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Apostila

Clínica Integrada

“A única maneira de fazer um bom trabalho é amar o


que você faz”
-Steve Jobs

@sstudyongodonto / @nunnes_91
Periodontia, Endodontia e Cirurgia.

@sstudyingodonto I @nunnes_91
SUMÁRIO
1. Biofilme
2. Sondagem Periodontal
3. Periograma
4. Periodontite
5. Periodonto
6. Cirurgia Periodontal
7. Terapia fotodinâmica - Laser
8. Pulpite
9. Abcessos dentários
10. Necrose pulpar
11. Capeamento pulpar
12. Pulpectomia x Pulpotomia
13. Retratamento endodôntico
14. Fases cirúrgicas
15. Instrumentais cirúrgicos e suas funções
16. Técnicas radiográficas
17. Dentística

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BIOFILME
A placa bacteriana, também conhecida como biofilme ou
placa dental, é uma película incolor formada por bactérias da
cavidade oral que se acumulam naturalmente em qualquer
superfície dura dentro da cavidade bucal.

Dentre os vários tipos de microrganismos presentes na placa,


destaca-se o Streptococcus mutans.

O cálculo dentário, mais conhecido como tártaro surge


quando o biofilme bacteriano se mineraliza tornando ainda
mais difícil sua remoção. O acúmulo de tártaro próximo da
gengiva induz uma inflamação que pode evoluir e levar
reabsorção óssea e a perda de dentes.

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SONDAGEM PERIODONTAL
Sondagem periodontal é a investigação da condição
periodontal do paciente. Ela é realizada através da sonda
periodontal, um instrumento milimetrado, que serve para
medir os parâmetros gengivais.

O exame periodontal básico é feito para determinar se há


algum problema gengival, rapidamente. É uma forma simples
de definir se há gengivite ou periodontite.

Com uma sonda gengival (sonda periodontal), a profundidade


de sondagem é medida com cuidado e precisão a partir da
margem gengival.

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PERIOGRAMA
A sondagem clínica com a sonda periodontal para medir as
bolsas gengivais e o nível de inserção (“altura óssea”), ambos
de precisão milimétrica, é indispensável para o diagnóstico de
periodontite.

No exame clínico com a sonda periodontal, a profundidade de


sondagem é medida em até seis locais por dente com precisão
milimétrica. Especificamente, a distância entre a margem
gengival e a parte inferior da bolsa é medida. Isso é chamado
de profundidade de sondagem. Em locais saudáveis, a
profundidade de sondagem é de no máximo 3 mm. Em locais
onde a periodontite já causou a destruição do aparato de
sustentação do dente, a profundidade de sondagem pode ser
de 4 mm ou mais.
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Quais os fatores podem interferir na medição da
profundidade de sondagem?
O tipo de sonda empregada; a pressão manual exercida
durante a sondagem; o grau de variabilidade entre
examinadores; o estado de inflamação dos tecidos; a presença
de cálculos e ou restaurações dentárias defeituosas e, o limiar
de dor do paciente.

Quais os seis pontos da sondagem periodontal?


Para tal exame, a boca é dividida em sextantes e a sondagem
é realizada em 6 pontos para cada dente: mésio-vestibular,
médio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual/ palatino,
médio-lingual/palatino e disto-lingual/palatino

O diagnóstico de periodontite
pode ser definitivamente
confirmado apenas com as
radiografias essenciais. A seleção
das radiografias necessárias para
o diagnóstico da periodontite só
pode ser feita após o exame
clínico. Isso previne a exposição
excessiva à radiação.

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Nos casos mais simples, o exame radiográfico consiste de 2
radiografias (interproximais) e no caso mais extenso, o exame
radiográfico consiste no que é denominado uma “série
radiográfica completa” com até 14 radiografias e/ou uma
radiografia panorâmica. As radiografias realizadas devem
mostrar a altura óssea ao redor do dente e permitir estimar a
gravidade da perda óssea.
Cada raio-X feito no consultório odontológico deve estimar
tanto a cárie como a doença periodontal.

PERIODONTITE
Periodontite (ou doença periodontal) é uma infecção
bacteriana dos tecidos, ligamentos e ossos específicos que
envolvem e sustentam seus dentes, coletivamente conhecidos
como periodonto. É a segunda fase da doença da gengiva e
ainda mais grave.

Qual Bactéria causa periodontite?


As principais bactérias da doença periodontal são Prevotella
intermédia, Tannerella forsythia, Treponema denticola,
Porphyromonas gingivalis. Essas bactérias em desequilíbrio
com a microbiota da gengiva sinalizam inflamação para o
sistema imune inato (neutrófilos e o sistema complemento).
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PERIODONTO

O periodonto nada mais é do que os tecidos que vão estar em


torno do dente e ele vai ter duas funções principais: Inserção
do dente no tecido ósseo alveolar e conservar a mucosa
mastigatória da cavidade bucal.

E o periodonto se divide em dois grandes grupos:

Periodonto de Proteção e o Periodonto de Sustentação

O periodonto de proteção é representado pela gengiva,


enquanto o periodonto de sustentação é representado por
osso alveolar, cemento radicular e ligamento periodontal.

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Características da Gengiva Livre: A gengiva Livre vai ser
a parte da gengiva que fica em contato com o dente, em
torno do elemento dental, como se fosse um colarinho,
que mede cerca de 1mm de comprimento.

Características da Gengiva Inserida: A gengiva inserida


tem esse nome por causa das fibras colágenas, que se
inserem no osso alveolar, a gengiva inserida é firme, sem
mobilidade e ela deforma quando pressionada, voltando
ao normal quando a pressão é removida. Além disso, a
ela irá ter início no limite coronário (onde acaba a
gengiva livre e a coroa dental) e irá terminar na linha ou
limite muco-gengival. E a gengiva inserida irá ser maior
nos dentes anteriores e vai ficando mais delgada nos
dentes posteriores.
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Espaço Biológico
O espaço biológico é formado por três tecidos (e não
apenas dois): O epitélio de sulco, o epitélio juncional e a
inserção conjuntiva.o.

Periodonto de sustentação

O periodonto de sustentação possui elementos úteis


para manter o elemento dental no lugar. Fazem parte
deste periodonto: O osso alveolar, o ligamento
periodontal e o cemento radicular.

Periodonto de Sustentação:
Ligamento periodontal,
Cemento Radicular e Osso
Alveolar.

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Ligamento Periodontal
O Ligamento Periodontal tem a função principal de unir
o dente ao osso alveolar. Por isso a mobilidade dentária
varia de acordo com a altura, espessura e qualidade do
ligamento periodontal.
Osso alveolar
Forma o aparelho de inserção dos dentes de inserção
dos dentes junto com o ligamento periodontal e o
cemento radicular. O osso alveolar é extremamente
eficiente em distribuir e absorver as forças da
mastigação.

Questão 1
(Pref. De Gravataí/RS – MS Concursos 2012):Didaticamente o
periodonto pode ser dividido em periodonto de proteção e
periodonto de sustentação. Assinale a alternatica que
representa os componentes constituintes do periodonto de
sustentação.
a) Osso alveolar, ligamento periodontal e cemento radicular
b) Gengiva marginal, gengiva inserida e gengiva papilar
c) Apenas osso alveolar e gengiva
d) Gengiva marginal, gengiva inserida e osso alveolar
e) Apenas gengiva e cemento radicular
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Questão 2
(Pref. De Princesa isabel/PB – Metta – 2012): Quando a
margem de uma restauração é colocada subgengivalmente
dificultará a higiene, levando a um acumúlo de biofilme e
proliferação bacteriana, interferindo assim, no espaço
biológico. Diante disso, quais a estruturas periodontais que
compõem o espaço biológico:
a) Sulco gengival, gengiva marginal e sulco marginal
b) Sulco gengival, epitélio juncional e inserção conjuntiva
c) Crista marginal, epitélio juncional e gengiva marginal
d) Gengiva inserida, mucosa alveolar e inserção conjuntiva
e) Gengiva marginal, sulco marginal e gengiva inserida

Questão 3
.(Pref. De Caruaru /PE – IPAD – 2012): Em relação ao espaço
biológico periodontal, analise as afirmativas abaixo:
I. As estruturas que formam o espaço biológico são o
ligamento epriodontal, gengiva e o epitélio juncional.
II. O espaço biológico é formado pelo sulco gengival, epitélio
juncional e inserção conjuntiva.
III. A junção cement-esmalte é o parâmetro para avaliação do
espaço biológico.
IV. A distância que vai da crista óssea até o fundo do sulco
gengival é chamada de biológica.
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Estão Corretas:
a) 1 e 3, apenas.
b) 2 e 4, apenas.
c) 3 e 4, apenas.
d) 1, 2, 3 e 4.

Questão 4
A gengiva é dividida anatomicamente em marginal, inserida e
área interdental. Sobre as características da gengiva assinale
(V) verdadeira ou (F) Falsa e marque a alternativa correta.
( ) Gengiva marginal ou não inserida é a porção terminal ou
borda da gengiva que circunda o dente, de maneira similar a um
colarinho.
( ) Sulco gengival é a porção cervical rasa ou espaço ao redor do
dente cercado pela superfície do dente por um lado e pelo
recobrimento epitelial da margem gengival livre pelo outro lado.
( ) Gengiva Inserida é continua com a gengiva marginal. Ela é
amolecida, resiliente e pouco aderida ao periósteo do osso
alveolar subjacente.
( ) Gengiva interdental ocupa o contorno gengival, que é o
espaço interproximal sob a área de contato interdental.
a) V, V, V, V
b) V, V, F, V Gabarito
c) V, F, V, F Questão 1 - A
d)V, V, F, F Questão 2 - B
e) F, V, F, V Questão 3 = B
@sstudyingodonto / @nunnes_91 Questão 4 = B
CIRURGIA PERIODONTAL

A cirurgia periodontal é um procedimento que visa corrigir


defeitos gengivais e de tecidos moles em regiões que
apresentam algum comprometimento, sendo um importante
recurso para o tratamento de diversas condições.

Pré operatório
Para que o procedimento seja realizado com sucesso e evitar
o risco de complicações, o paciente precisa seguir alguns
cuidados no pré-operatório. Em primeiro lugar, é fundamental
que o paciente esteja bem nutrido, contribuindo para a rápida
cicatrização.

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Em uma cirurgia para retalho gengival, o periodontista corta o
tecido gengival para separá-lo do dente, higieniza a região,
remove o tártaro, a placa e a película abaixo das bolsas.
Sabendo-se que a etiologia das doenças periodontais é de
origem microbiológica, fatores que promovam o crescimento
da placa bacteriana podem contribuir para o início e a
progressão do processo infla- matório. Dentre algumas destas
situações, estão a loca- lização subgengival dos términos
cervicais, o contorno deficiente das restaurações e os excessos
cervicais, o acabamento inadequado da restauração, o
contato proximal inadequado e a invasão do espaço biológico

Os retalhos periodontais podem ser classificados de acordo


com a exposição óssea após o deslocamento do retalho
como:
Retalho de espessura total (mucoperiósteo) ou retalho de
espessura parcial (mucoso).

Nos retalhos de espessura total, todo o tecido mole,


incluindo o periósteo, é deslocado para expor o osso
subjacente.
O retalho de espessura parcial (retalho dividido) inclui
somente o epitélio e uma camada de tecido conjuntivo
subjacente e o osso permanece coberto por uma camada de
tecido conjuntivo, incluindo o periósteo.

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LASERS DE ALTA E BAIXA POTÊNCIA NA
ODONTOLOGIA
O laser é hoje uma importante tecnologia que pode ser
aplicada em muitas áreas e tem diversas funções. A luz laser
atua em diversos tecidos de forma seletiva e seus benefícios
são obtidos pela absorção da sua energia pelo tecido.

Na odontologia, conquistou seu espaço com várias aplicações,


como na redução do tempo de recuperação dos pacientes,
nas complicações pós-operatórias, na redução de edemas e,
ainda, facilitou a bioestimulação/biorregulação/biomodulação
dos tecidos moles, Além disso, pode ser uma ótima opção no
auxílio de controle e domínio das dores crônicas.

A palavra LASER vem do acrônimo em inglês Light


Amplification by Stimulated Emission of Radiation que
significa amplificação da luz por emissão estimulada de
radiação

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Tratamento periodontal
Os lasers podem ser utilizados no tratamento das doenças
periodontais contribuindo muito com a redução microbiana
local. Além de ajudar na remoção da causa das doenças
periodontais, o laser também atua de forma analgésica, anti-
inflamatória, na redução do edema e melhor cicatrização.

Tratamento endodôntico
Também por sua capacidade de redução bacteriana, os lasers
de alta potência são importantes na Endodontia.

Tratamento de lesões da mucosa oral


Em lesões como o herpes labial, aftas, ulceras traumáticas,
queilite angular e estomatite, o laser de baixa potência ajuda
na redução da sintomatologia dolorosa, redução da
inflamação e na reparação tecidual mais rápida, trazendo
muito conforto ao paciente.

Diagnóstico
Para este propósito, o laser opera em uma potência muito
baixa, sem capacidade de produzir efeitos terapêuticos ou
alterar o tecido. É emitida uma luz visível, que é absorvida pela
superfície dos tecidos e indica se o esmalte está em processo
de desmineralização, por exemplo, ou se há outras lesões.

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Hipersensibilidade dentinária
A laserterapia é um dos tratamentos possíveis para a
hipersensibilidade causada por lesões não cariosas, devido aos
seus efeitos analgésico, anti-inflamatório e de regeneração
tecidual. Com essas características, o laser contribui para a
redução imediata da intensidade da dor e posteriormente
produz uma dentina terciária, promovendo selamento dos
canalículos.

Cirurgia em tecidos moles

Com lasers de alta potência, é possível realizar cirurgias


em tecidos moles da cavidade oral, proporcionando
menor sangramento, maior precisão, maior conforto
após a cirurgia e boa cicatrização. Sem esquecer que
após os procedimentos cirúrgicos, os lasers de baixa
potência podem ser utilizados para promoção de
analgesia, biomodulação, diminuição do edema e
modulação do processo inflamatório. Algumas das
cirurgias realizadas com lasers são as periodontais,
remoção de lesões tumorais, hiperplasias, fibromas,
remoção do freio labial ou lingual (frenectomia).
(Lelo/FO-USP)

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O comprimento da onda geralmente é medido em
nanômetro (nm), que é uma unidade de medida que
equivale a um bilionésimo de 1 metro e que tem grande
relevância na indústria de semicondutores, já que é a
escala usada para medir dimensões no interior de
qualquer microchip: módulos de memória, SSDs,
processadores e GPUs.

A luz laser tem três propriedades: coerência,


monocromaticidade e colimação. A coerência é o
princípio que todos os fótons emitidos a partir de
moléculas individuais têm o mesmo comprimento de
onda. A monocromaticidade significa a especificidade
da luz proveniente de um único comprimento de onda.
E, por fim, a colimação é caracterizada por uma
divergência mínima, em que os fótons se movimentam de
forma paralela para concentrar o feixe de luz.

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PULPITE
A pulpite é reversível quando ocorre a inflamação da polpa e
ela pode ser tratada, devolvendo ao dente sua vitalidade.
Porém, o quadro se torna irreversível apenas quando essa
inflamação já afetou tão gravemente a polpa de forma que o
único tratamento possível é a endodontia.

A diferença para diagnóstico está na


intensidade da dor e a resposta da
polpa aos testes de vitalidade
realizados em consultório

Pulpite reversível é caracterizada por uma dor de curta


duração e bem localizada,
A pulpite reversível é causada pela evolução da cárie, mas nos
casos em que a inflamação não necrosou vasos e nervos;
portanto é possível reverter o quadro.

A pulpite irreversível se apresenta como dor espontânea,


normalmente à noite e com a sensação de que há um coração
‘batendo’ dentro do dente. Além disso, ela normalmente é
provocada através de estímulos térmicos, tem uma longa
duração e em muitos casos o paciente fica com certa
dificuldade em apontar qual é exatamente o dente que está
causando a dor.
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Como diagnosticar?
Reversível
dor intensa e localizada;
dor de curta duração;
dor causada por estímulo mastigatório;
hiperemia;
alivio da dor com medicação
Ao passo que pode ser necessário o uso de restaurações
provisórias para alívio de sintomatologia e observação do
quadro clínico. Além disso, dependendo da profundidade da
cárie, alguns casos recebem um tratamento endodôntico
conservador: proteção pulpar indireta ou mesmo proteção
pulpar direta, através de capeamento pulpar direto.

Irreversível
dor intensa e espontânea;
dor pulsátil e difusa;
dor de longa duração;
alívio da dor com o frio;
vascularização restrita;
infecção pulpar que pode levar à necrose pulpar
o tratamento indicado é a pulpectomia ou necropulpectomia,
preparo químico mecânico do canal, medicação intracanal se
necessário e obturação do conduto radicular.

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ABCESSO DENTÁRIO
Abscesso periapical
O abscesso alveolar agudo consiste em coleção purulenta
localizada no osso alveolar, nas adjacências do ápice
radicular de um dente com polpa necrosada, com extensão da
infecção para os tecidos periapicais através do forame apical,
sendo acompanhado por reação inflamatória periapical
intensa, podendo apresentar sintomatologia dolorosa
generalizada.
A etiologia desta doença, normalmente é a invasão bacteriana
do tecido pulpar necrosado, podendo também resultar de
traumatismo, irritação química ou mecânica.
Os sintomas variam de uma simples sensibilidade e
desconforto, à dor intensa e latejante. Entretanto, os sinais
vitais de pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura
corporal e linfoadenopatia no tratamento de urgência não se
apresentam alterados em níveis alarmantes.

O abscesso periapical crônico é uma doença de origem


microbiana, onde usualmente é seguida pelo aparecimento de
uma fístula na área mucovestibular do paciente, com um
quadro de sinais e sintomas muito característicos que
facilitam o seu diagnóstico diferencial.

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Abscesso periodontal
O abscesso periodontal é o terceiro processo infeccioso
agudo mais frequente dentre as urgências odontológicas,
destruindo rapidamente os tecidos periodontais, podendo
interferir no prognóstico do dente envolvido, além de
apresentar a possibilidade de disseminação da infecção.

Abscesso pericoronário ocorre quando o dente está


nascendo ou nasceu parcialmente e a gengiva ainda está
cobrindo parte dele. Se acontecer uma contaminação ali,
pode haver o surgimento de um abscesso.

Um abscesso dentário em estágio avançado também pode


evoluir para osteomielite. A osteomielite é uma infecção no
osso causada pela bactéria que se encontra presente no
abscesso dentário e que se espalha através da corrente
sanguínea. Entre os sintomas deste problema estão:

-Náusea
-Vômito
-Febre
-Calafrios
-Diarreia.

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NECROSE PULPAR
A necrose pulpar é uma categoria de diagnóstico clínico que
indica a morte da polpa dentária. O tratamento do dente
envolvido requer uma necropulpectomia ou exodontia. A
polpa não responde aos testes de vitalidade e é assintomático.
A necrose pulpar é uma categoria de
diagnóstico clínico que indica a morte da
polpa dentária. O tratamento do dente
envolvido requer uma necropulpectomia
ou exodontia. A polpa não responde aos
testes de vitalidade e é assintomático.
.A necrose pulpar por si só não causa periodontite apical (por
exemplo, dor à percussão ou evidência radiográfica de
ruptura óssea), a menos que o sistema de canal esteja
infectado. Alguns dentes podem não responder aos testes de
vitalidade por causa da calcificação ou histórico recente de
trauma. Além disso, pode ser simplesmente porque o dente
não responde. Em muitos casos, há uma alteração na
coloração da coroa do dente envolvido, especialmente nos
dentes anteriores. Após a abertura da câmara pulpar há a
exalação de mal cheio devido à formação de gases no interior
do sistema de canais radiculares.
Necropulpectomia: é o tratamento de canal em dentes com a
polpa morta. Consiste na remoção da polpa necrosada , assim
como a remoção de bactérias do interior do canal radicular.
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CAPEAMENTO PULPAR
O capeamento pulpar indireto (CPI) é um tratamento
conservador realizado na tentativa de ma- nutenção da
integridade e vitalidade pulpar. Consiste na manutenção do
tecido cariado afetado no fundo de uma cavidade profunda
visando evitar uma possível exposição pulpar.
-Remoção do tecido cariado; -Forramento com cimento hidróxido
-Isolamento absoluto; de cálcio;
-Secagem com bolinha de -Base protetora de ionômero de vidro;
-Restauração com resina composta;
algodão estéril;

O capeamento pulpar direto consiste na colocação de um


fármaco diretamente sobre a exposição pulpar na tentativa de
permitir a cicatrização da polpa e consequente formação de
tecido dentinário. É utilizado quando há o incidente da
exposição pulpar durante a remoção do tecido cariado ou
após trauma. Nesse caso a polpa deve se encontrar sadia, sem
sinais de inflamação
-Remoção do tecido cariado e isolamento absoluto;
-Irrigação e aspiração com solução fisiológica;
-Secagem com bolinha de algodão estéril;
-Acomodação com hidróxido de cálcio PA e soro no ponto de
exposição;
-Forramento com cimento hidróxido de cálcio e base protetora de
ionômero de vidro;
-Restauração;
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PULPECTOMIA X PULPECTOMIA
A pulpectomia envolve a remoção completa do tecido pulpar
de um dente como o primeiro passo no tratamento de canal.
Esse procedimento é que se trata da remoção da polpa
dentária infectada ou doente. O objetivo do tratamento é
salvar o dente para que ele não tenha que ser extraído. A
pulpectomia é semelhante a um tratamento de canal e, na
verdade, costuma fazer parte das etapas desse tratamento.

A pulpotomia está indicada quando a remoção de tecido


cariado resulta em exposição pulpar em um dente decíduo
com polpa saudável ou com pulpite reversível. Além disso, é
recomendada também após uma exposição pulpar por trauma
Inicialmente podemos irrigar a câmara pulpar com aguá de
hidróxido de cálcio ou soro fisiológico. O controle do
sangramento é realizado com bolinhas de algodão estéreis
sempre umedecidas em Otosporin (solução
corticóide/antibiótico) ou em soro fisiológico, durante 10
minutos.
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RETRATAEMNTO ENDODÔNTICO
O retratamento endodôntico é conceituado como uma
técnica de intervenção que visa extrair uma obturação do
canal radicular, comumente defeituosa, que é seguida da
execução de uma nova terapia.

Quando realizar?
1. Na radiografia indicar obturação inadequada de pelo
menos um canal radicular. A substituição de restauração,
com ou sem retentor intrarradicular, em um dente com
obturação inadequada, pode ocasionar a comunicação
do canal radicular com o meio bucal. Isso contamina o
canal e favorece condições para o surgimento de
manifestação clínica e/ou radiográfica em dentes que
antes se mostravam como sucesso.
2. Ao exame clínico, apresentar exposição do material
obturador à cavidade bucal por um longo intervalo de
tempo. Estudos recomendam o retratamento quando esse
período for de 3 meses ou mais.
3. Ao exame clínico, o dente com endodontia indicar:
persistência de sintomas objetivos; desconforto à
percussão e à palpação; fístula ou edema; mobilidade;
impossibilidade de mastigação.
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4. Ao exame radiográfico o dente apresentar: rarefação
óssea periapical que antes não existia; aumento do espaço
do ligamento periodontal (maior que 2 mm); ausência de
reparo ósseo; não formação de nova lâmina dura; indício
de progressão de uma reabsorção radicular
5. Há inadequação na instrumentação ou obturação de
canais que serão submetidos à cirurgia parendodôntica. A
obturação retrógrada, por si só, realizada em dentes
insatisfatoriamente obturados, não é fator de sucesso.

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FASES CIRÚRGICAS
As intervenções cirúrgicas são divididas em quatro fases:
diérese, hemostasia, exérese e síntese.

Diérese (Dividir, cortar, separar)


Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar
a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície),
é o rompimento da continuidade dos tecidos.

Pode ser classificada em: Mecânica (instrumentos cortantes) e


Física (recursos especiais);

Mecânica
Punção – Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos
de tecidos, (agulhas, trocaters)
Secção – Dividir ou cortar tecidos com uso de material
cortante (bisturi, tesouras, lâminas) = Segmentação de tecidos
Divulsão – Afastamento dos tecidos nos planos anatômicos
sem cortá-los (afastadores, tesouras com ponta romba)

Curetagem – Raspagem da superfície do órgão (cureta)


Dilatação – Processo para se aumentar o diâmetro de
estruturas físicas anatômicas (dilatadores específicos)
Descolamento – Separação dos tecidos de um espaço
anatômico (pinças descoladoras, descoladores específicos)
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Física
Térmica – Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia
elétrica (bisturi elétrico)

Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser


realizada a cirurgia (nitrogênio líquido)

Laser – realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas


luminosas de raios infravermelhos concentrados e de alta
potência. Há vários sistemas laser, mas, o mais utilizado na
cirurgia é o laser de CO2, que pode ser facilmente absorvido
pela água existente no tecido humano.

HEMOSTASIA: (hemo=sangue; stasis=deter)


Processo pelo qual se previne, detém ou impede o
sangramento. Pode ser feito por meio de:

Pinçamento de vasos; Ligadura de vasos; Eletrocoagulação 


Compressão;

Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória:


Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais Cirúrgica
= interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a
ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea
(garrote pneumático, faixa de smarch)

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Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção
cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo
de sangue no local da cirurgia (compressão por
instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de
hemostáticos.

Exérese ou Cirurgia propriamente dita


Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente é realizado
o tratamento cirúrgico - momento em que o cirurgião realiza
a intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando
o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência,
reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais
fisiológica possível.

Síntese cirúrgica (junção, união)


Aproximar ou coaptar bordas de uma
lesão, com a finalidade de estabelecer a
contigüidade do processo de
cicatrização, é a união dos tecidos. O
resultado da síntese será mais fisiológico
quanto mais anatômica for a dierese
(separação).
O processo mais comum de síntese é a
sutura
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FÓRCEPS
Os mais usados são:

Fórceps 150 – Incisivos, caninos e pré-molares superiores;


Fórceps 18R – Molares superiores do lado direito
Fórceps 18L – Molares superiores do lado esquerdo
Fórceps 151 – Incisivos, caninos e pré-molares inferiores
Fórceps 17 – Molares inferiores
Fórceps 16 – Molares inferiores com extensa destruição
coronária.

Movimentação
Para evitar a ocorrência de acidentes durante a realização de
uma exodontia, deve-se respeitar a seguinte sequência de
movimentos de um fórceps, visando também otimizar seu uso:

Intrusão − lateralidade − rotação − tração.

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ELEVADOR OU ALAVANCA
a função da alavanca odontológica é ajudar durante um
procedimento de extração dentária.

Tipos:

Reta: possui uma lâmina com superfície côncava de um dos


lados para ser utilizada como uma calçadeira de sapatos;

Triangular: possui um formato de bandeira e é fornecida em


par, sendo mais utilizada quando a raiz fraturada fica no
alvéolo dentário e o alvéolo adjacente se encontra vazio;
Seldin: mais indicada para auxílio em cirurgias de extração
dentária;

Heidbrink: o seu uso é feito para auxiliar o deslocamento dos


ossos durante cirurgias;

Apexo: possui a mesma função que a alavanca Heidbrink, mas


a diferença fica em seu formato, que é mais achatado e sem
curvas;

Potts: um terceiro tipo de instrumento que auxilia no


deslocamento de ossos. Seu formato é semelhante aos outros;
Apical: um tipo de alavanca utilizada para remover raízes
dentárias após a extração;
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Crane: versão mais robusta da alavanca apical, servindo para
elevar o alvéolo dentário à raiz que sofreu uma fratura.

Cuidados:

A forma de uso é sempre a mesma: facilitar o andamento da


extração de acordo com o que cada alavanca pode realizar.
Porém, é necessário que o dentista tome alguns cuidados,
como:

1. Não usar dentes adjacentes como apoio para a alavanca;


2. Sempre aplicar a força na direção mesial ou distal da raiz
que será retirada;
3. Não fazer uso das corticais palatinas ou linguais como
suporte.

ALVEOLÓTOMO
É utilizada geralmente para cirurgias de remoção e
modelação do osso;

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LIMA PARA OSSO
É utilizada para remodelar o osso.

CURETA LUCAS
Utilizado para limpar o alvéolo pós extração.

AFASTADOR DE MINESSOTA
Utilizado para afastar o lábio e bochecha durante
procedimentos cirúrgicos odontológicos.

PORTA AGULHA
É utilizado como instrumental auxiliar
facilitador de fixação (segurar) a agulha
durante a sutura (fechamento da ferida
cirúrgica) nos mais variados tipos de
cirurgias.

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TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
Radiografia periapical
A radiografia periapical ou RX periapical é um exame que é
utilizado para observar radiograficamente a anatomia de um ou
mais dentes (desde a coroa até ao término da raiz), bem como as
estruturas anatómicas contíguas, isto é, que estão à volta dos
dentes. Esta radiografia pode ser utilizada para efetuar o estudo
de qualquer um dos dentes (molares, pré-molares, incisivos e
caninos), tanto na arcada dentária superior como na inferior.

Radiografia interproximal
A radiografia interproximal é um exame semelhante ao RX
periapical, todavia ainda mais restrita. Pretende observar apenas
as coroas de alguns dentes superiores e inferiores numa única
imagem, sobretudo os posteriores e a crista óssea vizinha ao
dente (topo do osso localizado entre os dentes).
Este tipo de radiografia é frequentemente executada visando a
deteção de cáries interproximais, ou seja, cáries existentes entre
os dentes, que normalmente são mais difíceis de diagnosticar
durante o exame clínico para despiste de cáries.

Radiografia oclusal
A radiografia oclusal é também, à semelhança das anteriores, um
tipo de radiografia intraoral, sendo a película radiográfica, no seu
caso, colocada entre os dentes do maxilar superior e os do
inferior, como se o paciente a estivesse a “morder”.
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CLASSIFICAÇÃO DE BLACK
A classificação das cavidades de BLACK é um tipo de
classificação usada para determinar os tipos de cavidade,
para facilitar o processo do preparo cavitário. Nesse sistema
existem dois tipos de cavidades: as artificiais e as etiológicas.

Divide-se em;

Classe I: as cavidades são produzidas em regiões em que há


fissuras.
Classe II: são as cavidades produzidas em lugares que envolvem
as faces proximais dos dentes anteriores.
Classe III: são as cavidades que envolvem as proximais de dentes
anteriores, porém sem que haja o comprometimento do ângulo
incisal
Classe IV: são as cavidades que envolvem as proximais de dentes
anteriores, mas com o envolvimento do ângulo incisal.
Classe V: são cavidades presentes no terço cervical das faces
linguais ou vestibulares, em qualquer um dos dentes.

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PREPARO CAVITÁRIO
O preparo cavitário é um tratamento biomecânico da cárie e
de outras lesões. Essa técnica é aplicada para que o dente
receba a restauração, voltando a ter a forma e função
adequados.
Finalidades do preparo cavitário
Eliminar todos os vestígios do tecido patológico
(adoecido/infectado);
Criar uma cavidade com formas que permitam ao dente
receber e segurar o material da restauração, além de
garantir que as margens vão até os locais “imunes” a cárie;
Preservar a vitalidade da pulpar.

Limpeza da cavidade
Um dos últimos passos do preparo cavitário é a limpeza
cavitária. É ela quem retira todo o resto de sangue, bactérias,
colágeno, saliva, fragmentos de esmalte, dentina e cemento
deixados após a abertura da cavidade.

Os agentes não desmineralizantes podem ser divididos em três


tipos:
-Germicidas;
-Detersivos;
-Alcalinizantes.

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Agentes desmineralizantes

Os agentes desmineralizantes são os ácidos. Separamos


alguns tipos de ácidos usados::
Ácido bórico 50%;
Ácido cítrico 50%;
EDTA 15%;
Ácido polimaleico 15%.
Materiais forradores
-Fluidos
- Aplicados em pequena espessura - Sela túbulos dentinários
- Ação antibacteriana

Hidróxido de Cálcio

- Bactericida e bacteriostático
- pH alcalino (11-13)
- Indução de neoformação dentinária
- Protege a polpa de estímulos térmicos e agentes tóxicos de
materiais restauradores
- Baixa resistência a compressão

Indicação:
- Proteção pulpar em cavidades muito profundas -
capeamento pulpar indireto
- Exposição pulpar – capeamento pulpar direto

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Verniz Cavitário
-Solução composta de resinas naturais ou sintéticas
dissolvidas em solventes (éter, clorofórmio ou acetona)
Indicações;
- Prevenir a microinfiltração do amalgama
- Proteger a polpa de invasão bacteriana
- Prevenir a descoloração do dente
- Proteger a polpa de traumas químicos

Sistemas adesivos
- Resinas fluidas que servem para unir resinas odontológicas
viscosas aos tecidos dentários
- Fornecem união das resinas
ao dente
- Selamento dos túbulos dentinários

Condicionamento ácido
-Com ácido fosfórico a 37% para proporcionar retenção
efetiva do material selador, durante 15 a 30 segundos.

-Sem ele, há diminuição da união mecânica, levando a


infiltração e progressão da lesão

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Verniz Cavitário
Tem como objetivo:
- Limpar o esmalte
- Remover ou modificar a Smear Layer
- Aumentar a rugosidade do esmalte pela remoção de cristais
prismáticos
Aumentar a energia livre de superfície do esmalte para
produzir infiltração do monômero
- Aumenta a porosidade tubular da dentina para permitir a
infiltração do monômero
- Ácido utilizado: Ácido fosfórico a 37%

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"O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis"
-José de Alencar

Jeovanna Nunes
Odontologia

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