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Angina Pectoris = é uma dor que, normalmente, é desencadeada pelo esforço ou por
uma determinada condição, por exemplo, o frio intenso que os pacientes se
submetem. No caso um paciente que tome banho frio todo dia de manhã e ele sempre
sente uma dor surda, intensa, normalmente retro-esternal ou no epigástrio e que pode
se irradiar na topografia do nervo ulnar, mas ela pode se irradiar para o dorso, para a
cintura escapular, para a mandíbula. Deve-se fazer diagnóstico diferencial
principalmente com patologias da coluna. Chegou-se a conclusão pelo Eletro e
principalmente pela resposta ao vasodilatador que é angina, esse tipo de angina é
chamada de Angina estável ou Angina Pectoris aos esforços. Neste tipo de angina é
sempre mantido o mesmo padrão de desencadeamento da doença.
Angina Instável = o paciente tem dor independente de ter feito esforço. O paciente
pode estar em repouso e sentir essa dor. Esse tipo de angina não apresenta nenhum
fator envolvido, ele simplesmente teve essa dor.
Sinais e sintomas:
- resposta à nitroglicerina geralmente é positiva. A nitroglicerina é um vasodilatador
coronariano do grupo dos nitratos orgânicos. Essa resposta positiva é importante no
diagnóstico de Angina Pectoris.
- alteração da PA : pode ser por causa da falência cardíaca ou porque está com
tanta dor que a pressão acaba aumentando.
- B3
- sopro sistólico por disfunção de músculo papilar.
São essas as alterações que vc pode encontrar no exame clínico do paciente.
Insuficiência cardíaca:
Nessa doença também utilizamos vasodilatadores.
Em princípio, o paciente apresenta dispnéia aos esforços, nictúria, dispnéia
paroxística noturna – paciente deita, reabsorve o edema e todo esse líquido vai para o
meio intra vascular, isso vai levar a uma sobrecarga hídrica e o coração dele não vai
conseguir bombear todo esse volume porque ele é um coração que está falindo, logo
ele não consegue manusear o edema que está sendo reabsorvido com o repouso.
Esse paciente pode apresentar no exame clínico:
- sopro sistólico
- B3 e B4
- edema do trato digestivo que pode levar à diarréia, inapetência
Tratamento:
Inclui medidas que não são farmacológicas como: exercício moderado que leve a
um condicionamento do pouco coração que esse paciente ainda tem e a retirada de
algumas causas reversíveis, porque a insuficiência cardíaca pode ser determinada por
algumas outras doenças e não só por doença coronariana. O paciente pode
desenvolver uma insuficiência cardíaca em função da Doença de Graves; da
Tireotoxicose. Logo, devemos corrigir as doenças primárias que eventualmente
podem afetar o coração.
Medidas farmacológicas:
Os vasodilatadores que serão usados são: inibidores da ECA, bloqueadores de
receptor de angiotensina I, ß bloqueadores, inotrópicos no caso de o paciente vir a
apresentar baixo débito cardíaco, nitratos orgânicos, bloqueadores do canal de cálcio
e inibidor da fosfodiesterase administrados por via parenteral.
Hipertensão arterial:
Pode ser primária ou secundária. A primária é a hipertensão essencial que não tem
causa determinada. Já a hipertensão secundária é aquela onde conseguimos
estabelecer a causa.
Hipertensão secundária: o uso de corticóides e o feocromocitoma que é um tumor da
supra renal que produz adrenalina e noradrenalina são causas de H.A.
Em 95% dos casos não tem valor estabelecido e aqui novamente a hereditariedade
é um fator super importante para a determinação de H.A. Tratamento da
Hipertensão arterial:
De uma forma geral, o objetivo é manter os níveis de pressão menores que
140mmHg e maiores que 90mmHg. Quanto menores forem esses valores menor o
risco. O doente que trata e controla a pressão arterial tem risco 40% a 50% menor de
desenvolver AVC. Não se procura estabelecer uma relação direta entre doença
coronariana e H.A. Em princípio, o fato do paciente estar com a pressão alta, vai
agravar a patologia cardíaca. Estatisticamente provado, o maior benefício que o
paciente tem em tratar a H.A.é evitar os AVCs, tanto os hemorrágicos quanto os
isquêmicos.
De uma maneira geral, os pacientes vão ser beneficiados com o uso de: diuréticos,
ß bloqueadores, inibidores da ECA, bloqueadores de receptor de angiotensina e
bloqueadores dos canais de cálcio. Muitas vezes estes medicamentos são associados
para o tto de H.A.
Inibidores da ECA:
São medicações extremamente úteis no tto da insuficiência cardíaca e da H.A.
Então, quase sempre teremos que dar preferência ao uso de inibidores da ECA.
Apenas dois grupos de pacientes não respondem tão bem a esses medicamentos:
os pacientes muito idosos ou negros. Porque, de uma maneira geral, são hipertensos
onde a renina é baixa. Então, os pacientes sem renina alta que são desses dois
grupos não respondem tão bem aos inibidores da ECA. Mas, podem vir a responder
bem se associarmos os inibidores da ECA com diuréticos ou inibidores da ECA com
bloqueadores do canal de cálcio.
O protótipo desse grupo seria o Captopril. Porque ele foi o primeiro, o precursor e é o
medicamento que nós temos mais conhecimento e o que mais foi estudado.
Esses medicamentos diminuem a resistência vascular periférica e pulmonar. Logo,
como isso vai melhorar a insuficiência cardíaca? Eles vão diminuir a pós carga e pré
carga do doente, eles produzem dilatação arterial e venosa, então desse maneira o
coração vai contrair de uma maneira mais eficiente, isso vai diminuir a sobrecarga
hídrica do paciente. É um coração que manterá o volume na insuficiência cardíaca.
O interessante nesse grupo é que quase todos eles são pró-drogas, dependem de
metabolização hepática para produzirem seus efeitos. Assim, pacientes com doenças
hepáticas podem eventualmente comprometer a função dessa medicação. Exceto o
Captopril e o Lisinopril, todos os outros são pró-drogas.
Esses medicamentos não comprometem os reflexos posturais. É muito comum
ocorrer com o uso dos dilatadores de o paciente ficar em pé e ter hipotensão, ficar
tonto, cair. Então, é muito desagradável vc estabelecer um tto para uma pessoa e
essa pessoa não poder ficar em pé porque fica com tonteira. Logo, o que fala mais a
favor dos inibidores da ECA é o fato do paciente não ter esse tipo de efeito colateral.
Uma outra grande indicação para o uso dos inibidores da ECA além da insuficiência
cardíaca e da hipertensão é na Glomeruloesclerose, que é uma doença
arterioesclerótica progressiva do rim e que leva a insuficiência renal. Isso acontece
nos pacientes diabéticos. Então, como anteriormente vimos, os inibidores da ECA
diminuem o remodelamento do miocárdio, logo também diminuem a produção das
escleroses em outras regiões do corpo inclusive no rim, então de uma certa maneira
retardam a evolução da doença renal nesses grupos de pacientes.
Nitratos orgânicos: