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FACULDADE DE ODONTOLOGIA
INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR I
ANATOMIA E IMPLANTODONTIA
BELÉM
2022
ALANA DE SOUZA ROSÁRIO PANTOJA
ANATOMIA E IMPLANTODONTIA
BELÉM
2022
SUMÁRIO
Maxila
Figura 1: À esquerda, imagem radiográfica na qual a seta aponta para o forame incisivo (Fonte: CLIM – Clínica de
Imaginologia Odontológica). À direita, representação de uma imagem radiográfica demonstrando a localização do forame
incisivo (Fonte: Unasus UFMA).
Tanto o assoalho do seio maxilar quanto a posição da espinha nasal do paciente são relevantes
para a implantodontia pois, em casos de pacientes desdentados por longo período, há um
avançado processo de reabsorção óssea, levando até a pneumatização do seio maxilar, o que
diminui a área disponível para realizar o implante.
Figura 2: Esquema para representação da localização da cavidade nasal e do seio maxilar (Fonte: ImplArt Blog)
Figura 3: A espessura do seio maxilar pode inviabilizar o implante dentário na região (Fonte: Delano Maia Odontologia
Por fim, quanto ao tipo ósseo, na região maxilar, predominam os ossos do tipo III e IV. O osso
tipo I é formado por cortical densa e pouco trabeculado, o tipo II possui cortical densa
combinada com trabeculado grosso, o tipo III tem cortical fina e trabeculado grosso e o tipo IV
é mais esponjoso deles com quase nada de cortical e osso trabecular fino. Para que haj a uma
melhor fixação e osseointegração de uma região com implante, o mais indicado é o osso do tipo
II, visto que o muito esponjoso (tipo IV) dificuta o travamento inicial, e um osso muito denso
(tipo I) terá pouca vascularização para a formação de osso ao redor do implante.
Figura 4: Classificação de Misch, demonstrando os 4 tipos ósseos. (Fonte: Dental Cremer)
Figura 5: Localizações dos tipos osseos da maxila e da mandíbula. (Fonte: Dental Cremer)
Mandíbula
A mandíbula apresenta-se como uma região menos complexa para tratamento de implantes
dentários, quando comparado à maxila. Entretanto, o processo de reabsorção óssea, após um
procedimento de exodontia ou a queda do dente, é gradativo e pode atingir níveis avançados.
A anatomia da mandíbula apresenta fatores que limitam e restringem a região para
procedimentos de implantes dentários. O canal da mandíbula nasce no forame mandibular,
situado na face medial do ramo, e atravessa o corpo do osso com obliquidade anteroinferior,
até a região dos dentes pré-molares. Por esse canal passa o feixe vasculonervoso alveolar
inferior que dá origem a ramos mentonianos.
A integridade dessa região é de extrema importância, já que desempenham um papel sensorial
fundamental. Sobre a questão estética, os implantes mandibulares não apresentam grandes
transtornos, uma vez que não há uma exposição gengival significativa em relação a mandíbula.
Outro ponto anatômico a ser levado em consideração é a estrutura óssea. Na mandíbula há
predominância de osso cortical, denso, compacto, que fornece força mecânica e proteção, e com
pouco espaço medular. Na região anterior da mandíbula, há presença de uma lâmina vestibular
delgada, enquanto na região dos dois últimos molares a relação se inverte, apresentando uma
espessura cortical lingual bem maior.
Enxerto Ósseo
Este procedimento tem como principal objetivo preparar a região periodontal mediante a
reposição de osso do paciente no caso de perda óssea. Vale destacar que estas intervenções são
feitas no osso alveolar, aquele no qual a raiz dentária se mantém fixa.
Ele é uma pequena cirurgia que pode ser feita no próprio consultório do cirurgião dentista
dependendo de onde o enxerto é feito. O cirurgião fará uma pequena abertura na gengiva na
área onde é necessário preencher o osso alveolar. Ali, ele posiciona o tecido ósseo que será
enxertado, podendo ser em bloco ou em pó. Ele fixa esse tecido no local e faz a sutura da
gengiva. Em um período de, aproximadamente, 4 meses, o próprio organismo se encarrega de
cicatrizar o tecido ósseo por meio do processo de osseointegração, no qual o bloco ou os
fragmentos de tecido serão incorporados ao osso alveolar do paciente, formando uma só
estrutura. Apenas após todo o processo supracitado é que se há uma base óssea para poder
implantar o pino e, posteriormente, alocar a prótese do dente.
Figura 6: À esquerda, fragmentos de tecido ósseo usados no enxerto ósseo. À direita, blocos de tecido ósseo usado no
enxerto ósseo
O enxerto ósseo pode ser do tipo:
• Alógeno: quando o tecido ósseo é obtido de outra pessoa.
• Xenógeno: tecido provém de outra espécie.
• Sintético: quando é criado em laboratório.
O levantamento da mucosa do seio ósseo tem como finalidade corrigir a deficiência em altura
de tecido ósseo decorrente da atrofia do processo alveolar e da pneumatização do seio maxilar,
permitindo a instalação de implantes com comprimento adequado.
Ele é um procedimento cirúrgico que possibilita por meio de enxerto ósseo na cavidade do seio,
o aumento do volume vertical da porção posterior da maxila, permitindo a colocação de um
implante dentário em um segundo tempo cirúrgico ou em conjunto. Vale salientar que o
procedimento de levantamento de seio maxilar com enxerto ósseo é uma cirurgia muito
executada, cujo objetivo é o ganho vertical em região posterior de maxila.
Figura 7: Procedimento de levantamento da mucosa do seio ósseo através de enxerto ósseo. (Fonte:Revista de Odontologia
da UNESP)
A laterização do nervo alveolar inferior permite com que se crie uma janela óssea e no
deslocamento do nervo para a inserção de implantes através do canal mandibular.
Esse procedimento oferece a possibilidade de reabilitação com implantes na área edêntula
posterior da mandíbula, nos casos em que a perda em altura do rebordo alveolar impossibilitaria
a instalação de implantes de comprimento regular sem cirurgias reconstrutivas prévias.