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RESUMO DE PERIODONTIA I

Periodonto de Proteção – GENGIVA (marginal ou livre, inserida e interdental);

Aspectos da gengiva: cor rosa pálido, aspecto de laranja, sulco marginal de até 3 mm, formato
terminando em bizel.

Em pessoas de pele clara a gengiva pode apresenta cor rosa pálido, em pessoas de pele escura
pode apresentar manchas castanhas ou é de um uniforme castanho claro, com resultado de
melanina encontrado em algumas células epiteliais.

Gengiva – recobre osso alveolar e raiz dental (nível coronal, junção esmalte cemento), é vista como
uma barreira que impede a penetração de doenças. Encontramos fibras colágenas que dão
sustentação.

Gengiva marginal ou livre – borda da gengiva que circunda o dente; apresenta o sulco marginal ou
sulco gengival, que é o limite com a gengiva inserida e pode ser destacada da superfície do dente.
Quando uma sonda é inserida nesta região o tecido gengival é separado do dente e uma bolsa
gengival é aberta artificialmente.

Gengiva inserida – ela é contínua a gengiva marginal, é firme, resiliente (consegue absorver
impactos), ligada ao periosteo do osso alveolar. Possui queratina e fibras elásticas.

Gengiva interdental – espaço interproximal de contato interdental. Pode haver a presença do “col”
e representar um reservatório abrigado para alimentos. Em dentes que não se tocam ou quando
um dente esta ausente à papila interdentária e o col não estão presentes. Esta área não tem a
proteção da queratina, pois esta protegida pela estrutura do dente.
Periodonto de proteção: epitélio gengival – epitélio externo ou oral, epitélio sulcular, epitélio
juncional.

Os epitélios não tem vasos, o tecido conjuntivo é quem o sustenta.

A função do epitélio gengival é garantir a barreira física contra infecções, nela há renovação
constante e descamação das células para remoção das bactérias. O epitélio gengival é estratificado
pavimentoso, alguns queratinizados, outros não, células com formato basal/germinativa,
espinhosa, granulada e córnea.

Células de Langerhans são células dendríticas, irregulares e estreladas, com diversos


prolongamentos citoplasmáticos responsáveis pela captação dos antígenos e apresentação dos
mesmos para os linfócitos (resposta imune).

Células de Merkel – contato com terminações de uma fibra nervosa funcionando como
mecanoreceptores.

Epitélio Oral ou Externo – compreendem pela crista gengival, margem gengival e gengiva inserida.
Pode ser queratinizado ou paraqueratinizado. Possui quatro camadas “basal (proliferação),
espinhosa (adesão), granulada (queratina) e córnea (paraqueratinizado)”. Este epitélio sofre
constante agressão física.

Epitélio Sulcular – pavimentoso estratificado, não queratinizado (pois tem a proteção do dente),
pouco expesso, limite com a crista da margem gengival e epitélio juncional, sua membrana é
semipermeável.

Epitélio Juncional – pavimentoso estratificado não queratinizado. O desmossomo une as células


deste epitélio. Possui renovação celular e permite acesso do líquido gengival, células de defesa.

Tecido Conjuntivo Gengival – sua composição é de: 60% fibras colágenas, 5% fibroblastos e 35%
vasos, nervos, matriz.

As fibras mantem a gengiva marginal ao redor do dente, promove rigidez para resistir às forças
mastigatórias. Une cemento a gengiva marginal livre e gengiva inserida.

Fibras gengivais são divididas em grupos: Dentogengival - proporciona suporte gengival;

Circular - mantém contorno e posição da gengiva marginal livre;

Transeptal - mantém relacionamentos de dentes adjacentes, proteje


o osso interproximal;

Periosteogengival - prende a gengiva ao osso.

Células de defesa são: macrófagos, plasmócitos, linfócitos, neutrócitos.

A vascularazação acontece pelos vasos supra-periostais, vasos do ligamento periostal, vasos so


osso alveolar (plexos dentogengivais e subepiteliais)

Inserção conjuntiva: área do osso alveolar com epitélio junvional.


Na mucosa alveolar não tem queratina, por isso tem cor mais avermelhada.

Periodonto de Sustentação – Osso alveolar, cemento e ligamento periodontal.

Função: sustentação do dente.

Projeção Óssea(3 componestes): cortical óssea(vestibular e palatina), osso alveolar e osso


medular(esponjoso).

Osso – tecido conjuntivo mineralizado.

Pressão no osso causa reabsorção óssea. Tração estimula a neoformação óssea(estica as fibras do
ligamento periodontal).

Osteoblastos, osteoclastos e osteócitos – células do osso.

Cemento radicular – recobrimento e selamento dentinário, sustentação a raiz do dente.

Formação do cemento - cementoblasto

Estrutura do cemento radicular – avascular(nutrição pelos ligamentos periodontais),


mineralizado(apresenta permeabilidade), Colágeno(fibras intrínsecas e extrínsecas) Fibras de
Sharpey.
Fibras intrínsecas - Cemento que contém primeiramente fibras intrínsecas, fibras produzidas por
cementoblastos e que estão orientadas mais ou menos paralela à superfície do cemento. Esta
forma de cemento está localizada predominantemente nos locais que estão sofrendo reparo,
seguinte à superfície reabsorvida. Isto não possui nenhum papel na ancoragem dos dentes.

Fibras extrínsecas - Cemento que contém fibras extrínsecas, fibras de Sharpey que estão em
continuidade com as fibras principais do ligamento periodontal. As fibras originalmente produzidas
pelos fibroblastos do ligamento periodontal, são consideradas "extrínsecas" do cemento. Estas
fibras estão orientadas mais ou menos perpendicular a superfície do cemento e possuem papel
importante na ancoragem do dente.

Quando o cemento da linha amelocementário migra para o apical, ele se mineraliza e não tem mais
células.

Cemento acelular – 1/3 cervical e 1/3 da raiz

Cemento celular – 1/3 apical(menos calcificado).

Cemento celular – misto estratificado(fibras intrínsecas e extrínsecas) somente no 1/3 apical.

Cementócitos – célula aprisionada na matriz do cemento;

Cementoblastos – células livres, em atividade.

O cemento também sofre reabsorção, trauma pode causar essa reabsorção.

Comparação – Osso Alveolar X Cemento


Osso alveolar – 70% mineral, remodelação, matriz orgânica que predomina colágeno tipo I.

Cemento – 40 a 60% mineral, matriz orgânica que predomina colágeno tipo I, colágeno tipo III(5%),
proteoglicanas, reabsorção lacunar, remodelação é rara.

Ligamento Periodontal – tecido conjuntivo vascularizado, vários tipos celulares, espessura média
de 0,2mm, fibras colágenas(fibras prncipais).

Função do ligamento periodontal – sustentar o dente no alvéolo, desenvolvimento e manutenção


do feixe de fibras, desenvolvimento e manutenção dos tecidos calcificados (osteoblastos e
cementoblastos), vascularização e inervação, propriocepção (terminações) reflexo da pressão
(caninos recebem mais), mecano receptores (dor, tato, pressão), proprioceptores (movimentos,
posição).

Fibras divididas em 5 grupos:

1.Fibra da crista alveolar - (impede a extrusão dental), movimentos laterais;

2.Fibras horizontais – limitam o movimento laterolateral do dente;

3.Fibras oblíquas – mastigação, se encontram no 1/3 médio da raiz, limita a intrusão do dente;

4.Fibras interradiculares – dentes que apresentam mais de uma raiz(pré-molares e molares), na


intersecção das raízes(furca);

5.Fibras apicais – se encontram nop 1/3 apical, amortecem o impacto evitando intrusão, protegem
feixes que entram nervos e vaso que chegam pelo forame apical.

Microbiologia da doença periodontal

Superfícies orais para adesão bacteriana: amidala, dorso da língua...

Parasitas microbianos – patógeno

Patogeneicidade capaz de causar danos ao hospedeiro(parasita)

Infecção – estabelecimento de um patógeno(causando ou não doença)

Doença – dano ou lesão.

Nem sempre a infecção vem acompanha de doença.


Biofilme dental – comunidade microbiana diversificada, incorporada a uma matriz e aderida a uma
superfície. Substancia estruturada, amarelo acinzentada que se adere a superfície dentaria.

Estrutura e composição do biofilme – composto por uma comunidade complexa de bactérias,


M.O.S não bacteriano, matriz de glicoproteína e polissacarídeos extracelulares.

Na cavidade bucal o biofilme é encontrado em dentes e tecidos moles e esta associado a mais de
700 espécies bacteriana.

Biofilme supragengival – causa cárie e gengivite.

Biofilme subgengival – causa periodontite.

Hipótese – transição saúde-doença

Hipótese da placa não específica – quantidade de placa x doença periodontal

Hipótese da placa específica – somente determinadas placas são patogênicas. A patogeneicidade


depende da presença e aumento de microrganismos específicos.

Hipótese da placa ecológica – união das duas teorias(não espec+espec) resposta imune do
hospedeiro e fatores ambientais.

É necessário uma pré disposição para ter a doença.

Formação do biofilme: formação da película adquirida, adesão inicial e fixação de bactérias,


colonização e maturação do biofilme.

Adesão e fixação – 1.transporte inicial da bactéria, 2.adesão inicial(reversível),3.fixação.

Colonização e maturação do biofilme – bactérias fixas em crescimento, formação de


microcolonias.

Biofilme – película, adesão e maturação. Matriz de polissacarídeos multiplicação da colônia, as


bactérias fazem esse processo para ficarem unidas.

0 a 8h – cocos gram+ e aeróbias

8 a 48h- cocos e bastonetes gram+, agregam-se e multiplicam-se

2 a 4 dias-aderencia subsequente e gram-


4 a 9 dias-aumento da diversidade, maturação e colonização de bactérias gram- anaeróbias
estritas(biofilme patogênico).

Supragengival – tem na maioria cocos e bastonetes gram+ aeróbios. Encontramos células epiteliais
e leucócitos(células que descamam); biofilme envelhecido(formato de espiga de milho); associado
a saúde(biofilme supragengival).

Subgengival-cocos e bastonetes gam- aeróbios; maior quantidade de bastonetes gram- anaeróbios


estritos; organismos filamentosos, bastonetes, flagelados e espiroquetas; leucócitos; estão
associados a doença.

Calculo dental-biofilme dental mineralizado; Supra(coronalmente a margem gengival) ou


subgengival(apicalmente a margem gengival).

Calculo supragengival – coloração branca ou amarela esbranquiçada, amarelo acastanhado.


Consistencia rígida como argila, facilmente descolado do dente. Origina-se do biofilme
supragengival. Torna-se calcificado a partir de componentes da saliva.

Calculo subgengival-coloração marrom ou preto esverdeado; firmemente aderido a superfície


dentaria; origina-se no biofilme subgengival; formação calcificada a partir de componentes de
exudato inflamatório.

Etiologia das doenças periodontais

É o estudo das causas da doença e interação de múltiplos fatores:

- Determinantes (biofilme é o principal fator etiologico, inicio e desenvolvimento da periodontite);

- Predisponentes (anatomia dental, má disposição do dente no arco, restauração defeituosa,


tratamento ortodôntico, lesões de carie);

- Modificadores (alteram ou modificam o curso da doença, bruxismo, força oclusal excessiva);

Fatores pré disponentes sistêmicos – são aqueles que tem capacidade de predispor a doença
periodontal (diabetes millitus, tabagismo, estresse, redioterapia);

Alteração do sistema imunológico;

Hereditariedade(febromatose gengival hereditária).

Fluido crevicular gengival - Líquido que é produzido em pequenas quantidades no sulco gengival,
porque o sangue é filtrado através da fixação epitelial e alguns autores consideram que é um
exsudado inflamatório e outros pensam que remove materiais sulco.

Possui: enzimas, anticorpos, fatores de proteínas plasmáticas ricos antibacterianos albumina,


(alfa)-globulinas, heminas, imunoglobulinas, tais como IgG e IgM, e IgA (soro), proteínas do
complemento, interleucinas ou citocinas, que fixa ferro lactoferrina requerendo algum soro de
bactérias (para evitar que vive ou reproduzir) células de defesa (macrófagos, monócitos, linfócitos,
entre outros), que são encontrados em pequenas quantidades, possuem propriedades
antimicrobianas e da atividade como anticorpo exercida.
Ele também tem muitos eletrólitos.
Estes níveis de aumento dos fatores de defensivos na mesma quantidade que gengivo-periodontais
inflamação.
Funções: proteção e aderência bacteriana e de nutrição função de defesa, o que pode ser imune e
anti-bacterianos.

Células de defesa do hospedeiro – Neutrófilos, macrófagos, células dendríticas.

Barreira Epitelial – epitélio juncional e sucular, células epiteliais e células dendriticas, produção de
defensinas e mediadores.

Imunidade Inata – principais células: neutrófilos e macrófagos. (identificam, ingerem, destroem


microrganismos, liberam enzimas)

Imunidade Adaptativa – principais células: linfócitos T,B e plasmócitos. (respostas específicas,


linfócitos T produção de anticorpos, Linfócitos B produção de imunoglobina anticorpos,
Plasmócitos células B expostas a antígenos que secretam grandes quantidades de anticorpos.

Exame clinico e Avaliação do Paciente

Gengiva doente – em função do processo inflamatório(vermelhidão, mais brilhante, com


sangramento)

Citocinas são alerta para chamar os macrófagos (células de defesa) para combater. Isso ocasiona o
processo inflamatório e as mudanças.

Em função da bactéria, doença, ocorre a perda de inserção do dente.

Diagnóstico – detectar pacientes de alto risco, condições de normalidade e anormalidade do tecido


e dentre as anormalidades, as doenças.

Exame clinico Periodontal – através de anamnese, exame clinico, exame radiográfico, exames
laboratoriais (hemograma).

Analisa-se a linha do sorriso, tecidos moles, posição dos dentes, inserção de freios e bridas,
quantidade de placa e calculo.

PSR (Registro Periodontal Simplificado) – dividir a boca em sextantes (sonda who)

Sextantes A-dentes 14 a 18, B-dentes 13 a 23, C-dentes 24 a 28, D-dentes 34 a 38, E-dentes 33 a
43, F-dentes 44 a 48.

Código 0 – faixa colorida da sonda totalmente visível, ausência de sangramento, ausência de carie e
calculo. Medida preventiva – profilaxia.
Código 1 – faixa colorida totalmente visível, sangramento, ausência de calculo e restauração
inadequada. Medida – orientação de higiene bucal e remoção do biofilme subgengival com
profilaxia.

Código 2 – faixa colorida totalmente visível, pode ou não ocorrer sangramento, presença de calculo
e restaurações inadequadas. Medida – orientação de higiene, remoção de calculo e restaurações
em excesso e profilaxia.

Código 3 – faixa colorida parcialmente visível. Medida – exame periodontal detalhado do sextante.
Se houver dois ou mais sextantes com código 3, faz exame periodontal detalhado e raio x da boca
toda.

Código 4 – faixa colorida não visível. Medida – exame periodontal detalhado da boca toda e raio x
da boca toda.

Código * - problema mucogengival (brida), mobilidade dental, retração gengival > 3,5cm, lesão de
furca, exsudato purulento.

Atividade – exemplo PSR

Dente 16 pcs = 4mm + furca

Dente 13 pcs = 2mm

Dente 12 pcs= 2mm + sangramento

Dente 25 pcs = 3mm + inserção alta da brida

Dente 36 pcs = 6mm + sangramento

Dente 43,33,42,32,41,31 ausentes

Dente 47 pcs= 5mm + restauração inadequada

PSR = 3,4 – exame periodontal detalhado p/ definir a doença (gengivite-


inflamação da gengiva ou periodontite-reabsorção, perda de inserção)

Resposta: Fazer exame periodontal detalhado da boca toda.

PCS – Profundidade Clínica de Sondagem – corresponde a medida de penetração da sonda na


bolsa. Distancia da MG(margem gengival) ao fundo da bolsa.

PCS depende de alguns fatores: tamanho e forma da sonda, força utilizada(0,75N), direção de
penetração da sonda, grau de inflamação dos tecidos, convexidade das coroas.

Técnica de sondagem – sonda paralela ao longo eixo do dente; deve ser levada em torno da
superfície de cada dente – maior pcs.

Analisar 6 sítios (3 vestibular, 3 palatina ou lingual).


NCI – Nível clínico de inserção – as profundidades sondadas não quer dizer que tem perda de
inserção.

A distancia da junção esmalte cemento (JEC) até a profundidade saudável da bolsa é chamada de
nível clinico de inserção.

Exame de PSR

Sondagem – 6 sítios

1 – distancia JEC-MG

2 – PCI (margem até o sulco)

3 – Nível clínico de Inserção

MV V DV

Valor em porcentagem (25 dentes; 45 sítios sangram)

Nº total de sítios ----------------------- 100% 150( 25x6) -------------100% 45x100/150= 30%

Nº de sítios c/ sangramento -- ------ X 45 (sangram) -------- X %

Anatomia Radicular
Variações anatômica demostram maior ocorrência de doenças periodontais. Fator de grande
relevância nas doenças periodontais, predisponentes.

-Projeção cervical de esmalte; Sulco palato-rediculares; Pérolas de esmalte; Concavidades; Furcas.

Projeção cervical de esmalte – prolongamento do esmalte coronário sobre a raiz; Se estende a JEC
a região de furca; Não há inserção de fibras colágenas nesta área; Aumenta a retenção de biofilme.

Pérolas de esmalte – glóbulos de esmalte ectópco; mais frequente nas bi e trifurcações; não há
inserção de fibras do LP; bolsa periodontal, quando existe se estende apicalmente a perola.

Lesão de Furca – sonda nabers.

Grau I – sonda penetra mas não ultrapassa 1/3 da lçargura do dente.

Grau II – sonda penetra na furca mais de 1/3 da largura mas não ultrapassa o outro lado.

Grau III – sonda penetra na furca e sai do outro lado.

Classificação das doenças periodontais

JEC-MG – Hiperplasia, normal, retração.

PCS-MG-FB - sulco <=3, bolsa > 3

NCI = JEC-FB (-3) – perda de inserção

Exame Periodontal – índice de sangramento – inflamação.

Diagnóstico – Determinar presença de doença, identificar o tipo de doença, extensão e severidade.

Tipo de doença – gengivite reversiva: periodonto de proteção; gengivite irreversível: periodonto de


sustentação e perda de inserção.

Doenças Gengivais – características comuns: sintomas restritos a gengiva; biofilme dental; sinais de
inflamação;

Gengivite associada a placa – a mais comum; presenta na margem gengival; em todas as faixas
etárias; eritema, edema e sangramento; sem perda de inserção; não é ação de microrganismos.
Fator sistêmico – medicamentos.

Periodontite Crônica (periodontite do adulto) – sangramento pode ocorrer ou não;


comprometimento do periodonto de sustentação; perda de inserção (lesão irreversível); pode
apresentar retração gengival;

Periodontite Crônica – Biofilme é o agente etiológico determinante; Quando estiver mais de 30%
dos sítios ou dentes afetados, temos periodontite crônica generalizada; Menos de 30% temos
periodontite localizada; velocidade gerealmente variável, geralmente lenta; Casos não tratados
podem levar a perda de inserção; Mais comum em adultos;

Severidade – Leve: quando existe perda de inserção de 1 a 2mm; Moderada: perda de inserção de
3 ou 4mm; Severo: perda maior ou = a 5mm.
Periodontite Agressiva (juvenil) – pacientes jovens; saudáveis; perda de inserção rápida e severa;
quantidade de biofilme X severidade destruição;

Periodontite Agressiva Localizada – inicio na puberdade; Perda de inserção

Periodontite Agressiva Generalizada – Em adultos jovens (25 anos); perda de inserção.

Atividade

Paciente, 40 anos com quixa de sangramento gengival, biofilme generalizado e calculo na lingual
dos incisivos inferiores. Dentes ausentes: 18,14,24,28,38,34,44,48;

Sextante A: retração = 1mm, PCS = 4mm

Sextante B: hiperplasia = 1mm, PCS = 3mm

Sextante C: retração = 2mm, PCS = 3mm

Sextante D: retração = 1mm, PCS = 4mm


Sextante E: JEC-MG = 0, PCS = 3mm

Sextante F: retração = 2, PCS = 2mm

R. Mais de 30% temos periodontite crônica generalizada leve.

Atividade

Paciente fumante, calculo dental nos sextantes posteriores, índice de sangramento 60%, ausência
dos dentes 17,35 e 36, perdidos por cárie;

Sextante A: retração = 2mm , PCS = 5mm

Sextante B: hiperplasia = 1mm, PCS = 3mm

Sextante C: retração = 1mm, PCS = 4mm

Sextante D: hiperplasia = 1mm, PCS = 6mm


Sextante E: JEC-MG = 0, PCS 2mm

Sextante F: retração = 1mm, PCS = 4mm

R. Mais de 30% temos periodontite crônica generalizada moderada.

Plano de Tratamento Periodontal

Fases para planejar o tratamento:

1º Fase – Exame clinico + avaliação (anamnese, exame extra e intrabucal), identifica os fatores
etiológicos da doença periodontal.

2º Fase – Procedimentos Básicos, eliminar, remover ou controlar os fatores etiológicos


(orientação+profilaxia+raspagem); eliminar os fatores irritativos, cárie, excesso de material
restaurador, ajuste oclusal;

Procedimentos Básicos

- Orientação de Higiene; Raspagem e aplanamento coronário; Eliminação dos fatores irritativos;


Contenção Provisória; Desgaste oclusal; Integração clínica; revisão dos procedimentos básicos.

1. Técnica de escovação

2. Raspagem – instrumentação da superfície visando à remoção da placa, cálculo e mancha;


Aplanamento – remoção de cemento ou dentina que se apresenta rugosas, com calculo ou
contaminados com toxinas ou microrganismo, (só se faz aplanamento com manual), manter a
superfície lisa.

Biofilme é pior problema etiológico, o mais difícil de controlar.

Reavaliação

Novo exame clinico, realizado no mínimo de 30 a 40 dias após o termino dos procedimentos
básicos.

Sucesso no tratamento

Diminui o PCS

Higiene boa Só manter tudo isso

Índice de sangramento baixo

Quando tem bolsa

Higiene boa Submete a complementação cirúrgica

Índice de sangramento baixo

Na reavaliação

-Verificar a respostas dos tecidos periodontais obtida com os procedimentos básicos;

-Confirmar prognostico;

-Verificar a necessidade de complementação cirúrgica e oclusal.

Controle e Manutenção

Procedimentos realizados durante intervalos regulares de tempo visando a manutenção da saúde


periodontal.

-Controle da placa;

-Verificar condição tecidual.

Plano de tratamento periodontal

-Exame clínico e avaliação – diagnóstico e prognostico;

-Procedimentos Básicos;
-Reavaliação (novo exame clinico); Complementação

- Controle e manutenção; Revisão

Crônica (biofilme)

Agressiva (biofilme)

Crônica – sistema imune normal, a quantidade de bactérias é muito grande, o próprio organismo
remove as bactérias que restarem depois da raspagem;

Agressiva – sistema imune não responde bem, bactérias internas permanecem mesmo depois da
raspagem, e tem dificuldade de removê-las.

Tratamento das doenças periodontais

Fatores Determinantes da doença periodontal – biofime dental; associação placa/Calculo dental.

Objetivo – eliminar a inflamação gengival e corrigir o que causa o problema;

Raspagem – processo pelo qual o biofilme e o calculo são removidos do dente, supra e
subgengival; alisamento e polimento;

Raspagem dental – conhecimento da anatomia dental: instrumentos manuais e ultrassonicos.

Partes dos instrumentos: cabo, haste com diferentes angulações, lamina ou extremidade ativa,
curetas, foices, limas, cinzéis, enxadas.

Partes da lamina: Face coronária – voltada para a coroa clinica do dente; Superfície lateral –
ângulo do corte; Dorso.

Cureta de Gracey – corta de um ângulo só, a ponta é arredondada, usada só para supragengival.

Curetas tem a secção transversal trapezoidal. Pode ser universal(mccall foice) ou específica(as de
gracey)

Foice tem um aspecto triangular.

Adaptação subgengival

Universal x específica

Curetas universais

- São instrumentos com ponta ativa (afiada);

- Raspagem supragengival;

- Dois ângulos de corte;

- Alisamento radicular.
Curetas específicas

- São instrumentos delicados;

- Raspagem supra e subgengival;

- Alisamento radicular

- Ponta arredondada.

Curetas de Gracey:

3/4 face anteriores

9/10 tem a haste longa, face vestibular e lingual, dentes posteriores

11/12 e 13/14 face mesial dos dentes posteriores, são curtas birregulares, face distal dos dentes
posteriores.

Instrumentos modificados: hastes com diferentes angulações; melhor adaptação a raiz do dente.

Quanto maior o numero do instrumental, maior o ângulo da haste.

Quanto mais angulada a haste, mais indicada para dentes posteriores.

Instrumento adequado

Curetas Gracey

3-4 dentes anteriores (entrar paralelo ao longo eixo do dente)

9-10 faces livres de dentes posteriores (paralela ao longo eixo do dente)

11-12 mesial de dentes posteriores (paralela ao longo eixo do dente)

13-14 distais de dentes posteriores (paralela ao longo eixo do dente)

Sempre da apical para oclusal.

Foices – são instrumentos que apresentam dois ângulos de corte, que convergem para uma ponta
afiada; secção transversal triangular; raspagem supragengival.

Mccall só para raspagem supragengival, dentes posteriores 17-18.

Cinzéis – ativação do instrumento com movimento de impulsão(dentes anteriores); para remoção


de osso(cirurgia).

Empunhadeira – Caneta modificada; flexionado o dedo indicador; dedo médio na haste.

Ativação de raspagem – punho e antebraço.

Afiação- restabelece o corte fino e linear de um instrumento, sem alteral seu desenho original.

Pedras de afiar – naturais – Arkansas.


Medicina Periodontal

Teoria da infecção focal – A possível influencia da condições bucais sobre outros sistemas e órgãos,
desencadeando diferentes enfermidades;

Doença periodontal e outras doenças

- Endocardite bacteriana (sim, causada por bactérias bucais);

- Pneumonia respiratória (sim, causada por bactérias bucais);

- Diabetes millitus;

- Doenças cardiovasculares;

- Parto prematuro/ bebe de baixo peso.

Espaço Biologico - Sulco gengival, Epitélio juncional, inserção conjuntiva.

Periodontite Cronica – perda de tecido compatível com calculo e biofilme.

Gengivite não vira periodontite, depende da resposta imunológica do hospedeiro.

“Por conta do biofilme atingir o epitélio conjuntivo, há liberação de bactérias e citocinas para o
corpo, causando outras doenças.”

Endocardite Infecciosa

- Infecção que ocorre nas valvas cardíacas ou tecidos endoteliais de coração;v

- Infecção do endocárdio por microrganismos;

- Infecção de origem dentaria estão entre as principais causas de endocardite infecciosa;

- Grande prevalência de mortalidade.

Diabetes Millitus

- Condição patológica de ordem endócrina, caracterizada pela falta de insulina em exercer a


função;

- A glicose não é aproveitada adequadamente pelas células: elevação no sangue, ultrapassando as


taxa normais (70 a 110 mg/dl)

Tipo I- autoimune, destruição das células beta pancreáticas;

Tipo II – defeito do sistema que dificulta a insulida a transportar a glicose para dentro das células.

Doenças cardiovasculares

- São doenças que afetam o sistema circulatório;

- Acidente vascular encefálico;

- Infarto do miocárdio;
- Doença arterial periférica;

Aterosclerose

- Ateroma: placa de lipídios e tecido conjuntivo na camada íntima;

- Aterosclerose: espessamento e endurecimento das paredes das artérias, causada por ateroma.

Atualmente a inflamação (mediadores inflamatórios – citocinas) contribui para aterogenese e suas


complicações.

“A periodontite pode liberar citocinas que causam inflamação e modificam a parede do


endocárdio, acumulando lipídios).”

Parto Prematuro

- Parto com menos de 37 semanas;

- Parto prematuro pode provocar o nascimento de bebês com baixo peso;

- Bactérias e microrganismos entram na placenta e pode causar contração e dilatação e ruptura da


membrana, assim o bebê nasce prematuro.

Infecções pulmonares

- causada pela microaspiração de secreção da orangefaringe e incapacidade de eliminar tais


bactérias.

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