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1 Princípios de Técnicas Cirúrgicas – Victória Brum

Materiais e Instrumentos
Cirúrgicos
 Bisturi convencional
o Manobra cirúrgica cujo objetivo é reparar os tecidos com
finalidades de acesso, drenagens
o N°10: grandes incisões na pele em outras partes do
corpo, acessos longos
o N°11: pequenas incisões e em abscessos, intrabucais
o N°12: incisões sobre as faces posteriores dos dentes ou
na área da tuberosidade maxilar, semelhante a uma foice
o Nº 15: incisões em torno dos dentes e nos tecidos moles,
convencional, intrabucais e pele, estrutura mais afilada e
pontuda
 Descolador de Molt nº9
o Extremidade pontiaguda (inicia a elevação do periósteo e rebate papilas entre os dentes) e extremidade
arredondada (continua o descolamento do periósteo do osso);

 Afastador de Minnesota:
o Retração de bochechas e retalhos
 Pinça de Adson

o Segura e estabiliza o tecido para sutura e dissecção

 Pinça de Allis
o Apreender e segurar o tecido que será excisado

 Pinça homostática:
o Reta ou curva
o Controle de hemorragias, remover tecido de granulação
do alvéolo e pegar partículas pequenas que tenham caído
nas áreas das feridas ou adjacentes
 Pinças Goiva
o Remoção de osso
 Borcas Esférica
o 6 ou 702 remoção de osso
2 Princípios de Técnicas Cirúrgicas – Victória Brum

 Lima para osso


o Nivelamento ósseo
 Cureta
o Remover tecido mole e defeitos ósseos

 Porta agulha

 Tesoura íris / tesoura Metzenbaum


o Cortar tecidos moles
 Extratores dentários (reta Apexo, triangulares seldin)
o Luxar dentes de osso circundante
 Fórceps de extração
o Remoção do dente do osso alveolar
o Auxilia na luxação dos dentes dos alvéolos e a puxá-los de suas bases
3 Princípios de Técnicas Cirúrgicas – Victória Brum

Príncipios deTécnicas Cirurgicas


 Divididos em 3 tempos
o Diérese, exérese e síntese

DIÉRESE

 Incisão, corte ou secção, divulsão


 Instrumental e técnica: bisturi (cabo de Bard Parker n°3 e a lâmina), descolador de periósteo tipo Molt n°9 e n° 2-4,
espátula 7, sindesmótomo n° 1 e descoladorFreer, afastadores (Minnesota, Farabeuf, Mead, Bruenings), pinças (Allis,
Adson, dente de rato, Dietrich, Stillies, de algodão), tesoura Goldman Fox
 Sindesmotomia
 Incisão principal
 Incisão relaxante
 Divulsão/Descolamento mucoperiosteal

INCISÃO

 Manobra cirúrgica cujo objetivo é separar os tecidos com finalidades de acesso, drenagens.

 A lâmina de bisturi é cuidadosamente colocada no


cabo que prende a lâmina com um porta-agulha:
segura-se a lâmina pela extremidade sem corte, a
qual é forçada com um pequeno encaixe, e o cabo
é segurado de modo que a parte macho do encaixe
esteja apontada para cima; depois desliza-se
lentamente a lâmina de bisturi para o cabo pelos
sulcos da porção macho até que se encaixe na
posição.

 Requisitos:
o Conhecimento anatômico
o Amplitude e visualidade
o Precisão
o Repousar em tecido ósseo integro
o Inciar 90º, 45º, 90º
o Linhas de Langer
 Preconiza acessos extra orais
o Deve-se preconizar incisão ao redor dos dentes, intrasucular
 Princípios básicos:
o Lâmina afiada de tamanho adequado: trocar a lâmina sempre que o bisturi não estiver fazendo a incisão
facilmente;
 Permitirá uma incisão limpa, sem danos desnecessários ao tecido que seria causado por
movimentos repetitivos.
o Movimento firme e contínuo: incisões longas e contínuas são preferíveis a golpes curtos e intermitentes;
o Evitar cortar estruturas vitais: incisão profunda o suficiente para definir camadas;
o Incisões em superfícies epiteliais, que se planeja reaproximar, devem ser feitas com a lâmina em posição
perpendicular à superfície epitelial;
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o Incisões na cavidade oral devem ser devidamente aplicadas: incisões em gengivas inseridas e sobre ossos
saudáveis são mais desejáveis que aquelas em gengivas não inseridas, e ossos doentes e ausentes.

 Incisões na região posterior não devem acompanhar a linha dos dentes, ela é realizada de forma divergente por conta do
nervo lingual, uma distância de 1cm.
 A anatomia é fundamental para tudo.
 As incisões devem ser sempre realizadas sobre tecido saudável.

INCISÃO RELAXANTE
 Um retalho que oferece resistência ao se retraído deve ser aliviado com cortes laterais, que são chamadas de incisões
relaxantes, para que não ocorra a dilaceração do tecido.
 Nestas incisões a base devera ter aproximadamente o dobro da medida da relaxante.
o Caso inverta essa proporção pode ocasionar uma necrose tecidual.
 Os lados que foram “alividados” devem divergir para o ápice e no máximo ser paralelos quando houver necessidade de
se desviar de estruturas anatômicas.
 Realizada na região de vestibular evitando a região de palato e lingual da mandíbula.
 Essa incisão apresenta uma relação de dor e recuperação melhor ao paciente.
 A incisão devera sempre apresentar um aspecto vestibular tendo seu incio na linha mucogengival e termino na margem
gengival livre.
o Não pode-se lesionar papila do dente portanto, a incisão não pode acabar nela.
o Não deve-se também acabar a incisão no centro do dente pois, quando isso ocorre pode causar recessão
gengival e futuramente causar hipersensibilidade dentinaria.
 Abaixo da mucosa há o periósteo – retalho de espessura total;
o Quanto mais periósteo você retira do paciente mais dor, desconforto e edema serão causados.
o Amplitude = visibilidade, o ideal seria ampliar a incisão por meio de uma relaxante.
 Retalho de espessura total:
o Gengiva e periósteo.
 Retalho de espessura parcial:
o So periósteo.
 Vascularização:
o As incisões relaxantes devem ser feitas convergindo para o rebordo, principalmente pelo suprimento sanguíneo.
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 Deiscência da sutura (abertura espontânea):


o Cai o retalho e expõe a ferida cirúrgica, a cicatrização ocorre por segunda intenção.
 Incisão 90, 45, 90
o Não cria área de bisem e compromete a ara de vascularização.
o Evitar zig zag.
o Sente todo o osso durante a penetração do bisturi.
 Em casos de fratura da face:
o Linhas de langer – orbita, ângulo e condilo da mandíbula – cicatriz pouco visível.

CLASSIFICAÇÃO DAS IN CISÕES


 Forma geométrica:
o Trapezoidal, triangular, semi-circular, Y ou duplo Y;
 Numero de angulações:
o Monoangular e biangular.
 Nomenclatura segundo o autor.

INCISÃO DE NEWMAN
 Monoangulada baixa (termina na margem
gengival);
 Indicação:
o Cirurgias paraedondonticas;
o Enucleações;
o Exondontias.
o “Tudo na odontologia”.

 Única relaxante + sutura intrasucular.

INCISÃO DE AVELONAL
 Relaxante posterior do ramo + intrasucular + relaxante vestibular
 3º molar inferior
 Não é feita em crista ossea.

INCISÃO DE PORTLAND
 Monoangular alta (termina na linha mucogengival).
 Indicações:
o Cirurgia paradôntica;
o Lesão cística (coroa protética);
 A diferença para a de Newman é que esta é mais ideal para pacientes que fazem o uso
de prótese.

INCISAO DE NOVAK
 Biangulada baixa
 Trapeizoidal
 Presença de duas relaxantes
 Indicações:
o Lesões císticas;
o Exodontias múltiplas.
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INCISÃO DE WASSMUD
 Trapezoidal;
 Biangular alta;
 Indicações:
o Lesões císticas;
o Cirurgias paraedondonticas;
o Presença de próteses ficas ou implantossuportadas (reabilitação).

INCISÃO DE PARTCH

 Ausência de angulações;
 Semilunar;
 Realizada em mucosa gengival;
 Indicação:
o Cirurgia parendodôntica,
o Lesão cística.

INCISÃO DE OCHSENBEIN E LUEBKE


 Biangular;
 Trapezoidal alta (realizada em gengiva inserida);
 Indicações:
o Cirurgia paredodôtica.
 Acompanha o contorno gengival.

INCISÃO INTRASUCULAR (ENVELOPE)


 Ausência de angulações (sem relaxante);
 Baixa (em nível de papilas);
 Indicação:
o Sindemotomia.
 Essa incisão termina em papila porém sem
rompe-las ou dividi-las , passa por trás no
sulco gengival.

INCISÃO EM Y OU DUPLO Y
 Utilizada em toros palatino.

INCISÃO FUNDO DE VESTÍBULO (SULCO)


 Horizontal
 5mm além da linha muco gengival
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 Preservar a linha media é essencial para evitar equimoses.


 Evitar suturas tortas.

INCISÃO COM BISTURI ELÉTRICO


 Vantagens
o Acesso mais fácil
o Corte e hemostasia simultâneos
o Destruição das células pelo calor
o Minimiza a disseminação de células doentes
 Instrumento fundamental na cirurgia, extremamente útil em abordagens que se pretende ter hemostasia.
 Utilizado em abordagens de hemangiomas.
 Indicações:
o Lesões vasculares.
o Exérese de lesões malignas e benignas;
o Cirurgias gengivais estéticas;
o Terapia pulpar;
o Cirurgias maxilo faciais;
o Cirurgias diversas.

INCISÃO COM BISTURI A LASER



 Pouco invasivo e menos traumático;
 Melhora a hemostasia;
 Poucos hematomas;
 Anestesia local;
 Curto tempo de tratamento.

CORTE OU SECÇÃO

 Manobra cirúrgica cujo objetivo é separar os tecidos


 Tesoura de metsenbaum – sem ponta
 O polegar e dedo anelar, dedo médio auxilia o dedo anelar e o indicador no instrumento

DIVULSÃO

 Manobra cirúrgica cujo objetivo é separar os tecidos, sem incisá-los ou cortá-los


 Promover a proteção de estruturas...
 Feita com tesoura metzembaum. Introduz a tesoura de ponta rommba fechada com pressão, abre dentro do local e tira
o instrumento dentro do local.
 Usado em frenectomia e bichectomia, processos infecciosos.
 Separando os planos, sem cortar. Separando a mucosa das demais camadas

SINDESTOMIA/DESCOLAMENTO
 Rebatimento da gengiva para visualizar o osso/dente. Utiliza-se descolador e cureta de molt, descolador de free e
descolador do tipo rugina (mais extenso, trauma, cirurgia ortognática).
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 Quando é feita uma incisão através do periósteo, de preferência, este deve ser rebatido a partir do osso cortical
subjacente em uma única camada, com um descolador periosteal. O instrumento mais comumente usado em cirurgia
oral é o descolador periosteal Molt nº 9.
o A extremidade pontiaguda é
utilizada para iniciar a elevação
do periósteo e rebater papilas
entre os dentes.
o A ampla extremidade
arredondada é usada para
continuar o descolamento do
periósteo do osso.
 O descolador periosteal Molt nº 9 pode ser
utilizado para rebater o tecido por três
métodos:
o No primeiro método, a extremidade pontiaguda é utilizada em um entrelaçamento, forçando o movimento para
elevar tecido mole, geralmente ao elevar uma papila de entre dentes ou na gengiva inserida em torno de um
dente a ser extraído;
o O segundo método é o movimento de impulso, em que a ponta ou a extremidade larga do instrumento é
deslizada por debaixo do periósteo, separando-o do osso subjacente, sendo este movimento mais eficiente e
resulta no descolamento mais preciso do periósteo;
o O terceiro método é um movimento de empurrar, o que algumas vezes é útil, mas tende a destruir ou a dilacerar
o periósteo a menos que seja executado cuidadosamente.
 Deve-se sempre deixar o instrumento apoiado no osso pois assim evita danos ao paciente e ao profissional, além de
preservar o retalho.

DIÉRESE DOS TECIDOS DUROS

 Osteotomia:
o Corte de tecido ósseo sem sua eliminação.
 Ostectomia:
o Corte e remoção do tecido ósseo.
 Odontosecção:
o Inclusos e anomalias radiculares.

 Instrumentos:
o Brocas tipo carbide, série 700, 701, 702 e 703 (não utiliza).
o Haste longa para alta rotação. Utiliza 701 e 702
o Esférica cirúrgica: 6 e 7;
o Ponta diamantada Broca z-cria multilaminada: custo, 4138 ou 702 →custo e fratura muito

EXÉRESE

 Manobra cirúrgica de eliminação total dos tecidos enfermos ou órgãos.

HEMOSTASIA
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A nicotina retarda a cicatrização além de que


fica mais propensa a alveolite
 Conjunto de medidas que visa evitar ou controlar o sangramento
ocasionado por procedimentos cirúrgicos e/ou um evento traumático;
 Preservar capacidade de carregar oxigênio;
 Manutenção da visibilidade do campo cirúrgico;
 Evitar formação de hematomas.
 Prevenção de perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a capacidade de armazenar
oxigênio do paciente. No entanto, manter a hemostasia meticulosa durante a cirurgia é necessário por outras razões
importantes. Uma é a diminuição da visibilidade criada por sangramento incontrolável. Mesmo uma sucção de alto
volume não pode manter um campo cirúrgico completamente seco, particularmente nas regiões bem vascularizadas oral
e maxilofacial. Outro problema que causa sangramento é a formação de hematomas. Hematomas colocam pressão nos
cortes, diminuindo a vascularidade. Eles aumentam a tensão nas bordas do corte. E eles agem como meios de cultura,
potencializando o desenvolvimento de infecções no corte.
 Quanto ao extravasamento:
o Interno ou externo.
 Quanto a natureza do vaso:
o Arterial: jato de sangue.
o Venosa e capilar: uniforme / filiforme.
 Quanto ao ato cirúrgico ou traumatismo:
o Primária: atingir uma veia.
o Secundária: paciente após a cirurgia faz bochechos e induz o sangramento.
o Recorrente: mesmo com as técnicas continua sangrando.
 Compressão com o polegar no alvéolo para controlar o sangramento.
 Remove o coágulo primeiro, para verificar onde é a fonte do sangramento.
 Tratamento mecânico
o Compressão com gaze, embebida ou não com agente hemostático, por 10-20 minutos. Manobra de champre
o PRIMEIRA MEDIDA A SER TOMADA!
 Coloca 2 vezes por 20 min se continuar faz-se o uso de agentes homeostáticos.
 O cirurgião-dentista e os assistentes devem dar batidinhas leves, em vez de esfregar o corte com
esponjas para remover o sangue extravasado. Esfregando é mais provável que reabra os vasos que já
estão fechados com o sangue coagulado.
 Questão de prova: tempo de sangramento: 10-20 min. Sangramento anormal, por esse tempo. Se tiver sangrando ainda,
continua com o mesmo procedimento. Caso não funcione, partir para outro meio.
 Manobra com finalidade de hemostasia – devolve o contorno do osso alveolar. Essa técnica acelera o processo de
reabsorção óssea em 30%, deve-se em evitar caso onde se realiza a extração para fins de implantes. Bidigital – manobra
de champre, deve ser evitado
 Pinçamento:
o Quando lesiona um vaso, UTILIZA-SE UMA pinça hemostática/mosquito- PRENDE O VASO FAZENDO UMA
LIGADURA.
o Se um vaso de tamanho considerável for cortado, cada ponta é segurada com um hemostato. O cirurgião-
dentista então amarra suturas não absorvíveis ao redor do vaso. Se um vaso pode ser dissecado livre do tecido
conjuntivo ao redor, antes que seja cortado, duas pinças hemostáticas podem ser colocados no vaso com espaço
suficiente entre elas para cortar o vaso. Uma vez que o vaso seja cortado, suturas são amarradas em volta de
cada ponta e as pinças hemostáticas são removidas.
 Anti-hemorragicos sistêmicos
o Provocar vasoconstrição; diminuir a permeabilidade capilar; aumentar adesividade das plaquetas; aumentar
número de plaquetas;
o Impedir a ação das plasminas; promover a destruição da trombina;
o Aumentar a concentração de fatores sanguíneos
 Sutura:
o Principal método de hemostasia
o Intervenções extra e intra-bucais;
o Rápida hemostasia, rápida cicatrização;
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o Proteção para a ferida;


o É também utilizada nas hemorragias pós-operatórias;
o Sistematicamente aplicada em todas as extrações dentais;
 Fisioterapia:
o Crioterapia;
o Compressas geladas; até 72 horas. Após isso, compressas quentes.
o Aplicar externamente;
o Previne edema;
o Reduz sangramento PO
 Vitamina K
o Uso anterior a cirurgia.
o Ação: agem na síntese hepática dos fatores II, VII, IX, X da via extrínseca da coagulação (tempo de protrombina)
o Indicação: para os casos onde há carência de vitamina k, geralmente decorrente da ausência de bile no intestino
delgado, elemento fundamental para sua absorção.
o Contra-indicação: usuários de Dicumarol e Salicilatos devido antagonismo proporcionado por essas drogas.
o Prescrever uma ampola de vitamina K, um dia antes da cirurgia para assim promover a sínteses dos fatores.
Aplicação IM (deltóide)
 TRANSAMIN
o Prescrição em caso de hemorragias.
o Ação: atuam se opondo á fibrinólise
o Indicação: hemorragia tardia.
o A fibrinólise pode estar aumentada na hipóxia tecidual, traumatismo, estresse psíquico e físico, durante
aumento do nível de adrenalina e uso de corticóides, devendo serem usados no pré e pós-operatórios.
o 8/8 horas por 2 ou 3 dias, 250mg.
o
 Ministrar hemostase é colocar no corte substâncias de vasoconstrição, tais como, epinefrina, ou aplicar pró-coagulantes,
tais como trombina ou colágeno no corte. A epinefrina funciona como um vasoconstritor mais efetivamente quando
colocada no local em que deseja a vasoconstrição por pelo menos 7 minutos antes da cirurgia começar.
 Hemostáticos locais:
 Celulose oxidada
o Forma de gaze ou algodão;
o Umedecida sangue → pegajosa;
o Hemostasia → aderência no local;
 Cola no local.
o Melhor custo benéfico
o Nome comercial: Surgicel, Act cel.
 Esponja de gelatina
o Absorção 45x seu peso em sangue;
o Facilmente cortada em pequenos pedaços
o Pode ser deixada no local
o Fácil absorção
o Reabsorção: 4 a 6 semanas
o Ambiente hospitalar
o Nome comercial: Gelfoam, Spongostan Standard.
 Colágeno Hidrolizado Liofilizado
o Não-rígidos, brancos, flexíveis, não-friáveis;
o Origem: colágeno bovino;
o Altamente reabsorvíveis (14 a 16 dias) e capazes de segurar várias vezes seu peso de fluido;
o Promove agregação plaquetária
o Nomes comerciais: Hemospon (deve-se ter no consultório), Helistat, CollaPlug.
 Cera óssea
o Mistura natural de parafina, cera de abelha e palmitato de isopropil;
o Ideal para canais vasculares locais no tecido ósseo;
o Não reabsorvível;
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o Efeito adverso na osteogênese;


o Reação inflamatória leve
o Inconveniente = precisa ser retirada

SÍNTESE
 Instrumental: porta-agulha (Mayo-Hegar ou Castroviejo), tesouras (íris curva ou Spencer)
 Fio de sutura: náilon,
seda (diâmetro 3.0 ou
4.0) ou outros e técnica
 Manobras com a função
de manter os tecidos
posicionados
corretamente no seu
local de origem;
 Prevenir a
contaminação
bacteriana;
 Auxilia na hemostasia
(estabiliza o coágulo);
 Favorece a perfeita e
rápida recuperação da
ferida cirúrgica;
 Sutura mais adequada a
cada tipo de
procedimento ou região;
 Sutura incorreta dificulta a cicatrização
 Devolver o tecido para a sua posição correta

TÉCNICA DE SUTURA

 Iniciar sempre pela borda móvel.


o Do que movimenta para o firme.
 Iniciar pelo ângulo da relaxante;
 Apreensão do bordo da ferida com uma pinça;
 Equidistância
 A agulha deve penetrar o tecido om 90º.
 A agulha deve ser girada pelo porta agulha.
 Se tem duas relaxantes deve-se iniciar no ângulo de uma e posteriormente no ângulo da outra.

 Cuidados com a ferida:


o Agente causal;
o Localização anatômica;
o Grau de contaminação;
o Profundidade e extensão;
 Sutura
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o Superficial (sutura-se epitélio);


o Aprofunda (plano muscular, adiposo);
o Por planos (começa a suturar o .... o mais profundo até o epitélio portanto, são vários planos sendo suturados.
 Princípios básicos de uma sutura
o Utilizar o porta-agulha corretamente;
o Sutura tem que ser perpendicular a superfície a ser atravessada;
o Tem que ser do tecido móvel para o fixo;
o Tensão suficientemente, APENAS, para aproximar as bordas;
o Deve-se cortar o fio cerca de 1-3mm do nó
 Durante a introdução da agulha, realizar movimentos circulares que acompanhem a curvatura, realizando movimento
de rotação do pulso do cirurgião.
 Entra perpendicular e faz o giro de pulso
 Sutura – Agulhas
o Ligadas ou não ao fio
o Ponta cortante e curva
o Composição: ponta, corpo e Terminação
o Variam em: comprimento ou tamanho, diâmetro e curvatura.

 A seleção do material de
sutura deve ser baseada nas
propriedades biológicas dos
tecidos a serem aproximados,
nas características físicas e
biológicas dos fios e nas
condições da ferida a ser
fechada, higiene do paciente.
 Em geral, os fios
monofilamentares são
apontados como mais
13 Princípios de Técnicas Cirúrgicas – Victória Brum

vantajosos, pois os multifilamentares proporcionam condições propícias para o desenvolvimento de infecção, uma vez
que colônias bacterianas são formadas nos espaços entre o filamento.
 Corte convencional e corte reverso.
o Na odonto é utilizado o corte reverso pois, o convencional pode rasgar o tecido.
 Sutura – Fios de sutura
o Adequada resistência tênsil;
o Fácil manuseio;
o Provocar pouca/nenhuma reação
tecidual;
o Não causar infecção
o Manter as bordas da ferida coaptadas;
o Resistente ao meio;
o Boa segurança no nó;
o Baixo custo
o Variam entre 6 e 11-0.
o Quanto maior o número zeros, mais fina é a sutura. Ex: uma sutura 4-0 é mais fina que uma sutura 3-0.
 Orgânicos:
o Animal
 Seda (não
reabsorvível)
 Catgut
o Vegetal
 Linho
 Algodão
 A espessura do fio interfere na
cicatrização.
 O fio de nylon é ↑ biocompativel
porem, ele tem memoria elástica
e acaba ulcerando a região
próxima.
 O fio de seda acumula placa
bacteriana.

TIPOS DE SUTURA
14 Princípios de Técnicas Cirúrgicas – Victória Brum

 Colcheiro horizontal modificada: usados em casos de coronectomia.


 Não se deve deixar osso exposto na cavidade oral: risco de infecção.
o Uso do cimento cirúrgico .
o Fica por cerca de 24 até 72 horas.
o Usados em área de gengival

REMOÇÃO DA SUTURA
 Utiliza GAZE para a remoção da sutura + tesoura íris reta, tesoura de Bucky ou tesoura Goldman fox curva.
 Se o paciente chegar com o fio muito branco se passa clorexidina para evitar que as bactérias entrem na região da cirurgia.

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