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AFECÇÕES DO

SISTEMA CARDIOVAS-
CULAR
Professora: Anne Caroline Neri
Principais
Afecções
Angina

Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Hipertensão Arterial
Angina - O que é?

É uma síndrome clínica habitualmente


caracterizada por episódios de dor ou
pressão na região anterior do tórax,
decorrente de uma obstrução de uma
ou mais artérias, causando um fluxo
sanguíneo coronário insuficiente,
resultando em suprimento diminuído
de oxigênio.
Angina - Causas

A maior causa da angina é a


aterosclerose.

Idade superior a 65 anos;


Pressão alta;
Diabetes;
Tabagismo;
Obesidade;
Sedentarismo;
Histórico familiar;
Altas taxas de colesterol no sangue.

Sintomas da Angina
Dor no peito ou desconforto com
duração de cinco a 15 minutos.

Sensação de peso, queimação,


pressão ou aperto no peito;
Sensação de indigestão;
Falta de ar ou sufocação;
Fadiga;
Náuseas e vômitos;
Formigamento ou dor nos ombros,
braços e/ou pulsos;
Dor na mandíbula, pescoço,
garganta, dentes, gengivas.
Sudorese
A angina pode ser precipitada
pelos seguintes fatores

Esforço físico,
Estimulantes (p. ex. cocaína,
metanfetamina)
Padrões de ritmo cardíaco
Tabagismo, fumaça de cigarro
Temperaturas extremas
Emoções fortes
Consumo de refeições pesada

Tipos de Angina
Tipos de Angina

Angina Estável: Episódios leves, curtos


(1 a 5min), relacionados às atividades
com maior demanda de O²

Angina Instável: Sintomas em repouso,


dura mais de 20 min, graves e de início
recente
Tipos de Angina

Atenção

Angina Instável Não é uma doença!


É um sintoma de isquemia miocárdica.

Diagnóstico da Angina
Histórico médico
Exame físico
Eletrocardiograma e um ECG de
esforço
Cateterismo
Tratamento
Medicamentos – as categorias de
nitratos, betabloqueadores e
antagonistas do cálcio ajudam a melhorar
os sinais e sintomas da angina e melhoram
a irrigação sanguínea.

Já remédios antiplaquetários ajudam a


diminuir o risco de formar coágulos nas
paredes sanguínea.

Na hora da dor: nitroglicerina sublingual.


Assistência de Enfermagem

• Orientar o paciente para interromper todas as atividades e


sentar-se ou repousar no leito em uma posição de semi-Fowler,
para reduzir as necessidades de oxigênio do miocárdio
isquêmico

• Medir os sinais vitais e observar a existência de sinais de


angústia respiratória

• Obter um ECG de 12 derivações e colocar o cliente sob


monitoramento cardíaco contínuo

Assistência de Enfermagem

• Administrar nitroglicerina por via sublingual e avaliar a


resposta do cliente (repetir até três doses)

• Administrar oxigenoterapia se a frequência respiratória do


cliente estiver aumentada, ou se houver diminuição no nível de
saturação de oxigênio

• Se a dor for significativa e contínua após essas intervenções,


avaliar o cliente de modo mais minucioso para IAM agudo e,
possivelmente, transferi-lo para uma unidade de maior
complexidade.

Infarto Agudo do Miocárdio - IAM

É um processo de morte das


células de uma região do músculo
do coração devido à formação de
um coágulo que interrompe o
fluxo sanguíneo de forma súbita e
intensa.

O infarto pode ocorrer em


diversas partes do coração, e isso
dependerá de qual artéria foi
obstruída.
IAM - Causas

A principal causa do infarto é a aterosclerose.


IAM - Fatores de risco
• Idade – homens > 45 anos de idade e mulheres > 55 anos de
idade
• Diabetes – bastante relacionado com distúrbios cardíacos.
• Hipertensão – causa hipertrofia do ventrículo esquerdo.
• Obesidade – IMC maior que 30.
• Tabagismo – causa enrijecimento arterial.
• Colesterol elevado (dislipidemias).
• Sedentarismo.
• Histórico familiar.
IAM - Manifestações Clínicas
IAM - Manifestações Clínicas
Grupo de risco para manifestação atípica
(sem a presença de dor torácica)

• Idosos;
• Sexo feminino;
• Diabetes mellitus;
• Insuficiência cardíaca;
• Pacientes que usam marca-passo

Apresentam Náusea e/ou vômitos e palpitações.


IAM - Diagnóstico
• Monitorização Eletrocardiográfica - A monitorização
eletrocardiográfica é recomendada a todos os pacientes com
suspeita de IAM, a partir do primeiro contato médico.
• ECO - Avaliar a função ventricular
• Enzimas Cardíacas - Marcadores bioquímicos de lesão
miocárdica devem ser mensurados em todo paciente com
suspeita de IAM (mioglobina, CKMB e troponina I e T).
• Cateterismo
Tratamento IAM - Mnemônico
IAM -Tratamento
Terapia analgésica e anti-isquêmica: PRIORIDADE

Nitroglicerina: nitrato orgânico, vasodilatador,


antianginoso
Via de administração: Sublingual e IV
Comprimido (0,4 mg) em intervalos de 5 min, se
não houver resposta após o 3º comprimido,
administrar EV.
Não administrar se PAS < 90mmHg, bradicardia ou
taquicardia sem IC
IAM -Tratamento

Sulfato de Morfina

Analgésico narcótico / opióide


Também pode ser utilizado quando não há alívio
dos sintomas com nitroglicerina
Administrar 2 a 4 mg EV em intervalos de 5 a 15
min
IAM -Tratamento
Administração de Oxigênio

É indicada sua administração rotineira em pacientes


com saturação de oxigênio < 94%, congestão
pulmonar ou na presença de desconforto
respiratório, para alivio da hipoxemia.

IAM -Tratamento

Terapia Antiplaquetária

Ácido acetilsalicílico (AAS): é o antiplaquetário de


eleição a ser utilizado no IAM.
A dose recomendada é de 160 mg ao dia a 325 mg
a ser utilizada de formamastigável quando do
primeiro atendimento, ainda antes da realização
do ECG.

IAM -Tratamento

Beta-bloqueador - Atenolol, metoprolol,


propanolo

O principal objetivo é causar a redução da


frequência cardíaca, buscando manter uma FC de,
aproximadamente, 60 bpm. Sua utilização rotineira
deve ser feita por via oral, no paciente estável,
mantendo-a após a alta hospitalar.
IAM -Tratamento

Terapia Antiplaquetária

Clopidogrel: seu uso combinado ao AAS e em


pacientes que receberam terapia trombolítica
inicial,demonstrando seu benefício em reduzir
eventos cardiovasculares maiores.

O benefício é maior quanto mais precoce for


administrado o medicamento e quando for
utilizada uma dose de ataque (300 mg).

IAM -Tratamento
Terapia Anticoagulante

Enoxaparina deve ser administrada quando do


diagnóstico do IAM nas seguintes doses:
• Em pacientes com idade < 75 anos: 30 mg por via
Intravenosa (IV) em bolus seguidas de 1 mg/kg
Subcutâneo (SC) a cada 12 horas até a alta
hospitalar.

• Em pacientes com idade ≥ 75 anos: não administrar


o bólus e iniciar com 0,75 mg/kg SC a cada 12 horas.

Até 8 dias ou até alta hospitalar.


IAM -Tratamento

Angioplastia
Procedimento onde um cateter abre
uma artéria coronária para
reestabelecer o fluxo sanguíneo
adequado.

Tratamento

Revascularização do Miocárdio (Ponte Safena)


Fluxo sanguíneo é redirecionado em torno de uma ou mais


artérias coronárias por meio de um enxerto de vaso
sanguíneo para criar novas vias de fluxo sanguíneo para o
tecido do músculo cardíaco. Em geral, são coletados da
artéria radial ou veia safena
Tratamento
Vamos Praticar

1. São sinais e sintomas mais característicos de um infarto agudo do


miocárdio (IAM):
a. Dor precordial, sudorese, sede e torpor.
b. Dor torácica, tontura, sudorese, hipotensão arterial, vômito e anorexia.
c. Hipotensão arterial, anorexia, torpor e sede.
d. Dor epigástrica e precordial, tontura, sudorese, náuseas e vômito
Vamos Praticar

Paciente internado, apresentando quadro de dor na região retroesternal,


que se agrava com exercício ou estresse emocional, e é aliviada com repouso
ou uso de nitroglicerina.

Qual tipo de Angina pode ser identificada?


Vamos Praticar

São medidas iniciais para o tratamento do paciente com IAM:


a) analgesia, alívio da hipoxemia, ácido acetilsalicílico e clopidogrel.


b) cirurgia de revascularização do miocárdio, alívio da hipoxemia e
analgesia.
c) analgesia, alívio da hipoxemia e adrenalina endovenosa a cada 2 minutos.
Insuficiência Cardíaca Congestiva - Conceito
A ICC corresponde a incapacidade do coração em bombear o
sangue adequadamente devido à disfunção sistólica, diastólica
ou ambas, de um ou dos dois ventrículos.

É a via final das doenças cardíacas.


Insuficiência Cardíaca Congestiva - Causas

Doença Isquêmica (IAM e Angina Instavél)


Hipertensão Arterial
Doença Valvar
Doenças de Chagas
Consumo de Álcool e drogas

Insuficiência Cardíaca Congestiva - Tipos


A ICC pode ser dividida em dois tipos:

Insuficiência Cardíaca Sistólica: ocorre quando as paredes do


músculo cardíaco ficam finas e os ventrículos não conseguem
bombear ou ejetar o sangue para fora do coração
adequadamente.

Insuficiência Cardíaca Diastólica: ocorre quando as paredes


músculo cardíaco ficam rígidas e espessas dificultando o
relaxamento e o enchimento dos ventrículos.

Insuficiência Cardíaca Congestiva - Tipos


Insuficiência Cardíaca Congestiva - Tipos
A ICC pode ser direita ou esquerda, dependendo da ventrícul
afetada:

Insuficiência Cardíaca Esquerda: Ocorre congestão pulmonar


quando o ventrículo esquerdo não consegue bombear
efetivamente o sangue do ventrículo para a aorta e a circulação
sistêmica.

Insuficiência Cardíaca Direita: A congestão do ventrículo direito


causa o retorno do sangue da veia cava superior e inferior,
causando congestão de tecido periférico.
Predomina a congestão nos tecidos periféricos e nas vísceras.

Insuficiência Cardíaca Congestiva - Sintomas


Insuficiência Cardíaca Congestiva - Sintomas
Insuficiência Cardíaca Congestiva - Diagnóstico
• Exame físico e verificar sinais e sintomas ( Sinais como terceira bulha e
sintoma como ortopneia como mais específicos para o diagnóstico de IC)

• Ecocardiografia: avaliação inicial de todos os pacientes com suspeita de


IC para avaliar estrutura e função cardíaca, para planejar tratamento e
para estratificação prognóstica (verifica alterações de válvula)

• ECG: avaliar sinais de cardiopatia estrutural como hipertrofia ventricular


esquerda, isquemia miocárdica, áreas de fibrose, bradicardia ou
taquiarritmias.

• RX tórax: mostra o aumento da área cardíaca;


Insuficiência Cardíaca Congestiva - Diagnóstico

• Ressonância magnética cardíaca: Fornece avaliação altamente


acurada das estruturas e da função cardíaca, sendo considerada
atualmente o método padrão-ouro para medidas dos volumes, da
massa miocárdica e da fração de ejeção de ambas as cavidades
ventriculares.

• Teste de caminhada: o paciente, no início, pode não apresentar


falta de ar apenas porque ele não se submete a esforço. Por esse
motivo é importante a realização desse teste.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Tratamento farmacológico
Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) -
Captopril, Enalapril

Deve ser aplicado desde o início do tratamento.


diminui a PA e Alivia os sinais e os sintomas da ICC
Evita a progressão da ICC.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Tratamento farmacológico
Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina (BRA) - Losartana

Deve ser aplicado desde o início do tratamento.


Tem ação vasodilatadora, diminui a PA e Alivia os sinais e os


sintomas da ICC
Evita a progressão da ICC.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Tratamento farmacológico
Agentes Bloqueadores Beta-adrenérgicos (betabloqueadores)-
Propranolol, Caverdilol,

Dilata os vasos sanguíneos e diminui os Sinais e sintomas da ICC.


Melhora a capacidade de realizar exercício.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Tratamento farmacológico
Diuréticos - Furosemida

Diminui a sobrecarga de volume de líquido e diminui sinais e


sintomas de ICC

Paciente perde líquido e potássio - importante fazer o controle de


potássio e monitorar e pesar diariamente.

Horário da administração de diurético: preferencialmente, pela


manhã.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Tratamento farmacológico
Digoxina - Lanoxin
é medicamento pouco utilizado na atualidade

Melhora a contratilidade do miocárdio e diminui os sinais e


sintomas de ICC.

Observar a ocorrência de bradicardia e intoxicação digitálica.


É um medicamento usado somente para casos específicos.


Novos medicamentos, como a Ibravadin, têm substituído a


digoxina.
Insuficiência Cardíaca Congestiva -
Cuidados de Enfermagem
Posição semi-fowler par evitar a congestão,
Avaliar constantemente sinais vitais,
Observar aspecto da pele (fria/palidez), 
Observar sinais de dispnéia, insuficiência respiratória eAdministrar
O2 conforme prescrição,
Controle hídrico,
Promover restrição hídrica,
Pesar o paciente diariamente,
Oferecer dieta hipossódica (controle de água e de sal),
Promover ambiente calmo e tranquilo,
Evitar o consumo excessivo de álcool e tabagismo e exercício regular.

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