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Introdução:
Glândulas salivares: são glândulas exócrinas
responsáveis pela produção de saliva
Glândulas salivares maiores e menores (não são
comuns em mucosa mastigatória especializada,
ou seja, gengiva, palato duro e dorso de língua)
Podem ser acometidas por lesões não
neoplásicas, infecções e neoplasias benignas e
malignas;
Submandibular (mista) ducto de Wharton
o Maior e mais tortuoso ducto;
Glândulas Salivares:
o Trajeto ascendente
Parótida (serosa) ducto de Stenon
o Responsável por até 60% do volume salivar
o Trajeto descendente e desemboca na mucosa
o Produção de mucinas e ácinos serosos
jugal, na altura do 1º/ 2º M – carúncula
o Responsável por no máx 30% da quantidade
de saliva
o Saliva serosa/aquosa – só contém água e
enzimas
o Ácinos fortemente corados
Diagnóstico:
o Biopsia das glândulas salivares menores do
lábio inferior para confirmar quadro de
sialadenite crônica se existir, todas as
glândulas são afetadas
o Presença de agregados inflamatórios crônicos
focais (50 ou mais linfócitos e plasmócitos) –
não é 100% confiável;
o Estes agregados devem estar adjacentes a
ácinos próximos as glândulas;
Características histopatológicas: o Quanto maior o número de focos (mais de 10
o Infiltração linfocítica nas glândulas salivares ou focos confluentes) maior é a correlação
que leva a destruição dos ácinos com o diagnóstico
Embora os ácinos
sejam destruídos, o
epitélio ductal
persiste. As células
ductais e as células
mioepiteliais
circundantes se
tornam hiperplásicas,
formando grupos de
células, conhecidos
como ilhas
epimioepiteliais, ao
longo de toda a
proliferação linfoide.
Doença mais comum das glândulas salivares - Vesículas distendidas únicas ou múltiplas – 1 a 4 mm
Ruptura de um ducto de glândula salivar e do - As lesões geralmente se rompem deixando úlceras
extravasamento de mucina para dentro dos rasas dolorosas que cicatrizam em poucos dias
tecidos moles vizinhos a saliva extravasada
para o conjuntivo é reconhecida como estranha
e há umas resposta inflamatória
Traumas ou obstruções
Acúmulo de secreção salivar dentro das
glândulas/ductos (retenção) ou nos tecidos peri-
glandulares por rompimento ou obstrução dos Histologicamente
ductos o Infiltrado inflamatório crônico, com formação
o Mucocele - GS menor > labo inferior de vasos sanguíneos
o Rânula – no assoalho (ductos Sbm e SBL) o Macrófago de aparência espumosa –
o Rânula mergulhante ou cervical – drenagem fagocitose da saliva
para o milo hioideo; o Área de mucina extravasada (saliva)
circundada por tecido de granulação reacional
Aspectos clínicos
o Lesão comum
o Aumentos de volume mucosos arredondados
o Tamanho variando de 1 a 2mm a alguns
centímetros
o Trauma local
o > crianças e jovens
o Coloração: azulada ou normocrômicas
o Flutuante ou firmes à palpação
o Assintomática
o Exame histopatológico para confirmar o
diagnóstico e descartar neoplasia de glândula
salivar
o Prognóstico excelente
Características histopatológicas:
o As massas calcificadas exibem laminações
concêntricas que podem circundar um ninho
amorfo de debris.
o Caso o ducto associado também seja
removido, geralmente ele irá exibir
metaplasia escamosa, oncocítica ou mucosa. o Crescimento lento e assintomático
Também é evidente a inflamação periductal. o Palato > lábio superior > mucosa jugal
o Frequentemente, a obstrução ductal está o Neoplasias de palato: geralmente na região
ligada a uma sialoadenite aguda ou crônica da
lateral posterior do palato - aumento de
glândula associada.
volume de formato arredondado e de
superfície lisa
o A maioria dos adenomas pleomórficos da
glândula parótida ocorre no lobo superficial e
se apresenta como um aumento de volume no
ramo da mandíbula, à frente da orelha.
Inicialmente, o tumor é móvel, mas se torna
menos móvel com seu crescimento. Se
negligenciada, a lesão pode crescer até atingir
proporções grotescas
Tratamento
o Tentativa de remoção conservadora –
massageando, estimulando o fluxo salivar
com medicamentos, alimentos ácidos ou
gome de mascar;
o Se for profundo remoção cirúrgica
incluindo a glândula
o Litotripsia extracorpórea por ondas de choque
Neoplasias
Adenoma pleomórfico (tumor misto benigno)
Aspectos clínicos:
o Histogênese: ducto intercalar/ translocação
no gene PLAG1
o 53 a 77% dos tumores de parótida
o 33 a 43% dos tumores de GS menor
o Sexo feminino +/- 40 anos
o Aumento de volume firme e indolor
o Nódulo móvel não aderido aos tecidos
subjacentes;
o Mesma cor da mucosa
Aspecto histológico
o Tipicamente encapsulado e bem circunscrito
o É chamado pleomorfo porque o parênquima e
estroma do tumor pode aparecer de diversas
formas estruturais;
o A capsula pode estar incompleta ou exibir
infiltração por células tumorais
o Componente epitelial composto por ductos e
cordões
O parênquima da lesão é composto de uma
mistura de epitélio glandular e células
mioepiteliais dentro de um fundo
semelhante ao mesênquima.
o Um extenso acúmulo de material mucoide
pode ocorrer entre as células neoplásicas,
resultando em um estroma mixomatoso
Nessas áreas, adegeneração vacuolar das
células pode produzir uma aparência
condroide
o Estruturas ductais preenchidas por material
eosinofílico
o Presença de estruturas ductais compostas por
duas camadas de células
o A morfologia das células de diferenciação
mioepitelial também varia: epitelióides,
ovoides, fusiformes, plasmocitóides e, um
espectro comum de células claras
o Intensa variedade de estroma tumoral
o As neoplasias de glândula salivar podem ser
compostas quase que exclusivamente por
células mioepiteliais, sem componentes
ductais - mioepiteliomas
Tipos de estroma: fibroso, mixoide (mais frouxo), hialino (muito
colageno condensado), condroide (áreas que se transformam
em cartilagem verdadeira), condromixoide (áreas que se mistura
cartilagem e mixoide)
Tratamento
o Excisão cirurgica
o Parotidectomia superficial (se envolver só o
lobo superficial da parotida) ou total
(remoção de todo o tumor sem envolver o
nervo facial pode haver lesão do nervo
facial causando paralisia)
o Prognóstico excelente taxa de cura de 95%
o Recorrencia em ~ 5%
o Risco de transformação maligna (carcinoma
ex adenoma pleomorfico – se desenvolve no
lugar do adenoma)
Carcinoma mucoepidermóide
Aspectos clinicos
o Patogenese incerta oncogenese de fusão
CRTC1-MAML2
o Neoplasia maligna das glândulas salivares
mais comum
o Sexo feminino, 2º a 7º década de vida
o Mais comum em parótida e palato
o Lábio inferior, assoalho de boca, língua e
região retromolar
o Aumento de volume assintomático, algumas
vezes flutuantes e coloração azulada ou
vermelha, podendo ser confundida
clinicamente com mucocele.
o Lesões intraósaeas podem se desenvolver nos
maxilares
o Se apresentam como: ulceração, crescimento o Células intermediárias – pequenas, achatadas,
lento mas que cresceu rapidamente menores; formam as outras células do tumor
recentemente; superfície irregular com o Espaços císticos
telangiectasia (proliferação de vasos na o Células neoplásicas
superficie) e coloração azulada; o Células neoplásicas epidermóides
intermediarias
Aspecto histológico:
o Células Mucosas (volumosa, com núcleo mais
afastado e citoplasma com muco secretado) e
epidermóides principalmente;
Carcinoma adenoide cístico x Adenocarcinoma
polimorfo – são quase exclusivos de GS menores,
principalmente no palato. Crescimento lento e
fixo. São clinicamente parecidos, mas bem
diferentes quanto ao histopatológico e desfecho
clínico.
Metástases
A maioria dos tumores emite primeiramente
metástase regional – todos os tumores malignos
de glândulas emitem primeiro metástase para os
linfonodos cervicais, com exceção do CAC;
Fluxo de metástase desses tumores: pulmão
ossos fígado Sistema nervoso
Tumores de alto grau – metástases
CAC – metástase ao diagnóstico ou tardia à
distância
ACP dificilmente metastatiza – doença destrutiva
local
Tratamento:
o Cirúrgico radical
o Cirúrgico associado com radioterapia
o Quimioterapia paliativa em casos inoperáveis.
Nódulos
Adenocarcinoma polimorfo
Em lábio inferior: normalmente é mucocele
Nódulo firme de crescimento lento e fixo
Em lábio superior: normalmente é benigno
Assintomático
Aumento de volume em parotida: 80% de chance
GS menores – palato > lábio superior > mucosa
de ser benigno
jugal;
Em outras regiões da boca: a chance de ser
Infiltrativo e não encapsulado
maligno ou benigno é a mesma
Biópsia (GSMe)
Imagens (TC, ultrassonografia, ressonância);
Clinicamente indistinto de um tumor benigno
Prognóstico excelente
É extremamente raro ocorrer metástase e óbito
Controvérsia sobre baixo grau
Histologicamente:
o Tende a fazer infiltração da mucosa