Resumo de Cirurgia Bucomaxilofacial- P1
Neurocrânio- occipital, esfenoide, parietal,
temporal, frontal, etmoide
Viserocrânio- lacrimal, vômer, maxila, nasal,
palatino, zigomático, mandíbula e concha nasal
inferior
- Avaliação pré e pós operatória:
Avaliação do paciente- é feita a anamnese
História medica- investigar problemas dos
principais aparelhos e sistemas. Doenças
existentes, dores, tosse, cefaleias, edema de
membros inferiores, dores, convulsões
Doenças genéticas importantes- diabetes,
hipertensão, infarto, alergia, asma, distúrbios de
sangramento, doenças malignas e
metemoglobinemia
Exame físico- inspeção, palpação, percussão,
auscultação
3 tipos de cirurgias- eletiva, urgência e
emergência
Tipos de anestesia- geral, local e sedação
Classificação ASA-
ASA 1- paciente normal e saudável
ASA 2- paciente com doença sistêmica leve
ASA 3- paciente com doença sistêmica não
controlada
ASA 4- paciente sistêmico grave que pode
perder a vida a qualquer momento por conta
da condição
ASA 5- não sobreviveria sem cirurgia
ASA 6- paciente com morte cerebral para
doação de órgãos
The mallmpati score- avaliação do dorso da
língua ao palato mole
Classe 1- visualização completa do palato mole
Classe 2- visualização completa da úvula
Classe 3- só vemos a base da úvula
Classe 4- a língua cobre totalmente úvula e
palato mole
Problemas cardiovasculares-
Aterosclerose- acumulo anormal de lipídios na
parede das artérias, obstrui a luz do vaso
comprometendo o suprimento sanguíneo
Hipertensão- elevação da pressão sanguínea
sistólica acima de 140mmHg e/ou da elevação
da pressão diastólica acima de 90mmHg. Utilizar
protocolo de redução de ansiedade, não
exceder administração de adrenalina em
0,04mg, pressão acima de 200/110 adiar
tratamentos eletivos
Angina pectoris- demanda de o2 por parte
do miocárdio superior ao suprimento de 02
fornecido pelas artérias coronárias causando
uma obstrução aterosclerótica. Devemos usar
protocolo de redução de ansiedade, manter
medicação de emergência ao alcance,
administrar O2 suplementar, limitar a quantidade
de adrenalina em 0,04mg
Infarto agudo do miocárdio- é uma
isquemia prolongada causando uma lesão
irreversível. Adiar cirurgias eletivas por 6 meses,
redução de ansiedade, manter nitroglicerina,
administrar O2 suplementar, monitorar sinais
vitais.
Insuficiência cardíaca congestiva- o
coração não consegue bombear sangue
(sistólica) ou encher-se de sangue (diastólica)
adequadamente. Os sintomas incluem falta de
ar, fadiga, pernas inchadas e batimentos
cardíacos acelerados. redução de ansiedade,
agentes hipnóticos, marcação de consulta pela
manha agendamento de forma a reduzir o
tempo de sala de espera, explicação sucinta
dos cuidados
Problemas pulmonares:
Asma- estreitamento reversível das vias áreas.
Evitar tratamento sem a asma controlada,
redução de ansiedade, manter o inalador por
perto, evitar o uso de AINES
Doença pulmonar obstrutiva crônica-
obstrução permanente das vias áreas, sendo
desencadeada por fungos. Protocolo de
redução de ansiedade
Bronquite crônica- hipertrofia e
hipersecreções das glândulas mucosas. Adiar
tratamento ate que esteja com contração
compensada, protocolo de redução de
ansiedade, complementação com oxigênio,
evitar a posição supinada, agendar no final da
tarde para que elimine o muco ao longo do dia.
Problemas renais:
Insuficiência renal crônica- incapacidade
de filtragem. AINES estão proibidos, ajustar
doses de medicações eliminadas pelo rim,
marcar tratamento odontológico depois de 24h
da ultima dialise, considerar profilaxia antibióticos
nos pacientes com fístula arterovenosa
Em pacientes transplantados deve-se evitar
drogas nefrotóxicas
Doenças endócrinas:
Diabetes Mellitus- insuficiência absoluta ou
relativa de insulina. Deve-se sempre errar para
o lado da hiperglicemia, tomar café
normalmente no dia da cirurgia, evitar consultas
longas, protocolo de redução de ansiedade,
monitorar sinais vitais, contato verbal
Distúrbios hemorrágicos-
Mecanismo de coagulação- se um vaso for
danificado por extração ocorre a contração
muscular a fim de diminuir o efeito.
Tampão hemostático temporário-
plaquetas agregadas perto ao dano- agressão
plaquetária frouxa
Tampão hemostático definitivo- rede de
fibrina causada pela reação em cadeia
Distúrbios das plaquetas-
Trombocitopenia: diminuição do uso de
plaquetas induzidas por drogas
Trombocitopatia: plaqueta em numero ideal
porem com funcionamento alterado
Doença de Von Willebrand: função anormal
de plaqueta e deficiência do fator 8, impede a
agregação de plaquetas frouxa
Suspender antiagregante plaquetário por 7 dias
antes da cirurgia
Antiagregante- verificar severidade da
doença, 7 dias sem medicação antes da
cirurgia, adotar medias para não formação de
coágulos
Anticoagulantes- coagulograma, não
suspender a medicação.
Protocolo de redução de ansiedade-
Antes da consulta-
Antes hipnóticos, antes sedativos para
ansiedade na manhã do atendimento, marcação
da consulta pela manha e agendamento de
forma a diminuir o tempo de sala de espera
Durante a consulta-
Manter controle verbal com o paciente,
métodos não farmacológicos para redução da
ansiedade, evitar surpresas, evitar barulhos
desnecessários
Métodos farmacológicos- anestesia profunda
e eficaz, sedação com ansiolíticos
Pós cirurgia- instrução sucinta dos cuidados pós
operatórios, informar possíveis sequelas ou
complicações, medicação de forma eficaz
- Princípios da cirurgia:
Procedimentos cirúrgicos fundamentais-
Dierese- incisão e divulsão (acesso cirúrgico)
intenção de chegar no objetivo cirúrgico
Exerese- é o próprio objetivo cirúrgico. Como
curetagem, osteotomia, exodontia
Hemostasia- controle do sangramento. Pode
ser feito por anestésicos vasoconstritores,
pressão e termocoagulação com bisturi elétrico,
ligaduras com pinça hemostática
Síntese- manobras que visam aproximar os
tecidos divididos no ato cirúrgico, feito por
etapas
Planejamento prévio- o ato cirúrgico ser
planejado passo a passo
Incisões- lâmina afiada e apropriada, corte
firme e continuo, deve entrar em 90º correr
em 45º e sair em 90º. Para decidir o local da
incisão deve-se levar em conta o local do
objetivo e a estética
Desenho do retalho- prevenir necrose, o
ápice não pode ser maior que a base, a
extensão não pode ser maior que duas vezes a
largura da base, incluir suprimento sanguíneo
quando o comprimento for maior que a base,
nunca se deve fazer inserção no zenitte e na
papila
Retalho em envelope- se estende pelo
sulco, fica somente no sulco gengival
Retalho triangular- fazemos a incisão no
sulco e também uma incisão relaxante (são
divergentes e sempre se deve fazer para a
papila)
Retalho trapezoidal- suas incisões relaxantes
e a intramuscular
Deiscência- quando o ponto se abre
novamente
Prevenção de dilaceração do retalho-
cuidado com acesso insuficiente, forçamos o
retalho e ele rasga gerando uma incisão
irregular
Manuseio do espaço morto- evitamos
fazendo sutura de dentro para fora, fazemos
curativos compreensivos ou uso de drenos
para fechar o espaço de onde tiramos tecidos
Técnicas de sutura-
Agulha- pode ser circular atraumatica,
cortante, corte reverso. E apresenta os
tamanhos de ¼ de círculo, 3/8, ½ e 3/4
Permite a cicatrização por primeiro intensão
Fios de sutura- pouca adesão de placa
bacteriana, flexibilidade
Pode ser divididos em:
Diâmetro-
São usados os fios entre 2.0 (+ espesso) até o
0.6 (- espesso). Ideal escolher o de menor
diâmetro capaz de deixar aquela ferida fechada
Material-
Não absorvíeis: seda, nylon, prolene, linho e
algodão. Podendo ser de origem orgânica,
sintética e mineral
Absorvíveis- categut simples, categut
cromado, vycril e ácido poligricolico. Podendo
ser de origem orgânicas e sintéticas
Os planos internos costumamos usar fios
absorvíveis e nós externos fios não absorvíveis
O primeiro ponto sempre deve-se dar no
ponto mais critico
Remoção da sutura- 4 a 5 dias, região de
maior tensão de 7 a 10
- Princípios de exodontia:
Indicações- caries, doenças periodontais,
fratura dentaria podendo ser horizontais
relacionadas a trauma e verticais presentes em
dentes com tratamento de endo. Dentes
envolvidos em patologias
Contra indicações- sistêmicas com doenças
não controladas, hipertensão, diabetes e
doenças renais, locais com suspeita de lesões
malignas
Pré-operatório: avaliação sistêmica, exame
clinico e exame radiográfico
Preparo do paciente: realizar avaliação
sistêmica, verificar necessidade de novos
exames e raio-x para prever possíveis
complicações, posicionar o paciente deitado em
180º
Trans operatório: corresponde ao momento
em que o paciente é recebido no Centro
Cirúrgico até o momento de sua transferência
para a Unidade de Recuperação Anestésica
Exodontia simples- anestesia local, incisão X
sindesmotomia, luxação dentária, irrigação,
controle da hemorragia e sutura
Incisão X sindesmotomia:
Incisão- cortar as fibras que unem o dente a
gengiva com bisturi
Sindesmotomia- inserir instrumento rombo
onde vai rasgar as fibras do LP
Incisão X descolamento- rompimento das
fibras gengivais que ligam o dente a crista óssea
alveolar
Produz relaxamento necessário ao tecido mole
para posterior utilização de alavanca ou fórceps
Luxação dentária- desarticulação dentária,
ruptura das firas do LP, expansão óssea
Alavanca- dentes inacessíveis ao uso de
fórceps, resto radicular, dentes inclusos,
movimentação mesial-distal
A alavanca realiza movimentos de cunha, roda e
eixo, alavanca
Fórceps-
150- 15 ao 25
151- 34 ao 45
17- Molares superiores
18R- molares superiores- Lado D
18L- molares superiores- lado EA
23- Molares inferiores om destruição de coroa
69- Restos radiculares
1-dentes anteriores e superiores
Movimentos- apical, vestibular, lingual,
rotacional e tração
Ostectomia- remoção de osso alveolar,
utilizado na remoção de dentes
Odontossecção- é o corte do dente efetuado
durante procedimentos de remoção de dentes
multirradiculares, que são estruturas constituídas
por duas raízes ou mais.
Curetagem- só é feita se houver lesão
periapical
Remoção óssea- pinça goiva, quando são
removidos múltiplos dentes e ficam a ponta dos
alvéolos, crista óssea alveolar e pode regularizar
com a pinça
Controle de hemorragia- colocado uma
gase no local da remoção e o paciente morde
o local com o dente antagonista e gera uma
pressão
Técnicas de suturas-
Sutura simples- usada em grande parte pela
odonto
Sutura em colchoeiro- usada na papila
interdentária
Sutura em X ou em 8- usada para fechar
alvéolos dentários extraídos
Sutura continua- mais estética e usa em
cirurgias maiores
Sutura continua abraçada- mais estético e
pouco usado
Orientação pós operatória-
Pode ocorrer sangramento leve, não pode
aspirar canudos, nem pressão intra oral, não
faça bochecho, não passe a língua no local da
cirurgia
Utilizar alimentos líquidos a pastosos, frios ou
gelados por pelo menos 7 dias, não escove o
dente após 8h da cirurgia, o edema após
cirurgia é uma reação normal e atinge seu
máximo em 48h após a cirurgia, evitar
atividades físicas por 7 dias, pode aparecer uma
leve equimose próximo a cirurgia.
Paciente deve entrar em contato caso tenha
duvidas, dor excessiva, sangramento não
controlado, edema aumentado após 3º dia de
cirurgia
Prescrição pós operatória:
Exo simples- analgésico de escolha (48h)
Exo complicada- anti-inflamatorio e
analgésico (3 a 4 dias)
Exo de dente incluso- corticoides pré
operatório, anti inflamatório e anlagesico,
clorexidina pré e pós