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Periodontia I e II

CARRANZA Jr., F.A.; NEWMAN M.G.; TAKEI H.H. Periodontia Clínica, 12ª ed., Tradução
Andrea Favano, Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Periodonto – Estrutura dinâmica que fornece suporte para manter os dentes em função.

Composição: Gengiva, Ligamento Periodontal, Osso Alveolar e Cemento.

o Mucosa Oral – Formada pela Gengiva e o revestimento do palato duro, dorso da língua
(Mucosa especializada) e mucosa do restante da cavidade oral (Cavidade bucal inteira)

Periodonto pode ser dividido em 2 tipos:

1. Periodonto de Proteção: Composto de Gengiva Livre, Gengiva Inserida e Gengiva


Papilar/Interproximal/Interdental.
2. Periodonto de Suporte/Sustentação: Cemento Radicular, Ligamento Periodontal e
Tecido ósseo alveolar.

 Gengiva: Faz parte da mucosa oral e recobre processos alveolares, circulado o colo dos dentes.
É dividida em:
o Gengiva Marginal/Livre – é contornada e abraça a cervical do dente, é onde
encontramos o sulco gengival; o tamanho do suco gengival equivale ao tamanho do
comprimento da gengiva livre, medindo cerca de 1 mm, podendo ser separada
facilmente do dente com uma sonda (frouxa). O aspecto normal é caracterizado por cor
rósea, lisa, sem brilho e não aderida ao dente.
 Zênite gengival - Ponto mais apical do arco côncavo da gengiva marginal.
o Sulco Gengival – É o espaço ou fenda ao redor dos dentes, delimitado pelo dente de um
lado e pelo epitélio que reveste a gengiva livre do outro, em forma de “V”, onde é
medido a profundidade de sulco com sonda periodontal, possuindo parâmetro normal
quando até 3mm.
 Sulco Histológico: distância da margem gengival até a porção mais coronária do
epitélio juncional. Tamanho: 0,69mm. Preparos para prótese podem chegar no
máximo até aqui.
 Sulco Clínico: determinado pela sonda periodontal, distância da margem
gengival até a profundidade de penetração da sonda periodontal.
o Gengiva Inserida – Contínua a gengiva marginal, mais firme, resiliente e aderida ao
periósteo osso alveolar adjacente. Quando esta sadia tem aspecto de casca de laranja,
coloração rósea e textura firme. Estende-se da ranhura gengival até a linha muco
gengival.
o Gengiva Interproximal – Ocupa a ameia gengival, ou seja, área Interproximal, abaixo do
ponto de contato, podendo ter duas formas, piramidal ou COL (Formando uma
depressão que liga a papila lingual e vestibular)

Epitélio Gengival é composto por:

o Epitélio Externo – Cobre a crista e a superfícies da gengiva livre e gengiva inserida,


possuindo 0,2 a 0,3 mm de espessura.
o Epitélio Sulcular – Recobre o sulco gengival
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o Epitélio Juncional – Basicamente une a gengiva ao dente. Formado por epitélio
escamoso, 3 camadas de espessura, chegando de 10 a 20 conforme aumenta a idade.
Seu comprimento varia de 0,25 a 1,35 mm.

 Principal Função: Proteger as estruturas profundas, tanto como barreira física a


infecção, quanto na defesa imune contra as bactérias.

Espaço Biológico – Espaço biológico é o espaço virtual existente na vertente interna do


periodonto de proteção, compreendido entre o pico gengival e a crista óssea alveolar. Seu
comprimento é de cerca de 3 mm. Formado pelo epitélio sulcular, pelo epitélio juncional e pela
inserção conjuntiva.

As consequências quando ocorre a invasão do espaço biológico são: Inflamação na região,


sensibilidade gengival e dental, retração gengival, formação de bolsa periodontal.

Distância Biológica - É uma zona de tecidos que constituem as estruturas acima da crista óssea
terminando com a margem gengival livre. Essa distância é de aproximadamente 2,04 mm devido
a variação do sulco marginal. Formado desde o pico da crista óssea até a base do sulco gengival.

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 Ligamento Periodontal – Composto por tecido conjuntivo rico em vascularização (Fibras
Colágenas) e com muitas células (fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, osteoclastos,
células nervosas, células mesenquimais indiferenciadas), que circulam a raiz e liga-se à parede
interna do osso alveolar. Possui cerca de 0,2 mm de largura, diminuído em dentes sem função e
inclusos, com efeito contrário em dentes sujeitos a hiperfunção.
o Fibras Periodontais – As fibras principais se inserem no cemento e no osso alveolar,
dispostas em feixes com curso ondulado. São organizadas em 6 grupos:
 Transeptal – Estendem-se interproximalmente sobre a crista alveolar, não
possuem inserção óssea, inserem-se no cemento dos adjacentes, dá suporte a
papila.
 Crista Alveolar – Estendem-se obliquamente do cemento até a cristal alveolar.
 Horizontal – Estendem-se perpendicularmente ao longo eixo do dente, indo do
cemento ao osso alveolar.
 Oblíqua – Do cemento em direção coronal, obliquas até o osso, são o maior
grupo de fibras e suportam forças verticais de mastigação
 Apical – Localizadas no fundo do alvéolo, de forma irregular irradiando do
cemento ao osso alveolar.
 Interradicular – Em forma de Leque, irradiam do cemento a furca dos
multirradiculares.

 Função Física:
o Formar invólucro de tecido mole para proteger vasos e nervos de danos
mecânicos
o Transmitir forças oclusais para o osso
o Unir dente e osso
o Suporte e fixação do dente
 Função Formativa e Remodeladora:
o Reparação de células envelhecidas, renovação e remodelação de acordo
com a absorção óssea.
 Função Nutricional e Sensorial:
o Fornece nutrientes para o cemento, através da rica vascularização. Também
possui a função de transmitir sensores táteis através das fibras nervosas

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sensoriais, de pressão e de dor, através do nervo trigêmeo. Também tem a
capacidade de rápida adaptação a mudanças funcionais, mantendo sua
espessura em dimensões constantes.

 Osso Alveolar – Dividido em 2 partes


o Osso Compacto: Lâmina dura e Cortical
o Osso Esponjoso: Medula Óssea

Localizado 2 a 3 mm abaixo da JCE (Junção Cemento-Esmalte) com espessura maior na região


posterior.

 Função: Ancoragem do ligamento periodontal e processo de


reabsorção/remodelação do processo alveolar após perda dental, formando o
rebordo ósseo.

Células do tecido ósseo: Osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.

Defeitos Ósseos Fisiológicos:

o a. Deiscência: Perda de tecido ósseo a margem óssea, descontinuidade, causando exposição


radicular.
o b. Fenestração: Janela causada por perda óssea, porem abaixo da margem, a qual é mantida
intacta.

 Cemento – Tecido calcificado, avascular, não inervado, que faz o recobrimento exterior da raiz
(Dentina radicular). São divididos em cemento acelular (Primário – Mais calcificado) e cemento
celular (Secundário), onde 90% de sua formação é colágeno. Possui bem menos hidroxiapatita
em sua composição, comparado com osso, esmalte ou dentina.
O conteúdo inorgânico do cemento é de 45 a 50% de Hidroxiapatita.
É formado pela célula chamada cementoblastos.

Funções:
o Ancoragem do dente no alvéolo, através da inserção das fibras de Sharpey;
o Reparar fraturas radiculares simples com novas deposições;
o Selar canais pulpares e proteger os túbulos dentinários;
o Reinserção de novas fibras periodontais.

Classificação:

o Cemento Acelular Afibrilar -> Próximo a cervical


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o Cemento Acelular com Fibras Extrínsecas -> Cervical estendendo-se para o ápice
o Cemento Celular Misto Estratificado -> Terço apical e áreas de furca
o Cemento Celular de Fibras Intrínsecas -> Preenche lacunas de reabsorção
o Cemento Intermediário –> Junção cemento dentinária

 Permeabilidade – Tanto acelular quanto celular são bastante permeáveis,


diminuindo com a idade.
 Junção Amelocementária - Interfere no processo de raspagem e alisamento
radicular, onde 60 a 65% dos casos o cemento sobrepõe o esmalte. Em 30% dos
casos se juntam topo a topo. E em apenas 5% das situações o cemento não
encontra o esmalte, tornando assim a dentina exposta com o processo de
raspagem, apresentando sensibilidade na região
 Junção Cementodentinária – Região onde o cemento se junta com a dentina
interna do canal radicular
 Espessura do Cemento – A formação do cemento é mais rápida no ápice dos
dentes, devido a necessidade de compensar o desgaste ocorrido devido ao
atrito recebido pelas forças mastigatórias. Sua espessura varia de 16 a 60 µm na
metade coronal da raiz, e entre 150 e 200 µm no terço apical e furca. Na distal
o cemento é mais espesso que na mesial. Sua espessura pode multiplicar em
até 3x no decorrer da vida.
 Hipercementose – Refere-se ao espessamento excessivo do cemento,
relacionado a idade, localizado ou generalizado.
 Localizada: Em forma de espiculas, pode ser causado por força
ortodôntica excessiva ou forças oclusais.
 Generalizada: Geralmente associada a portadores da doença
de Paget, artrite, calcinose, febre reumática e bócio.
 Reabsorção e Reparação Cementária – Dentre as principais causas de
reabsorção, está o trauma oclusal, movimentação ortodôntica, pressão dos
dentes mal alinhados, cistos e tumores, dentes inclusos, reimplantados e
transplantados, doenças periapicais e periodontais. Ainda pode associar-se a
hipertireoidismo, deficiência de cálcio e doença de Paget.
 Anquilose – Trata-se da fusão do cemento no osso alveolar, resultado
da reabsorção da raiz e sua substituição gradual por tecido ósseo. Passa
a ter um som metálico a percussão e não apresenta mais mobilidade
fisiológica.

 Tecidos Periimplantares

 São os tecidos que envolvem o implante, os quais são compostos de tecido duro, osso
lamelar e medular, e o tecido mole (Mucosa periimplantar, que é formada após a
instalação do implante ou após a reabertura do implante para instalação de pilar).
 Em implantes, o osso se liga diretamente ao implante, ou seja, Não existirá Ligamento
Periodontal.
 Tecido periimplantar também possui sulco.
 A sondagem deve ser realizada com sonda Milimetrada de pontas em resina.
 Quando o tecido estiver saudável, não deve ocorrer sangramento.

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 Etiologia de Doenças Periodontais

Principal causador: Biofilme dental, definido como uma comunidade de microbiana organizada,
não mineralizada, envolvida em uma matriz extracelular e com presença de canais de fluido.

Formação:

 Absorção Molecular –> Formação de película adquirida


 Colonização Inicial –> Chegada dos primeiros microrganismos
o Bactérias: Streptococos ssp. e Actinomyces ssp.
 Multiplicação –> Aumento do nº de bactérias
 Colonização Secundária –> Co-agregação em grupos de mesma espécie, e
interação de bactérias e microrganismos.

Biofilme Supragengival (acima da gengiva): composto por um agregado de bactérias,


circundados por uma matriz de polissacarídeos e glicoproteínas produzidas pelas bactérias.

Biofilme Subgengival: apicais à margem gengival. Composta por uma massa de bactérias
altamente organizada e mais patogênica.

Placa Dental: É um depósito de biofilme extremamente pegajoso, incolor ou amarelo-pálido


formado regularmente sobre os dentes. As bactérias que compõem a placa produzem ácidos
que atacam o esmalte dos dentes, desmineralizando-os. Se não removida a tempo, pode causar
danos irreparáveis.

Cálculo Dental - É um depósito de cor amarela ou marrom que se forma quando a placa se
mineraliza sobre o dente. Pessoas com idade mais avançada tem mais propensão de formal
cálculo nos dentes.

 Mecanismos de defesa natural do organismo


1. Saliva
2. Epitélio Oral, do Sulco e Juncional
3. Fluido do sulco Gengival
4. Tecido Conjuntivo
5. Microcirculação

Resposta do indivíduo: Inata (Age independentemente do tipo de hospedeiro) e


Adaptativa/Imune (Sistema reconhece e age especificamente em cada patógeno).

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 Principais bactérias responsáveis pelas doenças periodontais:
 P. Gengivalis
 T. Forsythensis
 T. Denticola

Características de tecidos gengivais clinicamente saudáveis:

 Aspecto Róseo
 Sem edema
 Desinflamado
 Tecido bem preso ao dente
 Sangramento mínimo a sondagem
 Sem bolsas

Fatores de risco para a evolução da doença periodontal

 Bactérias específicas: P. Gengivalis, T. Forsythensis, T. Denticola


 Fatores que facilitam a retenção de placa (Cálculo, Restaurações...)
 Características anatômicas (Projeção de esmalte, sulcos radiculares...)
 Trauma de oclusão
 Diabetes Mellitus
 Infecções Pulpares levando a lesões endo-pério.
 Sistêmicos (Aids, Estresse, Dieta, Fatores Genéticos, Osteoporose, medicamentos...)
 Idade (Idosos)
 Fumo
 Sexo (Masculino mais prevalente)
 Fator Socioeconômico
 Má nutrição

 Doenças Sistêmicas vinculadas a Doenças Periodontais


 Doenças Cardiovasculares
 Controle Glicêmico
 Parto Prematuro
 Doenças Pulmonares

 Parâmetros a serem avaliados no “Exame Clinico”


 Índice de placa
 Índice de sangramento gengival
 Profundidade de Sondagem
Obs.: Uma profundidade de sondagem considerada normal é de 0 a 2mm, e
até 4mm nas áreas interproximais.
 Posicionamento da margem gengival
 Retração Gengival: Margem da gengiva abaixo da junção Cemento - Esmalte
 Aumento Gengival: Margem da gengiva acima da junção Cemento – Esmalte
 Nível de inserção periodontal: Distancia da junção cemento – esmalte até à base
do sulco gengival.
Obs.: Em casos de retração gengival, o nível de inserção é obtido pela soma da
Profundidade de sondagem + Retração Gengival
 Mobilidade dental

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 Lesão de Furca

 Parâmetros a serem avaliados no “Exame Radiográfico”


 Tipo de reabsorção óssea Interproximal;
 Presença de defeitos ósseos interproximais;
 Características das raízes;
 Quantidade de inserção das raízes em tecido ósseo;
 Qualidade de tratamento endodôntico ao tecido ósseo.

 Gengivite Associada a Fatores Locais:


 Anormalidades dentária – Pérolas de Esmalte
 Restaurações dentárias – Margens mal adaptadas com invasão de espaço
biológico
 Fratura Radicular
 Reabsorção Radicular Cervical

 Gengivite Associada a Fatores Endócrinos:


 Gravidez - progesterona - puberdade – estradiol, testosterona
 Ciclo menstrual – aumento fluido gengival

 Doenças Gengivais Induzidas Por Drogas (Hiperplasia Gengival Medicamentosa):


 Anticonvulsivantes
 Imunossupressores

 Doenças Gengivais Não Induzidas Por Placa Bacteriana:


 Com origem bacteriana específica (Neisseria gonorrhea, Treponena pallidum)
 Com origem viral (ex: herpes-vírus, varicela- zoster)
 Com origem fúngica (ex: candidíases)

Doença Gengival mais comum: Gengivite associada à formação de placa dental.

o Gengivite: É uma inflamação do tecido gengival que circunda o dente (gengiva),


causada principalmente pelo acúmulo de placa. Se não tratado a tempo, a gengivite
pode evoluir e passar a ser uma forma mais crônica de doença periodontal,
conhecida como periodontite, uma das principais causas da perda de dentes nos
adultos. Outras causas associadas a doença, são: mudanças hormonais, doenças, o
cigarro, uso de alguns medicamentos, maus hábitos de escovação e predisposição
genética.
 Sintomas: Gengiva vermelha, inchada e sensível que pode sangrar durante
a escovação. Não possui perda de inserção

o Periodontite: É a inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos
dentes, gerada pela evolução da gengivite (Não tratada ou adiada), passando da
gengiva para os ligamentos e ossos que dão suporte, proporcionando aumento da
profundidade de sondagem, retração. Nessa fase já existe perda de inserção, o que
faz com que os dentes tenham mobilidade e até acabem caindo.

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 Fatores de Risco: Gengivite, fumo, diabetes, HIV, medicamentos,
desnutrição, uso de drogas, predisposição genética, sistemas com baixa
imunidade...
 Sintomas: Mau hálito, Gengivas com aspecto avermelhado e brilhante,
sangramento fácil, sensíveis ao toque, dentes soltos, gengivas inchadas,
Perda de inserção em regiões de furca, perda de tecidos de suporte, visível
em radiologias, mobilidade

Pode ser dividida em 3 tipos:

 Periodontite Crônica: Acúmulo de placas e cálculo, com progressão


lente a moderada
 Periodontite Agressiva: Início precoce, em jovens, com disposição
genética hereditária, e progressão muito mais rápida que a crônica.

Classificação Quanto a Severidade:

 Leve - Perda clínica de inserção de 3 mm;


 Moderada - Perda clínica de inserção de 5 mm;
 Severa - Perda clínica de inserção ≥ 7 mm;
 Complicada - Presença de defeitos infra-ósseos, reabsorção óssea
vertical, lesões de furca;

 Periodontite com Manifestação de Doença Sistêmica: Portadores de


síndromes, distúrbios hematológicos e genéticos.

 Periodontite Crônica

Prevalência em idosos, com quantidade de destruição relacionada a fatores locais,


calculo supra e subgengival, podendo ser agravado por HIV, diabetes...

 LOCALIZADA – menos de 30% sítios envolvidos


 GENERALIZADA – mais de 30% de sítios envolvidos

 Prevalência
 Periodontite crônica - 35 a 60 %
 Periodontite severa – 10 a 15%
 Periodontite agressiva-0,1 a 1 %

 Abscesso Gengival
 Infecção purulenta localizada que envolve gengiva marginal e papila interdental
(Área de sulco). Expansão rápida, dolorosa e irradiada. Sem perda de inserção.
 Estágio inicial: Aumento de volume, dor, pus, superfície lisa e brilhante.
 24-48h: Lesão localizada, inicia drenagem via sulco, rompimento
espontâneo.
 Tratamento: Drenagem via Sulco, Remoção de corpo estranho,
curetagem/Raspagem, controle químico do biofilme.

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 Abscesso Periodontal
 Inflamação purulenta localizada dos tecidos periodontais. Também é conhecido
como abscesso periodontal lateral ou abscesso parietal. Sempre a presença de
bolsas periodontais, presença de reabsorção óssea e perda de inserção. Pode
existir fistulas, mobilidade.
 As principais causas são: Presença de corpos estranhos, raspagens traumáticas,
jato de bicarbonato inadequado, raspagem incompleta, antibiótico sistêmico,
envolvimento de furca, diabetes. 50% ocorrem em dentes molares.
 Abscessos agudos: são dolorosos, causando edema e elevações
vermelhas, brilhantes e ovoides na margem gengival ou na gengiva
inserida, sensíveis a palpação, pus a palpação.
 Abscessos crônicos: podem ser dolorosos e podem agudizar,
eventualmente, porém, geralmente assintomáticos ou sintomas leves.

Sintomas: Desconforto a dor severa, edema, vermelhidão, pus, bolsa periodontal,


mobilidade dental, extrusão dental.

Radiografias: Perda Óssea Consistente, achados não condizentes com abscesso


periodontal.

Tratamento de Urgência: Drenagem do pus, Remoção da Raiz, irrigação local, bochecho


com clorexidina.

Tratamento 24/48h: Tratamento periodontal e terapia de suporte.

Se houver envolvimento sistêmico: Amoxicilina 500mg, ou Amoxicilina + Ácido


Clavulânico ou Azitromicina.

 Abscesso Pericoronário
 Geralmente na região de 3º molares em tecidos gengivais de dentes em
erupção, gerando um capuz no dente parcialmente irrompido. Causado por
traumas na região, acumulo de restos alimentares e acumulo de biofilme.
 Sintomas: Dor irradiada para ouvido, assoalho da boca e garganta, vermelhidão,
trismo, pus, alteração na mordida.
 Tratamento: Drenagem, Remoção de Biofilme, Irrigação com clorexidina 0,12%,
Controle Químico. Amoxicilina 500mg ou Amoxicilina + Metronidazol (Flagyl).
Após, orientações de higiene, exodontia.

 Lesão Endo-Perio
 Lesão Periapical estendendo-se em direção ao periodonto marginal, reabsorção
óssea a partir do periodonto marginal.

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 Tratamento De Lesões Agudas
 Incisão e drenagem
 Raspagem e alisamento radicular
 Cirurgia periodontal
 Antibióticos sistêmicos
 Extração dentária

 Doenças Periodontais Necrosantes


 Gengivite ulcerativa necrosante (GUN) – Limitado a Gengiva
 Infecção Gengival Aguda, associada a diversos fatores, agravados por
estresse, fumo, câncer, aids, câncer, sífilis, deficiência nutricional,
fatores psicossomáticos...
 Sinais e sintomas clínicos: Dor intensa, necrose da papila gengival, odor,
aumento de salivação, presença de sangramento espontâneo, presença
de vermelhidão, febre, linfadenopatia submandibular e cervical,
extremamente sensíveis ao toque, gosto metálico.
 Tratamento: Instrumentação leve, irrigação com H2O2 3%, Bochecho
com clorexidina 0,12%. Se tiver problemas sistêmicos, associar
amoxicilina 500mg + Metronidazol 250mg.

 Periodontite ulcerativa necrosante (PUN) – Envolve tecido gengival, ligamento


periodontal e osso alveolar.
 Perda de inserção, pseudomembrana acinzentada, presença de perda
óssea Interproximal, dor, gosto metálico na boca, febre. Morte em 24
meses se não tratada.
 Tratamento: Remoção dos tecidos necróticos, irrigação,
antibioticoterapia, raspagem subgengival, orientação de higiene,
acompanhamento 3 em 3 meses.

 Bolsa Periodontal
 Bolsa Supraóssea: tecido inflamado acima do osso;
 Bolsa Infraóssea: componente inflamatório abaixo da crista óssea (perda
vertical, associado a traumas oclusais).

Classificação:

 Quanto a extensão:
 Baixo → até 10 sítios;
 Médio → de 10 a 20 sítios
 Alto → acima de 20 sítios

 Quanto a Severidade:
 Leve → 1 a 2mm;
 Moderada → de 3 a 4 mm
 Grave → Maior ou igual a 5 mm

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 Lesão de Furca
o Destruição dos tecidos de suporte, caracterizado pela reabsorção óssea e perda
de inserção no espaço interradicular, exclusiva de dentes multirradiculares.

 Quanto maior o tronco radicular, maior a perca de inserção e pior o prognostico.


 Quanto menor a divergência das raízes, mais difícil a raspagem e controle de placa
bacteriana.
o Testes clínicos: Sondagem, teste de vitalidade pulpar, teste de percussão,
mobilidade.
o Radiografias periapicais: Comprimento do tronco radicular, grau de divergência
das raízes, forma das raízes, quantidade de suporte remanescente.
o Origem: Periodontal (Bolsa por acumulo de placa na região), Endodôntica
(patologias pulpares), Oclusal (Contato Prematuro) e Combinada (Lesão endo-
pério)
o Tratamento: Prevenção, Terapia básica, Terapia cirúrgica se necessário.
Orientações de higiene, RAP, Remoção de fatores de retenção de placa,
eliminação de interferências oclusais.
 Grau I: OHB, RAP, Odontoplastia.
 Grau II e III: OSB, RAP, Odontoplastia e se os sinais inflamatórios
persistirem, complementação cirúrgica.
 Complementação cirúrgica: Exposição da furca através de
retalho, permitindo melhor controle da placa tanto pelo
paciente quanto pelo profissional. Em alguns casos amputação
radicular, tunelização e hemissecções.
 Grau III: Tunelização para melhor higienização e avaliar exodontia
através do recontorno da crista óssea.

Classificação:

 Classe I - perda óssea horizontal até 1/3 largura do dente.


 Classe II - perda óssea horizontal maior que 1/3 largura do dente, mas
que não ultrapassa totalmente a furca.
 Classe III - significativa perda horizontal com comunicação.

 Mobilidade Dental
o Deslocamento do elemento dental em 1 ou várias direções.

Classificação:

 Grau I - mobilidade no sentido horizontal = 1mm.

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 Grau II - mobilidade no sentido horizontal ≥ 1mm.
 Grau III - mobilidade no sentido horizontal e vertical, considerada perda
de função.

Instrumentação Periodontal

o Instrumentos Clínicos:
 Sondas periodontais
 Exploradores
 Instrumentos para raspagem e polimento
 Instrumentos sônicos e ultrassónicos

o Instrumentos Cirúrgicos:
 Gengivótomos
 Lâminas cirúrgicas,
 Alicate de cutícula,
 Descolador de periósteo,
 Cinzéis,
 Limas,
 Tesouras
 Pinças
 Porta-agulha

o Técnicas para um bom tratamento


 Acessibilidade – Posição ideal do CD e angulação da cadeira
 Visibilidade – Uso de espelhos e boa abertura de boca
 Boa iluminação
 Afastamento – Afastadores labiais para espaço de acesso
 Afiação dos Instrumentos – Mais facilidade, eficiência, precisão, evita
trauma
 Manutenção do campo limpo
 Estabilização do Instrumento – Pega correta do instrumento e apoio dos
dedos para os movimentos, forma de caneta modificada.
 Ativação do Instrumento
 Tipos de Apoio para os dedos

Intrabucais

 Convencional – na distal do dente a ser raspado


 Arcada Cruzada – na arcada paralela e na face oposta à
da raspagem
 Arcada Oposta – da arcada superior para raspar a
arcada inferior ou o contrario
 Dedo Sobre dedo - no dedo da mão auxiliar.

Extrabucais

 Palma para cima


 Palma para baixo

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Ângulos de Trabalho

Formado entre a face coronária da face ativa do instrumento, com a superfície


dental;
 0O introdução do instrumento na área subgengival;
 45O – 90O trabalho ideal, ângulo de corte em contato com a superfície
dental
 45O face em contato com a superfície dental;
 90O superfície lateral em contato com a superfície dental.

o Raspagem: Processo pelo qual o cálculo incrustado e porções de cemento são


removidos das raízes para produzir uma superfície lisa, dura e limpa

o Alisamento Radicular: Processo pelo qual o cálculo incrustado e porções de


cemento são removidos das raízes para produzir uma superfície lisa, dura e
limpa.

 Curetas Gracey: Lamina curva em 2 planos, 1 borda cortante, ângulo da superfície de


60O - 70O com a haste.
o 5/6 – Todas as faces dos anteriores
o 7/8 – Faces livres dos dentes posteriores
o 11/12 – Face mesial dos posteriores
o 13/14 – Face Distal dos posteriores
 Curetas Mc Call: 2 bordas cortantes, não pode ter acesso subgengival. Ângulo de 90o
com a haste
o 13/14 – Todas as faces livres dos anteriores
o 17/18 – Todas as faces livres dos posteriores

Aparelhos ultrassônicos devem ser usados na remoção de cálculos mais duros, porém evitado
em pacientes com marca-passo cardíaco, doenças infectocontagiosas, doenças respiratórias e
dentes com porcelanas e restaurações adesivas.

 Controle Químico de Placa Dental


o A principal forma de controle de placa e biofilme é mecânica, através dos
instrumentos citados acima, entre outros.
 Caseiro: Escovação, fio dental.
 Profissional: Profilaxia, Raspagem, Jatos.
o O controle químico é uma forma de complementar as adequações da limpeza
mecânica, prevenir cárie, reduzir a gengivite e combater a placa.

 Clorexidina
o Vantagens
 Agente com melhor efeito de combate a placa subgengival
 Ação de até 12h
 Não possui toxidade
 Não ocorre resistência
o Desvantagens

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 Escurece os dentes, mucosas e restaurações
 Amargo
 Erosão da Mucosa
 Altera Paladar
 Incha a glândula parótida

o Indicação
 Uso de curto e médio prazo
 Pré e Pós operatório
 Pacientes com bloqueio maxilar
 Usuários de aparelho ortodôntico
 Pacientes sistemicamente comprometidos
o Posologia
 Bochecho por 1 minuto, 2x/dia com gluconato de clorexidina 0,12%
 Óleos Essenciais
o Listerine - 5h efeito, queimação
o Triclosan (Plax) – 5h efeito, reduz 23 a 28% do acumulo de placa, uso antes da
escovação.
o Cepacol – 3h efeito, aumento da formação de cálculo, queimação

 Antimicrobianos locais
 Vantagens: Maior concentração na bolsa, menor risco de o paciente
não aderir ao tratamento, menor resistência antimicrobiana.
 Desvantagens: Dificuldade de atingir bactérias da furca e região apical,
dificuldade de acesso a algumas bolsas.
o Terapia caseira – Aplicação direto na bolsa periodontal (Clorexidina, Peroxido
Hidrogênio)
o Terapia profissional – Aplicação direto na bolsa periodontal (Clip de clorexidina
e fibra de tetraciclina 25%)

 Antimicrobianos Sistêmicos
o Absorvidos no trato gastrointestinal e distribuídos na corrente sanguínea.
 Vantagens: Elimina bactérias de furca, apical, bolsas, melhor acesso em
várias bolsas.
 Desvantagens: Risco de efeitos adversos sistêmicos, risco do paciente
não tomar, resistência dos patógenos.

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 Quando usar: Processos agudos (Pericoronarites, abcessos, doenças
periodontais necrosante, periodontite agressivas.
 Medicamentos usados:
 Penicilinas (Amoxilina 500mg – 1comp 8/8h, 7 dias)
 Tetraciclinas,
 Clindamicina (Dalacin C 300mg - 1comp 8/8h, 7 dias)
 Metronidazol (Associação Amoxilina + Metronidazol = 375 mg
amoxilina + 250 mg metronidazol – 1 comp 8/8h, 8 dias)

Plano de Tratamento Periodontal

Objetivos:

1. Remoção da causa da doença


2. Eliminação dos fatores etiológicos locais e sistêmicos.
3. Fechamento biológico das bolsas periodontais
4. Redução da mobilidade dentária.
5. Retorno dos aspectos de saúde gengival.
6. Cessar a perda de inserção conjuntiva.
7. Cessar a perda óssea.
8. Regeneração periodontal
9. Oclusão estável não traumatizante

Fases do tratamento

1. Emergências
2. Fase I – Terapia Inicial + Terapia Básica
3. Fase II – Terapia Cirúrgica
4. Fase III - Reabilitação
5. Fase IV – Terapia de Suporte Manutenção

Fase I – Dar condições para que o paciente tenha condições de controlar a placa bacteriana e
reduza a inflamação dos tecidos.

Terapia Inicial

a. Instruções de higiene bucal


b. Remoção de cálculos e placas supra
c. Remoção de áreas retentivas
d. Remoção de dentes condenados
e. Modificação de hábitos iatrogênicos

Terapia Básica

a. Raspagem
b. Alisamento

Fase II = Corrigir deformidades resultantes da doença e melhorar o sucesso nos casos de baixa
resposta da fase I.

Terapia Cirúrgica

a. Acesso para raspagem


b. Tratamento de lesões de furca
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c. Aumento de coroa clinica
d. Cirurgias pré-protéticas
e. Cirurgias Regenerativas
f. Cirurgia mucogengival

Fase III – Após o termino das 2 fases, iniciar se necessário a terapia reconstrutiva, com
restaurações, próteses e técnicas reconstrutivas.

Fase IV – Reavaliação para identificar evolução ou redução de melhora dos sítios infectados,
retratamento de regiões reinfectadas, remotivação do paciente, e determinar frequência das
próximas visitas ao dentista.

Protocolos de Tratamentos

 Gengivite Associada a Placa:


o Fase I – Terapia Inicial. A terapia Básica de raspagem e alisamento só será
indicada se houver cálculo subgengival.

 Periodontite Crônica, Agressiva e Manifestação de Doenças Sistêmicas


o Fase I + Fase IV – Terapia básica + Terapia inicial.
o Somente será necessário a Fase II se o sucesso da fase I tenha sido parcial.
o Fase IV – Acompanhamento da evolução

 Abcesso Gengival
o Não se inicia pela fase I, e sim pelos passos abaixo por se tratar de uma situação
aguda:
 Drenagem via sulco
 Remoção de elementos estranhos
 Curetagem
 Bochecho com água morna e sal ou Clorexidina 0,12%
 Controle químico da placa

 Abcesso Periodontal
o Da mesma forma que o abcesso gengival, primeiro trata-se da condição aguda:
 Drenagem via sulco
 Raspagem e alisamento radicular
 Cirurgia de acesso
 Bochecho com água morna e sal ou Clorexidina 0,12%
 Controle químico da placa
 Antibioticoterapia

 Abcesso Pericoronário
o Tratar em 2 fases: Fase Aguda e Fase Crônica
 Tratamento fase aguda:
 Descontaminação Delicada
 Curetagem
 Irrigação
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 Controle químico da placa
 Antibioticoterapia
 Tratamento fase crônica
 Remoção tecido Pericoronário
 Extração dental

 Gengivite Ulcerativa Necrosante


o Assim como nos abcessos, faz em 2 fases: Aguda e Crônica
 Tratamento fase aguda
 Descontaminação e Ultrassom
 Irrigação Subgengival com água oxigenada 10V e soro
fisiológico
 Bochecho com clorexidina 0,12% 4x/dia por 2 semanas.
 Tratamento fase crônica
 Intensificação do controle a placa, IHB, Instrumentação
 Se necessário, gengivectomia ou gengivoplastia
 Alguns casos, acompanhamento médica para complemento
nutricionais.

 Periodontite Ulcerativa Necrosante


 Tratamento fase aguda
 Remoção de pseudomembranas, placa bacteriana e tecido
necrosado com instrumentos manuais ou ultrassom.
 Controle de placa com Clorexidina 0,12%.
 Tratamento fase crônica
 Controle mecânico de placa (Escovação)
 Raspagem e alisamento radicular
 Correção Estética cirúrgica se necessário

 Periodontite Endo-Pério
o Dependerá do diagnóstico do dente:
 Para lesões endodônticas primárias e secundárias, faz-se o tratamento
endodôntico e aguarda o período de cicatrização, possivelmente já
ocorrerá a redução total da bolsa, se for parcial, realizar raspagem e
alisamento.
 Para lesões periodontais primária e secundária, realizar o tratamento
endodôntico e periodontal de raspagem, paralelos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Como é feita a profundidade de sondagem?

Realizada com a Sonda Milimetrada, inserida paralela ao longo eixo do dente,


medindo desde o epitélio oral do sulco até o epitélio juncional, iniciando da distal
para a mesial sem remover a sonda completamente do sulco

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O que é deiscência e o que é fenestração?

Deiscência são defeitos iniciados no sulco periimplantar

Fenestração são defeitos no ápice do implante

O que é área de COL?

É a região entre a papila lingual e vestibular de dentes pré-molares e molares,


formato de “U”, menos queratinizada e mais suscetível a inflamação.

Qual a delimitação de gengiva inserida?

Inserida ao periósteo e ao tecido dental. É a extensão da ranhura gengival até a


margem mucogengival.

Qual a delimitação de gengiva Livre?

Justaposto a superfície dental. Estende-se da margem gengival até a ranhura


gengival.

Qual a delimitação de espaço biológico?

Distância entre o pico da crista óssea e a base do sulco gengival, ou seja, do topo da
crista óssea até a porção mais coronária do epitélio juncional.

Diferencie Bolsa verdadeira de bolsa falsa.

Bolsa falsa é quando o sulco é aprofundado devido ao crescimento da gengiva

Bolsa verdadeira é quando existe destruição do tecido de suporte

O que é espaço biológico e suas distâncias?

É a distância do Epitélio juncional (0,97mm) + a inserção conjuntiva (1,04mm)

Qual a diferença entre distância biológica e espaço biológico?

Espaço biológica vai da crista óssea até a margem gengival (Inserção Conjuntiva +
Epitélio juncional + Sulco Gengival) e seu tamanho é de aproximadamente 3 mm
dependendo da variação do sulco marginal.

Já a Distância biológica não é composta do sulco gengival, ficando em torno de 2,04


mm.

Como redefinir o nível clinico de inserção? (NIC)

Distância da junção cemento-esmalte até o fundo do sulco ou bolsa, ou a recessão +


profundidade do sulco.

Cite 4 desvantagens do uso de ultrassom?

Evitar em pacientes que possuem marcapasso, doenças infectocontagiosas,


predisposição a doenças respiratórias, dentes com porcelana ou restauração
adesiva

Qual Raio x utilizado no diagnóstico de doença periodontal?

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Técnica do paralelismo de cone longo

O que analisamos no raio x? Cite 4 exemplos?

Presença de reabsorção óssea, espessamento do ligamento periodontal,


Reabsorções dentárias, Anatomia dentária, característica das raízes, qualidade do
tratamento endodôntico.

Como fazemos teste de mobilidade? Qual a classificação?

Utilizando 2 instrumentos rígidos, como cabo de espelho e pinça clínica, um na face


vestibular e outro na lingual/palatal.

Grau 1 – Mobilidade no sentido horizontal até 1mm

Grau 2 – Mobilidade no sentido horizontal maior que 1mm

Grau 3 – Mobilidade nos sentidos horizontal e vertical, considerado perca de função

Como fazemos exame de lesão de furca? Qual a classificação?

Utilizando a sonda de Nabers para sondagem

Grau 1 – Perda horizontal de tecido de suporte até 1/3 da largura do dente (Até 3
mm)

Grau 2 – Perda horizontal de tecido de suporte maior que 1/3, porém sem atravessar
de um lado para outro da furca.

Grau 3 – Perda de tecido de suporte onde a sonda atravessa toda a furca,


comunicação entre um lado e outro.

Qual os parâmetros clínicos que avaliamos para determinar uma doença periodontal?

Índice de placa dental presente, profundidade de sondagem, presença de bolsa ou


não, perda do nível de inserção e índice gengival

Classificação de APP?

Periodontite Crônica Localizada: Menos de 30% dos sítios envolvidos

Periodontite Crônica Generalizada: Mais de 30% dos sítios envolvidos

Quais Estruturas compõem o periodonto de sustentação?

Osso alveolar, ligamento periodontal, cemento radicular e tecido gengival.

Caso Clínico:
1. Paciente 17 anos, leucoderma, fumante, relata estar estressado pela separação dos pais,
ausência de alterações sistêmicas, dor e sangramento na gengiva.

Tratamento: Ultrassom para descontaminação, irrigação com agua oxigenada 10V


dissolvido em soro fisiológico 1:1 e prescrição e bochecho com clorexidina 0,12% por 2
semanas. Bochecho com chá de malva também ajuda.

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