Você está na página 1de 7

– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto

• Técnica principal que é utilizada – Técnica coroa-ápice =


Técnicas para o preparo: crown-down (descontaminação por terços):
A endodontia busca: 1. Descontaminação da coroa do dente;
2. Descontaminação do terço cervical;
• Prevenir; 3. Descontaminação do terço médio;
• Tratar; 4. Descontaminação do terço apical.
• Diagnosticar:
• Cuidados com a polpa dental. Se a descontaminação não for bem realizada, o dente
A instrumentação visa: pode reabsorver.

• Pulpectomia: realizar a remoção/extirpação da polpa;


• Curar: remoção do tecido infectado (ao máximo possível) • a polpa funciona como uma
e permitir o reparo (proporcionar condições para o bomba. Esta bomba é limitada, vai “jogando” os
organismo restabelecer a estética e a função); agressores e os microrganismos para a região dos
• Prevenir: evitar as infecções dos tecidos forames/ápice. E o nosso corpo/organismo recruta a
perirradiculares; defesa do corpo – surgindo a dor – indicando que há um
• Evitar periodontites perirradiculares. agressor;

parte do canal radicular nos tecidos de


suporte, é constituído por canal dentinário, canal
• realiza a
cementário e os tecidos que compõem a polpa e o tecido
descontaminação dos restos que ficaram dentro do
periodontal. Serve para reparar/cicatrizar a lesão mais
dente. Esses restos de polpa são consumidos por
rápido, pois possui muitas células vivas. E por isso, essa
biofilmes bacterianos (que contém microorganismos que
porção deve ser preservada.
irão se alimentar desses restos e aproveitar para
colonizar dentro do dente também - encontram é o que restou da polpa, ele é removido no
condições para crescer e se multiplicar); preparo do dente

Os biofilmes da endodontia são diferentes, com mais • Indicações para Biopulpectomia:


bactérias e são mais difíceis de remover, por isso que se ▪ Processo inflamatório da polpa dentária
utiliza as limas e raspagens. causada por cárie ou trauma;
▪ Ocorrência de acidente operatório que leva a
Porção coronária (câmara pulpar) – maior volume de exposição pulpar.
polpa – maior volume de microrganismos. . Deve-se deixar • Tipos de tratamento em dentes com polpa necrosada
a solução irrigante atuando na câmara, para diminuir a (Necropulpectomia):
quantidade de bactérias (começando da câmera e seguindo ▪ Necropulpectomia I: tratamento do canal com
em direção ao ápice – isso evita de levar os polpa sem lesão patológica evidenciável
microrganismos da câmara para o ápice do dente). radiograficamente;
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto
▪ Necropulpectomia II: tratamento do canal
radicular em polpa necrosada com lesão
periapical patológica visível em radiografia. • Avanço (A), rotação (B) e tração (C) contra as paredes
laterais;
• Deve deixar o canal limpo para os próximos movimentos.

Depende:
• Da idade do paciente – o paciente jovem possui uma
capacidade de reparo maior;
• Sexo;
• Posição do dente;
• Anatomia;
• Sintomatologia;
• Presença de lesão.
Características que influenciam no tipo de tratamento a ser
realizado.
• Imprime-se ao instrumento pequenos avanços em
sentido apical;
• Com discretos movimentos de rotação à direita e à
esquerda com pequenos retrocessos;
• Movimento de metade de um círculo dentro do dente.
• Limpeza e modelagem: limas;
• Exturpação da polpa: extirpa-nervos, lima k em alguns
casos e limas H;
• Pode ser através de instrumentação manual ou
rotatória/reciprocante.

Limas K – Lima do tipo Kerr – para instrumentação,


símbolo de quadrado no cabo; 1. Pequenos avanços;
2. Giro à direita e à esquerda;
Limas H – Limas de Hedstroen – utilizadas para 3. Pequenos retrocessos. .
retratamento, símbolo de círculo no cabo;

• Indicação: canais ou segmentos de canais após a


instrumentação; canais ou segmentos de canais curvos;
• Contraindicação: canais que após a instrumentação não
• Avanço do instrumento endodôntico no canal radicular; apresentaram forma circular;
• Rotação de uma a duas voltas à direita sobre seu eixo e • Força balanceada;
tração em sentido à coroa dentária;
• O instrumento endodôntico deve ter diâmetro maior do
• O movimento de remoção não promove a ampliação e a que o diâmetro do canal;
modelagem do canal radicular;
• Deve-se aplicar força em direção no sentido apical do
• Gira ¼ e volta meia volta; canal acompanhada simultaneamente de rotação parcial
• Movimento de círculo dentro do dente; alternada (à direita e à esquerda).
• Como fazer: Introduzir o instrumento dentro do canal e
girar para um lado e para o outro e depois introduzir um
pouco mais.
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto

• Primeiro deve-se realizar o movimento de alargamento


parcial à direita e força lateral nas paredes do canal;
• Realizado pelas limas do tipo K (raspam e alargam o canal
ao mesmo tempo).

1. Avanço;
2. Giro à direita;
3. Giro à esquerda;
4. Retrocesso de 1 a 2 mm;
5. Avanço.

1. Avanço;
• A rotação à direita provoca o avanço do instrumento no
2. Giro à direita;
sentido apical do canal, seguido de corte das paredes
3. Tração com pressão lateral.
dentinárias do canal.
Odontometria:
• Procedimento que visa determinar o comprimento do
dente (CRD) -> Para estabelecer a extensão da
instrumentação = comprimento real de trabalho (CRT).
1. Primeiro passo para a instrumentação –
realizar o raio x inicial (radiografia de
diagnóstico);
1. Avanço (introdução); 2. Por meio da radiografia de diagnóstico, meça o
2. Giro à direita; comprimento do dente (com régua milimetrada)
3. Tração (atritar o instrumento nas paredes do canal). desde a borda incisal, ponta de cúspide ou
acidente anatõmico até o ápice radicular. E
determinar

• Indicação: segmento achatado do canal; 3. Diminuir 3 mm do CAD – para determinar o


• Contraindicação: instrumentação do segmento apical;
• Caracterizado pelo avanço do instrumento no interior do
canal radicular e de tração linear curta com a aplicação
de uma força contra as paredes dentinárias.

3 mm – margem de segurança (quantidade que


geralmente dá de distorção nas radiografias).

4. Transferir a medida do CTP (comprimento de


trabalho provisório) para lima e inseri-la no
canal radicular: a lima deverá ser compatível
com o comprimento do canal radicular.
1. Avanço; 5. Realizar um novo raio x com a lima dentro do
2. Tração com pressão lateral (em direção às paredes dente.
do canal).
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto

Esquema:
6. Determinar D (mesma coisa que: D0, X ou AB)
= distância da ponta da lima até o ápice (o que
faltou para a lima chegar até o ápice).

▪ Se AB for igual até 2 – o cálculo está correto;


▪ Se AB for maior que 3 – é ncessário repetir
as medidas, pois se continuar, dará erro na
instrumentação (ao invés de instrumentar,
estará compactando dentina – dificultando as
etapas seguintes).

7. Determinar o
soma a distância ao comprimento de trabalho
provisório.

8. Determinar o
comprimento real do dente – 1 a 2 mm
(vai depender se é um caso de biopulpectomia
e necropulpectomia I ou necropulpectomia II.

▪ O CRT é o comprimento que será utilizado para


instrumentar dentro do dente.
9.
a primeira lima que fica justa ao
canal do dente.
10.
a última lima que o canal foi
instrumentado = deve ser compatível com o
tamanho do cone de guta percha para a
obturação do canal.
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto
Técnica ápice-coroa (step-back):
• Indicação: tratamento de biopulpectomia; 5. Depois de determinar o IM (instrumento de memória) e
realizar a confecção do batente: deve-se continuar
• Escalonada do recuo progressivo – a cada lima que é
recuando o canal. A técnica irá prosseguir utilizando o IM
utilizada no canal, diminui 1 mm;
(instrumento de memória) entre cada troca de lima (para
• Vantagem: fácil execução;
recuperar o comprimento, manter a luz do canal no
• Desvantagens:
tamanho certo).
▪ Potencial de extrusão de detritos e material
necrótico - produzir contaminantes;
▪ Bloqueio apical - pode levar contaminantes para
o forame e impedir que fique totalmente limpo;
▪ Alteração do comprimento de traballho;
▪ Tendência de desviar o canal radicular.

1. Odontometria;
2. Determinar o instrumento apical inicial (IAI) = diâmetro
anatômico (DA);
▪ Primeiro instrumento que se prende no CRT
(comprimento real de trabalho);
▪ Deve seguir sempre o curso no ponto de
referência usado na odontometria – sempre
Técnica coroa-ápice (crow-down)
será a incisal/oclusal dos dentes. • Indicação: tratamento de biopulpectomia e
3. Confecção do Batente Apical/Ombro Apical; necropulpectomia I e II (polpa necrosada);
▪ Vai servir como parada do instrumento apical; • Realiza-se a descontaminação por terços radiculares (o
▪ É o ponto que vai impedir que o cone ultrapasse terço mais contaminado é o cervical – primeiro a ser
o forame, vai ficar preso neste comprimento; descontaminado para não levar microrganismos para os
▪ Dá condições para que o cone fique travado, outros terços);
permitindo a obturação biológica (reparação); • Vantagens:
▪ É feita a determinação do instrumento ▪ Reduz a possibilidade de alteração do CRT
memória = último instrumento do batente apical durante o preparo;
(o comprimento deve ser igual ao CRT). ▪ Redução de material extruído via forame;
4. Escalonamento: a cada passagem de lima, irá recuar 1 ▪ Facilita a compactação de material obturador;
mm do tamanho para a próxima lima. ▪ Facilita a neutralização do conteúdo necrótico.
• Desvantagens:
▪ Risco de perfurações e fraturas verticais;
▪ Pode acarretar a perda da trajetória do canal.

• Realizada normalmente com a lima 10 – utilizada a cada


troca de instrumento, para realizar a desinfecção dos
canais – em toda a extensão do canal até chegar ao
CRT);
▪ A lima 25 é a primeira lima que ficou justa no canal = IAI • Sempre começa do terço cervical;
(instrumento apical inicial);
• Não se deve exercer pressão no canal;
▪ A cada passagem das limas seguintes, o diâmetro irá
• Após chegar ao CRT, utilizar as limas de maior calibre e
aumentar e o CRT diminui 1 mm;
passar para as de menor calibre, até chegar ao ápice;
▪ A lima 40 é ultimo instrumento = IM (instrumento
• Girar no sentido horário e realizar tracionamento em
memória) = DC (diâmetro cirúrgico).
direção às paredes do canal;
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto
• Irriga, aspira e inunda – a cada troca de instrumento;
• Realizando assim a patência ou desbridamento foraminal.
Sistema Protaper manual:
Quando não for possível deixar o canal bem preparado, • Técnica que pode facilitar o preparo – a quantidade de
pode-se utilizar a cada passagem, preparar o terço limas é menor;
cervical e médio com as limas do tipo Gattes.
• Indicadas para canais curvos moderados;
• Apresentam maior flexibilidade;
• Neutralizam o conteúdo séptico (coroa-ápice);
• Já determina a primeira lima a ser utilizada – Sx laranja;
• Tem memória de forma;
• Possuem superelesticidade;
• Realizam o alargamento do terço cervical e médio –
facilita a entrada no segmento apical sem forçar.

• : fazem a exploração do canal e modela o


terço cervical e médio. A sx é a mais curta e a primeira
• Ao confeccionar o batente – passar a lima 1 mm além a ser utilizada (como se fosse a lima 10) – são
do ápice - limpar os contaminantes (não alargar) – com obrigatórias.
lima de calibre 10 ou 15. • fazem o acabamento do segmento apical
do canal radicular – a escolha depende da curvatura do
canal.
1. Radiografia de estudo (Medir/Achar o CAD);
2. Odontometria (CAD – 3 mm);
3. Introduzir o instrumento com o valor reduzido; • Realizar o raio x inicial – de diagnóstico;
4. Comprimento do instrumento + Valor AB = CRD – depois • Determinar CAD e CTP;
de realizar uma nova radiografia; • Por meio do CTP, coloca-se a lima S1 – normalmente é a
5. Anotar o comprimento de trabalho = CT; primeira lima;
6. Instrumentar (CRD- 1 mm); • Realiza-se a exploração e descontaminação por terços
7. Prova do cone (compatível com o último instrumento); com a lima SX;
8. Obturar (Cone principal + cimento endodôntico + cones • Odontometria pode ser feita com a lima 10 – determinar
secundários); CRD e CRT;
9. Restauração temporária com CIV + Radiografia final. • Passar as limas S1 e S2 até a lima F1 – normalmente;
• Para casos de curvatura muito acentuada: utilizar a F2 e
F3.
– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto

• Sobreinstrumentação – quando a instrumentação vai


além da odontometria – pode gerar dor pós-operatória;
• Sobinstrumentação – instrumentação é menor do que o
necessário;
• Fratura do instrumento – evitar colocar forças
excessivas.

Referências:
Aula teórica de Endodontia laboratorial. Faculdade
Maurício de Nassau, Professor Reinaldo Dias da Silva
Neto, Odontologia, 2021.

1. Pré-alargamento cervical e preparo apical inicial –


exploração e pré-alargamento do canal utilizando a
Protaper Sx de forma passiva apenas no terço cervical.
Em seguida realiza-se o a odontometria.
• Objetivo: facilitar a exploração e negociação do
terço apical, removendo as interferências
cervicais.
2. Preparo do corpo do canal: utiliza-se opcionalmente
brocas Gates Glidden, sendo empregado em seguida os
instrumentos Protaper S1 e S2.
• A lima S1 é empregada para avançar em
direção ao forame, tendo por objetivo
desgastar as áreas do canal não tocadas pelo
instrumento anterior.
• A lima S2 é usada no forame ou no CT,
objetivando desgastar pequenas áreas não
tocadas pelos instrumentos anteriores,
facilitando assim o uso da lima F1.
3. Preparo final: objetiva confeccionar o batente apical
utilizando as limas F1, F2 e F3.

Você também pode gostar