesso intrabucal com
incisão em rebordo alveolar de corpo e
ramo mandibular direito seguido de

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2013

REABILITAÇÃO ORAL COM ENXERTO DE CRISTA


ILÍACA E IMPLANTES APÓS TRATAMENTO DE
RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA: RELATO DE CASO
Carlos Vinicius Ayres Moreira; Roberto Almeida de Azevedo; Diego
Tosta Silva; Ana Carolina Fraga Fernandes; Ingrid Esteves de
Villemor Amaral

Introdução: Os tumores odontogênicos Método: Paciente A.S., sexo masculino,


fazem parte de um grupo vasto de lesões diagnosticado com ameloblastoma sólido
com origem tanto do epitélio quanto do em mandíbula, no qual optou-se pela
ectomesenquima odontogênico ou misto. ressecção com margem de segurança.
O ameloblastoma apresenta-se como o Posteriormente foi realizada a reabilitação
mais importante, sendo relativamente através de enxerto ósseo de crista ilíaca,
comum, de comportamento benigno, implantes dentários, aprofundamento de
crescimento lento e início assintomático, vestíbulo e prótese sobre os implantes.
porém localmente invasivo e Resultados: O tratamento proposto
frequentemente descoberto por obteve resultado satisfatório tendo em
radiografias de rotina. Podem ser vista as complicações apresentadas pelo
classificados em três tipos: sólido paciente e as diversas abordagens
convencional ou multicístico, periférico ou cirúrgicas realizadas.
extra ósseo e unicístico. Seu tratamento é
Discussão: Diversas dificuldades que este
cirúrgico, variando entre conservador ou
tipo de reabilitação pode apresentar foram
agressivo, dependendo do tipo de lesão. A
manifestadas, principalmente a infecção
opção pelo tratamento deve levar em
após enxertia óssea, onde tornou-se
consideração as principais formas de
necessário a utilização da oxigenoterapia
reabilitação para o paciente, que envolvem,
hiperbárica, sendo uma terapêutica com
principalmente, a devolução da função do
excelentes resultados, e a realização de
sistema estomatognático e estética, sendo
técnicas cirúrgicas para viabilizar os
possível, preferencialmente através das
implantes dentários instalados, como o
técnicas de enxertia óssea e próteses sobre
aprofundamento de vestíbulo.
implantes. O presente trabalho tem como
objetivo relatar um caso de ameloblastoma Conclusão: A reabilitação oral após
sólido em mandíbula, no qual o tratamento ressecção é bem complexa, heterogênia e
de escolha foi a ressecção e posterior interdisciplinar, desta forma as técnicas
reabilitação com enxerto ósseo de crista utilizadas nesse caso apresentam-se como
ilíaca e prótese sobre implantes. uma alternativa importante na
reabilitação, devolvendo funcionalidade e
estética ao paciente.
Referências: B, Freire-Maia. Rehabilitation through Short Implants Following Conservative Surgery
for a Unicystic Ameloblastoma: Case Report. Clinical Research: Open Access, v. 2, n. 1, 2016.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2016

ESCLEROTERAPIA ASSOCIADA À RESSECÇÃO


CIRÚRGICA DE HEMANGIOMA LABIAL:
RELATO DE CASO
Fernanda Schimidt de Freitas; Eduardo Hochuli Vieira; Marisa
Aparecida Cabrini Gabrielli; José Cleveilton dos Santos; Déborah
Laurindo Pereira Santos

Hemangiomas são malformações vasculares de


desenvolvimento consideradas tumores benignos que exibem
uma rápida fase de crescimento, geralmente na infância,
seguida de uma involução gradual. São consideradas lesões
potencialmente danosas por estarem vulneráveis à ulcerações
e sangramentos além de se tornarem um transtorno estético
quando atingem tamanho considerável. Segundo Neville, cerca
de metade dos hemangiomas regredirá completamente aos 05
anos de idade e 90% aos 09 anos de idade. Dessa forma, seu
tratamento inicial consiste no acompanhamento periódico até
a regressão. Entretanto, quando a lesão se torna problemática
ou representa uma ameaça à vida, algumas opções de
tratamento podem ser indicadas, como por exemplo, a terapia
farmacológica à base de corticosteróide ou a escleroterapia
associada à excisão cirúrgica. Este trabalho tem como objetivo
relatar um caso de hemangioma em paciente pediátrico, no
qual o tratamento de escolha foi a remoção cirúrgica após
escleroterapia.
Paciente do gênero masculino, 05 anos, foi admitido no serviço
apresentando lesão de tamanho considerável em lábio
superior. Ao exame clínico, apresentava lesão palpável de
coloração avermelhada, indolor e de consistência mole, cujo
diagnóstico foi de hemangioma. Foi proposto ao paciente
escleroterapia por meio de 03 aplicações injetáveis de
Ethamolin® e glicose 50%, em intervalos de 30 dias, seguido da
excisão cirúrgica da área fibrosada. Em seguimento há 08 anos,
o paciente apresenta excelentes resultados estéticos e
funcionais confirmando o fato de que o diagnóstico e
tratamento precisos de lesões desse tipo trazem benefícios à
longo prazo.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2029

OSTEOMA MANDIBULAR EM PACIENTE


PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Jacquiane Santana Pereira; Laís Ferrante de Faria; Ana Júlia de
Paula Candeia; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: Osteomas são tumores também pode ser dado por outros tumores
ósseos benignos raros, caracterizados pela radiopacos da mandíbula como fibroma
proliferação de osso compacto e/ou ossificante central e osteíte condensante.
esponjoso podendo ser solitários ou A etiologia de osteomas periféricos não é
múltiplos, centrais ou periféricos. O clara, mas a teoria reativa é a mais provável
objetivo deste trabalho é relatar o caso de nos casos de trauma confirmado. Recidivas
paciente fora do padrão de prevalência e a são raras. A prevalência de idade de
eficácia da osteoplastia no procedimento aparecimento dessa lesão é entre a 3ª e 5ª
cirúrgico. década de vida, sendo mais comum em
Métodos: Paciente do gênero feminino, 8 mulheres brancas e tendo a mandíbula
anos de idade, compareceu ao serviço de como localização principal. Sinais clínicos,
Cirurgia BMF do HU da Universidade sintomas e complicações variam de acordo
Federal de Juiz de Fora apresentando no com a localização, tamanho e direção de
exame radiográfico, massa nodular crescimento do tumor. Osteoma solitário
radiopaca localizada na região de ângulo da de mandíbula menor e assintomático,
mandíbula com crescimento proliferativo geralmente não requer nenhum
da cortical vestibular, basilar e lingual. Ao tratamento, apenas acompanhamento
exame clinico constatou-se uma clínico. A intervenção cirúrgica geralmente
tumefação na região submandibular de é indicada para tumores grandes,
ângulo de mandíbula. Foi realizado sintomáticos e dolorosos ou que causam
procedimento cirúrgico com acesso comprometimento funcional. Em
cervical e exérese do tumor e osteoplastia. osteomas grandes a excisão cirúrgica pode
exigir uma maior área aumentando os
Resultados: O exame anatomopatológico
riscos de complicações operatórias e
confirmou o diagnóstico clínico de
possível lesão de estruturas anatômicas,
osteoma. Após a realização da osteoplastia
por isso a decisão de remoção cirúrgica
e exérese tumoral a paciente apresentou
deve ser adequada e cautelosa. Após
um contorno mandibular e cicatrização
remoção cirúrgica o acompanhamento
tecidual satisfatórios.
radiográfico deve ser feito semestralmente
Discussão: Osteomas múltiplos dos durante 3 anos.
maxilares são uma característica da
Conclusão: A osteoplastia é um
Síndrome de Gardner, os tumores não
tratamento eficaz com baixo índice de
sindrômicos geralmente são solitários.
recidiva em osteomas periféricos de
Além disso, o diagnóstico diferencial
mandíbula.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2036

CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO:


RELATO DE CASO
Eduardo Stehling Urbano; Tony Eduardo Costa; Priscila Faquini
Macedo

Introdução: Cisto hemorrágico da demonstraram serem eficazes.Trata-se de


mandíbula consiste em uma lesão rara, uma lesão decorrente de uma hemorragia
denominada de maneira geral como um intramedular pós-traumática. O
cisto, contudo, não possui características tratamento é cirúrgico, pelo acesso à
morfológicas típicas de uma lesão cística cavidade e promoção de uma hemorragia,
sendo considerada de fato como um que levará a neoformação óssea.
pseudocisto.Tem como sinonímias: cisto Método: Apresentamos o caso de uma
ósseo simples, solitário ou cisto ósseo paciente cuja lesão osteolítica, evidenciada
traumático. O cisto hemorrágico se ao exame radiográfico e tomográfico,
apresenta de forma assintomática, quando envolvia os dentes molares inferiores, os
sintomático o paciente pode apresentar: quais responderam de forma parcial ao
dor, sensibilidade dentária e parestesias. teste de vitalidade pulpar. A intervenção
Diagnosticado em exames radiográficos de cirúrgica precoce, contou com a realização
rotina, tendo como características uma do retalho total, identificando e
área radiolúcida geralmente localizada na proservando o nervo mentoniano, seguida
parte posterior da mandíbula. Devido à de punção intra-cística, que evidenciou o
falta de peculiaridades clínicas e conteúdo hemorrágico da lesão,
radiográficas, torna-se fundamental o seu característica do cisto ósseo solitário.
diagnóstico diferencial com outras lesões
Resultados: O adequado manejo
radiolúcidas odontogênicas e não-
preveniu a realização de condutas mais
odontogências, como as periodontites
invasivas ou mesmo uma intervenção
apicais, cisto dentigero, ameloblastoma e
endodôntica desnecessária.
ceratocisto odontogênico. Ocorre nas
primeiras décadas de vida, antes dos 30 Conclusão: Conclui-se que é de suma
anos, não tendo uma predileção de gênero, importância que o cirurgião dentista
tendo maior ocorrência na mandíbula. conheça as características clinicas do cisto
Pode ser encontrada em outras partes do ósseo traumático, de forma a correlacionar
corpo, porém com uma casuística baixa, em adequadamente com os achados
torno de 3,4% dos casos. No que concerne radiográficos e estabelecer os possíveis
à vitalidade pulpar, pode ocorrer um diagnósticos diferenciais, prevenindo
aumento da pressão nas raízes dos dentes assim intervenções mais invasivas,
envolvidos, devido à força traumática, preservando a vitalidade de dentes e
causando uma diminuição da resposta ao realizando o tratamento cirúrgico correto.
teste elétrico. Testes quentes e frios não

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703
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2037

REABSORÇÃO CONDILAR PROGRESSIVA APÓS


CIRURGIA ORTOGNÁTICA: RELATO DE CASO
Jacquiane Santana Pereira; Ana Júlia de Paula Candeia; Laís
Ferrante de Faria; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo
Stehling Urbano

Introdução: A reabsorção condilar está alterações degenerativas da ATM prévias a


relacionada com o aumento anormal de realização de cirurgia ortognática e
carga sobre a articulação disfunção temporomandibular (DTM). Má
temporomandibular (ATM) com oclusão, terapias pré-cirúrgicas e
subsequente reabsorção compressiva do instabilidade oclusal pós-cirúrgica podem
osso. O objetivo deste trabalho é relatar o desencadear a reabsorção condilar, assim
caso de paciente com reabsorção condilar como o deslocamento do disco articular. A
progressiva e deslocamento de disco manifestação clínica é variável, mas
articular após cirurgia ortognática. geralmente se dá por desequilíbrio facial,
Métodos: Paciente do gênero feminino, redução da via aérea, diminuição da
33 anos de idade, com história pregressa de capacidade de abertura de boca,
cirurgia ortognática com ausência de dificuldades de mastigar e má oclusão que
diagnóstico prévio da reabsorção condilar, pode ocasionar Classe II de Angle com
apresentava deslocamento de disco mordida aberta anterior. Ao diagnosticar a
articular, hipomobilidade mandibular e reabsorção condilar é importante ampliar o
reabsorção ativa e progressiva dos côndilos foco partindo de uma doença da cartilagem
mandibulares. No exame clínico a paciente para uma doença de toda a articulação e
apresentava dor articular pré-auricular. O dos vários sistemas biológicos que
diagnóstico foi feito por ressonância interagem na patogênese dessa doença,
magnética e tomografia computadorizada. com possível maior ênfase nas alterações
Foi realizado tratamento medicamentoso, ósseas subcondrais. O diagnóstico é
fisioterápico e splint oclusal. baseado na análise dos fatores de risco,
sintomas característicos como dor,
Resultados: Houve melhora da dor
incapacidade funcional e ruídos
articular e da mobilidade mandibular. O
articulares, exames laboratoriais e exames
acompanhamento trimestral está sendo
de imagens, pois não há um teste que
realizado para monitoramento da
detecta essa patologia.
reabsorção condilar.
Conclusão: Importante ressaltar que é
Discussão: A reabsorção condilar se dá na
fundamental o diagnóstico prévio e manejo
área da ATM onde, pacientes podem ser
terapêutico da reabsorção condilar em
assintomáticos ou apresentar dor articular
pacientes que serão submetidos a
e incapacidade funcional mandibular.
tratamento cirúrgico de deformidades
Acomete principalmente mulheres jovens,
dentofaciais.
que apresentam Classe II com sinais de

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5-9 de setembro de 2017
704
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2041

MANEJO CIRÚRGICO DA OSTEOPETROSE:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Jacquiane Santana Pereira; Laís Ferrante de Faria; Ana Júlia de
Paula Candeia; João Paulo Marinho de Resende; Eduardo Stehling
Urbano

Introdução: Osteopetrose é uma doença anamnese, aspectos clínicos e exames de


genética rara caracterizada pelo imagens. Devido ao grande aumento da
desequilíbrio de formação e reabsorção densidade óssea, nem sempre a biópsia
óssea com aumento da densidade óssea poderá ser realizada. Pode apresentar
causada por uma disfunção osteoclástica. como características clínicas a fragilidade
Este trabalho tem como objetivo através de óssea, alterações dentárias, osteomielite
relato de caso fazer uma análise de (10 a 15% - diminuição da vascularização),
paciente com osteopetrose da maxila e compressão do nervo craniano VIII
mandíbula que resultou em osteomielite (vestíbulococlear), fraturas e dores ósseas,
maxilar e mandibular evoluindo para assimetrias faciais. Nas formas benignas, a
osteonecrose e sequestro ósseo. maioria dos casos podem ser
Métodos: Paciente jovem, gênero assintomáticos, constituindo apenas como
feminino, compareceu ao serviço de achados radiológicos. Entretanto, podem-
Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital se ocorrer fraturas recorrentes sendo a
Universitário da Universidade Federal de forma mais frequente de apresentação. O
Juiz de Fora apresentando dor, processo tratamento pode ser dado através de
inflamatório local com secreção purulenta cirurgia, dieta pobre em cálcio é
e tumefação facial. Ao exame radiográfico considerada benéfica, mas pode causar
contatou-se áreas hipertransparentes em hipocalcemia e raquitismo, já para a forma
túber maxilar e corpo mandibular. Foi maligna da doença, poderá ser feito
realizada a exérese do osso necrosado e transplante de medula óssea.
tratamento cirúrgico de comunicação Conclusão: É fundamental a retirada
bucosinusal. completa do osso necrótico, a associação
Resultados: Houve melhora do processo com antibioticoterapia e cuidados
inflamatório, da dor e da tumefação facial. antissépticos locais para melhora nos
sintomas clínicos. A contenção do processo
Discussão: A osteopetrose é também
progressivo da doença pode ser de difícil
denominada como osso marmóreo ou
controle necessitando acompanhamento
síndrome de Albers-Schöenberg. Esta
periódico devido às recidivas serem
patologia apresenta limitado suplemento
comuns. Casos de osteopetrose afetados
sanguíneo e mínimos espaços medulares. A
por osteomielite devem ser tratados o mais
osteopetrose está comumente associada à
breve possível para evitar maiores
osteomielites tendo a mandíbula como
deformações nos pacientes.
sítio mais comum. O diagnóstico se dá por

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5-9 de setembro de 2017
705
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2044

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMA


PERIFÉRICO EM RAMO DE MANDÍBULA
Priscilla Sarmento Pinto; Anderson Maikon de Souza Santos; Diego
Dantas Moreira de Paiva; Rodrigo Toscano de Brito; Marcos Antônio
Farias de Paiva

Introdução: O osteoma é um tumor ósseo cirúrgica por acesso retromandibular e


benigno, de crescimento lento, indolor, posterior análise histopatológica, onde
encontrado principalmente no esqueleto confirmou-se o diagnóstico clínico de
craniofacial. Clinicamente apresenta-se osteoma.
como um aumento de volume, bem Resultado: Atualmente o paciente
circunscrito, firme à palpação, podendo encontra-se com 6 meses de
causar assimetria facial quando atinge acompanhamento, com ausência de
grande extensão. Radiograficamente déficits funcionais e comprometimento
observa-se uma lesão radiopaca e bem estético.
definida. Os locais de acometimento mais
Discussão: O osteoma pode ser
comuns são corpo e côndilo mandibular.
classificado quanto a sua localização em:
Sua etiologia ainda é controversa. Apesar
periosteal (quando atinge o periósteo),
de poder surgir em qualquer idade, esse
central (presente no osso medular), e ainda
tumor atinge principalmente adultos
osteoma cutâneo (lesão acometendo
jovens. O objetivo desse trabalho é relatar
músculo ou derme). Essa lesão pode estar
um caso de osteoma periférico em ramo
relacionada com a síndrome de Gardner,
mandibular.
uma desordem autossômica dominante,
Metodologia: Paciente, LMS, gênero que além de poder apresentar desordens do
masculino, 55 anos de idade, procurou o trato gastrointestinais, pele, tecido mole e
serviço do Hospital Universitário Lauro dentes também apresenta osteomas em
Wanderley com a seguinte queixa: “há ossos longos, crânio e mandíbula.
aproximadamente dois anos vem Osteomas de pequenas extensões podem
crescendo um caroço no meu rosto e queria ser apenas acompanhadas clínico e
retira-lo”, relatou ainda que a lesão era radiograficamente, tendo em vista que as
indolor. O mesmo apresentava boa saúde características das lesões são peculiares e
geral. Clinicamente foi observado aumento não há relatos de malignidade.
de volume na região de ramo mandibular
Conclusão: A abordagem cirúrgica por
do lado esquerdo, com consistência
acesso retromandibular na remoção de
endurecida à palpação. Solicitou-se
lesões benignas como o osteoma, se
tomografia computadorizada, onde foi
mostrou versátil e eficaz para os casos que
observada uma massa nodular, radiopaca e
envolve ramo mandibular.
bem delimitada. Optou-se pela excisão

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706
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2048

TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE:


RELATO DE CASO
Jessica Daniela Andreis; Tito Fernandes; Cristina Zanellato

Introdução: Descrito por Philipsen e Birn envolvendo a coroa do dente 42, com
em 1969 o tumor odontogênico diagnóstico presuntivo de cisto dentígero.
adenomatóide (TOA) é uma neoplasia Métodos: A cirurgia foi realizada com
odontogênica benigna, prevalente na anestesia local e constou da ulectomia do
região anterior da maxila e em mulheres na dente 43, exposição e colagem de um botão
segunda década de vida. Considerado uma com 2 fios ortodônticos na coroa do dente
lesão incomum, sua frequência é de 3% de 42 e curetagem da lesão de aspecto sólido,
todos os tumores odontogênicos e é encapsulada e com limites bem definidos
geralmente descoberto em radiografias de envolvendo a coroa deste dente.
rotina. Clinicamente apresenta-se
Resultados: O exame histopatológico
assintomático e pode exibir expansão óssea
resultou em TOA. A paciente foi
devido ao crescimento tumoral. No seu
reencaminhada para o tracionamento
aspecto radiográfico possui variados
ortodôntico dos dentes retidos e nos
padrões de radiolúcido e radiolúcido-
controles radiográficos de 6 e 12 meses pós
radiopaco, com três variantes: folicular,
operatório houve o reparo ósseo da região
extrafolicular e periférica, sendo que no
curetada, com movimentação parcial dos
padrão folicular a lesão está associada a um
dentes.
dente impactado. Seu diagnóstico
diferencial inclui cisto periodontal lateral e Discussão: O TOA é uma neoplasia
cisto dentígero, podendo estar associado a benigna incomum e possui características
este. As variáveis histológicas incluem o clínicas e radiográficas semelhantes a
padrão lobular, com rosetas e estruturas outras patologias. Dessa forma, é
semelhantes a ductos constituídas por fundamental a realização do exame
células epiteliais colunares, e o padrão histopatológico para estabelecer o
cribriforme-trabecular, com cordões de tratamento definitivo. Esse caso é
células basalóides. O tratamento sugerido característico pela idade precoce da
é a enucleação/curetagem e geralmente paciente e acometimento do dente 42.
não há recidiva. Este trabalho apresenta Conclusão: Nesse contexto,a biópsia e o
um caso de uma paciente de 12 anos laudo histopatológico são essenciais na
encaminhada para tracionamento precisão do diagnóstico e na terapia
ortodôntico-cirúrgico dos dentes 42 e 43 adequada. Além disso, destaca-se a
retidos. A radiografia panorâmica pré- abordagem conservadora como tratamento
operatória evidenciou uma lesão de eleição nos casos de TOA.
radiolúcida, de aspecto cístico unilocular

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5-9 de setembro de 2017
707
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2052

MACROSTOMIA BILATERAL CONGÊNITA


NÃO SINDRÔMICA: RELATO DE CASO
Amanda Lopes Meneses Barroso; Giovanna Siqueira Rolim Arruda;
Joyce Magalhães de Barros; Assis Felipe Medeiros Albuquerque

Introdução: Macrostomia bilateral, objetivando também uma boa estética


também conhecida como fenda Tessier nº7 facial.
ou facial transversa, trata-se de uma Objetivo: Expor o caso de um paciente,
deformidade facial congênita rara, que TSS, 3 anos de idade, que apresenta um
ocorre na sétima semana de gestação, quadro de macrostomia bilateral.
decorrente de uma falha na fusão dos
Relato do Caso: Ao exame clínico foi
processos maxilar e mandibular do
evidenciado fissura rara em comissura
primeiro arco braquial, acometendo mais
bucal bilateral, compatível com o
pacientes do sexo masculino. Essa
diagnóstico de macrostomia não
deformidade é classificada como unilateral
sindrômica. O paciente foi submetido à
ou bilateral, parcial ou completa,
cirurgia para correção da fissura sob
estendendo até tragus, e isolada ou
anestesia geral em ambiente hospitalar,
associada a síndromes ou combinado com
com reposicionamento da musculatura e
normalidades adicionais tais como
refazendo o esfíncter bucal, aliando ao
apêndices pré-auriculares ou
reposicionamento estético da pele.
anormalidades auriculares, deficiência de
arco zigomático, deformidades em Conclusão: O paciente evoluiu com um
diferentes partes da mandíbula. Os bom selamento labial e aspecto de
problemas relatados associado à normalidade das comissuras labiais. A
macrostomia está a dificuldade de reconstrução cirúrgica nesses casos é de
alimentação, dificuldade em soprar, grande importância funcional para
desarmonias estéticas, distúrbios pacientes portadores dessa deformidade,
funcionais e incoerências na fala. O uma vez que promove a correção estética e
tratamento cirúrgico visa o funcional, com resultados satisfatórios a
reposicionamento da musculatura, longo prazo, sem alterar o crescimento do
restabelecendo o esfíncter bucal e paciente.
Referências:
SALES PHH, et al. Tratamento cirúrgico de Macrostomia. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac.,
Camaragibe v.16, n.4, p. 26-29, out./dez. 2016. Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery -
BrJOMS. ISSN 1808-5210 (versão online).
GUNTURU, Srikanth et al. Macrostomia: A Review of Evolution of Surgical Techniques. Case Reports In
Dentistry, [s.l.], v. 2014, p.1-4, 2014. Hindawi Publishing Corporation.
http://dx.doi.org/10.1155/2014/471353.
Faria MC, Schettino AM, Drumonnd RM, Barros EC, Medeiros SC, Santos Junior AP. Abordagem
cirúrgica da macrostomia: relato de caso . Rev. Bras. Cir. Plást. 2011;26(3):49.

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5-9 de setembro de 2017
708
PÔSTER

PATOLOGIA DOS MAXILARES

2054

MICRONEURORRAFIA DO MENTONIANO EM
EXÉRESE DE ODONTOMA GIGANTE
André Lustosa de Souza; Airton Vieira Leite Segundo; Emerson Filipe
de Carvalho Nogueira; Lucas Nunes de Brito Silva; Darlan Kelton
Ferreira Cavalcante

Introdução: Os odontomas são os Resultados: A evolução do paciente foi


tumores odontogênicos mais comuns, satisfatória, sem queixas ou complicações.
ocorrendo mais frequentemente na maxila. Uma avaliação mecânica para torque e
Apesar do tratamento dos odontomas pressão foi realizada usando fio com um
apresentar bom prognóstico, lesões diâmetro de 1,0 mm e 2,5 mm,
extensas podem ser um desafio para os respectivamente. A sensibilidade do lábio
cirurgiões bucomaxilofaciais. A proposição inferior do paciente voltou ao normal após
deste trabalho é descrever um caso de uma 120 dias.
paciente portadora de odontoma complexo Discussão: Enucleações significativas ou
com extenso envolvimento de corpo ressecções na mandíbula envolvem um
mandíbular, o qual optou-se pelo grande risco de ruptura nervosa acidental,
seccionamento intencional do nervo com seqüelas permanentes. Para esses
mentoniano, ressecção do tumor, casos, a secção intensional do nervo
colocação de material de fixação, seguida mentoniano seguido da microneurorrafia,
da microneurorrafia. pode ser uma opção viável, principalmente
Métodos: Foi optado pela realização do em pacientes jovens, cujo resultado tende
acesso intraoral, corte intencional do nervo a ser mais previsível devido as células
mentoniano, seguida de ressecção do neuronais apresentarem maior capacidade
tumor e instalação de placa de de se regenerar e restabelecer ligações
reconstrução do sistema 2.4 locking que funcionais com nervos distais após a
por sua vez foi seguida por microneurocirurgia.
microneurorrafia. Um microscópio Conclusão: Neste caso, a secção
cirúrgico foi utilizado para realizar intencional do nervo mentoniano, seguida
microneurorrafia do nervo mentoniano da microneurorrafia, mostrou-se uma
com fio de nylon 8-0. No procedimento opcção viavel, principalmente devido a
realizado as microsuturas do nervo condição do paciente. Os resultados deste
mentual foram distribuídas procedimento tendem a ser mais
circunferencialmente, iniciando na posição previsiveis do que as rupturas nervosas
de 12 horas, depois às 4 horas e seguida por acidentais.
uma terceira sutura em posição de 8 horas,
promovendo a aproximação íntima e sem
tensão dos cotos.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2066

TRATAMENTO DA OSTEOQUIMIONECROSE
DOS MAXILARES CAUSADA PELO USO DE
BIFOSFONATOS: RELATO DE CASO
Natália Lins de Souza; Karoline Gomes da Silveira; Anibal Henrique
Barbosa Luna; Davi Felipe Neves da Costa; Sirius Dan Inaoka

Introdução: Osteoquimionecrose dos sugestiva de necrose óssea acometendo


maxilares é caracterizada pela exposição de toda a maxila e toda a lâmina pterigóide do
osso necrótico na cavidade bucal, em osso esfenóide esquerda. Paciente foi
pacientes que fizeram uso de medicações submetida à maxilectomia total e a
anti-reabsortivo ou anti-angiogênico, sem remoção do osso esfenóide necrosado, que
histórico de radioterapia no local. Os resultou em comunicações bucosinusais.
bifosfonatos atuam inibindo a Resultados: Durante todo o período do
remodelação óssea e a angiogênese, sendo pós operatório a paciente fez uso de
indicados para o tratamento de câncer pentoxifilina e tocoferol, e segue em
ósseo primário ou metastático e doenças acompanhamento pela nossa equipe para
ósseas. Tal medicação é o principal posterior fechamento das comunicações
responsável pela osteonecrose nos bucosinusais.
maxilares, que pode surgir
Discussão: A osteoquimionecrose
espontaneamente ou associada a algum
causada por bisfosfonato endovenoso é
trauma local. O propósito deste trabalho é
mais agressiva e de difícil controle quando
relatar o caso clínico de uma paciente com
comparado a causada por bisfosfonato oral,
osteonecrose de maxila e da lamina
sendo necessário, muitas vezes,
pterigóide do osso esfenóide esquerda,
tratamento mais agressivo e mutilador. A
tratada no Serviço de Cirurgia e
associação da pentoxifilina com o tocoferol
Traumatologia Bucomaxilofacial do
visa melhorar a vascularização óssea e a
Hospital Universitário Lauro Wanderley.
cicatrização tecidual, pois eles atuam
Métodos: Paciente hipertensa, diabética, estimulando a cura dos osteoblastos, de
com histórico de uso de ácido zolendrônico forma que se observa melhora progressiva
endovenoso e aledronato por via oral para na resolução dos sintomas.
o tratamento da osteoporose, e
Conclusão: A osteonecrose causada por
prednisolona para o controle de artrite
bisfosfonato endovenoso é bem mais
reumatóide. Ao exame físico, foi observada
prevalente do que os casos atribuídos ao
exposição óssea extensa em maxila direita
uso oral do bisfosfonato, devido a sua
e esquerda, com presença de secreção
potência relativa e a sua dose efetiva serem
purulenta e odor fétido. Ao exame
maior. Sempre que possível, em consenso
tomográfico, apresentou uma imagem

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

com o médico, deverá ser indicado o uso de


substitutos dos bifosfonatos, com efeitos
anti-reabsortivos de curto prazo, visando,
assim, à escolha de uma terapia efetiva com
a diminuição de danos colaterais.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2067

SELAMENTO DE FÍSTULA OROFARÍNGEA COM


RETALHO PEDICULADO DA MUCOSA JUGAL:
RELATO DE CASO
Amanda Lopes Meneses Barroso; Anderson Maia Meneses; Felipe
Gomes Xavier; Roberto Dias Rêgo; Eliardo Silveira Santos

Introdução: A neoplasia benigna de equivalente ao mesênquima. Na literatura,


glândulas salivares de maior incidência é o a biópsia com exérese completa e margem
adenoma pleomórfico ou tumor misto de segurança é a técnica mais utilizada para
benigno, este acomete tanto glândulas diagnóstico, oferecendo melhor confiança
salivares maiores quanto menores, no diagnóstico final.
entretanto com maior prevalência na Objetivo: Expor o caso de um paciente do
glândula parótida, além de predileção por gênero masculino, 33 anos de idade, com
indivíduos do gênero feminino entre a queixa principal “incomoda ao engolir”
quarta e quinta décadas de vida. Quando após ser submetido à ressecção de
envolve glândulas salivares menores, a Adenoma Pleomórfico em palato mole pela
região mais comum é o palato ou parede Cirurgia Cabeça e Pescoço.
lateral de faringe, e no momento que tais Relato de caso: Paciente após dois meses
lesões evoluem são encontrados entre o de ressecção de Adenoma Pleomórfico foi
ramo ascendente e o ligamento estilo encaminhado para Cirurgia Buco Maxilo
mandibular, na porção póstero-lateral do Facial e diagnosticado com Fístula
palato. Clinicamente, ela se apresenta Orofaríngea. Tratamento de escolha foi
como lesão fundamental única em forma selamento de fístula orofaríngea com
de cúpula ou ovoides, superfície plana, de retalho pediculado da mucosa jugal.
margens bem delimitadas, indolores e de
Conclusão: No caso, a técnica usada tem-
crescimento lento, poderá apresentar
se mostrado simples e eficiente,
também, dependendo do caso, ulceração
proporcionando correção da fístula
secundária devido a traumas. Em particular
orofaríngea e consistir de uma técnica
o adenoma pleomórfico é
cirúrgica minuciosa. O acompanhamento
histopatologicamente um tumor
pós-operatório é essencial para a obtenção
encapsulado bem circunscrito, composto
de sucesso no tratamento de Fístula
de um misto de epitélio glandular e células
Orofaríngea.
mioepiteliais, dentro de um estroma
Referências:
SANTOS, Hemilly Karol Andrade dos et al. Relatos de tratamentos distintos para o adenoma
pleomórfico. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. []. 2016, 16, 3, pp. 53-58. ISSN 1808-5210.
Silva PJM, Neto JAL, Junior EMO e Araújo ALD. Adenoma pleomórfico no palato duro: relato de caso |
UFES Rev Odontol 2008; 10(3):51-55
NEVILLE, Brad W. Patologia oral & maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2004. xviii,
798 p, il. Tradução de: Oral & maxillofacial pathology.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2068

DEFEITO OSTEOPORÓTICO FOCAL DA


MANDÍBULA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Eduardo Lombardo; Cláiton Heitz; Fábio Luiz Dal Moro Maito

Introdução: O defeito osteoporótico Discussão e considerações finais:


focal (DOF) é uma rara condição óssea dos Embora não se trate efetivamente de uma
ossos maxilares1. Caracteriza-se como um patologia, o DOF mimetiza uma série de
achado radiográfico representado por uma lesões com o mesmo aspecto radiográfico,
área radiolúcida assintomática que o que determina a necessidade de biópsia e
acomete região posterior de mandíbula, exame histopatológico para fins de
prevalentemente em indivíduos de meia diagnóstico diferencial13. A etiopatogenia
idade do sexo feminino. Sua etiologia ainda ainda é desconhecida, mas sugere-se, na
é desconhecida Por tratar-se de uma literatura, que o desenvolvimento do DOF
entidade que, radiograficamente, simula possa ser explicado por 3 teorias distintas:
outras lesões, diagnóstico histopatológico (a) presença de remanescentes
é importante para fins de diagnóstico embrionários de medula, (b) reparo ósseo
diferencial2. alterado em regiões de trauma ou de
Relato de caso clínico inflamação local prévia e (c) reabsorção
(metodologia): Uma paciente de 71 medular secundária em resposta à
anos, do sexo feminino foi encaminhada ao demanda aumentada de células
serviço de CTBMF/PUCRS para avaliação sanguíneas . Não há necessidade de
2,4

para reabilitação protética sobre tratamento complementar para este tipo


implantes. Clinicamente, a paciente de anomalia e a reabilitação protética com
apresentava histórico de tabagismo implantes é permitida nestas regiões5.
crônico, hipertensão arterial sistêmica e
osteoporose. Ao exame tomográfico,
verificou–se área radiolúcida em região
posterior de mandíbula do lado esquerdo
sugestiva de cisto aneurismático ou cisto
traumático. Foi realizada biópsia
excisional da lesão sob anestesia local. Ao
exame histopatológico, observou-se
medula hematopoietica associada a
componente gorduroso. As trabéculas
ósseas não apresentavam atividade
osteoclástica ou osteoblástica.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2070

RECONSTRUÇÃO IMEDIATA COM FÍBULA NÃO


VASCULARIZADA APÓS RESSECÇÃO DE
EXTENSO AMELOBLASTOMA MANDIBULAR
Fernanda de Souza Pereira; Adriano Freitas de Assis; Deyvid Silva
Rebouças; Lívia Prates Soares Zerbinati; Antônio Lucindo Pinto de
Campo Sobrinho

O ameloblastoma é uma patologia biomodelos prototipados para auxiliar o


odontogênica que pode ser classificada planejamento cirúrgico que consistiu de
como sólido (multicístico), unicístico ou ressecção da lesão com margem de
periférico, sendo o primeiro o mais comum. segurança de 1 cm dos limites do tumor e
O ameloblastoma sólido tem maior enxerto livre de fíbula não vascularizado.
prevalência entre a terceira e sétima Confeccionou-se guias de acrílico para
década de vida, em mandíbula, apresenta determinar o local das osteotomias e o
crescimento lento, comumente posicionamento dos cotos mandibulares e
assintomático, que pode causar reabsorção realizou-se a modelagem da placa do
radicular e deslocamento dentário. O sistema 2.4. A cirurgia foi realizada sob
tratamento desta patologia pode variar de anestesia geral, acesso transcervical,
ressecções parciais até cirurgias mais fixação do guia cirúrgico, ressecção óssea,
agressivas com margem de segurança, fixação da placa de titânio, adaptação e
sendo que a reconstrução óssea posterior é fixação do enxerto de fíbula e sutura dos
uma tarefa desafiadora. Este trabalho tem planos. A paciente evoluiu com simetria
como objetivo relatar um caso de uma mandibular, contorno facial devolvido e
paciente de 18 anos de idade, ausência de paralisia e parestesia,. A
melanoderma, que procurou a Escola mesma encontra-se em acompanhamento
Bahiana de Medicina e Saúde Pública com para prosseguir a reconstrução óssea e
queixa de aumento de volume em região posterior reabilitação com prótese sobre
mandibular. Ao exame físico constatou-se implantes osseointegrados.
uma tumefação extensa em corpo
mandibular direito com deslocamento de
unidades dentárias inferiores.
Radiograficamente, observou-se lesão
radiolúcida multilocular com aspecto de
bolhas de sabão, que se estendia do ângulo
mandibular direito à região de parassínfise
esquerda. Após biópsia incisional,
confirmou-se o diagnóstico de
ameloblastoma sólido. Utilizou-se

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2073

FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO EM


CORPO MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Anderson Maikon de Souza Santos; Davi Felipe Neves da Costa;
Marcos Antônio Farias de Paiva; José Wilson Noleto Ramos Junior;
Anibal Henrique Barbosa Luna

Introdução: O Fibroma Ossificante Resultado: O paciente segue em


Periférico se apresenta como uma massa acompanhamento há 3 anos, sem sinais de
gengival onde são encontrados focos recidiva da lesão.
calcificados formados por osso Conclusão: O excisão associada a
metaplásico, delimitado, com base séssil osteoplastia se mostrou uma técnica
ou pediculada, tendo a mesma coloração da simples e efetiva para o tratamento do
mucosa ou um pouco eritematosa e Fibroma Ossificante Periférico.
podendo apresentar a superfície intacta ou
ulcerada. Apresenta uma predileção pelo
sexo feminino e pela região anterior dos
maxilares. O presente estudo tem por
objetivo discutir um caso clínico de
fibroma ossificante periférico atípico
enfatizando aspectos clínicos e alternativa
de tratamento cirúrgico.
Relato de caso: Paciente na quarta
década de vida, procurou o serviço de
Cirurgia Buco-maxilo-facial do Hospital
Universitário Lauro Wanderley, João
Pessoa (Paraíba) se queixando de "ter um
caroço na boca", com evolução de 2 anos.
Ao exame físico apresentava com uma
lesão localizada em região de corpo
mandibular à esquerda, sendo
assintomática, com dimensões de cerca de
3x3 cm e apresentando aspectos clínicos de
lesão benigna, tendo diagnóstico
histopatológicos de Fibroma Ossificante
Periféric. Foi então realizada excisão
cirúrgica e osteoplastia da área afetada, sob
anestesia local, bem como exodontia do
segundo pré-molar inferior esquerdo.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2075

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES EM


PACIENTE PEDIÁTRICO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Marília de Lima Saraiva Maia; Mariana Lima de Figueiredo; Luiz
Carlos Alves Junior; Wagner Ranier Maciel Dantas; José Sandro
Pereira da Silva

Introdução: A Lesão Central de Células recidiva, com uma boa avaliação clínica e
Gigantes (LCCG) é um processo sem queixas.
proliferativo benigno que apresenta como Discussão: A literatura descreve a
principal sítio de ocorrência a mandíbula, enucleação e a curetagem meticulosa da
podendo está presente também em maxila lesão como o método de tratamento mais
e outros ossos faciais com menor indicado, apresentando como principal
frequência. De acordo com as benefício a redução no risco de recidiva.
manifestações clínicas, pode ser
Conclusão: A LCCG é uma patologia
classificada como agressivas ou não
pouco frequente na região de maxila e seu
agressivas. Normalmente, é uma lesão de
diagnóstico conclusivo depende do exame
crescimento predominantemente lento,
histopatológico, assim como seu
bem circunscrita e assintomática, sendo
tratamento de eleição deve ser proposto de
seu diagnóstico realizado em exames de
acordo com as particularidades de cada
rotina. A LCCG acomete principalmente
caso.
adultos jovens e crianças, havendo
predisposição ao sexo feminino, com
proporção mulher/homem de 2:1. O
objetivo desse trabalho é relatar o caso de
uma paciente acometido por Lesão Central
De Células Gigantes.
Métodos: Paciente do sexo masculino, 11
anos de idade, que apresentava uma LCCG
em região anterior de maxila, que foi,
inicialmente, realizada infiltrações de
corticóides intralesionais, na tentativa de
diminuir a lesão. Seguido de enucleação e
curetagem da lesão.
Resultados: Após acompanhamento de
três meses o paciente encontra-se sem

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2077

ADENOMA PLEOMÓRFICO EM PALATO:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Juliana Silveira Emerim; Angelo Luiz Freddo; Camila Longoni

O adenoma pleomórfico é a neoplasia de glândula salivar mais


comum. Esse tumor benigno corresponde cerca de 53% a 77%
dos tumores de parótida, 44% a 68% dos tumores da glândula
submandibular e 33% a 43% dos tumores de glândula salivar
menor. Lesões intraorais são menos comuns e ocorrem
preferencialmente no palato. Também chamado de tumor misto,
sua nomenclatura representa as características histopatológicas
não usuais desse tumor, caracterizando-se por um padrão
tumoral altamente variável. O presente trabalho tem como
objetivo apresentar o caso clínico de uma paciente de 19 anos
atendida pela equipe de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofaciais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com
queixa de aumento de volume em região posterior de palato com
evolução de 1 ano. Após exame de imagem e biópsia incisional,
confirmando o diagnóstico de adenoma pleomórfico, realizou-se
a excisão cirúrgica completa da lesão e posterior a instalação de
um aparelho móvel inativo para recobrimento da área cruenta
no palato, possibilitando maior conforto à paciente no período
pós-operatório.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2078

VARIANTES CLÍNICAS E PROPOSTA DE


TRATAMENTO DA OSTEODISTROFIA RENAL:
SÉRIE DE CASOS
Luis Ferreira de Almeida Neto; Bruno Bezerra de Souza; Wagner
Ranier Maciel Dantas; José Sandro Pereira da Silva; Adriano Rocha
Germano

Introdução: A doença renal crônica leva laboratoriais para fechamento do


o paciente a um estado de depleção de diagnóstico de osteodistrofia renal. Após
cálcio, devido à redução da conversão da confirmação da hipótese clínica os
vitamina D pelos rins. A hipocalcemia, bem pacientes foram submetidos a tratamento
como o acúmulo de fosfato no organismo, cirúrgico para osteoplastia da lesão, com
elevam a secreção do paratormômio (PTH), variação dos acessos a depender da
que é o responsável pela atividade dos localização da alteração óssea. Atualmente
osteoclastos durante a remodelação óssea. todos os pacientes encontram-se em
As alterações ósseas decorrentes do acompanhamento clínico/ambulatorial e
hiperparatireoidismo são raras e podem nefrológico.
assumir três aspectos distintos: a primeira Conclusão: Após as abordagens
osteíte fibrosa, que apresenta atividade realizadas nestes pacientes concluimos
óssea aumentada; a segunda se assemelha que a ressocialização desses paciente foi
a uma displasia fibrosa; e a terceira e mais bem relatada no pós-operatório e os
rara a leontíase óssea. Alterações resultados obtidos com a osteoplastia
metabólicas começam a ocorrer com o apresentou-se eficaz em todos os casos.
declínio da função renal, mas
frequentemente tornam-se sintomática
apenas quando os pacientes se tornam
dependentes da hemodiálise. O objetivo
deste trabalho é relatar uma série de casos
que foram conduzidos pela equipe da
Residência de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial da universidade
Federal do Rio Grande do Norte, nos quais
os pacientes apresentavam quadros de
osteodistrofia renal, apresentando
diferentes aspectos clínicos.
Métodos: Todos os paciente foram
submetidos a biopsia incisional e a exames

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2082

EFICÁCIA DA LASER TERAPIA NO TRATAMENTO


DA OSTEONECROSE DOS MAXILARES INDUZIDA
POR MEDICAMENTOS: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Gustavo Antonio Correa Momesso; Cleidiel Aparecido Araújo
Lemos; Joel Ferreira Santiago-Júnior; Leonardo Perez Faverani;
Eduardo Piza Pellizer

Introdução: A osteonecrose dos feminino (72,5%), com idade média de 66,5


maxilares decorrente do uso de anos. O acompanhamento dos pacientes
medicamentos tem como peculiaridade o variou de 3-80 meses, tendo a mandíbula
grande desafio no seu tratamento. Tendo como o local mais afetado (64,5%), sendo o
em vista essa problemática, várias estágio 2 da OMAM o mais prevalente
alternativas têm sido estudadas para o (68,9%). Os dados qualitativos
tratamento desta condição. Dentre elas, a demonstraram que a utilização do laser
terapia com laser de baixa intensidade tem cirúrgico (Er:YAG) obteve os melhores
mostrado bons resultados. Dessa forma, resultados no que diz respeito à completa
este trabalho teve como objetivo realizar cicatrização da lesão (88,2%) em relação a
uma revisão sistemática e meta-análise todos os outros tratamentos avaliados
sobre a eficácia da terapia com laser na (terapia cirúrgica tradicional; tratamento
osteonecrose induzida por medicamentos. medicamentoso; LLLT e associação
Métodos: Foi realizada uma busca nas destes). Os dados submetidos à meta-
bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus análise demonstraram superioridade do
e Cochrane, de acordo com as normas LLLT frente ao tratamento medicamentoso
PRISMA, obtendo um resultado inicial de (P = 0,006); cirúrgico comparado ao LLLT
88 artigos, sendo selecionados 14 artigos (P = 0,008) e o laser cirúrgico foi
após aplicação dos critérios de inclusão e significantemente superior ao LLLT (p).
exclusão. Três dos 14 artigos foram
selecionados para a realização da meta-
análise que comparou o uso do laser
cirúrgico vs. laser de baixa intensidade
(LLLT); Cirurgia vs. LLLT e Medicamentoso
vs. LLLT.
Resultados: O ácido zoledrônico foi o
bisfosfonato mais utilizado (71,6%), em
pacientes predominantemente do gênero

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1598

UTILIZAÇÃO DO RHBMP-2 COMO SUBSTITUTO


DO ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO DA CRISTA
ILÍACA NA REABILITAÇÃO DAS FISSURAS LÁBIO
PALATAIS: REVISÃO SISTEMÁTICA
Francisco de Souza Neves Filho; Jose Thiers Carneiro Junior; Eduardo
Luis de Souza Cruz; Roberto Carlos Rivadeneira Cardenas

Introdução: A fissura lábio palatal (FLP) de risco de viés de ensaios clínicos


é a má formação congênita caracterizada randomizados, e pela ferramenta Cochrane
pela falta de união no período embrionário para avaliação da qualidade das evidências
de elementos formadores das porções e força das recomendações. A RS a respeito
anatômicas da face e da cavidade oral, da utilização do rhBMP-2 nos pacientes
levando a formação de uma fissura com FLP mostrou um reparo ósseo
caracterizada pela descontinuidade do equiparado ao enxerto ósseo de crista ilíaca
lábio e rebordo alveolar com envolvimento e com resultados superiores na redução da
ou não do palato duro. morbidade e tempo de internação dos
Metodologia: Para isso foi realizado um pacientes.
levantamento nas seguintes bases de dados Discussão: Os problemas enfrentados
eletrônicas: PubMed, LILACS, Scpous, Web pelos pacientes com FLP na etapa do
of Science, The Cochrane Library, enxerto ósseo secundário vão além da falta
OpenGrey and Google Schoolar de estudos de um serviço bem estabelecido. Sabendo
clínicos randomizados (ECR) que das dificuldades inerentes do paciente com
utilizaram o rhBMP-2 no reparo ósseo FLP procuramos na revisão sistemática
alveolar com grupo controle o enxerto deste tema fornecer evidências de uma
ósseo de crista ilíaca. Os estudos foram alternativa viável e satisfatória para o
selecionados de forma independente por tratamento. Para isso os estudos clínicos
dois avaliadores, tomando-se por base o randomizados, quando devidamente
acróstico PICO. desenhados, conduzidos e relatados,
Resultados: Através das buscas nas bases representam o padrão-ouro na avaliação
de dados foram encontrados 150 artigos, das intervenções na saúde.
desses, foram elegíveis 3 artigos de estudos Conclusão: Concluímos que na avaliação
clínicos randomizados para a RS, os do reparo ósseo e do volume ósseo formado
estudos incluídos na RS foram analisados na área da fissura alveolar, o rhBMP-2 é
segundo o enunciado CONSORT uma alternativa viável para o tratamento
(Consolidated Standars of Reporting Trials) dos pacientes com fissuras lábio palatais
para sua qualidade metodológica e avalição sem que haja perda dos benefícios

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

oferecidos pelo enxerto ósseo autógeno de


crista ilíaca.
Referências:
1. HUMAN BONE MORPHOGENETIC PROTEIN-2 USE FOR MAXILLARY RECONSTRUCTION IN CLEFT
LIP AND PALATE PATIENTS, THE JOURNAL OF CRANIOFACIAL SURGERY & VOLUME 23, NUMBER
6, NOVEMBER 2012.
2.TISSUE ENGINEERING SOLUTIONS FOR CLEFT PALATES. J ORAL MAXILLOFAC SURG 65:2503-
2511, 2007.

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721
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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2085

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR IMEDIATA À


RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA MULTICÍSTICO
Rafael Jobim Rodrigues; Caroline Kömmeling Cassal; Marcos Antonio Torrini;
Otacílio Luiz Chagas Júnior; Antônio César Manentti Fogaça

Introdução: O ameloblastoma é um que foi corrigida com procedimento de


tumor odontogênico benigno, raro, que limpeza, debridação, cobertura com
representa 1% dos tumores orais. Pode membrana de concentrado sanguíneo
apresentar-se como lesão de grandes (plaquetas rico em fibrina - PRF).
proporções com tumefação assintomática e Resultado: Atualmente a paciente
frequentemente acomete a mandíbula. encontra-se em acompanhamento
Apesar de ser benigno, é um tumor de ambulatorial e apresenta cicatrização
característica agressiva e pode necessitar adequada da ferida cirúrgica.
de terapêutica invasiva e mutiladora com
Conclusão: A técnica de reconstrução
grandes ressecções ósseas resultando em
adotada possibilitou reabilitação da
grave sequela estética e funcional que
paciente, assim como o tratamento de
afetam diretamente na qualidade de vida
escolha para correção da complicação pós-
do indivíduo. A reconstrução desses casos
operatória surtiu efeito adequado.
representa um desafio para o cirurgião
buco-maxilo-facial, sobretudo quanto à
necessidade de preservar a função e
estética. Diante das possibilidades
reabilitadoras existentes na atualidade, os
enxertos ósseos autógenos e as próteses
mandibulares são opções biologicamente
mais viáveis.
Objetivo: Apresentar o caso clínico de
uma paciente que compareceu ao
ambulatório do Serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do
Hospital Escola da Universidade Federal de
Pelotas com diagnóstico de ameloblastoma
multicístico, sendo submetida à ressecção
parcial do segmento anterior de mandíbula
e reconstrução imediata com enxerto de
ilíaco por acesso intra-oral, apresentando
no pós-operatório exposição do material
de osteossíntese e do enxerto, complicação

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722
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2087

AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO ASSOCIADO A PRÉ-


MOLAR NÃO ERUPCIONADO EM MANDÍBULA DE
UMA CRIANÇA: RELATO DE CASO
Zinalton Gomes de Andrade; Tayna da Silva Barral; Brenda Larissa Sousa de
Oliveira; Milena Gomes Melo Leite; Francisco Amadis Batista Ferreira

Introdução: O Ameloblastoma é uma Universidade Federal do Amazonas


neoplasia benigna de origem epitelial (UFAM) para exame histopatológico, a
odontogênica, com crescimento lento, análise microscópica revela cavidade
altamente infiltrativo e comportamento revestida por epitélio ameloblástico,
localmente agressivo. Os ameloblastomas projetando massa de tecido apresentando
unicísticos são responsáveis por 10% a 46% padrão plexiforme em direção ao lúmen
de todos os ameloblastomas intraósseos, cístico, a cápsula fibrosa também exibia
afetando predominantemente a células arranjadas em padrão folicular. A
mandíbula, frequentemente associados a paciente encontra-se em proservação de 16
terceiros molares inclusos, manifestam-se meses e sem sinais de recidiva.
geralmente durante a segunda década de Discussão: A abordagem cirúrgica pode
vida, sendo raro em crianças com menos de ser classificada em radical ou
10 anos. O objetivo deste trabalho é relatar conservadora. Os ameloblastomas
o caso de paciente, gênero feminino, 07 unicísticos tendem a ser removidos por
anos, admitido pelo serviço de Cirurgia e enucleação, como se fossem cistos,
Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) apresenta um grande potencial de recidiva,
da Fundação Hospital Adriano Jorge, na se não for completamente removido,
cidade de Manaus, queixando-se de entretando as cirurgias radicais são
aumento de volume indolor em face. associadas, invariavelmente, a sérios
Método: Ao exame intra-oral apresentou problemas para o paciente, como:
abaulamento na região de molares decíduo disfunção mastigatória, mutilação,
inferior esquerdo. Radiograficamente deformidade facial e movimentos anormais
revelou lesão radiolúcida unilocular, de mandibulares, estudos revelam que o
bordas bem definidas em íntima relação tratamento conservador, como
com os pré-molares correspondentes marsupialização e enucleação, seguida de
inclusos. O tratamento proposto foi a curetagem óssea adequada, mostraram-se
enucleação cirúrgica e curetagem. Paciente bastante eficiente, reduzindo a
sob anestesia geral, acesso intrabucal com necessidade de uma ressecção cirúrgica.
incisão em rebordo alveolar em região de Conclusão: Por se tratar de uma criança,
mento a corpo mandibular esquerdo optou-se por não realizar cirurgia
seguido de enucleação de cisto e curetagem ressectiva profilática, mantendo a paciente
vigorosa. O material foi encaminhado ao sob rígido acompanhamento clínico e
departamento de patologia da radiográfico.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2095

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE HIPERTROFIA


DO MASSETER: RELATO DE CASO
Tatiane Fonseca Faro; Erick Andres Alpaca Zevallos; Emanuel Dias
de Oliveira e Silva; Maria Luisa Soares Ribeiro;Ricardo José de
Holanda Vasconcellos

A hipertrofia do músculo masseter é uma condição incomun, de


carater idiopático e desconhecido. É conhecida como um
alargamento do feixe muscular de um ou ambos os lados do
rosto. A maioria dos pacientes evoluem com queixa de
assimetria facial, trismo, bruxismo. Diversas técnicas cirúrgicas
foram propostas para o tratamento da lesão, cujas intervenções
alternam entre a remoção parcial do feixe muscular, osteotomía
mandibular ou abordagem combinada no músculo e osso, por
acesso intrabucal e extrabucal. A cirurgia com abordagem
intrabucal, foi inicialmente descrita em 1959 e modificada ao
longo do tempo, proporcionando ao cirurgião o poder de atuar
com menor risco de injúria às estruturas vasculares e nervosas,
além de evitar a formação de cicatrizes visíveis na face do
paciente. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso de uma
paciente feminina, 20 anos, com queixa de rosto largo e
quadrado e episódios de dor associada a trismo frequente,. As
informações provenientes das informações clínicas e
imaginológicas caracterizaram o diagnóstico de hipertrofia do
masseter bilateralmente. A paciente foi submetida a
procedimento cirúrgico sob anestesia geral com abordagem
intrabucal modificada, preconizada por De Holanda
Vasconcellos, et.al, 2005. A paciente apresenta-se com
acompanhamento pós-operatório de 1 ano e seis meses sem
sinais de recidiva e com resultado estético-funcional
preservados.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2097

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE EXTENSO


FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL EM MAXILA
Bruno Bezerra de Souza; Luis Ferreira de Almeida Neto; Adriano
Rocha Germano; Wagner Ranier Maciel Dantas; Petrus Pereira
Gomes

Introdução: O fibroma ossificante é uma de titânio. A paciente encontra-se com 01


lesão que, apesar de lembrar em menor ano de acompanhamento e com uma
proporção uma displasia óssea, é estética bem favorável.
considerada um neoplasma verdadeiro, Conclusão: Como considerações finais
com potencial de crescimento, ressalta-se a importância do diagnóstico
apresentando recidivas raramente clínico e por imagem como também uma
encontradas. A lesão é relativamente rara, detalhada anamnese, pois o padrão da
haja vista que muitos casos no passado lesão irá remeter a tratamentos distintos. O
hoje são reconhecidos como displasia óssea tratamento precoce é fundamental para
focal. Há uma maior prevalência de que se possa atingir resultados
ocorrência em indivíduos na 3ª e na 4ª reconstrutivos mais favoráveis.
década de vida, com considerável
predileção pelo gênero feminino, além de
um maior acometimento da mandíbula. O
objetivo do presente trabalho foi relatar o
caso de uma paciente diagnosticada com
um fibroma ossificante em maxila.
Métodos: Paciente, gênero feminino, com
18 anos de idade, compareceu ao serviço de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
Faciais da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, apresentando um
aumento de volume em face do lado
direito, com evolução de um ano e meio, de
consistência endurecida e indolor à
palpação. O diagnóstico de fibroma
ossificante foi confirmado após análise
histopatológica. O tratamento cirúrgico foi
indicado, onde foi realizado o acesso de
Weber-Fergusson, ressecção da massa
tumoral e reconstrução da porção anterior
da maxila e assoalho orbitário com malha

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2101

DOENÇA DE PAGET MONOSTÓTICA EM


MANDÍBULA: RELATO DE UM CASO CLÍNICO
Hanna Janyne Meira e Mello; Vanessa de Carvalho Melo; Romeyka
Karinny Almeida de Freitas; Suzana Célia Carneiro; Aída Juliane
Ferreira dos Santos

A DOENÇA DE PAGET É UMA PATOLOGIA SEMELHANTES A OSTEOMIELITE.


CARACTERIZADA PELO AUMENTO DA FORAM REALIZADOS EXAMES
REMODELAÇÃO ÓSSEA, RESULTANDO LABORATORIAIS, COMO NÍVEIS DE
EM ANORMALIDADE DE ARQUITETURA HIDROXIPROLINA, FOSFATASE
ÓSSEA. A MESMA PODE TER ALCALINA, CALCIO SERICO.
DISTRIBUIÇAO MONOSTÓTICA OU PROCEDIMENTO CIRURGICO PARA
POLIOSTÓTICA E ETIOLOGIA PODE SER BIOPSIA DA REGIAO E CINTILOGRAFIA
ASSOCIADA A UMA INFECÇÃO VIRAL OU COM GALIO 67 TAMBÉM FORAM
FATORES GENÉTICOS. O PRESENTE REALIZADOS. TODOS ESSES ACHADOS
TRABALHO OBJETIVA DISCUTIR ACERCA CORRELATOS LEVARAM AO
DOS ACHADOS CLINICOS, DIAGNOSTICO DA DOENÇA DE PAGET
RADIOGRÁFICOS E LABORATORIAIS MONOSTÓTICA, DANDO INICIO AO
PARA DIAGNÓSTICO DESTA DOENÇA E TRATAMENTO COM BIFOSFANATOS. O
CONDUÇÃO DO TRATAMENTO ATRAVÉS DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE PAGET
DA DESCRIÇÃO DE UM CASO CLÍNICO. PODE MOSTRAR-SE DIFICIL DE SER
PACIENTE J.A.V, 52 ANOS, COMPARECEU ELABORADO, DEVIDO AO ESTAGIO DA
AO SERVIÇO DE EMERGENCIA DO DOENÇA E AS CARACTERÍSTICAS
HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO, RECIFE – CLINICAS E RADIOGRÁFICAS. APENAS
PE COM QUEIXA DE DOR INTENSA EM UM UNICO EXAME NAO É SUFICIENTE
MANDIBULA HÁ CERCA DE 10 ANOS. O PARA CONCLUIR O DIAGNOSTICO DA
MESMO SEM HISTORIA DE TRAUMA OU DOENCA, POR ISSO DEVE SER
SINAIS DE INFECÇÃO ODONTOGÊNICA REALIZADA ANAMNESE DIRIGIDA E
PRESENTE. O EXAME RADIOGRÁFICO SOLICITAÇÃO DE EXAMES
MOSTROU ÁREAS DE REMODELAÇÃO COMPLEMENTARES BEM INDICADOS
ÓSSEAS E SEQUESTROS ÓSSEOS PARA O CASO.

Referências:
PAGET´S DISEASE OF THE MANDIBLE: A DIFFERENTIAL DIAGNOSIS OF THE OSTEOMYELITIS OF
THE JAW.
Pausch NC1, Hemprich A, Halama D. Swiss Dent J. 2014;124(3):325-32. Neville BW. Patologia Oral e
Maxilofacial. 4aed. ELSEVIER. 2016.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2106

RECONSTRUÇÃO CRANIOFACIAL APÓS EXÉRESE


DE MENINGIOMA: RELATO DE CASO
Anderson Maia Meneses; Antonio Mont`Alverne Filho; Keven
Ferreira da Ponte; Felipe Gomes Xavier; Eliardo Silveira Santos

Introdução: Os meningiomas são tumores meningioma será indicado quando o tumor


predominantemente benignos com estiver promovendo sintomas devido a
derivação fibroblasto araquinoidal, elevada compressão. O objetivo deste
podendo incidir em qualquer região onde trabalho é descrever o caso de uma
as células da membrana aracnoide estejam paciente do gênero feminino, 53 anos de
presentes. Tal neoplasia corresponde à idade, leucoderma que apresentou
cerca de 20% dos tumores primários proptose ocular devido à expansão tumoral
intracranianos e 25 a 32% dos tumores em região superior da cavidade orbitária,
espinais, acometendo principalmente evoluindo com caráter assintomático e
mulheres, durante a quinta e a sexta motricidade e acuidade ocular preservadas.
décadas de vida. Habitualmente os O tratamento de eleição foi ressecção
meningiomas apresentam crescimento tumoral completa a partir da craniotomia
lento e produzirem sintomas vagos de frontotemporoparietal, orbitotomia e
início insidioso e lentamente progressivos, ostectomia de estruturas comprometidas
evoluindo à medida que a complacência com posterior reconstrução das estruturas
cerebral é excedida pela expansão tumoral. craniofaciais através de telas, placas e
A maioria dos meningiomas são parafusos, além da preservação das
facialmente distinguíveis do cérebro estruturas nobres que circundavam a
subjacente, contudo alguns tumores o neoplasia. Conclui-se que os
invadem promovendo um maior risco de conhecimentos obtidos nos últimos anos
recorrência e pior prognostico, bem como sobre os aspectos dos meningiomas
estendem-se para o osso sobrejacente permite hoje encarar estas neoplasias com
rarefazendo-o. O tratamento cirúrgico do mais otimismo.
Referências:
Chou SM, Miles JM. The pathology of meningiomas. In: Mefty O. Meningiomas. New York: Raven Press.
1999, p.37-57.
Porto, Celmo Celeno Semiologia médica I Celmo Celeno Porto; co-editor Arnaldo Lemos Porto. 7. ed.-
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Hassler et al. Orbital Tumors: Diagnosis and Surgical Treatment Dtsch Arztebl 2007; 104(8): A 496–
501.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2109

CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE:


ESTUDO DE CASO
Renato Barbosa Soares; Luiz Carlos Moreira Junior; Hugo José
Correia Lopes; Adriano Rocha Germano; Petrus Pereira Gomes

Introdução: O cisto odontogênico biópsia incisional e instalado o dispositivo


calcificante (COC) é uma lesão de descompressão no mesmo momento.
odontogênica rara, proveniente do epitélio Resultados: O paciente permaneceu com
odontogênico remanescente dos ossos a marsupialização por quatro meses,
gnáticos. Clinicamente é caracterizada período após o qual foi observada uma
como uma massa indolor, de crescimento regressão considerável da lesão,
lento, afetando a mandíbula e a maxila em permitindo sua enucleação.
mesma proporção, sendo as região de
Discussão: A ultilização da técnica de
caninos e incisivos acometidas em
descompressão está indicada,
especial. Essa lesão apresenta-se mais
principalmente, para os casos de lesões que
comumente na segunda e terceira década
apresentam grande dimensão ou estejam
de vida, sem preferência por raça ou
associadas a estrutura nobres. Apesar de
gênero. Esse estudo objetiva relatar um
apresentar baixa morbidade, quando em
caso clínico referente a um cisto
comparação com outras técnicas, os
odontogênico calcificante.
índices de recidiva das lesões, muitas
Métodos: Paciente do gênero masculino, vezes, apresentam-se semelhantes às
59 anos, compareceu ao Serviço de Cirurgia técnicas mais agressivas.
e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do
Conclusão: Atualmente o paciente
Hospital Universitário Onofre Lopes da
encontra-se com oito meses após a
UFRN, queixando-se de aumento de
enucleação com boa evolução clínica, sem
volume em região anterior de maxila com
sinais de recidiva e sem queixas no
dois anos de evolução. Ao exame físico
momento.
intra-oral observou-se aumento de volume
com coloração normal de mucosa,
crepitante à palpação, séssil, com
aproximadamente 2 cm em seu maior
diâmetro, localizado em região anterior de
maxila. Ao exame radiográfico foi
observada uma lesão radiolúcida
unilocular e bem delimitada. Foi realizada
a punção aspirativa com a obtenção de
conteúdo amarelo escuro, em seguida a

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2119

TRATAMENTO CONSERVADOR DE AMELOBLASTOMA


UNICÍSTICO EM REGIÃO POSTERIOR DE MANDÍBULA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Sarah Luna Parente Saraiva; Murilo Alves Teixeira Neto; Vinícius Rodrigues
Gomes; Joao Eudes Teixeira Pinho Filho; José Lincoln Carvalho Parente

Introdução: O ameloblastoma é um envolvimento dos dentes 48 e 47. Diante de


tumor odontogênico benigno, de origem exames físicos e radiográficos optou-se por
epitelial, indolor e de crescimento lento, realizar uma biópsia incisional, cujo
constituindo cerca de 1% a 3% de todos os resultado confirmou a hipótese diagnóstica
tumores e cistos de mandíbula, sem de ameloblastoma unicístico. Como
predileção por sexo ou raça. Localizado na tratamento de escolha, optou-se por um
maioria dos casos, em região de ramo e método não invasivo, a marsupialização.
ângulo mandibular podendo estar, ou não, Discussão: O ameloblastoma tem sua
associado a um dente incluso. localização mais comum em região
Radiograficamente apresenta-se como posterior de mandíbula.Em lesões
imagem radiolúcida, podendo ser confinadas dentro do osso, enucleação ou
unilocular ou multilocular. Existem muitas ressecção marginal frequentemente têm
teorias acerca de qual modalidade de sucesso. Entretanto, quando existir
tratamento deve ser usado no perfuração óssea, a ressecção parcial
ameloblastoma, variando de mais deverá ser realizada.
conservadores a mais radical, no qual a
Conclusão: Atualmente o caso apresenta
escolha levará em consideração aspectos
5 anos de controle, sem sinais de recidiva,
clínicos e comportamentais da lesão.
nem complicações.
Dentre os tipos de tratamento podemos
citar: curetagem, marsupialização,
enucleação, crioterapia e ressecção
marginal ou segmentar.
Método: O objetivo do presente estudo
consiste no relato de caso de um paciente
F.D.D.S., sexo feminino, que procurou
atendimento no Hospital Batista
Memorial, apresentando bom estado geral
de saúde, com discreto abaulamento em
região posterior de mandíbula e corpo
mandibular. Ao exame radiográfico
observou-se uma imagem radiolúcida
unilocular bem delimitada com

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2121

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: REVISÃO


DE LITERATURA SOBRE OS TIPOS DE
TRATAMENTO E RELATO DE CASO
Flávia Magalhães Ximenes; Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri;
Karuza Maria Alves Pereira; Filipe Nobre Chaves; Samuel Rocha
França

Introdução: O Ceratocisto Odontogênico para o exame histopatológico(biópsia


é atualmente definido como um cisto de incisional).
desenvolvimento, de origem odontogênica Resultados: Obteve-se, assim, o
com revestimento epitelial, apresentando diagnóstico de Ceratocisto Odontogênico.
um comportamento potencialmente Após 18 meses observou-se uma recidiva
agressivo e infiltrativo, com altas taxas de da lesão localizada na região dos incisivos
recidiva (OMS 2017). O presente trabalho inferiores.
tem como objetivo relatar um caso clínico
Discussão: Como a lesão já se
de ceratocisto odontogênico de grande
apresentava bem menor e não colocava em
extensão em região anterior da mandíbula
risco nenhuma estrutura nobre, o
que foi tratado com marsupialização,
tratamento de escolha foi a enucleação.
enucleação e teve um acompanhamento
Após 4 anos de proservação, pôde-se
clínico e radiográfico de 4 anos.
observar um total reparo ósseo da lesão
Métodos: A paciente, sexo feminino, 19 observado na radiografia panorâmica.
anos, procurou atendimento no
Conclusões: É de grande importância que
ambulatório de estomatologia da UFC
relatos de casos clínicos com experiências
Sobral, para acompanhamento de lesão
de diagnóstico, tratamento e
intraóssea descoberta na radiografia
acompanhamento do Ceratocisto
panorâmica realizada para outros
Odontogênico sejam descritos na literatura
propósitos. Após exame clínico, não foi
para que possam ser discutidos diferentes
observada nenhuma assimetria ou
pontos como, recidiva da lesão,
aumento de volume nos rebordos maxilar e
tratamentos menos invasivos, entre
mandibular. Durante o exame radiográfico
outros.
observou-se a presença de uma lesão
radiolúcida, unilocular, bem delimitada
com superfície crenada medindo 2cm x 1,5
cm, na região de sínfise mandibular.
Optou-se então pela descompressão em
dois momentos diferentes, seguida do
envio de parte do revestimento da lesão

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2126

CISTO DO DUCTO NASOPALATINO:


ABORDAGEM CLÍNICOPATOLÓGICA E
TERAPÊUTICA
Isabela Cristina Pereira da Cunha; Mariana Lima de Figueiredo; Luiz
Carlos Alves Junior; Adriano Rocha Germano; Victor Diniz
Borborema dos Santos

Introdução: O cisto do ducto onde os espécimes obtidos foram


nasopalatino é um dos cistos de encaminhados ao laboratório de Anatomia
desenvolvimento mais comuns da cavidade Patológica.
oral. Esta lesão se origina a partir da Resultados: A biópsia confirmou o
proliferação de restos epiteliais diagnóstico de cisto do ducto nasopalatino.
embriológicos do ducto nasopalatino, seja
Discussão: A enucleação cirúrgica é o
de forma espontânea ou em resposta a
tratamento melhor aceito na literatura. A
eventuais traumas e infecções na região
biópsia é recomendada para excluir
anterior da maxila. Exames radiográficos,
hipóteses diagnósticas diferentes do cisto
tipicamente, exibem lesão radiolúcida bem
do ducto nasopalatino. A recidiva nesses
circunscrita, próxima da linha média. O
casos é rara e o prognóstico é bastante
objetivo do trabalho é relatar um caso de
favorável.
cisto do ducto nasopalatino com ênfase nos
achados clinicopatológicos e terapêuticos. Conclusão: O paciente apresentou pós-
operatório satisfatório e encontra-se sob
Método: Paciente do gênero masculino,
acompanhamento sem sinais de recidiva
61 anos, compareceu à um Serviço de
da lesão.
Cirurgia e Traumatologia bucomaxilofacial
com queixa de aumento de volume,
sensível à palpação, localizado em região
anterior de maxila. Foram solicitados
exames de imagem (Radiografa
panorâmica e Tomografia
computadorizada) que evelaram a presença
de lesão osteolítica unilocular, bem
delimitada, que promovia o rompimento da
cortical óssea vestibular em região de linha
média da maxila. Os dentes adjacentes à
lesão exibiam vitalidade pulpar. O
tratamento se deu por enucleação cirúrgica
e a lesão foi submetida à biópsia excisional,

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2132

OSTEOBLASTOMA DE CARÁTER AGRESSIVO


EM MAXILA: RELATO DE CASO
José Valdir Pessoa Neto; Bruno Rocha da Silva; Bruno Frota Amora
Silva; Roberto de Sousa Lima Filho

Introdução: O osteoblastoma é um Relato de Caso: Ao exame clínico-


neoplasma ósseo benigno, de crescimento radiográfico, a lesão apresentava sinais
lento e caracterizado pela proliferação de compatíveis tanto com o de osteoblastoma
osteoblastos, formando trabeculado ósseo como também o de osteosarcoma.
com estroma conjuntivo e fibroso Discussão: Foi realizada a análise
vascularizado. Os aspectos clínicos da histopatológica por biópsia incisional, cujo
lesão são aumento de volume, dor leve, resultado confirmou o diagnóstico de
expansão óssea e eventual deslocamento osteoblastoma e o caráter agressivo da
dentário. Radiograficamente apresenta-se lesão. O tratamento cirúrgico consistiu em
radiopaco com áreas de mineralização excisão total da lesão através de
espaçadas, podendo apresentar limites osteotomia periferica e curetagem da lesão.
definidos ou não. Histologicamente O caso apresenta proservação pós-
apresenta trabeculado osteóide e tecido operatória de 2 anos. Além do relato de
ósseo imaturo com a presença de uma caso, o trabalho também visa à discussão
matriz celular altamente vascularizada. das características do osteoblastoma
Um pequeno grupo de osteoblastomas, agressivo e o seu diagnóstico diferencial
apesar de ser caracterizado como uma quando comparado a outras lesões ósseas.
lesão benigna pode apresentar um
Conclusão: Pode-se observar que o
comportamento agressivo. Tendo aspectos
conhecimento das lesões orais e de seus
histopatológicos atípicos como a presença
diagnósticos diferenciais é essencial para
de osteoblastos grandes e com atividade
que se possa promover um melhor
mitótica aumentada e lençóis não
tratamento e prognóstico aos pacientes,
trabeculados ou áreas semelhantes a
pois dessa forma é possível se estabelecer
cordões de produção de tecido osteóide.
uma correta conduta clínica que resultará
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo
na melhora do caso.
relatar o caso da paciente P. C. S., sexo
feminino, 9 anos de idade que compareceu
ao serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial do Hospital Batista
Memorial com queixa de aumento de
volume intra-oral em região de maxila
esquerda.

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2133

ASPECTOS CLÍNICO-MORFOLÓGICOS DO
QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO:
RELATO DE CASO
Taimara Carla Bertuzzi Ribeiro; Geraldo Luiz Griza;Eleonor Alvaro
Garbin Júnior; Natasha Magro Érnica; Ricardo Augusto Conci

Introdução: O queratocisto de 4cm x 3cm x 2cm, em que sua cortical


odontogênico é um cisto de apresentava-se em íntimo contato com o
desenvolvimento epitelial derivado do nervo alveolar inferior. Ao realizar
órgão do esmalte ou da lâmina dental, que radiografia de controle após 7 meses da
corresponde aproximadamente a 11% de instalação do dreno rígido, já foi possível
todos os cistos maxilares. Essa lesão possui observar neoformação óssea na área da
aspecto agressivo e potencial de recidiva. lesão. Posteriormente, foi feita a
Encontrada principalmente em indivíduos enucleação da lesão.
do sexo masculino na segunda e terceira Resultados: No caso clínico relatado com
décadas de vida. abordagem conservadora, observou-se um
Métodos: Relatar um caso clínico rápido retorno da função nervosa e
expondo a conduta empregada e os fatores ausência de queixas estéticas do paciente.
importantes a respeito do diagnóstico e do Discussão: A descompressão apresenta
tratamento de uma lesão radiolúcida uma elevada taxa de sucesso em relação
encontrada em ramo mandibular de um aos tratamentos agressivos, pois
paciente do sexo masculino, aos 39 anos de promovem uma menor morbidade e
idade. Ao exame clínico, notou-se leve preservam estruturas importantes, além de
expansão das corticais ósseas, com dor à objetivar a redução cística e reforçar a fina
palpação e relato de episódios de parestesia cortical óssea. Posteriormente à
em lábio inferior. Foi realizada punção descompressão, é feita a enucleação e
aspirativa por agulha fina, observando-se curetagem, para verificar a regeneração
conteúdo amarelado, e também realizada óssea no local da lesão.
uma biópsia incisional, que apresentou
Conclusões: Esses fatos permitem uma
resultado compatível com queratocisto
discussão relevante a respeito do ideal
odontogênico. Realizou-se instalação de
tratamento e qual tipo de abordagem é
dreno rígido para descompressão, com uma
melhor indicada em lesões com alto índice
sonda número 16, durante 10 meses, visto
de recidiva.
que tratava-se de uma lesão com extensão
Palavras-chave: mandíbula, descompressão, cistos ósseos.
Referências:
ACIOLE, G. T. S, et al. Tumor odontogênico recidivante: tratamento cirúrgico conservador ou radical?
Relato de caso clínico. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-facial, Camaragibe. v. 10, n. 1, p. 43-48,
jan/mar. 2010.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2134

USO DE PROTOTIPAGEM NA RECONSTRUÇÃO


MANDIBULAR PARA RESSECÇÃO DE
AMELOBLASTOMA MULTICÍSTICO
Paloma Beatriz Rosa Nunes de Souza; Marisa Aparecida Cabrini
Gabrielli; Giovanni Cunha; Mario Francisco Real Gabrielli; Valfrido
Antônio Pereira Filho

O ameloblastoma do tipo multicístico é um tumor benigno de


origem odontogênica relativamente comum dos ossos
maxilares, além de ser clinicamente e radiograficamente
semelhante a outras patologias que acometem os ossos da face.
No presente relato, foi realizada a reconstrução da mandíbula
acometida pela patologia utilizando prototipagem e o uso de
placa de reconstrução. O paciente compareceu para tratamento
com queixa de dor na região retromolar direita. Ao exame de
imagem verificou-se reabsorção dentária em “lâmina de faca” no
elemento 47 além de extensa área radiolúcida multiloculada na
mandíbula com características comuns de ameloblastoma, o que
foi confirmado no primeiro laudo histopatológico realizado com
material biopsiado da lesão. Dessa forma o tumor foi ressecado
e a mandíbula fixada com placa de reconstrução do sistema
2,4mm. A análise histopatológica, da peça cirúrgica, com
espécime coletado de toda a lesão, tratada em ambiente
hospitalar, o diagnóstico foi confirmado como ameloblastoma
multicístico. Após 3 meses da primeira cirurgia ocorreu fratura
do material de fixação. Em segundo tempo cirúrgico foi realizada
a reconstrução com enxerto ósseo autógeno de crista anterior de
ilíaco em bloco, de cerca de 6 cm e uso de placa Pre-bent. A
literatura relata a característica agressiva do ameloblastoma,
sendo necessário do tratamento radical, com ressecção óssea.
Para reconstrução mandibular pode ser recomendado
biomateriais ou enxertos ósseos. A crista ilíaca anterior,
possibilita quantidade e qualidade óssea adequadas ao
restabelecimento de forma e função de enxertos do tamanho
mencionado para o caso. Além disso, a reconstrução com uso de
modelo prototipado facilita a moldagem do material de fixação
que vai representar economia de tempo cirúrgico bem como
maior possibilidade de acerto da simetria facial.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2135

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO COM


ENVOLVIMENTO DA ATM: RELATO DE CASO
Cristiane Rosa Finger; Marina Pereira Silva; Killian Evandro Cristoff;
José Stechman Neto

Introdução: O lúpus eritematoso a palpação muscular na região da ATM, que


sistêmico (LES) é uma doença são características clínicas e
multissistêmica caracterizada por uma sintomatológicas da disfunção
inflamação crônica, tendo sua etiologia temporomandibular. O tratamento
não totalmente esclarecida e de natureza consiste no alivio da sintomatologia da LES
auto-imune. A doença é mais prevalente com envolvimento da ATM e
em mulheres com idade aproximada de 20 consequentemente uma melhora na
a 40 anos, o LES pode atingir várias partes qualidade de vida do paciente.
do corpo e principalmente articulações, Conclusão: A paciente apresentou
podendo afetar as articulações resultados positivos a Injeções intra-
temporomandibulares, pois ocorre uma articulares de corticosteróides na região da
desorganização do sistema imunológico. ATM, considerada uma medida terapêutica
Objetivo: Esse estudo tem como objetivo eficiente no caso.
demonstrar o caso de uma paciente do sexo
feminino, 32 anos,que procurou o CDATM
com sinais e sintomas de disfunção
temporomandibular com diagnóstico de
lúpus eritematoso sistêmico.
Métodos: Trata-se de um relato de caso,
em que a paciente apresentou
sintomatologia na articulação
temporomandibular com diagnose de LES,
após o tratamento para DTM, com DIO e
injeções intra-articulares de
corticosteróides na região da ATM a
paciente apresentou uma melhora.
Discussão: O LES é uma doença
relativamente comum, apesar de grande
prevalência sua associação com disturbios
articulares temporomandibulares é
relativamente rara, estudos relatam que a
sintomatologia apresentada é cefaleia e dor

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2138

MIXOMA ODONTOGÊNICO
Julia Tramujas; Joanna Farias da Cunha; Felipe Eduardo Baires
Campos;Wagner Henriques de Castro; Luiz Felipe Cardoso Lehman

Introdução: O mixoma odontogênico é permitiram a observação de uma área


uma neoplasia benigna, localmente hiperdensa, bem delimitada, com 40 mm
invasiva e não metastatizante dos ossos em seu maior diâmetro. Foi realizada uma
dos maxilares, originados do biópsia incisional objetivando a definição
ectomesênquima odontogênico e se parece diagnóstica e o exame histopatológico e
microscopicamente com a porção confirmou o diagnóstico de Mixoma
mesenquimatosa de um dente em Odontogênico.
desenvolvimento. Essa lesão é mais comum Resultados: A lesão foi então ressecada
na região mandibular posterior e na sob anestesia geral e a recuperação da
maioria das vezes afeta pacientes entre 25 paciente foi sem intercorrências. O
e 30 anos de idade, sem predileção de diagnóstico final foi alcançado após exame
gênero. Às vezes, esta lesão é descoberta histológico do espécime ressecado.
no exame de rotina, mas pode atingir
Discussão: As características clínicas e
grandes dimensões que podem resultar em
radiográficas do mixoma odontogênico são
expansão cortical e/ou perfurações de osso
bastante variáveis, sendo assim ele deveria
cortical. As modalidades de tratamento
ser considerado no diagnóstico diferencial
variam de acordo com o tamanho da
de lesões radiolúcidas e mistas dos
neoplasia e seu comportamento, desde
maxilares em todas as faixas etárias. O
curetagem com ostectomia periférica até
tratamento cirúrgico varia, de acordo com
ressecção segmentar, para lesões mais
a agressividade da lesão, do tamanho,
agressivas.
localização do tumor e idade do paciente.
Metodologia: Trata-se de uma paciente
Conclusão: Atualmente, a paciente
do sexo feminino, de 28 anos, que foi
continua em acompanhamento e não
encaminhada ao Serviço de Cirurgia e
apresenta sinais de recorrência 3 anos após
Traumatologia Bucomaxilofacial do
a excisão do mixoma.
Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Minas Gerais, queixando-se de
um inchaço no lado esquerdo da maxila
com tempo de evolução indeterminado. O
exame intraoral revelou grande aumento
de volume associado ao eritema mucoso,
assintomático à palpação.
Exames imaginológicos foram solicitados
para determinar as dimensões da lesão e

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2146

ESCLEROTERAPIA EM HEMANGIOMA
LINGUAL: RELATO DE CASO
Mirlany Mendes Maciel Oliveira; Bruno Araújo da Silva; Rodrigo da
Franca Acioly; Dennis Dinelly de Souza; Daniel Du Carmo Carvalho

Introdução: O hemangioma é uma dias. Após 2 meses de proservação observa-


neoplasia benigna, caracterizada pela se que ocorreu regressão total da lesão,
proliferação anormal de vasos sanguíneos. associado a aspecto estético e funcional
De etiologia incerta, os hemangiomas satisfatório
podem ter origem congênita ou Discussão: As lesões vasculares devem
traumática, sendo geralmente ser adequadamente diagnosticas através da
assintomáticos, entretanto, não é vasta gama de manobras semiotécnicas e
incomum estar associada a dor, exames complementares disponíveis
sangramento, ulceração, infecções atualmente. A anestesia local, utilizada
segundarias e grandes assimetrias faciais. neste caso é controversa na literatura em
O diagnóstico é feito através da história virtude de autores como WANG et al.,
clínica e exame clínico do paciente, 1998; ZANETTINI et al., 2005 afirmarem
associado a utilização de manobras que não há necessidade da utilização pois o
semiotécnicas, como punção aspirativa e, desconforto com o ardor da medicação
principalmente, diascopia. ocorre mesmo sob anestesia local. O
Caso clínico: Paciente do gênero presente caso discorda do estudo de
masculino, 40 anos, melanoderma, CHINEN et al., (1996) que constatou em
apresentava ao exame clínico intra-oral uma amostra de 235 casos de hemangiomas
lesão composta por massa tumoral de bucais, que 90% dos casos possuíam tempo
coloração arroxeada, base séssil, superfície de evolução de um ano, entretanto neste
lisa e resiliente à palpação, com caso o hemangioma esteve presente por 20
aproximadamente 6cm de comprimento, anos, havendo na literatura relato de caso
localizada no ventre lingual com histórico de 42 e 53 anos de permanência do
de crescimento lento após mordida e hemangioma bucal (RIBAS et al., 2004;
evolução por aproximadamente 20 anos. ROCHA et al., 2014).
Sob diascopia foi observada isquemia Conclusão: A escleroterapia é uma
frente à presença de coleção sanguínea em técnica bem aceita para o tratamento dos
seu interior. Como tratamento optou-se hemangiomas bucais, além de ser uma
pela escleroterapia com utilização do opção terapêutica efetiva, não invasiva, de
agente esclerosante Oleato de Etanolamina baixo custo, de fácil aplicação, menor risco
5%, onde foram realizadas 4 aplicações do de hemorragia além de proporcionar
agente esclerosante na região mais retorno da funcionalidade e aspecto
profunda da lesão associado a Mepivacaina estético favorável.
3% sem vasoconstritor, com intervalo de 7

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2151

MÚLTIPLOS ACOMETIMENTOS DE
OSTEOSSARCOMA EM PACIENTE
ODONTOLÓGICO: RELATO DE CASO
Isla Ribeiro de Almeida; Cleverson Luciano Trento;Gabriela de
Araújo Ferreira;Lucas Alves da Mota Santana;Silvia Ferreira de
Sousa

Introdução: Paciente, M.C.J.S., sexo geral e remoção das unidades dentárias


feminino, 19 anos, feoderma, compareceu adjacentes em razão do abaulamento e da
à Clínica de Diagnóstico Oral do destruição das corticais ósseas. O material
Departamento de Odontologia - UFS coletado foi conduzido para análise
devido a uma massa tumoral em região de histopatológica.
molar inferior direito, com evolução há Resultados, discussão e conclusão: O
dois meses. Constatou-se na história diagnóstico histopatológico foi de
pregressa relato de amputação do osteossarcoma (OS) rico em células
antebraço esquerdo há nove meses devido gigantes. Esse tipo de tumor é uma
à ressecção de tumor de células gigantes entidade extremamente incomum na
(TCG), segundo laudo histopatológico. Ao região da cabeça e pescoço, que acomete
exame físico extraoral, observou-se mais os ossos longos. A evolução clínica
assimetria facial acompanhada de discreto pós-cirúrgica da paciente foi desfavorável,
aumento de volume no terço inferior com recidiva tumoral e agravamento do
direito da face, ausência de linfadenopatia quadro geral de saúde. A mesma foi
e presença de múltiplos tumores em encaminhada para o setor de oncologia do
diferentes regiões do corpo. No exame Estado de Sergipe e submetida à
físico intraoral observou-se uma lesão quimioterapia pós-operatória e no decorrer
ulcerada, localizada em corpo mandibular, do período, observou-se significativa
com pontos de coloração avermelhada, melhora nas suas condições físicas e
consistência fibroelástica, com áreas de redução dos sintomas e dos tumores no
necrose e cobertas por esfacelo pseudo- corpo com ausência de sinais de recidiva. É
membranoso. bastante sugestivo que o tumor de boca
Métodos: Considerando-se as apresentado seja uma metástase de OS rico
características clínicas do tumor intraoral em células gigantes, presente em outras
como deformação óssea, similaridade com regiões do corpo da paciente. O presente
neoplasia, diagnóstico prévio de TCG em relato mostra um caso raro de
antebraço e presença de múltiplos tumores osteossarcoma, com particularidades como
pelo corpo, suscitou-se a hipótese numerosas células gigantes semelhantes à
diagnóstica de tumor marrom do osteoclastos e escassa formação de
hiperparatireodismo. [SF1] Optou-se por osteóide, representando um grande desafio
ressecção marginal da lesão sob anestesia o diagnóstico.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2153

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMA EM


MANDÍBULA
Manoela Moura de Bortoli; Luis Felipe de Oliveira Maciel; Lívia
Mirelle Barbosa; Ricardo José de Holanda Vasconcellos; Ana Karina
de Medeiros Tormes

Introdução: Osteomas são tumores Discussão: O osteoma é uma lesão que


benignos osteogênicos de ocorrência rara, aparece em qualquer idade, porém é
caracterizada pela proliferação de osso comumente identificada em adultos jovens
compacto e osso esponjoso1. A etiologia e sem predileção de gênero. O crânio é a
dos osteomas podem ser anomalias localização mais comum para o
congênitas, inflamações crônicas que desenvolvimento do osteoma. Nos ossos
ocasionam proliferação neoplásica, um gnáticos a região do corpo mandibular, na
trauma, mudanças embriológicas ou até superfície lingual, é uma localização
mesmo a tração muscular contínua que comum1. Esses achados da literatura,
pode contribuir para esse crescimento corroboram com o caso clínico, onde o
ósseo. paciente apresenta aumento de volume na
Metodologia: Paciente sexo masculino, região lingual do corpo da
32 anos, com queixa de aumento de volume mandíbula. osteoma se caracteriza por
na região basilar da mandíbula no lado uma lesão benigna, sem histórico na
direito, relatava um incomodo ao tocar o literatura de transformação maligna. A
local e queixa estética, ao exame físico de decisão de tratamento deste tumor deverá
aumento de volume aparente em região envolver o risco cirúrgico de danos às
mandibular, adjacente ao osso do corpo estruturas adjacentes2-3.
mandibular de aproximadamente 5cm de Conclusão: Pequenos osteomas deverão
diâmetro, extendendo-se para região ser tratados conservadoramente, com
lingual de mandíbula. O paciente foi observação periódica. Grandes lesões
submetido a anestesia geral, realizando tumorais, sintomáticas demandam
osteotomia e posterior remoção da lesão. tratamento cirúrgico, opção escolhida no
Em seguida foi realizada osteotomia caso , onde tivemos um paciente com um
periférica do terceiro molar incluso e incomodo ao toque e queixa estética.
remoção do mesmo. O exame Relata-se ainda na literatura que o
histopatológico revelou o diagnóstico de acompanhamento clinico-radiográfico é
Osteoma Mandibular. satisfatório, já que a recidiva é rara.
Referências:
Gawande P, Deshmukh V, Garde JB. A Giant Osteoma of the Mandible. J Maxillofac Oral Surg. 2015 Apr-
Jun; 14(2):460-465.

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Nilesh K, Bhujbal RB, Nayak AG. Solitary central osteoma of mandible in a geriatric patient. J Clin Exp
Dent. 2016;8(2):219-222.
Chung EH, HookSun, Yang Y, et al. Peripheral Osteoma in the Mandibular Angle. Arch Past Surg. 2015
Nov; 42(6):798-800.
Agrawal R, Agrawal S, Bhargava S, et al. An Uncommun Case of Solitary Peripheral Osteoma in the
Mandible. Case Reports in Dentistry. 2015;2015:1-4.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2154

FASCEÍTE NECROTIZANTE FACIAL CAUSADA


POR INFECÇÃO ODONTOGÊNICA
Giele Tenisi Braga; Felipe Seoane Matos; Fábio de Freitas Pereira
Freire; Vildeman Rodrigues; Roberto Almeida de Azevedo

Introdução: a Fasceíte Necrotizante (FN) cirúrgico e foi submetida a procedimento


da região cérvico-facial é uma infecção estético, após a resolução da infecção, com
rara, que acomete, geralmente, os a finalidade de recobrimento através de
pacientes com doenças que levam à enxerto de pele da área afetada pela equipe
imunossupressão sistêmica. É de cirurgia plástica.
caracterizada por uma necrose extensa dos Discussão: este caso clínico está de
tecidos moles, com possível formação de acordo com o que a literatura traz no que se
gases nos tecidos subcutâneos, seguida por refere a faixa etária acometida e à região de
progressão rápida e potencialmente fatal. maior frequência (entre os casos cérvico-
Este trabalho tem por objetivo descrever faciais), porém difere quanto ao gênero.
um caso de Fasceíte Necrotizante com Frequentemente, a FN surge em pacientes
origem odontogênica, enfatizando o que possuem comorbidades
diagnóstico, evolução clínica e o imunossupressoras, o que não se aplica
tratamento dessa patologia. neste caso, favorecendo o desfecho de
Métodos: paciente do gênero feminino, sucesso após o tratamento bem conduzido.
22 anos, com histórico de infecção Conclusão: a FN facial é uma infecção de
odontogênica evoluindo para um quadro de progressão rápida e potencialmente fatal.
Fasceíte Necrosante, sendo tratada por Por esse motivo, é essencial que o cirurgião
equipe multidisciplinar e realização de bucomaxilofacial exerça o diagnóstico e
desbridamento cirúrgico e tratamento adequado imediatamente, que
antibioticoterapia. consiste em antibioticoterapia sistêmica,
Resultados: a paciente evoluiu sem desbridamento cirúrgico e monitoramento
intercorrências pós desbridamento multidisciplinar intensivo.

Referências: 1. Weiss A, Nelson P, Movahed R, Clarkson E, Dym H. Necrotizing Fasciitis: Review of the
Literature and Case Report. J Oral Maxillofac Surg. 2011; 69:2786-2794; 2. Murray M, Dean J, Finn R.
Cervicofacial Necrotizing Fasciitis and Steroids: Case Report and Literature Review. J Oral Maxillofac
Surg. 2012 70:340-344; 3. Yadav S, Verma A, Sachdeva, A. Facial necrotizing fasciitis from na
odontogenic infection. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2012; 4. Lorenzini G, Picciotti M,
Di Vece L, Pepponi E, Brindisi L, Vessio V, Maffei M, Viviano M. Cervical Necrotizing Fasciitis of
odontogenic origin involving the temporal region – a case report. Journal of Cranio-Maxillo-Facial
Surgery. 2011 39:570-573.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2156

FIBROMA OSSIFICANTE CENTRAL:


RESSECÇÃO E REABILITAÇÃO COM
IMPLANTES DENTÁRIOS
Marcela Ferreira Lopes; Jonathan Ribeiro Silva; Paulo Roberto
Barbosa; Rodrigo dos Santos Pereira; Breno dos Reis Fernandes

Introdução: O fibroma ossificante reabilitação com implantes dentários e


central é um tumor fibro-ósseo benigno prótese fixa, e não demonstrou qualquer
raro da região craniofacial, diagnosticado complicação referente aos tratamentos.
com uma combinação de exames clínico, Conclusão: Com este caso clínico é
radiológico e histopatológico. A lesão é possível concluir que o Fibroma
assintomática, na maioria dos casos, até o Ossificante Central é uma lesão de grande
crescimento produzir tumefação visível e morbidade, que necessita de um
deformidade moderada. Problemas diagnostico precoce para melhorar a
estéticos e oclusais são freqüentemente as previsibilidade do tratamento.
primeiras manifestações dessas lesões e
ocorrem com maior freqüência na
mandíbula. O objetivo deste trabalho é
relatar um caso clínico de uma paciente
diagnosticada com Fibroma ossificante
central em região de sínfise mandibular.
Métodos: Paciente do gênero feminino,
50 anos, procurou Serviço de Cirurgia
Bucomaxilofacial do Hospital Das Clínicas
De Teresópolis Constantino Ottaviano
apresentando aumento de volume na
região mentual. Após biópsia incisional foi
confirmado o diagnóstico de fibroma
ossificante central, e assim foi realizado
um protótipo para planejamento do
tratamento definitivo, sendo escolhido
uma ressecção marginal associada a
fixação com placa do sistema 2.4.
Resultados: Depois de um
acompanhamento clínico e radiográfico de
5 anos a paciente foi submetida a

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2157

SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ:
RELATO DE CASO
Cibele Queiroz Busana; Geraldo Prestes de Camargo Filho; Plínio
Miguel Arcuri; Davidson Leandro Peres da Costa; Karen Yumi dos
Santos

A síndrome de Gorlin, também dentre os critérios maiores, múltiplos


denominada como síndrome de Gorlin- carcinomas basocelulares, sendo o início
Goltz, síndrome do nevo basocelular ou de aparecimento antes dos 20 anos,
síndrome do carcinoma nevóide de células ceratocistos odontogênicos confirmados
basais, é uma desordem autossômica por biópsia incisional, calcificação
dominante rara causada por uma mutação bilamelar da foice cerebral e costela bífida.
em um gene supressor de tumor o Patched E, como critérios menores, encontramos
(PTCH). hipertelorismo e macrocefalia.
A prevalência da síndrome é estimada de 1 Atualmente o paciente encontra-se em
para 60.000, acometendo todos os grupos pós-operatórios de 04meses de biópsia
étnicos com a maioria dos relatos em excisional na mandíbula e de biópsia
brancos. Gênero masculino e feminino são incisional na maxila realizada sob
igualmente afetados. anestesia geral. O mesmo apresenta boa
O presente trabalho tem como objetivo reparação cicatricial, sem recidivas e em
relatar o caso de um paciente do sexo acompanhamento ambulatorial com a
masculino, 22 anos, leucoderma, que nossa equipe.
apresentou-se ao Conjunto Hospitalar de O manejo da síndrome de Gorlin deve ser
Sorocaba devido ao encaminhamento de feito por equipe multidisciplinar, incluindo
um Cirurgião-Dentista. Ao raio X o Cirurgião Buco-Maxilo-Facial, devido ao
panorâmico observou-se múltiplas lesões comprometimento de vários órgãos. O
radiolúcidas sendo 02 na maxila e outras 02 diagnóstico precoce da síndrome deve ser
na mandíbula. Ao exame clínico específico, realizado para que terapias menos
presença de dentes decíduos na boca, agressivas sejam adotadas.
ausência de alguns permanentes, má
oclusão e ausência de abaulamento intra-
oral.
O diagnóstico desta síndrome é feito
baseado nos achados clínicos, sendo
confirmado na presença de dois critérios
maiores ou um maior associado a dois
menores. O presente caso apresentava,

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2158

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO MANDIBULAR DE


GRANDE EXTENSÃO TRATADO COM SUCESSO POR
MÉTODO CONSERVADOR: RELATO DE CASO
Marcelo Leite Machado da Silveira; Adriano Rocha Germano; José Sandro
Pereira da Silva; Luis Ferreira de Almeida Neto; Márcia Cristina da Costa
Miguel

Introdução: O presente trabalho tem imagem têm demonstrado redução do


como objetivo relatar o tratamento de um tamanho da lesão e áreas de neoformação
ceratocisto odontogênico de grande óssea. O paciente também não relata dor e
extensão acometendo corpo, ângulo e mantém função e forma preservadas.
ramo mandibular. A lesão foi tratada com Discussão: O presente caso demonstra a
sucesso de forma conservadora evitando importância do tratamento conservador no
uma grande destruição do osso basal. tratamento do ceratocisto odontogênico.
Métodos: Um paciente de 17 anos, do Por esse método, fomos capazes de
sexo masculino compareceu ao Serviço de preservar a integridade óssea mandibular,
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- tratar com sucesso a lesão e manter a
Facial da UFRN com queixa de dor na região função do paciente sem que houvesse
de corpo e ângulo mandibular do lado necessidade de reconstrução ou risco de
esquerdo. O exame clínico não revelou fratura patológica da mandíbula.
alterações significativas em face porém o Conclusões: A descompressão e o uso da
exame de imagem evidenciou uma lesão solução de Carnoy são modalidades
radiolúcida, multilocular de grande terapêuticas bem indicadas no tratamento
extensão que acometida as regiões de do ceratocisto odontogênico. Esse tipo de
corpo, ângulo e ramo ascendente da tratamento preserva a função e forma,
mandíbula. O elemento 38 encontrava-se evitando necessidade de grandes
incluso associado à lesão. Após biópsia reconstruções e riscos de fraturas
incisional, que confirmou o diagnóstico de patológicas.
ceratocisto odontogênico, foi planejado
descompressão com exodontia do
elemento dentário 38 e, em um segundo
momento, foi realizada a enucleação da
lesão associada à aplicação da solução de
Carnoy.
Resultados: O paciente encontra-se em
acompanhamento de 1 ano e meio após a
última intervenção cirúrgica. Os exames de

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2161

ENUCLEAÇÃO DE CISTO EPIDERMÓIDE EM


REGIÃO SUBLINGUAL POR VIA INTRA ORAL:
RELATO DE CASO
Alisson dos Santos Almeida; Miguel Gustavo Setúbal Andrade; Silvia
Regina Reis; Adriano Silva Perez; Danilo de Paula Ribeiro Borges

Introdução: Cistos epidermóides são lingual e assoalho bucal, o cisto foi


entidades raras, benignas, de crescimento enucleado sem ruptura da cápsula e o
lento e progressivo podendo atingir espécime enviado para exame
grandes proporções. Há uma ligeira anatomopatológico.
predileção pelo gênero masculino na Resultados: O exame anatomopatológico
segunda ou terceira décadas de vida. Sua foi conclusivo de cisto epidermóide. O
etiologia permanece incerta. São paciente encontra-se em
assintomáticos na maioria dos casos, mas acompanhamento pós-operatório sem
podem causar disfagia, dificuldades na fala queixas e/ou sinais de recidivas.
e deslocamento lingual. O tratamento
Discussão: O diagnóstico diferencial
inclui a enucleação completa da lesão. O
envolve rânula, bloqueio uni ou bilateral
objetivo é relatar um caso de um cisto
dos ductos de Wharton, cisto do trato
epidermóide em assoalho bucal, enucleado
tireoglosso, higroma cístico, cisto da fenda
por via intra oral.
branquial, infecção ou celulite aguda do
Métodos: paciente de 53 anos, assoalho de boca, infecção das glândulas
melanoderma, gênero masculino que submandibular e sublingual, tumores
compareceu ao ambulatório de cirurgia e benignos e malignos do assoalho da boca e
traumatologia Bucomaxilofacial do das glândulas salivares adjacentes e massa
Hospital Geral Roberto Santos de gordura anormal na área
apresentando uma tumefação em assoalho submentoniana. Histologicamente é
bucal e queixando-se de dificuldade em se classificado em 3 tipos: epidermóide,
alimentar e falar. Ao exame intraoral, dermóide e teratoma e parece não ter
observou-se crescimento nodular relação com o prognóstico. A escolha do
submucoso em região sublingual à direita acesso cirúrgico varia de acordo com o
de formato ovóide, consistência tamanho e a posição da lesão, e as recidivas
borrachóide à palpação. A tomografia ou transformações malignas são raras,
computadorizada de face mostrou imagem porém, documentadas na literatura.
cística, paramediana, medindo 5,8 x 3,3 x
Conclusão: O cisto epidermóide é uma
3,1 cm em seus maiores eixos, situada
lesão benigna, tratada com sucesso através
acima do músculo genio-hioideo. Foi
de enucleação, apresentando rara
realizada a enucleação, sob anestesia geral
recorrência.
e acesso intraoral em linha média de ventre

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2162

REMOÇÃO CIRÚRGICA DE SIALÓLITO EM


GLÂNDULA SALIVAR
Ilson Divino do Nascimento Filho; Valéria de Lemos Brandão; Renan
Capobianco Vieira; Regis William Kenji Essu; Edilson Hidemitsu
Sassaki

Introdução: Os sialólitos ocorrem pelo Discussão: o caso relatado e publicações


desenvolvimento de calcificação no levantadas trazem à luz a discussão da
interior do ducto de glândulas salivares ou terapêutica de escolha para a remoção de
mais raramente a calcificação na própria sialólitos das glândulas salivares.
glândula. Forma-se pela deposição de sais Conclusão: Tal procedimento mostrou-
de cálcio envolvendo células epiteliais se uma alternativa segura e eficaz no
descamadas, bactérias, material orgânico tratamento de sialolitíases.
ou em corpos estranhos. Este trabalho tem
por objetivo descrever as características e o
tratamento cirúrgico de um sialólito
localizado no ducto da glândula salivar
submandibular direita.
Método: Relato de caso paciente E.J.S.,
melanoderma, sexo feminino, 59 anos,
compareceu ao hospital Santa Marcelina
com queixa de lesão nodular em assoalho
bucal, álgica a palpação, móvel, com cerca
de 1,5 cm de diâmetro com histórico de
algias que acentuavam principalmente
perto dos horários das refeições e
aumentando de tamanho com o passar dos
anos, foi solicitado radiografia oclusal de
mandíbula observando área radiopaca bem
delimitada, não aderida localizada em
assoalho bucal do lado direito. O
tratamento proposto foi a remoção
cirúrgica da lesão via acesso intraoral sob
anestesia local e envio da amostra para
exame histopatológico obtendo como
resultado de sialólito.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2164

RESSECÇÃO DE FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL EM


MAXILA E RECONSTRUÇÃO IMEDIATA COM RETALHO
DE MÚSCULO TEMPORAL: RELATO DE CASO
Leandro da Cunha Dias; Daniele Lacerda Pereira; Lucas Berlatto
Modonesi; Fábio Calandrini Rodrigues; Fabricio David Jorge

Introdução: O fibroma ossificante juvenil fundo de vestíbulo direito. A tomografia de


(FOJ) é um tumor fibro-ósseo benigno raro face evidenciou massa sólida expansiva no
da região maxilofacial, caracterizado por seio maxilar direito com extensão para
ser geralmente de crescimento lento, fossa nasal e palato duro deste lado, e
assintomático e com alta tendência à também erosão do assoalho orbital direito.
recidiva. Acomete principalmente crianças O tratamento de escolha foi a ressecção
e jovens, sem predileção por sexo, e em completa do FOJ por hemimaxilectomia
mais de 90% dos casos envolve os seios através da técnica de Weber-Ferguson e
paranasais e ossos periorbitários. Sua reconstrução imediata com rotação de
manifestação clínica inclui tumefação retalho de músculo temporal.
facial, deslocamento dentário, sinusite, Resultados: O paciente encontra-se com
obstrução nasal, proptose ocular e cegueira um ano e meio de pós-operatório, sem
progressiva. Radiograficamente apresenta- alteração visual e respiratória, com
se como uma lesão bem delimitada com discreto ectrópio no lado direito, sem
radiolucência variável, dependendo do fístula buco-nasal e sem sinais de recidiva
estágio de maturação e quantidade de do FOJ.
calcificação. O tratamento consiste de
Discussão: Este estudo corrobora a
ressecção cirúrgica completa. O objetivo
literatura, uma vez que o caso aqui relatado
deste trabalho é relatar um caso de FOJ
é de um paciente jovem com lesão
tratado por ressecção completa da lesão.
desenvolvida em seio paranasal e
Métodos: Paciente M.G.S.C., 20 anos, acometendo ossos periorbitários. O
gênero masculino, com queixa de aumento tratamento de eleição também seguiu o
de volume progressivo em terço médio de que se é preconizado, ou seja, a ressecção
face à direita, já tendo se submetido completa da lesão. A reconstrução
previamente a procedimento de imediata com rotação do retalho do
osteoplastia, sem melhora da assimetria músculo temporal restaura as funções da
facial e com aparente recidiva. maxila, sendo um retalho localmente
Compareceu com laudo histopatológico e viável, fino e bem vascularizado,
diagnóstico de FOJ. Ao exame físico, recobrindo completamente defeitos hemi-
apresentou aumento de volume em maxila palatais e melhorando a fonação,
direita, abaulamento do seio maxilar e do mastigação e deglutição.
palato duro à direita, e apagamento do

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Conclusão: A ressecção do FOJ e


reconstrução imediata com retalho de
músculo temporal é um procedimento
seguro, estável e de bom prognóstico.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2165

CURETAGEM E TAPIZAMENTO NO
TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA DE
GRANDE EXTENSÃO: RELATO DE CASO
Felipe Gomes Xavier; Daniel Facó da Silveira Santos; Roberto Dias
Rêgo; Anderson Maia Meneses; Eliardo Silveira Santos

O ameloblastoma é o tumor de origem direitos. Foi realizada biopsia incisional,


odontogênica mais comum, representando obtendo-se o diagnóstico de
cerca de 11% de todos os tumores ameloblastoma. Diante dos achados
odontogênicos. Trata-se de uma lesão clínicos e imaginológicos, decidiu-se
benigna de caráter agressivo com realizar 2 procedimentos de curetagem da
predileção pela região posterior da lesão, associada a tapizamento com gaze
mandíbula. O tratamento do besuntada em nitrofural, com intervalo de
ameloblastoma varia de acordo com dois meses entre eles. No
características da lesão, variando de acompanhamento pós-operatório, o
abordagens menos invasivas como a paciente retornava ao ambulatório a cada 2
marsupialização associada a curetagem, dias para realização de irrigação com
até cirurgias agressivas como a ressecção rifampicina e troca das gazes durante 4
em bloco. O objetivo deste trabalho é meses. A literatura preconiza que
relatar o caso do paciente F.E.S., gênero ameloblastomas multiloculares de grande
masculino, 33 anos, que chegou ao serviço extensão devem ser tratados através da
se queixando da presença de um cisto na ressecção em bloco da lesão, gerando
mandíbula. O paciente relata aumento de prejuízo estético e comprometimento de
volume com 10 meses de evolução, sem funções como a fala, mastigação e
sintomatologia dolorosa; relata também deglutição. Nosso paciente se encontra
ter sido submetido a punção aspirativa e com 8 meses de acompanhamento pós-
instalação de dispositivo de operatório desde a primeira curetagem,
descompressão. Ao exame clínico, apresentando melhora no aumento de
observamos aumento de volume em região volume extra-oral e com exames
posterior de mandíbula do lado direito, imaginológicos revelando imagens
abaulamento de fundo de vestíbulo sugestivas de neoformação óssea em toda a
mandibular posterior direito e presença de acometida pela lesão. Diante do que foi
dispositivo de descompressão. Os exames exposto, a curetagem associada ao
de imagem revelam lesão intra-óssea tapizamento surge como uma alternativa
multilocular, estendendo-se da região do no tratamento de ameloblastomas de
dente 46, até processo coronóide e côndilo grande extensão, desde que seja realizado

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

o correto diagnóstico, com o correto durante o período de cuidados e


planejamento e colaboração do paciente acompanhamento pós-operatório.
Referências:
1. SAMPSON, Daniel E.; POGREL, M. Anthony. Management of mandibular ameloblastoma: the clinical
basis for a treatment algorithm. Journal of oral and maxillofacial surgery, v. 57, n. 9, p. 1074-1077,
1999.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2166

HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS


EM PACIENTE DE 45 ANOS:
RELATO DE CASO
Willy Rodrigues Neuburger; Arthur Berny Castellano; Matheus
Spinella de Almeida; Luiz Henrique Godoi Marola; José Nazareno
Gil

Introdução: A Histiocitose de Células de HCL. Foi planejada e realizada a cirurgia,


Langerhans (HCL) é uma desordem onde ocorreu exérese da lesão seguida de
proliferativa rara de células dendríticas, brocagem periférica.
responsável por lesões ósseas e/ou de Resultados: Paciente encontra-se
tecido mole em múltiplas regiões do corpo, atualmente em controle pós-operatório de
sendo mandíbula e maxila de 10 a 20% dos seis meses, com ausência de sinais de
sítios acometidos. Clinicamente sua recidiva e também ausência de alterações
apresentação se dá em três formas: neurossensoriais.
granuloma eosinofílico, histiocitose
Discussão: De etiologia incerta,
disseminada aguda (doença de Letterer-
pesquisas apontam para a patologia
Siwe) e histiocitose disseminada crônica
caracterizando-se como um neoplasma, o
(doença de Hand-Shuller-Christian). O
que influencia na escolha do melhor
intuito deste trabalho é relatar um caso de
tratamento para as suas variantes. Segundo
HCL e seu tratamento.
Bartnick et al. (2002) o tratamento
Métodos: Paciente de 45 anos, gênero cirúrgico de lesões isoladas localizadas em
feminino, com aumento de volume, dor e ossos gnáticos é muito efetivo e o mais
parestesia em região esquerda posterior de indicado para a erradicação/cura da
mandíbula. Ao exame radiográfico doença.
observou-se imagem radiolúcida de limites
Conclusão: Em concordância com a
bem definidos. Após a realização da biópsia
literatura, a exérese da lesão de HCL se
incisional, por meio de análise
mostra o tratamento mais indicado para
anatomopatológica e imuno-histoquímica
lesões únicas em região de maxila e/ou
houve a confirmação do diagnostico de
mandíbula.
Referências: BARTNICK, Arnd et al. Oral Langerhans cell histiocytosis. Journal Of Cranio-
maxillofacial Surgery, [s.l.], v. 30, n. 2, p.91-96, abr. 2002.

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2174

TRATAMENTO DE FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL


ATRAVÉS DE RESSECÇÃO SEGUIDA DE ENXERTO
ÓSSEO LIVRE ASSOCIADO À OXIGENAÇÃO
HIPERBÁRICA: RELATO DE CASO
Felipe Gomes Gonçalves Peres Lima; Luiz Fernando Barbosa de Paulo;
Flaviana Soares Rocha; Jonas Dantas Batista; Lair Mambrini Furtado

As lesões fibro-ósseas são neoplasias benignas que têm


potencial para crescimento excessivo e destruição óssea. Nos
ossos da região maxilo-facial, o fibroma ossificante juvenil
representa um subconjunto de lesões fibro-ósseas,
apresentando características histomorfológicas únicas e
comportamento agressivo. Embora o tratamento de pacientes
com fibroma ossificante juvenil permaneça controverso, sua
maior recorrência faz com que intervenções cirúrgicas sejam
frequentemente recomendadas. Alguns casos de ressecção são
necessários e a reconstrução deve ser parte do tratamento
completo. A oxigenação hiperbárica é freqüentemente usada
como ferramenta para aumentar a oxigenação tecidual, a função
dos fibroblastos e a neovascularização, ajudando a melhorar a
incorporação dos enxertos ósseos autógenos livres em grandes
defeitos. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de
fibroma ossificante juvenil em paciente gênero feminino, 20
anos, envolvendo região posterior de mandíbula tratado com
ressecção mandibular e posterior reconstrução com enxerto
ósseo livre de crista ilíaca associada à oxigenação hiperbárica.

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2178

TRATAMENTO DE FIBROMA OSSIFICANTE


PERIFÉRICO: RELATO DE CASO
Renata de Jesus da Silva; Raphaella Ayres Lima Barbosa; Diego
Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz; Estevam
Rubens Utumi

O Fibroma Ossificante Periférico (FOP) é trabeculares de material osteóide e


uma lesão não neoplásica proliferativa cementóide, confirmando o diagnóstico de
reacional com presença de focos FOP. Dessa maneira foi programada a
calcificados. Pode apresentar base séssil ou biópsia excisional sob anestesia geral da
pediculada, com coloração semelhante à lesão com curetagem do osso envolvido e
mucosa adjacente ou eritematosa, exodontia de dentes acometidos. A
superfície lisa ou ulcerada. A etiologia é paciente se encontra em acompanhamento
incerta, mas sabe-se que esta associada a há um ano e não apresentou sinais de
fatores irritantes locais. Tal lesão recidiva. O FOP caracteriza-se como uma
apresenta uma predileção pelo gênero massa hiperplásica reacional podendo
feminino e pela região anterior de maxila e derivar do tecido conjuntivo da submucosa
mandíbula. O objetivo deste estudo é ou do ligamento periodontal, havendo
relatar um caso de FOP em paciente focos calcificados no seu interior. A
atendido pelo Departamento de Cirurgia e abordagem de escolha deve ser excisão
Traumatologia Bucomaxilofacial do total da lesão, incluindo a remoção do
Hospital Municipal Dr Arthur Ribeiro de ligamento periodontal, além de qualquer
Saboya, SP, Brasil. Paciente C.M, gênero agente irritante local. Portanto
feminino, 49 anos, queixou-se de um salientamos a importância da remoção
“caroço” na gengiva, que dificultava a completa, incluindo o periósteo e o
mastigação. A lesão apresentava de ligamento periodontal subjacente, além
formato nodular irregular com base séssil, dos fatores causais, para diminuir as
coloração a mucosa adjacente com áreas chances de recidiva.
eritematosas devido trauma, endurecida à
palpação se estendendo de canino a
segundo pré-molar esquerdo. A tomografia
computadorizada revelou imagem mista de
formato nodular irregular na região de
parassínfese mandibular esquerda com
focos de calcificação em seu interior. Como
conduta inicial foi realizada biópsia
incisional sob anestesia local, cujo
resultado mostrou depósitos ovoides e

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2182

LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES:


RELATO DE CASO
Karen Yumi dos Santos; Plínio Miguel Arcuri; Geraldo Prestes de
Camargo Filho; Rubens Guimarães Filho; Cibele Queiroz Busana

O granuloma periférico de células gigantes (GPCG) é definido


como um processo proliferativo não neoplasico, de
etiopatogênese incerta, reacional do tecido conjuntivo fibroso
ou do periósteo, que caracteriza histologicamente pela presença
de células gigantes multinucleadas permeadas por células
mesenquimais volumosa ovoides e fusiformes . O objetivo deste
trabalho é de relatar um caso de GPCG em homen branco, de 51
anos, cardiopata e nefropata crônico, apresentando nódulo
pediculado em região de rebordo alveolar edêntulo,
assintomática, limite definido, coloração azul-arroxeado, área
de ulceração, com 2,0 cm de largura por 4,0 cm de comprimento
por 1,0 cm de altura, circundando o dente 44 que se apresentava
com mobilidade. O diagnóstico foi obtido através de biópsia
incisional em análise microscópica se identificou presença de
células gigantes multinucleadas, após o resultado foi realizado
exerese da lesão sob anestesia geral. Hoje encontra-se em pós-
operatório de 2 meses, apresentou reparação cicatricial da área
operado favorável, sem recidiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2185

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ADENOMA


PLEOMÓRFICO EM PALATO:
RELATO DE CASO
Renata de Jesus da Silva; Raphaella Ayres Lima Barbosa; Diego
Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz; Estevam
Rubens Utumi

O adenoma pleomórfico ou tumor misto realizada biópsia incisional sob anestesia


benigno é a neoplasia de glândulas local, cujo resultado mostrou neoplasia
salivares mais comum, tanto nas glândulas epitelial de glândula salivar, confirmando o
maiores como em menores. Clinicamente diagnóstico de adenoma pleomórfico. Foi
apresenta lesões solitárias, ovóides, de programada a biópsia excisional sob
margens bem delimitadas, indolores e de anestesia geral, não apresentando recidiva
crescimento lento, não se fixando ao tecido após um ano de acompanhamento. O
adjacente. Do ponto de vista histológico o palato é a localização mais comum dos
tumor é composto de uma mistura de tumores mistos de glândula salivar menor,
epitélio glandular e células mioepiteliais representando aproximadamente 50% dos
permeados por um fundo similar ao exemplos intraorais. Quando localizado em
mesênquima. O presente estudo relata um palato mole pode ocasionar usar
caso clínico de adenoma pleomórfico, dificuldades de mastigação e respiração.
localizado no palato duro, em paciente Neste caso, a lesão causava desconforto
atendido pelo Departamento de Cirurgia e durante a deglutição. O tratamento das
Traumatologia Bucomaxilofacial do lesões em palato consiste na excisão
Hospital Municipal Dr Arthur Saboya, SP, completa da lesão juntamente com uma
Brasil. Paciente 54 anos, gênero masculino, margem de segurança. As transformações
leucoderma, queixou-se de um “caroço” no malignas em um carcinoma ex-adenoma
palato indolor, que dificultava a pleomórfico ou mioepitelioma maligno
deglutição. Ao exame clínico notou-se a ocorre em 3 a 4% dos casos, dessa forma
presença de uma lesão com limites bem deve se realizar um cauteloso
definidos, de superfície lisa, com coloração acompanhamento. O correto diagnóstico e
compatível com mucosa adjacente, de realização adequada do tratamento
consistência borrachóide. A tomografia maxilofacial, associada ao controle pós-
computadorizada revelou imagem nodular operatório garante o êxito do tratamento.
irregular na região pterigopalatina
hiperatenuante em relação às estruturas
vizinhas, permitindo a avaliação da
extensão. Como conduta inicial foi

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2187

CISTO ÓSSEO SIMPLES: RELATO DE CASO


Lorena Mendonça Ferreira; João Nunes Nogueira Neto; Patrícia
Miranda Leite Ribeiro; João Frank Carvalho Dantas de Oliveira

Introdução: O Cisto Ósseo Simples (COS) Metodologia: O objetivo do presente


é classificado como um pseudocisto que trabalho é relatar um caso de um paciente
acomete os maxilares, principalmente em do sexo masculino, 17 anos de idade com
região de corpo e sínfise mandibular de histórico de COS envolvendo ramo e
etiologia desconhecida. Clinicamente é ângulo mandibular associado ao dente 3.8
assintomático e caracteriza-se como uma incluso tratado por realizada exodontia do
cavidade vazia ou contendo um liquido dente incluso e curetagem.
sanguinolento. Radiograficamente o COS Discussão: Devido à ausência da cápsula
apresenta-se como uma área radiolúcida, epitelial, o cisto ósseo simples é
unilocular, bem delimitada por um halo considerado pela Organização Mundial de
radiopaco, sua margem pode contornar as Saúde como pseudocisto. Devido aos
raízes dentárias adjacentes sem causar aspectos clínicos é encontrado geralmente
reabsorção radicular que se não tratado durante exames radiográficos de rotina e
pode alcançar grandes dimensões. No seu diagnóstico confirmado durante o
exame histológico é possível observar uma procedimento cirúrgico.
cavidade revestida por tecido conjuntivo
Conclusão: O COS é um pseudocisto de
sem a presença de envoltório epitelial. Os
etiologia pouco conhecida cujo tratamento
tratamentos são variados e as
de curetagem possui resultados previsíveis.
possibilidades terapêuticas vão desde o
acompanhamento, curetagem à ressecção
da lesão, sendo rara a recidiva.
Referências: Mannarino FS et al. Cisto ósseo simples – relatos de casos. Rev. Cir. Traumatol. Buco-
Maxilo-Fac. 2014 Jul-Set; 14 (3): 15-20. Batista CEM et al. Abordagem cirúrgica de cisto ósseo simples
em côndilo mandibular: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac. 2013 Abr-Jun; 13(2): 51-
6. Nunes AC et al. Cisto Ósseo Simples: Relato de Dois Casos e Revisão da Literatura. Arch Health
Invest. 2012; 1(1): 11-7. Andrade EL et al. Cisto ósseo simples: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol.
Buco-Maxilo-Fac.2016 Abr-Jun; 16 (2): 36 – 9.

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2189

OSTEORRADIONECROSE EM CAVIDADE
ORAL
Renan Capobianco Vieira1; Ilson Divino do Nascimento Filho2; Élide
Maria Nunes Caccelli2

¹Residente em Cirurgica Buco Maxilo Facial pelo Hospital Santa Marcelina –SP E-mail
capobiancovieira@gmail.com. ²Residente em cirurgia Buco Maxilo Facial pelo Hospital Santa
Marcelina-SP; ³ Cirurgiã Buco Maxilo Facial e preceptora do programa de residência em Buco Maxilo
Facial do Hospital Santa Marcelina - SP

Introdução: De todas as neoplasias Distintas formas de tratamentos para


malignas de cabeça e pescoço, 40% são de osteorradionecrose são citadas na
cavidade oral. As neoplasias malignas de literatura, dentre tratamentos
cabeça e pescoço são lesões que requerem conservadores temos: irrigação,
um tratamento complexo, as modalidades antibioticoterapia, terapia fotodinâmica
terapêuticas incluem cirurgia, (laserterapia de baixa potência),
quimioterapia, radioterapia ou associações oxigênioterapia hiperbárica, pequenos
destas. A radioterapia apesar de ser um procedimentos cirúrgicos. Com a ineficácia
tratamento muito eficaz nas neoplasias das técnicas conservadoras, a ressecção do
malignas de cavidade oral, há alguns tecido ósseo e reconstrução com enxerto
efeitos indesejáveis tais como: microvascularizado podem ser realizados
osteorradionecrose, trismo, xerostomia, Este trabalho tem como objetivo alertar
hiposalivação, mucosite, radiodermatite, sobre a osteorradionecrose e algumas
alteração de paladar, carie de radiação, formas conservadoras de tratamentos.
estes efeitos prejudicam a qualidade de
vida do paciente.
A osteorradionecrose talvez seja a mais
grave das complicações terapêuticas,
segundo Marx em 1983, refere que radiação
utilizada causaria um endarterite,
causando hipóxia tecidual,
hipocelularidade, hipovascularização
dificultando o processo de cicatrização,
também reduzindo a proliferação de
medula óssea, colágeno, periósteo e células
endoteliais, causando a exposição óssea e
osteomielite.

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2193

OSTEONECROSE POR BIFOSFONATO APÓS


COMPLICAÇÃO EM IMPLANTE: TRATAMENTO
CIRÚRGICO COMBINADO COM L-PRF
Kézia Kerr De Souza; Ricardo Axer Avelino; Renato Álvares Cabral;
Celso Henrique Najar Rios

Introdução: Os Bifosfonatos, chamados radiográficos diagnosticou-se um quadro


de drogas antirreabsortivas, têm sido de Osteonecrose Maxilar por uso de
amplamente administrados a pacientes Bifosfonato. A paciente fora submetida à
com osteoporose. A Osteonecrose dos intervenção cirúrgica na qual se realizou
maxilares é relatada como um importante debridamento com piezosurgery, e logo
efeito adverso relacionado a essa terapia após o fechamento da ferida com
medicamentosa. A Fibrina Rica em membranas de L-PRF.
Plaquetas e Leucócitos (L-PRF), tem se Discussão: A Osteonecrose dos Maxilares
apresentado como uma alternativa de tem se apresentado como um importante
tratamento para estes casos. O objetivo efeito adverso da utilização dos
deste estudo é relatar um caso clínico de Bifosfonatos. Visto que as inúmeras
um paciente submetido ao tratamento da tentativas de tratamento, como terapia em
Osteonecrose Maxilar por Bifosfonato câmara hiperbárica, debridamento
através de um debridamento com cirúrgico, entre outros, nem sempre
piezosurgery, seguido pela colocação de resultam na resolução do quadro clinico,
membranas de L-PRF. optou-se neste caso, pela associação de um
Métodos: Estudo descritivo do tipo relato debridamento cirúrgico e membranas de L-
de caso baseado em dados obtidos através PRF. Esta malha de fibrina autóloga que
da anamnese, exame físico e exames libera fatores de crescimento durante um
complementares associados à revisão da extenso período, tem se apresentado como
literatura na base de dados LILACS e Scielo. uma alternativa de tratamento para estes
Resultados: Paciente, sexo feminino, 71 casos. Com processamento simplificado e
anos, usuária mensal de Osteotec, sem manipulação bioquímica do sangue ela
apresentava insucesso em implante na auxilia na angiogênese e fechamento das
região do dente 36. Ao exame intra- oral áreas expostas. Noventa dias pós-
apresentava área de exposição óssea operatório, apresentou cicatrização da
alveolar. O exame radiográfico evidenciava lesão e neoformação óssea local sem
área radiolúcida extensa na região onde evidencias de recidiva.
fora realizado o implante dentário. Conclusões: A L-PRF pode ser
Baseado nos achados clínicos, e considerada como uma alternativa no

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

tratamento de Osteonecrose, necessitando condição de difícil manejo nos pacientes


de mais estudos a longo prazo. O cirurgião- que fazem uso de Bifosfonatos.
dentista deve estar atento para essa
Palavras-chave: Implante dentário, Osteonecrose, Bifosfonato.

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2197

CISTO EPIDERMOIDE: RELATO DE CASO


Lorena Mendonça Ferreira; João Nunes Nogueira Neto; Patrícia
Miranda Leite Ribeiro; João Frank Carvalho Dantas de Oliveira

Introdução: Cisto Epidermóide (CE) ou Metodologia: O objetivo do presente


Cisto Infundibular, é um cisto raro de trabalho é relatar um caso de um paciente
desenvolvimento que pode ser encontrado do sexo feminino, 24 anos de idade com
em qualquer parte do corpo. Clinicamente histórico de CE envolvendo desde região
se apresenta sob aspecto nodular, infra-orbital até zigomática esquerda,
assintomático, bem circunscrito e firme a tratado com excisão cirúrgica sob anestesia
palpação e acomete principalmente local.
pacientes do sexo masculino em região de Discussão: A região de cabeça e pescoço
cabeça, pescoço e nas costas. Os CE são são as mais acometidas em adultos jovens
cobertos por epiderme sem apêndices de enquanto que o acometimento nas costas é
pele derivado do aprisionamento do mais comum em adultos velhos. O
epitélio durante processo cicatricial após tratamento de escolha é a excisão cirúrgica
episódio inflamatório do folículo piloso. Na conservadora com raros casos de recidiva.
avaliação histológica é possível notar Os CEs são lesões não neoplásicas,
presença de epitélio escamoso entretanto raros casos de transformações
estratificado com aspecto semelhante a malignas são reportados.
epiderme com uma camada de células
Conclusões: CEs são lesões císticas que
granulares e o lúmen cístico preenchida
possuem raras recidivas quando tratados
por ortoqueratina degenerada. O
com excisão cirúrgica conservadora.
tratamento é a excisão cirúrgica e as
recidivas são raras.
Referências: Agrawal SM, Loksh Y. Epidermoid cyst of the buccal mucosa: a case report. IJOCR. 2014
Jan-Mar; 2 (1): 21-4. Mahalakshmi S et al. Rare Locations of Epidermoid Cyst: Case Reports and Review.
Ethiop J Health Sci. 2016 Nov; 26 (6): 595-601. Findik Y et al. Extraoral approach of the surgical
treatment of sublingual epidermoid cyst: A case report. J Pak Med Assoc. 2017 Mai; 67 (5): 796-8.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2199

CISTO EPIDERMÓIDE EM ASSOALHO DA


BOCA: RELATO DE CASO
Auréliane Dulcie Jackalyn Daluz; Lethicia Andrade Figueiredo
Ventura; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: Os Cistos Epidermóides são diferencial uma tireóide ectópica. Paciente


anomalias de desenvolvimento incomum, submetido à cirurgia de enucleação da
na região de cabeça e pescoço. Possui um lesão.
crescimento lento progressivo, podendo Resultados: No anatomopatológico
atingir grandes proporções, contendo revelou uma lesão cística revestida por
queratina em seu interior. A teoria mais epitélio escamoso com áreas
aceita sobre a origem destes cistos, afirma queratinizadas, concluindo o diagnostico
que eles são derivados dos restos epiteliais um cisto epidermóide. O paciente possui
retidos na linha média, durante o recuperação positiva e encontra-se em
fechamento dos 1° e 2° arcos branquiais, na proservação.
terceira e quarta semana de vida intra-
Conclusão: Este tipo de anomalia, apesar
uterina.
de ser uma entidade rara e benigna, não
Objetivo: Este trabalho tem como deve ser subestimada. É interessante fazer
objetivo relatar um caso clínico de uma o diagnóstico diferencial tanto clínico
enucleação de um cisto epidermóide como anatomopatológico. Portanto, é de
localizado na região paramediana direita grande importância o conhecimento desta
do assoalho da boca. lesão por parte do cirurgião-dentista para
Relato de caso: Paciente do sexo um diagnostico precoce e um tratamento
masculino, 13 anos de idade, leucoderma, adequado, garantindo a saúde do paciente.
procurou a Clinica-Escola de odontologia
do Unipê, queixando-se de um aumento de
volume em assoalho bucal, sem
sintomatologia dolorosa. Ao exame clínico,
apresentava aumento de volume em
assoalho bucal de coloração
esbranquiçada, superfície lisa, de
consistência mole à palpação, medindo
cerca de 2,7 x 1,1 cm, localizada no lado
direito do assoalho da boca, incluindo a
região do frênulo lingual. Sem alterações
extraorais. Foi realizada uma
ultrassonografia tendo como diagnostico

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2202

ADOLESCENTE COM REABSORÇÃO


CONDILAR IDIOPÁTICA BILATERAL:
RELATO DE CASO
Thaisa Reis de Carvalho Sampaio; Thâmara Onofre de Melo; Thaysa
Onofre de Melo; Jefferson Luiz Figueiredo Leal; Suzana Célia
Carneiro

A Reabsorção Condilar Idiopática é uma alteração patológica dos


côndilos mandibulares, onde ocorre uma diminuição do volume
e altura dos côndilos, provocando alterações na morfologia do
sistema estomatognático e na oclusão dentária. Não possui um
padrão etiológico, podendo ser causada por artrite reumatoide
juvenil, lúpus eritematoso, trauma, após tratamento
ortodôntico, disfunção temporomandibular, cirurgias
ortognáticas, uso de corticosteroides e/ou de anticoncepcional.
Observa-se uma reabsorção da medula óssea interna do côndilo
da mandíbula, proporcionando a perda da dimensão vertical
condilar, que pode resultar em uma disfunção oclusal e músculo
esqueletal. As mulheres apresentam uma maior predisposição,
porque possuem um papel importante e potencial dos
hormônios sexuais. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar um
caso de uma adolescente que apresentou reabsorção condilar
idiopática bilateral, como possível consequência de alterações
hormonais e uso crônico de corticosteroides, além de relatar os
procedimentos realizados no seu diagnóstico e tratamento. O
tratamento ainda possui diversas controvérsias, mas o método
de escolha deve ser instituído precocemente, para diminuir os
efeitos do grau de reabsorção.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2213

EXCISÃO CIRÚRGICA DE EXTENSO SIALÓLITO DO


DUCTO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR:
RELATO DE CASO
Josfran da Silva Ferreira Filho; Mariana Canuto Melo de Sousa
Lopes; Mário Igor Serpa Paiva Damasceno; Fabrício Bitu Sousa;
Breno Souza Benevides

A Sialolitiase é uma alteração no interior O exame clínico intra-oral evidenciou a


da glândula salivar ou de seu ducto, presença de um tecido endurecido,
causada pela presença de cálculo em seu irregular, localizado em soalho bucal à
interior. Dentre as glândulas salivares, as direita, parcialmente recoberto por
submandibulares são as mais acometidas, mucosa, de coloração branco-amarelada.
principalmente devido ao trajeto longo, Exames imaginológicos evidenciaram a
tortuoso e ascendente do seu ducto, da natureza radiopaca do tecido. Diante de tal
anatomia da glândula e de sua quadro, a opção de tratamento foi a excisão
característica secreção mucóide mais cirúrgica, após avaliação médica criteriosa
espessa. Cálculos maiores do que 15 para realização segura do tratamento. O
milímetros são considerados raros. Os procedimento cirúrgico foi realizado sob
achados clínicos incluem aumento anestesia local, com proteção e
volumétrico localizado com eventual dor preservação do ducto de Wharton, cujo
associada e a obstrução causada pelo espécime de 32mm de extensão foi enviado
sialólito pode promover ausência de para análise anátomo-patológica, sendo
salivação, associada a processo infeccioso suas características compatíveis com
e/ou sialoadenite. O objetivo deste sialólito. Atualmente, o paciente encontra-
trabalho é relatar o caso de um paciente do se em proservação de 7 meses, sem sinais
sexo masculino, 47 anos, portador de de recidiva e com ausência de queixas
diabetes tipo 2 e hipertensão arterial funcionais e estéticas. A excisão cirúrgica
sistêmica, sob tratamento médico do extenso sialólito se mostrou como
especializado e controle adequado destas alternativa viável, simples e resolutiva para
comorbidades, o qual compareceu a um o caso clínico abordado.
serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial com queixas de dor
localizada associada a aumento de volume
em região de assoalho bucal do lado direito
por, aproximadamente, 7 meses.

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2218

TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE:


RELATO DE CASO
Luiza Roberta Bin; Eleonor Álvaro Garbin Júnior; Natasha Magro
Ernica; Geraldo Luiz Griza; Ricardo Augusto Conci

Introdução: O Tumor Odontogênico Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste e


Adenomatóide (TOA) é um tumor laudado como CD. Assim, realizou-se
odontogênico (TO) incomum, 2 a 7% dos instalação de dreno descompressivo. Em
TO, e de origem epitelial. É assintomático, acompanhamento de 146
variando de 1-3 cm, prevalente em dias, evidenciou-se pouca regressão da
mulheres, e na segunda década de vida, lesão. Então, sob âmbito hospitalar,
associado a dentes retidos, normalmente realizou-se enucleação da lesão, com
caninos. Radiograficamente, apresenta-se remoção do dente 23, e o espécime enviado
radiolúcido. Por outro lado, o Cisto ao mesmo laboratório prévio.
dentígero (CD) é o segundo cisto Resultados: O diagnóstico foi de TOA. No
odontogênico mais comum. Está associado pós operatório de 46 dias, a paciente
à coroa de dentes impactados ou apresentou-se bem clinicamente, com bom
parcialmente irrompidos, principalmente processo de reparo, e sem queixas. Na
terceiros molares ou caninos maxilares. É radiografia, foi observado a regressão da
assintomático, e radiograficamente é cavidade, e aparente neoformação óssea.
radiolúcido, unilocular e bem circunscrito.
Discussão: As evidências clínicas, de
A literatura apresenta casos de associação
imagem e laboratoriais direcionam ao
entre CD e TOA, sem definição concreta da
diagnóstico de CD, sendo optado por
relação entre as duas lesões. Assim, o
descompressão, conforme a literatura. Para
objetivo deste trabalho é relatar um caso
um indivíduo de 12 anos, a enucleação
clínico de um TOA inicialmente
aparenta inicialmente ser um tratamento
diagnosticado como CD, discutindo
invasivo e desnecessário. No entanto,
associação e tratamento.
observou-se que a lesão cística de amplo
Metodologia: Paciente do gênero tamanho não regrediu como esperado e a
feminino, 12 anos, queixou-se de aumento enucleação precisou ser realizada,
de volume na região do dente 23, o qual diagnosticando como TOA.
estava ausente, com a presença do dente
Conclusão: Sugere-se que sejam
63, consistência endurecida e assimetria
realizados pesquisas mais aprofundadas
facial. Em tomografia computadorizada de
quanto à relação de CD e TOA, e que em
face (TC de face), visualizou-se uma região
lesões císticas envolvendo coroa e raiz de
cística de 33,1x31,5x29mm de
dente retido seria conveniente optar por
tamanho. Realizou-se aspiração e biópsia
enucleação como primeira modidade de
incisional. Processou-se o material no
tratamento.
laboratório de histologia da Universidade

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2220

PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA


AMELOBLASTOMA EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS
Mariana Pasculli Chagas; Gabriel Baldasserini Guimarães; Dayane
Salviano Figueiredo; Eduardo Vasques da Fonseca; Daniel Falbo
Martins de Souza

O AMELOBLASTOMA É O TUMOR RADIOGRAFICAMENTE UM CISTO


ODONTOGÊNICO DE MAIOR DENTÍGERO.
SIGNIFICADO CLÍNICO, SE ORIGINA DO NO AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO É
EPITÉLIO ODONTOGÊNICO, APRESENTA DESCRITO TRÊS VARIANTES
CRESCIMENTO LENTO, É LOCALMENTE HISTOPATOLÓIGICAS: LUMINAL,
INVASIVO, E TEM UM BOM INTRALUMINAL E MURAL.
PROGNÓSTICO NA MAIORIA DOS CASOS.
O ESCOPO DO PRESENTE TRABALHO É
APRESENTA-SE EM TRÊS DIFERENTES REALIZAR UMA REVISÃO OBJETIVA DA
SITUAÇÕES CLÍNICO-RADIOGRÁFICAS, LITERATURA DOS AMELOBLASTOMAS
SÓLIDO CONVENCIONAL OU UNICÍSTICOS, ENFATIZANDO OS
MULTICÍSTICO, UNICÍSTICO E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS,
PERIFÉRICO. DIAGNÓSTICO E FORMA DE
O AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO TRATAMENTO PARA PACIENTES
OCORRE ENTRE 10 E 15% DE TODOS OS PEDIÁTRICOS, APRESENTANDO-SE UM
AMELOBLASTOMAS INTRA-ÓSSEOS, SÃO PROTOCOLO INSTITUIDO NO SERVIÇO
ENCONTRADOS COM MAIS FREQUENCIA DE RESIDÊNCIA DE CIRURGIA
EM PACIENTES JOVENS DURANTE A BUCOMAXILOFACIAL EM UM HOSPITAL
SEGUNDA DÉCADA DE VIDA, 90% SÃO TERCIÁRIO DO SISTEMA ÚNICO DE
ENCONTRADOS NA MANDÍBULA SAÚDE.
FREQUENTEMENTE NA REGIÃO
POSTERIOR.
A LESÃO COSTUMA SER
ASSINTOMÁTICA, EMBORA LESÕES
GRANDES POSSAM CAUSAR TUMEFAÇÃO
DOLOROSA NOS MAXILARES, APARECE
CARACTERISTICAMENTE COMO UMA
ÁREA RADIOLÚCIDA, QUE CIRCUNDA A
COROA DE UM TERCEIRO MOLAR
INFERIOR INCLUSO, LEMBRANDO

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2222

TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTO EM


PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO
Alissia Lima Soares; Klaudia Monteiro Barata; Raony Segtowich Vital;
Francisco de Souza Neves Filho; Caique Leão

O tumor odontogênico ceratocisto têm No exame clínico extra-oral, constatou-se


origem na lâmina dentária e são uma leve assimetria facial com aumento de
considerados neoplasmas císticos volume na região entre o corpo e o ramo da
benignos. Há uma leve predileção pelo sexo mandíbula do lado direito. No exame intra-
masculino. A mandíbula é afetada em 60% oral, notou-se mucosa normal. Foi
a 80% dos casos, na região do corpo da realizado o processo cirúrgico com
mandíbula e no ramo ascendente. Em 25% intubação nasotraqueal e exodontia do
a 40% dos casos, um dente incluso está elemento 47, ostectomia na região de corpo
envolvido na lesão, e o aspecto radiográfico da mandibula. São tratados por enucleação
sugere o diagnóstico diferencial de cisto ou curetagem. As medicações sistêmicas
dentígero (folicular). O diagnóstico do foram: Amoxicilina e Ibuprofeno. Para
tumor odontogênico ceratocisto é baseado previnir o reaparecimento das lesões, são
nos aspectos histopatológicos onde realizados procedimentos preventivos,
evidenciou uma cápsula cística composta como a cauterização química da cavidade
por tecido conjuntivo frouxo cujo possui óssea com solução de Carnoy após a
locais de hemorragia. Um discreto retirada do cisto, marsupialização e
infiltrado inflamatório completa o quadro crioterapia. Nessa perspectiva, devido a
histopatológico. Mesmo que a presença de grande possibilidade de recindiva dessa
um tumor odontogênico ceratocisto seja patogenia, é importante o
suspeitada no exame clínico ou acompanhamento do paciente
radiográfico, a confirmação semestralmente ou anualmente. Sendo
histopatológica é necessária para o assim, recomenda-se o acompanhamento
diagnóstico. O objetivo do trabalho é por um periodo de 5 anos, já que na
relatar um caso clínico de uma cirurgia de literatura existem casos de recindiva após
tumor odontogênico ceratocisto da 40 anos da remoção do primeiro cisto.
paciente M.S.M., sexo feminino, 14 anos de
idade, foi encaminhada para os cuidados do
setor de cirurgia e traumatologia
bucomaxilofacial da residência do hospital
Ophir Loyola, com queixa principal:
assimetria no rosto, porém assintomático.

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2229

EXCISÃO CIRÚRGICA DE OSTEOMA


MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Jayara Ferreira de Aguiar; Breno Souza Benevides; Mariana Canuto
Melo de Sousa Lopes; Mário Igor Serpa Paiva Damasceno; Alice
Reis Gonçalves Mello

Osteomas são tumores de crescimento Ao exame físico percebeu-se aumento de


ósseo benigno, que acometem a região volume extenso, firme à palpação, na
bucomaxilofacial, sendo raramente porção externa do corpo mandibular,
encontrados em outras partes do corpo. tempo de evolução aproximado de 02 anos,
Desenvolvem-se a partir do osso esponjoso sem sinal de infecção ou inflamação local.
ou do osso compacto. Manifestam-se como Exames imaginológicos foram realizados,
aumento de volume de crescimento lento sendo possível observar uma imagem
nos ossos gnáticos, podendo causar hiperdensa, formato ovóide,
deformidade facial. Sua etiologia é incerta, aproximadamente 2cm de comprimento,
mas acredita-se que representem o estágio associada à cortical óssea externa do corpo
final de uma injúria ou de um processo mandibular direito. Diante de tal quadro, o
inflamatório, reações odontogênicas, plano de tratamento consistiu em excisão
tração muscular contínua ou hamartomas. cirúrgica mediante abordagem intra-oral,
Em geral, acomete mais adultos jovens e cuja avaliação anátomo-patológica do
são assintomáticos. São comuns em corpo espécime obtido foi compatível com o
posterior mandibular pela região lingual, diagnóstico de osteoma. Atualmente a
côndilo, seios paranasais, frontal, etmoidal paciente se encontra em acompanhamento
e maxilar, de recidiva rara. O objetivo do pós-operatório tardio, em que se percebem
presente trabalho é relatar um caso clínico aspecto cicatricial satisfatório, além de
de uma paciente do sexo feminino, 21 anos aspecto estético facial satisfatório. A
de idade, normossistêmica, que excisão simples total da lesão se mostrou
compareceu a um serviço de Cirurgia e eficaz e bem indicada para resolução do
Traumatologia Bucomaxilofacial caso em questão. As características
queixando-se de aumento de volume em clínicas, imaginológicas a anátomo-
face à direita. patológicas devem ser bem observadas,
para descarte de lesões que fazem
diagnóstico diferencial com esta patologia.

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2230

AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: DA
RESSECÇÃO E COMPLICAÇÕES ATÉ A
REABILITAÇÃO COM IMPLANTES E PRÓTESE
Rai Heidenreich; Matheus Spinella de Almeida; Arthur Berny
Castellano; Luiz Henrique Godoi Marola; José Nazareno Gil

Ameloblastomas são neoplasias benignas facilitar o planejamento da cirurgia e


que apresentam uma característica preparo da placa de reconstrução.
localmente invasiva, podendo apresentar- Sobre anestesia geral foi realizada
se como lesões extensas, que exigem mandibulectomia
tratamentos complexos e segmentar concomitante à reconstrução
multidisciplinares. Este trabalho relata o com instalação de placa 2.4mm e enxerto
caso de uma paciente do sexo feminino, 36 de bloco ósseo de crista ilíaca ipsilateral.
anos, leucoderma, que apresentou-se com No pós-operatório de 3 semanas a paciente
um importante aumento de volume em evoluiu com infecção que foi tratada
região de ângulo mandibular esquerdo, através de drenagem de abscesso extra-oral
com evolução aproximada de nove meses, e antibioticoterapia até o 3º mês. A partir
sem sintomatologia dolorosa e sem disso, foi revelado reabsorção do enxerto
alterações de sensibilidade. ósseo, mas sem nenhuma evidência de
O exame intrabucal revelou aumento de recidiva da lesão. A paciente foi submetida
volume na região edêntula de molar a nova reconstrução após 1 ano da primeira
esquerdo da mandíbula, de palpação firme cirurgia, sendo essa realizada por meio de
com expansão de corticais ósseas. A incisão extra-oral e reconstrução com
radiografia panorâmica revelou imagem crista ilíaca contralateral.
radiolúcida lobulada com limites bem Após o período de cicatrização, iniciou-se
definidos, ocupando toda altura o planejamento da reabilitação. Optou-se
mandibular desde a crista alveolar até a pela instalação de 3 implantes
basilar inferior, com a presença de um convencionais de hexágono externo e, após
dente incluso no meio da lesão. A paciente o período de 4 meses de osseointegração,
foi submetida à biópsia incisional que foram instaladas as coroas fixas. O último
confirmou a hipótese diagnóstica mais controle clínico e radiográfico com 11 anos
provável de ameloblastoma. Diante do após a ressecção revelou ausência de sinais
resultado, foi solicitado uma tomografia de recidiva da lesão, manutenção do
computadorizada (TC) para permitir enxerto ósseo e estabilidade dos implantes.
estabelecer os limites da lesão. A partir da
TC foi confeccionado um biomodelo para

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2233

PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA


RÂNULAS ORAIS DE GRANDES
PROPORÇÕES: RELATO DE CASO
Felipe Ledo de Andrade;Dayane Salviano Figueiredo;Renato
Cardoso;Eduardo Vasques da Fonseca;Daniel Falbo Martins de
Souza

Rânulas são lesões resultantes do Como característica clínica, a rânula


extravasamento de saliva da glândula apresenta-se como uma vesícula no
sublingual, que resulta da ruptura do ducto assoalho bucal, cheia de um muco claro ou
glandular e consequentemente cinza-azulado, podendo romper-se,
derramamento de mucina para o interior liberando o fluído e voltar a promover um
dos tecidos moles circunjacentes. novo enchimento da lesão, característica
A rânula é uma patologia não hereditária, peculiar que pode tornar o exame
indolor, caracterizada por formação de histopatológico desnecessário, por um
uma bolsa preenchida geralmente por diagnóstico facilitado pela característica
líquido mucinóide, frequentemente clínica. O tratamento mais indicado é a
resultante de trauma ou obstrução da marsupialização, na qual é realizada uma
glândula associada. Geralmente, essas excisão na mucosa oral do assoalho bucal e
lesões são facilmente identificáveis a partir na parede superior da rânula, esta, por sua
de um exame clínico minucioso, apesar de vez devendo ser suturada à mucosa oral do
existirem outras entidades clínicas com assoalho bucal, promovendo uma
aspectos semelhantes, elas não reparação por segunda intenção. Quando
apresentam um revestimento epitelial as rânulas tornam-se recorrentes pode-se
verdadeiro, sendo usualmente unilaterais e optar pela excisão da rânula e da glândula
relativamente incomuns, as rânulas sublingual, com acesso intra-oral, podendo
bilaterais são raras. Duas variedades de este tratamento ser aplicado como
rânula já foram descritas: a rânula oral ou primeira escolha.
superficial e a rânula mergulhante ou O objetivo deste trabalho é apresentar o
cervical. protocolo de tratamento das rânulas orais
A rânula oral ocorre no espaço sublingual, instituído em nosso serviço, baseado em
na região da glândula sublingual, superior revisão de literatura atualizada e
ao músculo miloióide. Já a mergulhante explicitado pela apresentação de um caso
ocorre no espaço submandibular, quando a clínico.
lesão se estende além do músculo
miloióide.

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2238

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE TUMORES


ODONTOGÊNICOS CERATOCÍSTICOS:
RELATO DE CASOS
Taíse Simonetti; Adriana Corsetti; Angelo Luiz Freddo

Os tumores odontogênicos ceratocísticos O tratamento é a enucleação, mas, pela alta


são lesões benignas do complexo taxa de recidiva, principalmente quando
maxilomandibular e de grande potencial de associado à síndrome, ceratocistos
crescimento, podendo ser associados à adicionais continuarão a se desenvolver,
Síndrome de Gorlin Goltz (FREITAS, et al., podendo resultar em infecção ou em
2015). Possui sua origem nos diferentes graus de deformidade dos ossos
remanescentes da lâmina dentária e, em gnáticos após a remoção (NEVILLE et al,
2005, foi incluído na classificação de 2009; PHILIPSEN, 2005). Para a remoção de
tumores odontogênicos pela OMS remanescentes teciduais e diminuição das
(NEVILLE et al., 2009; BLANCHARD, 1997). chances de recidiva, tratamento do leito
Tem maior predileção por homens de 10 a cirúrgico é realizado após a enucleação do
40 anos, sendo o local de maior incidência tumor. Neste trabalho, serão relatados 3
a mandíbula (NEVILLE, et al., 2009). casos de remoção cirúrgica de tumores
Apesar de agressivo e recorrente, odontogênicos ceratocísticos, seguidos de
apresenta-se assintomático, podendo ter tratamento do leito com crioterapia em um
sintomatologia dolorosa quando atinge dos casos e com solução de Carnoy nos
grandes extensões (PEIXOTO et al., 2009). outros dois.
Por isso, é usualmente descoberto em
exame radiográfico de rotina, onde se
apresenta como uma área radiolúcida uni
ou multilocular (OLIVEIRA et al., 2013).

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2242

TRATAMENTO CONSERVADOR DE
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO:
RELATO DE CASO
Eduardo Martins Falcão; Martina Zanon Custodio; Mauricio Roth
Volkweiss; Fernando Roman Mércio; Marinez Bizarro Barra

O ameloblastoma é considerado uma tomográfico. Após uma biópsia incisional


neoplasia benigna odontogênica, a qual foi confirmado o diagnóstico
possui quatro variantes clínicas, sendo elas anatomopatológico de Ameloblastoma
o tipo sólido multicístico, unicístico, unicístico. O tratamento proposto foi a
periférico e desmoplásico. O enucleação da lesão sem ressecção óssea
ameloblastoma unicístico corresponde a marginal. Após 6 meses do tratamento a
apenas 13% de todos os casos descritos na paciente segue em acompanhamento
literatura científica, sendo o segundo tipo clínico e radiográfico, sem recidivas da
menos frequente. Os padrões histológicos lesão.
foliculares e plexiforme são comumente Os ameloblastomas consistem em tumores
observados na análise microscópica do tipo odontogênicos benignos, de progressão
unicístico. lenta, persistente e localmente invasivos,
Este trabalho tem como objetivo relatar o podendo apresentar crescimento
caso de uma paciente de 22 anos, sexo exuberante resultando em deformidades
feminino, que foi atendida em novembro ósseas e faciais. Devido a suas taxas
de 2016 no serviço de Cirurgia e significativas de recidiva um diagnóstico
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da preciso é de extrema importância para um
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de planejamento cirúrgico adequado e,
Porto Alegre, e apresentava um aumento consequentemente, para o sucesso do
de volume na face em região de corpo tratamento.
mandibular lado esquerdo notado havia O diagnóstico histopatológico correto da
cerca de 1 ano. Ao exame físico não havia lesão é extremamente importante para que
linfadenomegalia palpável na região se possibilite o tratamento menos invasivo,
adjacente e intrabucal os elementos pois sabe-se que outros tipos de
dentários 37 e 38 não estavam presentes, ameloblastomas são removidos através de
além do aumento de volume da região, à ressecção óssea radical. Assim, quando há
palpação era firme e indolor. Uma área possibilidade, a resolução do caso deve ser
radiolúcida envolvendo o dente 37 incluso feita através de tratamentos menos
foi verificada ao exame panorâmico e uma radicais, reduzindo assim as sequelas
área hipodensa com expansão das corticais permanentes para o paciente.
ósseas foi visualizada ao exame

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2245

AUXÍLIO DA PROTOTIPAGEM NA RECONSTRUÇÃO


FACIAL EM SEQUELA DE FRATURA NASO ÓRBITO
ETMOIDAL COM USO DE POLIMETILMETACRILATO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Arivaldo Conceição Santos Júnior; Daniel Galvao Nogueira Meireles;
Paulo Ribeiro de Queiroz Neto; Guilherme Alves Aguiar; Cecília Manezes
de Jesus

Introdução: A atuação do cirurgião Buco através dele uma prótese de dorso nasal em
Maxilofacial é de grande importância nos polimetilmetacrilato, junto a adaptação de
hospitais, já que a face é acometida. Com tela de titânio no biomodelo. O
isso um planejamento cirúrgico prévio é procedimento foi realizado sob anestesia
importante, buscando otimizar resultado e geral, eleito acesso coronal para
tempo cirúrgico. A prototipagem se reconstrução do dorso nasal, junto com o
enquadra nesse contexto, uma vez q ela acesso subtarsal para reconstrução da
reproduz em três dimensões a área que será órbita e cantopexia trans-nasal para
abordada. A fratura naso-órbito-etmoidal correção de telecanto traumático.
está diretamente relacionada com Resultados: No presente estudo o
traumatismos de alta intensidade, e como paciente evoluiu com melhora do telecanto
métodos de tratamento, temos a redução traumático, projeção do dorso nasal e globo
dos fragmentos ósseos e estabilização com ocular, além de melhora da assimetria
o sistema de fixação interna rígida, facial.
confecção de próteses em material
Discussão: Temos como principais
aloplástico (polimetilmetacrilato) para
fatores etiológicos das fraturas NOE,
reconstruções dos defeitos faciais além da
acidentes de transito, agressão física e
utilização dos enxertos ósseos. O presente
acidentes desportivos. A solicitação de
estudo tem como objetivo demonstrar, pela
exames de imagem é indispensável, pois, se
realização de um relato de caso clinico, a
trata de uma região sensível e de difícil
reconstrução em uma sequela de
manipulação cirúrgica. A prototipagem
traumatismo maxilo-facial.
consiste em um método de reprodução de
Métodos: Paciente vítima de acidente modelos tridimensionais obtidos a partir
automobilístico, há 6 anos, cursando com de imagens da tomografia, e em posse
fraturas de maxila (le fort II), ossos desse modelo o cirurgião realiza todo o
próprios do nariz, complexo zigomático planejamento cirúrgico prévio. Diversos
orbitário do lado esquerdo. No materiais podem ser utilizados na
planejamento pré-operatório foi reconstrução das deformidades acarretadas
confeccionado protótipo cirúrgico, e

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pelo trauma maxilo-facial, entre eles o


osso autógeno e o polimetilmetacrilato.
Conclusão: O trauma Maxilo-facial
acarreta diversas deformidades ao
paciente, entre elas, estéticas, funcionais e
sociais. O seu tratamento requer um
planejamento minucioso, fazendo com que
o cirurgião lance mão de artifícios visando
uma otimização do tempo e resultado
cirúrgico.

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2246

NEURALGIA DO NERVO GLOSSOFARÍNGEO


COMO DIAGNÓSTICO DE DOR FACIAL:
RELATO DE CASO
Mariana Silva Campos; Alan Ardisson; Ronan Matheus Virgílio da
Silva; Hernando Valentim da R. Junior

O diagnóstico das dores craniofaciais é prolongadamente na região posterior da


complexo e pode incluir doenças cuja língua, fossa tonsilar, profundidade da
origem não está sediada na face. Casos de orelha e/ou profunda do ângulo da
neuralgia do nervo trigêmeo correspondem mandíbula, podendo irradiar para o ramo
a 0,2 a 1,3% dessas dores, sendo ainda mais da mandíbula, língua, gengiva ou, para a
raros os casos de neuralgia do nervo face e pela presença de zona-gatilho na
glossofaringeo, que por muitas vezes acaba faringe e/ou conduto auditivo externo
não sendo investigado. Dessa forma, este ativada durante o ato da deglutição,
trabalho teve como objetivo reportar um mastigação, fala, tosse e/ou bocejo. Pode
caso clínico de um paciente que após várias simular a neuralgia da terceira divisão do
consultas com profissionais da saúde por nervo trigêmeo, neuralgia do intermediário
conta de dor em face, foi diagnosticado ou do vago. Manifesta-se geralmente em
com neuralgia do nervo Glossofaringeo. O indivíduos com 50 a 79 anos de idade. Seu
diagnóstico foi realizado a partir dos dados tratamento é similar ao da neuralgia
obtidos na anamnese e por meio de teste idiopática do trigêmeo, podendo ser
com spray anestésico em região conservador/medicamentoso ou cirúrgico,
orofaríngea. O paciente foi encaminhado visando a interrupção do nervo associado
para tratamento com neurologista, tendo ou possível causa. Exames de imagem,
sido relatado êxito com a utilização de eletrofisiológicos, bioquímicos ou
carbamazepina. A revisão de literatura morfológicos no sangue e no líquido
baseou-se em uma revisão bibliografica, cefalorraquidiano são recomendados para
tendo como fonte de pesquisa as avaliar doentes com dor facial, mesmo
plataformas Scientific Eletronic Library quando não há déficits neurológicos ou
Online (SCIELO), Google Acadêmico, evidências de afecções do sistema nervoso.
ScienceDirect e NCBI Pubmed, utilizando Dessa maneira, podemos concluir que o
palavras-chave como “neuralgia”, conhecimento a cerca das neuralgias é
“Orofacial pain” e “glossofaringeo”. A fundamental para os cirurgiões dentistas,
neuralgia do nervo glossofaringeo é que por muitas vezes são os primeiros
caracterizada pela ocorrência de dor profissionais buscados em casos de dor
paroxística em choque lancinante, facial, em virtude da irradiação para região
associada a sensação de peso e/ou queimor dos maxilares.
Referências: TEIXEIRA, M.J.; SIQUEIRA, S.R.D.T. de. Neuralgias do segmento facial. JBA, Curitiba, v.3,
n.10, p.101-110, abr./jun. 2003.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2247

FIBRO-ODONTOMA AMOLOBLÁSTICO: UMA


BIÓPSIA EXCISIONAL NA REGIÃO POSTERIOR
DA MAXILA
Israel Felipe Norberto Seco Barbosa; Auréliane Dulcie Jackalyn
Daluz; Lethicia Andrade Figueiredo Ventura; Ricardo Liberalino
Ferreira de Souza; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: O Fibro-Odontoma Para o melhor planejamento cirúrgico foi


Ameloblástico é um tumor benigno raro, solicitada uma Tomografia
(representando cerca de 2% de todos os computadorizada para definir melhor as
tumores odontogênicos). dimensões da lesão e melhor forma de
Radiograficamente apresenta imagens acessar a localização. Após a remoção com
mistas (radiolúcidas e radiopacas). curetagem o material foi encaminhado
Histologicamente apresenta tecidos de para confirmação através de análise
ectomesenquima, com estruturas histopatológica que confirmou o
semelhantes a dentes. Os achados mostram diagnóstico de Fibro-Odontoma
a região posterior da mandíbula a área mais Ameloblástico.
acometida sem haver predileção por sexo e Resultados: A lesão foi removida através
as vezes a lesão está intimamente de uma biópsia excisional e curetada
relacionada a um dente incluso. vigorosamente com intuito de extinguir o
Métodos: Paciente do sexo feminino, 18 risco de recidivas.
anos, leucoderma. Compareceu ao serviço Discussão: Na literatura essa entidade
do SUS com sintomatologia dolorosa na patológica apresenta uma extrema
região referente ao elemento 26. Após predileção pela mandíbula, sendo esse caso
solicitar exames complementares de uma contradição com os achados mais
imagem, foi constatada uma lesão comuns.
radiopaca, com capacidade de reabsorver o
Conclusão: A terapia proposta de
elemento 26 e deslocar o elemento 28 para
enucleação com curetagem mostrou ser
região posterior da maxila (classificação C
eficaz, não havendo sinais de recidivas
segundo Pell & Gregory).
após 2 anos de acompanhamento.

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2251

DESCOMPRESSÃO ASSOCIADA A ENUCLEAÇÃO


E CRIOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DE
AMELOBLASTOMA: RELATO DE CASO
Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Stefannie Lopes de Freitas; Dannyele
Cynthia Santos Pimentel Nicácio; Jose Zenou Costa Filho; Ricardo
Viana Bessa Nogueira

O ameloblastoma é uma neoplasia benigna Dentre as abordagens conservadoras pode-


originada do epitélio dental, sendo pontos se citar: a descompressão,
que o destacam: a alta frequência, marsupialização, enucleação e a
agressividade e elevada taxa de recidiva. curetagem, que podem ou não estar
Dentre as formas de apresentação dos associadas à crioterapia. O presente
ameloblastomas, pode-se citar o cístico ou trabalho tem como objetivo relatar o caso
unicístico, o sólido ou multicístico e o de uma paciente com um ameloblastoma
periférico; sendo o cístico o que acomete cístico na mandíbula e após as análises
aproximadamente 13% dos casos e merece clínicas, imaginológicas e histológicas,
atenção especial por apresentar curso optou-se por um tratamento conservador,
clínico semelhante ao dos cistos, contudo, através de uma descompressão e
sendo mais agressivo. As modalidades de marsupialização durante quinze meses,
tratamento deste tumor dividem-se em com a qual foi observada uma significativa
conservadora e a radical. Em linhas gerais, diminuição do tumor e intensa
a terapêutica está baseada em suas neoformação óssea na região acometida
características (clínicas, histológicas e pela lesão, seguiu-se o tratamento com a
radiográficas), as quais variam em função enucleação e curetagem, associada á
destas e influenciam pontos importantes, crioterapia através do uso de nitrogênio
como o prognóstico e frequência de líquido.
recidiva. Avanços recentes no
entendimento do comportamento
biológico desta lesão têm levado a
abordagens cirúrgicas mais conservadoras,
reduzindo a necessidade de ressecções
maiores e apresentando resultados
satisfatórios, dessa forma, evitando
mutilações aos pacientes.

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2253

RESSECÇÃO DE TUMOR DE MANDÍBULA


SEGUIDA DE RECONSTRUÇÃO COM
ENXERTO AUTÓGENO: RELATO DE CASO
Roniele Lima dos Santos; Eduardo Costa Studart Soares; Henrique
Clasen Scarparo; Francisco Samuel Rodrigues Carvalho; Jessica
Emanuella Rocha Paz

Introdução: Tumor odontogênico O exame por imagem evidenciou uma área


epitelial calcificante (TOEC) ou tumor de hipodensa que se estendia da região de pré-
Pindborg é um neoplasma raro de natureza molares a região de molares homolateral. A
benigna e comportamento biológico biópsia incisional revelou tratar-se de um
localmente agressivo. Possui uma tumor de Pindborg. Diante do diagnóstico,
incidência, principalmente, na 3ª e 5ª optou-se pela ressecção marginal com
décadas de vida, sem predileção por raça ou ostectomia periférica, seguida da aplicação
gênero. Apresenta-se radiograficamente da solução de Carnoy. Em um segundo
como uma imagem de padrão misto momento, preencheu-se o defeito ósseo
contendo áreas radiolúcidas com com enxerto autógeno de crista ilíaca, o
estruturas calcificadas de tamanhos e qual foi seguido pela reabilitação com
densidades variáveis. Histologicamente é implantes.
caracterizado pela presença de células Conclusões: A paciente encontra-se
epiteliais poliédricas, pontes intercelulares assintomática, sob acompanhamento
e depósitos eosinofílicos identificados clínico-imaginológico há 02 anos, sem
como amilóide. sinais de recidiva da lesão. A técnica
Discussão: O presente trabalho busca empregada seguida de reconstrução
relatar o caso de um paciente portador de mostrou-se eficaz na resolução do referido
um tumor de Pindborg, de 42 anos de idade, caso.
que procurou atendimento queixando-se
de “um crescimento na mandíbula”. O
exame físico evidenciou um discreto
aumento de volume na região posterior da
mandíbula do lado esquerdo.

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2264

MARSUPIALIZAÇÃO E EXÉRESE COMO


PROPOSTA CONSERVADORA DE TRATAMENTO
DO CERATOCISTO: RELATO DE CASO
Marcos Eduardo Garlet Cadó; Luiz Henrique Godoi Marola; Arthur
Berny Castellano; Matheus Spinella de Almeida; José Nazareno Gil

Introdução: A prevalência do ceratocisto paciente foi abordada para exérese total do


odontogênico (CO), que abrangem cisto.
aproximadamente 12% de todos os cistos Resultados: Com a instalação do sistema
odontogênicos são encontrados em ampla de drenagem, a diminuição do volume
faixa etária, sendo mais comuns em cístico foi significativa, auxiliando no
indivíduos do gênero masculino, e na tratamento cirúrgico da lesão. Após este
localidade de ramo de mandíbula associado período de redução da cavidade cística, foi
a molares. Logo, devido a esta alta realizado a exérese. Como este cisto tem
prevalência, o tratamento do CO deve ser natureza friável, associada a um tecido
compreendido e bem estabelecido. São conjuntivo fibroso fino, faz com que sua
relatadas várias formas de tratamento dos remoção seja dificultada. Com isso,
ceratocistos odontogênicos, podendo ser durante o ato cirúrgico os cuidados foram
conservador ou de forma radical. Este redobrados, buscando a remoção íntegra da
trabalho visa apresentar um caso clínico lesão e curetagem vigorosa nas margens
onde foi realizada a marsupialização de um ósseas da lesão. Após a exérese, a paciente
ceratocisto seguido por sua exérese. foi acompanhada por mais de um ano sem
Métodos: Paciente G.A.P., 44 anos, sexo sinais de recidiva.
feminino, procurou clínica particular para Discussão: Wushou, Zhao e Shao (2014)
tratamento odontológico de rotina e foram publicaram uma meta-análise de 14
solicitados exames de imagem onde notou- artigos, com 938 pacientes avaliando a
se a inclusão de um terceiro molar eficácia da marsupialização e a comparação
associado a uma lesão radiolúcida bem dos resultados com enucleação e a
delimitada. A paciente foi encaminhada ao ressecção. Os autores defendem que
serviço de CTBMF do Hospital utilizando a marsupialização como
Universitário – UFSC, em dezembro de estratégia prévia ao ato cirúrgico, aumenta
2014, onde realizou-se biópsia incisional. as chances de sucesso. Isso se deve à
Com o diagnóstico de Ceratocisto diminuição da pressão intracística fazendo
odontogênico, um dreno para com que a cavidade seja preenchida aos
descompressão foi introduzido no local da poucos por tecido ósseo, logo o tamanho da
lesão. Após um ano de marsupialização, a lesão diminui facilitando o acesso
cirúrgico, bem como a enucleação.

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Conclusões: Em nossa casuística, os


ceratocistos são predominantemente
tratados por meio de marsupialização e
posterior enucleação, com resultados
favoráveis. Porém, longos períodos de
acompanhamento são necessários.

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2265

LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Eduardo Lombardo; Cláiton Heitz; Fábio Luiz Dal Moro Maito

Introdução: A lesão periférica de células À radiografia panorâmica, observou-se


gigantes (LPCG) é uma lesão exofítica envolvimento ósseo erosivo limitada à
reativa que ocorre em gengiva ou rebordo cortical óssea. Os exames laboratoriais da
alveolar que se origina do periósteo ou do paciente apresentavam-se dentro dos
ligamento periodontal7 usualmente como limites da normalidade. Presumiu-se, a
resultado de um fator irritativo local. A partir da apresentação clínica, um
LPCG se manifesta como uma lesão diagnóstico presuntivo de granuloma
nodular avermelhada-arroxeada mais piogênico. A condução terapêutica do caso
comumente em mandíbula. É mais comum deu-se com biópsia excisional e exame
entre a quinta e sexta décadas de vida com histopatológico. A microscopia evidenciou
predileção pelo sexo feminino. Raramente proliferação de células gigantes
afeta o osso subjacente. Histologicamente, multinucleadas, em tecido conjuntivo
verifica-se uma massa de tecido sem celularizado associado a áreas de
cápsula composta basicamente por um hemorragia e hemossiderina. Ainda,
grande número de células inflamatórias e observou-se trabéculas reacionais com
células gigantes multinucleadas. O tecido conjuntivo fibroso.
tratamento para tal tipo de lesão consiste Discussão e considerações finais: As
em remoção cirúrgica com debridamento taxas de recidiva da LPCG são
extenso do leito1–8. relativamente baixas e existem relatos de
Metodologia (relato de caso clínico): evolução para Lesão Central de Células
Uma paciente, de 56 anos, do sexo Gigantes. Não há relatos de transformação
feminino, diabética e hipertensa maligna. O caso aqui apresentado se
controlada, veio ao serviço de CTBMF do encontra, atualmente, em 2 anos de
Hospital São Lucas com queixa de aumento acompanhento pós-operatório sem sinal
de volume em rebordo alveolar edêntulo de recidiva. O tratamento círúrgico de
em mandíbula do lado direito. Ao exame remoção total da lesão associado ao
clínico, observou-se lesão nodular bem debridamento vigoroso do leito cirúrgico
delimitada, exofítica, eritematosa, de base parece oferecer um excelente prognóstico1–
pedunculada de aspecto granulomatoso. 8
.

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2267

ADENOMA PLEOMÓRFICO DE PARÓTIDA:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Marcus Vinicius Carneiro de Freitas Xavier; Fábio Calandrini
Rodrigues; Leandro da Cunha Dias

Introdução: o adenoma pleomórfico é o tumor benigno de


origem glandular mais freqüente na cavidade oral. Representa a
o maior número dos tumores das glândulas salivares maiores,
mais mais comum na glandula parótida. objetivo: relatar um
caso clínico de adenoma pleomórfico localizado na glândula
parótida diagnósticado atravez de exames histopatologico e de
imagens no HRAN(hospital regional da asa norte), tratado
através de excisão cirúrgica.
Relato de Caso: o presente artigo descreve um caso
relativamente incomum em uma paciente do sexo feminino, 24
anos de idade, com queixa de dor e um aumento de volume na
região retro mandibular com duração de aproximadamente 2
anos, sem história prévia de trauma, infeccção ou procedimento
cirúrgico na região. Foi realizada exérese do tumor, cuja análise
histopatológica diagnosticou adenoma pleomórfico. a paciente
foi proservada pelo período de dois anos, sem indícios de
recidivas. palavras chave: Neoplasia benigna; adenoma
pleomórfico; cirurgia.parodidectomia.

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2271

MARSUPIALIZAÇÃO E ENUCLEAÇÃO DE
TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCISTO:
RELATO DE CASO
Danyella Carolyna Soares dos Reis; Gabriel Albuquerque Guillen;
João César Guimarães Henriques; Adriano Mota Loyola; Lair
Mambrini Furtado

Ceratocisto odontogênico é classificado eletrocauterização e crioterapia, além da


como cisto odontogênico de ressecção cirúrgica; lesões mais extensas
desenvolvimento que surge a partir dos podem ser inicialmente submetidas à
restos celulares da lâmina dental. Apesar descompressão ou marsupialização
de ser uma lesão intraóssea benigna prévias. Este trabalho objetiva relatar um
apresenta comportamento agressivo e alta caso de tumor odontogênico ceratocisto
taxa de recidiva, com prevalência pelo sexo em maxila, paciente J.D.O., sexo feminino,
masculino e mandíbula em região posterior 56 anos, encaminhada por
e ramo. Normalmente são assintomáticos, otorrinolaringologista após tentativa de
e não geram expansão óssea evidente. tratamento de possível cisto mucoso do
Radiograficamente se apresentam como seio maxilar, ao exame tomográfico
lesão de acometimento único, de formato observou-se lesão radiolúcida unilocular
arredondado ou ovóide, radiolúcida com bem delimitada em região posterior de
bordas bem definidas e halo radiopaco, maxila com envolvimento do seio maxilar,
podem ter padrão unilocular ou punção aspirativa positiva para líquido
multilocular. Histologicamente apresenta amarelado, devido à fragilidade da capsula
cápsula de tecido epitelial escamoso optou-se por marsupialização inicial da
estratificado queratinizado, parede de lesão frente à possibilidade de recidiva.
tecido conjuntivo fibroso e conteúdo Laudo histopatológico foi conclusivo para
líquido amarelado contendo queratina, ceratocisto odontogênico. Durante o
cristais de colesterol e corpos hialinos. acompanhamento observou-se
Apesar dos exames clínico e radiográfico neoformação óssea e diminuição da lesão,
serem sugestivos, o diagnóstico definitivo quando foi realizada sua enucleação.
é feito por meio do exame histopatológico. Paciente sem recidiva segue em
Entre as opções de tratamento estão a acompanhamento. Este caso representa
enucleação e/ou curetagem da lesão, uma fuga dos achados da maioria dos
podendo ser realizada osteotomia tumores odontogênicos ceratocistos, no
periférica, tratamento do sítio cirúrgico que diz respeito a gênero e região
com a solução de Carnoy, anatômica mais acometida. Devido às altas

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taxas de recidivas, de 5% a 62%, e seu


caráter agressivo, esse tipo de lesão deve
ser acompanhada por longo período. Entre
as formas de tratamento a marsupialização
anterior a enucleação, se mostra uma boa
alternativa já que preserva estruturas
importantes para a estética e função.

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2272

TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA HEMANGIOMA


CAVERNOSO EM LÁBIO INFERIOR
Renata Luísa Santos da Silva; Angelo Luiz Freddo; Adriana Corsetti;
Camila Longoni; Bruno Dutra

Introdução: Os hemangiomas são diâmetro, consistência endurecida e com


tumores vasculares benignos, limites difusos, além de coloração
caracterizados pela proliferação das células arroxeada e sem sintomatologia dolorosa.
endoteliais, conferindo à lesão uma Após o encaminhamento ao serviço de
coloração que varia do vermelho ao Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital de
arroxeado, e exibem uma rápida fase de Clínicas de Porto Alegre via Sistema Único
crescimento seguida de uma involução de Saúde, realizou-se em um primeiro
gradual. Na cavidade bucal o hemangioma momento, a biópsia incisional para
pode ocorrer nos lábios, na língua,em diagnóstico definitivo, que foi de
mucosa jugal, e no palato. A presença desta hemangioma cavernoso, em sua porção
lesão pode causar assimetrias faciais, mais profunda, e hemangioma capilar. na
deformação dos tecidos adjacentes, porção mais superficial da lesão. O
infecções secundárias, ulcerações, tratamento de escolha foi a exérese
sangramentos e dor. Para o tratamento do completa da lesão, através do cerclamento
hemangioma existem as opções de: da mesma, devido ao tamanho da lesão e à
eletrocoagulação, embolização, indisponibilidade de outros tipos de
escleroterapia, crioterapia, e a cirurgia. A tratamento neste hospital.
escolha dependerá da localização da lesão, Conclusões: Este caso clínico demonstra
de suas dimensões, da idade do paciente, e a técnica cirúrgica de cerclamento com fio
da viabilização da técnica de escolha para o de sutura de um hemangioma de 2 cm de
tratamento. diâmetro com sucesso operatório,
Métodos: O caso clínico apresentado demonstrando no pós operatório a
refere-se a um paciente de 17 anos de deiscência de sutura, que no entanto,
idade, com histórico de queda da própria evoluiu para uma melhora cicatricial, com
altura, na escola, aos 7 anos de idade, que pouca ou nenhuma alteração estética. A
apresentou aumento de volume em lábio escolha pelo tratamento cirúrgico do
inferior esquerdo desde então. Em 2014 o hemangioma no lábio inferior de 2 cm de
paciente realizou uma biópsia incisional, diâmetro, resultou em total regressão da
em um serviço de otorrinolaringologia, lesão.
com resultado histopatológico de
mucocele. No entanto, tal resultado não
era compatível com as características
clínicas da lesão que apresentava 2 cm de

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2279

LEISHMANIOSE EM MUCOSA LABIAL:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Marcus Vinicius Carneiro de Freitas Xavier; Fábio Calandrini
Rodrigues

A Leishmaniose Tegumentar Americana é um problema de


Saúde Pública que acomete principalmente as cavidades nasal,
oral e mais raramente faringe, laringe, provocando desfiguração
dessas mucosas e levando não só ao acometimento da saúde do
indivíduo, mas também a estigmas sociais. Estima-se que 3 a 5%
dos casos de leishmaniose cutânea desenvolvam lesão mucosa,
e que cerca de 1% destas pode evoluir para óbito. O objetivo
deste estudo é, apresentar um relato de caso sobre leishmaniose
mucosa de um paciente atendido no ambulatório de
Estomatologia do Hospital Regional da Asa Norte, Brasília,
Distrito Federal, com atendimento clínico, anamnese, biópisa
incisional e laudo histopatológico sugestivo Leishmaniose
Mucocutânea. Conclusão: O conhecimento das doenças
endêmicas tropicais relacionadas às vias aéreas superiores e a
compreensão das suas relações com a estomatologia são de
extrema importância para a resolutividade dessas lesões, bem
como para prevenir as deformidades causadas nas estruturas
acometidas.
Palavras chave: doença granulomatosa, leishmaniose,
leishmaniose mucosa.

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2280

TRATAMENTO CLÍNICO-CIRÚRGICO DE
OSTEOQUIMIONECROSE: RELATO DE CASO
Murilo Alves Teixeira Neto; Joao Eudes Teixeira Pinho Filho; Eliziário
Vitoriano de Araújo Neto Júnior; Ariel Valente Bezerra

Os bisfosfonatos (BPs) representam uma As modalidades de tratamento variam de


grande classe de fármacos anti- observação, tratamento sintomático e
reabsortivos utilizados na prevenção e enxágüe com antimicrobiano à antibióticos
tratamento de osteoporose, hipercalcemia e tratamento cirúrgico (desbridamento do
de malignidade, mieloma múltiplo, doença osso necrótico ou mesmo ressecção da
de Paget e metástases ósseas associadas à mandíbula). O Objetivo deste trabalho é
mama, próstata e pulmão, bem como apresentar um relato de caso do paciente
osteogênese imperfeita, displasia fibrosa e RGSM com osteoquimionecrose induzida
doença de Gaucher. Ele aumenta a por extração dentária após uso do Ácido
densidade mineral óssea, reduz a Zolendrônico para tratamento de
incidência de fratura óssea e melhora sua metástase óssea pós-câncer de mama. O
qualidade de vida. Apesar destes efeitos tratamento clínico cirúrgico realizado
benéficos, um número crescente de consistiu em laserterapia de baixa
pacientes em terapia de BP a longo prazo e intensidade no trans-operatório e pós-
de alta dose desenvolve uma complicação operatório, tratamento cirúrgico para
potencialmente séria: osteonecrose dos desbridamento de tecido ósseo necrótico e
maxilares. O osteoquimionecrose induzida reabilitação protética. Atualmente
por BP é definido clinicamente como uma encontra-se em acompanhamento de 1 ano
área de osso exposto na região maxilofacial sem sinais clínicos e radiográficos de
que não se cura dentro de oito semanas em recidiva com reabilitação protética.
pacientes sem história de radioterapia na
região da cabeça e pescoço. Em 90% dos
casos é causado por tratamento dentário.

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2281

MIXOMA ODONTOGÊNICO:
RELATO DE CASO
Flaviana Lais Pereira dos Santos; Emanuelle de Abreu Moreira Vieira;
Victorya de Lima Spinellis do Nascimento; Fábio Adriano de Araújo;
Olavo Hoston G Pereira

Introdução: O mixoma odontogênico é prototipagem de acordo com a tomografia


uma rara neoplasia benigna que se origina computadorizada em 3D. A incisão foi
do ectomesênquima maxilar. Na maioria fechada em suturas por planos, mantendo-
das vezes, não está associado à metástase, se drenos, tipo penrose número 1, no pós-
é localmente invasivo e agressivo, operatório imediato. A paciente passou por
associado a dentes erupcionados, podendo revisões semanais no primeiro mês e
também ocorrer em áreas crânio-faciais depois mensais, apresentando excelente
não odontogênicas, como o trato sinusal, evolução, com pouca secreção e
ramo ascendente e côndilo mandibular. fechamento por primeira intenção tanto
Métodos: Paciente M.L.R. 23 anos, sexo intra, quanto extrabucal.
feminino, melanoderma, apresentou Discussão: Devido à extensão do tumor,
alteração localizada em região do periápice irregularidade e delimitação da lesão,
dos elementos dentais ausentes 45 a 47. Ao optou-se por realizar ressecção marginal
exame físico extra oral foram verificadas com margem de segurança, reconstrução
alterações faciais como aumento do com placa de titânio e enxertia imediata
volume sem perda de suporte para tecido com osso autógeno (crista do ilíaco). A
mole, mas apresentando assimetria facial conduta cirúrgica radical com ressecção
discreta. Na radiografia panorâmica, foi marginal foi escolhida, a fim de se evitar a
observada destruição óssea entre os recidiva do tumor. A reconstrução
elementos dentais 44 e 48, de aspecto mandibular imediata apresenta desafios
misto e com avançado adelgaçamento da aos cirurgiões, sendo fundamental a
cortical óssea mandibular. Foi realizada utilização de prototipagem, que além de
biópsia incisional, que teve o mixoma em garantir um melhor planejamento
região posterior direita de mandíbula como cirúrgico, permite a modelagem das placas
diagnóstico histopatológico sugestivo. O de fixação antes da cirurgia, possibilitando
tratamento para o caso foi à ressecção uma melhor simetria facial, diminuindo o
marginal, seguida de enxerto autógeno e tempo cirúrgico.
imediata reconstrução com crista ilíaca, Conclusão: O planejamento realizado
com preservação de côndilo mandibular e através de prototipagem permite a
processo coronoide. Objetivando modelagem da placa de titânio
aperfeiçoar o tempo pós-operatório, assim previamente à cirurgia, mostrando-se
como diminuir a quantidade de eficaz no que concerne ao controle do
sangramento trans-cirúrgico, foi realizada tempo cirúrgico.

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2283

MIOSITE OSSIFICANTE EM MUSCULO


TEMPORAL: RELATO DE CASO
Arivaldo Conceição Santos Júnior; Paulo Ribeiro de Queiroz Neto;
Daniel Galvao Nogueira Meireles; Cecília Manezes de Jesus;
Leandro Moura Oliveira

Introdução: A miosite ossificante é uma acompanhamento pode-se observar


desordem não neoplásica, caracterizada limitação da abertura bucal, onde ao exame
por formação óssea ectópica dentro do de imagem pós-operatório pode-se
musculo ou sua fáscia. Pode ser definida observar formação óssea ectópica em
como um processo progressivo ou de região de incisura sigmoide direita. Optou-
origem traumática. Sua patogênese ainda se por exérese da neoformação óssea,
permanece incerta e várias teorias foram através da osteotomia do coronoide do lado
propostas. Quando acomete os músculos acometido.
da mastigação, leva a uma diminuição Resultados: Paciente no pós-operatório
progressiva da abertura bucal. imediato cursando apresentou melhora
Radiograficamente, essas lesões são bem acentuada da abertura bucal e edema
circunscritas, tendo uma maior compatível com pós-operatório. Foi visto
radiopacidade na periferia, no sétimo dia pós-operatório feridas
histologicamente, são formadas por osso limpas e secas, sem sinais de infecção,
lamelar maduro e osteoclástos ativos. sutura em posição sem sinal de deiscência
Dentre as formas de tratamento, a excisão e ao exame de imagem pós-operatório foi
cirúrgica da massa calcificada foi a mais observado remoção completa do coronoide
encontrada. Assim, este estudo tem como e da massa óssea ectópica. Pós-operatório
objetivo relatar um caso clínico dessa evoluiu sem intercorrências.
desordem, envolvendo o musculo temporal
Discussão: A etiologia para essa lesão é
e estando relacionado a um histórico de
frequentemente associada ao trauma, e o
trauma local. Foi realizado a remoção
musculo masseter é o mais acometido por
cirúrgica da massa óssea e
sua localização mais externa o que favorece
acompanhamento pós-operatório do nível
o trauma. A anamnese é importante no
de abertura bucal.
diagnostico dessa lesão.
Método: Paciente vítima de acidente Radiograficamente são bem circunscrita
motociclistico cursando com fraturas do tendo maior radiopacidade na periferia.
complexo zigomático direito e processo Dentre as formas de tratamento
coronoide mandibular direito, foi encontramos a excisão cirúrgica,
submetido a osteossintese do complexo terapêutica medicamentosa, baixas doses
zigomático e encaminhado para o
ambulatório. No segundo mês de

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de radiação, porém seu tratamento ainda é


controverso.
Conclusão: O tratamento da miosite
ossificante envolvendo os músculos da
mastigação ainda é controverso e exige
uma larga experiência do cirurgião. Seu
alto potencial de recidiva e sua
etiopatogenia desconhecida dificultam seu
tratamento.

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2287

FIBROMA OSSIFICANTE EM MANDÍBULA: RELATO


DE CASO COM PRESERVAÇÃO DE NERVOS
MENTONIANOS E ABORDAGEM INTRA-ORAL
Maria Augusta Collaço Lemos; Arthur Berny Castellano; Matheus
Spinella de Almeida; Jonathas Daniel Paggi Claus; José Nazareno
Gil

O fibroma ossificante é um raro tumor Após 3 meses o defeito ósseo foi


benigno de origem fibro-óssea, reconstruído com enxerto autógeno de
caracterizado por ter crescimento lento. O crista ilíaca também por via intrabucal.
diagnóstico diferencial geralmente se faz Após 4 meses do enxerto foi realizado a
com a Displasia Óssea, pelo fato de as duas reabilitação com implantes. Atualmente a
lesões apresentarem características paciente encontra-se em controle clínico e
clínicas, radiográficas e histológicas radiográfico em que observamos ausência
semelhantes. Na maioria dos casos, a lesão de sinais de recidiva e implantes em fase de
é pequena e assintomática, porém quando osseointegração. O relato do caso, a
extensa, pode causar tumefação e dor. abordagem intrabucal e a preservação dos
Atinge com maior frequência mulheres na nervos mentonianos permitem discussão
terceira e quarta décadas de vida, sendo a relevante a respeito do tipo de acesso,
região posterior de mandíbula mais momento ideal para reconstrução
frequentemente acometida. O tratamento objetivando a cura do paciente e a
dessa lesão, realizado de maneira eficaz, reabilitação funcional e estética.
possui prognóstico bom com baixa taxa de
recidiva. Este trabalho relata o caso de uma
paciente do gênero feminino, 37 anos, com
aumento de volume em região de sínfise
mandibular. A biópsia incisional confirmou
o diagnóstico de fibroma ossificante. Foi
planejado e realizado mandibulectomia
segmentar concomitante a instalação de
placa 2.4 locking previamente modelada
por acesso intrabucal.

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2289

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES


VARIANTE AGRESSIVA: RELATO DE CASO
Fabio Luiz Domingos; Arthur Berny Castellano; Matheus Spinella de
Almeida; Jonathas Daniel Paggi Claus; José Nazareno Gil

Introdução: A Lesão Central de Células Após período de cicatrização foi realizada a


Gigantes (LCCG) é um neoplasma de cirurgia de reconstrução com enxerto
origem desconhecida que acomete os ossos autógeno de crista ilíaca. 4 meses após o
maxilares. Geralmente diagnosticada em enxerto realizou-se a reabilitação com
exames de rotina, apresenta-se como lesão implantes, seguida por prótese fixa
radiolúcida uni- ou multilocular. Pode posteriormente instalada ao período de
estar associada a síndromes e alterações osteointegração.
endócrinas. É classificada como agressiva Resultados: Exérese bem-sucedida com
ou não agressiva, com base na margem de segurança. Devolução de
apresentação clínica e radiográfica. O estética facial aliada à função.
tratamento pode ser medicamentoso e/ou
Discussão: Lesões de Células Gigantes
cirúrgico, dependendo de características
possue etiologia nebulosa, portanto os
como tamanho, localização e
achados clínicos são peças-chave para a
comportamento. O propósito deste
definição do método do tratamento.
trabalho é relatar um caso de LCCG da
variante agressiva e seu tratamento Conclusão: O relato de caso e a
cirúrgico seguido por reabilitação com cronologia dos fatos permitem discussão
implantes. relevante a respeito da sequência do
tratamento, tipo de acesso e o tipo de
Métodos: Paciente M.S.C. do sexo
material para reconstrução.
Feminino, 27 anos, com aumento de
volume em região posterior de mandíbula à
esquerda. Após realização de biópsia
incisional foi confirmado o diagnóstico de
LCCG. Foi planejada e realizada
mandibulectomia segmentar concomitante
à instalação da placa 2.4 previamente
modelada.

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2294

HIPERPLASIA DE PROCESSO CORONÓIDE


COMO CAUSA DE TRISMO:
RELATO DE CASO
Raquel Bastos Vasconcelos; Abrahão Cavalcante Gomes de Souza
Carvalho; Edson Luiz Cetira Filho

A hiperplasia do processo coronóide da Então o paciente foi submetido a um


mandíbula têm sido observada em procedimento cirúrgico, com acesso intra-
condições como fibrose submucosa oral, oral e remoção dos processos coronóides
anquilose. A etiopatogênese deste por cortes e descolamento, denominado
crescimento excessivo de coronóide não foi conoidectomia ou coronoidectomia. O
claramente definida na literatura. O seu procedimento cirúrgico pode causar fibrose
tratamento, comumente, se dá através da e o paciente pode apresentar novo
sua ressecção cirúrgica e sua recidiva é crescimento do mesmo, levando a queixas
rara. O presente trabalho relata um caso de pós-operatórias após pouco tempo da
um paciente, TFL, sexo masculino, 24 anos, intervenção, o que não se observou no caso
que apresentou-se ao serviço de referência citado. A fisioterapia pós-operatória é
de cirurgia e traumatologia buco maxilo muito importante para restabelecimento
facial do Instituto José Frota, no estado do da função normal do paciente. O mesmo se
Ceará, relatado dificuldade de abrir a boca, encontra em acompanhamento pós-
que foi percebido ao exame clínico, através operatório de um ano, sem queixas e com
de uma indicação de tratamento função mastigatória e abertura bucal
endodôntico do dente 36, a partir daí normal. Concluindo dessa forma, a opção
solicitou tratamento de ATM, associado a cirúrgica radical, como ideal para casos de
sessões de fisioterapia, do qual, não se trismo crônico.
obteve sucesso. Ao realizar exames
complementares, como
radiografioa panorâmica seguida de uma
tomografia computadorizada, com
reconstrução 3D através, fechou-se
diagnóstico hiperplasia de coronóide
bilateral.

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2298

INFECÇÃO ORBITÁRIA, COM COMPLICAÇÃO


DE ABSCESSO INTRACRANIANO:
RELATO DE CASO
Larissa Rios Patriarcha dos Santos; Antônio Lucindo Pinto de Campo
Sobrinho; Lívia Prates Soares Zerbinati; Fernanda de Souza Pereira;
Bruna Santos de Oliveira

A infecção orbitária é uma afecção que Através dos exames clínicos e radiográficos
ocorre em decorrência da presença e da evidenciou-se pansinusite, inflamação
multiplicação dos microrganismos nos orbitária ativa, destruição do teto da órbita,
tecidos que compõem a órbita. Essa levando a um comprometimento
infecção tem como agentes etiológicos encefálico. Dessa forma, diagnosticou-se
mais comuns as bactérias, destacando-se a infecção orbitária, celulite pré e pós-septal,
Staphylococcus aureus, mas pode ainda ter com complicação de abscesso
origem viral, parasitária e fúngica. Possui intracraniano, devido a uma sinusite. Para
classificação baseada na sua extensão e tratamento dessas afecções foi utilizada
comprometimento anatômico, tendo como antibioticoterapia com corticoterapia,
referencial o septo orbitário, podendo associada a uma terapêutica integrada e
evoluir para complicações mais severas, multidisciplinar entre o cirurgião
como: perda de visão permanente, bucomaxilofacial, que executou a
trombose do seio cavernoso, abscessos drenagem da lesão da órbita e região nasal,
cerebrais, oclusão da carótida e óbito. O em conjunto com o neurocirurgião que
objetivo desse trabalho é por meio do realizou a craniotomia de descompressão.
presente caso clínico demonstrar a O paciente ao final do tratamento recebeu
importância do diagnóstico preciso e alta sem nenhum tipo de sequela
precoce, com uma abordagem observada, constatando com isso a valia de
multidisciplinar para resolução de um tratamento multidisciplinar e
infecções orbitárias. O caso clínico ocorreu integrado.
no Hospital Estadual da Criança em Feira
de Santana, onde um paciente pediátrico,
gênero masculino, 14 anos, compareceu
com perda de consciência, diversas
convulsões, drenagem de secreção
purulenta pela narina direita e aumento de
volume na região orbitária, deste mesmo
lado.

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2304

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE AMELOBLASTOMA


UNICÍSTICO EM MANDÍBULA COM
RECONSTRUÇÃO POSTERIOR COM BMP:
RELATO DE CASO
Rafaella Rhara de Paiva Abreu; Barbara Betty de Lima; Francisco
Samuel Rodrigues Carvalho; Eduardo Costa Studart Soares;
Henrique Clasen Scarparo

O ameloblastoma é uma neoplasia benigna Ao exame intraoral, foi observada


de origem do epitélio odontogênico, o qual tumefação em região vestibular
apresenta um caráter infiltrativo e alto compreendida entre o incisivo lateral e
poder de recidiva. A variante unicística tem primeiro molar. Após biópsia incisional,
sido apontada como uma lesão que análise histopatológica o diagnóstico final
apresenta baixo índice de recidiva, mesmo foi de ameloblastoma unicístico. O
quando tratada conservadoramente, seja tratamento realizado incluiu exérese da
por meio de enucleação, seja por lesão seguida, em um segundo momento,
curetagem da lesão. Clínica e da reconstrução do defeito com enxerto de
radiograficamente se assemelha bastante osso ilíaco e proteína ósseo morfogenética
com uma lesão cística, necessitando, na (BMP) distribuído em tela de titânio
maioria das vezes, de exame modelada juntamente com membrana
histopatológico para um correto absorvível, com remoção dos dentes
diagnóstico e a escolha do tratamento remanescentes e reabilitação protética
adequado. O presente trabalho teve como com implantes ósseo integrados
objetivo relatar o caso de um paciente do posteriormente. O paciente encontra-se
sexo masculino de meia idade, que se com acompanhamento clínico-
apresentou com aumento volumétrico em imaginológico de 3 anos e não apresenta
região de corpo mandibular esquerdo sem sinais de recorrência local.
sintomatologia dolorosa e tempo de
evolução indeterminado, o qual procurou o
serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial do Hospital Universitário
Walter Cantídio. Ao exame físico extraoral
evidenciou-se aumento de volume na
região de corpo mandibular esquerdo, com
consistência dura à palpação.

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2305

QUEILITE ACTÍNICA: RELATO DE CASO


CLÍNICO E TRATAMENTO
Iara Fiorentin Comunello; Renato dos Santos

A queilite actínica é uma condição Fundo. Ao exame físico intrabucal foi


patológica cuja localização mais frequente possível observar algumas manchas
é o lábio inferior. O tratamento é de crucial esbranquiçadas circundadas por áreas
importância. Isso se deve ao potencial de eritematosas e associadas um importante
transformação maligna, complicação ressecamento labial, além de evidente
temida por sua gravidade e mau descamação e algumas áreas de fibrose.
prognóstico. O principal fator etiológico da Diante desses achados a queilite actínica se
queilite actínica é a exposição crônica dos mostrou a principal hipótese diagnóstica a
lábios à radiação solar. A queilite actínica ser considerada. A partir de então foi
afeta principalmente os homens, pessoas realizada biópsia incisional na área da
de pele clara, na faixa etária entre os 40 e lesão e o material proveniente desta
os 80 anos de idade. O diagnóstico precoce biópsia foi encaminhado para exame
dessa condição é muito importante no anátomopatológico. Os cortes histológicos
Brasil, que por ser um país tropical e cujas revelaram fragmento de mucosa bucal
principais atividades econômicas revestida por epitélio estratificado
(incluindo pesca e agricultura) envolvem a pavimentoso, hiperqueratinizado e
exposição à luz solar e consequentemente atrófico. Foram encontrados sinais de
à radiação proveniente do sol. O presente atipia epitelial. Face a esse achado, a
trabalho almeja apresentar uma revisão de conduta adotada para este caso em
literatura e relatar um caso clínico: um particular foi uma excisão em forma de
paciente que procurou o ambulatório do cunha e posteriormente o fechamento
serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- primário com uma boa margem de
Maxilo-Facial do Hospital São Vicente de segurança. O procedimento foi realizado
Paulo de Passo Fundo – Rio Grande do Sul com o paciente sob anestesia geral e
queixando-se do aparecimento de uma transcorreu sem intercorrências dignas de
lesão no lábio inferior de nota. A peça cirúrgica foi então
aproximadamente seis meses de evolução. encaminhada para exame
O paciente é do gênero masculino, de pele anatomopatológico e este confirmou o
branca, com 56 anos de idade, faz uso de diagnóstico de queilite actínica.
cigarros industrializados de tabaco
(nicotina) na quantidade aproximada de 20
unidades ao dia há quarenta anos e
trabalha com o plantio de grãos numa
localidade rural próxima da cidade de Passo

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2307

REABILITAÇÃO ORAL APÓS RESSEÇÃO SEGMENTAR


DE AMELOBLASTOMA EM ADULTO JOVEM NA
REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Alexandre Maranhão Menezes Neto; Eduardo Costa Studart
Soares; Fabrício de Lamare Ramos; Fábio Wildson Gurgel Costa;
Maykel Sullyvan Marinho de Souza

Os ameloblastomas são neoplasias benignas comuns de origem


epitelial odontogênica. Sem predileção por gênero, são mais
prevalentes em pacientes entre 3ª e a 7ª décadas de vida.
Aproximadamente 80% dos casos envolvem as regiões de corpo-
ângulo-ramo mandibulares. Embora usualmente se manifestam
como tumefações indolores, são lesões localmente agressivas e
com elevados índices de recidiva se tratadas inadequadamente.
Por este motivo, a forma de tratamento mais preconizada tem
sido a ressecção marginal ou segmentar. O objetivo do presente
trabalho é relatar o caso de um paciente de 18 anos de idade que
procurou atendimento com a queixa de “ uma lesão que crescia
na boca e que não doía”. A anamnese revelou um crescimento
lento e indolor localizado em fundo de vestíbulo da região
anterior da mandíbula. O exame físico mostrou uma tumefação
recoberta por mucosa de aspecto normal. Ao exame de imagem
notou-se uma lesão radiolúcida multilocular, com aspecto
similar a “bolhas de sabão”, expansão das corticais lingual e
vestibular, reabsorção de raízes e margens festonadas, indo da
região do dente 36 ao dente 45. Procedeu-se uma biópsia
incisional , cujo resultado foi de ameloblastoma. Diante do
diagnóstico, o paciente foi tratado por meio de uma ressecção
marginal seguida de ostectomia periférica com broca. Após 03
meses da cirurgia, o mesmo foi reabilitado com uma prótese
parcial removível mandibular. Atualmente, o paciente se
encontra com 01 ano de acompanhamento pós-operatório sem
apresentar sinais de recidiva. O tratamento de lesões agressivas,
como ameloblastoma, deve seguir o pensamento de ser radical
apenas o suficiente para permitir a cura do paciente, sem deixar
de considerar a possibilidade de uma reabilitação estética e
funcional como neste caso.

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2308

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMA POR


MEIO DE ACESSO CORONAL: RELATO DE CASO
Arivaldo Conceição Santos Júnior; Paulo Ribeiro de Queiroz Neto;
Daniel Galvao Nogueira Meireles; Leandro Moura Oliveira; Alice
Baptista Cavalcante

Introdução: Os osteomas são neoplasias mesmos e da anamnese da paciente foi


benignas que acometem principalmente a indicada cirurgia sob anestesia geral, eleito
região crânio facial e podem surgir nas acesso coronal e feita osteotomia através
formas, esponjosa ou compacta. O osteoma de cinzel e martelo, juntamente a
compacto é composto por osso denso osteoplastia através de fresas cirúrgicas.
aparentemente normal, já a forma Resultados: Paciente no pós-operatório
esponjosa é composta por osso trabecular e imediato apresentou melhora da
medula fibrogordurosa e pode ocorrer na assimetria facial e edema compatível com
forma mista. Geralmente têm crescimento pós-operatório, foi visto no sétimo dia pós-
lento e assintomático, em alguns casos operatório ferida limpas e secas, ausência
podem afetar estruturas adjacentes de sinais de infecção e suturas em posição
causando dor e complicações, entretanto sem sinal de deiscência. No décimo quinto
como se trata de uma lesão na região facial dia pós-operatório observou-se redução do
ele altera a simetria da face. As causas para edema, feridas limpas e secas, solicitada
o desenvolvimento do tumor ainda é uma tomografia de crânio de controle, paciente
incógnita no meio científico. Lesões de ficou em acompanhamento mensal e após
pequenas dimensões não necessitam de 01 ano a lesão não apresentou recidiva.
tratamento cirúrgico, devendo ser feito
Discussão: A etiologia desta lesão é
acompanhamento para avaliar seu
controversa, e a associação da anamnese e
crescimento. Seu diagnóstico, geralmente
exames complementares é de suma
é feito através de exames de imagem e
importância. O acesso a lesão pode ser
dados clínicos colhidos na anamnese. O
realizado atraves do acesso coronal ou
presente estudo tem como objetivo relatar
incisão na região supraorbitária, e a
o caso clinico de uma paciente de 21 anos,
utilização de cada acesso vai depender do
que apresentava osteoma no osso frontal
tamanho, forma e loclização da lesão.
causando-lhe um dano estético que foi
reparado com osteotomia realizada por Conclusão: O caso supracitado e
meio do acesso coronal. publicações relacionadas ao tema
confirmam a eficiência da técnica cirúrgica
Método: Paciente queixando-se de
através do acesso coronal no tratamento de
assimetria facial em região frontal, não
osteomas grandes em terço superior de
apresentava sintomatologia associada,
face. Esse acesso permite uma boa
foram solicitados exames complementares
exposição da região afetada para fazer a
pré-operatórios e a partir da avaliação dos
remoção adequada da lesão.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2310

HIPERPLASIA GENGIVAL MEDICAMENTOSA


INDUZIDA POR FENOBARBITAL:
RELATO DE CASO
Joyce Samandra Silva Moura; Camila Coutinho Leal; Vanessa Lima
Bruno; Renato Ribeiro da Costa; Simei André da Silva Rodrigues
Freire

Introdução: A Hiperplasia Gengival é anestesia local e bisturi elétrico para a


uma patologia caracterizada por aumento remoção da hiperplasia. Foi realizada a
anormal do volume da matriz extracelular prescrição medicamentosa pós-cirúrgica
encontrada no tecido periodontal normal e de analgésico, anti-inflamatório,
está associada a muitos fatores etiológicos antibiótico e bochechos com clorexidina
como: inflamação local devido à existência 0,12% por 7 dias.
de placa, doenças sistêmicas, causas Resultados: No pós-operatório,
fisiológicas e utilização de determinados observou-se uma boa cicatrização da ferida
medicamentos. Quando induzida por cirúrgica, bem como uma significativa
fármacos, ela é denominada Hiperplasia melhora na deglutição e fonação do
Gengival Medicamentosa e geralmente paciente.
ocorre por uso prolongado de anti-
Discussão: A hiperplasia gengival
hipertensivos, antiepilépticos e
induzida por medicamentos está
imunossupressores. O presente trabalho
relacionada, geralmente, ao uso em longo
tem o objetivo de relatar um caso de
prazo de fenitoína, ciclosporina A e
Hiperplasia Gengival Medicamentosa no
bloqueadores dos canais de cálcio, cuja
palato induzida por fenobarbital.
prevalência é, respectivamente, 50%, 25-
Métodos: Paciente do sexo masculino, 81% e 3,3% (PAZ et al., 2011). No entanto,
idade de 40 anos e sob tratamento na literatura científica relatos de casos de
prolongado com Gardenal procurou hiperplasia associada à fenobarbital são
atendimento odontológico queixando-se raros. O tratamento dessa hiperplasia
de dificuldade para engolir e falar. Ao envolve desde condutas menos invasivas, a
realizar o exame clínico e radiográfico, foi exemplo da alteração de medicamentos,
constatada presença de exacerbada até a execução de técnicas cirúrgicas
hiperplasia no palato. O diagnóstico excisionais.
realizado foi de Hiperplasia Gengival
Conclusão: Hiperplasia Gengival
Medicamentosa associada ao fenobarbital,
Medicamentosa induzida por fenobarbital
princípio ativo do Gardenal. O paciente foi
é uma condição rara, no entanto, pode
submetido a procedimento cirúrgico com
interferir no desempenho funcional do

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

paciente. O tratamento cirúrgico em casos hiperplásico é uma alternativa viável e que


de grande quantidade de tecido apresentou bons resultados clínicos.
Referências: Paz OAG, Brito VF, Xerfan EMS. Hipertrofia gengival induzida por anlodipina. Revista
Brasileira de Clínica Médica. V.9, n.2, p.:150-3, 2011.

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2311

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE AMELOBLASTOMA


EM ARCO CENTRAL DE MANDIBULA, TRATADO
POR RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO IMEDIATA:
RELATO DE CASO
Thaysa Barbosa dos Santos Queiroz; Alexandre Maurity de Paula
Afonso; Daphne Pereira da Silva Passos; Jully Guimarães de Oliveira
Antunes; Vitor Monteiro Novaes Junior

Introdução: Os ameloblastomas são Resultados: A paciente se encontra em


tumores de crescimento lentos, localmente acompanhamento ambulatorial, após seis
invasivos de origem epitelial meses de pós- operatório, sem sinais de
odontogênica. No ameloblastoma sólido a recorrência do tumor e sendo restabelecida
ressecção cirúrgica com margem de a função estética e mastigatória.
segurança tem sido o tratamento de Discussões: Diante das possibilidades
escolha para prevenir a recorrência e o atuais de reconstrução: enxertos ósseos
desenvolvimento de malignidade devido a autógenos, próteses, que seriam de melhor
sua capacidade de infiltração. A ressecção padrão, não se encontravam meios
é o tratamento utilizado com margem da disponíveis para auxilio e suporte de
segurança de pelo menos 1 a 1,5cm além reconstrução, em se tratando de uma
dos limites radiográficos do tumor , unidade hospitalar pública, foi então
resultando perda óssea mandibular utilizada técnica de reconstrução
primária. A reconstrução mandibular deve mandibular simples, com placa de
ser planejada de forma criteriosa, por reconstrução. O resultado da reconstrução
afetar a estética e a função mastigatória, nos leva a acrescentar que as placas para
bem como a qualidade de vida do paciente. reconstrução, apresentam taxas de sucesso
Métodos: O objetivo do presente trabalho aceitáveis, desde que estejam bem
é apresentar um relato de caso clínico de adapatadas e bem cobertas por tecido
uma paciente que compareceu ao muscular, apresentando-se como uma boa
ambulatório de Cirurgia Traumatologia opção de tratamento.
Buco- Maxilo- Facial do Hospital Federal Conclusão: A paciente evoluiu sem
de Bonsucesso/RJ, já com diagnóstico complicações pós-operatórias, requerendo
prévio de ameloblastoma. O paciente foi o tratamento, um diágnóstico correto e
submetido à ressecção de arco central planejamento cirúrgico para uma ressecção
mandibular, com margens de segurança adequada com a finalidade de uma
sendo realizada a reconstrução com placa reconstrução funcional e estéticamente
de reconstrução load bearing sistema 2.4. aceitável.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2315

OSTEOMA EM PROCESSO CORONÓIDE DA


MANDÍBULA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Julia Graziele Morais Salviano; Cecília dos Santos Raimundo; Fábio
de Freitas Pereira Freire; Lucio Costa Safira Andrade

Os osteomas são tumores osteogênicos osso frontal. A etiopatogenia do osteoma


benignos de crescimento lento do osso, permanece obscura podendo ser por
geralmente assintomáticos, que são estímulo endócrino, aumento na atividade
caracterizados pela proliferação de um do músculo temporal, trauma ou herança
osso compacto ou esponjoso. E quando genética. O presente trabalho tem como
apresenta sintomatologia está associado objetivo relatar um caso clínico de uma
com a compressão de nervos ou vasos. Eles paciente de 33 anos, que apresentava um
podem ser periosteais (aparecem na osteoma em região de processo coronóide
superfície do osso) ou endosteais com queixa de limitação de abertura bucal,
(localizado no osso medular). O com evolução há cerca de 02 anos. A
diagnóstico geralmente é por exames mesma foi submetida ao tratamento
radiográficos de rotina, com exceção dos cirúrgico com exérese da lesão associada a
casos que são grandes levando a dor, coronoidectomia. Foi possível concluir que
desconforto ou assimetria facial. Os a conduta adotada foi eficaz no tratamento
osteomas costumam se mostrar como do osteoma no processo coronóide
imagens radiopacas e bem circunscritas, mandibular, ressaltando a importância de
estão essencialmente restritos ao um bom exame físico e complementar do
esqueleto craniofacial e raramente são paciente. O caso vem sendo acompanhado
diagnosticados em outros ossos. Sendo há 01 ano, onde não apresenta sinais de
mais comumente encontrados na recidiva da lesão.
mandíbula, maxila, seios paranasais e no
Referências:
CAUBI, Antônio de Figueiredo; et al. Osteoma em mandíbula: quando tratá-lo cirurgicamente. Rev. Cir.
Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.13, n.1, p. 53-58 , jan./mar. 2013.
KHANDELWAL, Pulkit; DHUPAR, Vikas; AKKARA, Francis. Unusually Large Peripheral Osteoma of the
Mandible – A Rare Case Report. Journal of Clinical and Diagnostic Research. 2016 Nov, Vol-10(11):
ZD11-ZD12.
NEVILLE, BW; DAMM, D.; ALLEN, CM; BOUQUOT, JE. Patologia oral e maxilofacial 3ª ed. Elsevier.
Pag.: 652-653, 2009.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2318

ABORDAGEM DE MANIFESTAÇÕES CLINICAS NO


COMPLEXO MAXILO FACIAL NO PACIENTE
PORTADOR DA SINDROME DE RAMSAY HUNT TIPO II E
DE ADENOCARCINOMA DE ENDOMETRIO:
RELATO DE CASO
Franklin David Gordillo Yepez;Renato Sawazaki; Henrique Cesca;
Gabriela Caovilla Felin; Tiago Nascimento Mileto

Introdução: A síndrome de Ramsey Hunt tratamento por meio de aciclovir IV,


caracteriza-se pela paralisia hemifacial de laserterapia diária com laser de baixa
nervos periféricos, além de otites, otalgia, intensidade e a implementação de
vermelhidão ipsilateral no pavilhão colutório oral com digluconato de
auricular, vertigem, náuseas e vômitos. É clorexidina 0.12% em solução aquosa.
causada por reativação do vírus Varicela Resultados: Após 16 dias do tratamento
Zoster. Pacientes que são com aciclovir intravenoso, laserterapia e
imunodeprimidos tem maior digluconato de clorexidina houve uma
susceptibilidade de ter a síndrome. O melhora significativa das feridas vésico-
objetivo do trabalho foi relatar o caso de bolhosas e das mucosites severas na
uma paciente portadora da Síndrome de cavidade oral. Da mesma maneira, após 45
Ramsey Hunt tipo II e o protocolo do dias do tratamento a paciente não
tratamento proposto desta paciente. apresentava nenhuma lesão em face nem
Métodos: Paciente da sétima década de em mucosa oral. Por outro lado, a
vida com histórico de adenocarcinoma de hemiparalisia do lado esquerdo
endométrio, o mesmo vinha em permaneceu em menor intensidade.
acompanhamento ambulatorial com a Discussão: Uma vez diagnosticada a
equipe da oncologia do Hospital Da Cidade síndrome, o tratamento pode ser iniciado
de Passo Fundo. Paciente teve quadro com analgésicos, antivirais e
clinico catalisado pela condição de corticosteroides. O uso de aciclovir nos
imunossupressão pela quimioterapia. pacientes com infecções herpéticas já está
Assim, compareceu com queixa de úlceras bem estabelecido, sendo a mesma
no pavilhão auricular esquerdo, responsável pela inibição da replicação
acompanhado de paralisia hemifacial viral. A laserterapia de baixa potencia foi
ipsilateral, odinofagia, disfagia e disfonia. empregada por possuir ação
Da mesma maneira, apresentava lesões biomoduladora, analgésica,
ulcerativas em região de cabeça e mucosite antiinflamatória, estimulação de
severa na cavidade oral. Uma vez
diagnosticada a síndrome, iniciou-se o

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

cicatrização e reparação de feridas vésico-


bolhosas.
Conclusões: No presente caso é
indispensável realizar um diagnostico
precoce para minimizar as deformidades
causadas pela síndrome, assim
preconizando uma abordagem
multidisciplinar. O acompanhamento ao
longo prazo de pacientes portadores de
neoplasias faz-se necessário para
evidenciar novas lesões e assim realizar o
devido tratamento.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2319

ENUCLEAÇÃO DE CISTO ODONTOGÊNICO


CALCIFICANTE ASSOCIADO A ODONTOMA
COMPOSTO EM REGIÃO ANTERIOR DE
MAXILA: RELATO DE CASO
Mariana Gomes Coutinho; Eduardo Costa Studart Soares;
Alexandre Maranhão Menezes Neto; Fábio Wildson Gurgel Costa;
Fabrício de Lamare Ramos

O cisto odontogênico calcificante é uma lesão incomum,


representando entre 0,3 a 0,8% de todos os cistos
odontogênicos. Lesões exclusivas dos maxilares, podem ter
localização intra ou extra-óssea. Clinicamente, mostram-se
como tumefações indolores que podem estar associadas à um
dente impactado. A cirurgia é a modalidade de tratamento
utilizada, variando entre a enucleação e a ressecção em bloco. O
objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma paciente de 17
anos de idade que procurou atendimento queixando-se de
“inchaço no rosto”. A anamnese revelou uma lesão de
crescimento lento e indolor. O exame físico mostrou uma
assimetria facial, caracterizada por uma expansão na região
anterior de palato e fundo de sulco vestibular de maxila do lado
esquerdo, recoberta por pele e mucosa de aspecto normal. Os
exames imaginológicos mostraram uma área radiolúcida
unilocular de limites bem definidos, associada ao dente 23
impactado e estrutura calcificada, em região anterior de maxila,
com expansão e perfuração das corticais ósseas e envolvimento
do seio maxilar do lado esquerdo. Diante destes achado, a
paciente foi tratada por meio de enucleação do cisto, exérese do
odontoma composto e exodontia do dente 23. O
acompanhamento pós-operatório de 3 anos mostra
neoformação óssea completa no local da enucleação. A
enucleação mostrou-se uma modalidade conservadora eficaz no
tratamento desta lesão incomum.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2320

VARIANTE AGRESSIVA DE LESÃO CENTRAL DE


CÉLULAS GIGANTES ASSOCIADA A LESÃO FIBRO-
ÓSSEA BENIGNA: UM RARO CASO DE LESÃO HÍBRIDA
Natália Passos da Silva; Luiza Palma Luz Ferreira; Iêda Crusoé Rebello;
André Carlos de Freitas;Jean Nunes dos Santos

Introdução: Lesões híbridas que Discussão: Por conta do número limitado


possuem características de lesão central de de casos relatados de lesões híbridas que
células gigantes e de lesões fibro-ósseas compõem LCCG e lesão fibro-óssea, o
são raras e todos os casos relatados na comportamento biológico dessas lesões
literatura são caracterizados como não- ainda é incerto. No entanto, acredita-se
agressivos. que este tipo de lesão híbrida pode ser
Relato de caso: Paciente de 29 anos, do agressiva ou não agressiva dependendo do
sexo masculino, apresentou uma lesão tipo de LCCG presente.
híbrida que consistia em uma lesão central Conclusões: Depois da cirurgia, o
de células gigantes associada a uma lesão diagnóstico dos exames
fibro-óssea, com evolução menor que dois anatomopatológico, clínico e radiográficos
anos. foi de lesão central de células gigantes
Resultados: Radiografia panorâmica e a associada a fibroma ossificante de
tomografia computadorizada revelou uma comportamento agressivo. O
lesão insuflante de aparência multilocular reconhecimento da variante agressiva da
na região posterior direita da mandíbula, lesão híbrida é difícil devido a sua raridade
expandindo e perfurando a cortical óssea e e a falta de documentação.
invadindo a região do canal mandibular.
Com base nos achados clínicos e
radiográficos, a suspeita diagnóstica foi de
fibroma ossificante.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2322

SIALOLITÍASE SUBMANDIBULAR TRATADA


COM LASER CIRÚRGICO DE DIODO:
RELATO DE 2 CASOS
Neimar Scolari; Orion Haas Junior; Andre Xavier Padilha Favoreto;
Lucas Meirelles; Rogério Belle de Oliveira

Introdução: Sialolitíase é definida como a Foi realizado uma incisão linear no


presença de uma ou mais estruturas assoalho bucal, na região da abertura do
calcificadas existente em um conduto de ducto de Wharton, expondo e removendo
glândula salivar maior ou menor. Origina- os cálculos presentes nos 2 casos. A
se da deposição de sais de cálcio ao redor potência do laser utilizado, foi dosada para
de um acúmulo de restos orgânicos no o corte a partir da luz infravermelha, com
lúmen do ducto. Sinais e sintomas um comprimento de onda de 980-nm. O
predominantes nessa patologia são edema, diâmetro da fibra óptica utilizada foi de 400
infecção bacteriana, formação de abscesso, µm. Todos os procedimentos foram
obstrução completa do canal salivar. realizados com a potência do dispositivo de
Diferentes tipos de imagem são utilizados laser fixada em 2.200 mW em pulso
para o diagnóstico da sialolitíase, como contínuo.
radiografias, tomografia computadorizada, Discussão: embora a remoção cirúrgica
ressonância magnética e ultrassom, utilizando incisão a frio no assoalho bucal
permitindo visualizar as obstruções e seja amplamente utilizada na remoção dos
anomalias do canal, facilitando o cálculos submandibulares, percebe-se
planejamento adequado para as diferentes algumas vantagens ao se utilizar o laser de
modalidades de tratamento. diodo para este fim: diminuição do
Metodologia: apresentar relato de dois sangramento, edema reduzido, diminuição
casos de sialolitíase submandibular uso de anestésicos locais entre outros.
tratados cirurgicamente com o uso de Laser Conclusão: O uso do Laser Diodo é uma
Diodo (DC-International LLC, Model alternativa segura e minimamente invasiva
DenLase-980/7, China). A localização do para esse tipo de procedimento, possuindo
cálculo foi distal em relação à glândula vantagens como elevadas propriedades de
submandibular e palpável em região intra- coagulação e qualidade da incisão, baixo
oral, e os pacientes foram submetidos à risco de danos aos nervos e menos
cirurgia em ambiente ambulatorial e sob comorbidades.
anestesia local.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2327

BISFOSFONATOS E OSTENECROSE DOS


MAXILARES: REVISÃO DE LITERARTURA
Júlia Santos Cerqueira; Mariana Vitória Gomes Viana; Cátia Maria
Guanaes

Introdução: O bifosfonato (BF´s) é um ainda não foi completamente estabelecida,


fármaco cujo uso vem demonstrando bons contudo a literatura associa a OMN a
resultados na terapia de osteoporose, inibição da remodelação óssea e/ou
principalmente pós-menopausa, e angiogênese. Sabe-se que pode ocorrer
neoplasias ósseas. Atua sobre osteoclastos OMN de forma espontânea após o uso do
diminuindo a reabsorção óssea. Dentre os BF´s, porém relata-se maior incidência
efeitos adversos desse fármaco, está a após procedimentos odontológicos
Osteonecrose, em especial dos maxilares invasivos/traumáticos. É unanime a
(OMN). O objetivo deste estudo é realizar adequação bucal antes do uso de BF´s como
uma revisão de literatura sobre o uso de método preventivo. Entretanto, não se
bifosfonato e a incidência de OMN, de pode afastar a necessidade em realizar
forma a contribuir para sua prevenção. procedimentos invasivos após a terapia, o
Métodos: Foi feita uma busca em bancos que implica em avaliação criteriosa na
de dados: PubMed e Medline, utilizando-se indicação e cautela na execução.
as palavras chaves “osteonecrose”, Conclusão: Os elementos avaliados
“bifosfonato” e “patologia dos maxilares”, demonstram a importância do
nos idiomas inglês e português publicados conhecimento a respeito da conduta
a partir de 2013, onde foram selecionados odontológica nos pacientes com indicação
10 artigos segundo a relevância temática. ou em uso de BF´s, considerando seus
Discussão: A OMN é marcada efeitos adversos, em destaque a ONM, que
clinicamente pela presença da exposição pode decorrer de tratamentos
óssea em cavidade bucal, com ou sem odontológicos, ausência de terapias
secreção purulenta, dor e fratura preventivas ou desconhecimento
patológica, em pacientes submetidos ao profissional, evidenciando a necessidade
uso de BF´s, sem história prévia de radio ou de mais estudos, de modo a ampliar
quimioterapia. A fisiopatologia da OMN conhecimento no manejo destes pacientes.
Referências:
POXLEITNER, P et al. The Prevention of Medication-related Osteonecrosis of the Jaw. Dtsch Arztebl
Int , v.114, n.5, p.63, 2017.
GOODDAY RH. Preventive Strategies for Patients at Risk of Medication-related Osteonecrosis of the
Jaw. Oral Maxillofac Surg Clin North Am, v.27, n.4, p.527-536, 2015.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2333

TRATAMENTO CONSERVADOR DE MIXOMA


ODONTOGÊNICO EM PACIENTE
PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Marina Guimarães Fraga; Luiz Henrique Moreira Marinho; Beatriz
D´Aquino Marinho

Introdução: O mixoma odontogênico é e nenhum deslocamento dentário. Exame


uma lesão intra-óssea de origem de Tomografia Computadorizada
ectomesenquimal, benigna, porém multislice evidenciou lesão tumoral
localmente agressiva e alta taxa de osteolítica e expansiva de 41x52x58cm, em
recorrência (25% de média de recidiva). porção anterolateral esquerda de maxila,
Trata-se de tumor odontogênico, incomum com invasão do seio maxilar e
no terço médio da face e raramente envolvimento dos germens dentários. A
observado em pacientes mais novos que neoplasia causava deslocamento da parede
dez anos de idade. Assim sendo, o manejo lateral da cavidade nasal esquerda,
de pacientes pediátricos que apresentam comprometimento do osso zigomático e
essa patologia é ainda vago e traz extensão para o soalho de orbita.
divergências entre profissionais. Diagnóstico foi definido por biópsia
Objetivos: 1- Relatar o raro caso de um incisional como Mixoma Odontogênico.
paciente de Mixoma Odontogênico, Tratamento: O tratamento cirúrgico
tratado aos 24 meses de idade. 2- Reportar instituído no ano de 2006 foi a excisão
o resultado do tratamento atualmente, cirúrgica conservadora, com margens
com 11 anos de acompanhamento pós- livres. Sob anestesia geral, realizou-se
operatório. primeiramente um acesso cervical e
Relato de Caso: Paciente masculino, de isolamento da artéria carótida externa,
24 meses de idade apresentou-se com para ligadura e controle de hemorragia se
tumefação progressiva e assintomática em necessário. Uma incisão de Weber-
hemi-face equerda, com histórico de Ferguson com modificação de Dieffenbach
evolução de três meses. Ao exame clínico foi utilizada para acesso cirurgico. Grande
extra-bucal obsevou-se assimetria facial cuidado foi tomado para assegurar que
extensa, aumento de volume importante todas as margens do tumor fossem
de maxila esquerda, estendendo-se para o identificadas e apenas a enucleação da
processo alveolar e rebordo inferior lesão relizada. O paciente foi submetido a
orbitário, causando obstrução de narina uma curetagem completa e enucleação da
colateral. Exame intra-bucal mostrou lesão. A maxilectomia parcial não foi
erupção completa dos dentes 61, 62, 63, 64 realizada de modo a diminuir a menor
morbidade e a deformidade facial pós-

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

operatória. Acompanhamento: Paciente


encontra-se no 11º ano de
acompanhamento pós-operatório clínico e
radiográfico, sem evidências de recidiva
local. A criança apresenta, entretanto,
defeito ósseo ablativo importante com
deformidade dentoesquelética associada.

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2336

DESCOMPRESSÃO E ENUCLEAÇÃO DE
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Sergio Antonio Schiefferdecker; Kelly Bienk Dias; Rubens Souza Jr

Introdução: descritos por Philipsen em Discussão: o CO é uma patologia de


1956, os ceratocistos odontogênicos (COs) comportamento mutável, que passa de
são patologias benignas que ocorrem nos lesões pequenas e pouco invasivas, a
maxilares. Devido ao seu comportamento agressivas e recidivantes, demandando de
infiltrativo, apresentam características diversas modalidades de tratamento, uma
semelhantes aos tumores benignos e vez que não segue um padrão absoluto no
representam de 12 a 14% de todas as lesões que diz respeito aos episódios de
originadas do epitélio odontogênico na recorrência (3 a 60%), representando a
face. São frequentemente descobertos inconstância dos bons e mal resultados nos
através de exame de imagem onde se tratamentos empregados. Sua classificação
apresentam como lesões radiolúcidas uni tem modificado com o passar dos anos,
ou multiloculares marginadas por cortical sendo de cisto (1956) a tumor (2005) e
radiopaca. Quando atingem grandes atualmente cisto (2017) devido a sua
proporções, a descompressão seguida de variação de perfil patogênico e falta de
enucleação é realizada para preservar comprovação científica que mantenha a
estruturas adjacentes. doença definida como tumor. Essa
Métodos: caso clínico cirúrgico de CO em variabilidade de conceitos reflete nas
mandíbula com fratura patológica dificuldades encontradas durante a prática
eminente, achado ocasionalmente em clínica uma vez que para a mesma
exame de imagem, diagnosticado por patologia seja proposto mais de um tipo de
biópsia incisional seguida de instalação de tratamento. Estudos sugerem enucleação
dispositivo para descompressão onde após simples ou associada com osteotomia
período de acompanhamento e observada periférica, crioterapia ou solução de
neoformação óssea significativa na Carnoy, marsupialização, descompressão e
extensão da lesão foi realizada enucleação. ressecção com margem de segurança, no
entanto, não há nenhuma evidência de alta
Resultados: no pós-operatório tardio
qualidade para avaliar as taxas de
observa-se radiograficamente preservação
recorrência relacionadas a estas técnicas e,
da estrutura mandibular para posterior
com isto, não há tratamento padrão ouro
reabilitação do paciente, evitando-se a
para esta patologia.
ressecção hemimandibular.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: os pacientes diagnosticados


com CO devem ser avaliados e conduzidos
individualmente, planejando-se
diminuição de sequelas pós-operatórias
irreversíveis que vise a qualidade de vida
dos mesmos.

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2342

CISTO DENTÍGERO TRATADO ATRAVÉS DE


MARSUPIALIZAÇÃO E ENUCLEAÇÃO:
RELATO DE CASO
Erika Guimarães Duarte; Anirlane Rômenia Pinto Barroso; Wuendy
Paulina Chavarro de Oliveira; Patrick Rocha Osborne; Thiago
Esteves Vedor

O cisto dentígero é um dos cistos ramo mandibular, com envolvimento do


odontogênicos de desenvolvimento mais dente 48 incluso. Ao exame
comuns, e frequentemente associado a um histopatológico obteve-se o diagnóstico de
dente impactado, em que o terceiro molar cisto dentígero, cuja opção de tratamento
inferior é o mais envolvido. Seu foi a marsupialização durante o período de
crescimento é geralmente lento e quinze meses. Sob anestesia geral foi então
assintomático, podendo atingir dimensões realizada a enucleação da lesão cística
consideráveis, causando deformação facial, associada à remoção do elemento dentário
deslocamento e impactação de dentes. As incluso e, devido ao defeito ósseo causado
modalidades terapêuticas mais utilizadas pelo procedimento foi instalada uma placa
são a descompressão, marsupialização e e parafusos do sistema 2,0 mm para reforço
enucleação. Paciente G.S.N, gênero ósseo da região. Paciente encontra-se em
feminino, 33 anos de idade, compareceu ao acompanhamento pós-operatório clínico e
Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, radiográfico há 3 meses, sem queixas, e
sitiado na cidade de Manaus – AM com dor sinais de recidiva ausentes. Este trabalho
no lado direito da mandíbula, tem como objetivo demonstrar o
apresentando clinicamente aumento de tratamento de um cisto dentígero de
volume importante na região em questão. grandes proporções associado à coroa do
Exames de imagem evidenciaram lesão dente 48 incluso, realizado através da
extensa com área radiolúcida, unilocular, técnica de marsupialização com posterior
que se estendia em seu maior comprimento enucleação da lesão.
do corpo mandibular à chanfradura no

Palavras-chave: cisto dentígero, cistos odontogênicos, dente impactado.


DUARTE, E.G*; BARROSO, A.R.P; OLIVEIRA, W.P.C; OSBORNE, P.R.; VEDOR, T.E.

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2345

PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE CISTOS


ODONTOGÊNICOS DE GRANDES PROPORÇÕES
ASSOCIADOS À MANDÍBULAS ATRÓFICAS
Nilo Alves;Thiago da Fonseca de Souza; Renato Cardoso; Eduardo
Vasques da Fonseca; Daniel Falbo Martins de Souza

Os cistos odontogênicos podem ser Radiograficamente se apresenta como uma


classificados em cistos de desenvolvimento lesão óssea radiolúcida unilocular
e inflamatórios. O cisto dentígero, que é associada à coroa de um dente incluso
um cisto de desenvolvimento, é o mais apresentando margens bem definidas e
comum compreendendo aproximadamente escleróticas.O cisto dentígero
20% de todos os cistos epiteliais dos classicamente é tratado por enucleação,
maxilares. Tendo como definição um cisto descompressão ou marsupialização, sendo
que se origina da separação do folículo da estes dois últimos acompanhados ou não
coroa de um dente incluso. Sua patogênese da enucleação. Quando estes cistos
acontece pelo desenvolvimento de liquído associados as mandíbulas atróficas é
entre o epitélio reduzido do esmalte e a preciso lembrar da classificação de Luhr,
coroa de um dente. O cisto dentígero pode que é classificado em Luhr I (16-20mm),
estar associado com qualquer dente Luhr II (11-15mm) e Luhr III (<10). O
incluso, sendo mais frequente associado a objetivo do presente trabalho é apresentar
um terceiro molar inferior. Ele é descoberto um protocolo de tratamento para cistos
geralmente em pacientes entre 10 a 30 dentígeros de grandes proporções
anos de idade tendo ligeira predileção por associados a mandíbulas atróficas
homens de pele branca, mesmo que raro o instituído em um programa de residência
cisto dentígero pode ser encontrado em em CTBMF de um hospital terciário do SUS,
pacientes de idade avançada, predispondo baseado em revisão de literatura atualizada
a cistos em possíveis locais de menos e explicitado com um relato de caso clínico.
quantidade óssea. Este cisto se apresenta
de forma assintomática e com crescimento
lento, podendo gerar aumento de volumes
extra e intra orais.

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2353

ADENOMA PLEOMORFICO EM PALATO:


RELATO DE CASO
Luiza Bastos Nozari;Eduardo Lombardo;Fábio Luiz Dal Moro
Maito;Cláiton Heitz

Introdução: O adenoma pleomórfico é considerado a neoplasia


mais comum de glândulas salivares. Pode ser chamado também
de tumor misto benigno. Quando acomete glândulas salivares
maiores observa-se predileção pela parótida e, em glândulas
salivares, a região mais comumente acometida é o palato. Dentre
os casos relatados, as lesões comumente apresentam-se
unitárias, de margens bem definidas, crescimento lento, sem
relação com tecidos adjacentes às glândulas e sem
sintomatologia dolorosa.
Metodologia (relato de caso): O estudo relata um caso
clínico de adenoma pleomórfico de palato, diagnosticado em
uma paciente do sexo feminino atendida pelo Departamento de
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Pontifícia
Universidade Catolica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Paciente AHL, 39 anos, sexo feminino, leucoderma, procurou
atendimento após notar aumento de volume em palato esquerdo
região de molares, de crescimento gradual e aspecto ulcerativo.
Ao exame, observou-se lesão nodular de base séssil, coloração
rósea normal da mucosa, consistência fibrosa e medindo
aproximadamente 10mm de comprimento por 7mm de largura.
Discussão e considerações finais: Tendo em vista o
prognóstico favorável em remoções cirúrgicas de lesões de
adenomas, optou-se por tratamento cirúrgico, com biópsia
excisional da lesão, e proservação do caso por 1 ano, onde até
então não observa-se recidiva.

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2354

RESSECÇÃO CIRÚRGICA DE FIBROMA


OSSIFICANTE CENTRAL EM MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Leonardo de Lima Cavalcante; Maria Aparecida de Albuquerque
Cavalcante

O fibroma ossificante é uma neoplasia benigna rara de origem


fibro-óssea caracterizado pelo crescimento lento e bem
delimitado, frequentemente assintomático, apresentando
quantidades variáveis de tecido mineralizado semelhante ao
osso e cemento. Apresenta predileção pelo sexo feminino entre
a 3º e 4º décadas de vida em região preferencial na mandíbula
(molares e pré-molares). Este trabalho relata um caso clínico-
cirúrgico de fibroma ossificante em região anterior mandibular
em uma paciente de 37 anos, recebida pelo serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho – UFRJ com queixas estético-funcionais.
Ao exame clínico inicial apresentou aumento de volume
significativo em localização supracitada. Em mãos dos exames
de imagens notou-se imagem radiopaca e bem delimitada. Foi
realizada biópsia incisional e exame anatomohistopatológico,
resultando em diagnóstico compatível com fibroma ossificante
central. A paciente foi levada ao hospital para que fosse
realizada cirurgia de remoção completa do tumor e reconstrução
do defeito com material de fixação interna rígida. Após um novo
exame anatomohistopatológico confirmou o diagnóstico inicial.
O caso em questão encontra-se em acompanhamento pós-
operatório de 1 ano, sem quaisquer sinais de recidiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2356

FIBROMA OSSIFICANTE JUVENIL AGRESSIVO:


RESSECÇÃO DE LESÃO INTRA-ORAL
Romeyka Karinny Almeida de Freitas; Emanuel Dias de Oliveira e
Silva; Gabriela Madeira Araújo; Tatiane Fonseca Faro

Introdução: O fibroma ossificante juvenil é uma lesão fibro-óssea


benigna, rara e recidivante de provável origem óssea. Esta lesão
acomete as crianças e adolescentes, apresenta crescimento rápido e
assintomático.
Relato de caso: Este trabalho tem por objetivo, relatar o caso de uma
paciente 18 anos, feminina, com queixa principal de assimetria facial,
lacrimejamento e obstrução nasal a esquerda, com um episódio de 24h
de amaurose. Ao exame clínico apresentava aumento de volume em
terço médio esquerdo da face, proptose ocular, distopia, dificuldade
respiratória, com mobilidade de molares ipsilaterais, sem queixa de
dor e com aproximadamente 4 anos de evolução. Ao exame
tomográfico apresentou-se como lesão com características mistas
hipodensas e hiperdensas envolvendo a região de maxila, zigoma,
assoalho da orbita, fossa nasal, etmoide e esfenoide esquerdos. A
biopsia incisional apontou diagnostico de fibroma ossificante juvenil
variante psammomatoide. O tratamento da lesão foi resseccao radical
da lesão através de acesso intrabucal, com proservação de 10 meses
pós-operatórios.
Discussão: Lesão de crescimento agressivo e indolor com
características especificas de exoftalmia, obstrução nasal e assimetria
facial. Dividida em dois tipos histológicos: psamommatoide e
trabecular. Tratamento baseado em ressecção total da lesão e
apresentando relativa taxa de recidiva.

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2359

EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO DAS


INFECÇÕES MAXILOFACIAIS NO SERVIÇO
HOSPITALAR
Tiago Nascimento Mileto; Samara Andreolla Lazaro; Cassian
Taparello; Henrique Cesca; Renato Sawazaki

Introdução: Infecções maxilofaciais são, anatomicas a mandíbula foi o principal


frequentemente, de origem odontogênica, sítio primário. A conduta terapêutica mais
podendo atingir tecidos profundos da empregada foi a combinação entre
cabeça e percoço, comprometendo antibioticoterapia, drenagem cirúrgica e
estruturas vitais (1,2). Em geral, as decisões remoção do foco infeccioso.
devem ser tomadas em um curto prazo de Discussão: As infecções maxilofaciais
tempo pelo cirurgião bucomaxilo (1). O podem ocorrer em qualquer faixa etária.
objetivo deste é relatar a ocorrência dos Nessa pesquisa, observou-se maior
casos atendidos pela Residência de prevalência no gênero masculino, em
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial crianças/adolescentes e adultos jovens. Em
(CTBMF) do Hospital da Cidade (HC) de um estudo similar ficou constatado 65%
Passo Fundo - RS. Destacando as condutas dos casos no gênero masculino e a maioria
terapêuticas abordadas, os principais sítios na faixa etária de 21-30 anos (3). A
e etiologia. principal origem das infecções, consoante
Método: Esse estudo retrospectivo foi a outros relatos, é a odontogênica (1-5). O
realizado através do Sistema MV2000, sítio primário mais acometido foi na
revisando os atendimentos de dezembro de mandíbula, principalmente em região
2014 até o presente momento. Foram submandibular, análogo a outros casos
constatados 107 casos, onde 91 foram (1,3,4). A antibioticoterapia juntamente
analisados. com drenagem e exodontia foi a conduta
Resultados: O gênero masculino foi o mais adotada, assim como em outras
mais acometido, bem como os grupos de publicações, que preconizam a drenagem e
crianças/adolescentes e adultos jovens. O remoção dos focos infecciosos (1,2,5).
tabagismo ficou constatado como o hábito Conforme uso empírico, o “esquema
não saudável mais citado. Analisando a tríplice” de antimicrobianos com
existência de doenças de base, 87% foram Gentamicina, Kefazol e Metronidazol, foi o
considerados ASA I, conforme a American mais utilizado (1,3,4).
Society of Anestesiology. Prevaleceu com Conclusão: A infecção maxilofacial pode
82% a origem periapicopatias como maior variar de uma forma localizada, resolvida
causa das infecções, e dentre as regioes no consultório, até um abscesso complexo,

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

necessitando de intervenção hospitalar.


Onde, a antibioticoterapia é preconizada
para a redução dos agentes microbianos,
assim como a drenagem cirúrgica e
remoção do foco infeccioso.

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2366

HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA


CAUSADA POR PRÓTESE: REMOÇÃO
CIRÚRGICA COM LASER
Leonardo Matos Santolim Zanettini; Matheus Warmeling dos Santos;
Rogério Miranda Pagnoncelli

Introdução: O propósito deste trabalho é Faculdade de Odontologia da PUCRS. O


apresentar um caso de remoção de diagnóstico histopatológico foi hiperplasia
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória realizada fibrosa inflamatória. Nas avaliações pós-
com o laser de alta potência (Thera Lase operatórias, nenhum desconforto foi
Surgery), discutindo os benefícios da relatado pela paciente. Foi realizado
utilização desta modalidade terapêutica. acompanhamento pós-operatório de 7
MÉTODOS: Paciente leucoderma, sexo dias, 14 dias, 1 mês e 6 meses. No sexto
masculino, 65 anos de idade, compareceu à mês, foi possível notar pequenas lesões
Clínica de CTBMF da Pontifícia pediculadas isoladas remanescentes, sendo
Universidade Católica do Rio Grande do Sul necessária nova intervenção, realizado-se
(PUCRS), com queixa dificuldade o mesmo protocolo terapêutico da primeira
mastigatória e má adaptação prótese total cirurgia.
superior. Ao exame clínico, o paciente Discussão: A utilização do laser de alta
apresentou prótese total superior mal potência para cirurgias apresenta diversos
adaptada em decorrência da presença de benefícios, por suas características e
lesão em fundo de sulco na região anterior versatilidade: corta, vaporiza, coagula e
extendendo-se, aproximadamente, de esteriliza. Destaca-se a facilidade de
molar a molar, composta por massa utilização e a redução do tempo cirúrgico;
tumoral, de base séssil e móvel, superfície reduzido trauma durante a intervenção
lisa e pediculada, coloração rósea, cirúrgica; hemostasia; redução de
adjacente à mucosa normal. Sob anestesia sintomas pós-operatória; esterilização do
local infiltrativa, realizou- se a exérese sítio cirúrgico. Suturas não são necessárias,
tecidual, utilizando-se a capacidade corte na maior parte dos casos, com redução da
do equipamento, utilizando-se energia de possibilidade de infecção trans e pós-
2572J e potência de 3500mW. A lesão foi operatória.
totalmente excisada. A lesão foi
Conclusões: Com base nas evidências
encaminhada para o exame
clínicas do presente caso, sugere-se que o
histopatológico.
emprego do laser em cirurgias de tecidos
Resultados: A lesão foi encaminhada ao moles da boca, particularmente da
Laboratório de Patologia Cirúrgica da hiperplasia fibrosa inflamatória, é um

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

procedimento rápido e seguro e pode ser


considerado como uma ferramenta
importante no arsenal do cirurgião
bucomaxilofacial para atender as diversas
necessidades da especialidade.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2368

ABORDAGEM CIRÚRGICA UNILATERAL EM


PACIENTE PORTADOR DA SÍNDROME DE
EAGLE: RELATO DE CASO CLÍNICO.
Dimas Albertiny Barradas de Sousa Varela; Luis Claudio Cardoso
dos Santos; Priscila Vital Fialho; Maysa Nogueira de Barros Melo;
Roberto Almeida de Azevedo

Introdução: A Síndrome de Eagle (SE) em região cervical bilateral e cefaléia


caracteriza-se por uma variedade de intensa há aproximadamente 04 meses,
sintomas típicos do alongamento do associada a sensação de corpo estranho em
processo estilóide. Atinge adultos maiores orofaringe em lado esquerdo. O plano de
de 30 anos com prevalência do sexo tratamento instituído para o caso foi
feminino. A etiologia é incerta, e há dois através do acompanhamento
tipos dessa síndrome: (a) Síndrome de multidisciplinar com a Fonoaudiologia e
Eagle ou Estiloalgia, vinculada à Neurologia, bem como intervenção
tonsilectomia, dor na fossa tonsilar e cirúrgica para remoção do processo
disfagia. (b) Síndrome estilo-carotídea, estiloide em lado esquerdo. No momento,
sem relação à tonsilectomia, cujo o o paciente encontra- se em
processo estilóide comprime e pressiona a acompanhamento pós-operatório,
artéria carótida. O diagnóstico da SE é dado evoluindo com melhora significativa na
com base na História Médica e no Exame sintomatologia dolorosa.
Físico do paciente, palpando o Resultados: Após conclusão do
alongamento do processo estilóide na tratamento houve melhora do quadro e
região da fossa tonsilar, e por meio da remissão dos sintomas do paciente.
avaliação do exame de imagem. Pode ser
Discussão: Embora existam dúvidas a
tratado de forma conservadora,
respeito da etiologia, autores sugerem que
administrando analgésicos, e por cirurgia,
a SE tem sua etiologia relacionada a
realizando excisão dos processos
traumas cirúrgicos como a tonsilectomia
estiloides. O objetivo do presente trabalho
ou irritações crónicas locais. Um estudo
é elucidar acerca da SE tratado por
aponta a existência de um elo entre a
Estiloidectomia esclarecendo acerca dos
presença de um forame arqueado e um
diagnósticos diferenciais.
processo estilóide alongado. A literatura
Métodos: Paciente T.J.S, 23 anos, ASA I, realça que a existência de um processo
compareceu ao ambulatório de Cirurgia e estilóide alongado não implica na
Traumatologia BucoMaxiloFacial da ocorrência do Síndrome de Eagle e que
Faculdade de Odontologia da Universidade inexiste um sinal patognomônico
Federal da Bahia, relatando queixas álgicas caracterizando essa síndrome.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: O CD deve atentar-se à


resposta dolorosa do paciente ao fazer o
exame físico, uma vez que a existência do
alongamento do processo estilóide não
implica no diagnóstico da Síndrome de
Eagle. O tratamento cirúrgico é a solução
concreta dos sintomas.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2370

CISTO DENTÍGERO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Antonio Alexandre de Araújo Junior; Yuri Edward Souza
Damasceno; Célio Armando C. da Cunha Júnior; Rayana Mesquita
Milhomem Costa; Barbara Andreia Lopes Fernandes

O cisto dentígero é o segundo cisto Clinicamente, foi observado um aumento


odontogênico de maior incidência na de volume significativo na região de corpo
Odontologia, tendo origem pelo acúmulo mandibular esquerdo, sem apresentar
de líquido entre o epitélio reduzido do alteração de coloração da pele, ausência de
órgão do esmalte e a coroa o dente incluso. linfodenopatia cervical, endurecimento e
Este cisto, na maioria dos casos, apresenta assintomático. O paciente relatou aumento
evolução lenta, no entanto, pode atingir de volume durante o período de 3 anos e 6
grandes proporções em seu tamanho, meses, apresentando abertura bucal
semelhante ao caso clínico a seguir irrestrita e ausência de débitos secretivos
relatado. intra ou extra oral. No exame intra oral
A marsupialização/descompressão é o notou-se abaulamento tecidual em mucosa
tratamento mais indicado em casos de vestibular na região de elementos
grandes cistos, pois permite a preservação dentários posteriores e ausência do
das estruturas anatômicas envolvidas no elemento 37. O exame radiográfico
processo patológico, seguido de apresentou uma imagem radiolúcida, com
enucleação. Tendo como parâmetro as margens escleróticas bem delimitadas na
informações adquiridas com o estudo do região de corpo mandibular, com extensão
caso, foi definido que o tratamento usual para região de ângulo e ramo mandibular,
para lesões extensas é a apresentando aproximadamente 0,5 cm de
marsupialização/descompressão, seguida osso basilar, com associação ao elemento
da enucleação e exodontia do dente incluso dentário 37 incluso. O tratamento proposto
associado. No presente trabalho foi foi a descompressão, seguida de
estudado o caso do paciente C.S., do gênero enucleação e posteriormente plastia óssea
masculino, 14 anos de idade, que devido as grandes proporções da lesão.
compareceu ao serviço de cirurgia Buco
Maxilo facial do Hospital João de Barros
Barreto em Belém-PA.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2375

SINDROME DE EAGLE : REVISÃO DE


LITERATURA
Anayara Alves de Carvalho Veras; Dayane dos Anjos Batista;
Edwan José Gomes de Sousa; Thaisa Reis de Carvalho Sampaio;
Aída Juliane Ferreira dos Santos

O processo estilohióideo é uma projeção óssea, com formato


cônico situado na região posterior do osso temporal, onde se
insere o ligamento estilohióideo que se estende dessa estrutura
anatômica até o osso hioide. A síndrome de Eagle corresponde
ao conjunto de sintomas provenientes da calcificação desse
ligamento levando um comprometimento dos movimentos da
cabeça e pescoço e compressão dos nervos cranianos. Os
sintomas podem ser: dores cervicais, disfagia, prejuízo nas
funções estomatoguinaticas, otalgia e zumbido, alteração na voz
e vertigem. Essa patologia pode ocorrer de forma unilateral ou
de forma bilateral afetando ambos os ligamentos. É comumente
diagnosticada com a radiografia panorâmica, onde deve-se
solicitar tomografias computadorizadas posteriormente para
melhor orientação cirúrgica. O tratamento cirúrgico é feito por
acesso cirúrgico intraoral o que proporciona menor tempo
cirúrgico, além de ser vantajoso do ponto de vista estético,
possibilita ao paciente uma boa recuperação. O presente
trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura
sobre a síndrome de Eagle, evidenciando as características
anatômicas e sintomáticas, assim como seu tratamento
cirúrgico. A metodologia aplicada para a realização deste
trabalho foi a pesquisa de artigos científicos em bases de dados
nacionais e internacionais. A síndrome de Eagle pode ser
diagnosticada facilmente por cirurgiões-dentistas e deve ser
tratada cirurgicamente quando sua sintomatologia atrapalha a
qualidade de vida do paciente.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2380

LESÃO INTRAÓSSEA MAXILAR EM PACIENTE


COM ESCLEROSE TUBEROSA:
UM RELATO DE CASO
Isabela Potratz Auler; Luccas Lavareze; Tânia Regina Grão Velloso;
Liliana Aparecida Pimenta de Barros; Martha Alayde Alcantara
Salim

Introdução: A Esclerose tuberosa (ET) é Discussão: A Esclerose Tuberosa é uma


uma síndrome rara complexa que resulta doença autossômica dominante rara,
em desenvolvimento de tumores por vários caracterizada por tumores benignos
sistemas do corpo devido a uma mutação hamartomatosos envolvendo múltiplos
nos genes TSC-1 ou TSC-2 responsáveis órgãos. Os tuberes corticais são os achados
por síntese de citocinas supressoras de de maior prevalência no portador da ET,
tumor. Dentre os diversos achados clínicos podendo endurecer ou calcificarem com o
destacam-se tuberes corticais, crises tempo, levando uma piora do quadro
epiléticas, fibromas em pele e cistos renais. convulsivante do portador. Os tumores
Os achados maxilo-mandibulares estão oriundos da síndrome não possuem
relacionados a deficiências pontuais em potencial de malignização, a morbidade
esmalte e desenvolvimento de tumores está relacionada com a localização e
fibrosos intra-ósseos. extensão da lesão. O manejo odontológico
Metodologia: O presente trabalho destes pacientes deve ser personalizado
apresenta um relato de caso de um para evitar crises epiléticas durante o
paciente masculino, 20 anos, portador de atendimento.
Esclerose Tuberosa que apresentava lesão Conclusão: O manejo do paciente com
expansiva em região anterior de maxilar Esclerose Tuberosa deve ser cuidadoso,
com 13 anos de evolução do qual foi evitando a ocorrência de crises epiléticas
submetido a tratamento cirúrgico de trazendo transtornos tanto para o CD
enucleação da lesão e análise quando para o paciente. Além disso, o
histopatológica. O resultado paciente deve ser acompanhado por uma
histopatológico foi de fibroma equipe multidisciplinar, do qual o CD deve
desmoplásico. estar apto a diagnosticar e tratamento
adequado das manifestações orais da
síndrome.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2384

IMPACTO DA LASERTERAPIA NA QUALIDADE


DE VIDA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
PORTADORES DE MUCOSITE ORAL
Tiago Nascimento Mileto; Ferdinando de Conto; Lilian Rigo; Samara
Andreolla Lazaro; Luiza Zanette Reolon

Introdução: A laserterapia (LT) utilizada diversas. A Leucemia aguda foi o


no tratamento de pacientes oncológicos diagnóstico oncológico mais frequente,
acelera o metabolismo celular com efeitos tendo a quimioterapia como tratamento
biológicos, derivados de processos absoluto e a radioterapia em metade dos
bioquímicos e fotofísicos. Suas casos. A média dos escores de QV dos
propriedades estimulam a atividade pacientes anterior ao tratamento com LT
mitocondrial, atuando como analgésico, foi de 456,2, e de 678,3 posterior à
antiinflamatório e como reparador de intervenção.
lesões. O objetivo do estudo é verificar a Discussão: Na pesquisa houve um
qualidade de vida (QV) dos pacientes aumento expressivo da média de pontos da
portadores de mucosite oral, previamente à QV dos pacientes após o tratamento com
aplicação da LT e após a regressão das laserterapia, consoante a outros estudos,
lesões orais ocasionadas pela terapia os quais concluíram a LT como
antineoplásica. instrumento eficaz na prevenção e
Metodologia: No presente ensaio, quase- tratamento dos efeitos induzidos por
experimental no Hospital da Cidade de quimioterapia e radioterapia. A
Passo Fundo - RS, foram acompanhados 18 predominância da mucosite oral em
pacientes oncológicos que desenvolveram pacientes com idade avançada tem
mucosite oral durante seu tratamento. O influência conforme a morbidade desses,
levantamento dos dados foi realizado sendo as neoplasias as mais frequentes.Os
através de dois questionários, um participantes relataram, como principais
sociodemográfico e outro de Qualidade de problemas antes da LT, a ansiedade, a dor e
Vida (UW-QOL), aplicados antes do início a mastigação prejudicada. No entanto, a
das sessões com terapia a laser e após a redução gradativa das queixas foi
regressão das lesões. Os testes estatísticos evoluindo conforme as aplicações de laser
utilizados foram o teste t de Student e o e após o tratamento, principalmente em
teste Quiquadrado (p<0,05). relação a dor.
Resultado: Houve maior prevalência em Conclusão: A laserterapia melhorou a
homens na faixa etária de 65 a 74 anos, qualidade de vida dos pacientes portadores
usuários do SUS e moradores de cidades de mucosite oral, proporcionando

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

mudanças significativas nos tópicos


ligados à dor, deglutição, mastigação, fala,
paladar e aparência. Assim, o laser de baixa
potência pode ser considerado um
instrumento para o tratamento dessas
lesões em pacientes oncológicos.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2387

SIALOADENECTOMIA SUBMANDIBULAR :
RELATO DE CASO
Thiago Salvador de Lima Yamada; Fernando Alves Arantes; Eliana
de Menezes Andrade; Bruna Parrillo dos Santos; Rafael Moreira
Lopes

Introdução: O objetivo deste trabalho é Discussão: Fenômenos obstrutivos são


apresentar um relato de caso de frequentes em glândulas salivares maiores
sialoadenite submandibular por presença e são causas de aproximadamente 30% das
de cálculo no parênquima glandular patologias glandulares ( Deok Won Lee,
tratada cirurgicamente. 2014) . A glândula submandibular é a que
Métodos: Paciente do gênero feminino, 21 apresenta maior incidência em razão da
anos de idade, apresentando dor local sua secreção mucóide e possuir um ducto
e edema em região submandibular tortuoso e longo. Apesar disso a presença
esquerda e secreção purulenta no ducto de de cálculo no interior da glândula é menos
Wharton. Na tomografia de pescoço foi frequente e quando isso ocorre a
evidenciado imagem radiopaca no interior sialoadenectomia é um tratamento eficaz (
da glândula submandibular esquerda.Foi Brad W. Neville, 2009. Deok Won Lee,
submetida à sialoadenectomia no serviço 2014).
de cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Conclusão: A sialoadenectomia é eficaz
Municipal Alípio Correa Netto. no tratamento de sialodenites por doença
Resultados: No pós operatório de 7 dias, obstrutiva em que a glândula
paciente não apresentava a dor referida submandibular esteja comprometida.
antes da cirurgia e ausência de secreção
purulenta no ducto de Wharton.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2388

CERATOCISTO ODONTOGÊNICO GERANDO


EXPANSÃO DO SEIO MAXILAR
Caio Cesar Gonçalves Silva; Aída Juliane Ferreira dos Santos; Thaisa
Reis de Carvalho Sampaio; Hanna Janyne Meira e Mello; Vanessa
de Carvalho Melo

O ceratocisto odontogênico (CO) é um assoalho de orbita, com pontos de


tumor benigno acometido em sua maioria reabsorção óssea nas regiões de abertura
em paciente do sexo masculino com menos piriforme e pterigomaxilar. Foi realizada
de 30 anos. Deriva-se da lâmina dentária, punção aspirativa com saída de líquido
de seus restos ou dos primórdios de um amarelo citrino e instalação de dispositivo
dente normal ou supranumerário, antes da de descompressão, removendo material
formação dos tecidos calcificados, para análise histopatológica, onde o laudo
equivalendo a 11% de todos os cistos indicou tumor odontogênico ceratocisto.
odontogênicos. Em maxilas são mais raros Após 4 meses foi observado extensa
envolvendo cerca de 23,5%, ocorrendo o regressão da lesão, normalização do
acometimento para o seio maxilar em aspecto extra e intra oral sendo o paciente
menos de 1% dos casos. Clinicamente nas submetido a enucleação cística e
lesões maiores, podem apresentar dor, curetagem óssea em região alveolar e
tumefação e drenagem, onde seu sinusal. O paciente está sob controle
diagnóstico é confirmado através do exame semestral, não houve complicações pós-
de imagem em conjunto com operatórias nem ocorrência de recidiva da
histopatológico. O tratamento de eleição lesão até o momento. Diante disso, o
para tumores maiores consiste em realizar tratamento inicial com descompressão da
a marsupialização como forma de deixá-los lesão cística para posterior intervenção
menores e menos agressivos e em um cirúrgica de remoção e curetagem diminui
segundo tempo cirúrgico, excisão do sua agressividade e reduz
tumor. O presente trabalho tem o objetivo significativamente o tamanho da lesão,
de relatar o caso de um paciente do sexo minimizando danos nas estruturas
masculino, 50 anos que compareceu ao anatômicas adjacentes.
serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco
Maxilo Facial do Hospital da Face – Recife-
PE, com relatos de aumento de volume em
região maxilar superior e apagamento do
sulco nasolabial esquerdo. Ao exame
tomográfico apresentou imagem sugestiva
de lesão cística desde a região amelo
cementária dos elementos envolvidos até

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2390

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LEUCEMIA


LINFOIDE AGUDA – L3 EM PACIENTE
ADULTO: RELATO DE CASO
Tainá Silva de Arruda; Suzana Célia Carneiro; David Moraes de
Oliveira;Michelly Cauas de Queiroz Gatis; Carlos Alberto Braga Dias

Leucemia é um grupo de doenças malignas, complexas e


diferentes entre si, caracterizadas pela produção excessiva e
progressiva de leucócitos, que surgem no sangue em formas
imaturas. A etiologia da maioria das leucemias é incerta, mas
alguns autores citam infecção viral, exposição à radiação
ionizante e outros tipos de radiação eletromagnética, além de
exposição química. Embora a Leucemia linfoide aguda possa
ocorrer em qualquer idade, sua incidência segundo a literatura,
é maior entre crianças de 2 a 5 anos de idade, apresentando
difícil prognóstico. O presente trabalho tem como objetivo o
relato de caso clinico de um paciente de sexo masculino com
diagnostico de leucemia linfoide aguda pós exodontias e
manifestações orais da doença, enfatizando a importância de um
diagnóstico precoce e diferencial, para as características
específicas da Leucemia linfoide aguda, podendo assim,
distingui-la das demais patologias que apresentam sinais e
sintomas semelhantes e que podem acometer a cavidade bucal.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2391

CISTO DO DUCTO NASOPALATINO DIAGNOSTICADO


APÓS CONTROLE TOMOGRÁFICO DE QUATRO ANOS
DE EXPANSÃO RÁPIDA DE MAXILA ASSISTIDA
CIRURGICAMENTE: RELATO DE CASO
Andre Xavier Padilha Favoreto; Rogério Belle de Oliveira; Orion Haas
Junior;Lucas Meirelles; Mauricio Muñoz Pereira

Introdução: O cisto do ducto Métodos e relato do caso: A paciente


nasopalatino, também chamado de cisto do apresentou-se ao ambulatório de cirurgia
canal incisivo, desenvolve-se dos bucomaxilofacial da Pontifícia
remanescentes embrionários do ducto Universidade Católica do Rio Grande do
nasopalatino. A maioria desses cistos Sul, prédio 06, sala 506, para consulta de
ocorre na linha média da maxila próxima revisão clínica após realizar cirurgia sob
ao forame incisivo. Radiograficamente se anestesia geral para correção de deficiência
apresenta como uma transversa maxilar em Junho de 2010. A
radiotranslucência bem circunscrita, oval mesma não apresentava queixas. Ao exame
ou em forma de coração, localizada na tomográfico de controle, notou-se uma
linha média da maxila, entre as raízes dos radiolucência bem definida na maxila,
incisivos centrais. Embora alguns casos região do canal incisivo. Foi estabelecido
sejam assintomáticos, e descobertos um diagnóstico tomográfico de cisto do
durante exame radiográfico de rotina, eles cucto nasopalatino e foi planejada a
podem inflamar e causar dor, pressão e enucleação cirúrgica com posterior enxerto
tumefação. A vitalidade dos dentes nas com bio-oss small 2g e membrana
proximidades não deve ser afetada. No reabsorvível Bio-Guide. A cirurgia foi
entanto, não é incomum ver evidências de realizada conforme o planejado e o
terapia endodôntica porque o cisto do espécime foi enviado para o exame
ducto nasopalatino foi previamente histopatológico, que mostrou o
diagnosticado clinicamente como um cisto revestimento cístico composto de epitélio
periapical ou granuloma. Com isto, iremos escamoso estratificado. O revestimento foi
relatar um caso de cisto do ducto achatado e mostrou pseudostratificação
nasopalatino em uma mulher de 38 anos, em locais, sendo conclusivo para cisto do
diagnosticado após 04 anos da realização ducto nasopalatino.
de expansão rápida da maxila assistida Resultados, discussão e conclusão:
cirurgicamente para correção de Após a expansão maxilar cirúrgica, no
deficiência transversa. São apresentados os momento de fechamento e cicatrização da
achados tomográficos e histológicos sutura intermaxilar, provavelmente, ficou
típicos.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

alguns remanescentes das células do ducto


nasopalatino, no qual induziu a causar a
lesão cística do ducto nasopalatino. A
importância deste caso incomum, é no
diagnóstico de tais lesões que podem ser
facilmente interpretadas como cisto
periapical e a terapia inadequada do canal
radicular dos dentes vitais circundantes
pode ser evitada.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2392

TRATAMENTO CONSERVADOR DE
AMELOBLASTOMA DOS OSSOS GNÁTICOS:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Victor Eanes Alencar Andrade; Nayana Oliveira Azevedo; Saulo
Queiroz de Araujo; Juliana Mara Oliveira Santos; Renato Luiz Maia
Nogueira

Introdução: O ameloblastoma é um Modalidades como: marsupialização para


tumor benigno do epitélio odontogênico, posterior enucleação, tapizamento e
de crescimento lento e caráter agressivo. É curetagem, associadas a longos
mais comum entre a 3ª e 6ª décadas de acompanhamentos clínicos sugerem
vida, acomete mais a mandíbula, menores morbidades, abordagens
principalmente região posterior. O cirúrgicas menos invasivas com sucesso
tratamento varia desde enucleação por clínico satisfatório.
curetagem até ressecções parciais. Dessa Discussão: Dessa forma, cabe ao cirurgião
forma, o objetivo desse trabalho é fazer avaliar o tamanho da lesão, sua evolução,
uma revisão de literatura acerca das novas dados histopatológicos e história médica
perspectivas clínicas acerca de tratamentos pregressa do paciente. Desse modo,
conservadores para Ameloblastomas. estabelecer-se-á um risco de recidiva e um
Métodos: Para isso, foi feita uma revisão prognóstico correto para o paciente.
de literatura de 2013 até 2017 com os Conclusão: Assim, conclui-se que novas
seguintes descritores: “ameloblastoma”, perspectivas acerca do tratamento dessa
“therapy”, “conservative treatment” na entidade patológica estão sendo propostas
base de dados PUBMED. Foram com vantagens significativas para redução
encontrados 109 artigos relacionados, dos de morbidades e sequelas ao paciente,
quais 22 foram selecionados por se tendo em vista o posicionamento não
entrarem no perfil da pesquisa. conservador de vários profissionais, sendo
Resultados: Novos achados clínicos na necessária a discussão acerca da temática
literatura sugerem vantagens em se optar para melhor condução dos casos clínicos.
por tratamentos não-radicais e
conservadores para o tratamento dos
ameloblastomas em ossos gnáticos.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2393

AUXÍLIO DA PROTOTIPAGEM NO
PLANEJAMENTO DE RECONSTRUÇÃO
MANDIBULAR APÓS RESSECÇÃO DE
FIBROMA OSSIFICANTE: RELATO DE CASO
Weckeslley Leonardo de Assis Ximenes;Janayna Gomes Paiva-
Oliveira; José Carlos Garcia Mendonça; Juliana Andrade Macena;
Matheus Augusto dos Santos

Introdução: A mandíbula possui uma endurecida a palpação, não


anatomia complexa e desempenha sintomatológico, causando déficit
importante papel mastigatório, além da funcional e estético. Em seguida, foram
fonação e deglutição. O que torna a sua realizados os modelos de PR pelo Instituto
reconstrução um desafio para o cirurgião. Renato Archer – PROMED/Campinas-SP
Logo, deve-se ressaltar a importância de por meio do envio das imagens DICOM
um plano de tratamento efetivo, que geradas através de exame tomográfico,
busque reestabelecer a forma e função tendo como finalidade o planejamento
mandibular. A utilização de modelos de cirúrgico, permitindo a execução prévia da
protipagem rápida (PR) permite o modelagem da placa de reconstrução, da
planejamento da cirurgia sobre uma confecção das guias de osteotomia, das
situação quase real, permitindo organizar a guias de posicionamento da placa de
técnica, aperfeiçoar o procedimento e reconstrução e do template acrílico para
antecipar possíveis dificuldades equipe de ortopedia, e só, então, foi
transoperatórias. O objetivo deste trabalho programada a cirurgia para ressecção total
foi realizar apresentação de um do tumor e reconstrução imediata com
planejamento clínico-cirúrgico de enxerto de crista ilíaca.
ressecção de fibroma ossificante em Discussão: Os modelos de prototipagem
mandíbula com o auxilio de modelos de PR. além do planejamento, auxiliam no
Métodos: Foi realizada uma biópsia entendimento do paciente sobre sua
incisional para confirmação do diagnóstico condição, possibilitando clareza
sugestivo da lesão, em paciente de 32 anos, diagnóstica e otimizando todo o plano de
gênero feminino, encaminhada ao tratamento. Através desses modelos,
ambulatório de CTBMF/HUMAP-UFMS, podemos estimar a dimensões da lesão, e
apresentando aumento volumétrico mensurar o tamanho do segmento que será
extenso em região de parassínfese e corpo perdido e também avaliar qual a melhor
mandibular esquerdo, apresentando-se área doadora de enxerto.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

Conclusão: A utilização de modelos de


PR, quando bem indicados, tornam-se
peças fundamentais no planejamento de
grandes reconstruções mandibulares, pois
seu uso propicia estimar a dimensão real da
lesão, auxiliando no conhecimento dos
limites das mesmas, o que facilita a seleção
da área de ressecção tumoral, diminuindo
tempo cirúrgico e aumentando a
previsibilidade de possíveis dificuldades,
resultando na melhor resolução do caso,
alcançando resultados funcionais e
estéticos satisfatórios.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2395

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES


AGRESSIVA:
RESSECÇÃO DE LESÃO INTRA-ORAL
Hanna Janyne Meira e Mello; Ana Claúdia; Emanuel Dias de
Oliveira e Silva; Tatiane Fonseca Faro; Gabriela Madeira Araújo

A lesão central de células gigantes é uma palato. Ao exame intraoral apresentava


alteração óssea rara, não neoplásica, área eritematosa, ulcerada e elementos
encontrada principalmente em mandíbula. dentários com mobilidade. No exame
Sua etiologia é desconhecida. Manifesta- tomográfico foram observadas áreas hipo e
se, principalmente, em adultos jovens do hiperdensas. A Biopsia incisional indicou
gênero feminino. Geralmente é lesão central de células gigantes e o
assintomática e descoberta em exames tratamento realizado foi de ressecção da
radiográficos de rotina. O objetivo desse lesão com acesso intra-oral e
trabalho é relatar o caso de um paciente do acompanhamento por 3 meses. A lesão
gênero masculino, 32 anos de idade, com central de células gigantes apresenta
queixa de aumento de volume intra e extra- comportamento clinico amplo, desde
oral em região de maxila direita, indolor, alterações ósseas assintomáticas e não
com aproximadamente 3 anos de evolução. agressivas à comportamento agressivo com
Ao exame físico extraoral apresentava destruição óssea. Altas taxas de recidiva
aumento de volume com envolvimento de são observadas nessas lesões. A ressecção
maxila, zigoma, etmoide, esfenoide e total da lesão é o tratamento indicado.
Referências: Neville BW. Patologia Oral e Maxilofacial. 4aed. ELSEVIER. 2016. Tratamento
Combinado de Granuloma Central de Células Gigantes Através de Corticoterapia e Enucleação: Relato
de Caso. LF Silva, GG Pimentel, BS Benevides. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.13 no.4
Camaragibe Out./Dez. 2013.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2398

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE DISPLASIA


FIBROSA MONOSTÓTICA EM MAXILA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Bruno Jose Carvalho Macedo Neres; Emerson Filipe de Carvalho
Nogueira; Marilia Gabriela Mendes de Alencar; Ivson Souza
Catunda; Ricardo José de Holanda Vasconcellos

A displasia fibrosa é uma alteração fibro- O objetivo desse trabalho é relatar um caso
óssea benigna, classificada em clínico de paciente S.S. com 53 anos,
monostótica ou poliostótica, sendo que a apresentando displasia fibrosa
primeira é focal, limitada a um único osso, monostótica na hemi-maxila queixando-se
e a segunda, multifocal, envolvendo vários de aumento de volume em maxila lado
ossos simultaneamente. A forma direito, com necessidade de reabilitação
monostótica é a mais comum nos ossos da protética. O tempo de evolução da lesão era
face, principalmente na maxila. Apresenta- aproximadamente 5 anos. Foi optado pelo
se clinicamente como aumento de volume procedimento cirúrgico cosmético, onde
de crescimento lento com abaulamento da realizou-se uma ostectomia e plastia óssea
região envolvida, indolor na grande da maxila lado direto, e posterior
maioria dos casos e, às vezes, provoca reabilitação com prótese total. O
inclinação e deslocamento dental. Dor e tratamento da displasia fibrosa é um
parestesia são queixas raras e o paciente desafio para o cirurgião bucomaxilofacial.
muitas vezes não consegue lembrar Deve ser considerado a idade do paciente,
quando a lesão foi inicialmente percebida. existência ou não de assimetria facial,
O tratamento consiste basicamente em comprometimento funcional e futura
procedimento cirúrgico cosmético, visando reabilitação protética. Conclui-se que o
a melhora da assimetria facial e ou tratamento cirúrgico com ostectomia e
facilitação da reabilitação protética e plastia óssea, só deverá ser indicado,
acompanhamento clínico e radiográfico. quando houver transtornos funcionais e ou
No presente caso o paciente foi submetido estéticos. Caso contrário, a lesão deve ser
a tratamento cirúrgico cosmético acompanhada clínica e radiograficamente.
associado a reabilitação protética,
apresentando bom resultado e
estabilidade.

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2399

DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FOCAL:


RELATO DE CASO CLÍNICO
Eduardo Lombardo;Cláiton Heitz;Fábio Luiz Dal Moro Maito

Introdução: A displasia cemento-óssea O diagnóstico clínico nesta etapa foi de


focal (DCOF) trata de patologia que pode cementoblastoma. Decidiu-se realizar o
acometer qualquer área dos ossos tratamento endodôntico do dente 46 e, em
maxilares, entretanto possui predileção seguida, procedeu-se com remoção
pela região posterior de mandíbula. É uma cirúrgica da lesão e amputação da raiz
entidade tipicamente assintomática, dentária associada sob anestesia local. O
descoberta como um achado radiográfico. exame histopatológico da peça cirúrgico
Radiograficamente, possui apresentação evidenciou tecido conjuntivo celularizado
variável: desde completamente radiolúcida com mistura de osso imaturo, osso lamelar
até radiopacidade densa associada a halo e partículas semelhantes a cemento além
radiopaco na periferia. Sua etiologia parece de áreas de hemorragia.
ser de natureza reativa secundariamente a Discussão e considerações finais: A
um trauma mecânico. A DCOF não DCOF é uma lesão reativa de natureza não
apresenta comportamento neoplásico, neoplásica. Sua remoção é desnecessária
dessa forma a menos que haja frente a casos de ausência de
sintomatologia, o paciente pode ser sintomatologia, embora existam relatos de
mantido em controle radiográfico. evolução para uma forma mais exuberante
Metodologia (relato de caso clínico): como a displasia cemento-óssea florida.
Uma paciente normossistêmica, de 16 Neste caso, decidiu-se realizar a cirurgia
anos, do sexo feminino foi encaminhada para fins de diagnóstico diferencial e para
pelo ortodontista ao serviço de CTBMF da seguimento de tratamento ortodôntico. O
Faculdade de Odontologia da PUCRS para acompanhamento da paciente deve ser
investigação de achado radiográfico em mantido mesmo após remoção cirúrgica
exame de rotina. O exame radiográfico embora os relatos de recidiva sejam
panorâmico trazido pela paciente revelou escassos. A paciente deste caso encontra-
lesão radiopaca associada ao periápice do se livre de lesão em 6 meses de
raiz mesial do dente 46. Ao exame clínico, acompanhamento pós-operatório.
observou-se dente em questão com
vitalidade positiva mas diminuída em
relação aos dentes vizinhos.

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2402

DESCOMPRESSÃO COMO TERAPIA NO TRATAMENTO


DO CERATOCÍSTICO EXTENSO EM PACIENTE COM
AUSÊNCIA DE SINTOMATOLOGIA
Gabriel Cavalcanti Nascimento;Rossiene Motta Bertollo;Daniela
Nascimento Silva;Robson Almeida de Rezende

Introdução: Em 1962, Pindborg e Resultados: Objetivando tratamento com


Philipsen, estabeleceram critérios menor perda de função e estética, optou-se
histológicos e clínicos para o ceratocísto. pela realização de descompressão. Foi
Por ser considerada agressiva e recidivante, verificada redução da área da lesão três
há controvérsias relacionadas à abordagem meses após o procedimento e com
cirúrgica desta lesão, assim sendo, é controles radiográficos anuais. A
importante o estabelecimento de critérios tomografia computadorizada obtida 3 anos
na definição do plano de tratamento como: após início do tratamento revelou
tamanho da lesão, idade e proximidade importante reparação óssea por toda
com estruturas anatômicas. Tendo este extensão.
trabalho como objetivo relatar a opção de Discussão: As opiniões divergem quanto
escolha pela descompressão como uma às forma de abordagem cirúrgicas
possibilidade no tratamento do ceratocisto conservadora ou agressiva,
extenso. Bem como ponderar a evolução de principalmente, devido à elevada taxa de
um caso clínico, discorrendo sobre recidiva. Assim sendo, alguns autores
vantagens e desvantagens desta técnica recomendam terapia não conservadora por
cirúrgica no contexto dessa patologia apresentar menor índice de recidiva.
específica. Porém, por se tratar de uma lesão benigna,
Métodos: Paciente, gênero feminino, 48 estudos vêm demonstrando que o
anos, ausência de sintomatologia clínica, Ceratocisto, pode ser tratado por
com exame imaginológico evidenciando descompressão. Mesmo ua lesão de amplas
área radiolúcida, multilocular e unilateral, dimensões, perda de continuidade de
abrangendo região do elemento dentário tecido ósseo e paraqueratinizado a
35, corpo, ângulo, ramo, processo involução da lesão, bem como a formação
coronóide e condilar. Após biópsia de tecido ósseo demonstra ter excelente
incisional o resultado obtido foi de resultado quando se objetiva redução de
Ceratocisto Paraceratinizado. Tratado por danos ao paciente.
meio da descompressão, com instalação de Conclusão: O tratamento é motivo de
dois drenos e irrigação diária com solução discussão, devido às taxas de recidivas, mas
salina. terapêuticas agressivas precisam ser
revistas, pois essa lesão responde

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favoravelmente a descompressão, um dos


tratamentos mais conservadores. Esta
técnica tem vantagens e deve ser realizado
até que estruturas anatômicas importantes
sejam preservadas. Contudo, devido ao
poder de recidiva, o acompanhamento deve
ocorrer por vários anos.

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2404

RELATO DE CASO: OSTEOMA


Luiza Bastos Nozari; Eduardo Lombardo; Fábio Luiz Dal Moro Maito;
Cláiton Heitz

Introdução: Osteoma é considerado um Discussão e considerações finais: Em


tumor benigno que se desenvolve a partir decorrência do desconforto relatado pelo
do osso maduro, comum em ossos da região paciente, e baseado no tratamento
bucomaxilofacial, com predileção de região proposto pela literatura, decidiu-se pela
mandibular. Apresentando-se como uma remocao cirúrgica da lesão na forma de
massa de osso denso com aparência e biópsia excisional sendo realizada com
trabeculado normal, além de atividade anestesia local e posterior
osteoblastica leve. Não há relatos na encaminhamento para análise
literatura que descreva predileção por histopatológica. Proservação do caso até
sexo, porém apresenta-se mais então nao apresenta indícios de recidiva
comumente em adultos jovens. Sua origem
pode estar relacionada a fatores genéticos,
bem como influências externas ao
organismo, bem como traumas e
inflamações.
Relato de caso: Paciente do sexo
masculino, FA, 42 anos, normossitêmico,
leucoderma, compareceu ao Departamento
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
Facial do Hospital São Lucas, em Porto
Alegre/RS, com queixa de aumento de
volume mentoniano, relatando uma
evolução de aproximadamente 24 meses.
Ao exame clínico observou-se tumefação
em região central de mento, sem
sintomatologia dolorosa, base séssil
confirmada pelo exame radiográfico, além
de massa esclerotica bem demilitada
observada na tomografia
computadorizada.

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2407

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO
ASSOCIADO À SOLUÇÃO DE CARNOY :
RELATO DE CASO CLÍNICO
Bruno Jose Carvalho Macedo Neres;Emerson Filipe de Carvalho
Nogueira;Almir Walter de Albuquerque Maranhão Filho;Ana Karina
de Medeiros Tormes;Ricardo José de Holanda Vasconcellos

O Tumor Odontogênico Ceratocístico O objetivo deste trabalho é relatar um caso


(TOC), anteriormente referido como: clínico de ceratocisto odontogênico
Ceratocisto Odontogênico, é um tumor submetido a descompressão e tratamento
intra-ósseo benigno, unicístico ou cirúrgico associado à Solução de Carnoy.
multicístico, de origem odontogênica com Paciente F.L.B ,19 anos, apresentando
revestimento de epitélio escamoso lesão em região posterior direita de
estratificado paraqueratinizado. Com mandibular, com tempo de evolução de
comportamento potencialmente agressivo, mais ou menos 3 anos, apresentando laudo
de rápido crescimento e alta tendência a histológico de biópsia incisional de
invadir os tecidos adjacentes. Mais comum Ceratocísto Odontogênico. Após realização
no sexo masculino, com uma predileção de descompressão do tumor, foi submetido
pela região posterior e ramo ascendente da a procedimento cirúrgico para enucleação
mandíbula, estando na maioria dos casos, da lesão, ostectomia periférica e
25 - 40%, associado a um dente incluso. A cauterização química com aplicação da
sua etiologia está provavelmente Solução de Carnoy. O paciente encontra-se
relacionada com células da camada basal em acompanhamento pós-operatória de 18
do epitélio oral adjacente à lesão ou a partir meses, evoluindo bem sem deiscência da
da proliferação de pequenos hamartomas, ferida cirúrgica e ausência de parestesia do
além de outros fatores ainda nervo alveolar inferior. Conclui-se que o
desconhecidos. Radiograficamente, diagnóstico precoce e o planejamento do
demonstram uma radioluscência uni ou tratamento é base para o sucesso.
multilocular bem definida com margens
escleróticas. O tratamento dessas lesões é
geralmente descompressão e/ou
marsupialização, enucleação simples
associado a ostectomia periférica ou
cauterização química com Crioterapia ou
Solução de Carnoy.

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2408

MIOFIBROBLASTOMA EM FACE: RELATO


CLÍNICO DE UM TUMOR RARO
Jennifer Sanzya Silva de Araújo; Yuri Edward Souza Damasceno; Yuri
Pimenta; Diego Pacheco Ferreira; Flavia Sirotheau Correa Pontes

Introdução: O Miofibroblastoma, do sistema 2.4, sem reconstrução com


também conhecido como tumor de células enxertos associada.
granulares (tumor de Abrikossoff) é uma Resultados: Em acompanhamento de 04
doença rara, apresentando-se clinicamente meses, paciente encontra-se sem sinais de
como uma lesão nodular, indolor, benigna, recidiva, com bom aspecto cicatricial e sem
de crescimento lento, embora haja variante exposição do material de osteossintese.
maligna. Preferencialmente, acometem o
Discussão: Um tumor de histogênese
segmento cérvico-facial, como a língua e o
incerta, o tumor de Abrikossoff foi
palato e é comumente mais encontrado em
considerado um verdadeiro neoplasma,
mulheres de meia idade. O diagnóstico
processo metabólico degenerativo ou uma
clínico é difícil, sendo sua identificação
lesão proliferativa induzida por trauma
apenas por meio de exame histopatológico.
(Rejas, 2011). Tem a língua como local mais
Este trabalho se propõe a relatar o caso
comum na cabeça e pescoço (Suchitra,
clínico de paciente do sexo feminino, 17
2014; Vered, 2009) e o diagnóstico
anos, que compareceu ao Serviço de
diferencial para esta lesão inclui outros
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
tumores do tecido conjuntivo benigno,
Facial do Hospital Universitário João de
fibromas traumáticas, lipomas, neuromas,
Barros, em Belém-PA com queixa de
neurofibromas ou schwannomas, com suas
aumento de volume em região cérvico-
variantes malignas e até mesmo carcinoma
mandibular há aproximadamente 08
oral, tumores menores das glândulas
meses. Ao exame radiográfico foi
salivares, cistos dermoides e lesões
evidenciado lesão radiolúcida condizente
vasculares (Suchitra, 2014; Eguia, 2006).
com reabsorção óssea em corpo
mandibular esquerdo. Realizou-se biópsia Conclusões: O Miofibroblastoma é
incisional por meio intra-oral, considerado um raro tumor e a abordagem
inicialmente sem diagnóstico fechado, cirúrgica amplamente relatada na
tendo sido necessário realizar mais duas literatura é a ressecção cirúrgica com
biópsias incisionais com definição de margem de segurança. Acompanhamentos
Miofibroblastoma como diagnóstico. rotineiros são necessários considerando a
agressividade da lesão relatada na
Métodos: A paciente foi submetida a
literatura.
ressecção parcial da mandíbula e fixação
dos segmentos com placa de reconstrução

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2421

EXTENSO ANGIOFIBROMA NASOFARÍNGEO JUVENIL


Guilherme Pivatto Louzada; Cláiton Heitz; Ricardo Augusto Conci

Introdução: O angiofibroma nasofaríngeo juvenil (ANJ) é uma


patologia relativamente rara, que constitui menos de 1% de
todas as neoplasias da cabeça e pescoço. Afeta a cavidade nasal
e paranasal de indivíduos jovens, com prevalência maior para o
sexo masculino, apresentando características clínicas de
obstrução nasal e epistaxes recorrentes. É uma patologia
histologicamente benigna, mas que devido o componente
altamente vascularizado de origem da base do esfenóide e o
crescimento localmente agressivo, que pode se estender até a
base do crânio, tornam o tratamento complexo. O diagnóstico é
feito através dos achados clínicos, endoscopia nasal e técnicas
de imagem especializadas, como arteriografia, tomografia
computadorizada e ressonância magnética.
Métodos: É abordado um caso de extenso (ANJ) proveniente da
região da base do esfenóide com externalização na cavidade
nasal em um menino de 19 anos, acessado através de osteotomia
Le Fort I para possibilitar a completa remoção cirúrgica da lesão.
Conclusões: O acesso cirúrgico de escolha para o (ANJ) deve
ser relizado de maneira a possibilitar a remoção completa da
lesão, sem que hajam comprometimento de estruturas
importantes da base do crânio devido a anatomia complexa da
região e que afaste qualquer tipo de alteração hemorrágica da
lesão devido as suas características vasculares.

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2425

ODONTOMA: RELATO DO CASO


Anayara Alves de Carvalho Veras; Dayane dos Anjos Batista;
Edwan José Gomes de Sousa; Aída Juliane Ferreira dos Santos;
Thaisa Reis de Carvalho Sampaio

O Odontoma trata-se de um tipo de tumor Encaminhando o mesmo para tratamento


mais comum de origem odontogênica. O clínico-cirúrgico com a equipe de CTBMF
mesmo se caracteriza por uma má (Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-
formação do tecido dentário, ocasionando Facial) do Hospital da Restauração de
por sua vez a mineralização e não erupção Pernambuco. Paciente apresentava
no período correto de desenvolvimento. elementos dentários de região anterior
Frequentemente diagnosticados por meio apinhados e não relatava queixa dolorosa.
de exames radiográficos de rotina, o Após diagnóstico idenficou-se que tratava-
Odontoma pode ser classificado em duas se de um procedimento cirúrgico, onde foi
vertentes: Odontoma Composto & retirada a lesão referente ao Odontoma e
Odontoma Complexo. O composto colagem do Bracket, instalação de aparelho
apresenta uma imagem com elementos ortodôntico e tracionamento.
bem parecidos com estruturas dentárias e
uma lesão circundante radio lúcida bem
delimitada, enquanto o Complexo se
apresenta como uma massa com forma
irregular de tecido mineralizado e
circundado por uma fina camada radio
lúcida.
Paciente masculino, 12 anos, apresentou-
se para consulta de rotina, queixando-se de
elemento dentário não erupcionado. Após
exame radiográfico e físico a Cirurgiã
Dentista diagnosticou o caso como sendo
um Odontoma em região de maxila, pelas
características visuais de massa cinzenta e
densa e físicas de abaulamento.

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2429

TRATAMENTO DE OSTEOMIELITE
MANDIBULAR EM PACIENTE COM
PICNODISOSTOSE
Luiz Carlos Moreira Junior; Victor Diniz Borborema dos Santos; Hugo
José Correia Lopes; Wagner Ranier Maciel Dantas; Petrus Pereira
Gomes

Introdução: A picododostose é uma ao processo de fadiga. A paciente está em


entidade clínica osteopetrótica rara. acompanhamento ambulatorial e não
Pertence ao grupo das displasias ósseas apresenta recidiva.
craniotubulares, descritas pela primeira Discussão: As principais características
vez em 1962 por Maroteaux e Lamy como desta síndrome são a displasia craniana, o
uma forma de nanismo com malformação ângulo obtuso da mandíbula, a displasia
craniofacial semelhante à displasia parcial ou total das falanges terminais e,
cleidocraniana. O metabolismo ósseo nesta geralmente, o aumento da densidade
condição é anormal por causa do mau óssea, sendo osteomielite e fratura no osso
funcionamento dos osteoclastos, com mandibular complicações características
redução na remodelação óssea, o que dessa condição. Embora a picododostose
geralmente torna os ossos frágeis e seja considerada uma forma de
escleróticos. osteopetrose, a característica principal que
Método: Paciente D.R.M.S., 30 anos, já diferencia as duas é a presença de cavidade
diagnosticada com quadro sindrômico de medular e hematopoese medular ativa. Isso
picnodisostose, foi encaminhada ao sugere que o estroma medular e as células
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- precursoras devem estar disponíveis para
Maxilo-Faciais da UFRN com quadro de iniciar a osteogênese em enxertos ósseos
osteomielite mandibular. Ao exame físico esponjosos.
queixava-se de dor pulsante e constante Conclusão: É importante que o
em região bilateral do corpo mandibular e diagnóstico de picnodisostose seja
apresentava fístulas nas regiões. Foi realizado de forma precoce para que o
observado ao exame de imagem que a tratamento se adeque as limitações que
paciente apresentava grandes áreas de esse tipo de paciente apresenta, tanto na
sequestro ósseo comprometendo a prevenção como no manejo das
resistência da mandíbula. A paciente foi complicações. O tratamento da
submetida a procedimento de osteomielite crônica por meio de um
debridamento cirúrgico associado a antibiótico combinado e abordagem
antibioticoterapia e colocação de duas cirúrgica é considerado efetivo, mas em
placas de reconstrução, com o cuidado para casos de osteomielite secundária à doença
que ficassem áreas de contato ósseo de óssea esclerosante, pode ser refratária.
forma a aumentar a resistência das placas

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2439

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXTENSO


MIXOMA EM MAXILA: RELATO DE CASO
Fernanda Larissa Alves de Medeiros; Hugo José Correia Lopes; Luiz
Carlos Moreira Junior; Petrus Pereira Gomes; Adriano Rocha
Germano

Introdução: O mixoma odontogênico Ao exame físico intra-oral observou-se


é um tumor benigno raro e localmente aumento de volume, coloração normal de
invasivo, apesar do seu crescimento lento e mucosa, endurecido à palpação, localizado
assintomático. em região posterior de vestíbulo maxilar
Possuem origem mesenquimal e/ou direito. Ao exame extra-oral observou-se
ectomesenquimal e histologicamente uma assimetria facial. Foi diagnosticado
aparecem como células fusiformes ou como OM, após análise histopatológica e
estreladas inseridas em um tecido mixóide radiográfica. Então, solicitou-se
semelhantes ao folículo dentário. Tomografia Computadorizada (TC) de face
Normalmente os mixomas se apresentam, para análise da extensão da lesão e
em exames de imagem, na forma unilocular planejamento cirúrgico. Foi obtido um
ou multilocular descritos como imagens modelo estelitográfico para planejamento
semelhantes à “raquetes de tênis”, “favos da ressecção maxilar direita e reconstrução
de mel” ou “bolhas de sabão”. Dentre as com malha de titânio para manter o
modalidades de tratamento a ressecção é a contorno.O tratamento de escolha foi a
que apresenta menores índices de recidiva. ressecção total da lesão.
O objetivo desse estudo foi fornecer Resultado/conclusão: A paciente vem
informações sobre o tratamento cirúrgico sendo acompanhada mensalmente,
de um paciente com extenso mixoma em encontrando-se com 16 meses de
região posterior de maxila. acompanhamento sem qualquer evidência
Métodos: Paciente do sexo feminino, 34 de recidiva.
anos compareceu ao serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do
HUOL/DOD da UFRN, queixando-se de
aumento de volume na maxila direita com
tempo de evolução de 10 meses.

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2442

FIBROMA OSSIFICANTE BILATERAL TRATADO


COM RESSECÇÃO E ENXERTO DE TÍBIA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Jennifer Sanzya Silva de Araújo; Thiago Martins Magalhães Ramos;
Fabio Luiz Neves Gonçalves; Priscilla Flores Silva Gonçalves; Helder
Antonio Rebelo Pontes

O Fibroma Ossificante é um tumor fibro- direito, seguido de reconstrução imediata


ósseo benigno raro, de crescimento lento, com enxerto livre de tíbia na área ressecada
frequentemente assintomático, com parcialmente.
predileção pelo sexo feminino na terceira a Resultados: Após 6 meses de
quarta década de vida e acomete a acompanhamento pós-operatório, o
mandíbula de forma mais prevalente. enxerto se apresenta incorporado
Radiograficamente, apresenta-se de forma satisfatoriamente.
uni ou multilocular com focos radiopacos
Discussão: o Fibroma Ossificante é
variados. O tratamento de eleição consiste
definido como um tumor bem circunscrito,
em ressecção cirúrgica, sendo que nos
geralmente de crescimento lento e
casos mais severos faz-se necessário
composto de tecidos fibrosos com
reconstrução associada. Este trabalho se
quantidades variáveis de tecido
propõe a relatar o caso clínico de paciente
mineralizado (Noronha Santos Netto,
do sexo feminino, 24 anos, que compareceu
2013; Liu, 2010; Eversole, 1985), sendo por
ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia
isso tratado por excisão cirúrgica e esta é a
Buco-Maxilo-Facial do Hospital
forma mais comum de tratamento,
Universitário João de Barros, em Belém-PA
contudo lesões extensas necessitam de
com queixa de aumento de volume em
ressecções seguidas de reconstrução dos
região de terço inferior de face a direita e
defeitos causados nos ossos maxilares
abaulamento intra-oral em região de corpo
(Shen, 2016; Sciubba, 1989).
mandibular bilateral. Ao exame
radiográfico foi evidenciado lesões Conclusões: O melhor tratamento para o
radiolúcidas isoladas com margens bem paciente deve ser baseado na escolha do
definidas em corpo mandibular direito e método mais eficiente de exérese cirúrgica,
esquerdo. Realizou-se biópsia incisional seja de forma mais conservadora ou radical,
das duas lesões e enviadas para análise determinando que o defeito ósseo
histopatológica, obtendo diagnóstico de remanescente é que vai ditar a
Fibroma Ossificante em ambas. possibilidade de reabilitação do paciente,
comumente necessitando de técnicas de
Métodos: Paciente foi submetida a
enxertia, o que permite completa
ressecção marginal da mandíbula do lado
reabilitação.
esquerdo e ressecção parcial do lado

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2445

OSTEOMIELITE EM MANDÍBULA APÓS


EXTRAÇÃO DENTARIA NO PACIENTE
PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Yuri Pimenta; Nicolau Conte Neto; Helder Antonio Rebelo Pontes;
Jennifer Sanzya Silva de Araújo;Cassio Dourado Kovacs

Introdução: A osteomielite é definida dias. Diante da extensão da osteomielite


como a inflamação da porção cortical e mandibular, a conduta foi pela
medular do osso, sendo a mandíbula o sítio oxigenoterapia hiperbárica (OH),sendo
mais frequente na regiao bucomaxilofacial, realizadas 60 imersões. Cada imersão
devido a sua maior densidade óssea. durava duas horas, com administração de
Relato de caso: Paciente do gênero oxigênio a 100% a 2,5 atm de pressão.
masculino, 06 anos de idade, compareceu Resultados: O paciente encontra-se em
ao serviço de CTBMF do Hospital pós-imersão de 5 meses da OH, com
Universitário João de Barros Barreto resolução clínica completa do quadro e
(HUJBB/UFPA), apresentando aumento de discreta alteração do contorno mandibular
volume em face, dor, febre e drenagem direito. O exame de TC facial mostra
intra-oral. Há cerca de 30 dias foi grande regeneração óssea na região
submetido a exodontia do elemento 84 em mandibular, sem indícios de doença ativa.
clínica privada, evoluindo com edema e Discussão: A oxigenoterapia hiperbárica
eritema facial, dor difusa, febre, trismo (OHB) é uma forma de terapia adjuvante
moderado e débito purulento espontâneo que tem sido utilizada em todo o mundo
na região do elemento 84, sendo tratado, por mais de sessenta anos e é utilizada em
neste momento, com Amoxicilina (875 mg) pacientes com infecções, alterações
+ Clavulanato de Potássio (125 mg), a cada inflamatórias, imunológicas e isquêmicas
12 horas por 07 dias, havendo discreta (Lima, 2014; Marx, 1990). O tratamento
melhora clínica. Ao exame intra-oral, envolve a respiração de 100% de oxigênio
apresentava higiene oral regular, débito em condições hiperbáricas. Os efeitos da
purulento em região alveolar do elemento OHB, como imunomodulação (Calzia,
84, exibindo retardo cicatricial. 2006), redução nos mediadores pró-
Métodos: O paciente foi internado, inflamatórios e redução dos efeitos da
solicitado exames laboratoriais e de isquemia (Lima, 2014; Buras, 1999), são
imagens, coletado material para cultura e extremamente úteis para o tratamento de
antibiograma. Iniciada antibioticoterapia infecções.
com Clindamicina (600mg), por via Conclusões: O sucesso no tratamento da
endovenosa, a cada 6 horas, durante 22 osteomielite depende de uma correta

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

abordagem antimicrobiana e
desbridamento cirúrgico, contudo, nem
sempre os resultados são obtidos
satisfatoriamente e a oxigenação
hiperbárica mostrou-se como uma
eficiente terapia adjuvante para a boa
resolução do caso.

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2451

CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE COM


CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS NÃO USUAIS:
RELATO DE CASO
Milagros Del Valle El Abras Ankha; Alecsandro de Moura Silva; Felix
Cristiano Ferreira de Castro; Ana Sueli Rodrigues Cavalcante;
Yasmin Rodarte Carvalho

Introdução: O carcinoma granuloma central de células gigantes.


mucoepidermóide (CME), é a neoplasia Durante a biópsia incisional observou-se
maligna de glândula salivar mais frequente um material viscoso, sugerindo neoplasia
no palato. O trígono retromolar também é da glândula salivar. Microscopicamente,
uma localização frequente, enquanto havia macrocistos preenchidos com
mucosa bucal, língua, lábios e assoalho mucina revestidos por células mucosas e
bucal são menos afetados. O objetivo deste epidermoides, com células intermediárias
trabalho é apresentar um caso de periféricas e ninhos sólidos de células
carcinoma mucoepidermoide em mucosa epidermoides ou intermediárias com
alveolar mandíbular, de aspecto clínico não pleomorfismo nuclear moderado. O
usual. epitélio superficial estava intensamente
Relato do caso: paciente feminina, proliferado, continuando-se com a lesão. O
leucoderma, 45 anos, com massa indolor de diagnóstico foi CME, de baixo grau. Após o
crescimento lento no lado lingual do diagnóstico, a paciente foi submetida a
rebordo alveolar inferior direito. No exame mandibulectomia parcial do lado direto,
clínico, foi observado um nódulo firme na incluindo lesão, mucosa de assoalho bucal
área de pré-molar, coberto por mucosa lisa, e parte da base da língua como margem de
sem ulceração e de coloração normal. A segurança. No mesmo tempo cirúrgico, foi
paciente era portadora de prótese parcial feita a reconstrução com enxerto
removível que parecia traumatizar a lesão, osteocondral, com posterior exposição e
levando à hipótese de hiperplasia fibrosa perda, por falta de tecido mole suficiente
inflamatória. A radiografia panorâmica para fechamento sem tensão. O enxerto foi
mostrou uma área unilocular radiolúcida então removido e uma placa de
bem delimitada na mandíbula, na região de reconstrução foi mantida. Atualmente, a
pré-molares e ausência dentária de 44, 45, paciente encontra-se reabilitada com uma
46 e 47. A tomografia computadorizada prótese parcial removível. O diagnóstico da
evidenciou descontinuidade da cortical biopsia excisional se manteve, porém, com
lingual e reabsorção parcial da cortical invasão óssea.
bucal, sem expansão, com as hipóteses Conclusão: neste caso, a biopsia
diagnósticas de ameloblastoma ou incisional foi importante para o

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

diagnóstico de uma lesão que parecia


benigna e de origem traumática. Ressalta-
se assim a importância do exame
anatomopatológico para o diagnóstico,
tratamento e prognóstico das lesões
bucais.

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852
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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2462

PROTOCOLO DE INDUÇÃO DE
OSTEONECROSE EM MODELO ANIMAL
Manuella Zanela da Silva Areas; Nicolas Homsi; Bruno Moreira das
Neves

A Osteonecrose dos maxilares tem sido Duas semanas após o término da indução
relatada com freqüência em pacientes que com ZOL, na sétima semana, foi feita a
fazem terapia utilizando bifosfonatos exodontia dos primeiros molares
sistemicamente, tal complicação ocorre superiores direitos. O procedimento
principalmente quando esses pacientes são cirúrgico foi realizado sob anestesia geral
submetidos a procedimentos com injeção intraperitoneal (IP) de
odontológicos invasivos. O objetivo deste Ketamina 90 mg/kg + Xilazina10 mg/kg. Na
trabalho é estabelecer e validar um 15ª semana do início do tratamento, todos
protocolo de indução de osteonecrose por os animais foram submetidos a eutanásia
bisfosfonatos em ratos. com injeção intraperitoneal de ketamina
Métodos: Para realização deste estudo (180 mg/kg) e xilasina (20 mg/kg). O
foram feitos estudos experimentais em diagnóstico foi realizado através da coleta
quatorze (14) ratos Wistar machos de material pela ressecção em bloco da
mantidos em biotério próprio do região alveolar para análise clínica,
Laboratório Multiusuário de Pesquisa microscópica e avaliação da viabilidade
Biomédica, do Instituto de Saúde de Nova celular. Uma análise estatística mostra os
Friburgo sob temperatura (20º±5ºC) e ciclo dados obtidos comparando os dois grupos
claro-escuro (6:00-18:00h) controlados. estudados.
Aos três meses de idade, pesando
aproximadamente 400g os animais foram
randomizados aleatoriamente em dois
grupos que foram determinados como:
Grupo I (controle, n=7) ratos que
receberam solução salina; e Grupo II (ZOL,
n = 7) ratos que receberam ácido
Zolendrônico(ZOL). O ZOL foi aplicado por
via intravenosa por cinco semanas, as
doses administradas foram de 0,04 mg de
ácido zoledrônico em solução salina (0,2
mg/ml).

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2465

OSTEONECROSE DA MAXILA ASSOCIADA AO


PAMIDRONATO ORAL CONJUGADO AO USO
DE ALENDRONATO PARA PREVENÇÃO DE
METÁSTASES DE CÂNCER DE MAMA
Pedro Pinto Berenguer; Eduardo Azoubel; Maria Cecília Fonsêca
Azoubel; Éber Luís de Lima Stevão

Os bisfosfonatos são uma classe de medicamentos que são


utilizados há quase duas décadas para o manejo de várias
doenças tais como: a) osteoporose, b) doença de Paget, c)
mieloma múltiplo, d) hipercalcemia associada a malignidade, e)
câncer de mama, próstata e câncer de pulmão. Os bisfosfonatos
êm sido associado como fatores causais da osteonecrose dos
maxilares, podendo ser associadas ou não à tratamento
odontológico, durante o uso destes medicamentos. Sua
ocorrência tem sido freqüentemente relatada desde o primeiro
caso publicado no início dos anos 2000 e com o número
crescente de pacientes que desenvolveram osteonecrose dos
maxilares. Os cirurgiões-dentistas devem estar cientes dos
possíveis efeitos colaterais que podem ocorrer nos maxilares
devido ao uso a longo prazo desses medicamentos. Além disso,
devem ajudar a prevenir a osteonecrose dos maxilares ao discutir
com oncologistas e endocrinologistas a melhor terapia para o
paciente comum, reconhecendo seus sinais e sintomas quando
presentes e estabelecendo um tratamento correto para
osteonecrose dos maxilares ligados aos bisfosfonatos. O objetivo
deste trabalho é descrever um caso agressivo de osteonecrose de
hemimaxilla em um paciente tratado por bisfosfonatos devido
ao câncer de mama, apresentando características clínicas e
imaginológicas, bem como a cirurgia e a reabilitação protética.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2472

ESCLEROTERAPIA EM HEMANGIOMA
PERIFÉRICO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Alana Del`Arco Barboza; Mariana Conceição André de Lima
Oliveira; Lisane Barreto Cerqueira; Jener Gonçalves de Farias;
Lilibeth Aragão Peres

Introdução: O hemangioma é um tumor Diante das dimensões e localização da


vascular benigno comum na região lesão, optou-se por realizar a
maxilofacial, proveniente da proliferação escleroterapia com o oleato de
anormal de vasos sanguíneos e acomete monoetanolamina à 5% diluído em solução
frequentemente a cavidade bucal. A anestésica e soro glicosado com nove
escleroterapia com oleato de aplicações intralesionais. Após as
monoetanolamina tem sido utilizada no intervenções, o acompanhamento pós
tratamento do hemangioma periférico, por escleroterapia do paciente durante
promover involução rápida da lesão. aproximadamente 03 anos revelou êxito do
Objetivo: Elucidar um caso clínico de tratamento realizado, uma vez que após
hemangioma periférico em lábio inferior, este período inexistem sinais clínicos de
em que foi proposto como opção recidiva.
terapêutica a esclerose química, realizando Considerações Finais: A injeção
infiltrações intralesionais de agente intralesional de agentes esclerosantes,
esclerosante. como o oleato de monoetanolamina,
Métodos: Paciente, 58 anos, gênero quando é seguida sua indicação correta,
masculino, cursando com lesão arroxeada mostrou ser um tratamento capaz de
assintomática em região de lábio inferior à proporcionar uma involução do
esquerda, caracterizada por crescimento hemangioma de modo seguro, eficaz,
espontâneo. Através do exame clínico e do rápido, pouco invasivo, menos oneroso,
uso da manobra semiotécnica de com mínimo comprometimento estético e
vitropressão, chegou-se ao diagnóstico de menor morbidade.
hemangioma periférico.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2480

AGRESSIVO MIXOMA EM MANDÍBULA:


UM RELATO DE CASO
Ana Alessandra Alves Rosas; Thiago Martins Magalhães Ramos; Yuri
Pimenta; Fabio Luiz Neves Gonçalves; Priscilla Flores Silva Gonçalves

Introdução: O mixoma odontogênico é Resultado: Após a gestação, foi realizada


uma lesão benigna rara, muitas vezes a cirurgia, sob anestesia geral, de remoção
diagnosticado quando atinge grandes total da lesão, com margem de segurança,
proporções devido ao seu crescimento com instalação de placa de reconstrução do
insidioso. Embora seja uma lesão benigna, sistema 2.4. A paciente encontra-se em
é agressiva e pode recidivar devido à acompanhamento ambulatorial.
ausência de cápsula. O tratamento de Discussão: Grande parte dos Mixomas
escolha é radical, já que a curetagem pode tem crescimento “sorrateiro”, o que resulta
resultar em remoção incompleta. em grandes lesões por ser, na maioria dos
Radiograficamente, o aspecto mais casos, indolor – no presente caso houve um
característico é o de favo de mel, bolhas de crescimento exacerbado e agressivo –
sabão, ou de raquete de tênis. possivelmente correlacionado à gestação
Método: Paciente mulher, 15 anos, da paciente - e sintomatologia dolorosa
grávida, compareceu ao ambulatório de quando mais avançado. É consensual, na
cirurgia buco-maxilo-facial do Hospital atualidade, que o tratamento para esta
Universitário João de Barros Barreto em lesão seja agressivo, de ressecção total com
Belém-PA, com grande tumefação indolor margem de segurança, para prevenção de
no corpo mandibular esquerdo, causando recidivas. No caso exposto, observa-se o
deslocamentos dentários de pré-molares e tratamento realizado desta forma.
molares e expansão das corticais. A lesão Conclusão: O mixoma tem crescimento
foi biopsiada evidenciando à microscopia lento e indolor, embora existam alguns
presença de um tecido semelhante a um casos de crescimento rápido. Geralmente é
mesênquima primitivo com células encontrado em exames de rotina, ou é
fusiformes e estreladas de núcleos percebido pelo paciente quando há
arredondados dispostos em estroma expansão das corticais ósseas. O manejo é
mucóide, com prolongamentos fibrilares, radical, pelo seu potencial de recidiva,
indicando o diagnóstico final de mixoma. portanto não há razões para que um
Apesar de comportamento agressivo da tratamento conservador seja feito. O
lesão – o que não é o comum na patologia presente caso encontra-se em
em questão, optou-se por aguardar o fim da planejamento para reconstrução com
gestação para resolução – a lesão crescia enxertia óssea e posterior reabilitação com
agressivamente juntamente com a implantes.
gestação, ao final resultou em
sintomatologia dolorosa.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2484

ENUCLEAÇÃO DE CISTO DENTÍGERO POR


ACESSO EXTRA BUCAL: RELATO DE CASO
Matheus Dantas Tertulino; Hugo José Correia Lopes; Luiz Carlos
Alves Junior; Mariana Lima de Figueiredo; Adriano Rocha German

Introdução: O cisto dentígero, cisto de Discussão: De acordo com vários autores,


desenvolvimento com maior frequência por apresentarem crescimento lento, o
nos maxilares, é caracterizado como cisto cisto dentígero muitas vezes só é
odontogênico associado a coroa de diagnosticado por meio do exame
elementos dentários não erupcionados. radiográfico. A enucleação é a terapia de
Radiograficamente apresenta aspecto escolha para tratamento de lesões
radiolúcido e unilocular, com presença benignas com dimensões menores, sendo
associada, frequentemente, aos terceiros uma modalidade de tratamento definitivo
molares inferiores e caninos. O presente sem necessidade de posteriores
estudo tem o objetivo de ilustrar um caso intervenções. A abordagem cirúrgica
clínico de paciente acometido por cisto comumente é intraoral, porém, devido ao
dentígero tratado por enucleação. quadro de anquilose, foi-se realizado a
Métodos: Paciente do gênero feminino, abordagem extra-oral.
75 anos de idade, compareceu ao serviço Conclusão: A enucleação mostra-se
relatando anquilose congênita da sendo um tratamento eficaz para o
Articulação Temporomandibular. Ao tratamento de cistos dentígeros. Já o déficit
exame radiográfico foi evidenciada lesão na função do nervo marginal da mandíbula
radiolúcida em região posterior de pode ocorrer devido durante o acesso
mandíbula associada a elemento dentário extra-oral devido a anatomia deste ramo do
inclusão. Foi realizada enucleação da lesão nervo facial.
por meio de acesso extra bucal.
Resultados: O paciente encontra-se em
pós-operatório de sete meses sem sinais de
recidiva da lesão e com déficit do nervo
marginal mandibular.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2486

RELATO DE CASO DE CISTO DENTÍGERO


BILATERAL EM MANDÍBULA
Alessandra Alves da Rocha Reynaud; Iolanda Manfron

Este trabalho tem por objetivo relatar caso Paciente não apresentava queixas do lado
de cisto dentígero bilateral em mandíbula. direito, mas queixou-se de dor e pressão no
Paciente compareceu à clínica em 2014 lado esquerdo, sem parestesia nem
encaminhado pelo ortodontista, com lesão deformidade. As hipóteses diagnósticas
extensa radiolúcida na região do dente 38, foram de ceratocisto, cisto dentígero,
estendendo-se para ângulo e ramo da ameloblastoma e tumor odontogênico
mandíbula. Paciente não apresentava ceratocístico bilateral. Foi descartada a
queixa álgica, aumento de volume intra ou Síndrome de Gorlin. Paciente foi
extraoral ou qualquer outra submetido à exodontia do 48, com
sintomatologia. Foi realizada punção enucleação da lesão associada, biópsia
aspirativa, com resultado negativo. Após incisional e marsupialização da lesão do
exame de tomografia foi planejado um lado esquerdo. As amostras de materiais
tratamento conservador. Foi realizado coletados foram enviados para exame
biópsia incisional, marsupialização e anatomopatológico e os resultados foram
exodontia do 38. de cisto dentígero bilateral em mandíbula.
Paciente encontra-se em
Paciente apresentou melhora, porém
acompanhamento e aguardando momento
abandonou o tratamento. Retornou em
oportuno para curetagem da lesão do lado
2017 com quadro de exsudato purulento na
esquerdo, após regressão.
região do dente 37 (via sulco gengival).
Após solicitação de exame tomográfico, Segundo a literatura, há 3 modalidades
constatou-se recidiva da lesão, no ângulo e principais de tratamento do cist
ramo da mandíbula esquerda e odentígero: enucleação, descompressão e
aparecimento de uma nova lesão marsupialização. O prognóstico é
radiolúcida, associada ao dente 48. favorável, com raros casos de recidiva.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2488

REVISÃO DA LITERATURA SOBRE


COMPLICAÇÕES DO USO
DA SOLUÇÃO DE CARNOY
Iolanda Manfron; Alessandra Alves da Rocha Reynaud

O objetivo deste trabalho é fazer um breve revisão da literatura


das complicações do uso da Solução de Carnoy no tratamento
conservador de cistos e tumores benignos do complexo maxilo-
mandibular. A solução de Carnoy é uma boa opção no
tratamento da loja óssea após técnica de marsupialização ou
descompressão de lesões extensas da maxila e mandíbula, usada
como coadjuvante no tratamento, uma vez que a enucleação
dessas lesões poderia trazer grandes sequelas ou deformidades
ao paciente. Esta solução promove uma necrose óssea superficial
de até 1,5 mm. Após a ostectomia periférica e o uso da solução
de Carnoy, a chance de recidiva de algumas lesões como o
ceratocisto, que apresenta elevado grau de recidiva, pode ser
reduzida. Porém, o uso da solução pode trazer algumas
consequências como parestesia, necrose tecidual, queimadura e
deiscência de sutura. A complicação mais contundente seria a
parestesia relacionada ao nervo alveolar inferior, quando da
presença de lesões císticas ou tumores benignos extensos em
mandíbula. Na maxila, a maior complicação seria necrose
tecidual, principalmente em lesões onde há envolvimento do
palato. Seguindo o protocolo descrito na literatura, a parestesia
do nervo alveolar inferior pode ser diminuída através da
aplicação criteriosa da Solução de Carnoy. Para diminuir
sequelas para o paciente, é sempre interessante avisar dos riscos
do uso da solução de Carnoy e dividir a responsabilidade com o
paciente.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2489

OSTEONECROSE DOS MAXILARES EM


PACIENTES QUE FAZEM USO ROTINEIRO DE
ALENDRONATO DE SÓDIO: UMA SÉRIE DE
CASOS E REVISÃO DA LITERATURA
Luiz Carlos Moreira Junior; Hugo José Correia Lopes; Francisco de
Assis de Souza Junior; Antonio Brunno Gomes Mororó; Adriano
Rocha Germano

Introdução: A osteonecrose nos Colágeno Tipo I (CTx) solicitados antes e


maxilares geralmente está relacionada com após os tratamentos executados.
o uso de bifosfonatos injetáveis e Conclusão: Os pacientes evoluíram
atualmente tem sido relatado positivamente ao tratamento proposto.
manifestações em pacientes que fazem uso Verificou-se que a osteonecrose dos
oral desse medicamento. maxilares foi presente após uso contínuo
Métodos: Através de um estudo, por mais de 4 anos do uso de bifosfonato,
retrospectivo, descritivo e analítico de em pacientes acima de 50 anos tendo
pacientes atendidos no ambulatório do comorbidades ou não. Também
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- enfatizamos que o CTx pode auxiliar na
Maxilo-Facial. O objetivo deste trabalho é conduta terapêutica, mas não deve ser o
relatar a experiência terapêutica do Serviço único método para determinar a possível
no período compreendido de 2014 a 2016, ocorrência de osteonecrose, outros fatores
por meio de uma série de casos de também devem ser levados em
pacientes com Osteonecrose dos Maxilares consideração como idade, gênero, tempo
associada ao uso regular com Alendronato de uso dos bifosfonatos, presença ou não
de Sódio 70 mg por via oral, uma vez por de comorbidades.
semana e com um tempo de uso superior a
4 anos.
Resultados: Em todos os casos, os
pacientes foram tratados de acordo com a
classificação do estágio da osteomielite dos
maxilares induzida por bifosfonato (OMB)
da AAOMS 2014, sendo o tratamento
individualizado respeitando as
comorbidades de cada indivíduo. Todos os
pacientes tiveram parâmetros da dosagem
de TelopeptídeoCarboxiterminal do

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2495

FIBROMATOSE GENGIVAL IDIOPÁTICA:


RELATO DE CASO
Flávio Henrique Real; Thalles Moreira Suassuna; Marcelo Farias de
Medeiros; Newton Guerreiro da Silva Júnior

Introdução: A Fibromatose Gengival (FG) revelou diagnóstico de Fibromatose


é descrita como uma condição bucal rara, Gengival. O paciente encontra-se em fase
clinicamente manifestada por um de planejamento protético, sem exibir
crescimento lento, progressivo, difuso e sinais de recidiva.
benigno dos tecidos gengivais. O presente Discussão: Várias condições que
trabalho se propõe a relatar um caso severo produzem aumento de volume gengival
desta doença que foi tratada têm sido consideradas no diagnóstico
cirurgicamente. Métodos: Paciente CAC, diferencial, tais como: neurofibromatose,
sexo masculino, melanoderma, 40 anos, granulomas, hemihipertrofia facial
compareceu ao ambulatório de Cirurgia congênita, leucemia, trauma local e uso de
Buco-Maxilo-Facial do Hospital Getúlio medicações como fenitoína, ciclosporina,
Vargas, Recife/PE, com queixa de inchaço barbitúricos ou bloqueadores de canais de
gengival e dificuldade de higienização, com cálcio. A necessidade de tratament pode
tempo de evolução de aproximadamente 30 variar de acordo com a gravidade. Nos
anos. A história médica e familiar não casos mais graves, como no apresentado
revelou nada digno de nota. Ao exame neste trabalho, contempla-se a
clínico extra-bucal demonstrava lábios necessidade de intervenção cirúrgica
elevados e dificuldade de selamento labial devido ao comprometimento funcional e
passivo. O exame clínico intra-bucal estético. O tratamento consiste em excisão
revelou extenso aumento de volume em cirúrgica do excesso tecidual, muitas vezes
toda a extensão da gengiva e mucosa em uma série de gengivectomias.
alveolar vestibular e lingual/palatina, tanto
Conclusões: A história médica e familiar
na mandíbula como na maxila.
do indivíduo deve ser investigada e nos
Radiograficamente era visível um
casos mais extremos, além da excisão do
velamento sobre o contorno de todo o
excesso tecidual, pode ser necessário
alvéolo maxilar e mandibular, porém sem
exodontia dos elementos envolvidos para
indícios de calcificação.
minimizar o risco de recorrência, assim
Resultados: O tratamento instituído foi a como facilitar o controle da higiene e saúde
excisão cirúrgica das massas fibrosas bucal do paciente.
maxilares. Também foi realizada
exodontias múltiplas, regularização de
rebordo alveolar e o material foi enviado
para o exame anatomopatológico que

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2496

RESSECÇÃO MARGINAL DA MANDÍBULA


COMO OPÇÃO DE TRATAMENTO DO
TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL
CALCIFICANTE: RELATO DE CASO
Bruna Barcelos Ferreira;Vitor Tieghi Neto;Denise Tostes Oliveira;Fabio
Sanches Magalhães Tunes;Eduardo Sanches Gonçales

O Tumor Odontogênico Epitelial trabalho é relatar um caso de TOEC, com


Calcificante (TOEC), também conhecido variante periférica associada. Paciente A.
como Tumor de Pindborg, representa uma A. E. F, 23 anos, com história de lesão em
neoplasia odontogênica epitelial benigna, mandíbula com evolução de 7 anos. Ao
rara (menos de 1% de todos os tumores exame clínico observou-se tumefação
odontogênicos), que tem como principal normocorada, consistência firme e textura
característica a presença de material lisa com aproximadamente 3,5 cm de
amiloide que pode tornar-se calcificado. diâmetro em região anterior de mandíbula,
Apesar de benigno, há possibilidade de ser assintomática, envolvendo rebordo
localmente agressivo, infiltrando vestibular e lingual, dentes 31 e 41 com
estruturas adjacentes, sendo a forma mobilidade e 32, 33, 42 sem vitalidade
intraóssea mais comum. pulpar. Ao exame radiográfico, presença de
Radiograficamente, o tumor exibe um área radiolúcida multilocular de limites
defeito radiolúcido, que pode ser uni ou irregulares estendendo-se do elemento
multilocular com presença de estruturas dentário 31 ao 43, dentes 31 e 41 tratados
calcificadas em seu interior, de tamanho e endodonticamente e com raízes
densidade variados. Sob exame rechaçadas. Após realização de biópsia
microscópico, o padrão clássico desta lesão incisional, chegou-se ao diagnóstico de
é uma combinação de discretas ilhas, TOEC. Paciente submetido a procedimento
cordões ou lençóis de células epiteliais cirúrgico sob anestesia geral para ressecção
poliédricas num componente fibroso. marginal da mandíbula e após 1 ano,
Núcleos gigantes podem ser observados e reconstrução de mandíbula com enxerto
apresentar variações e a presença das ósseo de ilíaco. Após cicatrização do
calcificações (anéis de Liesegang) é um enxerto, foi realizado instalação dos
achado característico. O prognóstico em implantes dentários. O mesmo segue em
geral é bom, sendo que casos de recidiva acompanhamento para reabilitação
estão associados principalmente naqueles protética definitiva. Ao exame de imagem
em que foi realizado curetagem como de controle, observou-se bom
forma de tratamento. O objetivo deste posicionamento do enxerto ósseo e

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

implantes dentários, sem sinais de recidiva


do tumor. Concluímos que devido ao
possível comportamento localmente
agressivo destes tumores, um
gerenciamento menos conservador deve
ser instituído como plano de tratamento.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2503

DESCOMPRESSÃO DE AMELOBLASTOMA
UNICÍSTICO COMO TRATAMENTO
CONSERVADOR INICIAL: RELATO DE CASO
COM USO DE OBTURADOR DE ACRÍLICO
Elaine Rosa Carneiro Leitão; Sabrina Morelli de Oliveira

Destacado como um tumor odontogênico benigno de origem


epitelial que representa cerca de 1% dos tumores orais, o
ameloblatoma tem como característica clinicas o crescimento
lento, indolor, localmente invasivo e agressivo, sem predileção
para raça ou sexo, mais comum em jovens na segunda década de
vida. De acordo com a OMS o ameloblastoma podem ter três
variantes clínica, e uma delas é o ameloblastoma unicístico que
é descrito por suas características próprias como: sua localização
prioritária a região posterior da mandíbula, presença de cápsula
e imagem radiolúcida unilocular bem delimitada. O tratamento
mais adequado para essas lesões ainda geram controvérsias
entre alguns autores, alguns optam por métodos mais
conservadores e outros radicais. Nesse trabalho relatamos um
caso de paciente jovem, que após biópsia incisional
foi diagnosticado com ameloblatoma unicístico, onde foi
realizada a utilização de um obturar de acrílico. O mesmo segue
em acompanhamento pelo serviço para acompanhamento da
evolução da lesão com o intuito de um tratamento final mais
conservador, com a intenção principal de manter estruturas
nobres e tratamento cirúrgico menos evasivo.

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PATOLOGIA DOS MAXILARES

2505

TRATAMENTO DE CISTO DENTIGERO DE


GRANDES PROPORÇÕES EM
TERÇO MÉDIO DE FACE
Daniel Haber Oliveira; Yuri Edward Souza Damasceno; Yuri Pimenta;
Jennifer Sanzya Silva de Araújo; Diego Pacheco Ferreira

Os cistos dentígeros são o grupo de cistos para coleta de material e análise


odontogênicos mais frequentemente histopatológica, o procedimento foi
encontrados, desenvolvendo-se a partir de realizado sobre anestesia local iniciando
uma alteração do epitélio reduzido do com punção aspirativo sendo positivo para
órgão do esmalte. Normalmente está fluido cístico. No mesmo exame a loja foi
relacionado à coroa de um dente não acessada via vestíbulo de maxila mantendo
irrompido. Encontra-se normalmente orifício para marsupialização. O
associado à terceiros molares e caninos. diagnóstico foi definitivo para cisto
Devido à ausência de sintomatologia e dentigero. Paciente manteve tratamento
crescimento lento, seu diagnóstico é feito, com marsupialização e análise mensal da
geralmente, em exames radiográficos de regressão da lesão através de exame
rotina, apresentando-se radiograficamente radiográfico por 1 ano e 6 meses. Após esse
como uma área radiolúcida bem período a paciente apresentou redução de
circunscrita, podendo chegar a grandes volume e total correção da exoftalmia, a
proporções: como deformação óssea, regressão satisfatória e divisão da lesão em
assimetrias faciais, fratura patológica e 2 lojas distintas com formação de osso
perda de dentição permanente. Existem entre elas. A paciente foi conduzida para
várias formas de tratamento, sendo seu total remoção do remanescente em bloco
prognóstico favorável. O presente trabalho cirúrgico sob anestesia geral. O
tem como objetivo relatar um caso clinico procedimento foi realizado via acesso
de um paciente que compareceu ao serviço vestibular maxilar removendo toda a lesão
de patologia bucal do Hospital João de e dente associado. No mesmo tempo
Barros Barreto em 2015 apresentando cirúrgico foi optado pela reconstrução de
aumento de volume em terço médio defeito ósseo posterior de maxila. A
esquerdo de face e exoftalmia do globo reconstrução foi feita com tela e osso
ocular esquerdo. Ao exame radiográfico foi autógeno doado de ramo bilateral e mento.
evidenciado imagem radiolucida bem Paciente encontra-se em pós operatório de
definida de grande proporção envolvendo 2 meses em bom estado geral, sem sinais de
maxila esquerda com extensão superior recidiva da lesão, contorno facial
para assoalho de órbita do mesmo lado e adequado, cicatrização das feridas
contendo elemento dentário no seu satisfatórias e sem sinais de infecção.
interior. Foi solicitado exame de biópsia

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865
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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1330

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
SOBRE O USO DE BIFOSFONATOS PARA A
IMPLANTODONTIA
Daniele Lacerda Pereira; Lucas Berlatto Modonesi; Leandro da
Cunha Dias; Caleb Rogério Caetano Ferreira

Introdução: Os bifosfonatos são tratamento de várias doenças ósseas, tais


medicamentos que possuem afinidade pelo como osteoporose, neoplasias malignas
osso, especialmente pelas superfícies com metástase óssea, hipercalcemia
ósseas em processo de remodelagem e, por maligna e mieloma múltiplo. Apesar de
isso são usados em doenças caracterizadas todos os benefícios da terapia com
por reabsorção óssea mediada por bifosfonatos, essas drogas vêm sendo
osteoclastos, como a osteoporose, doença associadas, desde 2003, a uma debilitante
de Paget, osteólise associada a tumores complicação que afeta exclusivamente a
malignos, bem como a hipercalcemia. Tais mandíbula e a maxila denominada de
medicamentos são capazes de modificar o osteonecrose dos maxilares. A meia-vida
remodelamento ósseo, o que faz analisar a dos bisfosfonatos na circulação sanguínea
associação causal entre o fármaco e seus é curta, variando entre trinta minutos e
efeitos adversos em procedimentos duas horas. Entretanto, uma vez
clínicos na área da Implantodontia. incorporado ao osso, o bisfosfonato pode
Métodos: Através de uma revisão de permanecer por até dez anos, dependendo
literatura de artigos sobre o uso de do intervalo de duração do turnover ósseo.
bifosfonatos na área odontológica, obtidos Conclusão: Conclui-se que a
de base de dados como: medline, pubmed, osteonecrose é uma condição clínica
scielo, foram analisados seus benefícios no caracterizada pela necrose do osso,
aumento e preservação da densidade óssea, resultante de fatores sistêmicos e locais
como também a possibilidade do que comprometem a vascularização óssea.
aparecimento de osteonecrose dos A prevenção de osteonecrose em pacientes
maxilares, buscando através disso as que tomam bisfosfonatos não é
melhores opções terapêuticas e completamente possível, mas
preventivas antes da realização de procedimentos preventivos não-invasivos
intervenções cirúrgicas. poderiam ajudar a diminuir a sua
Resultados: Os bisfosfonatos (BPs) são incidência, ou seja, o cirurgião deve estar
uma classe de medicamentos que impedem alerta para identificar pacientes usuários
a perda da massa óssea através da inibição crônicos de bisfosfonatos e prevenir as
da diferenciação e atuação osteoclástica e complicações decorrentes do uso desta
através da indução de apoptose droga.
osteoclástica. São fármacos utilizados para

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1456

ATUAÇÃO DO RANELATO DE ESTRÔNCIO NO


COMPORTAMENTO REPARACIONAL E
MICROESTRUTURAL DO OSSO PERIIMPLANTAR
DE RATAS OSTEOPORÓTICAS
Juliana Zorzi Coléte; Fernanda Costa Yogui; Leonardo Perez
Faverani; Idelmo Rangel Garcia Junior;Roberta Okamoto

Esta pesquisa teve como proposta avaliar a ovariectomia, as ratas OVX/RE receberam
resposta biológica e microestrutural do por gavagem oral 625 mg/Kg de RE
osso periimplantar de ratas com diariamente, até a eutanásia. Após 30 dias
osteoporose induzida através de do início da medicação (RE), cada animal
ovariectomia e submetidas a tratamento recebeu 1 implante por tíbia (Titânio
com medicação anabólica. 60 ratas adultas comercialmente puro). A eutanásia foi
Wistar, com peso aproximado de 250 realizada aos 42 dias (análises histológica,
gramas foram divididas em 3 grupos biomecânica e imunoistoquímica) e aos 60
experimentais (n=10): Grupo OVX, ratas dias (dinâmica por fluorocromos), após a
submetidas à ovariectomia bilateral; Grupo instalação dos implantes. Os maiores
SHAM, ratas submetidas à cirurgia fictícia valores de torque reverso foram
de ovariectomia; Grupo OVX/ RE, ratas encontrados no grupo OVX/RE, seguidos
submetidas à ovariectomia e tratadas com de SHAM e OVX (p).
Ranelato de Estrôncio (RE). 30 dias após a
Referências:
1) Zacchetti G, Dayer R, Rizzoli R, Ammann P. Systemic treatment with strontium ranelate accelerates
the filling of a bone defect and improves the material level properties of the healing bone. BioMed
research international. 2014;2014.
2) Williams DW, Lee C, Kim T, Yagita H, Wu H, Park S, et al. Impaired Bone Resorption and Woven Bone
Formation Are Associated with Development of Osteonecrosis of the Jaw-Like Lesions by
Bisphosphonate and Anti–Receptor Activator of NF-κB Ligand Antibody in Mice. The American journal
of pathology. 2014;184(11):3084-93.
3) Ramalho-Ferreira G, Faverani LP, Grossi-Oliveira GA, Okamoto T, Okamoto R. Alveolar bone
dynamics in osteoporotic rats treated with raloxifene or alendronate: confocal microscopy analysis.
Journal of Biomedical Optics. 2015;20(3).
Financiamento: FAPESP número 2015/14688-0; 2015/13712-4.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1463

OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM
RECONSTRUÇÕES MANDIBULARES
João Fernando Veiga Pires; Cláudio Lessa

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é uma modalidade


terapêutica que se fundamenta na obtenção de pressões parciais
elevadas de oxigênio nos tecidos orgânicos, ao se respirar
oxigênio puro no interior de câmaras hiperbáricas individuais ou
para grupos, a uma pressão local superior à atmosférica.No
Brasil, a terapia hiperbárica passou a ser implantada através da
Marinha do Brasil, no na década de 1930.É regulamentada pelo
Conselho Federal de Medicina desde o ano de
1995,possibilitando sua utilização pela medicina e pela
odontologia. A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) surge, neste
contexto, como uma excelente alternativa complementar para as
reconstruções ósseas, melhorando o prognóstico e aumentando
a previsibilidade dos grandes enxertos, além de estimulo à
atividade leucocitária e efeito bactericida e bacteriostático.
Consiste na administração de oxigênio a 100% em uma pressão
ambiente bem maior (geralmente próxima de 2,5 ATA) do que a
encontrada ao nível do mar, realizada no interior de câmaras
hiperbáricas que podem ser individuais (hospedando apenas um
paciente) ou múltiplas (com capacidade para hospedar vários
pacientes).Temos indicado em torno de 30 sessões de OHB para
os pacientes submetidos a grandes reconstruções. As
informações disponíveis na literatura colocam esse
procedimento como uma excelente ferramenta para nos ajudar
nas grandes reconstruções.

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1485

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOGRÁFICA DE


IMPLANTES DENTÁRIOS EM ÁREA DE FISSURA
ALVEOLAR: SÉRIE DE CASOS
Lucas da Silva Barreto;André Victor Pinto Serra;Vildeman
Rodrigues;Thainá Araújo Pacheco Brito;Sandra de Cassia Santana
Sardinha

Introdução: A reabilitação oral é uma correlação destas com o índice de sucesso


fase importante do tratamento das fissuras dos implantes instalados nessa unidade.
labiopalatinas, e a inserção de implantes Resultados: Foram instalados 15
nesses pacientes pode alcançar resultados implantes em 10 pacientes com diferentes
funcionais e esteticos favoráveis. O tipos de fissura. Houve uma taxa de sucesso
objetivo desse trabalho foi avaliar o índice clínico de 80%, e radiograficamente, em
de sucesso dos implantes osseointegráveis apenas um caso houve suspeita de falha na
em região de fissuras labiopalatinas osseointegração.
instalados em um centro de referência em
Discussão: As fissuras labiopalatinas
Salvador, Bahia.
acometem com mais frequência o gênero
Materiais e Métodos: Foi realizado um masculino. No presente estudo, o gênero
estudo observacional, retrospectivo e feminino foi o mais acometido. O
descritivo incluindo todos os pacientes que tratamento desses pacientes requer
realizaram implantes dentários abordagem multidisciplinar, que foi
osseointegrados em área de fissura oferecida aos pacientes desse estudo. A
alveolar, entre 2014 e 2016. Foram anodontia em região de fissura com
observados os implantes que obtiveram acometimento do incisivo lateral é a
estabilidade secundária constatada pelo alteração mais comum na arcada dentária,
travamento bidigital no momento da e foi também a mais encontrada nos
instalação dos cicatrizadores. Foram pacientes em questão.
obtidos dados epidemiológicos para
Conclusão: Os implantes instalados em
análise das variáveis envolvidas, como
região de fissura nos pacientes desse
reconstrução prévia com enxerto, tipo de
estudo obtiveram um alto índice de
fissura, enxertos complementares e
sucesso, proporcionando reabilitação
funcional e estética dos pacientes.
Referências: BRYDON, Carolyn A. et al. Cleft Lip and/or Palate. The Journal Of Craniofacial Surgery,
[s.l.], v.25, n.5, p.1601-1609, set. 2014; SHKOUKANI, Mahdi A.; CHEN, Michael; VONG, Angela. Cleft
Lip – A Comprehensive Review. Frontiers In Pediatrics, [s.l.], v.1, p.1-10, 2013; COOTS, Bradley.
Alveolar Bone Grafting: Past, Present, and New Horizons. Seminars In Plastic Surgery, [s.l.], v.26, n.4,

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p.178-183, fev. 2013; TIRACHAIMONGKOL, Choknapa et al. Relation between the stability of dental
implants and two biological markers during the healing period: a prospective clinical
study. International Journal Of Implant Dentistry, [s.l.], v.2, n.1, p.1-11, dez. 2016.

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1544

AUMENTO HORIZONTAL DE ATROFIA DE


REBORDO ÓSSEO PELA TÉCNICA DO SPLIT CREST
COM INSTALAÇÃO IMEDIATA DE IMPLANTE
OSSEOINTEGRÁVEL: RELATO DE DOIS CASOS
Fernanda Maués Simões; Jorge Alex Pereira Rodrigues; Eva
Fernanda Cezar Rodrigues; Ana Flavia Brito Martins; Rogerio Bentes
Kato

Introdução: O tratamento para o Resultados: após um folow up de 6


endentulismo através da utilização de meses, foi solicitado uma tomografia,
implantes vem aumentando verificando-se o sucesso no
consideravelmente. Contudo, a perda dos posicionamento e osseointegração dos
dentes causa uma perda óssea que pode implantes, bem como no aumento ósseo. O
interferir na reabilitação dos pacientes sucesso pode ser comprovado ao ter
através de implante. Entretanto existem colocado os implantes em função.
técnicas para que possa haver um ganho Discussão: após o tratamento dos
ósseo, tanto em altura quanto em volume. pacientes, podemos afirmar que a técnica
Dentre as técnicas usadas para ganho de de Split Crest com implante imediato é
volume, temos a técnica do Split-crest ou eficiente quando bem indicada, tendo um
galho verde, que é uma técnica usada para índice de sucesso semelhante as técnicas
cirurgia de implantes para ganhar um de aumentos ósseos horizontais
aumento de espessura óssea. convencionais, tendo como vantagem a
Metodologia: dois pacientes diminuição do tempo de tratamento já que
compareceram no curso de especialização os implantes foram inseridos associados ao
da associação brasileira de odontologia enxerto ósseo.
para reabilitação oral com implantes Conclusão: respeitando todas as etapas, a
dentários, após exames clínicos e técnica do Split Crest se mostrou uma boa
tomograficos constatou-se atrofia de alternativa em casos de aumento
rebordo ósseo, impossibilitando a inserção horizontal tanto de maxilar posterior
de implantes dentários pel técnica quanto de região posterior de mandíbula.
convencional, então foi proposto aos
pacientes a técnica do Split Crest. A
cirurgia foi realizada, expandindo-se o
rebordo ósseo, inserindo-se os implantes e
o biomaterial no mesmo tempo cirúrgico.

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1563

POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS NA
REABILITAÇÃO DE MANDÍBULAS ATRÓFICAS
Rafael Zetehaku Araujo; Paulo Domingos Ribeiro Junior; Luis
Eduardo Marques Padovan; Willian Saranholi Silva; Gabriel Curi
Batista Mendes

Introdução: A reabilitação morbidade, redução de custos e tempo de


implantossuportada de mandíbulas tratamento. Além disso, a implantodontia
atróficas com severa reabsorção óssea se moderna apresenta contínua evolução e
torna uma desafio tanto na parte cirúrgica desenvolvimento em relação aos implantes
quanto protética, devido ao elevado risco dentários e seus compontentes protéticos.
de fratura da mandíbula durante a cirurgia Metodologia: O trabalho visa apresentar
para instalação dos implantes ou no pós- com uma série de casos clínicos, uma
operatório devido à carga mastigatória. sugestão de protocolo de tratamento a
Diversas possibilidades de tratamento são depender do remansecente ósseo
citadas na literatura, utilizando-se de disponível.
diversas modalidades e técnicas cirúrgicas
Resultados: Quando uma altura óssea
reconstrutivas utilizando enxertos ósseos
remanescente de até 9mm está presente, a
autógenos e/ou aloplásticos, utilização
alternativa sugerida é o uso de implantes
de implantes curtos, distração
estreitos e curtos.reita e curta. Quando a
osteogênica, entre outros. Nenhuma
altura dos ossos é inferior a 09 mm com um
modalidade reconstrutiva ou não na
mínimo de 05 mm de altura mandibular
reabilitação com mandíbulas atróficas com
remanescente, as técnicas de reforço
implantes dentários osseointeg´raveis, é
mandibular com placas de reconstrução
considerada como o padrão-ouro de
por via intra-oral e colocação simultânea
tratamento, apresentando cada uma delas
de implantes osteointegrados são o
vantagens e desvantagens específicas, com
tratamento ideal. Nos casos em que a altura
diferentes tempos de tratamento,
óssea mandibular remanescente é inferior
morbidade e custo. O objetivo deste
a 05 mm, a cirurgia reconstrutiva
trabalho é demonstrar as opções de
mandibular com enxerto ósseo autógeno e
tratamento em pacientes portadores
biomateriais deve guiar a escolha do
mandíbulas atróficas que necessitam de
tratamento.
reabilitação com implantes
osteointegrados. Devemos levar em Discussão/conclusão: Os princípios
consideração que grande parte dos fundamentais deste protocolo são reduzir a
pacientes candidatos a este tipo de morbidade e as complicações associadas ao
tratamento são adultos e idosos, os quais procedimento cirúrgico, reduzindo o
necessitam de tratamentos com menor tempo eo custo do tempo de tratamento

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para a reabilitação dentária completa. A


escolha da técnica a ser utilizada para
reconstrução mandibular deve ser indicada
de acordo com a magnitude da atrofia.

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1564

CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS DA
SUPERFÍCIE DE IMPLANTES E ADESÃO DE
OSTEOBLASTOS: REVISÃO DE LITERATURA
Rafael Drummond Rodrigues; Larissa Oliveira Ramos Silva; Hannah
Menezes Lira; Mariana Machado Mendes de Carvalho; Sandra de
Cassia Santana Sardinha

Introdução: O titânio e suas ligas leitura do título e resumo. 61% dos artigos
apresentam características adequadas para encontraram uma correlação positiva entre
sua utilização em implantação dentária, tal a rugosidade e a adesão de osteoblastos e
como biocompatibilidade favorável. 39% dos trabalhos não observaram
Entretanto, estudos apontam que o correlação. Dentre as superfícies mais
tratamento de superfície deste material citadas pelos artigos selecionados, em
pode acelerar a sua osseointegração e, primeiro lugar encontra-se a superfície
consequentemente, melhorar a usinada com 56,5% de citações, seguida
biocompatibiliade. Assim, este estudo tem pela superfície microtexturizada, com
o objetivo de correlacionar às 52,1%, biomimética com 30,4% e
características topográficas da superfície macrotexturizada e nanotexturizada com
de implantes e adesão de osteoblastos com 26% de citação cada. Observou-se também
vistas a osseointegração. diferentes tipos celulares utilizados para a
Métodos: Foi realizada uma busca de análise de adesão de osteoblastos, além de
publicações utilizando as bases de dados diferentes métodos de análise da adesão.
BIREME e PubMed. Os limites da busca Conclusão: A maioria dos estudos
foram estudos em inglês, no período entre demonstraram que os osteoblastos exibem
janeiro/2010 a novembro/2014 e estudos uma maior adesão celular inicial sobre
realizados in vitro. superfícies de titânio rugosas e não há
Resultados e discussão: Um total de padronização do tipo celular para análise
145 resumos foram recuperados, sendo que de adesão de osteoblastos e do método de
apenas 23 artigos foram escolhidos após a análise da adesão.

Referências:
He G, Guo B, Wang H, Liang C, Ye L, Lin Y, Cai X. Surface characterization and osteoblast response to
a functionally graded hydroxyapatite/fluoro-hydroxyapatite/titanium oxide coating on titanium
surface by sol-gel method. Cell Prolif. 2014 Jun;47(3):258-66.
Zuo J, Huang X, Zhong X, Zhu B, Sun Q, Jin C, Quan H, Tang Z, Chen W. A comparative study of the
influence of three pure titanium plates with different micro- and nanotopographic surfaces on
preosteoblast behaviors. J Biomed Mater Res A. 2013 Nov;101(11):3278-84.

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Kim MH, Lee SY, Kim MJ, Kim SK, Heo SJ, Koak JY. Effect of biomimetic deposition on anodized
titanium surfaces. J Dent Res. 2011 Jun;90(6):711-6.
Palaiologou A, Stoute D, Fan Y, Lallier TE. Altered cell motility and attachment with titanium surface
modifications. J Periodontol. 2012 Jan;83(1):90-100.

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1565

RECONSTRUÇÃO ALOPLÁSTICA DA ATM


POR FRATURA COMINUTIVA DO CÔNDILO
MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Rafael Drummond Rodrigues; Amanda Arcanjo Marcelino; Marcelo
Oldack Silva dos Santos; João Nunes Nogueira Neto; João Frank
Carvalho Dantas de Oliveira

Introdução: A articulação Métodos: Relatar o caso de um paciente


temporomandibular é, basicamente, do sexo masculino, 53 anos de idade
composta pela fossa articular e côndilo apresentando trauma facial por PAF. Aos
mandibular. Esta articulação é responsável exames de imagem, constatou-se fratura
pelos movimentos mandibulares cominutiva do côndilo mandibular
mastigatórios e fonéticos, além da esquerdo. No primeiro tempo cirúrgico foi
propriocepção e equilíbrio do sistema removido o projétil e no segundo tempo
estomatognático. Os principais sinais e cirúrgico, 6 meses após, foi realizado
sintomas associados a fratura desta debridamento de fragmentos ósseos
estrutura são a maloclusão, crepitação, condilares e reconstrução total aloplástica
limitação da abertura bucal e dor articular. da ATM esquerda.
As fraturas condilares por projétil de arma Resultados e discussão: Paciente em
de fogo (PAF) comumente apresentam um acompanhamento de 3 anos apresenta
grande cominução óssea devido à grande boa mobilidade mandibular, ausência de
velocidade e impacto do projétil contra as sintomatologia dolorosa e bom
estruturas articulares. Assim, o tratamento prognóstico. De acordo com a literatura, a
conservador nestes casos se torna inviável, perda da dimensão vertical do ramo
pois a redução estrutural é impossibilitada. mandibular, juntamente com a alteração
A reconstrução total da ATM pode ser oclusal, possuem caráter decisivo na hora
indicada em casos de fratura por PAF e de definir a reconstrução total aloplástica
consiste na reconstrução autógena, com como método de tratamento definitivo,
enxertos, ou aloplástica com a substituição como no caso em questão.
protética da articulação por materiais
Conclusão: A reconstrução total da ATM
biocompatíveis. O objetivo deste trabalho é
é indicada em casos de PAF e consiste na
relatar um caso de um paciente vítima de
substituição protética da articulação por
fratura cominutiva de côndilo mandibular
materiais aloplásticos.
causado por PAF e tratado por
reconstrução total aloplástica da ATM.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

Referências:
Mebra P, Nadershah M, Chigurupati R. Is alloplastic temporomandibular joint reconstruction a viable
option in the surgical management of adult patients with idiopathic condylar resorption. J Oral
Maxillofac Surg 2016; 1-11.
Movahed R, Mercuri LG. Management of temporomandibular joint ankyloses. Oral Maxillofac Surg Clin
North Am 2015; 27:27-35.
Total TMJ Replacement System. U.S Food & Drug Administration; 2005.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1594

AUMENTO HORIZONTAL DO REBORDO


ALVEOLAR UTILIZANDO ENXERTO
XENÓGENO: REVISÃO SISTEMÁTICA
Guilherme dos Santos Trento; Lucas Borin Moura; Giovanni Cunha;
Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli; Valfrido Antônio Pereira Filho

Reabsorção óssea severa dos maxilares requer procedimentos


cirúrgicos de reconstrução visando a instalação de implantes a
fim de concluir a reabilitação oral dos pacientes. Dentre as
técnicas para aumento do rebordo alveolar, enxertos ósseos
xenógenos são amplamente utilizados. Esta revisão sistemática
seguiu as diretrizes do PRISMA e teve por objetivo responder à
seguinte questão “PICO”: Para o aumento ósseo horizontal, quais
são as taxas de sucesso, reabsorção e complicações dos enxertos
ósseos xenógenos? A pesquisa principal foi realizada nas
plataformas PubMed, Cochrane e Scopus e encontrou 2610
artigos. Após revisão e exclusão dos artigos duplicados, 33
estudos foram incluídos para a revisão final. Os dados extraídos
foram idade, gênero, tamanho da amostra, número e tipo de
enxerto ósseo, região, ganho ósseo horizontal, taxa de
reabsorção e complicações associadas. Um total de 750
pacientes, 50.8% do gênero feminino e 40.2% masculino, foram
submetidos a 1140 enxertos ósseos. Tanto maxila quanto
mandíbula foram enxertados com xenógenos. A maioria dos
estudos (n=28) utilizou enxerto particulado, isolado ou
associado a osso autógeno, com membrana de colágeno ou
malha de titânio. O ganho ósseo horizontal médio foi de 4.44
mm. A taxa de complicação foi de 7.85%, sendo que exposição da
membrana foi a mais comum. Baseado nos resultados desta
revisão, enxertos ósseos xenógenos são alternativas viáveis para
aumento horizontal do rebordo alveolar.

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1666

UTILIZAÇÃO DE BIOMODELO COMO


MÉTODO AUXILIAR NAS RECONSTRUÇÕES
MANDIBULARES EXTENSAS
Suelen Cristina Sartoretto; Lívia da Costa Pereira; Ana Lucia Carpi
Miceli; Fernando Cesar Amazonas Lima; Rafael Seabra Louro

Introdução: A reconstrução de defeitos uma etapa laboratorial para ressecção da


mandibulares ainda é um procedimento área referente ao tumor na mandíbula
cirúrgico desafiador, pois a mandíbula prototipada, criando o defeito ósseo. A
possui morfologia e funções complexas. mensuração do defeito ósseo mandibular
Em casos de perdas ósseas extensas os foi realizada após a ressecção mandibular,
enxertos ósseos vascularizados e as osteotomias no biomodelo da fíbula
proporcionam resultados mais previsíveis foram realizadas de acordo com o tamanho
em, sendo a fíbula a área doadora de de cada segmento, permitindo adequado
preferência, pois proporciona quantidade contorno. Foram realizadas 2 ostetomias
suficiente e qualidade óssea para na fíbula, totalizando 3 segmentos. Após
reconstrução de grandes defeitos recontorno da mandíbula ressecada com os
segmentares (1,2). O objetivo deste segmentos da fíbula osteotomizada, uma
trabalho é apresentar uma técnica de placa 2.0 do sistema Locking foi dobrada e
reconstrução com enxerto adaptada. Os segmentos da fíbula e a placa
microvascularizado de fíbula, através de pré-dobrada foram esterilizados para o
um guia prototipado, minimizando o procedimento cirúrgico.
tempo cirúrgico e melhorando os Resultados: O procedimento cirúrgico foi
resultados mais precocemente. otimizado o que permitiu a precoce
Métodos: Os biomodelos foram obtidos recuperação funcional do paciente. A
através de imagens tomográficas da obtenção dos guias prototipados, através
mandíbula e da fíbula de um paciente do de imagens tomográficas, possibilitou uma
sexo masculino, 52 anos, com diagnóstico etapa laboratorial prévia, permitindo o
de ameloblastoma sólido em mandíbula, planejamento e individualização das
que se estendia de corpo a corpo osteotomias da fíbula, o adequado
mandibular, com aproximadamente 16 cm contorno mandibular e a dobra prévia da
de comprimento. As imagens foram placa para o caso específico, através de
enviadas ao Centro de Tecnologia da uma técnica simples e de baixo custo.
Informação Renato Archer - CTI - Promed Conclusão: A técnica apresentada foi
(Campinas/SP, Brasil), que confeccionou os considerada um recurso valioso para a
biomodelos. Através dos biomodelos diminuição do tempo operatório e
prototipados do paciente, foi realizada

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

otimização dos resultados. A técnica


cirúrgica guiada por biomodelo, pode ser
utilizada na área médica ou odontológica,
promovendo de forma rápida e acessível
excelentes resultados no campo da
reconstrução.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1667

ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO CONTROLADO


DUPLO CEGO PARA AVALIAÇÃO DE FOSFATO DE
CÁLCIO NANOESTRUTURADO E REABSORVÍVEL
COMO SUBSTITUTO ÓSSEO
Suelen Cristina Sartoretto; Rodrigo Resende; Marlon Ribeiro do Amaral
Junior; Eugênio Braz Rodrigues Arantes; Mônica Diuana Calasans Maia

Introdução: A hidroxiapatita caracterização foi realizada por


carbonatada (cHA) é considerada um microscopia eletrônica de varredura,
biomaterial promissor para aplicações na espectroscopia de vibração com
medicina regenerativa e engenharia de infravermelho transformado de Fourier e
tecidos, principalmente devido à sua alta difração de raios X. Após o período
biocompatibilidade e solubilidade (1-3). experimental, uma amostra da área
Ela foi desenvolvida com o objetivo de enxertada foi obtida e um implante
melhorar as propriedades de dissolução de inserido no local. As amostras foram
hidroxiapatita convencional (HA) em seccionadas coradas em hematoxilina e
fluidos biológicos alargando a sua eosina, e submetidas à avaliação
capacidade terapêutica como substituto de histológica descritiva e histomorfométrica
osso para cirurgia ortopédica/maxilofacial. para avaliação de presença de tecido
Esse estudo clínico randomizado conjuntivo, osso neoformado e biomaterial
controlado duplo cego teve como objetivo residual.
comparar o efeito da hidroxiapatita Resultados: As avaliações realizadas
carbonatada nanoestruturada demostraram que o grupo cHA exibiu
bioabsorvível (n=10, cHA) no tecido conjuntivo com escasso infiltrado
preenchimento de alvéolos dentários para inflamatório, entremeando trabéculas de
preservação da arquitetura, quando osso neoformado contendo em seu interior
comparados com coágulo (n=10) e um pequenos fragmentos de biomaterial. Além
biomaterial de origem bovina disso, apresentou maior quantidade de
comercialmente disponível (n=10, Bio- osso neoformado quando comparado com
Oss®) por um período de 90 dias. os demais grupos (p<0,05).
Métodos: Um total de 30 participantes Conclusão: A hidroxiapatita carbonatada
entre 30-66 anos, submetidos a exodontia é de fácil manuseio e adequada para o
de um único elemento dentário e preenchimento de alvéolos dentários para
distribuídos aleatoriamente entre os 3 preservação da arquitetura, sendo
grupos. A cHA foi sintetizada a 37oC, sem considerada biocompatível e
tratamento térmico, mantendo osteocondutora.
características em nanoescala. A

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1706

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO


COSTOCONDRAL EM PACIENTE JOVEM
Deise Ponzoni; Edela Puricelli; Angelo Luiz Freddo

Introdução: O enxerto costocondral é um Resultados: Os controles tomográficos


enxerto livre de costela composto por pós-operatórios sugerem o crescimento do
tecido ósseo e cartilagem. Permite a enxerto e estabilização, resultando em
reconstrução mandibular e a substituição simetria facial. O paciente apresentou boa
da estrutura condilar da ATM, com o mobilidade mandibular, sem sinais de
propósito de restabelecer a função e a anquilose.
dimensão vertical da mandíbula. Quando Discussão: A técnica oferece grande
realizado em adultos, trata-se de um quantidade de osso e traz consigo um
enxerto articular com menor condição de potencial de crescimento, associado à
crescimento. Em crianças de três a treze cartilagem. Contudo, muitas vezes, este
anos, é um centro de crescimento potencial de crescimento pode ser
transplantado. Os autores apresentam um imprevisível ou resultar em anquilose.
caso clínico e discutem o conceito da Além disso, devem ser consideradas a falha
reconstrução com enxerto costocondral, na incorporação do enxerto, fratura do
proposto por Gillies em 1920. enxerto e morbidade associada ao sítio
Métodos: Paciente masculino, 12 anos, doador.
com diagnóstico de ameloblastoma Conclusões: Os enxertos costocondrais
unicístico envolvendo a mandíbula do lado são considerados como “padrão ouro” para
esquerdo. Submetido ao tratamento a reconstrução mandibular e da ATM no
cirúrgico caracterizado pela ressecção paciente em crescimento, com
parcial da mandíbula. O paciente foi necessidades de reconstrução de
reconstruído de forma imediata com segmentos envolvendo corpo, ramo e
enxerto costocondral, sendo a área côndilo mandibular.
doadora a quinta costela do lado direito.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1721

UTILIZAÇÃO DE FIBRINA RICA EM PLAQUETAS


E LEUCÓCITOS NO ENXERTO ALVEOLAR DE
PACIENTE FISSURADO: RELATO DE CASO
Joao Eudes Teixeira Pinho Filho; Yuri Campelo Fraga; Murilo Alves
Teixeira Neto; Carlos Nicolau Babadopulos; Jose Ferreira da Cunha
Filho

Pacientes fissurados necessitam realizar algumas cirurgias para


corrigir a fenda lábio-palatal, dentre essas cirurgias podemos
elucidar o enxerto alveolar na região da fissura, que tem como
objetivo permitir uma maior estabilidade da maxila,
a movimentação dentária para finalização ortodôntica, suporte
para realização de implante e/ou reabilitação protética. No
presente estudo temos o objetivo de relatar uma técnica para a
realização do enxerto alveolar através da combinação do osso
autógeno com a fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L- PRF),
com o intuito de minimizar a exposição óssea e melhorar a
regeneração óssea. A paciente M.E.L.S, sexo feminino,
compareceu a um hospital público do estado do Ceará com o
encaminhamento do ortodontista para a realização do enxerto
alveolar e posterior finalização ortodôntica. O tratamento
proposto foi a realização de enxerto autógeno, sendo a crista
ilíaca a área doadora associado à utilização da L-PRF com o
intuito de minimizar o risco de exposição do enxerto no pós-
operatório. Atualmente a paciente encontra-se em
acompanhamento de aproximadamente cinco meses, sem sinais
de desicência, exposição óssea ou qualquer outra alteração fora
do padrão de normalidade.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1747

REMOÇÃO DE GORDURA SUBMENTONIANA:


EFICÁCIA DO TRATAMENTO POR
LIPOASPIRAÇÃO: RELATO DE CASO
Samuel de Souza Moraes; Andrezza Matos de Araujo; Gabriel
Denser Campolongo; Tarley Pessoa de Barros

Introdução: A gordura submentoniana é melhora na qualidade de vida e convívio


uma preocupação estética entre os social da paciente.
pacientes. Existem muitas técnicas para Discussão: O excesso de gordura
abordar esta difícil área anatômica. Uma submentoniana pode estar relacionado ao
pesquisa recente concluiu que o excesso de envelhecimento, a medida que a flacidez da
gordura submental era tão incômodo pele aumenta e o peso da gordura
quanto a pele flácida e as rugas ao redor dos submentoniana causa sua projeção
olhos. Nosso objetivo é demonstrar a inferior. Além disso com o ganho de peso,
eficácia deste tratamento por a gordura submentoniana pode aumentar,
lipoaspiração. ampliando o ângulo cervical. Este sítio
Método: Paciente gênero feminino, com anatômico é difícil de tratar por dieta e
queixa de grave incomodo por excesso de exercício. As modalidades de tratamento
gordura submentoniana foi submetida a incluem: criolipólise, lipólise química,
procedimento cirúrgico de lipoaspiração na técnicas térmicas percutâneas e
referida área. lipoaspiração cirúrgica.
Resultado: Conseguiu-se o recontorno Conclusão: A lipoaspiração cirúrgica
facial, resolução da queixa principal, demonstrou ser um procedimento eficaz,
de baixa morbidade e resultado previsível.
Referências:
Tirbod F. Submental Liposuction Versus Formal Cervicoplasty: Which One to Choose? J Oral Maxillofac
Surg 70:2854-2858, 2012.
Ava T. Shamban. Noninvasive Submental Fat Compartment Treatment. Plast Reconstr Surg Glob Open
2016;4:e1155.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1748

UTILIZAÇÃO DE BIOMODELO NO
PLANEJAMENTO DE RECONSTRUÇÃO
MANDIBULAR
Fernanda Suely Barros Dantas; Rebeca Valeska Soares Pereira; Caio
Pimenteira Uchoa; Gustavo José de Luna Campos; Alfredo Lucas
Neto

Introdução: Na busca crescente dos Resultados: A osteotomia realizada no


profissionais da área da saúde pela modelo possibilitou a determinaçãoda
primazia nos diagnósticos e tratamentos relação oclusal e confecção do guia
de distúrbios, a prototipagem em modelos cirúrgico para restabelecimento da oclusão
tridimensionais mostra-se como uma durante a cirurgia. Além disso, a simulação
ferramenta favorável e precisa para o no modelo possibilitou o aperfeiçoamento
planejamento pré-operatório e decisões da escolha e modelação da placa de
transoperatórias. Tal trabalho visa expor a reconstrução, proporcionando um
utilização de um biomodelo para a restabelecimento dos contornos
programação cirúrgica de reconstrução anatômicos mais precisos. A paciente
mandibular decorrente de fratura de corpo encontra-se em acompanhamento pós-
causada por agressão física. operatório de um ano e meio, apresentando
Métodos: O modelo tridimensional foi um bom aspecto estético e funcional.
fabricado utilizando uma impressora 3D Discussão: A clareza no diagnóstico e a
Objet (CONNEX 350) no Laboratório de otimização do plano de tratamento são
Tecnologias Tridimensionais (LT3D) do possibilitados pelo entendimento da
Núcleo de Tecnologias Estratégicas em condição do paciente, tal fato é facilitado
Saúde da UEPB. Este processo iniciou-se pelo auxílio dos protótipos. Neste caso, a
com a aquisição das imagens tomográficas obtenção do modelo favoreceu o
processadas por meio do softwares planejamento da osteotomia, adaptação da
específicos que são exportadas para o placa facilitando sua fixação e confecção do
formato Stereolitography (STL), técnica de guia cirúrgico. Dentre fatores citados na
manufatura aditiva que constrói o literatura como vantagens para utilização
biomodeloatravés da fotopolimerização de dos biomodelos estão a diminuição do
uma resina epoxy líquida. Propiciou-seo tempo cirúrgico, dos custos hospitalares e
planejamento cirúrgico realizado pelos a menor perda sanguínea.
Cirurgiões Bucomaxilofaciais responsáveis Conclusões: O biomodelo de
pelo caso, através da execução de prototipagem rápida foi um artefato que
osteotomia para reposicionamento e possibilitou o aperfeiçoamento do
substituição de placas já existentes. planejamento cirúrgico, bem como a

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minimização de dificuldades no
transoperatório e diminuição do tempo
cirúrgico. Foi alcançando o
restabelecimento da oclusão, função
mandibular e considerável simetria facial.

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1764

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM


ENXERTO ESTERNOCLAVICULAR APÓS
RESSECÇÃO TUMORAL
Nataira Regina Momesso; Beethoven Estevão Costa; Gabriel Curi
Batista Mendes; Luis Eduardo Marques Padovan; Paulo Domingos
Ribeiro Junior

Introdução: O ameloblastoma é um dos cavidade da lesão. Após 20 meses do


tumores odontogênicos mais comuns, tratamento inicial um novo exame
sendo a região posterior da mandíbula mais anatomopatológico revelou a presença de
acometida. Seu tratamento varia de acordo ameloblastoma sólido plexiforme. Perante
com o aspecto clínico, variação histológica a este diagnóstico e aos achados
e a dimensão da lesão. O tratamento radical radiográficos o plano de tratamento
através da mandibulectomia levará a inclinou-se para o tratamento radical
necessidade de uma reconstrução através da mandibulectomia parcial.
mandibular. O objetivo deste trabalho é Discussão: Neste caso devido a vários
relatar um caso clínico de ameloblastoma fatores associados à idade, aspecto
mandibular que após o insucesso do psicológico, característica da lesão optou-
tratamento conservador foi necessário a se pela reconstrução imediata da
mandibulectomia parcial incluindo a ATM mandíbula, sendo esta realizada através de
do lado esquerdo. placa de reconstrução mandibular e o uso
Caso Clínico: Paciente G.J.O., gênero de enxerto autógeno da região
masculino, 13 anos apresentou após exame esternoclavicular e da região mentoniana,
clínico e de imagem germe de terceiro por apresentar características semelhantes
molar inferior esquerdo na base da à ATM, restabelecendo assim função e
mandíbula com aspecto de deslocamento estética ao paciente, o que muitas vezes
ocasionado por lesão, sendo o com o enxerto costochondral que já foi e
ameloblastoma unicístico e cisto ainda é muito relatado na literatura não
odontogênico ceratocístico como as seria possível.
hipóteses diagnóticas.No presente caso Conclusão: Assim é possível considerar
optou se por uma punção aspirativa, que a reconstrução mandibular e da ATM
encontrando líquido amarelo e bem fluido, com enxerto autógeno obtido da região
e posterior remoção cirúrgica de esternoclavicular foi uma opção vantajosa
fragmentos de tecido mole para uma para este paciente.
avaliação microscópica da lesão e
exodontia do elemento 38, que
apresentava-se solto na região interna da

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1774

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS


TOPOGRÁFICAS E COLONIZAÇÃO BACTERIANA
EM SUPERFÍCIE DE TITÂNIO TRATADA COM
NANOCRISTAIS DE HIDROXIAPATITA
Renato Rocha Monteiro; Elizabeth Ferreira Martinez; Júlio Cesar
Joly; Daiane Cristina Peruzzo; Marcelo Henrique Napimoga

Introdução: Além de promoverem o considerando-se nível de significância de


aumento da osseointegração, modificações 5%.
da topografia de superfície com diferentes Resultados: A superfície usinada
tratamentos têm sido indicados para apresentou menores valores de rugosidade
diminuir a viabilidade bacteriana. O quando comparado aos demais avaliados
objetivo do presente estudo foi avaliar in (pS. aureus viáveis não diferiu dos valores
vitro a influência da agregação de observados nas duas outras superfícies,
nanocristais de hidroxiapatita (HA) à enquanto para os S. mutans, os menores
superfície tratada com duplo ataque ácido percentuais de área com bactérias viáveis
(DAA nano) na adesão e viabilidade ocorreram nas superfícies DAA nano e
bacteriana, comparando-se com uma usinada.
superfície de duplo ataque ácido (DAA) e
Discussão: Diversos estudos comprovam
usinada.
que a osteointegração ocorre mais
Métodos: Foram selecionados discos de rapidamente e com maior qualidade em
titânio comercialmente puro de Grau 4 (6 superficies minimamente rugosas, em
mm x 2 mm) e analisados os parâmetros de relação às lisas, entretanto, estão mais
rugosidade (Ra, Rz e Rq) e molhabilidade propensas a colonização bacteriana. A
por meio de um perfilômetro e goniômetro, agregação de nanocristais de HA pode
respectivamente. Cepas de Streptococcus otimizar a osteintegração, além de
mutans (ATCC 25175) e Staphylococcus diminuir a colonização total bacteriana.
aureus (ATCC 25923) foram incubadas (37º
Conclusão: Conclui-se que o tratamento
C, 4h, 1x106 UFC/ml) utilizando-se a
de superfície com agregação de
técnica de fluorescência com kit de
nanocristais de HA influenciou nos
viabilidade Live/Dead Baclight. As áreas
parâmetros de rugosidade e molhabilidade,
contendo bactérias viáveis (fluorescência
diminuindo significantemente a
verde) e não viáveis (fluorescência
colonização total bacteriana quando
vermelha) foram mensuradas por meio do
comparada à superfície DAA, sem,
programa ImageJ, e os resultados
entretanto alterar a viabilidade bacteriana.
submetidos à analise estatística,

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1812

UMA PROTECAO AOS DENTES REMANESCENTES


POS RECONSTRUCAO DE MANDIBULA COM
RETALHO MICROVASCULARIZADO DE FIBULA
DUPLO
Laurindo Moacir Sassi; Jose Luis Dissenha; Maria Isabela Guebur;
Alfredo B. Silva; Gyl H A Ramos

Introdução: A realização de hemi- resultou em recuperação satisfatória dos


mandibulectomia em dentados inferiores sítios doador e receptor. Após 16 anos de
deixa os dentes próximos à região de acompanhamento, a paciente apresentou
transição coto mandibular - ressecção com evolução satisfatória.
pouca estrutura óssea para manter uma Caso 2: RFC, 35 anos, pardo, masculino,
boa sustentação devido a menor espessura dentado, apresentava aumento de volume
e altura do osso fíbula, usado na em corpo mandibular esquerdo,
reconstrução, necessitando de assintomático, com diagnóstico de
complemento de enxerto ósseo em um ameloblastoma. Realizada avaliação
segundo tempo cirúrgico. O objetivo foi semelhante ao caso 1. Programada a
criar sustentação óssea aos dentes cirurgia de ressecção do tumor na região do
remanescentes da região de transição entre dente 33, com permanência do côndilo e
coto mandibular e enxerto ósseo. Método: reconstrução imediata com retalho
apresentação de dois casos clínicos. microvascularizado de fíbula e segmento
Caso 1: EC, 14 anos, parda, feminino, duplo. Após 1 ano de acompanhamento,
dentada, apresentava aumento de volume paciente apresentou evolução satisfatória.
em corpo mandibular direito, Discussão: A mandibulectomia
assintomático, diagnosticado como segmentar em pacientes dentados e
ameloblastoma. Exames clínico, submetidos a reconstrução com fíbula
laboratoriais e de imagem deram subsídios causa, geralmente, perda óssea ao redor
para delimitação da região a ser ressecada, dos dentes adjacentes à área ressecada.
facilitando o planejamento da Com a segunda cirurgia, para enxerto ósseo
reconstrução. Foi programada cirurgia de complementar, consegue-se melhorar a
ressecção do tumor de linha mediana com sustentação dos dentes em questão,
permanência de ramo mandibular e fazendo com que estes permaneçam na
reconstrução imediata com retalho boca e auxiliem na reabilitação com
microvascularizado de fíbula, segmentos próteses implanto suportadas. Com a
duplos de retalho autógeno, anastomoses realização do enxerto duplo da fibula evita
vasculares e fixação com miniplacas, que o segundo tempo cirúrgico.

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Conclusão: O duplo segmento de fíbula e/ou posterior avulsão destes, apesar do


proporcionou suporte ósseo para os dentes amplo espaço protético.
proximais, evitando exposição radicular
Palavras-chave: Ameloblastoma, mandibulectomia segmentar, reconstrução, fíbula.
Referência: Sassi, LM et al.. Reconstrução mandibular com enxerto microvascularizado de fíbula - uma
nova técnica (variante IV). Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, 2011, 40(2):90-92.

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1815

LEVANTAMENTO BILATERAL DE SEIO MAXILAR


COM O USO DE PROTEÍNA MORFOGENÉTICA
ÓSSEA RECOMBINANTE HUMANA TIPO 2
(RHBMP-2) PARA INSTALAÇÃO DE IMPLANTES
Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Camila Lins Vieira; André Vajgel
Fernandes; Fernanda Suely Barros Dantas

Introdução: O levantamento do seio bilateral com rhBMP-2 (associada ao uso de


maxilar é um procedimento clínico que carreador osteocondutor) pois a idade da
permite a reabilitação da morfologia óssea paciente e comorbidades pré-existentes
necessária para a colocação de implantes contra indicavam a utilização de sítios
dentários. O enxerto ósseo autógeno tem doadores extra-bucais e pela necessidade
sido considerado o "padrão ouro" na de previsibilidade em relação à quantidade
correção de defeitos ósseos, porém, possui de osso para a reabilitação. Em um mesmo
suas limitações no que se refere a tempo cirúrgico foi realizada a instalação
morbidade de sítios doadores extra-orais e de dois implantes de ancoragem para apoio
quantidade insuficiente de sítios doadores de prótese provisória.
intra-orais. As denominadas de BMP’s Resultados: Após oito meses realizou-se
(Proteína Óssea Morfogenética), a instalação de seis implantes
principalmente a rh (recombinante osteointegráveis e após seis meses,
humana) BMP-2, são uma alternativa ao reabilitação com prótese definitiva. A
enxerto ósseo autógeno por sua capacidade paciente apresentou uma recuperação
osteoindutora. favorável, sem efeitos adversos. Foi obtido
Métodos: Paciente M.L.B.A., do sexo um alto grau de satisfação com o resultado
feminino, 76 anos de idade, apresentando final.
fratura de elementos dentários 13 e 23, Discussão: . O procedimento de coleta de
envolvidos no suporte de próteses fixas. osso autógeno aumenta significativamente
Após avaliação odontológica e a morbidade do paciente, gerando
tomográfica, verificou-se a desconforto físico , psicológico e aumento
impossibilidade de manutenção dos do risco de infeção, dor, hemorragia e lesão
mesmos, assim como o comprometimento nervosa. Através da descoberta da rhBMP-
de diversos outros elementos dentários 2 possibilita-se a formação de osso
superiores, optando-se por, em comum verdadeiro sem a necessidade de mais um
acordo com a paciente, realizar a exodontia local cirúrgico ,apresentando vantagem em
de todos os elementos superiores, assim relação ao osso autógeno.
como a realização de levantamento de seio

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

Conclusão: O uso da rhBMP-2 é uma


alternativa viável, comprovada clínica e
cientificamente para aumento ósseo em
casos de levantamento de seio maxilar. À
medida que melhores métodos e as
vantagens para sua utilização forem mais
bem compreendidas, é possível que
venham a substituir o osso autógeno.

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1816

POSSIBILIDADES NA REABILITAÇÃO
PROTÉTICA BUCOMAXILOFACIAL
Caroline Hoffmann Bueno; Angelo Luiz Freddo; Deise Ponzoni;
Adriana Corsetti

Introdução: A face humana é, sem deglutição, e respiração; além de garantir


dúvida, uma das partes mais importantes estética e suporte/ proteção dos tecidos.
do corpo humano, visto que por meio dela Discussão: O tratamento destes
podemos exprimir nossos sentimentos e pacientes envolve uma abordagem
nos comunicar. Pessoas com deformidades multidisciplinar, envolvendo,
bucomaxilofaciais podem ter dificuldades principalmente a Cirurgia e Traumatologia
em estabelecer vínculos afetivos, em Buco-Maxilo-Faciais, Cirurgia Plástica
organizar a vida diante das novas Reconstrutiva e Prótese Bucomaxilofacial.
circunstâncias, além de apresentar Nesse contexto, é imprescindível que o
sentimentos de inferioridade e rejeição em profissional tenha conhecimento dos
relação ao meio de convivência. Assim a aspectos psicológicos relacionados ao
reabilitação da face através de cirurgias defeito de face, visto que a prótese em si
e/ou próteses representa um importante pode não significar a completa reabilitação
instrumento de adaptação, sendo do paciente. O tratamento, portanto,
fundamental a reparação estética, além do abrange além dos procedimentos técnicos,
caráter funcional e de proteção. O objetivo os aspectos psicossociais que circundam o
deste trabalho é apresentar uma série de contexto, possibilitando aos pacientes
casos clínicos com diferentes melhores condições de convívio com a
possibilidades de reabilitações deficiência e suas consequências.
bucomaxilofaciais através de materiais
Conclusão: Bons resultados estéticos e
aloplásticos.
funcionais irão depender da escolha
Métodos: Todos os pacientes assinaram o adequada da técnica e dos materiais a
Termo de Consentimento Livre e serem utilizados. O principal objetivo dos
Esclarecido para divulgação das imagens. profissionais envolvidos será promover o
Foram confeccionadas diferentes prótese resultado mais satisfatório, que englobe
bucomaxilofaciais de acordo com as principalmente os aspectos psicossociais
necessidades de cada paciente. do paciente mutilado, promovendo o seu
Resultados: Com a confecção das bem-estar físico, mental e social. A
próteses foi possível proporcionar aos importância da prótese bucomaxilofacial e
pacientes adequado vedamento da a reabilitação do paciente ressalta o papel
comunicação buco-nasal, adequação das indispensável da Odontologia na sociedade
funções de fonação, mastigação, para o tratamento destes pacientes de alta
complexidade.

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1822

IMPLANTE IMEDIATO EM ÁREA ESTÉTICA:


RELATO DE CASO
Kelly Barbosa Mota; Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Fernanda
Suely Barros Dantas; Samia Mouzinho Machado; Amaro Lafayette
Nobre Formiga Filho

Introdução: No decorrer dos anos, a tratamento fosse bastante satisfatório,


Implantodontia adaptou-se às novas recuperando a estética e autoestima do
necessidades exigidas tanto pelos paciente. Os tecido moles circunvizinhos
pacientes quanto por evoluções das ao implante tiveram boa recuperação, e se
técnicas e teorias. A busca por um tempo obteve sucesso tato estético quanto
reduzido de espera levou a modificações funcional, indicando que a prótese sobre
nos protocolos convencionais da implante depende sempre do
Implantodontia. O protocolo clássico planejamento operatório específico para
recomenda um período de vários meses cada situação clínica.
após a extração para a instalação dos Discussão: A instalação imediata de
implantes, no entanto, com o implantes tem se mostrado favorável, uma
aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, vez que possibilita redução do tempo de
foi possível promover a instalação, tratamento e o custo, preserva a altura,
imediatamente após as exodontias. espessura óssea alveolar e a dimensão do
Métodos: Este trabalho objetiva relatar o tecido mole, promovendo um contato
caso de um paciente de 67 anos, sexo osso-implante. As indicações para esta
masculino, que procurou a Clínica de técnica são inúmeras, desde dentes com
Especialização em Implantodontia para falhas irreversíveis no tratamento
realizar reabilitação oral. O paciente endodôntico, dentes com doença
apresentava ausência dos dentes 11, 21 e periodontal avançada, fraturas radiculares,
22, com mobilidade do dente 13 e extensa até cáries avançadas abaixo da margem
destruição coronária do 12. Após gengival.
anamnese, foi relatado que já tinha Conclusões: A técnica de instalação
realizado cirurgia para colocação de dois imediata de implantes apresenta taxas de
implantes na região do 11 e 22. O sucesso similares às dos implantes
tratamento proposto foi a remoção dos convencionais, tanto do ponto de vista da
dentes 12 e 13, com a instalação de estética como também na estabilidade ao
implante imediato para confecção de longo do tempo pela manutenção dos
prótese sobre implantes, reabilitando os tecidos moles e duros. No entanto, é
cinco elementos (13-22). importante uma criteriosa avaliação do
Resultados: A técnica cirúrgica paciente para indicação da técnica.
executada, juntamente com o tratamento
restaurador, fez com que o resultado do

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1825

ENXERTOS XENOGÊNICOS EM BLOCO COM


FIBRINA
Keli Cristina Lima Vieira; Flavia Abruzzini Lê Draper Vieira; Fabrício Le
Draper Vieira; Antonio Fabio Vieira; Angelica Barbosa Lemes

O osso xenogênico é osso não vital Uma das vantagens de usar um substituto
derivado de outra espécie, geralmente do enxerto xenogênico, em vez de osso
bovino. O Xenoenxerto tem seu autógeno é que ela elimina a necessidade
mecanismo de ação semelhante ao do de colheita de osso do próprio paciente,
enxerto alogênico - serve como uma potencialmente reduzindo o risco e dor
"moldura" em que o osso da área ao redor associada com o processo de colheita.
pode crescer para preencher o vazio. É uma Objetivo é através de um relato de caso
matriz óssea desmineralizada. É um clinico onde foi utilizado o xenoenxerto em
produto processado e geralmente bloco na região anterior de maxila
encontrado sob forma de uns blocos, pó e associada à Fibrina Leucoplaquetaria
grânulos. Autóloga na tentativa de acelerar a
formação óssea.
Referências:
http://buscape.com.br/implantes-dentais-contemporaneos-carl-e-misch-8535230882;
http://www.inpn.com.br/InPerio/Artigos/Index/22264;
Livro O Passo a Passo Cirurgico a Implantodontia da Instalação à Prótese, Autor Marcos Aurélio
Bianchini;
Livro Estética e Perfil de Emergência na Implantodontia, Autores Vincent BERNNANI, Clèment-
Alexandre BAUDOIN.

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1846

USO DE PLASMA RICO EM FIBRINA (PRF)


AUTÓLOGO NAS RECONSTRUÇÕES
ALVEOLARES: RELATO DE CASO CLÍNICO
Moacir Teotônio dos Santos Junior; Marcelo Marotta Araujo; João
Vitor dos Santos Canellas; Ivan José Moreira Oliveira; Diego Torres
Perez

A busca por meios de acelerar a o repovoamento com células do próprio


neoformação óssea na área médica e paciente.
odontológica tem crescido, com isso, há Este trabalho tem como objetivo discutir a
muito tempo se pesquisa a influência das indicação, técnica e os resultados do uso de
células sanguíneas sobre os biomateriais PRF nas reconstruções alveolares por meio
aplicados no organismo humano. da apresentação de um caso clínico, em que
Concentrados plaquetários propõem uma um paciente em tratamento odontológico
aceleração na cicatrização de tecidos moles apresentou-se com reabsorção de rebordo
e duros através do aumento da alveolar posterior bilateral de mandíbula.
concentração de fatores de crescimento, Foi realizado uma reconstrução com malha
obtendo a capacidade hemostática de titânio e BIOSS que foi recoberto com a
(controle de hemorragias) e ao mesmo membrana de PRF. Depois de 6 meses foi
tempo aumentando a intensidade da instalado os implantes, trazendo de volta
vascularização (angiogênese) dos tecidos, ao paciente um ganho ósseo satisfatório e
sendo métodos eficazes na rápida as condições adequadas para reabilitação
recuperação pós-operatória. funcional.
O Plasma Rico em Fibrina (PRF) é um Dessa forma, pode-se concluir que o uso do
coágulo natural otimizado, sem nenhum PRF é uma alternativa viável para as
aditivo, que pode melhorar o processo de reabilitações alveolares com o uso de
cicatrização natural, no qual o carreador, enxertias, acelerando o processo de
uma matriz de fibrina homogênea e forte cicatrização e reparação óssea, uma vez
sem as células vermelhas do sangue, que, associada a outras vantagens como a
transportam plaquetas, leucócitos e células técnica cirúrgica simples e o baixo custo,
mesenquimais indiferenciadas circulantes torna-se uma ótima alternativa para o
em seu concentrado. Essa estrutura forma tratamento de rebordos alveolares
um suporte natural complexo, que permite atróficos.
Referências:
1. COSTA, A.L.C.; NETO, A.S.R.; NEVES, D.M.; SILVA, F.G.O.; SIMAO, G.M.L. Características dos
agregados plaquetários e indicações da L- PRF na cirurgia oral. Implant News, v.4, 2012.
2. CHOUKROUN, J.; ET AL. Platelet- rich fibrin (PRF): A second-generation platelet concentrate.
Part V: Histologic evaluations of PRF effects on bone all o graft maturation in sinus lift. Oral
Surg Oral Med Oral Pathol Oral EndodRadiol, v. 101, p.299- 303, 2006.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1857

TABAGISMO E IMPLANTES DENTÁRIOS:


REVISÃO DE LITERATURA
Larissa Oliveira Ramos Silva; Nilmara Dias Santos; Rafael Drummond
Rodrigues; Mariana Machado Mendes de Carvalho; Sandra de
Cassia Santana Sardinha

Introdução: O uso de implantes para revisões sistemáticas e estudos clínicos em


reabilitação oral tornou-se um tratamento humanos, nas línguas inglesa ou
altamente previsível, com altas taxas de portuguesa, publicados entre abril de 2011
sucesso, graças ao fenômeno da e abril de 2016. Das 180 publicações
osseointegração e à utilização de materiais encontradas, 149 foram excluídas e, então
biocompatíveis. A perda do implante, 31 estudos suportam esta revisão.
infecção e inflamação da mucosa peri- Resultados discutidos: Apenas 03
implantar, com ou sem perda óssea são as estudos apoiaram relação direta entre o
complicações mais comuns pós- número de cigarros consumidos por dia e
tratamento. Essas complicações estão aumento de falha de implantes e/ou perda
associadas a fatores relacionados ao óssea. Em estudo retrospectivo realizado
implante e/ou relacionados ao paciente. por Chrcanovic et al., foi identificado efeito
Em geral, os fatores relacionados ao estatisticamente significativo do
paciente parecem ser mais críticos que tabagismo sobre as falhas de implantes até
aqueles relacionados ao implante. Ainda o momento de conexão do pilar. Estes
não está bem definido se o autores associam o desfecho às alterações
tempo/frequência de uso do tabaco provocadas por componentes do cigarro na
aumenta a chance de falha de implantes osteogênese e angiogênese. Seguindo a
dentários. mesma concepção, Ferreira et al.
Objetivo: Este trabalho pretende verificar ponderam que os efeitos prejudiciais do
se há relação entre o tempo de uso do tabagismo na cicatrização óssea na área do
tabaco e o aumento de falha de implantes implante causam um retardo na
dentários, assim como elucidar se o nível osseointegração.
de perda óssea peri-implantar é maior em Conclusão: Não foi possível elucidar se a
pacientes com longo tempo/alta frequência literatura associa frequência/tempo de uso
de uso do tabaco. do tabaco ao aumento de falhas de
Metodologia: Foi realizada busca implantes dentários e ao aumento de perda
eletrônica no portal Periódicos CAPES óssea. Contudo, esta revisão observou que
utilizando os descritores “smoking and a maioria dos estudos aponta que fumantes
failure dental implants”, “smoking and têm um maior risco de falha de implantes
dental implants”. Após leitura do título e dentários que os não fumantes, e também
resumo, foram incluídos estudos do tipo maior nível de perda óssea.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1871

REGENERAÇÃO ÓSSEA EM
IMPLANTODONTIA COM TELA DE TITÂNIO E
ENXERTO HETERÓGENO: RELATO DE CASO
José de Deus Pereira Martins Neto; Luiz Fernando Teixeira Lima;
Raimundo Thompson Gonçalves Filho

A reabilitação oral com implantes A ROG com telas de titânio juntamente


osseointegrados em maxilares com atrofia com substitutos ósseos heterógenos tem
do rebordo alveolar ainda permanece um mostrados resultados positivos, evitando
desafio. Técnicas cirúrgicas de as complicações na utilização dos enxertos
Regeneração Óssea Guiada (ROG) podem autógenos, principalmente em casos de
ser utilizadas na tentativa de recriar o leito defeitos verticais do rebordo. O objetivo
ósseo suficiente para instalação dos deste trabalho é apresentar um relato de
implantes. Em perdas ósseas em espessura, caso de uma reabilitação com implantes
a técnica mais indicada é a utilização de dentários em uma paciente com perda
enxertos em bloco de origem autógena, que severa de volume ósseo na região anterior
consiste na retirada de osso autógeno do de maxila através desta técnica. Paciente
ramo mandibular ou da protuberância E.D.S., sexo feminino, 60 anos, chegou ao
mentoniana, porém essa técnica apresenta consultório odontológico com o intuito de
desvantagens, por ser mais invasiva e substituir uma prótese removível por
causar maior morbidade ao paciente. Uma prótese fixa sobre implantes. A mesma
alternativa nessas situações é a utilização apresentava ausência dos quatro incisivos
de biomateriais substitutos ósseos. Um superiores e perda óssea em espessura e
desses materiais é um osso particulado de altura. Foi realizada técnica de ROG com
origem heterógena que serve de arcabouço telas de titânio e substituto ósseo
para neoformação óssea. Esses material heterógeno e após 07 meses foi submetida
pode ser utilizado juntamente com telas de a instalação de implantes dentários e
titânio a qual serve para manter o material reabilitação com coroas de porcelana sobre
particulado em posição. As malhas de implantes.
titânio são resistentes, biologicamente
compatíveis e obtem proteção adequada
para enxertos ósseos ou biomateriais,
evitando deformações ou colapso
estrutural.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1879

LEVANTAMENTO BILATERAL DE SEIO MAXILAR COM O


USO DE PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA
RECOMBINANTE HUMANA TIPO 2 (RHBMP-2) PARA
INSTALAÇÃO DE IMPLANTES
Carolina de Lourdes Lopes Rêgo; Camila Lins Vieira; Fernanda Suely
Barros Dantas; André Vajgel Fernandes

Introdução: O levantamento do seio carreador osteocondutor) pois a idade da


maxilar é um procedimento clínico que paciente e comorbidades pré-existentes
permite a reabilitação da morfologia óssea contra indicavam a utilização de sítios
necessária para a colocação de implantes doadores extra-bucais e pela necessidade
dentários. O enxerto ósseo autógeno tem de previsibilidade em relação à quantidade
sido considerado o "padrão ouro" na de osso para a reabilitação. Em um mesmo
correção de defeitos ósseos, porém, possui tempo cirúrgico foi realizada a instalação
suas limitações no que se refere a de dois implantes de ancoragem para apoio
morbidade de sítios doadores extra-orais e de prótese provisória.
quantidade insuficiente de sítios doadores Resultados: Após oito meses realizou-se
intra-orais. As denominadas de BMP’s a instalação de seis implantes
(Proteína Óssea Morfogenética), osteointegráveis e após seis meses,
principalmente a rh (recombinante reabilitação com prótese definitiva. A
humana) BMP-2, são uma alternativa ao paciente apresentou uma recuperação
enxerto ósseo autógeno por sua capacidade favorável, sem efeitos adversos. Foi obtido
osteoindutora. um alto grau de satisfação com o resultado
Métodos: Paciente M.L.B.A., do sexo final.
feminino, 76 anos de idade, apresentando Discussão: . O procedimento de coleta de
fratura de elementos dentários 13 e 23, osso autógeno aumenta significativamente
envolvidos no suporte de próteses fixas. a morbidade do paciente, gerando
Após avaliação odontológica e desconforto físico, psicológico e aumento
tomográfica, verificou-se a do risco de infeção, dor, hemorragia e lesão
impossibilidade de manutenção dos nervosa. Através da descoberta da rhBMP-
mesmos, assim como o comprometimento 2 possibilita-se a formação de osso
de diversos outros elementos dentários verdadeiro sem a necessidade de mais um
superiores, optando-se por, em comum local cirúrgico ,apresentando vantagem em
acordo com a paciente, realizar a exodontia relação ao osso autógeno.
de todos os elementos superiores, assim
Conclusão: O uso da rhBMP-2 é uma
como a realização de levantamento de seio
alternativa viável, comprovada clínica e
bilateral com rhBMP-2 (associada ao uso de
cientificamente para aumento ósseo em

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

casos de levantamento de seio maxilar. À


medida que melhores métodos e as
vantagens para sua utilização forem mais
bem compreendidas, é possível que
venham a substituir o osso autógeno.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1882

RECONSTRUÇÃO DOS MAXILARES


UTILIZANDO ENXERTO AUTÓGENO PELA
TÉCNICA DA TUNELIZAÇÃO SUBPERIOSTEAL:
RELATO DE DOIS CASOS CLÍNICOS
Andressa Teixeira Martiniano da Rocha; Edval Reginaldo Tenório
Júnior; André Sampaio Souza; Braulio Carneiro Junior; Roberto
Almeida de Azevedo

Introdução: A implantodontia nas com queixa principal de ausência das


últimas décadas vem se modernizando e unidades dentárias 36 e 37. Ao exame
lançando mão de opções de tratamento clínico observou-se reabsorção avançada
capazes de atender, de forma satisfatória, em espessura e altura do osso alveolar na
as necessidades funcionais e estéticas de região vestibular dos maxilares. Exames de
pacientes desdentados com resultados com imagem para planejamento cirúrgico foram
alto grau de excelência. Para defeitos solicitados e o tratamento proposto após
ósseos encontrados nos maxilares devido à avaliação prévia aos casos foi enxerto ósseo
atrofia, pós exodontia, de origem autógeno em bloco onlay para
fisiológica ou até mesmo por processos reconstrução de defeito.
patológicos, geralmente tem-se a Resultados: Observou-se após
necessidade da reconstrução óssea na tratamento integração do enxerto ósseo e
região para viabilizar a reabilitação oral viabilidade na fresagem e inserção do
com implantes dentários. implante dentário.
Objetivo: Apresentar dois casos clínicos Discussão: Dentre as opções de enxertos
de enxerto autógeno pela técnica de disponíveis, os enxertos autógenos
tunelização subperiosteal, procedimento intrabucais são considerados “padrão
menos invasivo para o paciente permitindo ouro” para reconstrução de defeitos
uma recuperação precoce e melhor alveolares maxilares e mandibulares,
resultado estético ao evitar incisões em devido às características ideais para
gengiva inserida, em região de maxila e promover morfogênese óssea, menor
mandíbula atrófica. incidência de infecção, menor custo e
Métodos: No primeiro caso o paciente maior previsibilidade.
compareceu ao ambulatório de reabilitação Conclusão: O enxerto ósseo autógeno
oral da UNIME, com queixa principal de pela técnica da tunelização subperiosteal
ausência da unidade dentária 24. No para correção de atrofia em região alveolar
segundo caso o paciente compareceu ao do osso maxilar e mandibular como opção
Centro Baiano de Estudos Odontológicos,

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

de tratamento atingiu resultados


satisfatórios em caráter estético-funcional,
ratificados através de exames clínicos e de
imagem, demonstrando ser um tratamento
eficaz na busca pela reabilitação oral por
meio da osseointegração de implantes
dentários e posterior adaptação protética.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1899

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM


RETALHO MICROCIRÚRGICO: RELATO DE 2
CASOS
Bruno Costa Ferreira; Jully Guimarães de Oliveira Antunes;
Alexandre Maurity de Paula Afonso; Vitor Monteiro Novaes Junior;
Marcos Paulo Magnago Galvão

Introdução: A Reconstrução de defeitos CTBMF operando simultaneamente. A


segmentares da mandíbula é anastomose microcirúrgica foi sempre
extremamente complexa. Em especial, os realizada pelo mesmo Microcirurgião e
defeitos da região anterior e os grandes com o auxílio do microscópio. Os Pacientes
defeitos laterais são associados a elevados foram levados ao CTI logo após o término
índices de falhas quando não são utilizados do procedimento.
transplantes microcirúrgicos para sua Resultados: As Reconstruções
reconstrução. Entre os principais retalhos mandibulares foram completamente bem-
para a reconstrução da mandíbula (Fíbula, sucedidas. O Contorno e projeção da região
Crista Ilíaca, Escápula e Antebraço Radial), mandibular foram adequados e o paciente
o Retalho Microcirúrgico de Fíbula (RMF), que sofreu mandibulectomia com
sem dúvida, é o mais utilizado. Entretanto, desarticulação recuperou os movimentos
apesar de não ser frequente, alguns excursivos com ausência de dor articular.
pacientes podem apresentar alterações que
Discussão: A fíbula é o osso vascularizado
contraindicam o RMF. O propósito deste
com o maior comprimento disponível para
trabalho é apresentar um caso de
reconstrução mandibular, permite
reconstrução com RMF de defeito lateral
múltiplas osteotomias e seu pedículo é
mandibular com desarticulação e um caso
longo e relativamente constante,
de Reconstrução de arco central de
possibilitando grande versatilidade para
mandíbula com Retalho Microcirúrgico de
reconstrução de defeitos de ângulo a
Crista Ilíaca (RMCI), cujo RLF foi
ângulo. Por outro lado, a crista ilíaca
contraindicado.
apresenta um formato anatômico e volume
Pacientes e Métodos: Os Pacientes dos ósseo que restabelecem a região lateral
casos relatados foram avaliados pelas posterior da mandíbula de forma mais
equipes de Microcirurgia (MC) e Cirurgia próxima ao natural. Portanto, tamanho e
Oral & Maxilofacial (CTBMF) do Hospital posição do defeito, além de fatores
Federal de Bonsucesso. Os procedimentos inerentes ao sítio doador, são importantes
cirúrgicos realizados ocorreram sob na escolha do retalho microcirúrgico mais
anestesia geral com os pacientes adequado para cada caso.
traqueostomizados e as equipes de MC e

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

Conclusão: Com um bom planejamento e


preparo adequado da região cervical, tanto
o RMF quanto o RMCI são excelentes
métodos para reconstrução de defeitos
segmentares da mandíbula.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1920

TRATAMENTO DE INSUFICIÊNCIA
VELOFARÍNGEA PELO RETALHO FARÍNGEO:
RELATO DE CASO
Maria Gabriela Corrêa; Fábio Ricardo Loureira Sato; Rubens
Camino Junior; Henrique Cabrini Moreira

A insuficiência velofaríngea (IVF) consiste fala. Foi proposto tratamento cirúrgico


em uma anormalidade da fala, a mesma para melhorar a ressonância da voz,
ocorre por fechamento incompleto do através do retalho faríngeo que consistiu
esfíncter velofaríngeo entre a orofaringe e em criar um retalho miomucoso unindo a
a nasofaringe, estando relacionada a um parede posterior da faringe ao palato mole
defeito anatômico da região de palato e, desta forma, é criada uma ponte entre a
mole, podendo ser genético ou adquirido. parede posterior da faringe e o palato mole,
Portadores de IVF apresentam voz delimitando, assim, os dois orifícios
ressonante, hipernasal e incapacidade de laterais. A mesma esta em
produzir sons que requerem pressão oral. O acompanhamento pós-operatório de 2
objetivo deste estudo é realizar relato de anos com melhora da
caso de uma paciente de 37 anos de idade, hipernasalidade.Concluímos que o retalho
que não foi submetida a cirurgias faríngeo é uma técnica eficiente na
anteriores, que estava com diminuição e eliminação da sintomatologia
acompanhamento fonoaudiológico e decorrente da IVF.
apresentava hipernasalidade durante a
Referências:
Mélega JM. Cirurgia plástica fundamentos e arte: cirurgia reparador de cabeça e pescoço. Rio de
Janeiro:Medsi;2002.
Abdel-Aziz M, El-Hoshy H, Ghandour H. Treatment of velopharyngeal insufficiency after cleft palate
repair depending on th evelopharyngeal closure pattern. J CraniofacSurg. 2011;22(3):813-817.
Rudnick EF, Sie KC. Velopharyngeal insufficiency: current concepts in diagnosis and
management. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2008;16(6):530-535.
Cole P, Banerji S, Hollier L, Stal S. Two hundred twenty-two consecutive pharyngeal flaps: an analysis
of postoperative complications. J Oral Maxillofac Surg. 2008;66(4):745-748.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1922

RECONSTRUÇÃO DE ATM COM USO DE


PRÓTESE EM PACIENTE VÍTIMA DE PAF:
RELATO DE CASO
Raphael Holanda Santos; Max Eduardo Barroso de Amorim

A reconstrução aloplástica da articulação primeiro atendimento. Ao exame de


temporomandibular por prótese é um tomografia computadorizada verificou-se
procedimento utilizado para mimetizar a fratura cominutiva em região de ramo
forma e a função dos componentes da mandibular direito com fragmentação
ATM, o côndilo e a fossa articular, sendo óssea estendendo-se até região de côndilo
capaz de reestabelecer a função mandibular direito, com perda de tecido
reproduzindo os movimentos. As ósseo considerável. O paciente
características ideais de uma prótese apresentava edema importante na região
incluem a necessidade de ser atóxica, hemifacial direita, limitação extrema dos
biocompatibilidade, funcionalidade, movimentos de abertura bucal, assim como
leveza, adaptabilidade, estabilidade, dos movimentos mastigatórios, queixas
resistência à corrosão. A indicação da álgicas intensas, condições que impuseram
utilização da prótese de ATM como limitações quanto à rotina do mesmo. Fez-
tratamento é quando a mesma apresenta a se necessário a intervenção cirúrgica para
perda da função por diversos fatores e redução da fratura, conjuntamente com
quando os tratamentos conservadores não reconstrução da estrutura articular do lado
são viáveis. Comumente os ferimentos por direito, com substituição de seus
arma de fogo que atingem a ATM, componentes (côndilo mandibular e fossa
produzem fraturas cominutivas, causando articular), através da instalação de uma
limitação de abertura bucal, desoclusão, prótese de titânio e parafusos bicorticais.
dores, e caso não tratado adequadamente, No momento, o paciente encontra-se em
anquilose temporomandibular. O presente acompanhamento ambulatorial e
trabalho apresentará um caso clínico de um fisioterápico, apresentando melhoras no
paciente atendido no serviço de urgência e quadro clínico no que diz respeito a
emergência em Cirurgia e Traumatologia limitação de abertura bucal, manutenção
Bucomaxilofacial na cidade de Manaus – dos movimentos mastigatórios e
AM, com ferimento de arma de fogo em capacidade de fonação, devendo o mesmo
região occipital direita, com orifício de permanecer em acompanhamento clínico
entrada em região retroauricular direita, até a total recuperação de suas funções
ficando o projetil alojado em região motoras faciais.
submandibular esquerda. Foi realizado a
remoção do projetil no momento do

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1941

MATERIAIS XENÓGENOS EM SINUS LIFT:


RESULTADOS RADIOGRÁFICOS
Mariana Conceição André de Lima Oliveira; Helene Marie
Rodrigues Carvalhal França; Diego Tosta Silva; Vildeman Rodrigues;
Lilibeth Aragão Peres

Introdução: O reparo de perdas ósseas de enxerto entre a membrana sinusal e o


severas é, ainda, um enorme desafio na assoalho do seio maxilar, visando à
medicina regenerativa, na qual o osso recuperação da quantidade de osso
autógeno é o padrão-ouro devido a sua tornando possível a instalação do
ampla capacidade de revascularização e implante. O objetivo deste estudo foi
incorporação ao leito receptor. Entretanto avaliar a eficiência do material xenógeno
apresenta desvantagens como a nos procedimentos de sinus lift por meio de
necessidade de um segundo sítio cirúrgico radiografias pós-operatórias e, discutir por
e a morbidade provocada por esse meio de uma revisão da literatura as
procedimento. Alternativamente, o vantagens e desvantagens do seu uso na
xenoenxerto acelular e desproteinizado de Implantodontia.
origem bovina, adequadamente processado Métodos: Realizou-se procedimentos de
e apresentando-se biocompatível e elevação do assoalho do seio maxilar com
osteocondutor, adquire um papel de xenoenxerto desmineralizado em região
destaque no auxílio do reparo ósseo. A posterior de maxila. Foram utilizadas
região maxilar posterior edêntula radiografias pré e pós-cirúrgicas para
apresenta condições únicas e desafiadoras avaliar a integração do enxerto no sitio
em cirurgia à implantodontia, comparadas receptor e a neoformação óssea. O
às outras regiões dos maxilares. A atrofia procedimento cirúrgico de elevação do seio
óssea e a pneumatização do seio maxilar e a simultaneidade de instalação do
após a perda de elementos dentários, implante diferiram de acordo com a
associada à baixa densidade óssea nessa quantidade de remanescente ósseo. A
região, proporciona local inadequado para reabilitação protética iniciou-se 04 meses
a instalação de implantes dentários. Entre após a instalação dos implantes.
os procedimentos de reconstrução, o
Considerações-Finais: Concluiu-se que
levantamento do seio maxilar com enxerto
o material xenógeno é biocompatível e
sinusal, também conhecido como Sinus
osteocondutor, apresentando segurança,
Lift, é uma das melhores opções
aplicabilidade e satisfatória previsibilidade
terapêuticas para a obtenção de altura
clínica na implantodontia.
óssea suficiente com consequente
instalação de implantes osseointegráveis.
Este procedimento consiste na colocação

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1953

RELATO DE CASO CLÍNICO DE OSTEONECROSE


NA REABILITAÇÃO COM IMPLANTES
Beethoven Estevão Costa; Ana Carolina Ficho; Gabriel Lucio
Calazans Duarte; Nataira Regina Momesso; Paulo Domingos Ribeiro
Junior

Pacientes que almejam ser reabilitados com implantes


osteointegrados (IO) vem se tornando uma realidade cada vez
mais rotineira nos consultórios odontológicos. Porém, pacientes
que fazem o uso de bisfosfonatos, podem apresentar uma
restrição ao tratametno reabilitador com IO devido as
osteonecrose. Os autores relatam o caso clínico de uma paciente
do gênero feminino, 68 anos de idade, fazendo o uso de
Alendronato via oral por 2 anos. Esta informação foi abstida
durante anamnese e a paciente foi submeitda a instalação de 3
IO de cada lado em região de mandíbula bilateral. Após 3 meses
da cirurgia, a paciente retornou apresentando fistula em região
de mandíbula lado esquerdo. Inicialmente foi realizada irrigação
na região e prescrito antibióticoterapia sistêmica. Observou-se
nos controles subsequentes que a apresentava alteração na
cicatrização. Com 8 meses PO, optou pela realização da
reabertura e o debridamento juntamente com
antibióticoterapia. Com 11 meses após o procedimento os IO do
lado esquerdo foram removidos. Após cicatrização da região,
novos IO colocados na região e posteiormente reabilitados
proteticamente. Assim podemos considerar com o estudo deste
caso clinico que os bifosfonatos de uso oral podem induzir a
osteonecrose dos maxilares.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1955

REABILITAÇÃO DE MANDÍBULA ATRÓFICA POSTERIOR


ATRAVÉS DE IMPLANTES E TRANSPOSIÇÃO DO
NERVO ALVEOLAR INFERIOR
Andre Vitor Alves Araujo; Francisco Azevedo; Daniel de Assuncao
Cerqueira; Lorenzzo de Angeli Cesconetto; Antonio Dionizio de
Albuquerque Neto

Nas últimas décadas, a instalação de implantes se tornou uma


opção viável na reabilitação oral de pacientes desdentados totais
e parciais. Na região posterior de mandíbula, o processo de
remodelação óssea que ocorre após a remoção de um ou vários
dentes interfere na disponibilidade óssea, impondo limites ao
posicionamento correto dos implantes pela interferência
anatômica do nervo alveolar inferior. A lateralização do nervo
alveolar inferior é um procedimento cirúrgico que consiste na
criação de uma janela óssea e no deslocamento do nervo para a
inserção de implantes através do canal mandibular. Essa técnica
vem, ao longo dos anos, sendo utilizada, para a colocação de
implantes em região posterior de mandíbulas reabsorvidas,
permitindo a colocação de implantes longos e garantindo uma
distribuição adequada das forças mastigatórias. A disfunção
neurossensorial, que pode ser transitória ou permanente, se
mostra como a complicação mais comum inerente a esse
procedimento cirúrgico. O presente trabalho tem por objetivo
relatar um caso clínico no qual foi realizada técnica de
transposição do nervo alveolar inferior e instalação de implantes
em uma paciente de 45 anos do sexo feminino. Foi realizada
transposição do nervo alveolar inferior bilateral, sob anestesia
local, seguida pela instalação de 04 implantes em região
posterior de mandíbula. A paciente foi reabilitada com prótese
metalocerâmica parafusada sobre implantes.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1965

REABILITAÇÃO COM ENXERTO AUTÓGENO E


IMPLANTES DENTÁRIOS EM PACIENTE COM
GRANDE PERDA ÓSSEA ANTERIOR
Hannah Marcelle Paulain Carvalho; Gustavo Cavalcanti
Albuquerque; Marcelo Vinicius de Oliveira; Valber Barbosa Martins;
Joel Motta Junior

A utilização de implantes osseointegráveis autógeno oriundo da região retromolar


no tratamento do edentulismo maxilar vem mais preenchimento dos espaços ainda
sendo amplamente discutida, com o existentes com enxerto ósseo particulado
advento da implantodontia moderna, tem heterógeno e membrana de colágeno
sido cada vez maior a utilização de reabsorvível. Após 06 meses de
enxertos para reconstrução de estruturas cicatrização foi realizado novo exame de
ósseas perdidas. Os enxertos autógenos são controle tomográfico onde pudemos
ainda uma alternativa eficaz na avaliar ganho significativo da espessura
implantodontia para recuperar rebordos óssea (7,8 mm) possibilitando a instalação
alveolares atróficos, pelo ganho de largura de implantes. Em segunda etapa cirúrgica
do tecido ósseo. Esse estudo vem relatar foi realizada instalação de implante
enxerto autógeno para instalação de hexágono externo (HE) de plataforma
implantes. Paciente gênero masculino, 23 regular 4.0x13,0 mm de altura na região do
anos, compareceu ao serviço com queixa de elemento 23 e implante imediato HE de
perda dentária anterior após exodontia plataforma estreita 3.3x13,0 mm de altura
traumática realizada em outro serviço, o na região do elemento 22 e instalação de
mesmo informou que o elemento 23 estava prótese provisória adesiva imediata para
incluso e que durante procedimento o devolução da autoestima e estética do
elemento 22 foi comprometido e que fora paciente. Passado os 06 meses do período
realizado enxerto na região, o qual não foi de osseointegração realizou-se a instalação
bem sucedido, sendo encaminhado ao de cicatrizadores, após 15 dias foi realizada
serviço de cirurgia. Ao exame clínico moldagem de transferência e após 02
observamos ausência dentária do elemento semanas foi realizada a instalação das
23, mobilidade do elemento 22 e grande próteses sobre implantes. O paciente está
depressão em área de rebordo alveolar. No em acompanhamento há 04 meses sem
exame tomográfico pudemos observar queixas e confortável ao sorrir.
grande defeito ósseo horizontal medindo
2,8 milímetros (mm) incluindo perda de
inserção da raiz do elemento 22. Como
abordagem cirúrgica realizou-se enxerto

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1971

DESLOCAMENTO DE IMPLANTE DENTÁRIO


PARA O ESPAÇO SUBMANDIBULAR COM
EVOLUÇÃO PARA ANGINA DE LUDWING
Lincoln Lara Cardoso; Rodrigo Tavares de Sá; Guilherme Scartezini;
Alteradoleandro Cardoso; Giovanni Gasperini

A cirurgia de implantes dentários, como A intervenção precoce mantendo as vias


qualquer técnica cirúrgica, esta sujeita à aéreas pervéas, drenagem e remoção do
acidentes e complicações. O objetivo deste implante dentário são mandatórias no
trabalho é relatar um caso de deslocamento tratamento. A remoção do implante na
de implante dentário para o espaço região de assoalho bucal é complexa e pode
submandibular com evolução para Angina necessitar de equipamentos especiais, tais
de Ludwig e a conduta para remoção do como, o radioscópio. Este é um
implante. Paciente foi submetido a equipamento móvel para procedimentos
procedimento cirúrgico de instalação de cirúrgicos com apoio de imagem televisiva,
implantes dentários em região posterior de de modo a oferecer condições de exposição
mandíbula. Durante a remoção do de radiação X adequadas à formação de
cicatrizador o implante dentário foi imagem instantânea, No relato de caso
deslocado para região de espaço apresentado diante do insucesso de
submandibular e após 03 dias evoluiu para localizar o implante dentário na
um quadro de angina de Ludwig. Paciente abordagem cirúrgica inicial, optou-se pela
foi encaminhado para o serviço do Hospital utilização da radioscopia para realização de
de Urgência de Aparecida Goiânia, onde foi tomadas radiográficas crânio caudal
realizado drenagem cirúrgica e remoção do constatando-se que o implante havia
implante utilizando a equipamento de deslocado para o espaço submandibular do
radioscopia. Paciente evolui com melhora lado contralateral. A utilização do
do quadro de Infecção permanecendo equipamento de radioscopia foi valida
hospitalizado por 72 horas, após diante da complexidade existente para a
procedimento cirúrgico. O deslocamento remoção do implante dentário no caso
de implantes dentários para o espaço apresentado.
submandibular evoluindo para angina de
Ludwig é uma complicação rara na
implantodontia.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1982

RECONSTRUÇÕES ÓSSEAS COM ENXERTO


AUTÓGENO E RHBMP-2 EM PACIENTES PORTADORES
DE FISSURAS ALVEOLARES: REVISÃO SISTEMÁTICA
William Phillip Pereira da Silva; Gustavo Antonio Correa Momesso;
Cecilia Alves de Sousa; Eduardo Piza Pellizer; Leonardo Perez
Faverani

Uma das mais comuns deformidades faciais enxerto alveolar secundário; I: pacientes
congênitas é a fissura lábio-palatal, que no submetidos à enxerto alveolar secundário
Brasil representa incidência de 1 para cada com osso autógeno de crista ilíaca; C:
1000 nascidos vivos. O tratamento desta pacientes submetidos à enxerto alveolar
anomalia apresenta-se complexo, devendo secundário com rhBMP-2. Foi realizada
envolver equipe multidisciplinar, uma busca nas bases de dados “PubMed/
acompanhamento longo e vários estágios MEDLINE”, “Web of Science” e “Cochrane”
cirúrgicos, dentre eles, o reparo ósseo de utilizando os descritores “Cleft lip palate”
fendas alveolares, bem como o fechamento [MeSH] AND “Bone Graft” [MeSH] AND
da fístula nasal. Uma estratégia bastante Autografts [MeSH] OR rhBMP-2 [MeSH]. A
utilizada para o fechamento dos defeitos busca foi realizada por dois pesquisadores
presentes no osso alveolar maxilar é o uso independentes, sendo encontrados 11
de enxerto ósseo na região visando artigos, inicialmente. Após a aplicação dos
estabilizar o arco dental superior, critérios de inclusão e exclusão, restaram 3
proporcionar suporte ósseo aos dentes artigos. Foram avaliados parâmetros, como
adjacentes à área fissurada e, por fim, obter densidade, altura e volume ósseo e
o fechamento da fístula oronasal. Para os porcentagem de osso neoformado com
defeitos de grande magnitude, atualmente acompanhamentos de até 12 meses, bem
a utilização da proteína morfogenética como, complicações pós-operatórias.
óssea tipo 2 recombinante humana Observou-se que o rhBMP-2 apresentou
(rhBMP-2) tem apresentado resultados valores similares aos do enxerto autógeno,
consistentes para a reconstrução óssea. sendo bastante superior no para a
Este estudo teve como objetivo realizar densidade óssea e inferior para as
uma revisão sistemática acerca do uso do complicações pós-operatórias. Dessa
rhBMP-2 em enxertos secundários nas forma, podemos concluir que o rhBMP-2
reconstruções alveolares de pacientes pode ser uma opção viável para enxertos
portadores de fissura lábio palatina quando secundários em pacientes fissurados,
comparado ao enxerto autógeno. A revisão diminuindo a morbidade do enxerto
sistemática foi realizada de acordo com as autógeno.
normas PRISMA, sendo o PICO
determinado como P: pacientes portadores
de fissura lábio palatina submetidos à

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

1998

CARGA IMEDIATA NA ODONTOLOGIA


Gabriel Quaglia Pedrosa; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Introdução: Com o aumento da Justificativa: A implantodontia nos dias


expectativa de vida e consequentemente atuais tem se tornado tendência, porém
aumento do numero de pessoas idosas seu tratamento requer um tempo
novas tecnicas de tratamentos se fazem prolongado, o estudo com carga imediata
necessarias e a odontologia faz parte desse proporciona ao paciente uma agildiade no
processo reabilitando pacientes seu tratamento, este trabalho tem o
parcialmente ou totalmente desdentados interesse de levantar dados para vaibilizar
devolvendo sua função mastigatória, este estudo de implante sobre carga
estéticas e fonéticas. A estética vem sendo imediata com revisão literária.
explorada cada vez mais, na odontologia os Conclusão: Concluo que os implantes
pacientes buscam por um sorriso belo, e instalados com carga imediata
cabe a nós oferecer o melhor tratamento a apresentaram estabilidade ao longo prazo
eles, visando melhor beneficio ao paciente. no protocolo de um estagio cirurgico a
Antigamente os pacientes não tinha muita osseo integração ocorre de forma mais
opção, em sua maior parte optavam por rapida com maior porcentagem ósseo e
prótese, porém nunca estavam implante. A carga iemdiata pode
completamente satisfeitos não dava simplificar o procedimento cirurgico e
segurança o suficiente ao paciente e e os reduir o tempo de reabiliação bucal,
deixavam infeliz com o plano odontológico aumentando o bem estar psicologico e
oferecido. O implante tem sido uma boa social do individuo. Estudos futuros se
escolha para estes pacientes e tem se fazem necessário para um melhor e mais
renovado a cada dia, com técnicas profundo conhecimento sobre
diferentes. apicabilidade da carga imediata em
implante osseointegrados a um longo
período.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2002:

RECONSTRUÇÃO DE SEQUELA DE MIÍASE EM


REGIÃO CÉRVICO MANDIBULAR COM RETALHO
MICROCIRÚRGICO ANTEROLATERAL DA COXA:
RELATO DE CASO
Zinalton Gomes de Andrade; Marcilio Pontes; Gustavo Emilio Llano
Cabrera; Tomás de Freitas Garcia; Francisco Amadis Batista Ferreira

Introdução: Miíase é uma infestação em com uso de retalho livre da região


tecidos e órgãos ocasionada por larvas de anterolateral da coxa, constituído de duas
dípteros, por depositarem os seus ovos em equipes: a primeira realizou debridamento
tecidos do corpo. Na maioria das vezes de área cruenta e dissecção do tronco
acomete pessoas de nível socioeconômico tireolinguofacial vasos receptores do
baixo, de regiões de clima tropical, retalho. A segunda equipe realizou
imunocomprometidas, higiene corporal e dissecção do retalho anterolateral da coxa
oral insatisfatório e com desordens que consiste de uma parte do segmento do
psiquiátricas. O objetivo desde trabalho é músculo vasto lateral e ilha de pele com
relatar o caso de F. A. M, 56 anos, gênero artéria e veia circunflexa femoral
masculino, diabético, epiléptico, descendente. Em seguida transplantou-se
esquizofrênico, admitido pelo Serviço de esse tecido para região cérvico mandibular,
CTBMF do Hospital Pronto Socorro Dr. onde foi realizada anastomose
João Lucio (Manaus). microcirúrgica dos vasos do retalho com os
Método: Ao exame clinico: apresentando vasos receptores com uso de fio nylon 10-0
extensa lesão em região cérvico (®Ethilon) e auxilio de microscópio
mandibular, de odor acentuado, com tecido cirúrgico (®Moller-Wedel), seguido de
necrótico e grande quantidade de larvas, instalação de dreno de sucção (®portovac)
confirmando o diagnóstico de miíase de na coxa e cervical (penrose), além de sutura
face. Realizado limpeza com solução de dos tecidos adjacentes e curativo. Após 07
éter, Soro Fisiológico 0,9% e remoção das dias recebeu alta hospitalar, com boa
larvas. Paciente permaneceu em perfusão e coloração, sem sinais de necrose
internação por 07 dias para tecidual, em proservação de 12 meses.
antibioticoterapia e debridamento Discussão: O uso de retalho
cirúrgico, em seguida encaminhado para o microcirúrgico (free flap) tem sido
Serviço de CTBMF da Fundação Hospital empregado como forma de tratamento em
Adriano Jorge (Manaus). O tratamento cirurgias de reconstrução em regiões de
cirúrgico proposto foi a reconstrução cabeça e pescoço, essa é uma técnica que
tecidual microcirúrgica da região afetada envolve a manipulação de minúsculas

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

estruturas com o auxílio de microscópio


cirúrgico.
Conclusão: A microcirurgia depende de
uma equipe multidisciplinar treinada, o
que levará a menor tempo cirúrgico, menor
morbidade, estabilidade e função imediata.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2008

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR E REABILITAÇÃO


COM IMPLANTES APÓS EXÉRESE DE
AMELOBLASTOMA, FOLLOW UP DE 13 ANOS:
RELATO DE CASO
João Lisboa de Sousa Filho; Paulo Afonso de Oliveira Junior; Danilo
Dressano; Felipe Calile Franck; Marcio Ajudarte Lopes

Introdução: Os defeitos mandibulares enxerto ósseo de fíbula. O caso apresenta


podem ser causados por diversos fatores, evolução de 13 anos, sem recidiva da lesão
incluindo os traumas, osteomielite, e com estabilidade na reconstrução.
tumores benignos ou malignos. A não Resultado: O tratamento indicado foi a
reparação desses defeitos pode causar exérese do tumor e a reconstrução imediata
desfiguração facial, redução da capacidade com enxerto livre de fíbula. O exame
mastigatória, dificuldade da fala, além de histopatológico do tumor evidenciou
atingirem severamente a qualidade de vida ameloblastoma.
dos pacientes.
Discussão: O objetivo da reconstrução
Relato de caso: Paciente S.C., 40 anos, óssea é a restauração da estrutura
branco, sexo masculino, atendido no esquelética, permitindo a função normal e
Serviço de Cirurgia e Traumatologia a configuração da forma anatômica.
Bucomaxilo Facial da Santa Casa de Enxertos não vascularizados fornecem bom
Piracicaba, apresentou-se com uma contorno e estética, são mais indicados
radiografia panorâmica em que era possível para pacientes que não sofreram
observar uma lesão intraóssea, radiolúcida, radioterapia, que têm adequado tecido
multilocular, com reabsorção de raízes, mole periférico ao defeito, e que o defeito
com extensão de incisivos a molares do ósseo seja pequeno. A fíbula é uma área
lado direito. Ao exame intrabucal, doadora que fornece grandes enxertos. As
observou-se coloração normal da mucosa. suas principais vantagens são: a
Na tomografia computadorizada revelou a quantidade de tecido ósseo disponível;
presença de reabsorção da cortical menor morbidade do sítio doador e fácil
vestibular e lingual em algumas áreas. Foi obtenção.
realizada uma biópsia incisional e foi
Conclusão: O emprego de enxertos
confirmado ameloblastoma. Foi realizada a
ósseos em reconstruções da face é viável e
exérese do tumor e a reconstrução imediata
gera bons resultados estéticos e funcionais.
com placa do tipo locking e enxerto livre de
A reconstrução concomitante à ressecção
fíbula. Após 13 anos foi realizada a
promove o restabelecimento anatômico e
reabilitação oral com implantes sobre o
funcional do defeito, permitindo que a área

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

reconstruída seja reparada em um único


procedimento cirúrgico, sem distorções,
desvios, atrofias e formação de cicatrizes
inerentes às cirurgias secundárias.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2025

RECONSTRUÇÃO DE MANDÍBULA SEVERAMENTE


ATRÓFICA COM INSTALAÇÃO DE IMPLANTES
DENTAIS ATRAVÉS DA TÉCNICA ‘’TENT-POLE’’
MODIFICADA
Rodrigo Tavares de Sá; Lincoln Lara Cardoso; Luis Gustavo Jaime
Paiva; Guilherme Scartezini; Giovanni Gasperini

Pacientes que utilizam próteses totais por longos períodos de


tempo geralmente possuem uma grande reabsorção óssea no
processo alveolar e em mucosa queratinizada, isso ocasiona falta
de estabilidade, baixa retenção protética e consequentemente
perda de função. O tratamento dos pacientes que apresentam
mandíbula severamente atrófica é bastante desafiador devido a
pouca quantidade de altura e espessura óssea prejudicando a
reabilitação, o restabelecimento estético e funcional. Diversas
técnicas foram descritas a fim de se reconstruir grandes defeitos
verticais para instalação de implantes dentários, dentre elas a
técnica ‘’tent-pole’’, sendo considerada de baixa morbidade e
com resultados expressivos no aumento de altura óssea do
rebordo alveolar. O objetivo deste trabalho é relatar um caso
clínico de um paciente com mandíbula severamente atrófica
sendo reconstruída a partir de fixação do tipo load-bearing e
instalação de implantes dentários através da técnica ‘’tent-
pole’’modificada, utilizando além do enxerto autógeno de crista
ilíaca o xenoenxerto. Desta forma, podemos concluir que a
técnica ‘’tent-pole’’ modificada e o enxerto de crista ilíaca
associado ao xenoenxerto sem adição de plasma rico em
plaqueta, é segura e eficaz para reconstrução mandibular.
Apresentando, portanto, uma reabilitação adequada e viável
com devolução da função, estética e qualidade de vida do
paciente.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2038

REABILITAÇÃO DE AGENESIA DOS INCISIVOS


LATERAIS SUPERIORES COM IMPLANTES
OSSEOINTEGRÁVEIS
Priscilla Sarmento Pinto; Anibal Henrique Barbosa Luna;Marcos
Antônio Farias de Paiva; Murilo Quintão dos Santos; José Murilo
Bernardo Neto

Introdução: Agenesias dos elementos a cirurgia de enxertia óssea com osso


dentários ocorrem devido a defeitos no autógeno proveniente de ramo mandibular
desenvolvimento embrionário dos dentes, e osso xenógeno (Bio-Oss). Após 7 meses
resultando em alterações na quantidade instalou-se dois implantes 2,9 X 13mm
dos elementos. Devendo haver um (Neodent® - Facility), por ser um local de
planejamento minucioso, onde muitas baixa carga mastigatória e com pouco
vezes o tratamento ortodôntico e a espaço mesio-distal.
reabilitação com próteses ou a associação Resultados: A paciente encontra-se com
entre essas técnicas é essencial para 18 meses de acompanhamento,
manter um adequado espaço protético para apresentando resultados satisfatórios
reabilitação com implantes. O presente quanto à função e estética.
trabalho tem o objetivo de relatar a
Discussão: Nos dias atuais, é consensual
tratamento de agenesia dos elementos
que a prótese sobre implante é o
dentários 12 e 22 por ortodontia e
tratamento mais conservador para
reabilitação protética implanto-suportada.
reabilitação frente às agenesias. No
Metodologia: Paciente, gênero entanto, em algumas situações existe a
feminino, 29 anos de idade, previamente necessidade de uma recuperação de espaço
tratada de fratura bilateral de mandíbula para otimização de resultado estético, que
por acessos intrabucais, demostrou características de cada caso podem indicar
interesse em reabilitar sua arcada superior a instalação de implantes de diâmetro
que se apresentava com agenesia dos reduzido. Nessas situações, há uma
elementos 12 e 22. Referia compensação otimização do resultado estético e
ortodôntica de maloclusão classe III, e funcional, com notável estética em tecidos
apresentava ao exame clínico diâmetro peri-implantares.
mésio-distal insuficiente para colocação
Conclusão: Para um resultado
estética de implantes nas regiões
satisfatório a multidisciplinaridade se faz
edêntulas. Preconizou-se inicialmente o
necessária em todas as fases da
tratamento ortodôntico para restabelecer
reabilitação, devolvendo desta forma a
espaço para a futura instalação dos
estética ao paciente.
implantes dentários, e, devido a deficiência
de espessura óssea, a mesma foi submetida

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2069

AUMENTO ÓSSEO VERTICAL EM REGIÃO


POSTERIOR DE MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Renato Rocha Monteiro; Erick Gomes Perez; Elizabeth Ferreira
Martinez; Júlio Cesar Joly; Marcelo Henrique Napimoga

Introdução: Um pré-requisito para ganho em altura óssea significativo,


instalação de implantes em maxilares possibilitando reabilitação implanto-
humanos é a disponibilidade de volume suportada.
ósseo adequado. Devido a modelação e Discussão: O conceito de ROG é baseado
remodelação óssea natural que ocorre após na hipótese que diferentes tipos de células
as extrações dentarias, a possibilidade de nas adjacências da ferida cirúrgica
instalação de implantes dentários pode proliferam na ferida cirúrgica,
frequentemente depender da determinando a resolução da mesma.
implementação de técnicas de Através da utilização de barreiras de
preservação/aumento de crista óssea. Esses membranas, determinadas células, com o
procedimentos reconstrutivos devem potencial regenerativo para o tecido
possibilitar a instalação dos implantes em desejado, passam a ter preferência na sua
posições que satisfaçam as demandas proliferação, ao mesmo tempo em que
biológicas, funcionais e estéticas das células que possam interferir
restaurações. negativamente na regeneração adequada
Métodos: paciente N. Q. B., 58 anos, possam ter sua proliferação excluída na
caucasiana, compareceu ao consultório ferida.
odontológico com o objetivo de reabilitar a Conclusão: A ROG é uma técnica
arcada inferior. Ao exame clinico e comprovadamente eficiente para
tomográfico, foi observada na mandíbula a regenerações alveolares horizontais e
presença de elementos dentários verticais, sua correta execução possibilita
anteriores, ausencia dos elementos ganhos ósseos significativos para
posteriores, e reabsorção óssea vertical na reabilitações implanto-suportadas,
região posterior, bilateralmente. A técnica principalmente quando há pouca
adotada foi a regeneração óssea guiada disponibilidade de altura óssea.
(ROG), através da utilização de membrana
de politetrafluoretileno reforçada com
titânio, e, como material de enxertia, uma
mistura de osso orgânico e osso xenogeno
inorgânico (50% - 50%). Após oito meses,
foi realizada nova TC, onde foi observado

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2167

TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR PARA


REABILITAÇÕES ESTÉTICAS FUNCIONAIS COM
IMPLANTES EM CASOS DE TRAUMA DENTO ALVEOLAR
Mariana Vitória Gomes Viana; Júlia Santos Cerqueira; Carolina Rodrigues
Araujo; Luiz Gustavo Cavalcanti Bastos; André Carlos de Freitas

Introdução: No traumatismo dento Discussão: Um acompanhamento


alveolar (TDA), os dentes anteriores são os interdisciplinar é a chave para um bom
mais acometidos, trazendo um prognostico em casos complexos de TDA. A
comprometimento funcional, estético e ortodontia previa tem um importante
social para o paciente. Esse tipo de trauma papel ao melhorar os espaços, viabilizando
exige um acompanhamento longo e a colocação do implante. Na ausência de
interdisciplinar envolvendo várias volume suficiente para reabilitação com
especialidades odontológicas. O objetivo implante, torna-se necessário a realização
desse estudo é relatar um caso de TDA, de enxerto, sendo os blocos ósseos
reabilitado através de atendimento autógenos de sínfise e ramo mandibular
interdisciplinar com prótese sobre utilizados com sucesso. Em alguns casos a
implante, precedido de enxerto ósseo. cirurgia periodontal é associada ao
Métodos: Paciente com trauma dento tratamento para melhoria do padrão
alveolar em região anterior, com gengival, garantindo uma boa estética para
comprometimento de rebordo alveolar e o caso.
perdas das unidades dentais 11 e 12. Foi Conclusão: Fica claro a necessidade de
realizada ortodontia previa, enxerto estudo adicionais enfatizando a
autógeno, com ramo mandibular como importância dessa interação entre as
área doadora e instalado dois implantes do especialidades odontológicas para uma
tipo cone morse, sendo posteriormente reabilitação oral estética e funcional
realizada cirurgia periodontal para satisfatória.
melhora estética da área enxertada.
Referências:
ERSANLI, Selim et al. Evaluation of the autogenous bone block transfer for dental implant placement:
Symphysal or ramus harvesting? BMC oral health, v. 16, n. 1, p. 4, 2016.
FRASCARIA, M et al. Aesthetic rehabilitation in a young patient using a minimally invasive approach.
A multidisciplinary case report Eur J Paediatr Dent, v. 17, n. 3, p. 234, 2016.
JEONG, JW et al. Implant esthetic restoration with bone graft in the extended maxillary anterior area:
A case report. J Korean Acad Prosthodont, v. 54, n. 3, p. 298-305, 2016.
CHEN, C et al. Combined orthodontic and implant-supported prosthesis treatment in an adult patient
with oral maxillofacial trauma: a case report. Int J Clin Exp Med, v. 9, n. 8, 2016.
BRAUNER, E et al. Maxillofacial Prosthesis in Dentofacial Traumas: A Retrospective Clinical Study and
Introduction of New Classification Method. BioMed research int, 2017.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2190

HORMÔNIO DE CRESCIMENTO NA
FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO ÓSSEA EM
IMPLANTES IMEDIATOS
Matheus Warmeling dos Santos; Rogério Miranda Pagnoncelli;
Renato Valiati; Jefferson Viapiana Paes; Ricardo Giacomini de
Marco

Este trabalho visa apesentar um relato de caso em que se destaca


o uso do hormônio de crescimento na formação e manutenção
óssea em implantes imediatos. Paciente sexo feminino, 44 anos,
leucoderma, bom estado de saúde geral. Ao exame clínico notou-
se mobilidade do dente 21. Foi solicitada tomografia
computadorizada, na qual foi se observou imagem hipodensa no
ápice do dente e desadaptação do núcleo intrarradicular. O
planejamento para o caso consistiu em extração do dente e
colocação imediata do implante, com a incorporação do fator de
crescimento Somatropina 1,33mg, 1UI antes de sua inserção no
alvéolo cirúrgico. Após dois meses do procedimento cirúrgico
solicitou-se nova tomografia para avaliação do contato de tecido
ósseo e implante. Aos 6 e 12 meses de pós-operatório observou-
se boa estabilidade do implante com condições favoráveis de
função. Os exames radiográfico e tomográfico do pós-operatório
de 12 meses evidenciaram adequada formação óssea ao redor de
todo o implante. De acordo com a literatura disponível e o caso
clínico exposto, o uso do rhGH demonstra ser capaz de aumentar
a qualidade e a velocidade da cicatrização óssea em torno de
implantes imediatos atuando ainda como coadjuvante na
osseointegração.

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2277

ANÁLISES CLÍNICA E HISTOLÓGICA DE ENXERTO


HETERÓGENO BOVINO UTILIZADO NO PROCEDIMENTO DE
LEVANTAMENTO DO SOALHO DO SEIO MAXILAR NO
PERÍODO DE REPARO ÓSSEO PRIMÁRIO: RELATO DE CASO
Nayana Ferreira Vidigal; Pricila da Silva Gusmão; Henrique Duque de Miranda
Chaves Netto; Ludmila Menezes de Castro; Beatriz Guimarães de Sousa

Introdução: O enxerto heterógeno implante, foi feita a reabertura para


bovino pode ser usado para o procedimento colocação do cicatrizador e finalização do
de levantamento do soalho do seio maxilar, tratamento com a prótese.
proporcionando altos índices de Resultados: O implante instalado
sobrevivência dos implantes. A cirurgia de apresentou estabilidade primária de 30
enxertia com instalação dos implantes em N/cm. A análise histológica mostrou
duas etapas é realizada quando o rebordo neoformação óssea, de aspecto trabecular,
residual não possuir altura óssea suficiente com presença de osteoblastos, osteócitos e
para oferecer estabilidade primária neovascularização.
satisfatória. Nesses casos, quando se
Discussão: Em muitos estudos, quando o
utiliza o osso bovino anorgânico, um
osso bovino anorgânico é utilizado como
período de 6 meses é, frequentemente,
material de enxertia, um período de,
aguardado antes da instalação dos
aproximadamente, 6 meses é aguardado
implantes. O objetivo deste trabalho foi,
antes da instalação dos implantes. Neste
por meio de um relato de caso, avaliar os
caso, adiantamos o tempo da instalação do
aspectos clínicos e histológicos do osso
implante para 2 meses e, durante a
bovino anorgânico utilizado no
reabertura para colocação do cicatrizador,
levantamento do soalho do seio maxilar no
observamos ausência de mobilidade do
período de incorporação óssea (2 meses).
implante e ausência de dor.
Métodos: Paciente A. J. A., 37 anos,
Conclusões: O osso bovino anorgânico,
apresentava atrofia de rebordo alveolar em
no período de incorporação óssea (2
região posterior da maxila com
meses), apresentou estrutura favorável
necessidade de enxertia. Foi realizado o
para fornecer ao implante uma adequada
levantamento de seio maxilar com enxerto
estabilidade primária e, posteriormente,
heterógeno bovino (osso bovino
uma osseointegração satisfatória.
anorgânico), sob anestesia local, sem
intercorrências. Após 2 meses do
procedimento, foi retirado um fragmento
ósseo para análise histológica e instalado
um implante de dimensões 5x13 mm.
Decorridos 6 meses da instalação do

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2297

REVISÃO DA LITERATURA E RELATOS DE


CASOS CLÍNICOS DE RECONSTRUÇÃO
MANDIBULAR MEDIANTE ENXERTO DE FÍBULA
Erick Andres Alpaca Zevallos; Márcio de Moraes; Christopher
Cadete de Figueiredo

A reconstrução mandibular tem como objetivo a reabilitação


estrutural, funcional e estética de pacientes portadores de
patologias, submetidos a ressecções cirúrgicas, ou vítimas de
traumas ablativos. Todo paciente que apresente um defeito
segmentar da mandíbula e que tenha condições clínicas
adequadas, deve ser submetido a reconstrução mandibular. Os
tipos de reconstrução mandibular variam de métodos simples a
complexos. Sua indicação dependerá de fatores relacionados à
lesão, ao paciente e à necessidade de tratamentos coadjuvantes.
Assim o retalho livre de fíbula fornece o maior montante de
tecido ósseo entre todos os retalhos, causando pouca morbidade
na área doadora, prestando-se, ainda, à modelagem mediante
múltiplas osteotomias, o que permite uma melhor adaptação a
qualquer defeito da região mandibular. O objetivo do presente
trabalho é apresentar casos clínicos de reconstruções
mandibulares mediante enxertos livres de fíbula avaliando o
resultado para cada caso, enfatizando o como uma alternativa
viável e de resultados previsíveis como observado na revisão da
literatura contemporânea.

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924
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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2302

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM RETALHO


OSTEOMIOCUTÂNEO MICROVASCULARIZADO
DE FÍBULA: RELATO DE CASO
Camila Lopes Gonçalves;Wagner Henriques de Castro; Felipe
Eduardo Baires Campos; Joanna Farias da Cunha; Luiz Felipe
Cardoso Lehman

Introdução: O fibroma ossificante (FO) é anatomohistopatológico estabeleceu


uma lesão fibro-óssea benigna que contém diagnóstico de FO. Considerado o padrão-
tecido fibroso e depósitos irregulares de ouro para a reconstrução de grandes
material osteóide. Tem predileção pelo defeitos mandibulares o retalho
gênero feminino e prevalência na terceira e osteomiocutâneo microvascularizado de
quarta década de vida. Apresenta maior fíbula (ROMF) foi o procedimento de
envolvimento na área de pré-molares e escolha para a reabilitação da paciente. O
molares inferiores. As características tratamento consistiu de ressecção do
radiográficas são a presença de massa tumor sob anestesia geral e reconstrução
radiolúcida/radiopaca bem definida e mandibular em um mesmo tempo
expansão das corticais vestibulares cirúrgico. A fixação dos segmentos ósseos
(linguais) e borda inferior (na mandíbula). foi realizada com sistema de fixação
O tratamento é cirúrgico. interna rígida 2.4mm. Após 36 meses da
Métodos: Trata-se de um relato de caso enxertia, implantes osseointegráveis foram
de FO acometendo paciente gênero instalados visando a reabilitação dentária
feminino, 14 anos, queixando-se de um através de prótese.
aumento de volume em mandíbula, com Resultados: Após seis anos de
tempo de evolução indeterminado. O acompanhamento, observa-se integridade
exame intra-bucal revelou um aumento de da reconstrução microcirúrgica e dos
volume em região de corpo mandibular implantes, paciente sem queixas
esquerdo, mucosa associadas e ausência de recidiva.
normocorada, assintomático e firme à Discussão: As metas da reconstrução com
palpação. Ao exame extra-oral observou-se ROMF são a reabilitação funcional, estética
importante assimetria em região e a reintegração social do indivíduo. A
mandibular esquerda. Exames fíbula apresenta um pedículo vascular de
imaginológicos evidenciaram lesão anatomia relativamente constante, possui
expansiva de densidade mista acometendo dois sistemas de vascularização (periosteal
corpo mandibular à esquerda do elemento e endosteal) e suporta implantes
32 até a área retromolar. A lesão media osteointegráveis para a reconstrução da
64.7mm em seu maior diâmetro. O exame

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

arcada dentária com morbidade


relativamente baixa na área doadora.
Conclusões: No presente trabalho a
reconstrução microcirúgica da mandíbula
obteve êxito, assim como o sucesso com os
implantes ósseointegráveis devolvendo
estética e função a paciente após ressecção
de extenso FO.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2323

RECONSTRUÇÃO VÍDEO ASSISTIDA DE


FRATURA TIPO BLOW OUT
Pedro Jorge Costa; Heros Francisco Ferreira Filho; Eduardo Marinho
de Almeida Neto; Pedro Thalles Bernardo de Carvalho Nogueira;
Luciano Schwartz Lessa Filho

As fraturas orbitais representam mais de 40% de todas as


fraturas do terço médio da face. As regiões mais prevalentes
acometidas são assoalho orbital e a parede medial orbitária,
chamadas respectivamente, fraturas blowout. Essas fraturas
ocorrem normalmente nos pontos mais fracos dessas paredes,
que são a porção situada medialmente ao canal infra-orbitário
no assoalho e lâmina papirácea do etmóide na parede medial, os
defeitos ósseos resultantes podem causar um prolapso de
conteúdo orbital para seios paranasais e o aprisionamento de
músculos extra-oculares. Quando isso ocorre, diplopia, distopia
e restrição de movimento ocular podem estar presentes e o
tratamento cirúrgico é recomendado. Tradicionalmente, o
tratamento das fraturas do assoalho orbital é realizado por
incisões da pálpebra inferior. O contorno do assoalho orbitário,
devido à grande diversidade de problemas relacionados às
reconstruções orbitárias, diversos tipos de material, sejam
autógenos, homógenos, heterógenos ou aloplásticos, podem ser
utilizados para fraturas blowout. Dentre eles a tela de titânio. O
presente trabalho objetiva a apresentação de um caso clínico de
um paciente vítima de acidente esportivo, o qual após o acidente
deu entrada no hospital com queixa de diplopia, sendo o mesmo
após avaliação física e exame de imagem, diagnosticado com
fratura blowout. Foi instituído como opção terapêutica do
mesmo, a reconstrução do assoalho orbital com malha de titânio
e devido a localização e extensão da fratura, optou-se pelo
auxílio da cirurgia por vídeo. Promovendo assim uma melhor
adaptação da malha em todo defeito ósseo.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2347

USO DE IMPLANTES INCLINADOS COMO


ALTERNATIVA PARA PROTOCOLO BRANEMARK
EM REGIÕES ATRÓFICAS DE MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Luciana Burgos Xavier Ferreira de Sousa; Gabriel Conceição Brito;
Erich Brito Tanaka; Paulo Henrique Teles de Almeida

Introdução: Paciente T. M. O. T, 52 anos, finalizando a cirurgia com suturas em


sexo feminino, brasileira, casada, foi pontos simples para a coaptação dos
encaminhada para o curso de atualização rebordos.
em implantodontia da ABO-Pa, com um Discussão: A técnica de implantes
quadro de doença periodontal severa em osseintegrados angulados tem se mostrado
toda a arcada inferior e grande reabsorção uma ótima alternativa quando se procura
óssea na região posterior da mandíbula. O por melhores desempenhos biomecânicos
tratamento planejado foi a exodontia dos da prótese e diminuição do tempo total do
remanescentes dentários seguidos de tratamento, assim, contribuindo com o
colocação de dois implantes inclinados e prognóstico mais favorável para pacientes
dois convencionais para futura instalação edêntulos totais sendo, portanto, um
de prótese do tipo protocolo Branemark método cuja versatilidade é predominante
inferior. na solução de diversas problemáticas
Métodos: A paciente foi anestesiada com encontradas quando se opta em reabilitar o
Mepivacaína HCl 2% com a técnica de paciente com implantes dentários
anestesia infiltrativa na região de cada principalmente em casos de maxila e
elemento que será extraído, em seguida, foi mandíbulas atróficas.
realizada incisões intrasulculares Conclusão: Além de ser uma cirurgia
vestibulares e linguais para rebater o menos invasiva, menor custo e mais rápida
retalho e realizar a exodontia seriada do do que o enxerto ósseo a angulação dos
elementos. Com uma peça reta e uma implantes mais distais tem benefícios
maxicut foram feitos desgastes na crista como a diminuição dos cantilevers,
óssea da região planejada para tratamento, havendo uma melhor distribuição da carga
a fim de confeccionar o platô para a oclusal por toda a arcada, para proteção
instalação de dois implantes da região quanto à integralidade dos implantes nas
entre forames mentuais da marca Systhex deflexões mandibulares em abertura de
Classic 3.75x13mm na região do elemento boca, e para o aproveitamento de uma
32 e Classic 4.0x13mm na região do menor prevalência de reabsorção na região
elemento 42 e dois implantes inclinados na anterior, em relação à posterior,
região de pré-molares bilaterais ambos mandibular.
foram utilizados Classic 3.75x13mm,

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2348

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DOS IMPLANTES


DENTÁRIOS, NA INSTALAÇÃO E NA SEGUNDA
FASE CIRÚRGICA, MEDIDOS COM OSSTELL
Guilherme Pivatto Louzada; Rodrigo G Beltrão; João San Martin

A avaliação da estabilidade e Foram analisados 40 implantes instalados


osteointegração do implante é considerado em 23 sujeitos de pesquisa, com média de
primordial para a reabilitação precoce. idade de 59 anos de ambos os sexos. O
Através da análise de freqüência de protocolo de instalação do implante foi
ressonância (AFR), que é uma técnica conduzido por um operador calibrado e
realizada de maneira não invasiva, padronizado com mesma sequencia de
confiável, clinicamente aplicável e fresagens de colocação. Foram utilizados
facilmente reproduzível, é possivel implantes cônicos e cilindricos para
mensurar e quantificar a estabilidade do comparações de dados. Os resultados
implante. O Osstell é um aparelho de preliminares apontam que é possível
simples manuseio, compacto e portátil, avaliar evolução positiva da estabilidade
que fornece dados do coeficiente de dos implantes ao longo do período de
estabilidade implante (ISQ), e tem sido osseointegração. Quanto maior o valor de
utilizado para determinar os efeitos da ISQ no travamento do motor, maior foram
carga imediata, como também, avaliar as os valores de ISQ para a medida final.
mudanças na estabilidade do implante Suspeita-se que os índices de ISQ entre
frente a carga aplicada ao longo do tempo, implantes cônicos e cilíndricos sejam os
disponibilizando um dado diagnóstico mesmos após 120 dias.
importante. Para a análise dos dados,
foram realizados mensurações na
estabilidade do implante em dois
momentos na fase de instalação do
implante (com torque 32Ncm e no
assentmento final) e na segunda fase de
abertura com quatro meses de pós
operatório.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2362

UTILIZAÇÃO DA RHBMP-2 NAS


RECONSTRUÇÕES ALVEOLARES
Giovanna Siqueira Rolim Arruda; Alice Reis Gonçalves Mello; Joyce
Magalhães de Barros; Moisés João Bortoluzzi Junior; Saulo Ellery
Santos

Introdução: Um dos grandes problemas das rhBMP-2 nas reconstruções alveolares


da odontologia reabilitadora são as injúrias e ilustrar com casos clínicos.
ao osso alveolar pois esse remanescente Discussão: Corrobora-se com a literatura
ósseo é o suporte para qualquer tipo de que a rhBPM-2 tem potencial osteoindutor
reabilitação, e o sucesso dessa vai depender em células-tronco mesenquimais
da quantidade e da qualidade óssea do induzindo a proliferação e diferenciação
mesmo. Essas injúrias podem ser desde em uma linhagem osteoprogenitora que vai
patologias de diferentes origens ou sofrer ação da fosfatase alcalina e
traumas e até mesmo infecções como as mineralização da matriz, sendo o osso
osteomielites causando danos muitas formado com a mesma composição nas
vezes irreparáveis no osso. As proteínas outras partes do corpo. Existe também a
ósseas morfogênicas (BMPs) são uma característica de não necessitar de um sítio
alternativa viável para as mais diversas cirúrgico doador, o que diminui a
clínicas, uma vez que, esses fatores de morbidade cirúrgica. Uma limitação dessa
indução óssea tem habilidade para guiar a proteína é a falta de estabilidade estrutural
modulação e diferenciação das células associada a necessidade de se manter um
mesenquimais em osteoblastos. A partir local efetivo de concentração de rhBMP-2
das BMPs foi sintetizada a rhBMP-2, que é pois sua depuração dentro do organismo é
a recombinação humana da proteína rápida.
supra-citada, comprovadamente
Conclusão: A proteína sintética rhBMP-2
osteoindutora, logo uma opção excelente
é um caminho que já mostrou trazer
para reconstruções alveolares.
benefícios práticos na reconstrução
Objetivo: O objetivo desse trabalho é alveolar e se apresenta bem tolerada pelo
dissertar em tema livre sobre a utilização organismo local e sistemicamente com
efeitos adversos mínimos.

Referências: BARTH, Paulo Ricardo; GOMES, Fernando Vacilotto; BERGAMASCHI, Isabela Polesi. O
uso em Odontologia da rhBMP-2 para regeneração de defeitos ósseos. Revista da Acbo, Porto Alegre,
v. 5, n. 1, p.1-15, jul. 2016. CAVALCA, Ivone Adelina. O PAPEL DA PROTEÍNA ÓSSEA
MORFOGENÉTICA (BMP) NA REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO. 2011. 51 f. Monografia
(Especialização) - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2011. BUSTAMANTE, Gisele
Luz. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOSDAS PROTEÍNAS ÓSSEASMORFOGENÉTICAS. 2006. 49 f. Tese -
Curso de Curso de Especialização de Periodontia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2006.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2367

COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS COM UTILIZAÇÃO DE


IMPLANTES ZIGOMÁTICOS E CONVENCIONAIS
ANGULADOS NA REABILITAÇÃO DE MAXILARES
ATRÓFICOS: RELATO DE CASO
Gabriel Conceição Brito; Luciana Burgos Xavier Ferreira de Sousa; Erich
Brito Tanaka; Paulo Henrique Teles de Almeida; Paulla Iáddia Zarpellon
Barbosa

Introdução: Paciente V.G.C; 68 anos, tratamento, a fim de confeccionar o platô


sexo Masculino, casado, foi encaminhado (regularização do rebordo). Foram fresados
para o curso de atualização em e instalados 5 implantes ATTRACT CONE
implantodontia da ABO-PA. Paciente MORSE da marca SYSTHEX plataforma
edêntulo total superior. Havia perdido os shifting, 2 na região anterior de 4.3x10mm
dentes prematuramente por "mau trato". A (na região do 12 e 22) com torque de 60N, 2
maxila apresentava atrofia significativa implantes tangentes ao seio maxilar, um do
e preservação de rebordo alveolar - em lado direito (região do 14) de 3.5x13mm e
espessura e altura - na região de pré- outro do lado esquerdo (região do 24) de
maxila, entre os pilares caninos, limitados 4.3x13mm, ambos com torque de 80N,
distalmente pela parede anterior do seio além de 1 implante zigomático na região do
maxilar, em ambos os lados. Esta posição 16 com torque de 80N. Foi instalado o
anatômica limitava a instalação posterior minipilar e confeccionado índex. A cirurgia
de implantes osseointegráveis, ficando a foi finalizada suturando o retalho em
fixação distal posicionada no limite entre pontos simples com fio de nylon 4.0.
primeiro e segundo pré-molares. E, após a Paciente permaneceu no hospital sob
devida avaliação da equipe profissional, acompanhamento médico.
com exame clínico e exame por imagem Resultados: Após o procedimento
(tomografia computadorizada) pôde ser cirúrgico e a instalação bem sucedida dos
escolhido como terapêutica a necessidade implantes, foi possível seguir a etapa
de utilização de prótese Protocolo protética e realizar a fixação da prótese
Branemark superior para a sua reabilitação. Protocolo Branemark superior em carga
Métodos: Foi realizada a cirurgia para a imediata.
fixação de implantes convencionais e Discussão: A utilização dos implantes
zigomáticos em âmbito hospitalar. Sob zigomáticos junto aos implantes
anestesia geral, foram feitas as incisões em convencionais angulados possuem maiores
cresta e relaxantes na distal. Com uma peça vantagens para a reabilitação de maxilas
reta e uma maxicut foram feitos desgastes atróficas quando comparado à técnica de
na crista óssea da região planejada para fixação restrita de implantes paralelos.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

Conclusão: A combinação das técnicas


apresentou-se eficaz no tratamento de
maxilares atróficos, sendo o protocolo de
escolha, pois permitem uma menor
morbidade do paciente e reduzido número
de etapas de tratamento.

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2381

CRANIOPLASTIA EM REGIÃO FRONTAL COM


UTILIZAÇÃO DO POLIMETILMETACRILATO:
RELATO DE CASO
Laís Reis Pereira;Luis Claudio Cardoso dos Santos; Vanessa Oliveira
Batista; Diego Tosta Silva; Delano Oliveira Souza

Introdução: Pacientes com histórico de esquerda. Ao exame de imagem, observou-


defeitos ósseos buscam contornos faciais se sinais sugestivos de fratura naso-órbito-
harmônicos através da reabilitação etmoidal e fratura de tábua externa em
cirúrgica. Para facilitar a reconstrução região mediana do osso frontal. O paciente
maxilofacial dois grupos de enxertos foi submetido a procedimemto cirúrgico,
podem ser utilizados: os ósseos e os sob anestesia geral, e acesso coronal, para
materiais aloplásticos. Estes devem tratamento de sequela de fratura dos ossos
apresentar-se biocompatíveis, de fácil próprios nasais através de refratura e
fixação e manipulação, baixo custo, leves, fixação com placa e parafusos, assim como
radiolúcidos, resistentes, não condutores reconstrução de defeito ósseo em região de
elétricos e térmicos, sendo o osso frontal com a utilização do PMMA. No
polimetilmetacrilato – PMMA um dos momento, o paciente encontra-se em
materiais aloplásticos de escolha dos acompanhamento pós-operatório, com
cirurgiões na reabilitação facial. O objetivo melhora da estética facial e da respiração.
deste trabalho foi apresentar um caso Discussão: O enxerto de PMMA utilizado
clínico de cranioplastia de parede anterior no presente trabalho, foi também o
do osso frontal e reconstrução dos ossos material de escolha de diversos autores
nasais em vítima de acidente para a reconstrução maxilofacial. Esta
motociclístico, utilizando o PMMA. técnica de cranioplastia pode ser indicada
Relato de Caso: Paciente M.S.L., 35 anos, para o restabelecimento da estética e
ASA I, compareceu ao ambulatório de proteção do tecido neural, devido a sua boa
Cirurgia e Traumatologia adaptação e aceitação pelos tecidos
BucoMaxiloFacial da Faculdade de receptores, facilidade de manipulação,
Odontologia da Universidade Federal da possibilidade de ser impregnado com
Bahia, relatando dificuldade respiratória antibióticos, impermeabilidade e não
pela narina esquerda e rosto afundado. biodegradabilidade.
Relatou histórico de acidente Conclusão: O PMMA apresenta
motociclístico há cerca de 01 mês, características que permitem sua utilização
cursando com trauma em face. Ao exame em cranioplastias, tornando-o uma
físico, notou-se afundamento em região alternativa atrativa para reconstruções
frontal, desvio direito de dorso nasal e maxilofaciais.
restrição da passagem de ar pela narina

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2411

PLANEJAMENTO CIRÚRGICO VIRTUAL PARA


CUSTOMIZAÇÃO EM RECONSTRUÇÕES
MANDIBULARES: RELATO DE CASO
José Manuel da Silva de Lima; Flávio Wellington da Silva Ferraz;
Maria Eduina da Silveira Lucca; Gustavo Grothe Machado; Vinicius
Luiz Conte Santos

Introdução: Na atualidade, a ressecção Foram confeccionados os guias de


mandibular ainda é uma terapêutica posicionamento e customização do leito
empregada para o tratamento de algumas cirúrgico. Após fabricação da prótese e
lesões odontogênicas agressivas e de guias realizou-se a abordagem para a sua
extenso tamanho. Contudo, tais cirurgias devida instalação seguindo os passos do
geram nos pacientes um defeito ósseo planejamento. Neste caso utilizamos a
resultante e diversas formas de neuromonitorização do nervo facial.
reconstruções são empregadas para a Resultados: Conseguiu-se boa abertura
reabilitação desses indivíduos. A bucal, centralização mandibular e
proposição desse trabalho é relatar um caso adequado espaço protético. Na TC pós-
de reconstrução mandibular com prótese operatória percebemos a correta instalação
customizada utilizando-se do da prótese e o posicionamento mandibular
planejamento cirúrgico virtual em um bem próximo ao planejado.
paciente submetido à
Discussão: Pacientes submetidos a
hemimandibulectomia por um tumor
múltiplos procedimentos anteriores
odontogênico na infância reabilitado com
apresentam um desafio reabilitador,
enxerto costocondral, em um segundo
principalmente em casos de reconstruções
tempo cirúrgico submetido à enxertia com
tardias pela alteração da anatomia
crista ilíaca e posteriormente reconstrução
locorregional. Atualmente, autores
mandibular com placa reconstrutiva,
relatam que as próteses customizadas
todavia, todas as abordagens comuniram
podem garantir adaptação precisa às
em falhas.
estruturas anatômicas, estabilidade em
Métodos: Foi realizado a TC de face com longo prazo e seu desenho permite suporte
segmentação das imagens bem como a de cargas e previsibilidade. Entretanto, é
individualização mandibular para o sabida que a instalação de tais dispositivos
reposicionamento da mesma levando em pode sofrer alterações em seu
consideração o espaço protético e posicionamento quando executados de
alinhamento ósseo, a partir dessas maneira convencional. Assim, o
imagens, foi criado o crânio composto planejamento virtual auxilia no correto
virtual para o desenho virtual da prótese. posicionamento final tanto do segmento

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

ósseo quanto da própria adaptação


protética.
Conclusão: Em detrimento a inúmeros
procedimentos para reconstruções
mandibulares sem sucesso, as
customizações nessas reconstruções às
custas do planejamento virtual garantem
um posicionamento ósseo final e
adaptação protética efetivos.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2419

RECONSTRUÇÕES MANDIBULARES COM


ENXERTOS LIVRES: SÉRIE DE CASOS
Mariana Lima de Figueiredo; Luiz Carlos Alves Junior; Adriano
Rocha Germano; Wagner Ranier Maciel Dantas; Victor Diniz
Borborema dos Santos

Introdução: Defeitos ósseos que Discussão: Apesar de enxertos ósseos


acarretam perda da continuidade vascularizados serem a melhor escolha de
mandibular ocasionados seja por patologia tratamento quando se diz respeito ao
ou trauma, criam um paciente mutilado suporte vascular tanto ao tecido ósseo
socialmente devido à perda significante em quanto ao tecido mole, possuem algumas
função e estética. O tratamento desses limitações e não garantem melhores
defeitos deve ocorrer preferencialmente resultados. Não existe consenso na
através de reconstrução imediata literatura em relação a taxa de sucesso e
objetivando manter o contorno facial, complicações quando comparamos
estética e função com correto enxertos ósseos vascularizados e não
posicionamento maxilo mandibular. A vascularizados. A grande variedade de
restauração do segmento mandibular pode resultados pode ser explicada pelas
ser feita através de enxertos ósseos diversas variáveis existentes no
vascularizados e não vascularizados. planejamento e procedimento cirúrgico
Reconstrução com enxertos não que podem levar ao insucesso do
vascularizados é escolhida em casos de tratamento.
tumores benignos e defeitos ósseos são Conclusão: Apesar de não existir na
menores com preservação da continuidade literatura um consenso no que diz respeito
óssea. O objetivo desse trabalho é relatar ao maior tamanho possível para se indicar
uma série de casos de reconstrução de reconstruções com enxertos não
defeitos mandibulares com enxertos livres vascularizados, observamos em nossa
dando ênfase em seu protocolo de experiência no serviço que a reconstrução
tratamento. com enxertos livres quando bem indicada e
Metodologia: Serão abordados casos realizada possui boa taxa de sucesso
clínicos onde o tratamento proposto para possibilitando o ganho estético e
reconstrução de extensos defeitos funcional, proporcionando a reabilitação
mandibulares foi a reconstrução com implanto suportada a logo prazo.
enxerto livre da crista ilíaca e/ou enxerto
costocondral.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2440

INSTALAÇÃO E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA


DE IMPLANTE APÓS EXODONTIA MINIMAMENTE
INVASIVA EM DENTE COM FRATURA RADICULAR
Leonardo Matos Santolim Zanettini; Paulo Roberto Zanettini;
Rogério Miranda Pagnoncelli

Introdução: o propósito deste trabalho é e a parede vestibular do alvéolo, foi


apresentar um caso de exodontia colocado enxerto de biomaterial
minimamente invasiva e instalação Straumann Bone Ceramic, e membrana de
implante dentário e provisionalização colágeno. Devido a boa estabilidade do
imediata em zona estética, discutindo os implante, foi confeccionada uma coroa
benefícios e indicações desta técnica. provisória.
Métodos: Paciente leucoderma, sexo Resultados: o paciente foi acompanhado
masculino, 57 anos de idade, apresentou- semanalmente, visando avaliar e
se com queixa dolorosa no dente 21 e monitorar a cicatrização dos tecidos. Não
fístula na regiao vestibular. Após a houve nenhum desconforto ou queixas por
avaliação clínica, solicitou-se uma parte do paciente nesse período. A prótese
Tomografia Cone Beam (CBCT) para definitiva foi realizada após 4 semanas,
complementar o diagnóstico, onde foi conforme protocolo estabelecido pelo
confirmada a fratura radicular do dente 21. fabricante.
Após planejamento detalhado, optou-se Discussão: A remoção do dente pode
pela exodontia do elemento 21 e colocação trazer como consequência uma rápida
imediata do implante, e provisionalização reabsorção do rebordo alveolar nos
imediata. Foi feita a extração primeiros meses após a extração, tanto no
minimamente traumática, com auxílio de sentido vertical como no horizontal. A
periótomo flexível, visando manter diminuição da espessura do rebordo altera
intactos a estrutura óssea e o tecido mole o contorno gengival e pode levar à redução
adjacente. Por ser uma região estética, foi da papila dentária.A técnica de extrações
evitado incisões relaxantes. Em seguida, minimamente traumáticas, com
foi realizado o debridamento do local com instalação imediata do implante no alvéolo
o auxilio de uma cureta de Lucas. O alvéolo do dente extraído, utilização de
foi inspecionado com o auxilio de uma biomateriais para conter a reabsorção
sonda, e todas as tábuas ósseas estavam alveolar e a imediata provisionalização têm
intactas. Com auxílio de um guia cirúrgico, sido propostas como alternativas para
foi feita a fresagem para a instalação de manter o volume e contorno de tecido.
implante Straumann SLA Active Roxolid de
Conclusões: A opção pela exodontia
3.3x10 mm. Sobre o "gap" entre o implante
minimamente traumática com instalação

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

de implante imediato e provisionalização


imediata, quando respeitadas as suas
indicações, permite manter a arquitetura
dos tecidos duros e moles, e em certos
casos até melhorá-la.

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2444

IMPLANTES ANGULADOS E IMPLANTES


PARALELOS PARA REABILITAÇÃO DE MAXILA
ATRÓFICA: REVISÃO DE LITERATURA
Gabriel Conceição Brito; Paulla Iáddia Zarpellon Barbosa; Thais da
Silva Fonseca; Paulo Henrique Teles de Almeida; Erich Brito Tanaka

Introdução: Branemark,em 1965, dados online PubMed, SciELO e MEDLINE,


demonstrou o sucesso da utilização de também bibliografias relacionadas com o
implantes osseointegrados para a tema proposto.
reabilitação oral de pacientes com Resultados: Os implantes inclinados
maxilares edêntulos. Nesta temática, em apresentam grande sucesso por
estudos subsequentes, percebeu-se que na ultrapassarem muitos obstáculos descritos
região posteriosuperior é possível em diversos estudos, como a
encontrar condições anatômicas as quais, pneumatização do seio maxilar, por
em certo ponto, dificultam a instalação de evitarem ou encurtarem extremidades com
implantes dentais, principalmente por cantiliveres através da colocação de
atrofia óssea. Desta forma, para que seja implantes mais para distal, havendo uma
possível o tratamento de maxilares melhor distribuição de carga por toda
atróficos, foram criados mecanismos e arcada dentária, por eliminarem a
técnicas cirúrgicas, para assim, se obter necessidade de enxertos ósseos e elevações
sustentação dos implantes suficientes para do seio maxilar, diminuindo a morbidade
fixação de próteses implantossuportadas do paciente e o número de etapas do
Protocolo Branemark, dentre elas, pode-se tratamento, além de não provocarem perda
citar os implantes paralelos e os implantes óssea extrema nem causar stress
angulados. Duas técnicas bastante significativo no osso, quando comparado
conceituadas e que divergem na com os cantileveres nos implantes axiais.
abordagem cirúrgica. Mas, Podendo,
Discussão: Literaturas e pesquisas mais
também, serem combinadas pela técnica
recentes consideram a técnica all-on-four,
all-on-four preconizada por Paulo Maló. O
cuja combinação de 2 implantes angulados
intuito deste trabalho é comparar e avaliar
mais posteriores (região de pré-molares e
quais as características destas técnicas em
caninos) e 2 implantes paralelos
tratamento de maxilares atróficos. Além de
anteriores, preconizado por Paulo Maló,
verificar qual tem a predileção na escolha
tem sido a de predileção para reabilitar
como método cirúrgico.
maxilas com baixo nível ósseo.
Método: Foi realizada uma revisão
Conclusão:O implante angulado é o mais
sistemática de literatura e levantamento de
indicado em maioria dos casos de maxila
casos clínicos, utilizando-se os bancos de

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

atrófica nas regiões de fixação mais distais,


pois possuem maiores vantagens quando
comparado aos implantes paralelos, sendo,
estes, utilizados preferencialmente em
região anterior.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2457

MANEJO DE PACIENTE ACOMETIDO POR


HEMATOMA SUBLINGUAL DURANTE A INSTALAÇÃO
DE IMPLANTE ÓSSEO-INTEGRÁVEL EM REGIÃO
ANTERIOR DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO
Lucas Moura Sousa; Vinícius Almeida Carvalho; Alexander Sverzut;
Alexandre Elias Trivellato; Cássio Edvard Sverzut

Introdução: O assoalho bucal é uma foi obtida e revelou uma fenestração da


região com grande quantidade vasos cortical lingual na porção mais inferior do
sanguineos e nervos. Portanto, o implante colocado. Foi então instituído
conhecimento de sua anatomia é de suma tratamento de urgência que consistiu em
importância durante os procedimentos incisão e drenagem sob anestesia geral.
cirúrgicos que a manipulam, como por Discussão: Estudos relatam que a
exemplo, a instalação de implantes perfuração da cortical lingual ou a ruptura
dentários osseointegráveis. Embora seja da artéria sublingual durante a colocação
uma técnica segura e com alta do implante pode produzir hemorragia
previsibilidade, mesmo quando bem contínua levando a formação de hematoma
planejada e executada, algumas no assoalho bucal. A hemorragia em
complicações cirúrgicas podem ocorrer. assoalho bucal apresenta características
Sendo que algumas delas podem por em clínicas semelhantes a angina de Ludwig,
risco a vida do paciente como por exemplo, podendo resultar na obstrução da via aérea
o hematoma sublingual. superior. Para o tratamento do hematoma
Métodos: Este trabalho relata o caso de em assoalho bucal, foi realizada intubação
uma paciente, mulher, leucoderma, de 60 endotraqueal com auxílio de
anos de idade, que procurou o setor de nasofibroscópio. Após, foram realizados
emergência do Hospital Santa Casa de incisão, drenagem, hemostasia e a paciente
Misericórdia de Sertãozinho para foi encaminhada para a unidade de terapia
atendimento com a equipe de Cirurgia e intensiva.
Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Conclusão: Embora a instalação de
Faculdade de Odontologia de Ribeirão implantes dentários seja corriqueira, o
Preto- FORP/USP. A paciente apresentava conhecimento anatômico, o planejamento
aumento volumétrico importante em adequado, a anamnese detalhada e o
assoalho bucal devido à formação de manejo adequado do paciente são
hematoma durante a instalação de fundamentais. É também de fundamental
implante dentário osseointegrável em importância esclarecer aos pacientes os
região anterior de mandíbula. Foi potenciais riscos e complicações deste
observado também glossoptose, disfagia e procedimento, como o hematoma
obstrução parcial das vias aéreas sublingual.
superiores. Tomografia computadorizada

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2464

REABILITAÇÃO DE MAXILAS ATRÓFICAS


COM IMPLANTES PTERIGOMAXILARES:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Gabriel Conceição Brito; Paulla Iáddia Zarpellon Barbosa; Paulo
Henrique Teles de Almeida; Jéssica Letícia Marques e Sousa; João
Paulo Gomes de Souza Meira

Introdução: A reabilitação de maxilas assegurada pela fixação no osso maxilar


atróficas representa um desafio para a (tuberosidade maxilar), no osso palatino
implantodontia, na medida em que a região (processo piramidal) e no osso esfenoide
maxilar possui diversos obstáculos para a (processo esfenoide). Exames de
fixação de implantes como os seios radiografia panorâmica e
maxilares e a perda óssea sub-antral, além tomodensitométrico podem ser solicitados
da baixa qualidade óssea, tendo em vista o antes do procedimento. Além do mais, é
tipo de osso existente na região (tipo III ou recomendada a cirurgia virtual com um
tipo IV). A fim de superar estas guia radiológico e um guia cirúrgico para
dificuldades, várias técnicas cirúrgicas segurança total. O procedimento para a
foram desenvolvidas e reportadas em instalação dos implantes se baseia em
literaturas, entre elas, os implantes incisões crestal e relaxantes, eixo de
pterigomaxilares são bastante citados. Em perfuração orientado em direção palatina e
vista disso, o intuito deste trabalho é anterior para fixação bicortical com o
realizar uma revisão de literatura sobre o processo pterigoide do osso esfenoide,
procedimento cirúrgico para a inserção dos preparação do sítio implantar preparado
implantes pterigomaxilares analisando os por perfuração ou pela técnica do
conceitos da anatomia aplicada do maxilar osteótomo. Por fim, os implantes podendo
posterior para a terapêutica com implantes ser colocados diretamente em função ou
e sua devida fixação intraóssea nas apófises seguir um protocolo convencional.
pterigoides. Discussão: Apesar de ser uma técnica
Método: Foi realizada uma revisão com ampla gama de sucesso, ela possui
sistemática de literatura, utilizando-se os certos riscos, o principal seria a lesão da
bancos de dados online PubMed e SciELO, artéria palatina descente situada dentro do
e bibliografias relacionadas com o tema canal palatino, além de já terem sido
proposto. relatadas perfurações da cortical do
Resultado: Estes implantes são longos processo piramidal na região da fossa
(>12mm) com o intuito de atingir a região pterigoide.
tuberositária situada atrás da arcada Conclusão: O Implante pterigomaxilar é
dentária maxilar. A estabilidade óssea fica eficiente para a reabilitação de maxilas

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atróficas, sendo uma excelente opção de


tratamento. A técnica exige um
conhecimento anatômico regional, porém
com um bom planejamento e identificação
das estruturas anatômicas adjacentes,
estes riscos diminuem.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2467

MATERIAIS XENÓGENOS EM SINUS LIFT:


RESULTADOS RADIOGRÁFICOS
Lilibeth Aragão Peres; Mariana Conceição André de Lima Oliveira;
Vildeman Rodrigues; Helene Marie Rodrigues Carvalhal França;
Diego Tosta Silva

Introdução: O reparo de perdas ósseas de enxerto entre a membrana sinusal e o


severas é, ainda, um enorme desafio na assoalho do seio maxilar, visando à
medicina regenerativa, na qual o osso recuperação da quantidade de osso
autógeno é o padrão-ouro devido a sua tornando possível a instalação do
ampla capacidade de revascularização e implante. O objetivo deste estudo foi
incorporação ao leito receptor. Entretanto avaliar a eficiência do material xenógeno
apresenta desvantagens como a nos procedimentos de sinus lift por meio de
necessidade de um segundo sítio cirúrgico radiografias pós-operatórias e, discutir por
e a morbidade provocada por esse meio de uma revisão da literatura as
procedimento. Alternativamente, o vantagens e desvantagens do seu uso na
xenoenxerto acelular e desproteinizado de Implantodontia.
origem bovina, adequadamente processado Métodos: Realizou-se procedimentos de
e apresentando-se biocompatível e elevação do assoalho do seio maxilar com
osteocondutor, adquire um papel de xenoenxerto desmineralizado em região
destaque no auxílio do reparo ósseo. A posterior de maxila. Foram utilizadas
região maxilar posterior edêntula radiografias pré e pós-cirúrgicas para
apresenta condições únicas e desafiadoras avaliar a integração do enxerto no sitio
em cirurgia à implantodontia, comparadas receptor e a neoformação óssea. O
às outras regiões dos maxilares. A atrofia procedimento cirúrgico de elevação do seio
óssea e a pneumatização do seio maxilar e a simultaneidade de instalação do
após a perda de elementos dentários, implante diferiram de acordo com a
associada à baixa densidade óssea nessa quantidade de remanescente ósseo. A
região, proporciona local inadequado para reabilitação protética iniciou-se 04 meses
a instalação de implantes dentários. Entre após a instalação dos implantes.
os procedimentos de reconstrução, o
Considerações Finais: Concluiu-se que
levantamento do seio maxilar com enxerto
o material xenógeno é biocompatível e
sinusal, também conhecido como Sinus
osteocondutor, apresentando segurança,
Lift, é uma das melhores opções
aplicabilidade e satisfatória previsibilidade
terapêuticas para a obtenção de altura
clínica na implantodontia.
óssea suficiente com consequente
instalação de implantes osseointegráveis.
Este procedimento consiste na colocação

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2473

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM ENXERTO


MICROVASCULARIZADO DE FÍBULA APÓS
TRATAMENTO RADICAL DE AMELOBLASTOMA.
ENXERTO IMEDIATO X ENXERTO TARDIO:
RELATO DE CASOS
João Guilherme de Sena Lima; Alan Fernando Panarello; Eduardo
Zancope; Leandro Valentini Junqueira Zoccoli; Mayke Moreira
Cardoso

O enxerto microvascularizado de fíbula fornece o maior


montante de tecido ósseo entre todos os retalhos ósseos,
levando pouca morbidade a área doadora, com capacidade de
modelagem mediante a osteotomia, o que permite sua adaptação
ao defeito na área mandibular com certa facilidade. O objetivo
desse trabalho é apresentar dois casos clínicos tratados com
enxerto microvascularizado para reconstrução de mandíbula em
pacientes submetidos a ressecção de ameloblastoma, um caso
com o enxerto imediato e no outro um enxerto tardio associado
a prótese de ATM customizada após falha do sistema de fixação
usado anteriormente, atentando para as vantagens e os
benefícios da técnica, bem como avaliar se há diferenças na
reabilitação final entre os dois pacientes. Conclusões: O uso do
enxerto microvascularizado de fíbula é uma opção para
reconstrução facial, uma vez que promove a restauração da
estrutura esquelética, devolvendo a função normal e a
configuração da forma anatômica possibilitando a reabilitação
com implantes osseointegráveis. Na reabilitação final dos casos
apresentados não foi observado nenhuma diferença entre o
paciente de um e o de dois tempos cirúrgicos.

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2498

IMPLANTES DENTÁRIOS, REDUÇÃO DE


FRATURA EM MANDÍBULA ATRÓFICA:
RELATO DE CASO
Osmar Marqevix; Antonio Eugenio Magnabosco Neto

Atualmente a forma de repor a perda de um elemento dentário


ou até para uma reabilitação oral total de maxila ou mandíbula,
a procura para instalação de implantes ósseo integrados está
aumentando a cada dia, principalmente entre pacientes da 5ª a
8ª década de vida. Devido o auto risco de fraturas
mandibulares,durante o ato cirúrgico para instalação de
implantes ósseo integrados em mandíbulas atróficas, o Cirurgião
e Traumatologista Bucomaxilofacial, está sendo cada vez mais
procurado e indicado nestes casos. Paciente sexo feminino, 81
anos, estava sendo submetida a instalação de implantes em uma
clínica particular,da cidade de Joinville-SC, quando durante este
procedimento ocorreu a fratura mandibular, devido fragilidade
mandibular. A paciente foi encaminha para o serviço de CTBMF
do Hospital Municipal São Jose na mesma cidade, onde foram
solicitados exames de imagens complementares, e encaminhada
para procedimento cirúrgico de redução de fratura mandibular.
Cirurgia foi realizada após 15 dias. Optou-se por um acesso
submandibular e estabilização dos fragmentos com sistema de
placa e parafusos rígidos, sistema de 2.4 m, onde a qual ficou
fixada ao longo de toda a base cortical mandibular.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2506

LATERALIZAÇÃO DO NERVO ALVEOLAR


INFERIOR: QUANDO INDICAR? COMO
PROCEDER?
Farley Souza Cunha; Clara Gomes Caldeira Barbosa; Rodrigo
Resende; Marcelo Uzeda; Rafael Seabra Louro

O desenvolvimento da implantodontia nas últimas décadas


permitiu que os implantes ósseointegráveis se transformassem
na melhor alternativa clínica quando se pretende a reabilitação
de grandes áreas edêntulas na cavidade bucal. Entretanto, pela
possibilidade de ocorrência de parestesia devido ao
acometimento do nervo alveolar inferior durante as cirurgias
para instalação dos implantes em regiões posteriores de
mandíbulas atróficas, especialistas vêm buscando desenvolver
técnicas cirúrgicas que permitam a instalação desses implantes
minimizando o risco de lesão sobre o feixe nervoso. Dentre elas
destacam-se os enxertos ósseos autógenos onlay para aumento
de arcabouço ósseo além das técnicas de transposição e
lateralização do nervo alveolar inferior com ou sem a utilização
de instrumental piezoelétrico. O objetivo deste trabalho é
comparar e discutir, através de uma revisão de literatura, as
vantagens e desvantagens, e as indicações e contraindicações
das técnicas cirúrgicas mais empregadas e que apresentem maior
previsibilidade, para o deslocamento lateral do nervo alveolar
inferior em casos de instalação de implantes ósseointegráveis
em área posterior edêntula de uma mandíbulas atróficas.

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RECONSTRUÇÃO E IMPLANTES DENTAIS

2520

AVALIAÇÃO DO EFEITO OSTEOINDUTIVO DO


PDGF-BB ASSOCIADO A DIFERENTES
CARREADORES NA REGENERAÇÃO ÓSSEA
EM CAVIDADES CIRURGICAMENTE CRIADAS
Kathleen Lemos Soares; Eloá Rodrigues Luvizuto; Thallita Pereira
Queiroz; Daniela Oliveira Marques; José Doval Neto

Introdução: Defeitos ósseos extensos em Resultados: Os resultados mostraram


região maxilo-facial podem ser corrigidos que houve neoformação óssea em todos os
com enxerto autógeno, no entanto as grupos analisados, independentemente do
desvantagens desta modalidade tempo pós-operatório. Aos 30 dias, o grupo
terapêutica levam à pesquisa por novos TCP só não diferiu do grupo BIO na
substitutos ósseos. Com isso, avaliamos o neoformação óssea (p = 0,1403). Em
comportamento biológico e osteoindutivo nenhum dos grupos de biomateriais
do PDGF-BB associado a diferentes analisados, o fator de crescimento
carreadores, por meio de análise estimulou o aumento da neoformação
histológica, histométrica e óssea (p > 0,05).
imunoistoquímica em defeitos críticos Conclusão: Com a metodologia utilizada,
realizados em calotas cranianas de ratos. o fator de crescimento associado com os
Materiais e método: 96 defeitos críticos biomateriais testados não induziu
de 5 mm de diâmetro foram criados em neoformação óssea.
calotas cranianas de ratos. Cada defeito foi
aleatoriamente dividido em 8 grupos
experimentais (AUT, COA, TCP,
TCP+PDGF, END, END+PDGF, BIO,
BIO+PDGF), avaliados aos 15 e 30 dias pós-
operatórios com relação a
histomorfometria e imunoistoquímica.

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TRAUMA

1315

USO DO ACESSO CORONAL PARA TRATAMENTO DE


FRATURA DO OSSO FRONTAL: RELATO DE CASO
Helen Heloene Rosa; Luciana Dorochenko Martins; Juliana Cama Ramaciatto;
Ramon Cesar Godoy Gonçalves; Roberto de Oliveira Jabur

Introdução: Fraturas do osso frontal são Discussão: A abordagem coronal fornece


originadas a partir de um trauma de alta uma exposição equivalente do esqueleto
energia e intensidade. O tratamento craniofacial, permitindo ao cirurgião
cirúrgico deve proporcionar uma boa reconstruir com precisão a face
visualização para a reconstrução da parede traumatizada, tendo poucas desvantagens
fraturada. A abordagem coronal, ou bi- que podem ser minimizadas por um
temporal, é uma técnica cirúrgica versátil, conhecimento profundo da anatomia de
a qual viabiliza correta exposição dos locais estruturas relacionadas. Traumas do osso
de fratura, permitindo uma redução frontal podem ser reduzidos e fixados com
anatômica, fixação dos segmentos uma única incisão. Os parâmetros
fraturados e bons resultados estéticos pós- avaliados, através de exames de tomografia
operatórios. O objetivo do presente computadorizada do crânio, são
trabalho é expor um caso clínico de fratura envolvimento e integridade das paredes do
do osso frontal, após acidente seio frontal e outras fraturas coexistentes.
automobilístico, utilizando acesso coronal Ao tratar fraturas do complexo
para exposição da parede anterior do seio e maxilofacial, foram descritas várias
restabelecimento do contorno da região. abordagens e incisões cirúrgicas na
Métodos: Paciente gênero masculino, 38 literatura.
anos, diagnosticado, por meio de exame Conclusão: Ocorrido o trauma, a
radiográfico e tomografia excelência de uma abordagem cirúrgica
computadorizada, presença de fratura da pode ser decisiva no prognóstico do
parede anterior do seio frontal após paciente. A decisão da técnica a ser
acidente automobilístico. empregada deve considerar a gravidade e
Resultados: Como tratamento foi extensão da lesão. Esta deve proporcionar
instituído incisão coronal para acesso do correto acesso cirúrgico, considerando
seio frontal, redução da fratura, fixação limitações que visam minimizar a
interna estável da região utilizando placas, morbidade do paciente. Portanto, para
malha e parafusos de titânio. fraturas do terço superior da face o acesso
coronal é pertinente.

Referências bibliográficas: Gerbino G, Roccia F, Benech A, Caldarelli C. Analysis of 158


frontal sinus fractures: Current surgical management and complications. J Craniomaxillofac
Surg. 2000; 28:133-9.

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TRAUMA

1320

RECONSTRUÇÃO DE LÍNGUA APÓS


ACIDENTE DE TRÂNSITO: RELATO DE CASO
Helen Heloene Rosa; Juliana Cama Ramaciatto; Ramon Cesar
Godoy Gonçalves; Dayane Jaqueline Gross; Roberto de Oliveira
Jabur

Introdução: A incidência de acidentes de manter a função do órgão, deglutição e


trânsito envolvendo motocicletas estão inteligibilidade da fala.
associados à lesões de face. Lacerações Discussão: Uma tendência crescente na
ocorridas em músculos como a língua, após prevalência de lesões maxilofaciais
um trauma de alto impacto, acarretam representa um desafio para os profissionais
prejuízos para diversas funções como a no tratamento adequadado e para a
fala, deglutição, sensibilidade, respiração e redução de sua gravidade. As lesões
estética. O objetivo do trabalho é expor um maxilofaciais envolvendo lacerações
caso clínico, onde, após um trauma musculares, devido acidentes de trânsito,
motociclístico, houve laceração parcial da exigem a compreensão deste padrão de
região ântero-lateral da língua. tratamento facial. Lesões intra-bucais de
Métodos: Paciente gênero masculino, 42 tecidos moles, especialmente lesões na
anos, após sofrer acidente motociclístico, língua podem provocar alteração na função
foi diagnosticado com laceração parcial da da mesma. As funções estomatognáticas
região ântero-lateral da língua. podem ser recuperadas adequadamente
Resultados: O mesmo foi submetido a após a recuperação total do paciente,
tratamento cirúrgico para reconstrução e baseado no estudo da anatomia e fisiologia
reanatomização do músculo, após da língua.
avaliação da peça cirúrgica, visando a Conclusão: Utilizando-se de indicação e
reabilitação funcional e estética. Realizada planejamento cirúrgico adequados é
a reconstrução da região por meio de possível conseguir uma reabilitação e
suturas por planos, o procedimento visou reintegração do paciente à sociedade com
mínimas sequelas.
Referências: Gassner, Robert et al. Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year review of 9543 cases with
21067 injuries. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery , Volume 31 , Issue 1, 51 - 61.

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TRAUMA

1363

RECONSTRUÇÃO DE PAREDE LATERAL DE


ÓRBITA COM TELA DE TITÂNIO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
José Valdir Pessoa Neto; Edson Luiz Cetira Filho; Jair Queiroz de
Oliveira Neto; Pedro Henrique da Hora Sales; Manoel de Jesus
Rodrigues Mello

Introdução: O trauma facial Discussão: As fraturas do complexo


éconsiderado como a principal causa de zigomático orbital, frequentemente, levam
lesões temporárias ou permanentes que a alterações oculares significantes quando
podem levar a alterações funcionais há comprometimento das paredes
e/ouestéticas ao respectivo paciente. orbitárias. O deslocamento de fragmentos
Vítimas de fraturas craniofaciais ósseos para o interior da cavidade orbitária
complexas envolvendo a órbita e o limita os movimentos oculares, gerando
zigomático com perda do globo ocular encarceramento da musculatura extrínseca
também apresentam deformidade facial do globo ocular ocasionando diplopia,
que varia de acordo com a gravidade e enoftalmia ou exoftalmia, geralmente
intensidade do trauma. associados à fratura da parede medial da
Objetivo: Relatar o caso clínico deum órbita.
paciente quefoi vítima de agressão física. Conclusões: Tendo em vista que todas as
Relato de caso: O paciente apresentava técnicas cirúrgicas possuem suas
ao exame clínico diplopia monocular em respectivas vantagens e desvantagens, é
olho esquerdo e com exame de imagem prudente que cada caso seja avaliado
sugestivo de fratura isolada da parede individualmente, onde deve ser levado em
lateral de órbita com deslocamento de conta vários fatores, como a idade do
fragmentos ósseos para o interior da paciente, a extensão das fraturas e,
mesma. O paciente foi submetido inclusive, a segurança e a habilidade do
atratamento cirúrgico para correção da cirurgião para executar a técnica escolhida.
anatomia orbitária através do uso de tela de
titânio.
Referências: 1. Almeida ARB, Martins AO, Cavasini Neto A, Patrocínio JA, Naves MM, Patrocínio LG.
Assessment of transconjunctival with canthotomy side approach to the surgical treatment of
orbitozygomatic fractures. Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2011; 14: 75-9.2. Oliveira JAGP. Rigid internal
fixation of fracture of the lateral wall of the orbit and zygomatic arch. RevBrasCirCraniomaxilofac 2011;
14: 56-9.3. Colombo LRC, Calderoni DR, Rosim ET, Passeri LA. Biomaterials for orbital reconstruction:
literature review. Rev. Bras. Cir. Plást. 2011; 26: 337-44.4.Couto Junior AS, Oliveira DA, Mattosinho
CCS, Curi R. Orbit fracture by horse fall and strabismus correction. Rev Bras Oftalmol. 2010; 69: 180-3.
5. Turrer CL, Figueiredo ARP, Oréfice RL, Maciel PE, Silveira MES, Gonçalves SP, Barbi JSF. Bioceramic
and polymeric bioactive composite implants in orbit zygomatic complex reconstruction: a new prospect
for biomaterials. Arq Bras Oftalmol. 2008;71:153-61.

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TRAUMA

1464

TRATAMENTO EMERGENCIAL DE PACIENTE


POLITRAUMATIZADO FACIAL EM UM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA EM TRAUMA: RELATO DE CASO
Giovanna Siqueira Rolim Arruda; Edson Luiz Cetira Filho; Paulo
Henrique Rodrigues Carvalho; Renato Luiz Maia Nogueira; Manoel de
Jesus Rodrigues Mello

Introdução: O protocolo de atendimento zigomático-maxilar do lado esquerdo. De


de suporte avançado de vida no trauma, acordo com a avaliação da NCR, paciente
termo advindo da língua inglesa Advanced apresentava trauma cranioencefálico,
Trauma Life Support (ATLS), orienta o tendo como conduta a proservação da
profissional da saúde em primar pela vida paciente. Após a devida avaliação e
do paciente em caráter de emergência. O recebimento de alta por uma equipe
qual estipula ordens de prioridades no multidisciplinar, como as supracitadas; a
atendimento. paciente foi encaminhada ao centro
Objetivo: relatar o tratamento cirúrgico, sendo submetida a
emergencial de uma paciente que desbridamento cirúrgico e síntese das
compareceu a um hospital de referência em lacerações em face e em couro cabeludo.
trauma na cidade de Fortaleza, vítima de Programou-se outros tempos cirúrgicos
acidente motociclístico com fraturas para a realização de osteossínteses e
múltiplas em crânio e em face. Relato de reconstrução de trais fraturas em face pela
caso clínico: Ao exame clínico foi equipe da CTBMF.
constatado edema difuso em face, Discussão: Aplicou-se o protocolo ATLS,
múltiplas abrasões e lacerações, intenso buscando-se avaliar as vias aéreas da
sangramento em couro cabeludo e em face, paciente e o controle de hemorragia, alívio
perdas de substâncias em terço superior de da dor, profilaxia antibiótica e
face e em lábio superior, perda de projeção antitetânica, e o tratamento local das
anteroposterior em osso frontal. Tal lesões. Em seguida, após as condutas serem
paciente foi avaliada inicialmente pelo definidas pelos colegas médicos, foram
médico emergencista, o qual solicitou os realizadas as intervenções pela CTBMF,
pareceres da Neurocirurgia (NCR), Cirurgia visando à completa reabilitação da
Geral, Ortopedia e Cirurgia e paciente.
Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF). Conclusão: Assim, pode-se inferir que o
Foi realizado exame tomográfico e protocolo ATLS foi imprescindível para
constatado fratura cominutiva de osso otimizar o atendimento, controlar danos e
frontal e fratura de complexo órbito- reduzir as sequelas da vítima.

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TRAUMA

Referências: 1. Advanced Trauma Life Support ` Student Course Manual. 9th Edition. EUA, 2012. 2.
Tucket JW, Lynham A, Lee GA, Perry M, Harrigton U. Maxillofacial trauma in the emergency
department: A review. The Surgeon, J. Royal Colleges of Surg. of Edinburgh and Ireland. 2014; 106-14.
3. Perry M: Advanced Trauma Life Support (ATLS) and facial trauma: can one size fit all? Int. J. Oral
Maxillofac. Surg. 2008; 37: 209–14.

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TRAUMA

1469

SISTEMAS DE FIXAÇÃO PARA FRATURA DE


ÂNGULO MANDIBULAR:
REVISÃO DE LITERATURA
Rafael Moreira Daltro; Lucas da Silva Barreto; Paloma Heine
Quintas; Bruna Pedral Sampaio de Souza Dantas; Thiago Saldanha
de Lucena Sande Vieira

Introdução: A mandíbula, devido a sua mandibular”, “sistemas de fixação de


projeção e por ser o único osso móvel da fraturas” e correspondentes em inglês.
face, está entre as estruturas mais Foram selecionados 20 artigos, 14 em
acometidas nos traumas de face. Dentre as inglês e 6 em português, publicados entre
regiões mandibulares, o ângulo está entre os anos 2010-7.
as três regiões que apresentam maior Discussão: A importância do tratamento
incidência de fratura. Diante das forças e avanço de técnicas para minimizar a
musculares constantemente exercidas na morbidade e sequelas fazem desse tema
mandíbula, em repouso e em função, são algo discutido na literatura. Autores
criadas as zonas de tensão, localizada na sugerem que o uso de apenas uma
linha oblíqua, e de compressão, presente miniplaca na área de tensão é suficiente
na borda inferior. Em abordagem cruenta para redução da fratura, evitando o acesso
dessas fraturas, as técnicas para fixação são cirúrgico extra-oral. Em contrapartida,
a AO/ASIF e a Champy, diferenciando-se, outros sugerem que é necessária a
principalmente, pela fixação rígida ou estabilização de ambas as áreas para
semirrígida dos cotos ósseos, garantir que não haverá deslocamento dos
respectivamente. O objetivo desse trabalho cotos ósseos.
é apresentar uma revisão de literatura a
Conclusões: Ambas as técnicas se
respeito dos sistemas de fixação interna em
mostram eficazes no tratamento das
fraturas de ângulo mandibular.
fraturas de ângulo, dessa forma, a conduta
Métodos: Para confecção do trabalho a ser escolhida deve variar de acordo com a
foram realizadas pesquisas na Pubmed com experiência do cirurgião e análise
os descritores “fratura de ângulo individual de cada caso específico.

Referências: Beza, S. A., Attia, S., Ellis, E., & Omara, L. (2016). A Comparative Study of Transbuccal
and Extraoral Approaches in the Management of Mandibular Angle Fractures: A Systematic Review.
Open Access Macedonian Journal of Medical Sciences, 4(3), 482. Trivellato, P. F. B., Pepato, A. O., Ribeiro,
M. C., Sverzut, C. E., & Trivellato, A. E. (2014). In vitro evaluation of the resistance of a 2.0-mm titanium
fixation system in the sectioned angle without continuity of the inferior border of the
mandible. International journal of oral and maxillofacial surgery, 43(5), 559-563.

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TRAUMA

1491

FRATURA DE ASSOALHO DE ÓRBITA:


NECESSIDADE DE RECONSTRUÇÃO: RELATO
DE 03 CASOS CLÍNICOS
Lucas da Silva Barreto; Rafael Moreira Daltro; Leila Guerreiro de
Jesus; Paloma Heine Quintas; Vildeman Rodrigues

Introdução: A órbita é uma estrutura Discussão: Esse assunto é discutido na


anatômica composta por sete literatura e não há consenso entre os
componentes ósseos, estando localizada autores a respeito da conduta a ser seguida.
no terço médio da face. Devido à sua Alguns autores sugerem que deve-se
localização, a incidência de traumas sobre aguardar a redução de edema para
essas estruturas é alta e, muitas vezes, avaliação da necessidade cirúrgica,
resulta em fraturas, principalmente em sua enquanto outros sugerem a reconstrução
parede medial e assoalho, visto que estas de forma imediata ao trauma. Outro ponto
são mais frágeis. Diante de fraturas de discutido é o material utilizado para
assoalho de órbita, algumas condutas reconstrução, variando entre enxertos
podem ser seguidas, percorrendo desde o ósseos, cartilaginosos, materiais
acompanhamento sem intervenção aloplásticos, como tela de titânio, PPMA,
cirúrgica à reconstrução. O objetivo desse hidroxiapatita ou associação de materiais.
trabalho é a apresentação de uma série de Conclusões: Embora as condutas sejam
três casos clínicos com diferentes condutas diversificadas e variem entre cirurgiões, se
para tratamento de fraturas de assoalho de faz importante o conhecimento das
órbita. técnicas, materiais, bem como as
Métodos: No primeiro caso, a conduta vantagens e desvantagens de cada
seguida foi reconstrução do assoalho da intervenção, sendo de fundamental
órbita com tela de titânio isolada; no importância, também, a avaliação de cada
segundo e terceiro caso foi realizada caso em particular.
reconstrução utilizando associação da tela
de titânio com PPMA.
Referências: Sukegawa, S., Kanno, T., Shibata, A., Matsumoto, K., Sukegawa-Takahashi, Y., Sakaida,
K., & Furuki, Y. (2017). Treatment of Orbital Fractures with Orbital-Wall Defects using Anatomically
Preformed Orbital Wall Reconstruction Plate System. Journal of Hard Tissue Biology, 26(2), 231-236.
Kronig, S. A. J., Van Der Mooren, R. J. G., Strabbing, E. M., Stam, L. H. M., Tan, J. A. S. L., De Jongh, E.,
... & Koudstaal, M. J. (2016). Pure orbital blowout fractures reconstructed with autogenous bone grafts:
functional and aesthetic outcomes. International journal of oral and maxillofacial surgery, 45(4), 507-
512. Wi, J. M., Sung, K. H., & Chi, M. (2017). ‘Orbital volume restoration rate after orbital fracture’; a
CT-based orbital volume measurement for evaluation of orbital wall reconstructive effect. Eye, 31(5),
713-719.

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TRAUMA

1493

PROPOSTA DE UM ALGORITMO PARA O ATENDIMENTO


INICIAL À VÍTIMA DE TRAUMA BUCOMAXILOFACIAL EM
HOSPITAIS ONDE NÃO EXISTA PLANTÃO PERMANENTE DE
CIRURGIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL
Maynara Lemos Abreu Silva; Christian Barros Ferreira

Introdução: A presença do Cirurgião sequência lógica e muito bem ordenada na


Buco-Maxilo-Facial nos Pronto-Socorros primeira abordagem à vítima já em
não se constitui realidade na maioria dos ambiente hospitalar1,2,3,4,5,. Entretanto,
hospitais brasileiros. Baseado nisso quando existem lesões dento-maxilo-
apresentamos um algoritmo para faciais associadas6,7, a avaliação e
orientação da equipe de primeiro intervenção nessa região pode se tornar
atendimento ao paciente com trauma. imperativa para que se minimize os danos,
Objetivo: Elaboração e apresentação de às vezes permanentes e incapacitantes;
um fluxograma para sistematizar o podendo essas condições serem tratadas
atendimento ao paciente com concomitante8, ou até mesmo
politraumatismo que apresente lesões antecipadamente, às prioridades
dento-maxilo-faciais associadas, baseado estabelecidas pelo ATLS ; sem, contudo,
na literatura atual e em 16 anos de prejudicar na abordagem sistêmica ao
experiência de um dos autores num Serviço doente.
de Urgência e Emergência no interior de Conclusão: o estabelecimento de
Minas Gerais. protocolos nos serviços de saúde tem sido
Discussão: Estabelecido na segunda uma demanda crescente e necessária, que
metade da década de 701, o protocolo ATLS minimiza intervenções muitas vezes
de atendimento ao paciente com desnecessárias e desastrosas, além de
traumatismos se tornou Padrão-Ouro por evitar gastos por parte das instituições de
todo o mundo, estabelecendo uma atendimento.
Referências:
2: M, Perry. Advanced trauma life support (ATLS)and facial trauma: can one size fit all? Part I:
Dilemmas in the multiply injured patient with coexisting facial injuries. Int. J. Oral and maxillofac.
Surg. 2008; 37: 209-214. Derby, UK
3: M, Perry. Advanced trauma life support (ATLS)and facial trauma: can one size fit all? Part 2: ATLS,
maxillofacial injuries and airway management dilemmas. Int. J. Oral and maxillofac. Surg. 2008; 37:
209-214. Derby, UK.
4: M, Perry. Advanced trauma life support (ATLS)and facial trauma: can one size fit all? Part 3:
Hypovolaemia and facial injuries in the multiply injured patient. Int. J. Oral and maxillofac. Surg. 2008;
37: 209-214. Derby, UK.
5: M, Perry. Advanced trauma life support (ATLS)and facial trauma: can one size fit all? Part 4: “Can
the patient see?” Timely diagnosis, dilemmas and pitfalls in the multiply injured, poorly
responsive/unresponsive patient. Int. J. Oral and maxillofac. Surg. 2008; 37: 209-214. Derby, UK.

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TRAUMA

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REDUÇÃO DE SEIO FRONTAL: ABORDAGEM


BUCO-MAXILO-FACIAL NA TERAPIA DE
REABILITAÇÃO DAS FRATURAS PAN FACIAIS
Renato dos Santos; Alessandra Kuhn Dall` Magro; Iara Fiorentin
Comunello; Guilherme Luckmann; Pâmela Marli Cavalheiro

Introdução: As lesões do seio frontal Resultados: O paciente apresentou


relacionam-se a traumas de grande quadro infeccioso pós operatório com
amplitude como acidentes com veículos necessidade de antibioticoterapia e
automotores, agressões físicas, ferimentos tratamento de enfermaria. Além da perda
com arma de fogo e acidentes de trabalho. do globo ocular esquerdo ocorrido pelo
Acometem mais frequentemente a trauma, houve boa evolução,
população masculina entre 21 e 30 anos de restabelecendo as funções faciais habituais
idade e normalmente ocorrem no terço de fonação, visualização, respiração,
médio da face, podendo afetar a parede alimentação, olfação, mímica facial sem
anterior e/ou inferior do seio frontal déficit neurológico.
incluindo fraturas naso-órbito-etmoidal e Discussão: O estudo visa demonstrar a
zigomáticas. O seu envolvimento pode possibilidade de divergência de tomada de
causar complicações relacionadas com a conduta das diferentes especialidades
cavidade intracraniana, órbita e/ou envolvidas no tratamento, já que a conduta
estruturas nasais como sinusites clínica para as fraturas de parede anterior
recorrentes, osteomielite do osso frontal, dos seios frontais não possuem um
mucocele, meningite, encefalite, abcesso consenso. O mais relatado é que as fraturas
cerebral ou trombose do seio cavernoso e em galho verde ou minimamente
em casos mais severos o óbito. Os objetivos deslocadas não necessitam de tratamento
do tratamento são a prevenção de infecção, cirúrgico, em contrapartida deslocamentos
isolamento do conteúdo intracraniano, maiores que a espessura da tábua óssea
correção da drenagem de líquido vestibular ou em múltiplos fragmentos
cefalorraquidiano e a restauração da requerem intervenções.
função e da estética.
Conclusão: O cirurgião Buco-Maxilo-
Métodos: O presente trabalho expõe um Facial conduz os casos de fraturas do seio
caso de fratura fronto-naso-orbito- frontal e as pan faciais, diagnosticando e
etmoidal com afundamento de seio frontal, definindo as condutas a serem tomadas,
confirmada por exame tomográfico de face, porém é imprescindível o
em um paciente masculino, vitima de acompanhamento neurológico, se tratando
acidente automobilístico, submetido à de traumatismos cranianos podendo
redução da parede anterior do seio frontal, ocorrer lesões neurológicas sub ou
fixação interna rígida com posterior sobrejacentes.
redução das fraturas pan faciais adjacentes.

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TRAUMA

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TERCEIRO MOLAR NA LINHA DE FRATURA DE


ÂNGULO MANDIBULAR: MANTER OU EXTRAIR?
Ângelo Rosso Llantada; Arthur Berny Castellano; Matheus Spinella
de Almeida; Luiz Fernando Gil; José Nazareno Gil

Introdução: O tratamento das fraturas de acompanhamento. Em contrapartida, a


ângulo mandibular, associadas a presença extração do dente durante o procedimento
do terceiro molar, permanece bastante aumenta o risco de lesão ao nervo alveolar
controverso na literatura e na prática inferior e de problemas oclusais pós-
cirúrgica1. O objetivo deste estudo é operatórios, além de prolongar o tempo da
informar e discutir sobre a conduta mais cirurgia1.0
aceita e indicada pela literatura em relação Discussão: Apesar de ser um tópico
a manutenção ou a extração de um terceiro controverso entre os profissionais, a
molar durante o tratamento das fraturas de literatura retrata uma abordagem mais
ângulo mandibular. conservadora quanto ao tratamento de
Métodos: O estudo foi realizado através fraturas de ângulo associadas ao terceiro
de uma revisão da literatura sobre o molar. A remoção do elemento da linha de
assunto abordado, visando analisar as fratura pode dificultar a fixação, aumentar
condutas de tratamento das fraturas de os riscos de dano ao nervo alveolar inferior,
ângulo mandibular relacionadas ao prolongar o tempo cirúrgico e dificultar a
terceiro molar, sobre mantê-lo ou extraí-lo consolidação óssea da região1. Os artigos
da linha de fratura. indicam a extração apenas em casos
Resultados: Os resultados encontrados específicos, que variam de estudo para
relatam diferenças insignificantes entre a estudo.
remoção ou manutenção do dente quanto à Conclusão: Baseado na revisão de
cicatrização, reestabelecimento oclusal e literatura, sempre que o terceiro molar
retorno às atividades diárias2. Estudos melhorar a estabilidade da redução
mostraram que com a manutenção do cirúrgica, deve-se mantê-lo na linha de
dente na linha de fratura, a presença de fratura. As extrações, entretanto, estão
infecções, sensibilidade e dor é mais indicadas apenas nos casos de dentes: com
frequente; embora haja uma importante alto grau de mobilidade (soltos na linha de
redução nestes sintomas após 1 semana de fratura), que possuem processos
pós-operatório, até a total remissão dos infecciosos ou patologias associadas e que
mesmos após 24 semanas de atrapalham na redução da fratura.
Referências:
1
MCNAMARA, Z. et al. Removal versus retention of asymptomatic third molars in mandibular angle
fractures: a randomized controlled trial. Int J Oral Maxillofac Surg, v. 45, n. 5, p. 571-4, May 2016.
2
RAI, S.; PRADHAN, R. Tooth in the line of fracture: its prognosis and its effects on healing. Indian J
Dent Res, v. 22, n. 3, p. 495-6, 2011 May-Jun 2011.

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RECONSTRUÇÃO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-


ORBITÁRIO UTILIZANDO TECNOLOGIA 3D
Rhaina Anuá Souza Afonso; Alberto Ferreira da Silva Junior;
Bernardo Drummond Braga; Rubens Jorge Silveira; Lucas Teixeira
Brito

O complexo zigomático-orbitário está foi impressa em impressora 3D utilizando


entre as estruturas da face mais envolvidas cimento ortopédico. O paciente foi
quando do trauma facial. O osso submetido a anestesia geral com intubação
zigomático faz parte da parede lateral e do orotraqueal. Foi realizada abordagem
assoalho da órbita, por isso, fraturas hemicoronal direita, divulsão por planos,
dessa estrutura comprometem exposição da área da fratura e
significativamente a estrutura óssea do debridamento para instalação da prótese
olho, causando defeitos estéticos e na região zigomática. A prótese foi fixada
funcionais. O diagnóstico das fraturas do com placas e parafusos do sistema 1,5mm e
complexo zigomático-orbitário é baseado suturas por planos para reestabelecimento
nas informações colhidas durante o exame da continuidade. Foi realizada tomografia
físico e imaginológico, sendo a tomografia pós-operatória para controle e avaliação do
computadorizada um exame sine qua non. tratamento proposto. O tratamento de
O tratamento cirúrgico nesses casos é deformidades faciais é um desafio à equipe
complexo, exigindo bom planejamento e cirúrgica, envolvendo, frequentemente,
experiência do profissional. O objetivo cirurgias múltiplas, sendo algumas de alto
desse trabalho é relatar caso clínico de custo. A utilização da tecnologia de
tratamento (sequela) de fratura cominutiva prototipagem nesses casos permite
do complexo zigomático-orbitário direito avaliação global da deformidade,
em paciente do gênero masculino, 33 anos, auxiliando no diagnóstico e planejamento
vítima de ferimento por arma de fogo. O mais acurado do procedimento corretivo,
tratamento executado foi através de diminuindo o tempo cirúrgico e,
prótese prototipada a partir de uma consequentemente, o risco de infecções. O
reconstrução 3D utilizando tomografia resultado mostrou-se superior e bastante
computadorizada. A prótese reconstrutiva satisfatório.
Referências:
Manganello-Souza LC, Luz JGC. Tratamento Cirúrgico do Trauma Bucomaxilofacial, Terceira Edição. P
266-278, 2006.
Ellis III E, Zide MF. Acessos Cirúrgicos ao Esqueleto Facial. P 9-78 2006.

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TRAUMA

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COMPARAÇÃO ENTRE ACESSO TRANSCONJUNTIVAL


E SUBCILIAR PARA TRATAMENTO DAS FRATURAS
ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIAS: REVISÃO DE LITERATURA
Marcelo Oldack Silva dos Santos; Hully Teixeira de Azevedo; Larissa
Oliveira Ramos Silva; Lucas da Silva Barreto; Sandra de Cassia Santana
Sardinha

Introdução: O tratamento das fraturas humanos. O critério de inclusão para


zigomático-orbitárias constitui uma leitura e análise dos artigos foram: estudos
prática relativamente comum para o primários comparando o acesso
Cirurgião Bucomaxilofacial. A escolha do transconjuntival ao acesso subciliar no
acesso cirúrgico ao complexo zigomático- tratamento de fraturas zigomático-
orbitário é orientada por uma boa orbitárias. Estudos de revisão foram lidos,
visualização intraoperatória, formação porém excluídos da análise. Foram
mínima de cicatriz e bom resultado encontrados 39 artigos, sendo que 08
estético. O acesso pode ser realizado contemplaram os critérios de inclusão para
através das abordagens transcutânea, leitura e análise.
principalmente através do acesso subciliar, Análise de resultados: Ao analisar
ou transconjuntival. O objetivo desse resultados de 8 estudos retrospectivos foi
estudo é analisar e confrontar as constatado que os estudos divergiram nos
complicações, vantagens e desvantagens desenhos, técnicas empregadas, análises e
do acessos subciliar e transconjuntival desfechos, onde 6 estudos defendem o
através da análise de estudos primários acesso transconjuntival e 2 defendem o
sobre o tema. acesso subciliar.
Metodologia: Foi realizada busca Conclusões: As duas técnicas cirúrgicas
eletrônica na base de dados eletrônicos mencionadas foram eficazes para correção
Pubmed, utilizando os descritores das fraturas do complexo zigomático-
“zygomatic-orbital fractures”,” subciliary orbitário, porém a abordagem
approach” “transconjunctival approach”. transconjuntival proporciona cicatrizes
Na busca eletrônica foram utilizados os mais estéticas, constituindo hoje a
restritores: estudos em inglês, publicados primeira escolha da maioria dos autores.
nos últimos cinco anos e conduzidos em
Referências: 1- Santos MBP| Araújo MM, Cavalieri, Júnior MAB, Vale DS. O acesso subciliar como
opção para o tratamento de fratura do complexo zigomático-orbitário: relato de caso. Rev. Cir.
Traumatol. Buco-Maxilo- Fac., Camaragibe. 2011; 11(1): 9-12. 2- Baqain ZH, Malkawi Z, Hadidi
A, Rajab LD. Subtarsal approach for orbital floor repair: a long-term follow-up of 12 cases in a Jordanian
teaching hospital. J Oral Maxillofac Surg. 2008;66(1):45-50. 3- Ozakpinar HR, Sari E, Tellioglu
AT, Sandikci MM, Inozu E, Seven E, Eryilmaz T, Karamursel S. Comparison of Subciliary Approaches in
Orbito-Zygomatic Fractures: Skin Flap Versus Skin-Muscle Flap. J Craniofac Surg. 2015;26(7):2094-8.

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1585

DACRIOCISTE AGUDA DECORRENTE DE


MATERIAL DE OSTEOSSÍNTESE
Marcelo Oldack Silva dos Santos; Daniel Miranda de Paula; Mariluze
Maria dos Santos Sardinha; Sandra de Cassia Santana Sardinha;
Rafael Drummond Rodrigues

Introdução: Dacriocistite é uma fraturas em face há 2 anos após acidente


inflamação e/ou infecção do saco lacrimal, automobilístico. Foi encaminhado pelo
geralmente causada por obstrução do oftalmologista após realização de
ducto nasolacrimal. Pacientes portadores dacriocistorrinotomia, devido ao quadro de
de dacriocistite apresentam dor, epífora, dacriocistite aguda decorrente de
eritema e edema sobre o saco lacrimal. Por obstrução do ducto nasolacrimal.
vezes, secreção mucóide e/ou exsudato Clinicamente, pôde-se observar presença
purulento são observados após drenagem de sonda nasolacrimal e discreta epífora
por pressão digital. Há poucos estudos que em região de canto medial de olho
relatam a evolução de dacriocistite em esquerdo. Após avaliação da Tomografia
pacientes submetidos a osteossíntese com Computadorizada (TC) de face, observou-
placas e parafusos para o tratamento de se presença de dispositivo metálico
fraturas do complexo zigomático-orbitário. compatível com material de osteossíntese
Sendo assim, dacriocistite é uma na região do rebordo infra-orbitário
complicação possível no pós-operatório de esquerdo, com parafuso ocupando parte do
alguns pacientes devido à proximidade do trajeto do nasolacrimal do mesmo lado. O
ducto nasolacrimal ao sítio de fratura. O paciente encontra-se no 8º mês pós-
objetivo desse trabalho é apresentar um operatório de remoção de placa e parafusos
caso de um paciente RNL, gênero sem queixas e sem sinais de infecção local,
masculino, 23 anos, com histórico de com regressão total da epífora.
cirurgia para redução e fixação de múltiplas
Referências:
1. Madeira MC. Anatomia da face: Bases anatomofuncionais para a prática Odontológica. 6ª edição. São
Paulo: Sarvier;2012.
2. FC Francisco, Carvalho ACP, Torres Neto G, Francisco VFM, Souza LAM, Francisco MC. Avaliação da
via lacrimal pelos métodos radiológicos. Radiol Bras. 2007;40(4):273–8.
3. Yuksel N, Akcay E, Kilicarslan A, Ozen U, Ozturk F. A Surprise in the Lacrimal Sac. Middle East African
J of Ophthalmol.2016; 23(3): 268-70.
4. Lorena SHT, Silva JAF. Dacriocistite aguda: relato de 2 casos. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(1):37-40.
5. Brucoli M, Arcuri M, Cavenaghi R, Benech A. Analysis of Complications After Surgical Repair of
Orbital Fractures. The Journal of Craniofacial Surgery. 2011;22(4): 1387-90.
6. Choi JS, Lee JH, Paik HJ. A Silastic Sheet found during Endoscopic Transnasal Dacryocystorhinostomy
for Acute Dacryocystitis. Korean J Ophthalmol. 2006;20(1): 65-9.

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1595

TRATAMENTO DE FRATURA COMINUTIVA DE


SEIO FRONTAL: RELATO DE CASO
Eduardo Pipino Pavan; Washington Geraldo Pellegrini Rocha Junior;
Diego Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz;
Estevam Rubens Utumi

Fraturas de osso frontal podem ocasionar visuais. Havia perda de projeção da região
graves problemas ao paciente, com altos frontal sem ferimentos cortantes, apenas
índices de morbidade e mortalidade. As escoriações locais. Tomografia
fraturas de parede anterior de seio frontal computadorizada mostra afundamento de
englobam um terço das fraturas deste osso parede anterior de seio frontal, sem
e cerca de 5 a 15% de todas as fraturas envolvimento da parede posterior. Não foi
faciais. Apesar de apresentar mínimas observado drenagem de líquido
complicações, este tipo de fratura resulta cefalorraquidiano. Foi programado
em uma deformidade estética redução cirúrgica da fratura sob anestesia
desagradável. Sua etiologia envolve geral através de acesso bicoronal. As
acidentes automobilísticos, agressão física, fraturas do seio frontal foram corretamente
queda, alcoolismo e abuso de drogas. O reduzidas e fixadas com miniplacas. Este
exame de imagem deve incluir estruturas caso clínico se enquadra nos objetivos para
ósseas e tecidos moles da face e das o tratamento cirúrgico destas fraturas:
estruturas intracranianas. O envolvimento prevenção de conteúdo intracraniano e
intracraniano é crucial para a tomada de promover contorno do osso frontal. As
decisão de como e quando tratar fraturas fraturas de parede anterior de seio frontal
do seio frontal. O objetivo deste trabalho é podem ser reconstruídas com miniplacas
apresentar um caso de fratura de osso ou, em casos de ausência de tecido ósseo
frontal, envolvendo apenas a parede adequado, pode-se utilizar de enxertos
anterior do seio frontal. Paciente A.A.C.S., ósseos. Complicações precoces incluem
32 anos de idade, gênero feminino, vítima sinusite, hematoma, infecção e meningite.
de queda da própria altura, compareceu ao Complicações tardias podem incluir
serviço CTBMF do Hospital Municipal Dr. mucoceles e abscessos cerebrais,
Arthur Ribeiro de Saboya com queixas de meningite, persistência da irregularidade
afundamento na região frontal. A paciente óssea e dor crônica. Fraturas de osso
negou perda de consciência após o trauma frontal sempre devem ser submetidas à
e recebeu alta da equipe de neurocirurgia avaliação neurológica, independente do
após avaliação própria. Ao exame físico, quadro clínico. A paciente encontra-se no
apresentava equimose periorbital em olho sexto mês de pós-operatório sem
esquerdo com movimentação ocular complicações e sob acompanhamento
extrínseca preservada e sem déficits ambulatorial.

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1596

LE FORT IV: FRATURA DE TERÇO MÉDIO DE


FACE E BASE DE CRÂNIO: RELATO DE CASO
Eduardo Pipino Pavan; Washington Geraldo Pellegrini Rocha Junior;
Diego Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz;
Estevam Rubens Utumi

As fraturas de terço médio de face foram Tomografia computadorizada de crânio


descritas por Rene Le Fort em 1901 e são evidenciou fratura de base de crânio com
baseadas nas linhas de fragilidade da face. pneumoencéfalo. Tomografia
Muitas fraturas de terço médio facial computadorizada de face mostrou fraturas
estendem-se para a região anterior da base de esqueleto fixo da face do tipo Le Fort II,
do crânio, apesar de não relatadas por Le fratura de parede anterior de seio frontal e
Fort, são denominadas por outros autores teto de órbita à esquerda. O paciente
como Le Fort IV. O objetivo deste trabalho permaneceu internado aos cuidados da
é apresentar um caso de fratura de terço Neurocirurgia para avaliar regressão do
médio de face e base de crânio, envolvendo pneumoencéfalo, obtendo alta da
também a parede anterior do seio frontal, especialidade após 11 dias. Após liberação,
classificada como Le Fort IV. Paciente paciente foi submetido à redução das
J.B.P.S., 57 anos de idade, gênero fraturas faciais. As fraturas foram
masculino, vítima de queda de bicicleta, corretamente reduzidas e fixadas com
atendido no pronto socorro do Hospital miniplacas. O paciente encontra-se no
Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya décimo segundo mês de pós-operatório
pelo serviço de Neurocirurgia e CTBMF. Ao sem complicações e sob acompanhamento
exame físico apresentava escoriações em ambulatorial.
face, perda de projeção do terço médio de
face e região frontal, equimose periorbital
bilateral, epistaxe, ausência de drenagem
de líquido cefalorraquidiano, avulsão
traumática dos dentes incisivos superiores,
mobilidade da maxila à manipulação,
ferimento corto-contuso em lábio inferior,
mobilidade de dentes inferiores.

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1651

TRATAMENTO DE FRATURAS PANFACIAIS:


SÉRIE DE CASOS ATENDIDOS NO HOSPITAL
REGIONAL DO AGRESTE: CARUARU/PE
Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Rafael de Sousa Carvalho
Saboia; Lucas Nunes de Brito Silva; André Lustosa de Souza;
Gabriela Granja Porto

Introdução: As fraturas panfaciais, assim automobilístico, atropelamento e agressão


chamadas por acometerem no mínimo dois física responsáveis por 37,5% dos casos
dos três terços faciais, são comumente (12,5% cada). O sítio da face mais
causadas por traumas de alta energia. O comumente fraturado foi a mandíbula
tratamento dessas fraturas pode ser (87,5%), seguido pela maxila (75%) e
complexo, devido à perda das referências zigomático (50%). Fraturas de ossos
que orientam a reconstrução do esqueleto próprios do nariz (OPN) foram vistas em
facial. três pacientes; e apenas um paciente
Objetivo: Descrever a conduta clínica no apresentou fratura de complexo naso-
tratamento de fraturas panfaciais, através órbito-etmoidal (NOE) e osso frontal.
de uma série de casos tratados no Hospital Todos os pacientes foram tratados por
Regional do Agreste (HRA) - Caruaru/PE. meio de cirurgia aberta seguida de redução
e fixação interna rígida. Metade dos casos
Métodos: uma série não consecutiva de
recebeu intubação nasotraqueal, enquanto
oito casos de fraturas panfaciais tratadas
a outra metade recebeu intubação
de 2014 a 2017 no HRA foi selecionada.
submentoniana. Apenas dois pacientes
Após assinatura de Termo de
apresentaram complicações pós-
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
operatórias (enoftalmo e infecção pós-
pelos pacientes, foi realizada estatística
operatória).
descritiva utilizando as seguintes
variáveis: sexo, idade, etiologia do trauma, Discussão: A maior prevalência de
sítios fraturados, plano de tratamento, tipo pacientes jovens do sexo masculino, e de
de intubação e complicações pós- acidentes motociclísticos está de acordo
operatórias. com a literatura. O tratamento cirúrgico
comumente é proposto à correção das
Resultados: Sete dos oito pacientes
fraturas panfaciais, e a intubação
tratados eram do sexo masculino (87,5%),
submentoniana se faz importante como
com uma média de 27 anos de idade. Com
alternativa à traqueostomia em fraturas de
relação à etiologia do trauma, 62,5% dos
OPN e NOE associadas às demais, por
casos foram vítimas de acidente
permitir o controle transoperatório da
motociclístico, sendo o acidente

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oclusão, bem como o acesso aos ossos


nasais.
Conclusão: a maioria dos casos de
fraturas panfaciais atendidas no HRA
correspondeu a pacientes jovens, do sexo
masculino, vítimas de acidente
motociclístico. O tratamento cirúrgico,
proposto a todos os casos, levou a
resultados satisfatórios e baixo índice de
complicações pós-operatórias.

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1656

AVALIAÇÃO DO USO DO CAPACETE E DO


ÁLCOOL EM MOTOCICLISTAS NO HOSPITAL
REGIONAL DO AGRESTE/PE
Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Ilky Pollansky Silva e Farias;
Rafael de Sousa Carvalho Saboia; Francisco Rikilly de Araújo;
Gabriela Granja Porto

Introdução: O trauma facial provocado Resultados: 112 pacientes compuseram a


pelos acidentes envolvendo motocicletas amostra, sendo a maioria do sexo
merece destaque nos dias atuais, em masculino (90,2%) e com faixa etária entre
virtude de sua alta prevalência e morbidade 20 – 29 anos de idade (50,9%). Com relação
provocadas. Portanto, a identificação de ao uso de capacete, 75,9% dos pacientes
fatores de risco para o trauma facial pode relataram seu uso no momento do
auxiliar o delineamento de programas de acidente. O álcool foi consumido pelas
prevenção de acidentes. vítimas em 33% dos casos. Motocicletas
Objetivos: Avaliar a utilização do com potência superior a 50 cilindradas
capacete e sua relação com o uso do álcool foram o tipo mais utilizado (93,7%),
em motociclistas atendidos no Hospital enquanto o capacete mais utilizado foi o
Regional do Agreste (HRA) – Caruaru/PE. aberto sem viseira (40,2%). A mandíbula foi
o osso mais frequentemente fraturado
Metodologia: Realizou-se estudo do tipo
(52,7%), seguido do zigomático (16%). O
estatístico-descritivo e inferencial através
AUDIT (Alcohol Use Identification Test
da utilização de dois instrumentos: um
Disturbance) revelou que o uso de baixo
considerando os dados epidemiológicos
risco foi o mais prevalente entre os
dos acidentados (sexo, faixa etária, uso do
pacientes (90,2%).
capacete, tipo de capacete, uso de
habilitação, potência da motocicleta, Discussão: A facilidade oferecida pelo
finalidade do uso da motocicleta, presença uso de motocicletas associado ao consumo
de acidentes prévios e período de de álcool, que deveria ser zero, e a incorreta
internação) e a utilização de capacete; e ou a não utilização do capacete,
outro para identificar o grau de distúrbio de representam fatores de risco para os
uso de álcool nos condutores. Os dados padrões de fratura faciais mais encontrados
foram coletados de pacientes atendidos no no estudo (mandíbula e zigomático), assim
HRA, de abril/2015 a abril/2016, sendo, como interferem na complexidade das
posteriormente, submetidos a análise fraturas.
estatístico - descritiva. Conclusão: Vítimas do sexo masculino e
entre 20 a 29 anos foram as mais
frequentemente acometidas por traumas

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faciais. A maioria usava capacete e a maior


parte das fraturas foram consideradas
complexas. A maioria das vítimas foi
considerada como possuindo baixo risco
para dependência.

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1700

TRATAMENTO VÍDEO-ASSISTIDO DE FRATURA


DE CÔNDILO MANDIBULAR
Clarice Ramos da Cunha; Carlos Eduardo Assis Dutra; Ana Cristina
Rodrigues Antunes de Souza; Fernanda Brasil Daura Jorge Boos
Lima; Sergio Monteiro Lima Junior

As fraturas de mandíbula são as fraturas potenciais. O objetivo deste trabalho é


craniofaciais mais comuns, sendo que as discorrer sobre os benefícios da técnica
fraturas condilares correspondem de 9- endoscópica por meio da apresentação de
45% de todas as fraturas mandibulares. São um caso clínico. Apesar de o tratamento
normalmente causadas por impacto na cirúrgico de fraturas condilares continuar
região sinfisária, levando a ruptura óssea sendo tecnicamente exigente, ele
na zona de fragilidade do côndilo apresenta resultados funcionais superiores
mandibular. A redução aberta e fixação e, em alguns casos, pode ser a opção de
interna idealmente retornam o côndilo à escolha. O desenvolvimento de técnicas
sua posição pré-traumática, restaurando a minimamente invasivas representa o
continuidade esquelética, que restabelece futuro no tratamento de fraturas
a posição mandibular normal, levando os condilares, à medida que o tratamento
dentes em sua relação apropriada. A cirúrgico oferece resultados equivalentes
redução aberta vídeo-assistida por acesso ou superiores aos tratamentos fechados e
intrabucal fornece os benefícios da redução que as experiências com abordagens
aberta e fixação interna, sem complicações endoscópicas crescem.
Referências:
BELLI, Evaristo et al. Surgical evolution in the treatment of mandibular condyle fractures. BMC
surgery, v. 15, n. 1, p. 16, 2015.
GONZÁLEZ-GARCÍA, R. et al. Transoral endoscopic-assisted management of subcondylar fractures in
17 patients: an alternative to open reduction with rigid internal fixation and closed reduction with
maxillomandibular fixation. International journal of oral and maxillofacial surgery, v. 38, n. 1, p.
19-25, 2009.
SHIJU, Muhammed et al. Fractures of the mandibular condyle–open versus closed–a treatment
dilemma. Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery, v. 43, n. 4, p. 448-451, 2015.

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1708

RECONSTRUÇÃO DE DEFEITO MANDIBULAR


COM EXERTO AUTÓGENO E PROTOCOLO DE
PROTOTIPAGEM RÁPIDA: RELATO DE CASO
Jair Queiroz de Oliveira Neto; Edson Luiz Cetira Filho; Pedro Henrique
da Hora Sales; Andréa Silvia Walter de Aguiar; Manoel de Jesus
Rodrigues Mello

Introdução: A abordagem reconstrutiva esses defeitos, onde o enxerto autógeno


da mandíbula é um desafio em relação às proporciona características importantes
demandas funcionais e estéticas. A que favorecem uma maior taxa de sucesso.
etiologia das fraturas mandibulares são Além disso, o método de prototipagem
variáveis, podendo ser: traumáticas, rápida é uma ferramenta de grande valia,
patológicas ou decorrente de infecções em razão de proporcionar uma série de
ósseas. vantagens para o cirurgião, como reduzir o
Objetivo: A meta deste trabalho é tempo operatório, entre outros.
descrever um caso clínico de um paciente Conclusão: A reconstrução dos defeitos
com defeito ósseo mandibular causado por mandibulares pode apresentar um desafio
projétil de arma de fogo, tratado através de real para os cirurgiões. Protótipos 3D
enxerto ósseo de crista ilíaca com podem trazer grandes benefícios
planejamento através de prototipagem especialmente em casos complexos, visto
rápida. que ajudam a diminuir o tempo cirúrgico e
Discussão: Vários materiais oferecem a aumentar a previsibilidade do
uma excelente forma de reabilitação para procedimento.

Referências: 1. Singare S, Dichen L, Bingheng L, Yanpu L, Zhenyu G, Yaxiong L. Design and fabrication
of custom mandible titanium tray based on rapid prototyping. Medical Engineering&Physics 2004; 26:
671–676. 2. Cohen A, Laviv A, Berman P, Nashef R, Abu-Tair J, Israel J. Mandibular reconstruction using
stereolithographic 3-dimensional printing modeling technology. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral
RadiolEndod 2009; 108:661-666. 3. Foley BD, Thayer WP, Honeybrook A, McKenna S, Press S.
Mandibular Reconstruction Using Computer-Aided Design and Computer-Aided Manufacturing: An
Analysis of Surgical Results. J Oral MaxillofacSurg 2013; 71:e111-e119. 4. Kernan BT, Wimsalt JA. Use
of a Stereolithography Model for Accurate, Preoperative Adaptation of a Reconstruction Plate. J Oral
MaxillofSurg 2000; 58: 349-351. 5. Erickson DM, Chance D, Schmitt S, Mathisf J. An Opinion Survey of
Reported Benefits From the Use of Stereolithographic Models. J Oral MaxillofacSurg 1999; 57: 1040-
1043. 6. Modabber A, Gerressen M, Ayoub N,Elvers D, Stromps JP, Riediger D, Hölzle F, Ghassem A.
Computer-assisted zygoma reconstruction with vascularized iliac crest bone graft. Int J Med Robotics
Comput Assist Surg 2013; 9: 497–502.

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FRATURA DE ÓRBITA EM PACIENTES


PEDIÁTRICOS: RELATO DE CASO
Stefannie Lopes de Freitas; Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Pedro
Thalles Bernardo de Carvalho Nogueira; Jose Zenou Costa Filho;
Pedro Jorge Costa

As fraturas orbitais em pacientes pediátricos possuem uma


incidência que varia de 1,4% a 10% das fraturas faciais. Essa
baixa é devido a fatores anatômicos como a relação crânio facial,
a não pneumatização dos seios, elasticidade óssea e presença da
camada gordurosa que amortece os impactos. Os principais
fatores etiológicos são quedas, acidentes de trânsito, acidente
doméstico, agressão física e acidentes desportivos. Os principais
sintomas são a diplopia e distopia e o principal sinal é a
enoftalmia. Para esse caso de fratura o exame de imagem mais
indicado é a tomografia computadorizada. Essas fraturas são em
blow out, quando há queda do globo ocular para dentro do seio
maxilar, junto com gordura e anexos com ou sem pinçamento
dessa musculatura. Quando há o aprisionamento do conteúdo
orbitário na fissura, essas fraturas são denominadas trapdoor,
mantendo-o firmemente encarcerado. Para a reconstrução
dessas fraturas têm-se polímeros biodegradáveis e
biocompatíveis, enxertos e malha de titânio. A escolha do
material depende do tamanho da fratura, disponibilidade e idade
do paciente. O presente trabalho objetiva a apresentação de um
caso clínico de um paciente vítima de acidente desportivo,
diagnosticado com fratura de órbita trapdoor a qual foi
submetida a tratamento cirúrgico de urgência, onde foi feito por
desencarceramento da musculatura e reconstrução do assoalho
orbital com malha de titânio. O caso encontra-se proservado por
três anos, onde não há sinais de diplopia, enoftalmia e distopia.

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1713

FRATURA DE MANDÍBULA EM PACIENTE


PEDIÁTRICO: CASO CLÍNICO
Marina Castro Rocha; Francisco Paulo Araújo Maia; Natália Lins de
Souza; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal Henrique Barbosa
Luna

Introdução: As fraturas de mandíbula são elementos dentários laterais ao traço de


frequentes e geralmente causadas por fratura.
acidentes de trânsito, acidentes Resultados: Após 4 meses do tratamento
domésticos, agressões físicas e acidentes cirúrgico e neoformação óssea, o material
desportivos, tendo como consequências a de síntese foi removido e restaurada a
maloclusão, assimetria facial, limitação função mandibular do paciente.
dos movimentos mandibulares e dor. O
Discussão: Fraturas isoladas de ângulo,
objetivo desse trabalho é relatar um caso
corpo e sínfise mandibular em pacientes
clínico e tratamento de fratura de
pediátricos podem ser tratadas através do
mandíbula em paciente pediátrico.
bloqueio maxilomandibular por 2 a 3
Metodologia: Paciente do gênero semanas. Em pacientes não colaborativos e
masculino, 5 anos, raça negra, vítima de com fraturas deslocadas o tratamento
acidente motociclístico, foi admitido no cirúrgico está indicado devido ao rápido
Hospital de Emergência e Trauma Senador potencial osteogênico evitando uma má
Humberto Lucena, João Pessoa – PB, união ou não união da fratura, como no
Brasil, com politraumatismo. Ao exame referido caso. O material de fixação deve
físico observou-se maloclusão e ser instalado mais próximo da basilar e com
mobilidade em região de corpo mandibular parafusos monocorticais evitando o germe
esquerdo a qual foi confirmada pelo exame dos dentes permanentes.
tomográfico, e diagnosticada como fratura
Conclusão: A escolha do tratamento das
simples de mandíbula. Paciente foi
fraturas pediátricas deve ser definido o
submetido a procedimento cirúrgico para
mais breve possível, devido ao rápido
redução e fixação da fratura através de
potencial osteogênico desses pacientes
acesso intraoral e instalação de uma placa
com o objetivo de restaurar de forma mais
do sistema 2,0 mm na zona de compressão
rápida a função e gerar menor morbidade
associado a uma contenção rígida nos
ao paciente.
Referências:
1.MILORO, M., GHALI, G.E. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de
Peterson. 2ed; São Paulo: Editora Santos, 2008.2
2.FONSECA, R.J; MARCIANI, R.D; TURVEY, T.A. Oral and Maxillofacial Surgery, V3; 2 ed.; St. Louis,
Elsevier:2009. p 815.2
3. PETERSON, L.J; ELLIS, E; HUPP, J.R; TUCKER, M.R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea, 4
ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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1715

FRATURA DE MANDÍBULA POR PROJÉTIL DE


ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO
Stefannie Lopes de Freitas; Rodolpho Ferreira Lima Vilela; Luciano
Schwartz Lessa Filho; Jose Zenou Costa Filho; Pedro Jorge Costa

As injúrias por projétil de arma de fogo As técnicas mais discutidas para o


(PAF) cada vez mais se tornam um manuseio dessas lesões são bloqueio
problema de saúde pública mundial. maxilomandibular, e a fixação interna
Durante o atendimento primário as vítimas rígida por meio de placas e parafusos para
devem ser atendidas dentro do protocolo esse tipo de lesão. Medidas no pré, trans e
de ATLS. Entre os sinais e sintomas da pós-operatórios devem ser tomadas para
fratura de mandíbula provocada por PAF que haja o sucesso no tratamento, tais
incluem dor, parestesia, dificuldade de como: manutenção da volemia e das vias
abertura bucal, má oclusão, hematomas e aéreas, profilaxia anti-tetânica e limpeza
hemorragias. Exames de imagem como diária do ferimento cirúrgico. O presente
Towne, Lateral oblíqua de mandíbula, trabalho objetiva a apresentação de um
póstero-anterior de mandíbula e a caso clínico de um paciente vítima de
tomografia computadorizada devem ser ferimento por PAF em região mandibular.
requeridos para o auxilio diagnóstico. As O qual foi submetido a tratamento
fraturas cominutivas predominam nesses cirúrgico de urgência através da
casos e levam a sérias consequências simplificação da fratura com placas e
estéticas e funcionas para o indivíduo parafusos do sistema 2.0 mm em seguida
acometido. O manejo desses pacientes reconstrução mandibular através da
ainda é controverso, onde alguns autores técnica Load Bearing de fixação por meio
indicam a realização de intervenção de uma placa 2.4 mm. O caso encontra-se
agressiva no início da reconstrução de preservado por um ano, onde o paciente
todas as estruturas envolvidas e outros evolui com oclusão satisfatória e perímetro
indicam o tratamento conservador. mandibular restabelecido.

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1745

A UTILIZAÇÃO DE MATERIAL ABSORVÍVEL EM


FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO
MAXILAR EM CRIANÇA: RELATO DE CASO
Washington Geraldo Pellegrini Rocha Junior; Eduardo Pipino Pavan;
Diego Armando Boff Gomes; João Gualberto de Cerqueira Luz;
Estevam Rubens Utumi

O Zigoma, ou complexo zigomático Este trabalho relata o caso de um paciente,


maxilar, é um osso triangular, que fornece do sexo masculino, 13 anos, que foi
a projeção lateral anterior da parte central atendido pelo serviço de Cirurgia e
da face. Ele articula-se com os ossos Traumatologia Bucomaxilofacial do
maxilar, orbital, temporal e frontal. Em HMARS. Ao exame físico apresentou
razão da sua localização e projeção, as equimose periorbitário, perda de projeção
fraturas do zigoma são mais comuns de antero-posterior de zigoma E, enoftalmia
todas as fraturas do 1/3 médio facial E, hiposfagmaem OE, parestesia em 1/3
pediátricas, cerca de 41% dos casos. médio de face e degrau em ósseo sutura
Existem diversas classificações descritas na fronto-zigomática, rebordo infra-orbitário
literatura para esse tipo de fratura. Kignht e pilar zigomático-maxilar E. Ao exame de
e North, em 1961, classificaram, com base imagem, tomografia computadorizada,
na incidência radiográfica de Waters, as observou-se a fratura de zigoma,
fraturas como o Grupo I, sem deslocamento envolvendo o pilar zigomático-maxilar,
do zigoma; Grupo II, fraturas de arco rebordo infra-orbitário, sutura fronto-
zigomático; Grupo III, com deslocamento, zigomático e esfeno-zigomático. Foi
sem rotação; Grupo IV, com deslocamento optado pela utilização de material
e rotação medial; Grupo V, com absorvível, devido a idade do pacientes e as
deslocamento e rotação lateral e Grupo VI, vantagens do material, em comparação ao
complexas, sendo utilizada até hoje. A material de titânio. Após 07 dias de Pós
fixação interna rígida, com material operatório, o paciente retornou ao
absorvível, é o mais indicado em fraturas ambulatório, onde observou-se que a
pediátricas porque não interferem no projeção ântero-posterior de zigoma
desenvolvimento dos ossos faciais e não estava restabelecida, ausência de
provocam deformidade óssea. enoftalmia e degrau ósseo palpável.

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1759

PLACAS TRIDIMENSIONAIS PARA


TRATAMENTO DE FRATURAS DE MANDÍBULA:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Julio Cesar Silva de Oliveira; Lucas Borin Moura; Juliana Dreyer da
Silva de Menezes; Valfrido Antônio Pereira Filho; Eduardo Hochuli
Vieira

O tratamento de fraturas mandibulares por redução aberta e


fixação interna é muito variável, por isso ocasiona muitas
controvérsias em relação à melhor forma de fixação em relação
à estabilidade do retorno à função e complicações pós
operatórias. Esta revisão sistemática buscou evidência científica
para a melhor indicação na utilização de placas tridimensionais
para o tratamento de fraturas de mandíbula. Uma busca racional
foi realizada até novembro de 2016, nas seguintes bases de
dados: PubMed/MEDLINE, Elsevier e Cochrane Library. Vinte e
cinco artigos científicos foram selecionados para análise
pormenorizada a partir dos critérios de inclusão. Estes estudos
incluíram um total de 1067 pacientes (média de idade de 29
anos) com maior prevalência do gênero masculino. A localização
anatômica mais envolvida foi o ângulo mandibular com boa taxa
de sucesso das placas tridimensionais em relação à outras formas
de fixação. Em conclusão, sugere-se a utilização das placas
tridimensionais em fraturas mandibulares desde que haja pouco
ou nenhum deslocamento entre fragmentos ósseos.

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1763

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA


BILATERAL MANDIBULAR:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Vinícius Rodrigues Gomes; Mariana Canuto Melo de Sousa Lopes;
Josfran da Silva Ferreira Filho; Murilo Alves Teixeira Neto; Breno Souza
Benevides

Introdução: Devido a sua configuração cirúrgica, sob anestesia geral, em que


anatômica, sua posição e sua proeminência foram realizadas as reduções e fixações das
em face, a mandíbula se caracteriza por ser fraturas mandibulares mediante
uma estrutura bastante acometida diante abordagem intra-oral vestibular para
dos casos de traumas faciais, em que região mentoniana. O paciente encontra-
fatores etiológicos como os acidentes se em acompanhamento pós-operatório,
envolvendo veículos motorizados, apresentando relação oclusal funcional
agressão física e acidentes desportivos são semelhante à prévia ao episódio do trauma,
alguns dos mais frequentes. A direção e a cicatrização satisfatória e quadro de
intensidade da força traumática associada parestesia em mento.
ao local específico da fratura mandibular Discussão: As fraturas mandibulares são
influenciam diretamente no deslocamento as mais comuns entre todas as fraturas
dos segmentos ósseos aposicionados, maxilofaciais (Lieger et al., 2009). O local
acarretando, desta maneira, algum grau de de impacto, direção e gravidade da força de
prejuízo funcional e / ou estético. impacto são elementos que influenciam a
Método: O presente trabalho consiste em localização das fraturas de mandibula
relatar o caso de um paciente do sexo (Rudderman et al., 1992).
masculino, normossistêmico, 30 anos de Conclusão: A estabilização
idade, vítima de acidente motociclístico, funcionalmente estável mostrou-se como
portador de fratura bilateral mandibular alternativa viável e resolutiva para o caso
em região de parassínfise; o qual foi em questão, proporcionando
avaliado e conduzido em um Serviço de restabelecimento funcional oclusal e
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial estético para o paciente.
com queixas de dores localizadas em face,
alteração da oclusão dentária e limitação
da função mastigatória. Após conduta
inicial de exame clínico, anamnese,
realização e avaliação de exames
complementares e confecção do plano de
tratamento, foi proposta intervenção

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1767

RECONSTRUÇÃO FACIAL APÓS MORDIDA


DE CÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Ariel Barbato Heil; Roberto de Oliveira Jabur; Helen Heloene Rosa;
Ramon Cesar Godoy Gonçalves; Juliana Cama Ramaciatto

Introdução: A região maxilofacial é Resultado: O resultado foi satisfatório


particularmente vulnerável a lesões por após um ano do procedimento.
mordida de animais. As lesões por Discussão: As mordidas de animais têm
mordeduras são feridas corto-contusas, as sido um grande problema para a saúde
quais possuem características próprias, pública. Para lesões faciais, a área mais
que as diferenciam das humanas: são mais frequentemente afetada foi o terço médio
alongadas, muitas vezes, em forma de “V”, (55%). Isso reflete os achados de Palmer e
nunca possuem vestígios de sucção, Rees, que chamaram isso de “alvo central”.
apresentam maior profundidade das lesões As lesões nos tecidos moles são designadas
provocadas pelos dentes caninos. Estas em três categorias: lacerações, punções e
lesões podem variar de arranhões avulsões (perda de tecido). As lesões em
insignificantes em cabeça e pescoço à tecido mole podem variar
lesões com alto risco à vida, podendo consideravelmente em relação à sua
causar amputações, incluindo destruição extensão e profundidade. A incidência de
vascular e nervosa grave ou lesão óssa. fraturas faciais relacionadas aos ataques de
Métodos: Paciente de 65 anos, masculino, cães é atualmente desconhecida.
leucoderma, deu entrada no Hospital Santa Schalamon et al, Karlson, Palmer e Rees
Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, com documentaram que não há fraturas
histórico de mordida de cão na região da maxilofaciais relacionadas as mordidas em
face. Apresentando laceração extensa no suas revisões de literaturas. Tu et al
lábio superior. A ferida foi rigorosamente sugeriram que as fraturas relacionadas os
lavada com solução fisiológica 0,9% e ataques ocorrem em menos de 5%.
desgermada com solução de PVPI em
Conclusão: Conclui-se que mordida de
tecido mole. O paciente passou por
animais são muito comuns na região de
anestesia geral balanceada. A laceração foi
cabeça e pescoço, e que um rápido
suturada por planos com fio absorvível
tratamento com desinfecção e limpeza da
Vicryl 4-0 e o lábio foi reconstruído com fio
região, seguida da reconstrução tecidual
de nylon 5.0. A profilaxia para tétano e
pela sutura apresentam ótimos resultados
raiva foram realizadas. Foi realizado o pós-
após a cicatrização.
operatório do paciente e removida a sutura
com 7 dias. O paciente foi proservado por 1
ano.

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1772

RECONSTRUÇÃO MANDIBULAR COM


ENXERTO LIVRE DE CRISTA ILÍACA:
RELATO DE CASO
Thaisa Reis de Carvalho Sampaio; Mariana Cruz Gouveia Perrelli;
Hanna Janyne Meira e Mello; Caio Cesar Gonçalves Silva; Suzana
Célia Carneiro

A mandíbula é um dos principais ossos do Este trabalho tem como objetivo o relato de
esqueleto facial, que possibilita a função caso de um paciente com defeito ósseo
orofaríngea, contribui para a estabilidade mandibular após lesão por arma de fogo,
da via aérea, fonação, deglutição e onde foi tratado através de reconstrução
mastigação, e determina o contorno do mandibular com enxerto livre de crista
terço inferior da face. As destruições ilíaca, um material autógeno seguro, com
mandibulares podem resultar de tumores, baixa taxa de morbidade associada ao sitio
cistos, osteomielite, osteoradionecrose, doador, garantindo conforto ao paciente e
infecções, deformidades congênitas e o reconstrução bem sucedida do defeito
trauma facial. As lesões por arma de fogo, mandibular. Ainda não é possível garantir
cada vez mais frequentes na região uma reconstrução mandibular perfeita,
nordeste do país, são capazes de provocar com restauração plena da continuidade,
grande destruição óssea, podendo causar recuperação completa da sensibilidade da
extensos defeitos mandibulares, levando a região, dos elementos dentários e dos
déficits funcionais e estéticos graves. O tecidos moles após uma lesão por arma de
tratamento dessas lesões com grandes fogo, porém, com o planejamento
perdas ósseas mandibulares permanece minucioso e boa execução da técnica, é
como um grande desafio do cirurgião nos possível conseguir resultados satisfatórios
dias atuais, não só pela conformação por meio do bom reestabelecimento da
tridimensional deste complexo, como pelo estética e da função mandibular.
desafio de reconstituir a função
mandibular.

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1773

TRATAMENTO CIRÚRGICO ABERTO PARA


FRATURA POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Karina Santos Sousa, Eugênio Braz Rodrigues Arantes,Marcelo José
Pinheiro Guedes de Uzeda, Rodrigo Figueiredo de Brito Resende,
Rafael Seabra Louro

Introdução: As fraturas por projétil de Caso clínico: O objetivo deste trabalho é


arma de fogo na região maxilofacial estão relatar o caso clínico de uma paciente do
se tornando cada vez mais frequentes com sexo feminino, 40 anos, vítima de
o aumento nos índices de violência. Os ferimento por projétil de arma de fogo em
ferimentos acometem, na maioria dos região retro-auricular, sem transfixação.
casos, o terço inferior da face, Ao exame físico pode-se observar edema
apresentando padrão variável, podendo em região cervical do lado esquerdo e má
lesar estruturas vitais e gerar hemorragias oclusão dentária. O exame de imagem
de difícil controle. As lesões por projetil de demonstrou fratura cominutiva na região
arma de fogo geralmente são cominutivas posterior de mandíbula abrangendo ângulo
com múltiplas linhas de fraturas e podem mandibular esquerdo. O tratamento
causar consequências estéticas e realizado foi a fixação adequada da fratura
funcionais devastadoras. Historicamente com sistema 2.4 e enxerto ósseo primário.
estas fraturas eram tratadas de forma não Conclusão: Em casos de fratura
cirúrgica com tempo de bloqueio cominutiva de mandíbula o uso de sistema
maxilomandibular prolongado e de fixação interna rígida adequado que
atualmente realizamos o tratamento permita a imobilização entre os cotos da
cirúrgico obedecendo princípios fratura é um fator importante na prevenção
biológicos/mecânicos específicos com de complicações como infecção e
mobilização e fisioterapia precoce. pseudoartrose.

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1792

UTILIZAÇÃO DO SPLINT NASAL APÓS


REDUÇÃO DE FRATURA NASAL:
RELATO DE CASO
Alexandre Bion Zattar, Antônio Eugênio Magnabosco Neto,
Marcela Oliveira Andrade, Willian Martins Azeredo, Giuliano Teixeira
Pacher

Introdução: Os splints intranasais têm Discussão: O "Splint" é um dispositivo de


sido usados para manter a estabilidade da característica laminar, maleável, que pode
pirâmide nasal e prevenir adesões ser empregado no interior da cavidade do
intranasais que podem acontecer a seguir nariz, com o objetivo de sustentação,
da cirurgia de correção nasal. O uso do reconstituição anatômica, prevenção de
splint nasal, por período variado de uma sangramento e, principalmente para evitar
semana a um mês, podendo ser de plástico, sinéquias.
silicone ou filme de raio-x. Conclusão: É mais confortável que o
Relato de caso: Paciente L. M. P., do tamponamento convencional, pois permite
gênero feminino, 22 anos, leucoderma, livre passagem do ar e produz pressão
vítima de trauma em prática esportiva, uniforme. O Splint nasal confeccionado
apresentou-se ao pronto-socorro do através de frasco de soro fisiológico é de
Hospital Municipal São José – Joinville/SC, baixo custo, maleável, tem espessura e
sendo atendida pela equipe da Cirurgia e consistência apropriada, sendo de fácil
Traumatologia Bucomaxilofacial, com modelagem, colocação e remoção.
queixa de dor e desvio em região nasal e
apresentando epistaxe.

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1800

TRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR


DECORRENTE DE ACIDENTE
MOTOCICLÍSTICO: RELATO DE CASO
Joelma Silva de Andrade; José Marcelo de Vasconcelos; Francisco
Rikilly de Araújo; André Lustosa de Souza; Petros Fernandes Pessoa

A fratura mandibular é a mais comum Um paciente do sexo masculino, 21 anos de


dentre todas as fraturas faciais, sendo a idade, vítima de acidente motociclístico,
fratura de corpo a mais comum com relação deu entrada no serviço de emergência do
a outras regiões da mandíbula. Sua causa Hospital Regional do Agreste, situado em
está amplamente associada a acidentes Pernambuco, e após ser submetido a
motociclísticos. Pode ter origem também avaliação clínica e imaginológica foi
por meio de agressões físicas, quedas e diagnosticado como portador de fratura
acidentes na remoção de dentes, entre mandibular em região de corpo, bilateral. O
outros. No que tange os princípios básicos tratamento se deu através de abordagem
no tratamento da fratura mandibular extra-oral via acesso de risdon, bloqueio
consistem em redução, contenção e maxilo-mandibular e fixação com placa de
imobilização dos segmentos fraturados. A titânio 2.4 mm, sistema lock, na fratura do
conduta terapêutica depende da severidade lado esquerdo e duas placas de titânio 2.0
do caso e domínio da técnica escolhida pelo mm na fratura do lado direito. O paciente
profissional. Este trabalho tem por objetivo recebeu alta hospitalar 24 horas após
relatar um caso sobre o tratamento de procedimento, sendo proservado por 60
fratura mandibular decorrente de acidente dias. Todo o tratamento transcorreu sem
motociclístico. As informações foram acidentes ou complicações.
obtidas por meio de anamnese, avaliação
clínica, revisão do prontuário, registro
fotográfico e revisão da literatura.

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TRAUMA

1801

A INFLUÊNCIA DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES


NA OCORRÊNCIA DE FRATURAS DE ÂNGULO E
CÔNDILO MANDIBULARES: ESTUDO PRELIMINAR
Lucas Nunes de Brito Silva; Gabriela Granja Porto; André Lustosa de
Souza; Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Francisco Rikilly de Araújo

Introdução: A mandíbula é o osso mais foi a etiologia mais comum (62,5%).


acometido nas fraturas faciais e tem sido Terceiro molar inferior foi encontrado em
reportado que a presença e posição de 23 das fraturas de ângulo, sendo ausente
terceiros molares alteram o risco entre em 3. Já nas condilares, 21 fraturas
fraturas de ângulo e côndilo. A proposta do associadas a tal dente e 5 não. 26,9% das
estudo foi avaliar a ocorrência de fraturas fraturas de ângulo apresentaram terceiro
mandibulares de côndilo e ângulo de molar mesioangulado, classe I e posição A.
acordo com a presença ou não dos terceiros Angulação vertical com Pell & Gregory IA
molares inferiores. estiveram em 23% das condilares.
Métodos: Estudo retrospectivo das Discussão: Os resultados foram
fraturas de ângulo e côndilo de mandíbula condizentes com outros estudos, sendo as
tratadas no Hospital Regional do Agreste, fraturas mandibulares mais frequentes em
Caruaru – Pernambuco, de Janeiro de 2016 pacientes do sexo masculino, adultos
a Junho de 2017. Incluiu-se pacientes com jovens e acidentes de trânsito a causa mais
tais fraturas, contando, ou não, com a comum. Estudos anteriores relataram
presença de terceiro molar inferior no lado associação entre terceiros molares inclusos
ipsilateral. Através de dados coletados em e maior frequencia de fraturas de ângulo,
prontuários, foi observado sexo, idade e pois, quando presentes, reduzem a área
fator etiológico. Por meio de radiografias óssea transversal, produzindo uma região
panorâmicas e tomografias de fragilidade mandibular, facilitando,
computadorizadas, avaliou-se lado da dessa forma, as fraturas de ângulo. Na sua
fratura, associação de fraturas ausência, ocorre situação inversa, elevando
concomitantes e presença ou ausência de o risco de fraturas condilares.
terceiro molar inferior, o qual foi Conclusões: Fraturas mandibulares de
classificado de acordo com as classificações ângulo e côndilo tiveram maior ocorrência
de Pell & Gregory, e de Winter. no sexo masculino, em sua grande parte
Resultados: Estudo englobou 40 por acidentes de moto. Ambas fraturas
pacientes, possuindo 52 fraturas (26 foram mais frequentemente associadas
côndilos e 26 ângulos). A idade média foi de com a presença de terceiro molar inferior.
28,95 anos e 90% dos participantes é do
sexo masculino. Acidente motociclístico

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TRAUMA

1806

TRATAMENTO DE SEQUELA DE FRATURA NASAL


UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
Tiburtino José de Lima Neto; Francisco Odílio de Melo e Dias; Davi
Felipe Neves da Costa; Marcos Antônio Farias de Paiva; Sirius Dan
Inaoka

Introdução: O trauma nasal é de Discussão: A posição do nariz e suas


ocorrência comum em pacientes estruturas projetadas proporcionam maior
pediátricos e adultos em decorrência chance de trauma quando comparada com
principalmente de sua posição na face. O outras estruturas da face com quantidade
nariz possui função tanto estética quanto de força relativamente menor, os homens
funcional e o reestabelecimento dessas são frequentemente mais acometidos que
funções é o objetivo do tratamento para as mulheres. O tratamento das sequelas de
esse tipo de fratura. fraturas nasais é um desafio para o
Método: Paciente do gênero masculino, cirurgião buco maxilo, pois muitas vezes
50 anos, procurou o ambulatório da necessita de abordagens que não são do
residência em cirurgia e traumatologia cotidiano do especialista, desse modo o
buco maxilo facial do Hospital tratamento multiprofissional gera
Universitário Lauro Wanderley queixando- melhores resultados para o paciente.
se de dificuldade respiratória e desvio Conclusão: Observar os limites de
nasal, o mesmo refere ter sido vítima de atuação do cirurgião buco maxilo facial,
acidente motociclístico há 2 anos, sem sua área de domínio e o tratamento em
capacete e não buscou tratamento. Foi conjunto com outras especialidades são a
feita a opção pelo tratamento em conjunto chave para o melhor tratamento dos
com o cirurgião plástico do hospital para pacientes.
que fosse alcançado os melhores resultados
para o paciente. O tratamento consistiu em
acesso aberto seguindo de re fratura dos
ossos nasais, reposicionamento,
rinoplastia e septoplstia.

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1810

OSTEOSSÍNTESE MANDIBULAR SECUNDÁRIA


A PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO:
RELATO DE CASO
Emanuelle de Abreu Moreira Vieira; Tiburtino José de Lima Neto;
Marcos Antônio Farias de Paiva; Natália Lins de Souza; Anibal
Henrique Barbosa Luna

Introdução: A possibilidade de Resultados: Paciente segue em


deformidade, consequências emocionais e acompanhamento e evolui com material de
sociais, são aspectos que posicionam o osteossíntese em posição, apresentando
trauma de face como uma das lesões mais movimentos mandibulares e oclusão
devastadoras e agressivas, entre as lesões dentária reestabelecida.
traumáticas. Quando ocasionadas por Discussão: A literatura apresenta
projéteis de arma de fogo essas lesões diversas vantagens do uso de placas e
apresentam-se perfuro contusas, em parafusos frente à utilização de bloqueio
resposta a ação perfurante e contundente maxilo-madibular, dentre essas a
do projétil. Relata-se um caso de fratura biocompatibilidade e o retorno precoce à
cominutiva de mandíbula após ferimento função. A fixação com placas e parafusos
por projétil de arma de fogo. funciona por dois sistemas - primeira e
Métodos: Paciente com 28 anos de idade, segunda intenção, que realizam
sexo masculino, leucoderma, deu entrada compressão dos fragmentos e não
no serviço de emergência e trauma do compressão apenas aproximando os cotos,
nordeste brasileiro, vítima de disparo de respectivamente.
arma de fogo com fratura mandibular Conclusão: Não é adotado um único
cominutiva. No atendimento emergencial padrão de tratamento para fraturas
foi realizada odontossíntese para causadas por PAF em virtude da variedade
estabilização da fratura mandibular e de ferimentos causados por este tipo de
sutura dos ferimentos em tecidos moles. trauma. Ressalta-se o maior conforto pós-
Após estabilização do quadro e regressão operatório utilizando a técnica de fixação
do edema o paciente foi submetido a funcionalmente estável, principalmente
procedimento eletivo para reconstrução por causa do retorno mais breve à função.
mandibular através de fixação interna
rígida com duas placas 2.0mm para
simplificação da fratura e uma placa
extensa 2.4mm para reconstrução
mandibular.

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1813

REDUÇÃO DE FRATURA NASAL COM


CONTROLE DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
Emanuelle de Abreu Moreira Vieira; Júlio Leite de Araújo Junior;
Anderson Maikon de Souza Santos; Marcos Antônio Farias de Paiva;
Anibal Henrique Barbosa Luna

Introdução: Os ossos próprios nasais são Finalizada foi feito curativo para manter o
epidemiologicamente classificados como o nariz em posição pós-operatória.
terceiro grupo ósseo mais acometido de Resultados: Paciente evoluiu com
fraturas, em virtude da sua exposição acompanhamento de exames
proeminente na face, tendo predisposição radiográficos, nos quais foi verificada
em casos de agressão física ou esportivo. O redução adequada e satisfatória da fratura
trabalho objetivou relatar um caso de reestabelecendo e estabilizando as vias
fratura dos ossos próprios nasais, no qual aéreas respiratórias.
em concordância com a literatura realizou-
Discussão: Vertentes literárias
se o tratamento sob anestesia geral.
preconizam a anestesia geral para todos os
Métodos: Paciente sexo masculino, 29 casos de fraturas nasais que requerem
anos, ASA I, vítima de acidente desportivo, tratamento cirúrgico, por proporcionar
relata durante atendimento clínico melhor controle dinâmico da vítima,
assimetria nasal e dificuldade respiratória. tornando assim o procedimento mais
Para diagnóstico foi realizada avaliação seguro e confortável ao paciente.
física, por palpação das estruturas da face,
Conclusão: Em prevalência, os
complementado por exames de imagem e
tratamentos das fraturas nasais
pré-operatórios, através destes foi
preconizam o conforto pós-operatório do
constatada a fratura de ossos próprios
paciente, como forma de manter a
nasais. Tendo definido o diagnostico e
estabilidade funcional e estética das vias
planejamento cirúrgico, o paciente foi
respiratórias.
submetido a anestesia geral para realização
dos procedimentos, nos quais foram
utilizadas as pinças de redução de Ash e
walshamn para reduzir a fratura dos ossos
próprios do nariz e em seguida alinha o
septo nasal, após isso foi verificada se
havia a presença de sangramento tanto na
cavidade nasal quanto na oral.

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1853

TRATAMENTO DE FRATURA PANFACIAL:


RELATO DE CASO
Gabriela Caovilla Felin; Samara Andreolla Lazaro; Franklin David
Gordillo Yepez; Cassian Taparello; Renato Sawazaki

Introdução: Fraturas panfaciais são anos, o qual apresentou sequela estética e


caracterizadas por fraturas envolvendo o oftalmoplegia.
terço superior, médio e inferior da face. As Discussão: As fraturas panfaciais exigem
etiologias mais comuns são os acidentes o conhecimento da anatomia facial e
automobilísticos e motociclísticos, sendo experiência para se obter sucesso no
aproximadamente 4% a 10% das fraturas tratamento. O objetivo é reestabelecer a
faciais. São causadas por impactos de alta função mastigatório e foniátrica, retorno
energia, podendo estar associado lesões e das funções oculares e o contorno facial
perdas de tecidos moles e estrutura óssea, estético. Diferentes sequências são
deformidades faciais e lesões neurológicas possíveis: de baixo para cima e de dentro
graves. A compreensão dos princípios de fora ou de cima para baixo e de fora para
fixação é essencial para o tratamento. O dentro. A sequência de redução que
objetivo é relatar o caso clínico de um começa na base do crânio, região
paciente do gênero masculino, 19 anos, supraorbital e seio frontal, seguindo para
com diagnóstico de fratura panfacial após região NOE e osso zigomático apresentam
acidente motociclístico e discutir sobre os melhores resultados. No caso relatado foi
tratamentos possíveis. realizado esta sequencia. As fraturas
Relato de caso: Paciente do gênero panfaciais podem apresentar complicações
masculino, 19 anos, chegou à emergência maxilofaciais e oculares, como no caso
do HCPF/RS após acidente motociclístico citado.
de alta energia cinética. Foi realizado no Conclusão: A sequencia de tratamento
primeiro atendimento suturas para para uma fratura panfancial pode variar,
hemostasia, tamponamento nasal anterior porem qualquer uma se tornará
e posterior e estabilização da maxila e satisfatória, desde que se compreenda a
mandíbula com Barra de Erich. Após arquitetura dos ossos da face. O
estabilização do quadro clínico do planejamento e a realização da
paciente, foi realizado o tratamento reconstrução deverá envolver o
cirúrgico para redução e fixação da fratura reestabelecimento das relações oclusais,
panfacial com redução a partir da base do verticais e horizontais, restauração da
crânio e órbitas, seguindo pela região NOE, cavidade orbital e nasal. O caso relatado
reestabelecimento do perímetro da apresentou resultado satisfatório quanto
mandíbula e por fim a maxila colocada em ao tratamento realizado, porém a sequela
classe I. O paciente foi acompanhado pela estética e ocular estão presentes devido a
equipe durante um pós-operatório de 4 gravidade do trauma.

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1869

CORPO ESTRANHO EM FACE DECORRENTE


DE FERIMENTO POR ARMA BRANCA:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Andressa Teixeira Martiniano da Rocha; Pauline Magalhães
Cardoso; Alexandre Martins Seixas; Georges Souza de Burghgrave;
Walter Suruagy Motta Padilha

Introdução: Ferimentos por arma branca alterações maxilofaciais, cicatriz em região


(FAB) em face são responsáveis por zigomática direita e artifício pontiagudo
aproximadamente 10,96% dos homicídios sob a pele na região cervical direita.
no Brasil. A região geniana é uma das mais Durante exame radiográfico, observou-se
acometidas por esse tipo de lesão, imagem sugestiva de uma tesoura alojada
comprometendo geralmente estruturas em região de ramo mandibular direito em
anatômicas adjacentes. O trauma por arma íntimo contato com a artéria carótida
branca pode causar diversas injúrias no externa. O corpo estranho foi removido em
tecido mole, tecido ósseo, além da possível procedimento cirúrgico em conjunto com a
retenção do corpo estranho. O equipe de cirurgia vascular.
atendimento inicial do trauma facial é Resultados: Verificou-se após
baseado na manutenção da vida e tratamento boa cicatrização de tecido
reconhecimento da lesão, o que demanda a mole, ausência de deiscência, sem sinais de
presença do cirurgião Bucomaxilofacial, infecção e sangramento ativo.
além de uma equipe multidisciplinar para
Discussão: A maior incidência de FAB em
um melhor prognóstico.
face ocorre geralmente em indivíduos do
Objetivo: apresentar um caso clínico gênero masculino, na faixa etária de 15 e 35
onde um corpo estranho foi encontrado na anos de idade. A anamnese completa,
região maxilofacial após uma agressão por exame físico preciso e exames de imagem
FAB. possibilitarão resultados terapêuticos
Métodos: Paciente do sexo masculino, 22 satisfatórios.
anos, vítima de agressão física por FAB em Conclusão: O diagnóstico obtido através
fevereiro de 2016, onde apenas suturas do exame clínico minucioso e exame de
foram realizadas no momento do primeiro imagem, além da abordagem
atendimento. Em Julho do mesmo ano multiprofissional aliada a técnica cirúrgica
procurou o serviço de Cirurgia e adequada possibilitará melhores
Traumatologia Bucomaxilofacial do prognósticos para o paciente.
Hospital do Oeste referindo dor e uma
alteração em região cervical direita. Ao
exame físico notou-se ausência de

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1888

ESPLINTAGEM ORTODÔNTICA EM AVULSÃO


DENTÁRIA: RELATO DE CASO
Priscila Lins Aguiar; Bergson Carvalho de Moraes; Ricardo José de
Holanda Vasconcellos; Airton Vieira Leite Segundo; Emerson Filipe
de Carvalho Nogueira

Introdução: Traumatismos Resultados: O paciente evoluiu com


dentoalveolares correspondem a grande cicatrização dos tecidos e estabilidade
parte das urgências odontológicas. O dentária. Em reavaliação após um ano,
prognóstico dependerá das estruturas observou-se correto alinhamento e
lesadas, do estágio de desenvolvimento e posicionamento dentário. Atualmente
do tempo entre o acidente e o atendimento segue com estabilidade dentária, saúde
inicial. O tratamento varia de acordo com o periodontal satisfatória e radiografias de
acometimento das estruturas atingidas e o controle sem anormalidades.
tipo de dano. A avulsão de dentes Discussão: O resultado de um reimplante
permanentes é a mais grave injúria dental depende do período e da
dentária e o sucesso do tratamento manipulação extra-alveolar. As exigências
depende de medidas tomadas são de que o dente fique o menor tempo
imediatamente após o trauma, sendo o possível fora do alvéolo, o armazenamento
reimplante dental, comumente, o manejo seja em meio fisiológico e que a
mais adequado. contaminação seja controlada por
Métodos: Paciente do sexo masculino, 12 antimicrobianos. O manejo adequado nos
anos, vítima de acidente ciclístico, casos de avulsão inclui um correto
compareceu ao Hospital Regional do diagnóstico inicial, tratamento imediato
Agreste, Caruaru-PE, uma hora e trinta com reimplante dental e proservação do
minutos após o trauma, apresentando caso.
subluxação dos elementos 12 e 22, avulsão Conclusão: O sucesso do tratamento dos
do 11 e 12, fratura coronária em borda traumas dentoalveolares deve ser feito de
incisal do 21e ferimentos em mucosa maneira criteriosa priorizando o tempo
gengival. Optou-se pelo reposicionamento decorrido, a técnica a ser utilizada e meio
dentário em cavidade oral, contenção com de estocagem, no caso das avulsões
fio de aço, aproveitamento dos brackets dentárias. Há uma grande importância no
ortodônticos, sutura das lacerações, acompanhamento deste paciente e, sempre
prescrição de medicamentos e orientações. que possível, deve ser orientado por
Posteriormente foi encaminhado para diversas especialidades da odontologia,
tratamento endodôntico, restaurador, visando preservar a função e estética
removido a contenção dentária e dentária.
substituída por fio ortodôntico.

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Referências: Souza BLM, Lopes PHS, Nogueira EFC, Torres BCA. Manejo de trauma
dentoalveolar atípico: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe
v.13, n.4, p. 45-50 , out./dez. 2013.

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1936

TRATAMENTO DE DENTES PERMANENTES


TRAUMATIZADOS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Aline Evelin Costa Klaus; Daniela Coelho de Lima; Leandro Araújo
Fernandes

As fraturas de coroa e raiz são lesões Durante o tratamento, logo após a


comuns em dentes permanentes cimentação do pino intra-radicular no
traumatizados, e o diagnóstico e dente 22, uma fístula na área periapical se
intervenção precoces melhoram o desenvolveu devido a ocorrência de uma
prognóstico do tratamento. O fratura radicular, e a conduta foi a
gerenciamento clínico varia de acordo com prescrição de antibiótico sitêmico. Na
o tipo de lesão e o tratamento visa manter sessão seguinte foi realizada uma cirurgia
o dente na cavidade oral. O objetivo deste periodontal para acessar e tratar a fratura
estudo foi relatar um caso de trauma dental radicular. Os dentes receberam coroas de
envolvendo incisivos permanentes e cerômero. Os resultados clínicos e
tratamento imediato visando a sua radiográficos revelaram uma diminuição
reabilitação. Paciente do sexo masculino, progressiva das áreas radiolúcidas
36 anos de idade, procurou a Clínica perirradiculares, ausência de dor e
Integrada I da Faculdade de Odontologia da mobilidade nos dentes 21 e 22. A
Universidade Federal de Alfenas, 30 intervenção imediata promoveu o reparo
minutos depois de sofrer um acidente no da área afetada e conseqüente reabilitação
local de trabalho. Nos exames clínicos e funcional e estética dos dentes
radiográficos foram observados mobilidade traumatizados.
e fratura coronária sem comprometimento
da polpa dos dentes 21 e 22. Uma
abordagem multidisciplinar foi adotada
realizando tratamento endodôntico e
protético com a cimentação de pinos intra-
radiculares para a reabilitação oral.

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1945

REABILITAÇÃO AURICULAR COM PRÓTESE


IMPLANTO SUPORTADA APÓS TRAUMA:
RELATO DE CASO
Beethoven Estevão Costa; Marcos Martins Curi; Carlos Cesar de
Antoni; Anthony Froy Benites Condezo; Camila Lopes Cardoso

Estudos demonstram alta taxa de sobrevida das reabilitações


implanto-suportadas em defeitos craniofaciais, particularmente
nas deformidades auriculares. Considerando a qualidade de vida
destes pacientes, as próteses implanto-suportadas alcançaram
um grande avanço no aspecto de aceitação deste tipo de
reabilitação, principalmente pelo resultado estético que a
qualidade do material proporciona. Além disso, do ponto de
vista clínico, a melhora da retenção da prótese é uma
consequência crucial para o conforto do paciente. Paciente do
sexo masculino, 35 anos de idade, portador de deformidade
auricular causada por acidente automobilístico, foi
encaminhado para reabilitação da orelha direita que havia sido
amputada. Considerando a indicação de uma prótese implanto
suportada, para o planejamento da instalação dos implantes, a
região de osso temporal foi avaliada por meio de tomografia
computadorizada para avaliar o volume ósseo em profundidade.
O paciente foi submetido à cirurgia de instalação dos implantes
em ambiente hospitalar, sob anestesia geral e em 1 estágio
cirúrgico. A reabilitação auricular consistiu da instalação de 2
implantes craniofaciais na região de osso mastóide. Após 6
meses se deu a confecção da prótese implanto suportada. O
presente trabalho ilustra mais um caso clínico de deformidade
auricular reabilitada com bastante sucesso, enfatizando os
aspectos técnicos cirúrgico, bem como a qualidade final da
prótese.

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1948

TRATAMENTO DE FRATURA BILATERAL EM


MANDÍBULA ATRÓFICA SEVERAMENTE
DESLOCADA: RELATO DE CASO
Daniel de Assuncao Cerqueira; Antônio Augusto Campanha;
Andre Vitor Alves Araujo; Antonio Dionizio de Albuquerque Neto;
Lorenzzo de Angeli Cesconetto

A expectativa de vida e o percentual de idosos tem aumentado


significativamente nos últimos anos, devido a melhorias nas
condições de vida, associada a ampliação do acesso aos avanços
da medicina, e como consequência, houve uma maior
exposição dos idosos aos traumas, principalmente craniofaciais.
A atrofia da mandíbula é mais comumente encontrada em
pacientes idosos, devido a perda dentária precoce, tornando o
osso mais suscetível a fraturas.
Fatores relacionados à atrofia mandibular, como a quantidade e
qualidade ósseas, área reduzida de contato entre os segmentos
fraturados, suprimento sanguíneo deficiente, além da alta
incidência de alterações sistêmicas em pacientes idosos, tornam
o tratamento desafiador.
O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de
tratamento de fratura bilateral em mandíbula atrófica, com
severo deslocamento, em uma paciente de 89 anos, vítima de
atropelamento, que compareceu para avaliação com a equipe de
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Dr.
Mario Gatti, Campinas/SP.
A técnica utilizada foi de redução aberta, com fixação interna
rígida, utilizando placa locking 2.4.

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1964

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PACIENTE


PEDIÁTRICO POLITRAUMATIZADO:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Thamiris Nogueira Sacker; Diego Kleinubing Pons; Roque Miguel
Rhoden; Vinicius Kleinubing Rhoden

O atendimento bucomaxilofacial ao realizada através do ferimento corto-


paciente pediátrico politraumatizado deve contuso que a paciente já tinha na região
levar em consideração as diferenças de dorso nasal, devido ao trauma,
precípuas em relação ao trauma em associado a uma pequena extensão na
adultos, tais como: ossos com maior lateral em direção à região coronal. Como
quantidade de colágeno e, por conseguinte, os ossos nasais estavam em formato de
maior flexibilidade; crianças, de um modo sela, estes foram removidos, e modelados
geral, são respiradores nasais e possuem delicadamente, através de pressão digital,
reparo tecidual rápido. As lesões de maneira a devolver o formato
maxilofaciais são mais raras na tenra idade, anatômico. Neste caso, a fixação óssea foi
devido aos cuidados dos pais ou realizada com fio reabsorvível Categute®
responsáveis. Assim, este trabalho cromado 4.0, fazendo a suspensão entre os
objetiva-se a relatar o tratamento cirúrgico pilares anteriores da maxila e os ossos
de fraturas múltiplas em face em paciente nasais. Por fim, foi utilizado uma
pediátrico vítima de acidente com membrana hemostática absorvível à base
debulhador de milho e encaminhado para o de celulose regenerada oxidada
serviço de urgência e emergência do (Surgycel®) com o propósito de proteção e
Hospital São Vicente de Paulo/RS. Relato auxílio na estabilização tecidual. A sutura
de Caso Clínico: paciente com 2 anos de realizada foi do tipo simples, com fio
idade, leucoderma, sexo feminino, recebeu reabsorvível Vicryl® 6-0. Em um
o primeiro atendimento no hospital acompanhamento de 15 dias, a paciente
visando à estabilização geral do mesmo. A apresenta anatomia da região nasal
partir dos exames clínico e de imagem, adequada, bem como apresentava função
foram constatadas fratura da cortical respiratória condizente com o normal.
externa da tábua óssea vestibular do osso Assim, pode-se concluir que o atendimento
frontal, ossos nasais e pilares anteriores da imediato do infante, relatado no presente
maxila. Após avaliação e posterior caso, somado ao diagnóstico preciso e à
liberação das equipes médicas para intervenção cirúrgica adequada são
realização de procedimento cirúrgico, foi fundamentais para o êxito do tratamento
realizado a intervenção Bucomaxilofacial, de fraturas em face, devolvendo a criança,
sob anestesia geral. Durante o ato na maior brevidade, ao convívio familiar e
cirúrgico, a abordagem da região nasal foi social.

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992
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1969

TRATAMENTO DE FRATURA PANFACIAL COM


ABORDAGEM HEMICORONAL: RELATO DE CASO
Hannah Marcelle Paulain Carvalho; Gustavo Cavalcanti
Albuquerque; Joel Motta Junior; Flávio Tendolo Fayad; Valber
Barbosa Martins

Fraturas panfaciais são aquelas cujo aparelho ortodôntico bimaxilar sem danos.
acometimento abrange Ao exame imaginológico verificou-se
concomitantemente os terços: superior, fraturas de frontal, arco supraorbital do
médio e inferior da face. Esse trauma é lado esquerdo, arco zigomático esquerdo,
caracterizado pelo envolvimento de rebordo infraorbital bilateral e corpo
estruturas como osso frontal, complexo mandibular, as demais fraturas não
zigomaticomaxilar, região verificou necessidade de abordagem
nasorbitoetmoidal, maxila e mandíbula, cirúrgica. No tempo cirúrgico realizou-se a
bem como prejuízo de todos os pilares de redução e fixação das fraturas de arco
sustentação facial. Dentre as principais supraorbital do lado esquerdo, processo
causas se destacam acidentes fronto-zigomático e do arco zigomático
automobilísticos, atropelamentos, traumas com incisão hemicoronal para acesso
interpessoais, entre outros. O presente amplo as fraturas e fixação usando o
estudo relata o tratamento de múltiplas sistema 1.5, no rebordo infraorbital
fraturas decorrentes de acidente bilateral, o acesso realizado foi o subciliar
motociclístico. Paciente gênero masculino, e vestibular-maxilar para redução correta
22 anos, oriundo do interior do estado, das fraturas e fixação com sistema 1.5, na
vítima de acidente motociclístico sem uso região de corpo de mandíbula o acesso
de capacete, compareceu ao serviço com submandibular foi preconizado fixação
queixa de dor em região frontal, periorbital com sistema 2.0 e 2.4. Foi realizada sutura
e mandibular. Ao exame clínico extraoral por planos e no acesso hemicoronal foi
observou-se ferimento corto-contuso deixado dreno a vácuo por 02 dias para
extenso em couro cabeludo e mediano em minimizar a formação de hematoma.
região supraciliar esquerda, edema leve em Paciente permaneceu internado por 03 dias
região frontal, equimose e edema para manutenção medicamentosa e das
periorbitário bilateral com hemorragia feridas, não relatou queixas álgicas nem
subconjuntival em olho esquerdo, outras alterações. O mesmo encontra-se
afundamento em região frontal e com 06 meses de acompanhamento sem
infraorbital esquerda e edema em região queixas álgicas e estéticas e com boa
submandibular do lado esquerdo. No cicatrização e oclusão estável.
exame intraoral observou-se limitação de
abertura bucal e crepitação óssea em região
de corpo mandibular, paciente fazia uso de

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5-9 de setembro de 2017
993
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TRAUMA

1970

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DE


CÔNDILO MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Vinícius Dantas de Oliveira; Eder Magno Ferreira de Oliveira; Andre
Vitor Alves Araujo; Daniel de Assuncao Cerqueira; Antonio Dionizio
de Albuquerque Neto

As fraturas de côndilo mandibular Este trabalho tem como objetivo relatar um


correspondem cerca de 17,5% à 52% de caso de fratura de côndilo mandibular do
todas as fraturas mandibulares. lado direito, em um paciente do gênero
Geralmente, os principais achados clínicos masculino de 28 anos, melanoderma,
desse tipo de fratura são distopia oclusal vítima de agressão física. O tratamento
com contato prematuro posterior do lado instituído consistiu em redução aberta com
ipsilateral, associada a mordida aberta acesso retro mandibular e fixação interna
posterior no lado contralateral e desvio rígida com 02 placas sistema 2.0. O
mandibular durante abertura para o lado paciente evoluiu sem déficits em
fraturado, devido ao rompimento das motricidade facial e com oclusão
forças do músculo pterigóideo lateral. Já os satisfatória. Corrobora assim que a técnica
casos de fraturas bilaterais caracterizam-se cirúrgica adequada e indicação terapêutica
por contato prematuro posterior bilateral oportuna trazem benefícios para o
associado a mordida aberta anterior. paciente.
Diversas são as formas de tratamento para
este tipo de fratura, sendo comumente
solucionadas por meio de abordagem
incruenta que denota bons resultados sem
riscos de complicações, principalmente a
paresia de ramos do nervo facial.

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1988

RESSECÇÃO CIRÚRGICA DE LIPOMA


SUBGALEAL NA REGIÃO FRONTAL DA FACE:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Ruana Maria da Rocha Brandão; Victor Leonardo Mello Varela
Ayres de Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo;
Marcela Côrte Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de
Melo

Introdução: Os lipomas são tumores frontal. Foi diagnosticado lipoma


benignos de células adiposas maduras, subgaleal, tendo sido o paciente submetido
ocorrendo em topografia de cabeça e a exérese da lesão sob anestesia local. O
pescoço em 15 a 20% dos casos. São procedimento foi realizado sem
decorrentes do tecido mesenquimal e intercorrências e a peça cirúrgica foi
mostram-se como massas nodulares, de enviada para exame anatomopatológico. O
consistência amolecida, indolores à paciente recebeu alta para retorno em 15
palpação, podendo ser sésseis ou dias e orientações higienodietéticas acerca
pedunculadas. Costumam ser do manejo da ferida operatória, bem como
assintomáticos mas, podem ser localizados prescrição de analgésico em caso de dor e
em regiões que comprometam a aparência pomada à base de cloranfenicol,
do indivíduo, provocando desconforto. O fibrinolisina e desoxirribonuclease.
tratamento dos lipomas é feito pela excisão Resultados: Na reavaliação pós-
cirúrgica, a qual pode ser realizada através operatória, o paciente mostrou-se com
de pequena incisão seguida de extração ferida operatória cicatrizada, ausência de
segmentar, melhorando assim o aspecto sinais flogísticos e com bom resultado
estético prévio. Este trabalho tem o estético.
objetivo de relatar o caso de um paciente
Discussão: Normalmente para lipomas
do sexo masculino, 51 anos de idade,
são observados longos períodos de
leucoderma, que apresentou um lipoma
evolução progressiva. Podem estar
subgaleal em região frontal da face.
associados a doenças genéticas,
Métodos: O paciente compareceu ao metabólicas, endócrinas e histórico de
Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco traumatismo local, o qual é relatado no
Maxilo Facial queixando-se de tumoração presente caso clínico. Nestas lesões, a
em região frontal há 5 anos. Ao exame, dissecção é facilitada pela presença da
constatamos uma lesão de pseudocápsula. As técnicas aspirativas
aproximadamente 2 x 3,5cm, em alto para lesões menores não devem ser
relevo, de consistência amolecida, indolor, utilizadas, pelo risco de remoção
normocrômica, localizada em região incompleta e alta incidência de formação

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de coleções, bem como a impossibilidade


de diagnóstico histológico preciso.
Conclusão: Apesar de ser uma das
neoplasias mais frequentes, os lipomas
podem se apresentar de maneira atípica,
sendo necessária atenção para o correto
diagnóstico pré-operatório e adequado
tratamento cirúrgico, afim do
restabelecimento funcional e estético.

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1989

MACROGLOSSIA COMO CONSEQUÊNCIA DE


UMA POSIÇÃO EM DECÚBITO VENTRAL POR
TEMPO PROLONGADO EM UM PACIENTE COM
MALFORMAÇÃO DE CHIARI
Thaisa Reis de Carvalho Sampaio; Caio Cesar Gonçalves Silva; Aída
Juliane Ferreira dos Santos; Romeyka Karinny Almeida de Freitas;
João Luiz Gomes Carneiro

A malformação de Chiari é uma condição Traqueostomia foi realizada após várias


que envolve a herniação das estruturas tentativas de intubação e o paciente foi
cerebelares no canal medular, a fim de enviado para a unidade de terapia
melhorar os sintomas neurológicos é intensiva. Foi administrado esteróides e a
realizada uma cirurgia através de uma língua foi mantida umedecida com auxílio
incisão na parte posterior da cabeça e do de gazes para prevenir seu ressecamento,
pescoço visando à descompressão das além disso, a extração dos poucos dentes
estruturas nervosas e o restabelecimento mandibulares presentes foi necessária
da circulação do líquor. A cirurgia requer o devido ao trauma local e a língua foi
paciente na posição de decúbito ventral por mantida em compressão. Com a
tempo prolongado. O presente trabalho manutenção das medidas adotadas, o
relata o caso clinico de um paciente do sexo edema da língua regrediu em
masculino, obeso, 60 anos de idade, aproximadamente trinta dias.
diagnosticado com malformação de Chiari, Macroglossia é uma complicação rara de
que foi submetido à cirurgia de cirurgia prolongada na posição de decúbito
descompressão do forame magno pela ventral e é provavelmente causada por
equipe da Neurocirurgia. No fim do obstrução venosa regional devido à flexão
procedimento e no despertar da anestesia, excessiva do pescoço, levando a um déficit
a língua do paciente apresentou-se na reperfusão, que foi predisposto pela
edemaciada e protruída para fora da obesidade e pelo pescoço curto inerente à
cavidade oral causando obstrução das vias sua malformação.
aéreas.

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1999

TRATAMENTO DE MORDEDURAS DE CÃO


LOCALIZADOS EM REGIÃO DA FACE
Ruana Maria da Rocha Brandão; Victor Leonardo Mello Varela
Ayres de Melo; Rodrigo Henrique Mello Varela Ayres de Melo;
Marcela Côrte Real Fernandes; Ricardo Eugenio Varela Ayres de
Melo

Introdução: As mordeduras que indicada profilaxia do tétano, pois a


apresentam interesse mais frequente para criança estava vacinada.
o cirurgião dentista são as ocasionadas por Resultados: Não houve complicação pós-
animais domésticos, principalmente pelos operatória e a reparação da ferida obteve
cães e gatos. Estes traumatismos são de bom resultado. O paciente foi
grande importância, pois possuem alto acompanhado por 04 anos, no qual
índice de contaminação e podem provocar, apresentou excelente resultado estético.
além de infecções locais graves, algumas
Discussão: As mordeduras de cães são
doenças sistêmicas causadas por bactérias,
comumente associadas a lesões no rosto,
vírus, protozoários e parasitas. O objetivo
sendo crianças as vítimas mais comuns.
deste trabalho é elucidar e explicar
Mais recentemente, houve uma
possíveis divergências a respeito do
modificação para um tratamento mais
tratamento destes ferimentos.
precoce e definitivo a partir do qual se
Métodos: Paciente do sexo masculino, 3 defende lavagem precoce, desbridamento
anos de idade, vítima de agressão física por de feridas e fechamento primário. Estas
cão da própria família compareceu a mudanças surgiram dos achados do
emergência do Hospital da Restauração sob aumento da taxa de infecção quando o
estado geral regular, deambulando, tratamento é adiado. O desbridamento
consciente, orientado, afebril e eupnéico. reduz a incidência de infecção e o
Ao exame clínico foi verificado extenso tratamento primário produz um melhor
ferimento em couro cabeludo, e ferimento resultado funcional e estético, como se
corto-contuso em pavilhão auricular confirmou no caso clínico apresentado.
direito com hemorragia profusa. Sob
Conclusão: Os ferimentos por
anestesia geral, o tratamento baseou-se na
mordeduras são tratados de forma um
lavagem rigorosa com soro fisiológico 0,9%
pouco diferente dos demais, já que estes
e polivinilpirrolidona, remoção de corpos
possuem saliva rica em microbiota, sendo
estranhos, debridamento dos tecidos
altamente propício à infecção. Quanto à
desvitalizados e promoção da hemostasia.
necessidade de profilaxia da raiva humana,
Os familiares foram orientados a observar
deve-se encaminhar o paciente para um
o animal agressor por 10 dias. Não foi
serviço especializado, e o animal agressor

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deve ser mantido isolado de outros


indivíduos e animais. Os ferimentos por
mordeduras de cão devem ser considerados
tetanogênicos, e a profilaxia do tétano
realizada de acordo com a norma vigente.

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2020

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO HEMATOMA


RETROBULBAR
Rayane de Cassia Dias Morais; Jonathan Ribeiro Silva; Guto Fidalgo;
João Paulo Bonardi; Rodrigo dos Santos Pereira

O hematoma retrobulbar consiste no No pós-operatório a drenagem ativa foi


sangramento da parte posterior, artérias observada apenas no primeiro dia, após 6
etmoidais anteriores e ramo orbitário do meses de seguimento houve uma melhora
infraorbitário. A artéria leva ao aumento da em dor retrobulbar e oftalmoplegia. O
pressão intra-orbitária, que pode resultar paciente recuperou as funções oculares e
em uma neuropatia isquêmica do nervo não tem queixas. Contudo, o paciente
óptico ou compressão da artéria central da ainda apresentou deficiência no reflexo
retina, resultando na perda de visão. Este pupilar. Cocnlusao Embora as taxas de
trabalho tem como objetivo apresentar hematoma retrobulbar relacionadas ao
um caso clínico de Hematoma Retrobulbar trauma facial são baixos, o diagnóstico
tratado de forma cirurgia. precoce deve ser feito para evitar a perda de
Paciente do sexo masculino, 28 anos, com visão permanente. Existem métodos
um trauma complexo zigomático esquerdo farmacológicos para tratar RBH, e eles
que apresentou proptose ocular, edema podem ser usados como uma alternativa à
periorbital, equimose, dor retrobulbar, sem descompressão cirúrgica, como
percepção de luz no olho esquerdo, acetazolamida 500 mg, hidrocortisona 100
restrição de motilidade ocular mg, ou, alternativamente, uma infusão de
inferiormente e diploplia. Após observar os 20% de manitol. Quando o tratamento não
sintomas foi realizado um exame de cirúrgico não é suficiente para melhorar os
tomografia computadorizada mostrando sinais e sintomas, a cirurgia tem como
uma imagem sugestiva de hematoma objetivo de aumentar a orbital ou
retrobulbar. Foi iniciado o tratamento diminuição do conteúdo orbital
farmacológico mas após 60 minutos sem (drenagem).
melhora na acuidade visual, o paciente foi
encaminhado para a sala de operação para
drenagem cirúrgica através de cantotomia
lateral.

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2050

FRATURA MANDIBULAR COMPLEXA EM


PACIENTE PEDIÁTRICO
Caroline Kömmeling Cassal; Rafael Jobim Rodrigues; Marcos
Antonio Torrini; Otacílio Luiz Chagas Júnior; Antônio César Manentti
Fogaça

Introdução: As fraturas maxilofaciais na incruenta, sob anestesia geral, seguida de


população pediátrica são relativamente odontossíntese com fio de aço 2-0,
incomuns, porém quando ocorrem, a envolvendo os dentes 71, 72, 81 e 82,
mandíbula apresenta-se como área de mantida por 45 dias, sem bloqueio maxilo-
maior incidência e o côndilo é a região mais mandibular.
frequentemente acometida. Diferenças em Resultado: Acompanhamento pós-
termos anatômicos, fisiológicos, operatório após 04 meses, apresentando
psicológicos e de crescimento facial devem boa condição geral e local, sem dor ou
ser consideradas, sendo assim o qualquer outro sintoma, com abertura
tratamento adequado das fraturas depende bucal em adequada amplitude, ausência de
da idade do paciente, da complexidade da maloclusão ou desvio. A paciente está em
fratura e ao grau de deslocamento, do acompanhamento para avaliação da
estado da dentição e da oclusão dentária, evolução da fratura e, de forma mais
bem como da experiência do cirurgião. continuada, avaliar o tipo de dano sobre os
Método: Este trabalho relata o caso germes dos dentes permanentes, suas
clínico de um paciente pediátrico com erupções, corrigindo eventuais danos.
fratura mandibular em sínfise e côndilo, Discussão: As fraturas faciais na infância
bilateralmente. Paciente do sexo feminino, exigem diagnóstico e tratamento precisos,
03 (três) anos de idade, vítima de acidente tendo em vista as particularidades
com animal (patada de cavalo) foi anátomo-funcionais da idade,
encaminhada ao Serviço de Cirurgia e determinantes na tomada de decisão em
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do relação ao tratamento.
Hospital Escola da Universidade Federal de
Conclusão: O sucesso do tratamento
Pelotas – HEUFPEL. Ao exame clínico
conservador consiste na obtenção dos
apresentou assimetria facial, com edema
melhores resultados, com as menores
em hemiface direita, pouca abertura bucal
intervenções, delimitando o dano e
e ferimento corto-contuso em região
minimizando as sequelas.
mentoniana. Foi verificado um traço de
fratura entre os dentes 71 e 81, e fratura
bilateral de côndilos, com leve
deslocamento medial do côndilo direito. A
paciente foi submetida à redução

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2058

TRATAMENTO ALTERNATIVO ATRAVÉS DE


FIXADOR EXTERNO MANDIBULAR PARA FRATURA
COMINUÍDA POR PAF: RELATO DE CASO
Tatiane Fonseca Faro; Ricardo José de Holanda Vasconcellos;
Saulo Queiroz de Araujo; Emanuel Dias de Oliveira e Silva; Gabriela
Madeira Araújo

Os ferimentos por arma de fogo vêm dessas fraturas. O paciente recebeu alta
afetando a sociedade com índices cada vez precoce da cirurgia geral e permaneceu em
maiores, desses, 61% das vítimas os acompanhamento ambulatorial até
ferimentos ocorrem na cabeça e/ou face. remoção do dispositivo de fixação externa
Atualmente, a grande maioria das fraturas após 60 dias para consolidação da fratura.
cominutivas de mandíbula tem sido tratada Após removido não foi necessário segundo
por meio de fixação interna com placas e tempo operatório para reconstrução
parafusos, sendo o método de fixação mandibular, geralmente requeridos nesses
externa relegado a casos especiais em que casos de trauma de alta energia com
a primeira opção não é viável. Sendo os grandes perdas ósseas.
principais indicadores para uso do fixador Discussão: O avanço da tecnologia dos
externo as grandes perdas ósseas, sistemas para fixação interna tem limitado
infecções com grandes sequestros ósseos e o uso dos fixadores externos ósseos, mas
traumas graves com perda de substância, sua utilização ainda tem espaço,
além de casos de fratura em mandíbulas principalmente nos casos em que há
atróficas. grande perda óssea, principalmente
Relato de caso: Paciente masculino 36 relacionados aos traumas de mandíbula
anos, vítima de agressão física por PAF em causados por lesões de arma de fogo como
região submandibular esquerda e em no caso relatado. A principal vantagem
região de transição tóraco-abdominal, foi destes é não ser necessário descolamento
tratado na urgência através de laparotomia periosteal e potencial prejuízo na
exploratória para enterorrafias pela equipe vascularização de um osso já
de cirurgia geral e concomitantemente pela comprometido. Além de incisões menores,
equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco tempo operatório diminuindo a morbidade
Maxilo Facial de fratura cominuída de desses pacientes. A principal desvantagem
corpo mandibular esquerdo com fixador é um dispositivo incomodo e anti-estético
externo de baixo custo, técnica descrita do ponto de vista social.
pela adaptação de sonda orotraqueal, Conclusão: A utilização dos fixadores
hastes de sistema fixador ortopédico de externos como opção de tratamento é
punho e resina acrílica para estabilização viável quando bem indicada,

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principalmente em fraturas complexas.


Este dispositivo esta presente em hospitais
de emergência e demonstra ser uma
técnica eficiente para fixação óssea em
casos de ferimentos por arma de fogo.

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2060

TRAUMA FACIAL SEVERO EM PACIENTE


IDOSO: RELATO DE CASO
Caroline Kömmeling Cassal; Rafael Jobim Rodrigues; Marcos
Antonio Torrini; Otacílio Luiz Chagas Júnior; Antônio César Manentti
Fogaça

Introdução: Com o aumento da Resultado: Paciente em


expectativa de vida, houve o surgimento de acompanhamento pós-operatório com 40
um novo perfil de pacientes, que dias de evolução, apresentando adequado
apresentam idade avançada e permanecem alinhamento e posicionamento das
ativos. Tendo em vista este novo público, fraturas faciais, mobilidade ocular e
vê-se um conjunto de situações antes acuidade visual preservada e abertura
pouco frequentes, como o individuo idoso bucal satisfatória.
exposto cada vez mais a traumas de grande Discussão: A idade do paciente envolve a
intensidade. combinação de diversos fatores como
Metodologia: Paciente de 76 anos, sexo mudanças fisiológicas, doenças crônicas e
masculino, vítima de acidente com trator uso de medicações. O declínio fisiológico e
resultando em trauma facial severo. as doenças crônicas contribuem de forma
Encaminhado ao Pronto Socorro Municipal significativa na redução da resposta
de Pelotas com hemorragia grave e terapêutica, tornando-se imperativo o
obstrução de via aérea superior. Durante o correto diagnóstico e o tratamento mais
atendimento de emergência foram eficaz.
realizados a cricotireostomia para Conclusão: O correto manejo do trauma,
preservação de via aérea e ligadura de assim como a consideração quanto às
carótida externa direita com objetivo de particularidades do paciente geriátrico são
conter a hemorragia. Posteriormente o determinantes no sucesso do tratamento
paciente permaneceu internado em deste tipo de caso.
unidade de tratamento intensivo por 35
dias devido a complicações decorrentes do
trauma, até que pudesse ser submetido à
cirurgia de reconstrução de face.

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2061

RELATO DE CASO: FRATURA DE MANDÍBULA


- PARASSÍNFISE E CÔNDILO BILATERAL
Henrique Cesca; Renato Sawazaki; Samara Andreolla Lazaro;
Gabriela Caovilla Felin; Tiago Nascimento Mileto

Introdução: As fraturas condilares de protrusão. A tomografia


podem representar até 62% das fraturas computadorizada mostra os processos
mandibulares, e apresentam muitas condilares anteriorizados em relação à
controvérsias quanto ao melhor método de cavidade glenóide, estando o côndilo em
tratamento. Este trabalho tem o objetivo de repouso, se relacionando com a eminência
descrever o caso de um Paciente de 35 articular, causando uma remodelação
anos, sexo masculino, morador de rua, condilar, sendo mais evidente no côndilo
dependente químico, chega à emergência qual foi realizado a fixação.
do Hospital da Cidade de Passo Fundo (RS), Discussão: O tratamento cirúrgico das
apresentando algia intensa e secreção ativa fraturas condilares tem como objetivo o
em região submandibular direita. O reestabelecimento dos movimentos
paciente relatou queda ao solo a dois mandibulares, da oclusão, e da estética.
meses, apresentando fratura de mandíbula Uma adequada dimensão vertical posterior
em região de parassínfise lado direito e em vai favorecer a restauração funcional da
côndilo bilateral. articulação temporomandibular e da
Métodos: Foi optado pela redução função mastigatória. Neste caso o côndilo
cirúrgica com fixação interna rígida em fixado se adaptou ao posicionamento do
fratura de parassínfise, e em côndilo lado côndilo tratado de modo conservador,
direito, devido as características do provavelmente por este já apresentar uma
deslocamento antero-medial dos processos consolidação inicial, já que o tratamento
condilares bilateralmente. Houve cirúrgico só ocorreu dois meses após o
dificuldade para realizar mobilização do trauma.
côndilo por já haver uma consolidação Conclusão: O tratamento cirúrgico
inicial, causando uma completa remoção mostrou-se previsível e necessário para o
do côndilo da fossa. Em lado esquerdo não correto reestabelecimento das funções
foi realizado fixação. mandibulares. Do ponto de vista estético o
Resultados: Durante o acompanhamento paciente apresenta-se satisfeito com o
pós-operatório de um ano foi observado resultado final. Devido à complexidade
permanência de parestesia em nervo deste tipo de fratura, para obter bons
alveolar inferior direito e paralisia em resultados é necessário que seja muito bem
nervo marginal da mandíbula de mesmo planejado e executado, avaliando as
lado, abertura bucal em 40mm sem queixa indicações e vantagens de cada forma de
álgica, ou desconforto durante tratamento.
movimentos extrínsecos de lateralidade e

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2072

PECULIARIDADES NO TRATAMENTO CIRÚRGICO


DE FRATURA DO ARCO E COMPLEXO
ZIGOMÁTICO: RELATO DE CASO
Cheyenne Viana da Rocha; Ana Lidia Barbosa Barreto; Fábio
Wildson Gurgel Costa; Francisco Samuel Rodrigues Carvalho;
Eduardo Costa Studart Soares

Introdução: As fraturas de face tem limitada a 16 mm. Os exames


destaque nos centros de trauma, devido sua imaginológicos confirmaram a suspeita
projeção e desproteção. A epidemiologia clínica de fratura do arco e complexo
destas é bastante variável, depende da zigomático esquerdo.
região avaliada e dos índices de Métodos: o paciente foi submetido, sob
desenvolvimento socioeconômico. anestesia geral por intubação com
Representam um papel significante nas nasofibroscopia, a redução cruenta e
vítimas de acidente motociclístico, fixação interna com miniplacas do sistema
principalmente em pacientes jovens do 2.0.
gênero masculino. Fraturas do zigomático
Resultados: Atualmente, o paciente se
são lesões comuns, representando a fratura
encontra com 1 ano de acompanhamento,
mais usual, sendo precedida algumas vezes
sem alterações clínico-radiográficas e sem
pela fratura de nariz. O manejo de tais
queixas estético-funcionais.
fraturas é importante devido os riscos de
comprometimento estético-funcional, Discussão: fraturas de complexo
uma vez que a projeção do terço médio zigomático com pouco deslocamento
facial lateral se dá por esse osso, além normalmente não requerem abordagem
disso, deslocamentos ósseos podem limitar cirúrgica, porém quando da presença de
abertura bucal, principalmente quando a limitação funcional se faz mandatória a
região de arco está envolvida, requerendo abordagem. Limitações de abertura bucal,
modificações na abordagem desses requerem complementação uma
pacientes. O objetivo do presente trabalho abordagem mais peculiar, que vai desde o
é relatar as peculiaridades do tratamento processo de indução anestésica até a
de fratura de arco e complexo zigomático necessidade de acesso mais extensos para
de um paciente do sexo masculino, 24 anos garantir uma boa redução e fixação dos
de idade, vítima de acidente motociclístico cotos fraturados.
que se apresentou queixando-se de “não Conclusão: o correto diagnóstico e a
consigo abrir a boca”. A anamnese não instituição da terapia adequados permitem
evidenciou alterações dignas de nota. O maior previsibilidade e menores sequelas
exame físico revelou perda de projeção do no tratamento das fraturas de arco e
zigoma do lado esquerdo e abertura bucal complexo zigomático.

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2074

PREVALÊNCIA DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS


EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA DO HOSPITAL WALFREDO GURGEL
(NATAL-RN) NOS ANOS DE 2013 A 2015
Renato Barbosa Soares; Humberto Pereira Chaves Neto; André Luiz
Marinho Falcão Gondim; Wagner Ranier Maciel Dantas; José
Sandro Pereira da Silva

Introdução: Os traumatismos faciais que houve significância entre homens e


representam um segmento importante, acidente automobilístico (p<0,004),
devido à alta incidência na população. mulheres e queda (p<0,001) e homens e
Assim, reconhecer e caracterizar os acidente ciclístico (p<0,001). Ao realizar a
pacientes vitimados por causas externas e razão de prevalência o homem possui mais
portadores de traumatismo facial é chances de sofrer acidente
fundamental para a melhoria dos serviços automobilístico, ciclístico e esportivos
publicos, dessa forma, objetivou-se avaliar quando comparado as mulheres, e as
o perfil social e a causa dos traumas faciais mulheres mais risco de sofrer queda. O tipo
dos pacientes atendidos no Hospital de ferimento mais prevalente foi o corto
Walfredo Gurgel (Natal-RN) nos anos de contuso (72,6%) e a classificação da fratura
2013 a 2015. fechada (74,3%).
Métodos: O estudo caracteriza-se por ser Discussão: Os traumatismos faciais
do tipo individuado, transversal. Foram representam um segmento importante,
avaliados retrospectivamente dados devido à alta incidência na população.
retirados de 524 prontuários. Para análise Assim, reconhecer e caracterizar os
dos dados foi utilizado o teste qui- pacientes vitimados por causas externas e
quadrado e Exato de fisher, com nível de portadores de traumatismo facial é
significância 5%, também foi analisado a fundamental para a melhoria dos serviços
razão de prevalência (RP) com intervalo de publicos.
confiança de 95%. Conclusão: Há uma maior necessidade de
Resultados: Constatou-se que houve atenção a educação dos condutores bem
maior prevalência de homens (76,4%), da como a fiscalização do cumprimento das
faixa etária entre 20 a 29 anos (22,5%), leis de trânsito e estruturação dos serviços
pardo (48,3%), cujo trauma ocorreu na de promoção em saúde.
zona urbana (67,2%). Houve significância
entre o gênero masculino e a faixa etária de
20 a 29 anos (p<0,001). Ao associar a
etiologia do trauma com o sexo obteve-se

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2076

MÉTODO SIMPLIFICADO E DE BAIXO CUSTO PARA


PLANEJAMENTO DE RECONSTRUÇÕES ORBITÁRIAS:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SÉRIE DE CASOS
Rafael Jobim Rodrigues; Caroline Kömmeling Cassal; Marcos
Antonio Torrini; Otacílio Luiz Chagas Júnior; Antônio César Manentti
Fogaça

Introdução: As reconstruções orbitárias constituem um dos


maiores desafios da cirurgia buco-maxilo-facial, tendo nas
novas tecnologias um suporte para evolução técnica e de
resultados. Este trabalho apresenta uma proposta de
protocoloco de planejamento com auxilio virtual de baixo custo
e simplificado.
Método: O protocolo é baseado em imagens tomográficas
manipuladas a partir de softwares livres para conformação prévia
do hardware a ser utilizado na reconstrução, e apresentação de
quatro casos clínicos realizados com essa técnica.
Discussão: Tendo em vista os bons resultados obtidos através
de técnicas de planejamento virtual e navegação cirúrgica em
todo mundo, e as diferentes realidades de cada serviço, se vê a
necessidade de adaptar essas técnicas para que mesmo serviços
que não contem com a infraestrutura mais avançada possam se
beneficiar dessas tecnologias.
Conclusão: A descrição da técnica, bem como os casos clínicos
apresentados mostram a valia deste método como auxiliar no
planejamento cirúrgico em serviços que não dispunham de
tecnologias mais sofisticadas.

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2098

FERIMENTO POR ARMA DE FOGO COM


PROJÉTIL ALOJADO NA FOSSA INFRA
TEMPORAL: RELATO DE CASO
Sabrina Dias Bezerra Maia; Raimundo Thompson Gonçalves Filho;
Renato Luiz Maia Nogueira; Manoel de Jesus Rodrigues Mello;
Ricardo Franklin Gondim

Ferimentos causados por armas de fogo Após tratamento conservador associado à


podem induzir severas alterações fisioterapia, verificou-se a limitação de
morfológicas e estruturais. A fossa infra abertura bucal associada a dor. Dessa
temporal é uma região de transição entre o forma, foi realizada a abordagem cirúrgica
crânio e a face com diversas estruturas por meio de acesso na região pré-auricular
vasculares e nervosas, o que dificulta a com extensão temporal e remoção do
exploração cirúrgica. O presente trabalho fragmento. Com o acompanhamento
tem por objetivo relatar o tratamento clínico e fisioterápico, foi alcançado um
cirúrgico realizado em um paciente vítima resultado satisfatório quanto aos aspectos
de agressão física por arma de fogo. Ao ser de abertura bucal e ausência de dor. Em
conduzido para o hospital de referência em geral, os traumas por arma de fogo na face
trauma, o paciente foi avaliado quanto às promovem deformidades importantes e
funções vitais e solicitada a avaliação do incapacidade funcional, especialmente
cirurgião buco-maxilo-facial. Embasado quando relacionadas a região da
em dados clínicos e de imagem, verificou- articulação temporomandibular, nervo
se não haver fraturas em face que facial e estruturas profundas. Portanto, o
necessitassem de abordagem cirúrgica tratamento cirúrgico instituído mostrou-se
imediata e que o projétil penetrou a face na como uma necessidade real à situação do
região abaixo do lóbulo da orelha direita e paciente e proporcionou o retorno
permaneceu alojado na fossa infra satisfatório às funções antes limitadas.
temporal esquerda.

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TRAUMA

2103

ANÁLISE TOMOGRÁFICA DA CLASSIFICAÇÃO


DA SEVERIDADE DAS FRATURAS FACIAIS EM UM
HOSPITAL DE EMERGÊNCIA: PROJETO PILOTO
Juliana Mara Oliveira Santos; Manoel de Jesus Rodrigues Mello;
Andréa Silvia Walter de Aguiar

As fraturas faciais configuram-se em um Foram excluídas TC de pacientes


percentual importante de todos os pediátricos e com ruídos de imagem. Cerca
traumatismos do corpo humano, em que as de 13,20% das TC apresentavam fraturas
escalas de severidade do trauma visam à faciais, cujas informações foram
avaliação precisa da lesão, seu prognóstico, exportadas para o software “AO
triagem dos pacientes com trauma e Comphreeensive Injury Automatic
elaboração de protocolos de tratamento. A Classifier” em se obteve a severidade das
tomografia computadorizada (TC) tornou- fraturas mandibulares, terços médios da
se uma ferramenta imprescindível na face – superior, cental e inferior, e ossos
confirmação diagnóstica das fraturas, zigomáticos. Determinar o correto
assim como auxiliar na classificação de diagnóstico exige do cirurgião e do
severidade das mesmas.O objetivo do radiologista odontológico o conhecimento
presente estudo foi classificar a severidade da anatomia. A TC é imprescindível para
dos traumatismos faciais a partir de correta avaliação e, aliada a escala de
exames tomográficos, em pacientes severidade do trauma, pode auxiliar na
atendidos em um hospital de emergência melhor proposta de conduta de
de uma cidade do Nordeste brasileiro, no tratamento.
período de maio de 2017. Realizou-se um
estudo quantitativo, observacional,
individualizado, descritivo, transversal, no
qual foram coletadas 1817 TC sequenciais e
helicoidais de cabeça e face.

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2105

TRATAMENTO CONSERVADOR DE FRATURA


DE ARCO ZIGOMÁTICO: RELATO DE CASO
Sabrina Dias Bezerra Maia; Joyce Ryanne Bezerra Clares; Renato
Luiz Maia Nogueira; Manoel de Jesus Rodrigues Mello; Ricardo
Franklin Gondim

O arco zigomático em razão da sua posição projetada na face e a


sua estrutura frágil, fratura-se sob ação direta de traumas
perdendo a curvatura convexa normal. Algumas dessas fraturas
podem ser reduzidas e tratadas de forma conservadora. O
presente trabalho tem por objetivo relatar o tratamento
cirúrgico sob anestesia local de um paciente com fratura de arco
zigomático. Após acidente esportivo com trauma direto sobre a
região pré-auricular direita, o paciente observou afundamento
na região e dificuldade de abertura bucal, levando-o a procurar
atendimento em hospital de referência em trauma. Após ser
realizada a avaliação clínica e de imagens pelo cirurgião buco-
maxilo-facial, foi verificado fratura do arco zigomático direito,
motivo do afundamento facial e limitação da abertura bucal.
Com a concordância do paciente, a proposta de intervenção
cirúrgica com redução instrumental sob anestesia local foi
realizada. Como resultados, foram alcançados contorno facial e
abertura bucal satisfatórios. A cirurgia para redução anatômica
de fraturas de arco zigomático sob anestesia local mostrou-se
uma técnica eficiente para tratamento de pacientes que
apresentam tal condição.

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TRAUMA

2108

TRAUMATISMO DENTÁRIO ASSOCIADO A


FRATURA DE PARASSINFISE MANDIBULAR:
DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
Bhárbara Marinho Barcellos; Karoline Von Ahn Pinto; Wilson Sinsuke
Kaneshima Junior; Leticia Kirst Post; Cristina Braga Xavier

Introdução: O traumatismo dentário internado para redução e fixação da fratura


envolvendo os ossos de sustentação foi com miniplacas e parafusos. No pós-
classificado por Andreasen e Andreasen, operatório imediato deu-se inicio a
1996, em grupos, dentre os quais endodontia dos elementos 31 e 32, que
encontram-se os traumas dentários sofreram luxação extrusiva e apresentavam
associados a fraturas mandibulares, sendo lesão periapical. O paciente ainda está em
estes, um dos mais complexos em relação tratamento e objetiva-se minimizar
ao diagnóstico e tratamento. Este trabalho sequelas já instaladas.
objetiva relatar o caso de um paciente de 24 Discussão: De acordo com os protocolos
anos, gênero masculino, que foi estabelecidos pela IADT (International
encaminhado ao CETAT (Centro de Association for Dental Traumatology) é
Estudos, Tratamento e Acompanhamento necessária a realização de endodontia nos
de Traumatismo em Dentes Permanentes) casos de dentes traumatizados que
com diagnóstico inicial de trauma no dente apresentam lesões periapicais. Das fraturas
41 com luxação extrusiva dos dentes 31 e mandibulares, a parassinfisária é a que
32 associado a fratura da parede alveolar, ocorre na região compreendida entre a
após ser atropelado por um carro. linha média mandibular e uma linha
Métodos: Através do exame intra-oral, vertical na distal do canino. Dentre as
observou-se o uso de aparelho ortodôntico opções de tratamento, a fixação rígida
fixo pelo paciente e assim, foi solicitado ao proporciona reduções com maior precisão
ortodontista que aplicasse um fio passivo e estabilidade para restabelecimento mais
para contenção dos dentes traumatizados. rápido das relações maxilo-mandibulares,
Retornou ao serviço somente com os oclusão dentária e, principalmente, da
braquetes, relatando que o fio fora retirado relação dos côndilos com a fossa articular
há 1 semana. Constatou-se presença de (Schimidt, et al., 2000).
fistula na lingual dos dentes envolvidos e Conclusão: Para o correto e preciso
discreta extrusão do 33. Após investigação diagnóstico, essa situação clinica requer
radiográfica inicial, seguida de TC, experiência e conhecimento por parte do
confirmou-se o diagnóstico de fratura em cirurgião-dentista para que possa ser
parassinfise mandibular favorável ao instituído o tratamento adequado,
tratamento. Imediatamente o paciente foi

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principalmente, para fraturas


mandibulares que se não diagnosticadas
imediatamente podem levar a consolidação
óssea inadequada.

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TRAUMA

2118

TRATAMENTO ESTÉTICO DE EXTENSA


CICATRIZ PÓS TRAUMA UTILIZANDO
TÉCNICA DE SUBCISION: RELATO DE CASO
Daniela Oliveira Marques; Thallita Pereira Queiroz; Eloá Rodrigues
Luvizuto

Uma cicatriz pouco estética após lesões traumáticas, cirurgia


prévia ou cicatrização anormal das feridas é inaceitável para os
pacientes quando ocorre principalmente na região de face e
pescoço. Existe um prejuízo severo na qualidade de vida,
causando sequelas físicas, psicológicas e sociais. Felizmente,
muitos tratamentos estão disponíveis para atenuar estes
processos de cicatrização tecidual, entre eles, a técnica da
subcision associada à aplicação do ácido hialurônico.
Apresentamos um caso clínico de um paciente de 30 anos de
idade, gênero masculino, que foi vítima de acidente
automobilístico, apresentando múltiplas fraturas de face e
extenso ferimento corto-contuso na hemiface direita. Após
estabilização do quadro clínico, cuidados iniciais e tratamento
das fraturas de face, o tratamento para amenizar a cicatriz
resultante do ferimento foi proposto e realizado utilizando a
técnica de subcision associado à aplicação de ácido hialurônico.
Esta técnica é extremamente favorável em cicatrizes aderidas e
fibróticas o resultado clínico obtido foi excelente e satisfatório
para o paciente.

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TRAUMA

2123

ATENDIMENTO EMERGENCIAL AO PACIENTE


PORTADOR DE FRATURA DE TERÇO MÉDIO
DA FACE: OPORTUNIDADE CIRÚRGICA NO
SETOR BUCOMAXILOFACIAL
Juliana Mara Oliveira Santos; Phelype Maia Araujo; Manoel de
Jesus Rodrigues Mello; Renato Luiz Maia Nogueira; Ricardo Franklin
Gondim

Os acidentes motociclísticos estão entre as médio da face associadas a grande lesão de


causas mais frequentes de traumatismos tecidos moles. O paciente, ao ser atendido
maxilofaciais. Os danos podem variar no setor de emergência, foi conduzido ao
desde pequenas lesões em tecido mole a centro cirúrgico com intubação
grandes fraturas do esqueleto facial que orotraqueal, momento em que foi
exigem conhecimento e atuação em tempo solicitada a avaliação do cirurgião
hábil por parte do cirurgião para que haja bucomaxilofacial, onde foi verificada a
restabelecimento estético e funcional fratura exposta de maxila. Estando o
adequados. O atendimento emergencial do paciente com a via aérea segura e sob
paciente com lesões faciais envolve anestesia geral, foi decidida pela redução e
avaliação e manutenção da via aérea e fixação do segmento maxilar e sutura das
controle de sangramento, fatores que lacerações faciais. O paciente inicialmente
podem estar comprometidos em fraturas evoluiu com estabilidade dos segmentos
de terço médio da face associadas a grandes fixados e diminuição das expressões da
lacerações. O tratamento cirúrgico mímica facial. Após seis meses de
emergencial do trauma de terço médio da acompanhamento, constatou-se a
face pode apresentar um dos permanência do bom resultado das
compromissos mais desafiadores para o fixações ósseas e, ainda, diminuição das
cirurgião bucomaxilofacial, visto que as expressões faciais.
fraturas são frequentemente associadas
com morbidade substancial, desfiguração,
déficit funcional e alto custo de
tratamento. O objetivo do presente estudo
é relatar o caso de um paciente do sexo
masculino, vítima de acidente
motociclístico ocorrido, que compareceu
ao hospital de referência em trauma do
estado do Ceará portando fraturas de terço

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2128

RECONSTRUÇÃO DE FRATURA COMINUTIVA DE


MANDÍBULA APÓS AGRESSÃO POR PROJÉTIL DE
ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Ana Maria de Lima e Silva; Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; José
Marcelo de Vasconcelos; Lucas Nunes de Brito Silva; André Lustosa
de Souza

Introdução: Agressões faciais causadas segmentos fraturados, utilizando placa de


por projétil de arma de fogo podem resultar reconstrução de 2.4 mm com parafusos
em danos significativos aos tecidos do bicorticais e duas placas retas do sistema
complexo buco-maxilo-facial, de 2.0 mm com parafusos monocorticais
comprometendo a função e estética do para estabilização dos segmentos
paciente e sendo responsáveis por elevada intermediários.
morbidade e mortalidade. Por vezes, seu Resultados: Ao exame de imagem no
tratamento e reconstrução constituem pós-operatório imediato, observou-se
desafio ao cirurgião. Diante disso, o satisfatória redução dos segmentos
objetivo deste estudo é relatar a conduta fraturados. O paciente recebeu alta no dia
clínica em caso de reconstrução de fratura seguinte ao ato cirúrgico. Nos pós-
cominutiva de mandíbula causada por operatórios de 7, 15, 30, 60 e 90 dias, o
projétil de arma de fogo, tratado no paciente evoluiu sem sinais de deiscência
Hospital Regional do Agreste (HRA) – de sutura ou infecção, ausência de
Caruaru/PE. mobilidade óssea à palpação, maloclusão
Métodos: Paciente de 22 anos de idade, ou limitação de abertura bucal, parestesia
sexo masculino, chegou à emergência do discreta em região de nervo mentoniano
HRA após agressão por arma de fogo, direito e ausência de sinais de paralisia do
apresentando limitação de abertura bucal, nervo marginal mandibular direito.
maloclusão, mobilidade óssea em Discussão: Dos ossos da face, a
mandíbula à palpação e hematoma mandíbula por ser um osso mais
sublingual. À tomografia computadorizada proeminente, apresenta um maior
(TC) foi detectada fratura cominutiva em acometimento de lesões por arma de fogo.
região de sínfise e parassínfise direita. Foi A utilização do protocolo cirúrgico é
realizado tratamento cirúrgico, sob importante para restaurar os aspectos
anestesia geral e com via de intubação funcionais e estéticos, bem como reduzir a
nasotraqueal. O acesso submandibular foi morbidade associada ao padrão de trauma
utilizado para acessar as fraturas e, após causado. A utilização de intubação
bloqueio maxilo-mandibular, foi realizada nasotraqueal se faz importante por
a redução e fixação interna estável dos

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permitir o controle transcirúrgico da


oclusão durante a fixação das fraturas.
Conclusão: Concluímos que o tratamento
cirúrgico realizado obteve resultados
satisfatórios, visto que possibilitou retorno
à função mandibular, estética favorável e
poucas complicações pós-operatórias.

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2136

CAMUFLAGEM CIRÚRGICA: UMA OPÇÃO DE


TRATAMENTO DE SEQUELA DO OSSO FRONTAL
Luiz Felipe Cabral da Silva Martinho; Hecton Tomohiko de Oliveira
Sato; Ylri Hirokatsu Sato; Diogo Henrique Ohse

A abordagem tardia das fraturas faciais Paciente foi submetido à cirurgia de


impossibilita a redução de maneira reconstrução do defeito ósseo sob
satisfatória das mesmas, sobretudo em anestesia geral. Foi realizado acesso
casos de traumas de alto impacto. Tais cirúrgico coronal respeitando a anatomia
situações levam a remodelações ósseas, da região, modelagem e adaptação do
sequelas e defeitos de difícil resolução. cimento cirúrgico de polimetilmetacrilato,
Existem dois principais grupos de materiais com antibiótico, foi manipulado
a serem utilizados em reconstruções: os diretamente sobre o defeito do osso frontal
enxertos e os materiais aloplásticos. O com irrigação abundante devido a reação
objetivo do trabalho é relatar um caso exotérmica do material. Segundo Fattahi T.
clínico de reconstrução cirúrgica de Et al (2005) em casos de sequela pode- se
sequela do osso frontal com cimento de utilizar a técnica de camuflagem com
polimetilmetacrilato com proservação de biomateriais e malhas de titânio, visto que
seis meses. Paciente gênero masculino, 28 permite a correção do defeito estético sem
anos, vítima de acidente automobilístico a necessidade de uma osteotomia e sim
sem capacete, compareceu ao serviço de apenas a sobreposição de um material no
Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial defeito. Assim como no caso relatado,
da Fundação Hospital Adriano Jorge optou- se pelo uso de biomaterial para
queixando- se de afundamento em região correção do defeito em região frontal.
frontal. Ao exame clínico, apresentava Devido ao tempo do trauma, em nosso
assimetria facial compatível com trabalho realizamos a reconstrução
afundamento em região frontal, utilizando cimento cirúrgico de
rinoescoliose, enoftalmia do globo ocular polimetilmetacrilato promovendo assim
esquerdo e acuidade visual preservada. Ao uma melhora estética e satisfação do
exame Tomográfico, apresenta solução de paciente.
descontinuidade sugestiva de fratura de
parede anterior do osso frontal, etmóide,
ossos próprios do nariz (OPN), parede
medial da órbita, assoalho de órbita
esquerda (E) e complexo zigomático E.

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2142

RECONSTRUÇÃO DE SEQUELA
FRONTO- ORBITÁRIA
Luiz Felipe Cabral da Silva Martinho; Hecton Tomohiko de Oliveira
Sato; Ylri Hirokatsu Sato; Diogo Henrique Ohse

As fraturas do seio frontal representam de Realizou- se o acesso coronal respeitando a


dois a 15% do trauma bucomaxilofacial, e anatomia da região, seguido de osteotomia
podem se apresentar associadas a outras do defeito ósseo com exposição do seio
fraturas do terço médio da face. A frontal. Foi realizado patência do ducto
abordagem tardia ainda é realidade nos nasofrontal utilizando azul de metileno,
tempos atuais, consequentemente tais sem sinais de obliteração. Em seguida
situações levam a remodelações ósseas, foram reduzidos os fragmentos ósseos,
sequelas e defeitos de difícil resolução. O fixados com placas e parafusos do sistema
objetivo do trabalho é relatar um caso 1.5 milímetros e realizado reconstrução de
clínico de reconstrução cirúrgica de teto orbitário direito com tela de titânio.
sequela fronto- orbitária com proservação Segundo Miloro et al. (2008) se a parede
de seis meses. Paciente gênero masculino, posterior e o assoalho estiverem livres de
38 anos de idade, melanoderma, vítima de lesões, os fragmentos da parede anterior
acidente esportivo (futebol). Compareceu podem ser fixadas com miniplacas de
ao serviço de Cirurgia e Traumatologia titânio e qualquer espaço remanescente
Bucomaxilofacial da Fundação Hospital pode ser fechado pela colocação de uma
Adriano Jorge queixando- se de tela de titânio. Assim como no caso
afundamento em região fronto-orbitária relatado, em que optou- se pela
direita (FOD). Paciente evoluía sem recontrução utilizando miniplacas e tela de
queixas álgicas. Ao exame clínico, titânio. O tratamento de fraturas do seio
apresentava assimetria facial compatível frontal pode causar complicações como
com afundamento em região FOD, ptose sinusite e mucocele sendo assim necessário
palpebral direita, acuidade e motilidade um proservação de 10 anos. Em nosso
visual preservada. Ao exame Tomográfico, trabalho optou- se pela reconstrução
apresenta solução de descontinuidade utilizando miniplacas e tela de titânio
sugestiva de fratura de parede anterior do proporcionando assim uma melhora
osso frontal e teto orbitário direito sem estética e satisfação do paciente.
comprometimento de parede posterior.
Optou- se por realizar osteotomia e
osteossíntese de sequela de frontal e
reconstrução parcial de órbita com tela de
titânio. Paciente submetido à cirurgia 68
dias após o trauma sob anestesia geral.

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2144

ACESSO SUBCILIAR PARA A ÓRBITA


Ilson Divino do Nascimento Filho; Valéria de Lemos Brandão; Renan
Capobianco Vieira; Reginaldo Ferreira; Taísa Maria Mendes
Matuiama

Introdução: O acesso subciliar é uma técnica cirúrgica


introduzida por Converse em 1944 e desde então vários
cirurgiões a utilizam para diferentes modalidades terapêuticas.
Este acesso tem como vantagens proporcionar a exposição da
órbita, suas bordas, paredes laterais e do assoalho, além de
resultar em cicatrizes imperceptíveis. A técnica consiste em
realizar uma incisão inicial 2 mm abaixo dos cílios por toda
extensão do comprimento da pálpebra e realizar dissecção
subcutânea e incisão do músculo orbicular do olho, incisão
periosteal e a seu descolamento subperiosteal. Este trabalho tem
por objetivo descrever as características do acesso subciliar, bem
como suas indicações, desvantagens e complicações.
Método: Relato de dois pacientes submetidos ao acesso
cirúrgico subciliar para abordagem de fraturas em complexo
zigomático orbitário.
Discussão: os casos relatados e publicações levantadas trazem
à luz a discussão dos acessos subciliares.
Conclusão: Conhecer a conjuntura da técnica cirúrgica do
acesso subciliar e traçar planos de tratamento mais eficazes.

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2145

HEMATOMA ORBITÁRIO TRAUMÁTICO EM


PACIENTE PEDIÁTRICO
Luiz Felipe Cabral da Silva Martinho; Ylri Hirokatsu Sato; Hecton
Tomohiko de Oliveira Sato; Isabela Neves Formigheri; Diogo
Henrique Ohse

A Proptose ocular é uma das manifestações submetido à tomografia computadorizada


clínicas mais comum das doenças no corte axial e reconstrução coronal. Foi
orbitárias, causada por tumores e lesões possível identificar uma imagem
hemorrágicas como: fístula carotídeo- hiperdensa bem delimitada em região de
cavernosa (FCC) e hematomas orbitários. teto orbitário esquerdo, deslocando e
As lesões hemorrágicas orbitárias podem comprimindo o conteúdo orbitário, sem
ser classificadas em hemorragias intra- solução de descontinuidade sugestiva de
orbitárias e hematomas subperiosteais. O fratura na janela óssea. Optou- se por
hematoma subperiosteal da órbita é uma realizar uma punção aspirativa em região
entidade clínica rara, em virtude de o supraorbital esquerdo na qual obteve a
periósteo ser pouco aderido em crianças e descompressão da região orbitária e
predispõe a ruptura de vasos sanguíneos, melhora imediata do aspecto clínico e
resultando na formação de hematoma motor do OE. O material colhido
entre o osso e o periósteo. O presente apresentou 7 ml de líquido sanguinolento.
trabalho tem como objetivo relatar um caso A FCC é diagnóstico diferencial do HOS
de hematoma orbitário subperiosteal Segundo Biousse V et al (1998) presença de
(HOS) traumático em paciente pediátrico. proptose pulsátil são características da FCC
Paciente gênero masculino, 9 anos de que não se apresentava no caso clínico
idade, melanoderma, compareceu ao relatado. Segundo Gillum W.N. e Anderson
serviço de Pronto Atendimento de urgência RL (1981) existem três modalidades
e emergência pediátrico após sofrer um cirúrgicas principais: aspiração por agulha,
acidente motociclístico sem capacete há 7 orbitotomia infraciliar e craniotomia com
dias. Paciente evoluía sem queixas álgicas. acesso ao teto orbitário pela fossa craniana
Ao exame clínico, observou- se escoriações anterior. Em nosso trabalho optou- se por
em região frontal esquerda, proptose do realizar a punção aspirativa por ser um
globo ocular esquerdo (OE) severa, método menos invasivo com
oftalmoplegia parcial no OE com resolutividade. O criterioso diagnóstico e o
impossibilidade de realizar supraversão adequado tratamento minimamente
relatando diplopia binocular, acuidade invasivo culminaram em um resultado
visual preservada e pupilas isocóricas. À satisfatório, estético e funcional,
palpação, o OE não apresentou proporcionando a completa resolução do
comportamento pulsátil. Paciente foi caso.

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2150

RECONSTRUÇÃO DE DEFEITO ORBITÁRIO


COMPLEXO E APARATO LACRIMAL ASSOCIADO
Rai Heidenreich; Carlos Eduardo Chrzanowski Pereira de Souza;
Daniel Freire Galafassi; Maurício Bento da Silva; Luciano Del Santo

As fraturas internas complexas da órbita se Devido a necessidade de reconstrução


originam de traumas em alta velocidade e urgencial do ducto nasolacrimal, não foi
produzem defeitos afetando duas, três ou possível confeccionar bio modelo e
quatro paredes orbitais. Usualmente, implante customizado para a órbita da
estendem-se posteriormente afetando a paciente. Sobre anestesia geral, foi
profundidade do cone orbitário e a “área- realizado cirurgia ”free hand“, através de
chave”, podendo danificar o canal óptico e acesso coronal e acesso pela laceração da
impossibilitar o suporte posterior para pálpebra inferior ocorrido no trauma,
enxertos, tornando a reconstrução utilizando como referência anatômica a
desafiadora. angulação da mesma área da órbita
Este trabalho relata o caso de uma paciente contralateral. A redução da fratura foi
do sexo feminino, 32 anos, vítima de realizada por meio de duas telas de titânio
acidente automotivo, onde traumatizou a para reconstruir parede inferior, medial e
região de órbita direita no volante do póstero-medial. Com o intuito de evitar
automóvel. Paciente foi transferida de formação de sialocele, foi realizado
outro serviço e foi realizado tratamento etmoidectomia da área cominuída das
após 7 dias do ocorrido. Ao exame clínico células etmoidais.
observa-se laceração da pálpebra inferior O último controle clínico e radiográfico de
com rompimento do ducto nasolacrimal, 9 meses após redução do trauma complexo
presença de diplopia, distopia vertical e revelou patência do ducto nasolacrimal,
enolftalmia. Foi solicitado uma tomografia preservação da acuidade visual, ausência
computadorizada, onde foi observado de diplopia, distopia vertical e enoltalmia.
fratura extensa da parede inferior e medial
da órbita, incluindo cominuição da “área-
chave”.

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2159

AVALIAÇÃO DA HIGIENE ORAL PRÉ-


OPERATÓRIA EM PACIENTES PORTADORES
DE FRATURAS MAXILOFACIAIS
Roberto de Sousa Lima Filho; Bruno Frota Amora Silva; Bruno Rocha
da Silva; José Valdir Pessoa Neto

Introdução: A microbiota oral se maxilofaciais. Após leitura e assinatura do


relaciona de maneira harmônica com o termo de consentimento livre e
hospedeiro, porém por diversos fatores, esclarecido, realizou-se exame clínico dos
pode se tornar patogênica, ou seja, oferecer pacientes, no período pré-operatório
riscos à saúde. A colonização da orofaringe imediato, para obtenção do índice de
por microrganismos potencialmente Higiene Oral Simplificado (IHO-S). Para a
patogênicos vem sendo associada a realização do exame, são avaliadas seis
diversas doenças sistêmicas, incluindo superfícies dentárias, sendo
distúrbios cardiovasculares, pulmonares, preferencialmente: vestibular dos dentes
renais, entre outros. Diversos estudos 16, 11, 26 e 31 e lingual do 36 e 46. Cada
indicam que as periodontopatias podem superfície recebe um escore de acordo com
influenciar o curso das infecções a quantidade de placa bacteriana
respiratórias destacando-se as encontrada, em seguida estes valores são
pneumonias. Pacientes com inadequada somados e sua média aritmética é o
higiene oral e más condições dentárias resultado do IHO-S do paciente
apresentam maiores risco de complicações examinado.
locais e sistêmicas. Desta forma, a condição Resultados: Foi avaliado um total de 44
de deficiência de higiene oral em pacientes pacientes, sendo 39 homens e 5 mulheres,
críticos desencadeia frequentemente o escore medio do IHO-S foi de 0,7.
periodontites, gengivites, otites, Discussão: Segundo Greene e Vermillion, a
rinofaringites crônicas e xerostomia higiene bucal pode ser classificada de
potencializando focos de infecções e acordo com o escore obtido no IHO-S: boa
propiciando a instalação/manutenção de - 0,0 a 0,6; regular - 0,7 a 1,8 e ruim - 1,9 a
infecções nosocomiais. 3,0.
Método: Esta pesquisa, de cunho Conclusão: A higiene oral dos pacientes
observacional transversal, foi desenvolvida portadores de fraturas maxilofaciais,
na Irmandade Beneficente da Santa Casa incluídos neste estudo, é regular, devendo-
da Misericórdia de Fortaleza após se adotar medidas para controle químico-
aprovação pelo Comitê de ética em mecânico da placa bacteriana,
pesquisa da Universidade de Fortaleza proporcionando menor taxa de infecções e
(UNIFOR). Foram incluídos no estudo menor risco de complicações pós
pacientes que seriam submetidos à operatórias.
tratamento cirúrgico de fraturas

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2171

FRATURA COMPLEXA DE NARIZ POR ARMA


BRANCA: RELATO DE CASO
Marina Castro Rocha; Johnatan Meireles do Nascimento; Pedro
Everton Marques Goes; Evaldo Sales Honfi Junior; Renata Moura
Xavier Dantas

Introdução: Os ossos nasais são os mais Foi realizada fixação, com fio de aço e placa
proeminentes da face e, de titânio do sistema 1.6, dos fragmentos
consequentemente, os mais passíveis de ósseos. Os ferimentos em tecidos moles
fratura em traumas faciais. Desta maneira, foram suturados por planos, e foi também
o diagnóstico e conduta adequados são realizado tamponamento nasal anterior
primordiais para um melhor prognóstico por 48hrs.
do paciente. Resultados: O paciente evoluiu bem, sem
Métodos: Assim, o objetivo deste queixas funcionais e estéticas, apesar da
trabalho é relatar o caso de um paciente do cicatriz remanescente.
gênero masculino, 51 anos, vítima de Conclusão: Desta forma, conclui-se que o
trauma em face devido a agressão por arma tratamento por meio da abordagem aberta
branca, que chegou ao serviço de através da ferida existente permitiu fixação
emergência do Hospital de Emergência e óssea direta, possibilitando uma
Trauma Senador Humberto Lucena, João estabilização ideal com menor
Pessoa-PB, com ferimento extenso em possibilidades de deformações pós-
terço médio da face com necessidade de operatórias, garantindo bons resultados e
reconstrução. Além de fratura dos ossos satisfação do paciente.
próprios nasais em livro aberto,
confirmados após exames imaginológicos.

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TRAUMA

2173

PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA FRATURAS


CONDILARES BAIXAS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Victória Luswarghi Souza Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José
Moreira Oliveira; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres
Perez

Introdução: A mandíbula é traço de frautra, localizado na região


frequentemente atingida nos traumas, condilar alta, média ou baixa, relacionados
sendo considerada o osso com maior respectivamente com o nível de inserção
incidência de fratura. Dentre as fraturas do músculo pterigóideo lateral e com a
mandibulares, 26,6% são condilares. Essa base do crânio, podendo ser unilaterais ou
fraturas são classificadas quanto ao seu bilaterais. Clinicamente, um paciente
nível em altas, médias e baixas, e também portador de fratura condilar, pode
como condileana, subcondiliar alta e baixa. apresentar (1) evidência de trauma facial,
O tratamento das fraturas condilares (2) edema e dor localizada, (3) limitação da
merecem atenção pela sua controvérsia, abertura bucal, (4) desvio em abertura
podendo ser feito um tratamento bucal, (5) mordida aberta posterior, entre
conservador/incruento, com bloqueio outros.
intermaxilar, fisioterapia e até aparelhos Objetivos: O objetivo deste relato de caso
ortopédicos funcionais ou um tratamento é padronizar um protocolo de tratamento
cruento. O tratamento cruento é indicado para o tratamento cruento de fraturas sub-
em casos de fratura com deslocamento e condilares por meio da discussão de um
luxação da cavidade glenóide, sendo feita a caso clínico.
fixação através de miniplacas. Nesse caso
Conclusão: A conduta terapêutica para as
podem ocorrer complicações como a perda
fraturas de côndilo segue duas linhas de
de redução, seguida de má oclusão e
pensamento, a primeira que destaca um
infecção. Dessa forma esse tratamento é
tratamento conservador, e a segunda,
reservado para quando a atitude
adepta à redução cirúrgica. Dessa forma
conservadora não obteve bons resultados.
diversos fatores, como a idade, tipo de
A região condilar é acometida em 26,6% de
fratura, grau e direção do deslocamento,
traumatismos mandibulares, sendo na
estado de saúde e a existência de injúrias
maioria das vezes resultantes de impactos
associadas, vão orientar a escolha
sobre a região de sínfese e parassínfese
adequada da conduta terapêutica.
mandibular. Os traumatismos condilianos
podem ser classificados baseando-se no
Referências:
Graziani M. Fraturas da Mandíbula. Classificação e Frequência. In: Graziani M. Traumatologia maxilo-
facial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1982. p. 30-7
Lindahl L. Condylar fractures of the mandible. Int. J Oral Surg. 1977.

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TRAUMA

2180

AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DE 4 ANOS DOS


PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA DE FACE SUBMETIDOS À
INTUBAÇÃO SUBMENTO OROTRAQUEAL EM UM
HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
Marcelo Medeiros Battistetti; Bruna Barcelos Ferreira; Glaykon Alex Vitti
Stabile

A intubação nasotraqueal é a via mais cirurgias para tratamento do trauma de


utilizada em pacientes vítimas de trauma face sob anestesia geral. Destes, 25
de face que requeiram manipulação da pacientes (8,50%) foram submetidos a
oclusão dentária transoperatória. No intubação submento orotraqueal, 8
entanto esta via está contraindicada em pacientes já possuíam traqueostomia em
alguns casos, como por exemplo presença virtude de problemas diversos pregressos
de fraturas importantes dos ossos nasais, ao tratamento do trauma e nenhum
fraturas naso-orbito-etmoidais e/ou paciente foi submetido a traqueostomia
fraturas de face associadas a fraturas de visando o tratamento do trauma de face. O
base do crânio. Como alternativa à procedimento de intubação submento-
realização de traqueostomia nos casos orotraqueal foi realizado por cirurgiões em
onde a via nasal de intubação não possa ser treinamento, auxiliados por um preceptor
obtida temos opção da intubação oral com especialista, não sendo evidenciado
reversão para região submentual. Esta é nenhum acidente e com 2 pacientes
considerada uma alternativa valiosa à apresentando complicações classificadas
traqueostomia para tratamento de como leve, sendo ambas celulite
pacientes com múltiplas fraturas de face subcutânea local superficial no acesso
que necessitem de curto período de cirúrgico submandibular. Concluímos que
intubação. O objetivo deste estudo foi a intubação submento orotraqueal é uma
avaliar retrospectivamente a freqüência técnica simples, de baixo custo e
deste procedimento realizado em extremamente útil, apresentando com
pacientes submetidos à anestesia geral baixo índice de morbidade ou
para tratamento de fraturas maxilofaciais, complicações, sendo adequada para
o perfil dos mesmos e resultados obtidos do substituir a traqueostomia em casos
manejo da via aérea. Os dados foram selecionados, onde métodos tradicionais
coletados através de fichas de trauma e estão contraindicados.
prontuários de um programa de residência
em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-
facial de um hospital público terciário, no
período de janeiro de 2013 a dezembro de
2016. Foram incluídos neste estudo 294

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TRAUMA

2184

TRATAMENTO DE FRATURA COMINUTIVA DO


SEIO FRONTAL EM PACIENTE VÍTIMA DE
ATROPELAMENTO: RELATO DE CASO
Paulo Victor Mendes Penafort; Ana Flávia Tavares dos Santos; Giulia
Bessa de Mello Antonaccio; Eduardo Santana Jacob; Patrick
Rocha Osborne

Fraturas envolvendo o seio frontal são avaliação da equipe de CTBMF do hospital,


relativamente incomuns, causadas na que constatou, através de exames clínicos
maioria das vezes, por traumas de grande e imaginológicos, a presença de fratura
impacto, como acidentes automobilísticos, cominutiva do seio frontal, com
agressões físicas, quedas e acidentes no afundamento frontal prejudicando
trabalho. Essas fraturas são classificadas também a estética do paciente, optou–se
como tipo 1 ao tipo 5, sendo tipo 1: fratura por tratar de forma cirúrgica, após a alta na
linear, com deslocamento mínimo da neurocirurgia. A cirurgia foi realizada sob
parede anterior; tipo 2: fratura cominutiva anestesia geral, através do acesso coronal a
da parede anterior, com ou sem fratura foi exposta, observou-se um grande
envolvimento do ducto nasofrontal; tipo 3: defeito ósseo impossibilitando a
fratura envolvendo parede anterior e readaptação dos cotos ósseos, foi realizada
posterior do seio frontal; tipo 4: fratura a curetagem do seio frontal para remoção
cominutiva das paredes anterior e da membrana sinusal infectada e
posterior, com ferimento dural e potencial fragmentos ósseos no interior do seio, e
vazamento do líquido cefalorraquidiano e avaliada a patência do ducto nasofrontal
tipo 5: fratura cominutiva das paredes que encontrava-se normal. Para a correção
anterior e posterior, com ferimento dural e da fratura foram utilizadas placas, malha e
potencial vazamento do líquido parafusos de titânio do sistema 1,5 mm,
cefalorraquidiano, associado com perda podendo assim tratar o seio frontal para
óssea e/ou de tecidos moles adjacentes. O restabelecer tanto sua função como a
tratamento varia de acordo com o tipo da estética do paciente. Após três meses do
fratura, a abordagem cirúrgica é realizada procedimento, o paciente mantem
devido a possíveis complicações acompanhamento mensal com a equipe de
decorrentes deste tipo de fratura, como o CTBMF do hospital, apresenta-se com boa
comprometimento estético, infecções e estética do local, sem queixas e acesso
danos as estruturas intracranianas. coronal reparado normalmente. Este
Paciente T.V.A., 31 anos, sexo masculino, trabalho tem como objetivo a apresentação
vítima de atropelamento por motocicleta, de um caso de fratura frontal, que foi
compareceu ao serviço de neurocirurgia da tratada cirurgicamente com ótimos
Santa Casa de Misericórdia de Barretos 3 resultados tanto funcionais, como
dias após o acidente. Foi solicitada a estéticos.

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TRAUMA

2186

TRAMA FACIAL DE ALTA COMPLEXIDADE EM


PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Larissa Gonçalves Cunha Rios;Felipe Gomes Gonçalves Peres
Lima;Flaviana Soares Rocha; Cláudia Jordão Silva; Darceny
Zanetta-Barbosa

O trauma facial em pacientes pediátricos Inicialmente, foi realizada foi expansão de


representa um grande desafio para os tecido mole, bem como redução e fixação
profissionais envolvidos, tendo em vista a dos segmentos mandibulares com placa de
complexidade do tratamento, o reconstrução do sistema 2.4mm,
envolvimento emocional e o reestabelecendo o contorno mandibular e
comprometimento de estruturas preservando os germes dentais
fundamentais para o adequado remanescentes. Posteriormente, foi
crescimento facial. As fraturas ósseas em realizado enxerto ósseo autógeno na região
crianças são pouco frequentes e, do defeito mandibular. Atualmente, o
normalmente resultam de um trama facial paciente encontra-se em
de grande energia, o que pode gerar danos acompanhamento pós-operatório e em
complexos das estruturas locais e reabilitação oral. Assim, pode-se concluir
adjacentes. O objetivo deste trabalho é que o trauma facial em pacientes
discutir a importância de um tratamento pediátricos representa um grande desafio
eficaz e um acompanhamento a longo quanto ao tratamento e a reabilitação oral,
prazo dos traumas faciais em crianças, bem devendo ser acompanhado a longo prazo.
como relatar um caso clínico de sequela de
trauma facial em uma criança de 05 anos,
vítima de acidente automobilístico que
resultou em fraturas múltiplas de face, com
avulsão de segmento mandibular e fratura
cominuta de maxila. Ao exame clínico
inicial foi observado mobilidade nos
fragmentos mandibulares e no fixador
externo instalado previamente por outra
equipe, bem como exposição de parafuso
de fixação de segmentos da maxila e perda
de tecido mole na região do
traumaamndibular.

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2188

TRATAMENTO DE COMPLICAÇÃO EM FRATURA


DE ÂNGULO MANDIBULAR:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Victória Luswarghi Souza Costa; Marcelo Marotta Araujo; Ivan José
Moreira Oliveira; Moacir Teotônio dos Santos Junior; Diego Torres
Perez

Introdução: A fratura de ângulo de 0% a 32%. Logo, a utilização de fixação


mandibular é qualquer fratura que ocorra rígida é atraente, pois permite uma rápida
da distal do segundo molar, estendendo-se recuperação da função da mandíbula com
de qualquer ponto da curva formada pela pouca ou nenhuma necessidade de fixação
junção do corpo e ramo na área retromolar, maxilomandibular pós-operatório.
para qualquer ponto da curva formada pela Objetivos: O objetivo deste trabalho é
borda inferior do corpo e borda posterior realizar o relato de um caso clínico de um
do ramo da mandíbula. De acordo com Ellis paciente com 29 anos de idade, portador de
et al, 33% destas fraturas ocorre na região fratura de ângulo direito e que foi
de corpo da mandíbula. As possíveis razões submetido a redução e fixação por meio da
de por que o ângulo mandibular ser técnica de Champy e que com 4 meses de
comumente associado a fraturas são pós-operatório apresentou infecção no
a presença do terceiro molar, ser uma área local de fixação, de forma a discutir a
seccional mais fina que a área dos dentes e indicação e as possíveis complicações da
por ser considerado uma área de alavanca. técnica de Champy aplicada na fixação de
Vários métodos podem ser utilizados para fraturas de ângulo mandibular.
o tratamento das fraturas de ângulo Conclusão: Para o tratamento de fraturas
mandibular, entre eles existe a técnica de de ângulo mandibular, dentro das
Champy, que consiste na utilização de condições adequadas, a técnica de Champy
somente uma placa na zona de tensão, ou mostra-se uma alterantiva viável, uma vez
seja, no bordo superior do ângulo da que haja colaboração por parte do paciente,
mandíbula (linha oblíqua). As fraturas de sobretudo na moderação funcional durante
ângulo geram uma maior frequência de as primeiras semanas.
complicações em relação a todas as outras
fraturas de mandíbula, com taxas relatadas
Referências:
MARZOLA, Clóvis. Fraturas mandibulares. FUNDAMENTOS DE CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL.
CAPÍTULO XXIX. Big Forms, 2008.
Araújo, A., Gabrielli, M.F.R., Medeiros, P.J. – Aspectos Atuais da Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial, 2007
Miloro M. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. 2ª ed. Santos Editora. 2004.
CHAMPY et al. Mandibular osteosynthesis by miniature screwed plates via a bucal approch. J. Oral
Maxillofac. Surg., v.6, p. 14-21, 1978.

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TRAUMA

2196

SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO EM FRATURAS


PANFACIAIS: RELATO DE CASO
Ulisses Simoncelli; Thiago Cesar de Oliveira; Sandro Isaías Santana;
Átila Roberto Rodrigues; Breno de Souza Pedro Santana

As fraturas panfacias são caracterizadas por múltiplas fraturas


dos ossos da face, acometendo mais de um dos terços faciais e,
portanto, é um grande desafio para o cirurgião buco-maxilo-
facial. Para tratamento destas lesões, muitos fatores devem ser
considerados, inclusive a sequência de tratamento. As
abordagens mais clássicas descritas na literatura são as
sequências “de baixo para cima e de dentro para fora” ou “de
cima para baixo e de fora para dentro”. Porém a completa
reconstrução mandibular oferece uma base anatômica estável
para a posterior redução das fraturas dos terços médio e
superior. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um
paciente de 21 anos de idade, vítima de acidente motociclístico,
com trauma de alta energia, que apresentou fratura panfacial
sem comprometimento neurológico. O tratamento cirúrgico foi
iniciado pela redução e fixação interna rígida da mandíbula,
restabelecendo a anatomia deste arco. Foi realizado então o
bloqueio maxilo-madibular, e posteriormente a sequência de
tratamento foi de cima para baixo. Todas as fraturas receberam
acesso cirúrgico direto sendo eles: acesso coronal, subtarsal
bilateral e vestibular da maxila. Na sequência realizou-se
redução e fixação com placas e parafusos de titânio. O caso
evoluiu com bons resultados funcionais e estéticos, devolvendo
a projeção e a altura facial, demonstrado clinicamente e por
meio de tomografia computadorizada.

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TRAUMA

2207

CONTROVÉRSIAS NO TRATAMENTO DAS


FRATURAS DO ÂNGULO DA MANDÍBULA
Ulisses Simoncelli; Sandro Isaías Santana; Átila Roberto Rodrigues;
Thiago Cesar de Oliveira; Breno de Souza Pedro Santana

A fratura mandibular é a mais comum das fraturas faciais, sendo


o ângulo mandibular a região anatômica mais prevalente. Vários
autores relatam que a violência interpessoal, as quedas da
própria altura e os acidentes automobilísticos são os fatores
etiológicos mais comuns. A presença do terceiro molar
influencia o aparecimento desta fratura. Além disso, a posição
deste dente segundo a classificação Pell e Gregory pode ser fator
determinante para proteção ou aumento no risco de fratura de
ângulo. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma
paciente de 15 anos de idade, vítima de atropelamento, com o
diagnóstico de fratura cominutiva do ângulo mandibular direito,
presença de terceiro molar na linha de fratura e fratura simples
de corpo mandibular esquerdo. O tratamento realizado foi o
bloqueio maxilo-mandibular, acesso intra bucal do lado
esquerdo, redução e fixação com uma placa de 6 furos na base da
mandíbula, com parafusos bicorticais, e outra placa de 4 furos na
zona de tensão, com parafusos monocorticais, ambas do sistema
2.0. Na sequência, foi realizado acesso submandibular do lado
direito, extração do dente 48, redução e fixação com placa de
reconstrução do sistema 2,4 locking. A paciente teve alta sem o
bloqueio maxilo-mandibular. A opção de extração do dente,
mesmo aumentando o risco de infecção, foi pelo fato do mesmo
interferir na redução da fratura. Havendo então o alvéolo e ainda
a fratura cominutiva, foi descartada a utilização de carga
compartilhada. O caso evoluiu com adequada reabilitação
funcional.

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2217

FIXAÇÃO FUNCIONALMENTE ESTÁVEL DE


FRATURA MANDIBULAR PARASSINFISÁRIA:
RELATO DE CASO
Jayara Ferreira de Aguiar; Breno Souza Benevides; Mariana Canuto
Melo de Sousa Lopes; Mário Igor Serpa Paiva Damasceno; Juliana
Lima Vecchio

As fraturas mandibulares ocorrem em uma O paciente já havia sido submetido a um


porção significativa das vítimas de trauma atendimento de urgência em outro serviço,
de face, devido à sua posição anatômica e em que foi realizada estabilização da
proeminência, podendo resultar em fratura mediante a realização de uma
problemas estéticos e funcionais. Sua odontossíntese. Exames imaginológicos
etiologia varia de traumas diretos ou confirmaram a suspeita clínica de fratura
indiretos, resultantes de acidentes mandibular parassinfisária. Com o intuito
automobilísticos, relacionados à prática de de devolver o paciente à função
esportes, quedas, agressões físicas, lesões estomatognática o mais precocemente
patológicas, dentre outras. Os sinais e possível, o plano de tratamento consistiu
sintomas podem incluir dor, edema, em realizar precocemente procedimento
distúrbio nas ATMs, perda ou limitação da cirúrgico sob anestesia local para
função mastigatória, má oclusão, trismo, estabilização e fixação funcionalmente
assimetria facial e desalinhamento estável da fratura parassinfisária
dentário. A fratura pode resultar em ação mandibular esquerda mediante abordagem
muscular desequilibrada, acarretando o intra-oral da região mentoniana.
deslocamento dos cotos fraturados. O Atualmente o paciente se encontra em
objetivo deste trabalho é relatar o caso acompanhamento de 45 dias, em que se
clínico de um paciente do sexo masculino, percebe reabilitação funcional satisfatória.
13 anos de idade, apresentando fratura A fixação funcionalmente estável da
mandibular parassinfisária à esquerda por fratura mandibular parassinfisária se
acidente esportivo. O paciente compareceu mostrou uma alternativa simples e viável
02 dias após o trauma em um ambulatório na resolução do caso clínico em questão.
de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial, queixando-se de dores
localizadas em terço inferior de face à
função mastigatória, além de limitação
bucal.

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2221

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS LE


FORT II E NASO-ÓRBITO-ETMOIDAL EM
PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO
Kauane Karoline Prossak; Thiago Vinícius Rodrigues Reis; Delson
João da Costa; Rafaela Scariot de Moraes; Leandro Eduardo
Kluppel

Em idosos, a queda é a principal causa de cominuição). Foi requisitada avaliação


trauma facial. As fraturas do terço médio nutricional para ganho de peso
da face acometem, isoladamente ou em previamente a realização do procedimento
associação, a maxila, o zigoma e o cirúrgico. A cirurgia foi realizada sob
complexo naso-órbito-etmoidal (NOE). O anestesia geral com redução e fixação,
presente trabalho objetiva descrever um acesso intraoral e utilização de miniplacas
caso clínico de fratura Le Fort II combinada do sistema 1.5 para a fratura Le Fort II e
à fratura NOE. Paciente do gênero tamponamento nasal para fratura nasal.
feminino, 88 anos de idade, foi atendida No pós-operatório de 6 meses, a paciente
pela equipe de Cirurgia e Traumatologia apresentou-se com boa estabilidade e
Buco-Maxilo-Facial da Universidade oclusão, ausência de alterações visuais e
Federal do Paraná (UFPR) no Hospital XV, boa simetria facial. O cirurgião
vítima de queda em escada da sua bucomaxilofacial, sendo um profissional
residência em Florianópolis (SC). A especializado no atendimento de vítimas
paciente queixou-se de dificuldade durante de trauma, irá se deparar com diversos
a mastigação e relatou ausência de pacientes idosos que necessitam de
alterações visuais, como diplopia, epicanto tratamento e cabe a ele estar atento às
e enoftalmia. Ao exame físico extrabucal, alterações relacionadas ao
apresentou importante edema envolvendo envelhecimento, como condições
o dorso nasal, região zigomática bilateral e patológicas frequentes nessa faixa etária e
lábios superior e inferior, laceração em capacidade reduzida de reparo tecidual,
lábio superior e laceração em pele da região que possam representar complicações
frontal. Ao exame físico intrabucal, exacerbadas para o tratamento proposto.
observou-se alteração oclusal e mobilidade Pois os pacientes em idade avançada
do segmento anterior da maxila, sugerindo apresentam maiores complicações e
fratura dentoalveolar, com avulsão do mortalidade frente ao trauma em relação
dente 11. Imagens tomográficas sugestivas aos pacientes mais jovens.
de fratura Le Fort II, com herniamento de
tecido mole para os seios maxilares, e
fratura nasal (fratura NOE com

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2226

ALTERNATIVA DE TRATAMENTO PARA FRATURAS


COMINUTIVAS DE MANDÍBULA COM USO DE
FIXADOR EXTERNO: RELATO DE CASO
Priscila Mayara Silva de Almeida; Thiago Coelho Gomes da Silva;
Marilia Gabriela Mendes de Alencar; Araquem de Melo e Silva
Filho; Edmilson Zacarias da Silva Junior

Introdução: As lesões complexas de necessária uma segunda abordagem


mandíbula, especialmente as fraturas cirúrgica, sob anestesia local, com acesso
cominutivas provocadas por um trauma de intrabucal, para regularização do contorno
alta energia, constituem desafios e mandibular e remoção das espículas
normalmente requerem procedimentos ósseas, o paciente se encontra em
cirúrgicos complexos. Esse trabalho tem acompanhamento pós operatório de 03
por objetivo relatar alternativa de meses sem déficit funcional ou queixas
tratamento para fraturas cominutivas de estéticas.
mandíbula com uso de fixador externo. Discussão: Não existe um método
Métodos: No caso relatado foi posposta a universal de redução e fixação dos
fixação externa para estabilização da segmentos fraturados da mandibula que
mandíbula com sistema utilizado possa ser utilizado em todos os casos.
inicialmente para fraturas de punho, com o Fatores como a má dentição, a nutrição
objetivo de reconhecer a sua utilização inadequada dos tecidos e o estado das
como opção válida, desde que bem partes moles e dos fragmentos ósseos
indicada, principalmente pela simplicidade influenciam muito na conduta a ser
de execução da técnica, acessibilidade e tomada.
aceitáveis riscos de complicações. Conclusão: A utilização dos fixadores
Resultados: Após 07 dias de pós- externos ortopédicos de punho é uma
operatório, foi realizada uma tomografia opção de tratamento viável e efetiva
computadorizada e verificou-se adequada quando bem indicada, como pôde ser
posição do fixador externo, com observado no caso clínico descrito, onde foi
comprimento mandibular estabelecido e conseguido boa relação intermaxilar,
oclusão dental preservada. Porém, a funções mandibulares preservadas e
ausência de uma redução aberta dos ausência de pseudoartrose. Concluiu-se
múltiplos fragmentos ósseos não permitiu que a estabilização de fratura cominutiva
uma redução anatômica óssea precisa. Com de mandíbula através do fixador ortopédico
45 dias de pós-operatório pôde-se observar de Colles é eficiente quando respeitadas as
o contorno mandibular alterado, além de técnicas de uso, os protocolos de
múltiplas espículas ósseas em região antibioticoterapia e os cuidados locais pós-
vestibular e lingual de corpo mandibular. operatórios.
Removeu-se o aparelho e julgou-se

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2255

TRATAMENTO DE FRATURA BILATERAL DE


MANDÍBULA APÓS ACIDENTE
MOTOCICLÍSTICO: RELATO DE CASO
Ana Maria de Lima e Silva; Lucas Nunes de Brito Silva; José Marcelo
de Vasconcelos; Joelma Silva de Andrade; Danilo de Moraes
Castanha

Introdução: Os acidentes com veículos fixação interna dos segmentos fraturados.


automotores se destacam, em todo o Fez-se o uso de duas miniplacas 2.0 mm
mundo, como os principais e mais com parafusos monocorticais na fratura
agressivos agentes do traumatismo de face. subcondilar. Na parassínfise esquerda,
Entre os traumatismos decorrentes de foram utilizadas duas miniplacas 2.0 mm,
acidentes automobilísticos, a cabeça é com parafusos monocorticais na zona de
envolvida em mais de 70% e desta, 55,7% tensão, e bicorticais na de compressão.
dos casos acometem a mandíbula. O Resultados: Ao exame de imagem de
objetivo do estudo é relatar um caso de controle, observou-se satisfatória redução
tratamento cirúrgico de fratura bilateral de dos segmentos fraturados. O paciente
mandíbula após trauma por acidente recebeu alta no dia seguinte ao ato
motociclístico, realizado no Hospital cirúrgico. Nos pós-operatórios de 7, 15, 30,
Regional do Agreste (HRA) – Caruaru/PE. 60 e 90 dias, evoluiu sem infecção,
Métodos: Paciente mobilidade e/ou maloclusões, e com
de 21 anos de idade, sexo masculino, abertura bucal máxima de 37 mm, sem
chegou à emergência do HRA após acidente desvios.
motociclístico, apresentando limitação de Discussão: Os côndilos mandibulares
abertura bucal, maloclusão, mobilidade representam os locais de maior
óssea em mandíbula e hematoma acometimento das fraturas de mandíbula,
sublingual. À tomografia computadorizada chegando a uma frequência de até 35% do
(TC) foi detectada traços de fratura em total das fraturas de mandíbula.
parassínfise esquerda e côndilo direito, Geralmente resultam de impactos
esta apresentando cavalgamento dos cotos direcionados em sínfise e/ou parassínfise
fraturados e consequente redução da altura mandibulares. Quanto ao tratamento
de ramo. Foi realizado tratamento destas fraturas, as placas de titânio são de
cirúrgico, sob anestesia geral e intubação fácil manuseio, biocompatíveis e possuem
nasotraqueal. Os acessos retromandibular rigidez com flexibilidade. Elas reduzem o
e intra-bucal foram utilizados para a tempo de bloqueio maxilomandibular e
visualização das fraturas. Após bloqueio estão associados com baixos índices de
maxilo-mandibular, foi realizado redução e complicações.

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TRAUMA

Conclusão: O tratamento cirúrgico


realizado obteve resultados satisfatórios,
possibilitando retorno à função e estética
favorável, sem complicações pós-
operatórias importantes.

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TRAUMA

2256

TRAUMA DE FACE POR MORDEDURA DE CÃO:


RELATO DE CASO
Amanda Lobão de Albuquerque; Abrahão Cavalcante Gomes de
Souza Carvalho; Carlos Augusto Oliveira Meneses; Talyne
Albuquerque Ximenes; Yasmym Martins Araujo de Oliveira

Todos os anos, cerca de 4,5 milhões de O objetivo do trabalho é relatar um caso de


pessoas são mordidas por animais, mas um paciente vítima de mordedura de cão
apenas 15% delas buscam atendimento de em face e discutir a literatura acerca do
saúde. Na maioria dos casos, o agressor é o tema. Paciente do gênero feminino, 51
cão domesticado, sendo a região de cabeça anos, vítima de mordedura de cão em
e pescoço a mais afetada (70%). A força região de face. Vítima procurou unidade de
gerada pela mandíbula de um animal, pronto socorro e durante atendimento foi
durante um ataque, pode chegar a 1.800 realizado anestesia para a realização da
psi( 126,55 kgf/cm²) , o que acaba causando limpeza dos ferimentos, através de
necrose tecidual devido ao esmagamento, irrigação pulsátil e abundante com soro
avulsão e rasgamento. O padrão de ataque fisiológico, seguida por anti-sepsia da
de cães domesticado é caracterizado por lesão. Foi realizado debridamento de
lesões perfurantes e esmagamento, tecidos necróticos, remoção de partículas e
causados por dentes mais curtos e corpos visíveis, seguida por sutura por
arredondados. Além disso, as mordidas de planos. Ao final do procedimento foi
animais geram feridas que são realizada revisão da homostasia e
contaminadas por diversos medicação da paciente com antibióticos e
microorganismos, podendo causar aines. O tratamento pós-cirúrgico
diferentes tipos de zoonoses. O tratamento consistiu em cuidados locais com a ferida e
para essas lesões se dá através de profilaxia antibioticoterapia por 7 dias. Paciente foi
antibiótica, com uso de amoxicilina orientada a realizar vacina antirrábica e
associada ao ácido clavulânico, e prosseguiu sendo acompanhada
tratamento cirúrgico, podendo ser ambulatorialmente.
indicadas vacinas antirrábicas e
antitetânicas.

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2268

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA


COMPLEXA DE MANDÍBULA:
RELATO DE CASO
Flaviana Lais Pereira dos Santos; Victorya de Lima Spinellis do
Nascimento; Emanuelle de Abreu Moreira Vieira; Mateus dos Santos
Frazão; Lucas Alexandre de Morais Santos

Introdução: Trauma é uma importante A fixação da sínfise foi realizada através de


causa de morbimortalidade em todo o acesso cirúrgico intra-oral e instalação de
mundo e, nesse contexto, e o trauma de uma placa 2.4mm para evitar o
face é considerado uma das lesões mais alargamento na região posterior da
devastadoras, devido às possíveis lesões mandibular. As fraturas de côndilo foram
encefálicas e às consequências funcionais e tratadas através de acesso retromandibular
emocionais relacionadas a deformidades e instalação de 2 placas 2.0mm.
estéticas. Os fatores etiológicos envolvidos Discussão: O tratamento das fraturas
nessas lesões são acidentes mandibulares requer o uso de algumas
automobilísticos, acidentes técnicas dentre as quais vale salientar a
motociclísticos, agressões físicas, quedas, fixação interna estável. Esta por sua vez, é
acidentes desportivos. Relata-se um caso bastante utilizada devido ao conforto
clínico de uma fratura complexa da proporcionado ao paciente, sendo aplicada
mandíbula, tratada cirurgicamente através com o uso de placas, miniplacas e
de fixações internas estáveis. parafusos, permitindo a reabilitação
Métodos: Paciente A.L.S, 35 anos, sexo precoce das articulações, função ao
feminino, vítima de acidente paciente e reparo primário da fratura.
motociclístico, evolui com maloclusão Conclusão: Os tratamentos cirúrgicos das
limitação de movimentos mandibulares e fraturas faciais através da utilização de
dores em região da ATM bilateralmente. O fixações internas estáveis promove uma
exame tomográfico da paciente revelou excelente estabilização dos cotos
fratura da sínfise mandibular, processo fraturados e proporcionam um retorno
coronóide direito e côndilos mandibulares precoce das funções mandibulares, já que
bilaterais. A mesma foi submetida a não há a necessidade da manutenção de um
tratamento cirúrgico para BMM pós-operatório.
restabelecimento da oclusão e função
mandibular, através do BMM, redução e
fixação dos cotos ósseos fraturados.

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2274

RELATO DE CASO CLÍNICO: TRATAMENTO DE


HEMATOMA RETROBULBAR COM CORTICÓIDE
Clara Gomes Caldeira Barbosa; Juan Luis Coimbra; Victor Quaglio;
Arquimedes Mattos Araújo Neto; Rafael Ribeiro Backer

Hematoma retrobulbar é resultado do Ao exame físico e de imagem, foi


acúmulo de sangue no espaço retrobulbar constatado fratura do processo zigomático
que pode levar ao aumento da pressão esquerdo envolvendo parede lateral de
intraorbitária causando danos ao nervo órbita, pilar maxilo-zigomático e
óptico. É uma complicação grave que pode arcozigomático, com presença de coleção
decorrer de fraturas, principalmente, do sanguinolenta em região retrobulbar. Ao
terço médio da face ou em região frontal. exame clínico, paciente não apresentava
Apesar de ser uma intercorrência rara, queixas visuais, entretanto apresentava
quando ocorre, ela se desenvolve parestesia na região maxilar esquerda, dor
rapidamente após a fratura original. Para ao toque na região de molares superiores
total recuperação da lesão, o tratamento esquerda, distopia, exoftalmia do globo
consiste em terapia medicamentosa ocular esquerdo e perda parcial do
combinada à intervenção cirúrgica para contorno facial devido à fratura do arco
descompressão da região. O objetivo do zigomático esquerdo. Ao exame
presente trabalho é relatar e discutir o caso oftalmológico, paciente apresentava
clínico do paciente J.F.D., 53 anos, sexo motilidade ocular preservada e reflexo
masculino, leucoderma, vítima de agressão consensual preservado. Para o tratamento
física, chegou ao atendimento de deste caso, entretanto, foi feita a opção de
emergência do Hospital Municipal Miguel iniciar apenas o uso de antiinflamatorio
Couto – RJ, apresentando: edema em esteroidal, a Dexametasona, por via oral
região periorbitária esquerda, limitação de durante sete dias. Após a terapia
abertura bucal e ligeiro aplainamento em medicamentosa, o paciente apresentou
região de arco zigomático do lado regressão do edema, do hematoma
esquerdo. Paciente relatou ainda retrobulbar e de conjuntiva, evoluindo de
dormência na região afetada e incômodo forma favorável, dispensando a
em região de molares superiores do lado necessidade de intervenção cirúrgica no
esquerdo. caso.

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FRATURA DE FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA (FIR):


RELATO DE CASO
Alana de Moraes Azevedo; Karen Yumi dos Santos; Rubens
Guimarães Filho; Jose Fernando Pontes; Geraldo Prestes de
Camargo Filho

Introdução: Paciente atendido no permitindo aumentar os pontos de


Serviço (CTBMF-CHS), apresentava fratura ancoragem e melhorar a estabilidade
de mandíbula à esquerda, além de fratura tridimensional, reduzindo assim, o tempo
de placa de fixação interna rígida pregressa de consolidação de fratura e melhorando os
à direita, realizada em outro serviço. resultados pós operatórios. Ainda, com o
Procurado em base dados os termos aumento da expectativa de vida da
relacionados, foram encontrados poucos população em geral, os materiais metálicos
resultados que atendiam aos critérios, e projetados para uso de
nenhum resultado encontrado em língua fixações odontológicas, devem apresentar
portuguesa, trazendo assim, à luz da um conjunto de propriedades, nas quais
discussão, as fraturas de miniplacas de destacam a biocompatibilidade, resistência
fixação. mecânica e resistência à degradação (por
Métodos: Informações obtidas por meio desgaste ou corrosão), além de ser
de revisão de prontuário, entrevista com considerado a estrutura anatomica e
paciente e revisão de literatura. Termo de biomecânica. Nos estudos verificados,
consentimento livre e esclarecido aplicado Gosain et al. verifica que as miniplacas e
e assinado. sistemas de titânio são adequadas para as
forças da mastigação. Ainda, Araujo et al.
Resultados/discussão: A.G.O., 60 anos,
verificou que mesmo sob força de torção,
natural e procedente de Boituva-SP.
nenhuma placa apresentou falha ou
Referenciado via CROSS ao nosso serviço,
quebra.
com história de vítima de agressão física,
apresentava exame de imagem sugestiva Conclusões: Diante do caso relatado e as
de fratura de mandíbula bilateral, realizado revisões bibliográficas, é evidente a falta de
no CHS. Apresentava fratura de mandíbula publicação nacionais a respeito de
à esquerda, além de fratura de placa de padronização da qualidade de materiais
fixação interna rígida pregressa à direita, cirúrgicos, além da faltade de
realizada em outro serviço. Realizado levantamentos e dados estatísticos em
internação e cirurgia eletiva, com acesso falhas de sistemas como o apresentado. Por
submandibular bilateral, limpeza local e se tratar de um assunto não infrequente na
instalação de sistema 2.4 à direita e sistema prática clínica, mais discussões são
2.0 à esquerda. Alta sem complicações. O necessárias sobre o assunto.
advento da Fixação Interna Rígida (FIR)
revolucionou o manejo dos traumas faciais,

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2282

RELEVÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


NO DIAGNÓSTICO DE FRATURAS FACIAIS
Mariana Vitória Gomes Viana; Júlia Santos Cerqueira; Viviane Almeida
Sarmento

Introdução: As fraturas faciais são extensão da fratura, propiciando ao


injurias recorrentes na população, e em paciente o tratamento adequado. A
grande parte dos casos estão relacionadas à possibilidade de reconstrução
agressão física, acidentes automobilísticos tridimensional e a aquisição de diversos
e acidentes esportivos, sendo o diagnóstico cortes multiplanares possibilitam até
precoce fundamental para um prognóstico mesmo o diagnóstico de fraturas sem
favorável. A tomografia computadorizada separação dos fragmentos, sendo uma
(TC) é considerada como modalidade de importante ferramenta no diagnóstico de
primeira linha no diagnóstico das fraturas fraturas dos terços médio e superior da
faciais. O objetivo do presente trabalho é face, como em fraturas orbitárias, NOE, Le
realizar uma revisão de literatura sobre o Fort I, II e III. Nos casos em que se faz
uso da TC no diagnóstico e planejamento necessária intervenção cirúrgica, a TC tem
da conduta terapêutica de fraturas faciais. um importante papel, ao nortear o
Métodos: Foi realizada uma busca em planejamento do caso.
bancos de dados como Science Direct, Conclusão: A TC representa um avanço
Lilacs e Medline por artigos em inglês e no diagnóstico por imagens, que, devido a
português, publicados a partir de 2013, sua sensibilidade para o diagnóstico e
utilizando os descritores “trauma facial”, possibilidades de reformatações, tem se
“tomografia computadorizada” e mostrado de grande valia no diagnóstico
“diagnóstico por imagem”. Foram das fraturas faciais, tornando cada vez mais
selecionados 12 artigos, usando como importante estudos adicionais sobre o
critério de seleção a relevância temática. tema.
Discussão: Em casos de trauma facial a
TC permite determinar a localização e a

Referências:
PRASAD, VN; KHANAL, Computed Tomography evaluation of maxillofacial injuries. J Colleg of Med
Sciec Nepal, v.12, n.4, p.131-136, 2017.
Shah, Sheerin et al. Diagnostic tools in maxillofacial fractures: Is there really a need of three-
dimensional computed tomography? Indian J Plast Surg. 49(2): 225–233, 2016.
VELDHOEN, Simon et al. Performance of cone-beam computed tomography and multidetector
computed tomography in diagnostic imaging of the midface: A comparative study on Phantom and
cadaver head scans. Eur Rad, v.27, n.2, p.790-800, 2017.
SHOKRI, Abbas et al. Comparison of Ultrasonography, Magnetic Resonance Imaging and Cone Beam
Computed Tomography for Detection of Foreign Bodies in Maxillofacial Region. J Clinical Diagn
Research, v.11, n.4, p.TC15, 2017.

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2288

USO DE TELA DE MARLEX® NO TRATAMENTO DE


FRATURA DE ASSOALHO DE ORBITA EM
PACIENTE PEDIÁTRICO: FOLLOW UP DE 6 ANOS
Franklin David Gordillo Yepez; Ferdinando de Conto; Samara
Andreolla Lazaro; Cassian Taparello; Gabriela Caovilla Felin

Introdução: A reconstrução do assoalho no assoalho de orbita de aproximadamente


de orbita é fundamental quando existe uma 0,6mm. A mesma foi previamente adaptada
herniação do conteúdo orbitário em e fixada com um parafuso na margem
direção ao seio maxilar com consequente infraorbital direita, restabelecendo assim,
limitação funcional do globo ocular. O a estabilidade anatómica e funcional da
material a ser usado deve-se caracterizar orbita.
por ser inerente, biocompatível, permitir RESULTADOS: Após seis anos do
boa fixação nos contornos ósseos tratamento de fratura de assoalho de orbita
anatómicos, mínima reação de corpo com a tela de Marlex, paciente não
estranho, osteoindutivo e bioabsorvível. apresentou nenhum déficit visual nem
Para o tratamento de fraturas pediátricas, a funcional. No exame tomográfico
osteossíntese biodegradável tem sido observou-se o nivelamento homogéneo do
utilizada com bons resultados nestes casos, assoalho de orbita direito, sem nenhum
mas da mesma maneira o uso da tela de sinal de alteração patológico no complexo
polipropileno monofilamentar também orbitário.
conhecida como tela de Marlex®,
Discussão: Existem limitações na hora de
apresenta-se satisfatório para o
escolher um biomaterial de fixação frente a
tratamento de fratura de assoalho de
pacientes pediátricos já que estes estão em
orbita. Este trabalho tem como objetivo
constante desenvolvimento ósseo,
relatar um caso de um paciente atendido na
podendo restringir o crescimento, afetando
emergência do Hospital da Cidade De Passo
assim sua função até mesmo sendo
Fundo pela Equipe CTBMF com
necessária sua remoção. Os materiais
diagnóstico de fratura blow out tratado com
aloplásticos tem aumentado a
tela de Marlex®.
popularidade, em razão da facilidade de
Métodos: Paciente de 11 anos chegou na uso e da eliminação de morbidade da área
emergência do hospital apresentando doadora, além da diminuição significativa
diplopia, xenoftalmia e disestesia à direita. do tempo cirúrgico.
A abordagem cirúrgica foi por meio de um
Conclusões: Pode-se concluir que a tela
acesso transconjuntival onde foi
de polipropileno monofilamentar ou tela
reposicionado o conjunto ocular e colocado
de Marlex® é uma escolha para o
uma tela de Marlex® para corrigir o defeito
tratamento de fratura de assoalho de orbita

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nos pacientes pediátricos com pequenos


defeitos ósseos. Embora seja um material
não reabsorvível, conteve uma boa
adaptação funcional ocular ao longo dos
anos e não prejudicou o desenvolvimento
facial.

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2295

PROTOCOLO DE TRATAMENTO DAS


FRATURAS BLOWOUT: RELATO DE CASO
Manoel Roque Paraiso Santos Filho; Mariana Pasculli Chagas; Bruna
Caroline Brito Ferreira; Eduardo Vasques da Fonseca; Daniel Falbo
Martins de Souza

As fraturas orbitárias blowout são aquelas que acometem


exclusivamente o assoalho e/ou a parede medial da órbita com
defeito de até 2centímetros de diâmetro, limitado a apenas uma
parede. Neste trabalho, será apresentado o protocolo de
tratamento das fraturas blowout, relatando um caso tratado em
hospital terciária em região da zona norte de São Paulo. O
diagnóstico destas fraturas baseia-se em exame físico e em
exames imaginológicos. No exame físico, sinais e sintomas,
como equimose periorbitária, limitação de movimentos oculares
(oftalmoplegia), diplopia e enoftalmia, podem estar presentes. A
tomografia computadorizada é o exame mais eficiente para o
diagnóstico dessas fraturas. O tratamento deve ser realizado
através da reconstrução das paredes orbitárias fraturadas com
biomateriais autógenos, homógenos, heterógenos ou materiais
aloplásticos. O diagnóstico e planejamento cirúrgico das fraturas
orbitárias são fatores consideráveis na escolha da melhor
técnica, com a finalidade de obter um resultado final satisfatório
funcional e esteticamente.

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2301

UTILIZAÇÃO DO CIMENTO DE FOSFATO DE


CÁLCIO NA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO
DO OSSO FRONTAL: RELATO DE CASOS
Mariana Silva Campos; Alan Ardisson; Ronan Matheus Virgílio da
Silva; Hernando Valentim da R. Junior

O Seio Frontal localizado no osso Frontal agressão), utilizando de diferentes acessos


constitui uma região muito importante da (coronal e laceração traumática), sendo
face. É cavidade óssea pneumática, que tem possível utilizar este material com intuito
forma triangular, com a maior porção no de auxiliar o reestabelecimento da área
teto da órbita. As fraturas dessa região fraturada. A escolha do cimento de fosfato
compreendem de 5 a 15% de todas as de cálcio para as reconstruções
fraturas da face, podendo causar maxilofaciais é dada principalmente pelas
transtornos funcionais e estéticos muito suas características de bioatividade e de
significativos ao paciente, com alguns biocompatibilidade. Este material possui
sinais e sintomas característicos. A potencial de osteocondução, tornando-se
utilização do cimento de fosfato de cálcio um arcabouço para engenharia do tecido
como escolha para substituto ósseo vêm ósseo, além de proporcionar uma
sendo bastante reportada na literatura, satisfatória resistência para aplicação na
principalmente em casos de fraturas de face. Dessa forma, a partir dos casos
terço superior da face. Assim, este trabalho reportados, podemos concluir que a
teve como objetivo apresentar dois casos utilização do cimento de fosfato de cálcio é
clínicos de fraturas do osso frontal, no qual uma boa alternativa nas cirurgias de
através de tratamento cirúrgico utilizou-se reconstrução das fraturas do osso frontal,
o cimento de fosfato de cálcio associado a principalmente pela sua fácil manipulação,
fixação interna rígida na reconstrução. possibilidades de aplicação e a ausência de
Tratam-se de casos com distintos fatores liberação de calor, além de suas
etiológicos (acidente automobilístico e características biocompatíveis.
Referências: http://dx.doi.org/10.1016/j.revsto.2015.07.001 Rev Stomatol Chir Maxillofac Chir Orale
2015;116:309-312 2213-6533/ß 2015 Elsevier Masson SAS. Tous droits re ́serve ́s.

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2317

RECONSTRUÇÃO ORBITÁRIA COM ENXERTO


DE CALOTA CRANIANA
Rafael Zenatti; Bento Stang

Introdução: Dentre os traumatismos Resultados: O enxerto de calota craniana


faciais, as fraturas orbitárias fazem parte é uma excelente opção para reconstrução
do cotidiano do cirurgião orbitária, pois apresentam anatomia muito
bucomaxilofacial. São mais frequentes em próxima ao formato do assoalho orbitário.
jovens do gênero masculino e são causadas Por ser um enxerto autógeno, eliminam o
principalmente por agressão, traumas risco de rejeição e pela proximidade do
esportivos e acidentes automobilísticos. local pode ser retirado a partir do acesso
Essas fraturas podem gerar graves cirúrgico empregado na reconstrução.
consequências no que diz respeito ao fator Discussão: São várias as opções de
estético e funcional dos órgãos e estruturas reconstrução orbitária, contudo, devemos
anatômicas envolvidas, dado à fragilidade levar em conta o tipo do defeito e a
das mesmas. O objetivo deste trabalho é extensão das lesões orbitárias. Quanto aos
apresentar um relato de caso clínico, cuja materiais de reconstrução levamos em
órbita traumatizada foi reconstruída com conta o custo, disponibilidade e a
enxertos autógenos retirados da calota morbidade ao paciente. O enxerto
craniana. autógeno apresenta baixo custo, fácil
Métodos: Paciente de 59 anos, vítima de acessibilidade e produz pouca morbidade
queda de altura, procurou o serviço de ao paciente.
cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial Conclusões: Os tratamentos com
apresentando trauma de face. No exame transplante autólogo de calota craniana
clínico e nos exames de imagem foi têm apresentado resultados satisfatórios
diagnosticado fratura órbitária com grande nos casos de reconstrução orbitária. Por se
destruição de suas paredes. Foi proposto ao tratar de um enxerto de origem
paciente tratamento cirúrgico para intramembranosa e cortical, apresenta
reconstrução do complexo orbitário com a mínima reabsorção tardia, permitindo
utilização de enxerto de calota craniana. estabilidade e a manutenção das estruturas
internas da órbita.

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2328

TRAUMA EM FACE COM INTRODUÇÃO DE


CORPO ESTRANHO, NÃO METÁLICO
Romeyka Karinny Almeida de Freitas; Aída Juliane Ferreira dos
Santos; Vanessa de Carvalho Melo; Hanna Janyne Meira e Mello;
Thaisa Reis de Carvalho Sampaio

Introdução: É imperativo realização de internamento o paciente evoluiu com


um diagnóstico preciso na presença de um sangramento massivo pelo mesmo
Corpo Estranho (CE) e vale lembrar que o ferimento no palato, decidiu-se
mesmo pode estar presente, mesmo encaminhar o mesmo ao serviço de
quando todos os exames radiológicos radiologia intervencionista que observou
forem negativos, restando apenas a lesão em ramos da artéria carótida interna,
suspeita clínica para guiar a conduta seguindo de embolização da mesma. Após
médica. O relato de caso a seguir apresenta controle do sangramento foi solicitado
o caso de um paciente vitima de queda de Tomografias Computadorizadas e
cavalo com consequente introdução de observou-se a presença de extenso corpo
corpo estranho em face. estranho que se estendia da região de
Relato do caso: Paciente com história de palato duro até a região da vertebra cervical
queda de cavalo com entrada de corpo (C2). Foi indicado uma cirurgia de urgência
estranho (estaca de madeira) em face, pela equipe de neurocirurgia para remoção
adentrando em cavidade oral e do corpo estranho. O paciente seguiu sobre
transfixando o palato duro, chega na os cuidados da neurocirurgia e cirurgia
unidade de emergência do Hospital da vascular para acompanhamento do caso
Restauração onde foi atendido pela equipe ate a alta hospitalar.
buco-maxilo-facial que solicitou Rx Discussão: O erro mais encontrado no
convencional, onde não foi observado tratamento de um paciente com um CE
alterações evidentes, também foi realizada retido é não diagnosticá-lo. Diante do
abordagem local para retirada da porção relato apresentado observamos que houve
visível do corpo estranho seguindo com complicações decorrentes de uma falha no
alta hospitalar e posterior diagnóstico, que no caso foi devido
acompanhamento ambulatorial. O mesmo natureza assintomática inicial e de uma
retornou a unidade hospitalar após 10 dias baixa especificidade do Rx convencional
com limitação de abertura bucal e forte para corpos estranhos, não metálicos.
sangramento em cavidade oral, a equipe Conclusão: A entrada de um corpo
BMF optou por abordagem sob anestesia estranho pode ser perigoso e, muitas vezes,
geral e nesta foi realizada apenas sutura e fatal. Quando a presença deste corpo
hemostasia local contendo assim o estranho não está associada a sinais
sangramento ativo. Após três dias de

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clínicos evidentes ele pode permanecer


sem diagnóstico. Então podemos concluir
que todo o cuidado e investigação devem
ser dispostos a um paciente que tenha uma
suspeita de presença de corpo estranho.

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FRATURA BILATERAL DE MANDIBULA:


RELATO DE CASO
Carlos Augusto Oliveira Meneses; Phelype Maia Araujo; Ricardo
Franklin Gondim; Abrahão Cavalcante Gomes de Souza Carvalho;
Amanda Lobão de Albuquerque

O trauma facial pode ser considerado uma Este trabalho teve como objetivo realizar
das agressões mais devastadoras um relato de caso acerca de uma cirurgia
encontradas em centros de trauma. As para redução e fixação de uma fratura
fraturas de mandíbula representam cerca bilateral de mandibula em uma vítima de
de 35% de todas as fraturas que ocorrem na acidente motociclistico, utilizando-se o
face; A maior incidência de fraturas de sistema de miniplacas 2.0 e parafusos. O
mandíbula ocorre em acidentes de transito trans-operatório e pós-operatório
com veículos de transporte, seguido de transcorreu sem qualquer intercorrência.
atropelamento; devido às consequências Após sete dias a paciente retornou ao
emocionais, à possibilidade de ambulatório de nosso serviço para
deformidade e, também, ao impacto reavaliação, onde observou-se: Oclusão
econômico que esses traumas causam em satisfatória, abertura bucal satisfatória e
um sistema de saúde. Trata-se de um superfícies incisadas em processo
trauma de abrangência multidisciplinar. cicatricial bem evoluído.
Sendo a mandíbula o único osso da face que
apresenta mobilidade, a sua fratura não
passa jamais despercebida, pois é bastante
dolorosa. Dentre as opções de tratamento,
a fixação interna rígida apresenta as
vantagens de proporcionar reduções com
maior precisão e estabilidade; eliminação
da necessidade de bloqueio maxilo-
mandibular (BMM); reabilitação e
restabelecimento mais rápido da função e a
função em pós-operatório imediato.

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ABORDAGEM INICIAL DE PACIENTES


POLITRAUMATIZADOS COM EXTENSOS FERIMENTOS
FACIAIS. RELATO DE TRÊS CASOS CLÍNICOS
Gabriela Caroline Fernandes; Gustavo Antonio Correa Momesso;
Valthierre Nunes de Lima; Tárik Ocon Braga Polo; Leonardo Perez
Faverani

Introdução: Nos ferimentos faciais de atropelamento por veículo ciclomotor,


múltiplos a conduta inicial para apresentando escoriações pelo corpo,
reconstituição dos planos anatômicos deve ferimento lacero-contuso em região
ser o mais breve possível, principalmente subnasal profundo envolvendo septo e
para evitar-se contaminações da ferida. conchas nasais; apresentando avulsão dos
Uma criteriosa análise do ferimento deve dentes 51, 52 e 61, FLC em lábio inferior.
ser realizada e posterior análise do grau de Paciente foi submetido à anestesia geral e
integridade dos planos teciduais a serem realizado o debridamento, irrigação com SF
reconstituídos. O exame físico e 0,9% e inspeção para remoção de corpos
imaginológico são feitos para descartar estranhos das intimidades dos tecidos,
presença de corpo estranho no ferimento e além de suturas nos planos internos (septo
detectar possíveis fraturas ósseas e mucosa) com fio vicryl 5-0 e pontos
associadas. Com isso, este trabalho se simples interrompidos de nylon 6-0 em
propõe a discutir os aspectos envolvidos no pele. Caso (3): Paciente com 3 anos de
tratamento imediato do paciente idade, gênero feminino, melanoderma,
politraumatizado com ferimentos faciais segundo informações colhidas dos pais, foi
extensos, por meio de três casos clínicos. vítima de mordida do cão de estimação com
Métodos: Caso (1): Paciente do gênero presença de laceração extensa na região
feminino, leucoderma, de 25 anos de idade, geniana, sem alterações na mímica facial e
o qual referiu ser vítima de acidente de ducto da glândula parótida. Dessa forma,
automobilístico, apresentando ferimento foi realizada sedação venosa com
corto-contuso extenso na face. Sob suplementação de oxigênio e anestesia
anestesia local, foi realizado, no local com lidocaína 2% e epinefrina
atendimento de urgência, a investigação da 1:100.000 seguida de sutura por planos
ferida e a presença de possíveis corpos com pontos internos e externos ao
estranhos, além da sutura dos planos ferimento com fio vicryl 4-0 e nylon 6-0.
internos com fio reabsorvível poliglactina Conclusão: Dessa forma, pode-se
910 4-0 e nylon 5-0 para sutura da pele. concluir que a conduta em pacientes com
Caso (2): Paciente do sexo masculino, 5 ferimentos faciais importantes deve ter
anos e 9 meses de idade, segundo caráter de urgência, buscando restabelecer
informações colhidas pelos pais foi vítima os planos afetados.

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2350

REDUÇÃO DE FRATURA MANDIBULAR:


RELATO DE CASO
Lorenzo Bernardi Berutti; Elma Mariana Verçosa de Melo Silva;
Tiburtino José de Lima Neto; Marcos Antônio Farias de Paiva; Anibal
Henrique Barbosa Luna

Introdução: Casos de fraturas Discussão: Incondicionalmente, o


iatrogênicas da mandíbula associadas à profissional deve estar apto ao manejo
exodontia do terceiro molar são raros no dessa situação. A melhor forma de tratar
cotidiano do cirurgião com taxas abaixo de uma fratura mandibular está na sua
0,005%. O presente trabalho tem como prevenção, é necessário o profissional
objetivo relatar a conduta de tratamento de conhecer a etiologia multifatorial da
uma paciente que compareceu no Hospital complicação para contornar as
de Trauma de João Pessoa queixando-se de adversidades individuais de cada paciente.
fratura mandibular após exodontia do Durante o tratamentos da fratura
elemento 48 realizada em clínica propriamente dita, devemos almejar
particular. reestabelecer a oclusão, a função e a
Métodos: O paciente foi submetido a estética pré-traumática. A técnica que tem
exodontida do elemento 48 em uma clínica sido mai utilizada para redução de fratura
particular do interior do estado. Após o mandibular consiste na fixação interna
procedimento a paciente relatou dor, rígida guiada pela oclusão.
parestesia e dificuldade nos movimentos Conclusão: Devido a origem multifatorial
mandibulares. De maneira espontânea, o da fratura mandibular e a individualidade
paciente realizou uma tomada radiográfica de cada paciente, cabe ao cirurgião-
panorâmica onde foi diagnosticada a dentista estar constantemente atualizado
fratura mandibular, assim o paciente para selecionar o melhor tratamento. No
procurou o serviço do Hospital de Trauma. caso em questão, a terapia com fixação
Com auxílio da radiografia, foi feito o interna rígida se mostrou efetiva na
planejamento cirúrgico optando-se pela solução do quadro.
redução aberta com fixação interna rígida.
Foi obtida a estabilidade oclusal e bloqueio
maxilomandibular para então realizar o
acesso extra oral e a redução da fratura com
duas placas de titânio no sistema 2.0, uma
em zona de tensão e outra em zona de
compressão. Durante a recuperação foram
utilizados elásticos para guiar a mordida.

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2361

RECONSTRUÇÃO DE PAREDE ANTERIOR DO


SEIO FRONTAL COM MALHA DE TITÂNIO:
RELATO DE CASO
Jessica Emanuella Rocha Paz; Eduardo Costa Studart Soares;
Alexandre Simões Nogueira; Alexandre Maranhão Menezes Neto;
Roniele Lima dos Santos

As fraturas dos seios frontais são Durante avaliação clínica apresentava


originadas por um impacto de alta energia laceração nos tecidos moles e afundamento
e intensidade. A resistência ao trauma na região frontal. Os exames de imagem
decorre do fato desta região exercer uma revelaram traços de fratura da parede
função protetora importante do conteúdo anterior do osso frontal, sem
craniocerebral. Representam entre 5 e 15% comprometimento da parede posterior.
das fraturas faciais, resultando geralmente Frente ao caso, foi realizado tratamento
de acidentes automobilísticos, agressões cirúrgico sob anestesia geral, em ambiente
físicas, quedas, acidentes de trabalho e hospitalar, com utilização de acesso
desportivos, com uma taxa maior entre os coronal, redução e posicionamento com
jovens de 20 a 30 anos, do sexo masculino. malha de titânio para reconstrução da área
O presente trabalho busca realizar um fraturada, o qual transcorreu sem
relato de caso de fratura de seio frontal em intercorrências. Com 1 ano 3 meses de pós-
um paciente que procurou atendimento no operatório, o paciente encontra-se
serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco- inteiramente satisfeito com o resultado da
Maxilo-Facil do Hospital Universitário cirurgia. A integridade anatômica do seio
Walter Cantídio da Universidade Federal frontal tem grande importância não só
do Ceará, tratado com redução aberta e apenas do ponto de vista estético mas
fixação interna com malha de titânio, também funcional. A malha de titânio é
assim como realizar uma revisão de configurada como uma alternativa simples
literatura acerca desse assunto. A busca foi e barata para reconstruir defeitos da área
conduzida nas seguintes bases: PubMed, frontal.
Cochrane, Medline e Bireme. Paciente do Palavras chave: fratura de frontal; seio
sexo masculino, 18 anos, acidentalmente frontal, fratura facial.
atingido por um “banner”.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DO


COMPLEXO ZIGOMÁTICO-MAXILAR UTILIZANDO
ABORDAGEM HEMICORONAL:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Danilo de Moraes Castanha; André Lustosa de Souza; Ana Maria
de Lima e Silva; Joelma Silva de Andrade; Francisco Rikilly de Araújo

Introdução: Devido a sua localização anestesia geral com intubação orotraqueal.


anatômica, fraturas envolvendo os ossos Foi realizada abordagem hemicoronal para
zigomáticos são bastante frequentes, acesso ao arco zigomático e sutura
tendo o trauma mecânico como principal frontozigomática, além de abordagem
fator etiológico, principalmente intra-oral, para o pilar zigomaticomaxilar.
decorrente de acidentes automobilísticos e Resultados: O paciente foi acompanhado
agressão física. Este osso é formado por em ambulatório, sendo realizadas
quatro pilares, os quais dissipam as forças radiografias convencionas pós-
mecânicas que o atingem para estruturas operatórias. Foi instituída fisioterapia
vizinhas, essas que por sua vez são mais durante 4 meses de pós-operatório e, após
delgadas e frágeis, por esse motivo, é raro esse período, o paciente apresentou
termos uma fratura isolada do osso melhora de simetria e função facial.
zigomático. O tratamento das fraturas do
Discussão: O grau de severidade da
complexo zigomático pode ser incruento
fratura irá nortear o cirurgião sobre qual
ou cruento, sendo fundamental o correto
tratamento optar. No tratamento aberto
diagnóstico para se prosseguir com o
visando a osteossíntese, são vários os
tratamento. O presente trabalho tem como
acessos cirúrgicos, tanto intra como extra-
objetivo apresentar um caso clínico de
orais. A técnica cirúrgica utilizada no caso
fratura do complexo zigomático maxilar,
em questão consistiu em uma abordagem
enquadrando tal fratura como tipo V,
hemicoronal, onde se realiza uma incisão
segundo a classificação de Knight North.
geralmente na linha do cabelo, podendo
Métodos: O caso relata um paciente do estender-se até o lóbulo da orelha, sempre
gênero masculino, leucoderma, 48 anos, respeitando os planos e estruturas
vítima de agressão física, foi referenciado anatômicas. Essa abordagem embora possa
ao Hospital Regional do Agreste, (Caruaru- parecer agressiva para o tratamento dessas
PE), onde após exame clinico e fraturas, oferece um excelente acesso ao
imaginológico foi diagnosticado com corpo e arcos zigomáticos, quase sem
fratura do complexo zigomático maxilar complicações.
direito. O paciente foi submetido a

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Conclusão: As fraturas que envolvem o


complexo zigomático são bastante
frequentes, necessitando de um exame
clinico apurado, objetivando detectar e
prevenir maiores complicações, além de
nortear o correto diagnóstico,
consequentemente chegando ao
tratamento adequado para os diversos
casos.

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DE


MANDÍBULA EM PACIENTE PEDIÁTRICO:
RELATO DE CASO
Tainá Silva de Arruda; Erick Andres Alpaca Zevallos; Suzana Célia
Carneiro; Michelly Cauas de Queiroz Gatis; Raphael Meira Barbosa
Marques

As fraturas de face em crianças ocorrem com menor frequência


quando comparado aos pacientes adultos. Isto se deve não só por
suas peculiaridades anatômicas e fisiológicas, mas também pelo
fato deste grupo estar menos exposto a traumas de grande
impacto. Frequentemente, fraturas da face em pacientes
pediátricos são conduzidos de forma conservadora, quer pela
menor gravidade do trauma, quer em decorrência de condições
especiais da dentição, como a presença de núcleos de
crescimentos ativos e maior capacidade de regeneração e
remodelação óssea. Entretanto, em um centro de trauma de
referência, casos de maior gravidade são rotineiros,
incrementando a incidência de fraturas de maior complexidade,
onde a indicação cirúrgica é mais prevalente. O presente
trabalho visa apresentar o relato de um caso clinico de um
paciente do sexo masculino de 8 anos vitima de atropelamento
com diagnostico de fratura de mandíbula optando-se pelo
tratamento cirúrgico, com resultado satisfatório, enfatizando
esse método como uma alternativa de tratamento confiável e de
resultaos previsíveis para pacientes pediátricos.

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ABORDAGEM RECONSTRUTIVA EM FRATURA


COMPLEXA DO TERÇO MÉDIO DA FACE:
RELATO DE CASO
Alessandra Fragoso Vieira; Eduardo Costa Studart Soares; Marcelo
Leite Machado da Silveira; Alexandre Maranhão Menezes Neto;
Fabrício de Lamare Ramos

As fraturas Le Fort II resultam na separação com disjunção fronto-zigomática,


da maxila e complexo nasal aderido, das comprometimento do assoalho orbitário,
estruturas zigomáticas e nasais. São fratura zigomático-maxilar, ambas
provocadas por uma quantidade bilateral, confirmando o diagnóstico de
considerável de força e geralmente são fratura Le Fort II, além de fratura mediana
bilaterais, formando uma linha de fratura da maxila. Após 07 dias do trauma o
piramidal. Já a fratura tipo Lannelongue é paciente evoluiu para um quadro
provocada pela separação da sutura infeccioso, devido ao não uso de
palatina mediana. Essas fraturas antibióticos prescritos no pré-operatório,
atualmente podem ser tratadas por de modo que o paciente relatou aumento
exposição dos segmentos fraturados, da dor, febre e aumento de volume na face,
combinada com o uso de placas para sendo necessário a drenagem dos abcessos
restabelecer os pilares faciais, desenvolver faciais e internação hospitalar por 07 dias
contornos adequados e promover a relação sob terapia antimicrobiana endovenosa.
oclusal apropriada. O presente trabalho Após este período, o paciente teve uma
objetiva relatar o caso de um paciente do melhora significativa do quadro de
gênero masculino, 16 anos, vítima de infecção e tonou-se apto a submeter-se ao
acidente esportivo, que foi atendido pela procedimento cirúrgico reconstrutivo. O
primeira vez em um Hospital de referência tratamento teve como objetivo devolver a
em Trauma, sendo encaminhado ao Serviço estabilidade na oclusão do paciente, além
de Cirurgia e Traumatologia de restabelecer a função e contorno facial
Bucomaxilofacial do Hospital Universitário adequado. Sendo assim, optou-se pela
Walter Cantídio. O paciente queixou-se de confecção de guia cirúrgico, além de
dor na face e limitação de abertura bucal. redução aberta seguida de fixação interna,
Ao exame físico notou-se presença de utilizando placas e parafusos. O
degrau ósseo em margem infraorbital acompanhamento de 6 meses demonstrou
bilateral, laceração no lábio inferior e resultado funcional e estético satisfatório,
avulsão do elemento dentário 11, além de constatando-se que a redução cruenta
edema em região zigomática e maxilar associada a fixação interna rígida é uma
bilateral. Ao exame tomográfico verificou- forma de tratamento segura e eficaz.
se traços de fratura em formato piramidal

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TRATAMENTO DE FRATURA BILATERAL DE


ÂNGULO MANDIBULAR DECORRENTE DE
AGRESSÃO FÍSICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Danilo de Moraes Castanha; Francisco Rikilly de Araújo; José
Marcelo de Vasconcelos; Darlan Kelton Ferreira Cavalcante; Lucas
Nunes de Brito Silva

Introdução: Fraturas mandibulares são optou-se em se instalar duas miniplacas do


mais frequentes em adultos jovens, do sistema 2.0mm e uma placa de
gênero masculino e apresentam como reconstrução 2.4mm pré-modelada,
principal fator etiológico impactos de respectivamente.
grande intensidade a esse osso, os quais Resultados: O paciente retornou ao
podem ser advindos de acidentes ambulatório para acompanhamento clínico
automobilísticos, violência física, quedas e e radiográfico, onde foi observada boa
acidentes desportivos. As regiões mais evolução do caso, com os segmentos ósseos
acometidas por fraturas mandibulares são: bem estabilizados e sem intercorrências no
ângulo, côndilo e sínfise, podendo ser pós-operatório.
classificadas de diversos modos,
Discussão: O tratamento incruento das
relacionados ao tipo de fratura,
fraturas mandibulares se dá por meio do
complexidade e região anatômica
BMM, e só é possível em casos de fraturas
acometida. O presente trabalho tem como
lineares, onde não há deslocamento ósseo.
objetivo apresentar um caso clínico de
No caso em questão, foi realizado o
fratura bilateral de ângulo mandibular,
tratamento cruento com osteossíntese por
sendo o lado direito acometido por um
meio da fixação interna rígida, o qual é
traço simples e o lado esquerdo fratura
realizado em casos de fraturas mais
cominutiva.
extensas e que apresentam deslocamento
Métodos: O caso relata um paciente do dos cotos fraturados. Fraturas na região de
gênero masculino, 33 anos, vítima de ângulo mandibular podem ser bem
agressão física, o mesmo foi referenciado visualizadas através do acesso de Risdon, e
ao Hospital Regional do Agreste – HRA, no caso de fraturas simples fixadas através
Caruaru/PE, onde após exame clínico e da instalação de duas placas, respeitando
imaginológico foi diagnosticado com zonas de tensão e compressão. Nos casos
fratura bilateral de ângulo mandibular. O de fraturas cominutivas, com perda de
mesmo foi submetido a procedimento tecido ósseo, as placas de reconstrução são
cirúrgico sob anestesia geral e intubação mais indicadas, conferindo uma boa
nasotraqueal para redução e fixação das estabilização mandibular, com opção de
fraturas de angulo direito e esquerdo,

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modelamento no pré-cirúrgico, no intuito


de redução do tempo transoperatório.
Conclusão: Contudo cabe ao profissional
realizar um exame clínico e imaginológico
apurado, objetivando um correto
diagnóstico das fraturas e
consequentemente sucesso no tratamento.

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2400

FRATURA COMPLEXA DE MANDÍBULA POR


PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO:
RELATO DE CASOS CLÍNICOS
Ivan Solani Martins; Gabriel Pires Pastore; Marcelo Carneiro; Daniel
Freire Galafassi; Patricia Radai

Ferimento por arma de fogo consiste em dois: paciente leocoderma, 30 anos de


um problema de saúde publica mundial idade, avaliado no pronto atendimento de
principalmente em grandes centros hospital privado, após ferimento por arma
urbanos. Essas injúrias, vem aumentando de fogo em face, evoluindo com fratura de
proporcionalmente nesses centros com mandíbula incompleta
passar dos anos. A região do complexo cominutiva, acometendo a região basal de
maxilo facial tem sido alvo constante desse parasinfese e corpo mandibular a esquerda,
tipo de trauma, onde a maioria delas exige sem alterações oclusais. Em ambos foram
tratamento, seja conservador ou cirúrgico. realizados acesso submandibular, limpeza
As fraturas mandibulares por ferimento cirúrgica, simplificação da fratura, redução
por arma de fogo normalmente são e fixação com placa perfil 2.0mm, irrigação
cominutas com pequenas e/ou múltiplas abundante e sutura por planos, em um
linhas de fratura, resultando em deles também realizado remoção do
fragmentos ósseos na área atingida pelo projetil. Ambos evoluiram em bom estado
agente traumático. Os tratamentos são geral, sem infecção com discreta paralisia
variados podendo ser divididos em do ramo marginal mandibular do VII par de
conservador (barra de erich, entre outros), nervo craniano.
ou cirúrgico( debridamento e/ou redução e Ferimentos por arma de fogo em face,
fixação). geralmente promovem grandes
O relato de caso consiste em dois casos deformidades e alterações oclusais
clínicos atendidos do pronto atendimento importantes necessitando de intervenção
de hospital privado, onde ambas os cirúrgica. Mesmo nesses casos não
pacientes foram vítimas de fratura ocorrendo tamanha deformidade e
mandibular por ferimento de arma de fogo. alterações funcionais, foram realizados
Paciente um: paciente leocoderma, 26 anos procedimentos cirúrgicos cruentos para
de idade, após atls foi liberado para evitar infecção devido os fragmentos
avaliação da equipe de buco maxilo, vitima ósseos cominutos estarem soltos do
de FAF em face evoluíndo com fratura de restante do osso mandibular. Foram
mandíbula em corpo, incompleta, seguidos protocolos de antibioticoterapia e
cominuta, acomentendo a basal do lado limpeza cirúrgica.
direito sem alterações oclusais. Paciente

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Devido à fisiopatologia variável dos


ferimentos por arma de fogo em mandíbula
não se indica um único tipo de tratamento,
pois esse pode variar de acordo com as
especificações do trauma, devendo-se
então, individualizar o tratamento para
cada caso.

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2406

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA


COMPLEXA DE MANDÍBULA:
TÉCNICA CIRÚRGICA
Tainá Silva de Arruda; Suzana Célia Carneiro; Erick Andres Alpaca
Zevallos; Gabriela Madeira Araújo; Tatiane Fonseca Faro

Os acidentes de trânsito vêm se constituindo como uma


epidemia para as sociedades atuais, os dados tornam-se mais
alarmantes quando observamos os índices de acidentes de
trânsito por motocicletas. Os traumas decorrentes desses
acidentes, envolvendo a face, apresentam a mandíbula como um
dos ossos mais acometidos, podendo ou não envolver côndilo
mandibular. O manejo de tais fraturas se torna mais complicado
em virtude da energia e biomecânica do trauma, da anatomia e
fisiologia mandibular, principalmente quando a região côndilar
está envolvida. Diferentes métodos de osteossíntese são usados
com funcionalidade e resultados estáveis. O presente trabalho
tem como objetivo discutir a técnica de osteossíntese para
fraturas complexas de mandíbula envolvendo a região de côndilo
mandibular.

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MANUTENÇÃO DA PATÊNCIA DAS VIAS


AÉREAS SUPERIORES NO TRATAMENTO DE
FRATURAS NASAIS
Felipe Varjão de Sá Carvalho; Cibele Queiroz Busana; Karen Yumi
dos Santos; Jose Fernando Pontes; Geraldo Prestes de Camargo
Filho

As fraturas nasais (FN) são as mais paciente é visível, e as chances do mesmo


frequentes da face, sendo o terceiro osso o remover o tampão e curativo antes do
mais comumente fraturado no esqueleto previsto são menores. O mesmo evoluiu
humano. Há uma predominância de casos bem sem as queixas previas.Contudo, a
do sexo masculino de 2:1. Geralmente, importância de se manter as vias aéreas,
agressões, quedas e acidentes esportivos atualmente, é imprescindível, aumentando
são os fatores etiológicos mais implicados a quantidade de oxigênio circulante e
no trauma nasal.Embora essas fraturas diminuindo as chances de sinusopatias no
podem inicialmente não parecer graves, pós-operatório. Nesse consenso, a
traumas de terço médio podem produzir associação de dispositivos pré-fabricados,
problemas nas vias aéreas, perda excessiva mantendo a permeabilidade das vias aéreas
de sangue, e comprometimento e o contorno ósseo nasal, é mandatório.
neurológico. Assim, o objetivo do trabalho Pode ser ultilizado como via aérea uma
é o de relatar uma modificação na técnica sonda nasogástrica ou retal, que é inserida
de redução fechada para tratamento de FN. após o TN parcial com cadarços. Essas
Paciente TCM, sexo masculino, 61 anos, sondas tem como vantagens estar
vítima de queda da própria altura, deu facilmente disponível, apresentarem baixo
entrada no Conjunto Hospitalar de custo, quando comparadas a outros
Sorocaba (CHS) apresentado FN, foi dispositivos e a sua consistência e
realizado sob anestesia geral, redução maleabilidade não promovem muita
fechada com auxílio de kelly reta encapada irritação à mucosa nasal, além de poderem
com sonda folley Nº 20 e tamponamento ser facilmente presas ao septo nasal com
com manutenção de vias aéreas utilizando sutura simples. A redução de fraturas dos
sonda nasogástrica Nº18 suturada na ossos nasais com manutenção de vias
columela, gaze umedecida com sulfato de aéreas, de forma fechada sob anestesia
neomicina e kollagenase mais curativo com geral ou local, é uma técnica que pode ser
esparadrapo e template nasal com atadura realizada com boa margem de segurança,
gessada. Tampão e sonda foram removidos proporcionando ao paciente um maior
48 horas após o procedimento. No pós conforto no período pós-operatório, sendo
operatótirio imediato, a saturação se evidente a diferença da técnica
manteve em níveis normais, entre 98% e convencional.
100%. O conforto pós operatório para o

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INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS


INTERNAÇÕES DE UM PRONTO-SOCORRO (PS) DE
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO- FACIAL
(CTBMF) DE UM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO DA
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO NO ANO DE 2016
Erika Antonia dos Anjos Ramos; Basílio de Almeida Milani; Marcelo
Minharro Cecchetti; Bruno da Silva Mesquita; Mário Vitor Carcassola

A análise de dados epidemiológicos auxilia internação em dias e necessidade de


a traçar um perfil de determinados avaliação/intervenção de outra
hospitais em relação a sua população. especialidade. A análise dos dados foi
Sendo assim, o presente estudo tem como realizada pelo uso de estatística descritiva,
principal objetivo: identificar o perfil tabelas de frequência absoluta e percentual
epidemiológico das internações do pronto- e uso de gráficos.Resultados e Conclusões:
socorro de Cirurgia e Traumatologia Buco- No ano de 2016, CTBMF internou 301
Maxilo-Facial (PSCTBMF) de um Hospital pacientes. Exclui-se 161 internações de
Municipal Terciário da Zona Sul da Cidade origem ambulatorial, resultando numa
de São Paulo, através da avaliação de amostra de 140 pacientes com internações
variáveis qualitativas e quantitativas dos via PS. Dessa amostra, observou-se 65
pacientes internados na unidade, entre 01 diagnósticos de infecções de origem
de janeiro de 2016 e 31 de dezembro odontogênica com necessidade de
2016.Método: Estudo epidemiológico internação hospitalar imediata e 69
observacional, analítico, transversal e diagnósticos de traumas (isolados ou não)
retrospectivo, no qual a coleta de dados foi em face;indicando que, respectivamente,
realizada a partir da primeira ficha de 46,42% das internações do PSCTBMF são
atendimento do PSCTBMF e dos de incidências de infecções de origem
prontuários. As internações pelo PS odontogênica, enquanto para o trauma
CTBMF, baseadas no diagnóstico, foram facial o valor é 49,28%. Exclui-se 6 (4,28%)
caracterizadas por duas principais áreas de internações PSCTBMF devido a
atuação CTBMF:trauma de face associado a transferência da internação para PS Clínica
outras lesões (paciente politrauma), Médica. Conclui-se que apesar da
trauma facias isolados com necessidades prevalência das internações serem para
de conduta imediata e infecções de origem pacientes com trauma, as infecções de
odontogênica. Os eventos foram avaliados origem odontôgenica possuem uma
quanto às seguintes variáveis: procedência, sazonalidade e uma maior prevalência
etiologia, idade, sexo, comorbidades quanto ao tempo de internação (média de
prévias, diagnóstico clínico de entrada, 6,39 dias/paciente; ± 3,67 dias), o qual está
sinais e sintomas, conduta, tempo de associado, principalmente, com sinais e

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sintomas de entrada do paciente e com o


grau de acometimento dos espaços faciais
e cervicais pela infecção. Por fim, nesse
estudo, observou-se um perfil
epidemiológico distinto para internados
pela CTBMF do trauma e das infecções de
origem odontogênica.

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AGRESSÃO FÍSICA RESULTANDO EM CORPO


ESTRANHO ALOJADO EM REGIÃO MAXILO-
FACIAL: UM RELATO DE CASO
Ana Alessandra Alves Rosas; Mario Augusto Ramos Junior; Nicolau
Conte Neto; Célio Armando C. da Cunha Júnior; Cassio Dourado
Kovacs

Introdução: Corpos estranhos são revela imagem de corpo estranho em


classificados em traumáticos ou região de processo coronóide da mandíbula
iatrogênicos. Os que são classificados em do lado direito.
traumáticos são decorrentes de trauma ou Resultado: Foi realizado cirurgia sob
agressões, as iatrogênicas fazem parte de anestesia geral com acesso vestibular
acidentes durante o tratamento clinico mandibular e remoção de cabeça de escova
profissional. A violência interpessoal é um dental.
dos principais mecanismos de trauma que
Discussão: A maior parte dos ferimentos
resulta em traumas ao complexo
penetrantes da cabeça que ocorrem na vida
maxilofacial. Dentre a violência praticada
civil é ocasionada por corpos estranhos de
contra as mulheres, a faixa etária e região
baixa velocidade, geralmente resultantes
do corpo mais acometida são,
de traumatismo por arma branca ou
respectivamente, a cabeça e a face e em
acidentes. Entretanto, a lista de outros
mulheres entre 18-30 anos. SERRA, Andre
objetos inclui gravetos de madeira afiados,
Victor Pinto et al. O presente estudo
chave de fendas, pregos, varas de ferro,
propõe-se a relatar o caso de corpo
lanças, picador de gelo, cabo de guarda-
estranho em região mandibular alojada
chuva, arpões e anzóis de pesca, chaves e
durante uma agressão física.
brocas. CAVALCANTE, Weber Céo). Em
Relato de caso (Método): Paciente, nosso trabalho foi identificado um corpo
gênero feminino, compareceu ao serviço de estranho pouco comum entre os objetos
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- encontrados em acidentes com perfuração.
Facial do hospital João de Barros Barreto
Conclusão: Conclui-se, portanto que o
com histórico de agressão física há 2 meses
diagnóstico de lesões penetrantes por
e estava escovando os dentes no momento
corpos estranhos traumáticos ou
da agressão física. Com sintomas de dor,
iatrogênicos é essencial para prevenir o
trismo, edema (1+/4+) em região parotidea-
aparecimento de complicações na região
masseterica direita com 2 meses de
maxilo-facial, sendo as imediatas
evolução. Ao exame intra-oral apresentava
associadas com lesões vasculares e tardias
mucosas com aspecto macerado, sugestivo
com infecção.
de trauma crônico. Ao exame radiográfico

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REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO ÓRBITO-


CRANIANO POR MEIO DE CIRURGIA
ENDOSCÓPICA
Roberto Ferreira Zanin; Cláiton Heitz

Introdução: Corpos estranhos podem Resultados: Exames de Tomografia


estar associados à fraturas da cavidade Computadorizada foram realizados
orbitária. Dependendo do local e da evidenciando a ausência de infecção ou
extensão do trauma, poderá ocorrer uma qualquer outro fragmento alojado na
comunicação entre o conteúdo orbitário e região órbito-craniana. Atualmente o
a cavidade craniana. O presente trabalho paciente encontra-se no décimo segundo
relata o caso de um paciente com um mês de pós-operatório, sem apresentar
extenso fragmento de madeira alojado alterações da acuidade visual ou motoras
entre o rebordo infraorbitário, passando do globo ocular, além de atividades
pelo seio esfenoidal esquerdo e se alojando neurológicas normais de acordo com
na base do crânio. parecer médico.
Metodologia: O procedimento para a Discussão: A remoção cirúrgica dos
retirada do fragmento foi realizado através fragmentos deve ser planejada com base
de um acesso de Weber-Ferguson nos exames de imagens, delimitando e
modificado, osteotomia maxilar, quantificando os fragmentos alojados. O
visualização da extensão do ferimento endoscópio tem se mostrado uma
através de uma abordagem endoscópica, ferramenta útil nestes pacientes,
remoção do fragmento de madeira e proporcionando uma visão direta dos
posterior inspeção da cavidade utilizando fragmentos e um acesso mais conservador.
novamente o endoscópio, onde foi possível Conclusão: O acesso a exames de RNM e
observar uma fratura na base do crânio e TC ajuda no planejamento cirúrgico e a
exposição da dura-máter. Nenhum possibilidade do uso de endoscópio pode
tratamento adicional foi realizado. permitir um ato cirúrgico com menor
morbidade, maior precisão e minimizar
danos às estruturas nobres durante a
remoção do corpo estranho.

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FRATURA EXPOSTA DE MANDIBULA:


RELATO DE CASO
Mirlany Mendes Maciel Oliveira; Rodrigo da Franca Acioly; Dennis
Dinelly de Souza; Bruno Araújo da Silva; Daniel Du Carmo Carvalho

Introdução: A mandíbula é o único osso fratura comitiva de mandíbula, a qual foi


móvel da face e participa de funções reduzida e realizada a fixação interna
básicas como mastigação, fonação e rígida. Após 10 meses de pós-operatório
deglutição. Em virtude de sua topografia no paciente apresenta aspecto facial
esqueleto facial este osso é favorável, oclusão e abertura bucal
frequentemente atingido por traumas funcionalmente satisfatória, na radiografia
podendo ser de diversas etiologias. As panorâmica cotos ósseos apresentam-se
fraturas expostas são as fraturas que bem alinhados e consolidados.
apresentam comunicação com o meio Discussão: No estudo de PATROCINIO et
externo por meio de uma lesão de tecidos al., (2005) foi realizado a análise de 293
moles e seu tratamento possui o objetivo pacientes, em 20,5% dos casos ocorreram
de promover a consolidação óssea sem a fratura exposta, sendo esta modalidade de
ocorrência de infecção. Deve-se tentar a fratura de mandíbula comumente
reparação primária dos tecidos ósseos e das associada a traumas de grande impacto,
partes moles, sendo, muitas vezes, como acidentes de transito, esportes,
necessários enxertos ou retalhos. Apesar ferimentos de arma de fogo entre outros. A
do tratamento agressivo, essas lesões são principal complicação ocasionada pela
associadas a significativo número de fratura exposta é a infecção óssea
sequelas estéticas ou funcionais. (osteomielite) a qual deve ser
Caso clínico: Paciente do gênero cuidadosamente evitada ou minimizada
masculino, leucoderma, 22 anos, com desde o início do tratamento com a
histórico de acidente motociclístico, administração de antibióticos limpeza
apresentava ao exame físico-clínico cirúrgica e debridamento meticuloso das
extensa laceração loco-regional de tecidos lesões (PATROCINIO et al., 2005;
moles na região de corpo mandibular OLIVEIRA & SANTOS, 2011).
esquerda, equimose, crepitação óssea e Conclusão: O tratamento de fraturas
associada ao exame por imagem foi expostas mandibulares é um desafio em
confirmado o diagnostico de fratura virtude da grande possibilidade de
cominutiva de mandíbula. Foi complicações, portanto, o tratamento
realizado procedimento cirúrgico inicial, a administração precoce de
emergencial, realizando inicialmente antibióticos, limpeza cirúrgica e
limpeza cirúrgica e debridamento debridamento são de grande valia para o
meticuloso proporcionando assim acesso a sucesso do tratamento.

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2468

COMPLICAÇÕES APÓS USO INCORRETO DE


MATERIAL DE FIXAÇÃO PARA FRATURA DE
MANDÍBULA ATRÓFICA
Átila Roberto Rodrigues; Sandro Isaías Santana; Ulisses Simoncelli;
Breno de Souza Pedro Santana

As fraturas mandibulares podem ser classificadas conforme o


tipo em galho verde, complexa, cominutivas impactadas e com
afundamento. A escolha de um correto material de fixação varia
conforme o tipo de fratura e a estrutura óssea. Em fraturas
simples, lineares com fragmentos ósseos sólidos o uso de duas
miniplacas e o tratamento mais indicado e utilizado pelos
cirurgiões Bucomaxilofaciais, formando um dispositivo de
fixação do tipo Load Sharing, que compartilham cargas com o
osso em cada lado da fratura. Já em fraturas cominutivas ou com
atrofia do osso alveolar após perda dentária é indicado o uso de
dispositivos de fixação resistente e rígido o suficiente para
suportar toda a carga aplicada à mandíbula durante as atividades
funcionais, chamados de Load Bearing, sendo o dispositivo mais
usado às placas de reconstrução mandibular e parafusos com
sistema locking de travamento. Neste relato apresentamos um
caso clínico onde não houve uma correta escolha do material de
fixação, em dois momentos, havendo consequentemente falha
na fixação e união óssea. Uma nova abordagem foi realizada e
um correto material de fixação foi utilizado para tratamento da
complicação.

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2492

ACESSO TRANSCONJUNTIVAL:
RELATO DE CASO
Thayana Alves Farinha; Natalia Zgur Pinheiro; Mariana Silva
Campos; Alan Ardisson; Hernando Valentim da R. Junior

Durante toda história da cirurgia bucomaxilofacial, estudiosos


buscam veementemente por acessos transfaciais que cuminem
em um excelente resultado estético combinado com ampla
visualização de estruturas anatômicas de referência. O objetivo
desde estudo é mostrar ao cirurgião que dentre a gama de
acessos para palpebra inferior, o acesso transconjuntival quando
bem indicado pode se mostrar um excelente fator de otimização
de resultado estético e funcional. A escolha do acesso cirúrgico
pode ser um dos principais fatores de sucesso no aspecto
cirúrgico geral, porém pode se mostrar como o grande vilão caso
não seja bem indicado, por este motivo abordaremos seus
benefícios e indicações em relação ao demais acessos
infrapalpebrais, bem como suas negativas e contra-indicações,
como mostram os trabalhos de Haghighat(2017),
Bernardini(2017) e Vaibhav(2015). Dessa maneira, visamos
fornecer ao cirurgião bucomaxilofacial maior amplitude em seu
leque no seu processo de escolha dos acessos maxilofaciais em
traumas zigomático-orbitários baseado em evidênciais de
acordo com o melhor custo e benefício de cada caso.

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2493

TERAPIA CONSERVADORA EM PACIENTE COM


ADERÊNCIA FIBROSA NA ATM EM DECORRÊNCIA DE
FRATURA CONDILAR E OSTEOARTROSE: ESTUDO
LONGITUDINAL DE 08 ANOS
Flávia Magalhães Ximenes; Hellíada Vasconcelos Chaves; Samilla
Pontes Braga; Luciana Abreu Sousa; Renato Daniel de Freitas

Introdução: As disfunções queixando-se de dor e dificuldade para


temporomandibulares (DTMs) englobam abrir a boca. Através de anamnese e exame
um grupo de condições minucioso, identificou-se sintomatologia
musculoesqueléticas e neuromusculares dolorosa na ATM D com EVA 7, abertura
envolvendo as articulações bucal de apenas 20 mm com deflexão para
temporomandibulares (ATM), os músculos a direita e relato de bruxismo do sono. Ao
mastigatórios e todos os tecidos exame de ressonância magnética,
associados. Um dos diagnósticos observou-se aderência fibrosa e
diferenciais das DTMs articulares é osteoartrose na ATM direita em
osteoartrose, uma degeneração articular decorrência da fratura condilar. Após 3
assintomática, e aderência, um transtorno meses do início do tratamento, a paciente
de hipomobilidade caracterizado pela relatou remissão da sintomatologia
movimentação mandibular restrita com dolorosa e melhora na função mandibular
deflexão para o lado afetado, sendo ambas passando a abrir 30 mm.
condições associadas a fraturas. Há o Métodos: o tratamento constituiu-se de
intenção de relatar caso clínico com 08 aconselhamento, farmacoterapia com
anos de acompanhamento de paciente com DAINE, placa oclusal e exercícios
aderência fibrosa na ATM em decorrência mandibulares.
de fratura condilar e osteoartrose.
Discussão: Após 8 anos do início do
Resultados: Aos nove anos de idade a tratamento, a paciente apresenta-se
paciente sofreu um acidente assintomática e com função mandibular
automobilístico, sendo na época normal, com abertura de 51 mm.
diagnosticado a fratura condilar na ATM
Conclusão: O tratamento conservador
direita e, devido a sua idade, foi optado
deve sempre ser considerado como
como modalidade de tratamento a
primeira escolha. Na presente situação
fisioterapia. Treze anos após o acidente,
clínica, por exemplo, observou-se sucesso
ela procurou o serviço de Dor, relatando
do caso clínico após 08 anos de
que no momento vivia em condições de
acompanhamento.
estresse e privação do sono devido a sua
vida pessoal e profissional atribulada e

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2513

ACESSO TRANSCONJUNTIVAL NO TRATAMENTO


DE FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-
ORBITÁRIO: REVISÃO DE LITERATURA CIENTÍFICA
Luiz Henrique Albuquerque de Lima

As fraturas envolvendo o complexo zigomático-orbitário


compreendem uma incidência um tanto quanto elevada, devido
principalmente à sua projeção anatômica látero-anterior, sendo
bastante recorrente em acidentes automobilísticos, agressões
físicas e quedas da própria altura. As fraturas da face demandam
de um tratamento minucioso, buscando amenizar o
aparecimento de cicatrizes que possam causar eventualmente
um comprometimento na aparência do paciente. O estudo em
questão trata-se de uma revisão de literatura dos principais
artigos, tendo como base de dados: LILACS, PubMed e SCIELO.
O acesso transconjuntival proporciona uma exposição
satisfatória e é uma alternativa aceita para redução de fraturas
em margem infra-orbitária, assoalho de órbita e margem lateral
podendo ser usado por ter um baixo índice de complicações. Para
a execução adequada da técnica é de suma importância ter o
conhecimento anatômico da região palpebral e orbitária, uma
vez que, encontram-se estruturas nobres.

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2514

MÉTODOS FIXAÇÃO INTERNA NO


TRATAMENTO DE FRATURAS MAXILOFACIAIS:
REVISÃO DE LITERATURA CIENTÍFICA
Luiz Henrique Albuquerque de Lima

O emprego de materiais metálicos de boa biocompatibilidade,


como o titânio, permitiram uma considerável evolução no
tratamento de fraturas maxilofaciais nos últimos anos. A
fixação interna é um meio bastante utilizado para redução de
fraturas nos dias de hoje, ela consiste no emprego de técnicas
que auxiliem na estabilização dos ossos em uma determinada
fratura. O estudo em questão trata-se de uma revisão de
literatura dos principais artigos, tendo como base de dados:
LILACS, PubMed, SCIELO e no Portal de Periódicos Capes. Os
tipos de fixação interna podem ser classificados como rígida
(previne a movimentação fragmentar) e não rígida (centrada na
mobilidade intrafragmentar). A escolha consiste
basicamente nos princípios de forças dinâmicas regionais e
biomecânicas, obedecendo as forças de tensão e compressão das
fraturas. É importante conhecer os sistemas de fixação interna e
suas propriedades físicas, afim de selecionar o que mais se
adequa para determinada situação.

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2517

TRATAMENTO ESTÉTICO COM ÁCIDO HIALURÔNICO


PARA CORREÇÃO DE SEQUELA DE ACIDENTE
AUTOMOBILÍSTICO EM REGIÃO DE OLHEIRA
José Doval Neto; Thallita Pereira Queiroz; Eloá Rodrigues Luvizuto;
Daniela Oliveira Marques; Kathleen Lemos Soares

Uma sequela após lesões traumáticas, é inaceitável para os


pacientes quando ocorre principalmente na região da face do
pescoço. Existe um prejuízo severo na qualidade de vida,
causando sequelas psicológicas e sociais. Felizmente, muitos
tratamentos estão disponíveis para melhorar a qualidade de vida
a este paciente, entre eles o preenchimento com ácido
hialuronico. Apresentamos o caso clinico de uma paciente de 55
anos de idade, gênero feminino, que foi vitima de acidente
automobilístico aos 22 anos de idade, entre outras lesões, sofreu
fratura cominutiva de assoalho de orbita. As sequelas faciais
foram deformidades na área afetada e diplopia, 33 anos após
acidente automobilístico, paciente procurou cirurgião-dentista
para tratamento odontológico e estético facial. Realizou-se
preenchimento com ácido hialurônico em toda região do defeito
ósseo e das olheiras através da técnica da cânula. Técnica
extremamente favorável com obtenção de excelente resultado
estético e satisfação do paciente.

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