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Atendimento sistematizado
o Avaliação clínica
o Exame físico
o ECG
o Avaliação da probabilidade
o Biomarcadores
o Outros exames complementares
Avaliação Clínica
Tipo de dor: dor em opressão ou queimação ou mal-estar indefinido
Localização: precordial, torácica, epigástrica
Irradiação: cervical, mandibular, ombro ou face interna do braço (principalmente lado
esquerdo).
Fatora de piora ou desencadeantes: atividade física, estresse emocional, exposição ao frio,
libação alimentar e alcoólica, tabagismo.
Fatores de melhora: repouso, nitrato.
Sintomas associados: dispneia, náuseas e vômitos, sudorese
Queixas não típicas em diabéticos, mulheres e idosos
Exame Físico
Habitualmente normal
Buscar sinais de alerta
o Diferencial de PA em MMSS dissecção de aorta
o Irregularidade de pulso
o Sopros
o Atrito pericárdico
o Massas abdominais
o Sudorese, febre síndromes abdominais ou PNM
Eletrocardiograma
Em até 10 min
Síndrome coronariana aguda: inversão da onda T, BRE novo, infradesnível ou supradesnível de
ST.
Área inativa (onda Q): sugestivo de aterosclerose prévia.
Comparar com ECG prévio.
ECG normal em até 6% de IAM sem supra e 4% na angina estável.
Se suspeita de acometimento de VD: V3R-V4R / se suspeita de infarto posterior: V7-V8-V9
Repetir em 3, 6 e 9hs
Avaliação da Probabilidade
Tipo A: Definitivamente anginosa dor típica
Tipo B: Provavelmente anginosa dor diferente do usual, não relacionada a fatores
desencadeantes.
Tipo C: Provavelmente não anginosa duração muito prolongada sem manifestações no
eletro.
Tipo D: Definitivamente não anginosa outra dor torácica clássica definida (ex: pneumotórax)
Avaliar presença de fatores de risco
o Idade > 60 anos
o Sexo masculino
o História familiar positiva (H <55 e M<65)
o Presença de comorbidade (DM, HAS, Dislipidemia, Tabagismo, IRC)
o Uso de cocaína ou quetaminas
ECG sem alterações + 0 fatores de risco probabilidade baixa
ECG sem alterações + 1 Fator de risco probabilidade intermadiária
ECG sem alterações + ≥ 2 Fatores probabilidade alta
ECG com alterações + 1 Fator de risco probabilidade intermediária
ECG com alterações + ≥ 2 Fatores de risco probabilidade alta
Escores de mortalidade
o Grace
o TIMI
o HEART
Biomarcadores
Coleta em 3, 6 e 9hs
Mioglobina não fazer!
o Mais precoce
o Persiste 24hs
o Muito inespecífica
CKMB
o MASSA: maior sensibilidade
o A partir de 3hs
o Diagnóstico mais precoce
Troponina (T ou I)
o Marcadores diagnóstico e estratificação
o Mais sensíveis e específicas
o Positiva = marcadores de formação de trombos
o Eleva-se a partir de 3-4hs até 2 semanas
o Cut-off: poercentil 99% da referência do Kit
Exames complementares
Rx de Tórax
o Normalmente normal
o Dissecção de aorta 85% alterados
Alargamento do mediastino
o Mostra outras alterações como: pnm
Teste ergométrico
o Sensibilidade 89%
o Valor preditivo negativo de 100% de IAM
o Deve ser realizado após 8-12hs de observação
o Pior prognóstico se durante o exame: angina, arritmia.
Ecocardiograma transtorácico
o Sob repouso
Distúrbio de contratilidade precede alterações do ECG
Se dor persistente
Sensibilidade 90%
Especificidade 78%
Avalia diagnósticos diferenciais
o Sob estresse
Semelhante ao teste ergométrico
Cintilografia de perfusão miocárdica
o Em repouso
Durante episódio de dor, ou em até 2hs
Sensibilidade 90-100%
Valor preditivo negativo 99%
Reduz custos e cateterismos desnecessários
Limitação: presença de IAM prévio
o Com extresse
ECG e MNM não diagnósticos
Após 12hs de observação
Estresse físico ou farmacológico
Ressonância magnética
o Avalia função, viabilidade e perfusão
o Detecta áreas de fibrose
o Diferencia miocardite
o Utiliza gadolíneo
Tomografia computadorizada de artérias coronárias
o Avalia escore de cálcio: se 0 risco muito baixo
o Para realizar precisa de FC < 70 bpm
Formas de apresentação
Infarto com supra ST oclusão total
Infarto sem supra ST oclusão parcial
Angina instável oclusão parcial
Obs: Supra ST 1mm de supra em duas derivações consecutivas
Diagnóstico
IAM: elevação de biomarcadores + sintomas isquêmicos ou novas ondas Q patológicas ou
alterações do segmento ST ou novo BRE ou imagem com perda de miocárdio viável
Tratamento
Estabilização clínica
1. AAS
o Ataque 160-325mg
o Manutenção 81-100mg/dia
o Contraindicações: hipersensibilidade conhecida, discrasia sanguínea, úlcera péptica
ativa.
2. Antiplaquetários antagonistas do receptor (Clopidogrel, Prasugrel, ticagrelor)
o Iniciar precocemente
o Manter por 12 meses
o Clopidogrel único que pode ser associado a trombose.
o Clopidogrel
Ataque 300
Manutenção 75mg/dia
Se perspectiva de fazer angioplastia primária fazer ataque de 600mg
Não associar omeprazol ou esomeprazol
o Prasugrel
Inibição mais rápida e consistente
Usar em pacientes que serão submetidos a angioplastia primária
Ataque 60mg
Manutenção de 10mg/dia
o Ticagrelor
Bloqueador reversível
Efeito mais rápido
Mais eficaz que o clopidogrel em reduzir o risco de morte e reinfarto em 1 ano.
Ataque 180mg
Manutenção: 90mg 12/12hs
Efeito colateral: dispneia em 14% dos pacientes nas primeiras 2 semanas de
tratamento.
3. Anticoagulantes (HNF, HBPM, Fondaparinux, Bivalirudina)
o Início precoce em paciente de moderado/alto risco
o Suspender quando
Angioplastia da lesão culpada
Após fibrinóliza ou sem reperfusão
HNF por pelo menos 48hs
HBPM ou fondaprinux por 8dias ou na alta hospitalar
Antes da cirurgia de revascularização do miocárdio
Interromper hnf 6hs antes
Interromper hbpm 8hs antes
Interromper fondaparinus 1 dia antes
o HNF
Infusão contínua de 60UI/kg no máximo 12000UI
Se fibrinolítico ou angioplastia primária fazer bolus de 60IU/kg max 4000UI
Controle laboratorial com TTPA
o HBPM
1mg/kg 12/12hs
Se fibrinolítico fazer bolus de 30mg
Se > 75 anos reduzir dose para 0,75mg/kg
Se ClCr < 30 reduzir dose pela metade
Se ClCr < 15 fazer HNF
4. Fibrinolíticos
o Usar nos infartos com supra ST ou quando não tem angioplastia primária em tempo
menor que 120min.
o Fazer em até 12hs do início da dor
o Até 24hs do início da dor se: choque cardiogênico, área extensa acometida ou angina
refratária.
o Contraindicações absolutas
AVCh prévio
Sangramento ativo patológico
AVCi a menos de 3 meses
Neoplasia no SNC
Mal-formação arterio venosa cerebral
TCE a menos de 3 meses
Dissecção de aorta
Doença terminal
o Critérios de reperfusão
Imediatos (60-90min)
Resolução da dor
Redução do supra ST em 50%
Arritmias de reperfusão (TV)
Com critérios cateterismo em 3-24hs
Sem critérios angioplastia
o Alteplase (tPA)
Bolus 15mg
0,75mg/kg em 30 min (max 30mg)
0,5mg/kg em 60min (max 35mg)
o Tenecteplase (TNK)
Bolus de acordo com peso
o Estreptoquinase (SK)
1,5 milhão UI IV em SF0,9% 100ml
Em 60min
2 acessos venosos paciente pode chocar, instabilizar.
Não repetir em menos de 1 ano devido risco de anafilaxia.
5. Beta Bloqueador (Metoprolol, carvedilol, nevibolol)
o Controle da FC
o Redução do consumo miocárdico de O2
o Avaliar fatores de risco de choque cardiogênico
Idade > 70 anos
PAS < 120mmHg
FC > 110bpm
Killip > 1
o Preferencialmente VO
o Usar indefinidamente se disfunção ventricular
6. IECA ou BRA
o Iniciar precocemente (<24hs) nos paciente com supra ST
o BRA se intolerância a IECA
7. Estatinas
o Início precoce
o Manter estatina de alta potência
o Atorvastatina 40-80mg
o Rosuvastatina 20-40mg
8. Nitrato
o Controle sintomático
o Sublingual: dinitrato de isossorbida 5mg
Até 3 cpm em intervalos de 5 min
o Venosa: nitroglicerina (TRIDIL)
10mcg/min
Progredir a cada 3-5min
o Repetir ECG se houver mudança de sintomas
o Contraindicações
PAS < 90mmHg
Uso inibidores de fosfodiesterase-5 nas últimas 24-48hs
Suspeita de infarto ventricular direito (supradesnivelamento de ST em V3R e
V4R)
9. Morfina
o Apenas se dor refratária após o nitrato
o Intravenoso 2-4mg (solução 1mg/ml) [ampola de 10mg/ml diluir em 9ml de AD]
o Tem redução do efeito antiplaquetário!
o Cautela em pacientes com suspeita de infarto de ventrículo direito
10. Oxigênio
o SpO2 ≤ 92%