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2) INDICAÇÕES:
a) Coronariopatia crônica: angina estável não aliviada com tto clínico; angina estável
com evidência de isquemia no tergo, eco ou mibi; reestenose sintomática após ICP
prévia
b) Coronariopatia aguda: angina instável de médio ou alto risco; IAM sem supraST;
IAM com supraST
6) FÁRMACOS ADJUVANTES
Os principais são os anti-agregantes plaquetários e os anti-coagulantes
AAS -> reduz tromboxano A2, reduzindo agregação plaquetária e vasoconstrição.
Dose de ataque: 325mg VO; dose de manutenção:200mg VO por 6 meses, depois,
100mg ad eternum. Seu objetivo é reduzir o risco de trombose do stent e prevenir
eventos cardiovasculares maiores (AVE, IAM, MS).
TIENOPIRIDÍNICOS -> clopidogrel, prazugrel, ticlopidina (cada vez menos utilizada).
Inibe agregação plaquetária agindo nos receptores de adenosina na superfície das
plaquetas. Dose de ataque: 300 a 600mg 2hrs antes da ICP; dose de manutenção:
75mg/dia de 6 meses a 1 ano. Seu objetivo é reduzir o risco de trombose do stent e
prevenção de eventos cardiovasculares maiores (IAM, AVE, MS).
INIBIDORES DA GLICOPROTEÍNA IIB/IIIA -> abciximab, tirofiban; objetiva reduzir o risco
de trombose do stent e prevenir eventos cardiovasculares maiores (IAM, AVE, MS).
Tem melhores resultados em casos de alto risco.
ANTICOAGULANTES -> fundamentais na ICP, podemos usar heparina não-fracionada e
a enoxaparina (heparina de baixo peso molecular). São inibidores indiretos da
trombina e do fator Xa.
8) DISPOSITIVOS ADJUVANTES
a) SISTEMA DE PROTEÇÃO DE EMBOLIA DISTAL -> utilizado para ICP em pontes de safena,
reduz em 40% o risco de eventos cardíacos maiores
d) ATERECTOMIA ROTACIONAL -> usa uma sonda (Rotablator), a qual avança sobre a placa
aterosclerótica, removendo partículas calcificadas superficiais que são embolizadas
distalmente, permitindo posterior uso de balão ou implante de stent. Usada em situações
muito específicas.
A recorrência de sintomas anginosos no primeiro ano após ICP tem 3 causas principais:
-trombose -> formação de trombo na lesão tratada por ICP, associada a IAM (geralmente IAM
comST); raro, mas com mortalidade de 50%. Classificada em aguda (<24hr), subaguda (entre
24hr e 30 dias), tardia (entre 30 dias e 1 ano) e muito tardia (>1 ano). As principais medidas
para prevenção da trombose tardia são a técnica adequada e o uso adequado da terapia
antiplaquetária dupla. O tratamento consiste em ICP em urgência/emergência ou trombólise
(onde não há ICP).
Medicamentos:
a) Anticoagulantes -> suspender 7 dias antes, e fazer o CATE quando INR<1,8; usar
enoxiparina 1mg/kg 2x/dia enquanto estiver sem anticoagulante.
b) Metformin deve ser suspensa 48hr antes do cate e reintroduzida 48hr após, se fç renal
normalizada
c) Não suspender nem AAS nem anti-hipertensivos.
***EVITAR NEFROPATIA POR CONTRASTE (ver capítulo sobre o assunto)
Reações alérgicas ao contraste: podem variar desde prurido e náuseas até insuficiência
respiratória e choque anafilático. Para pacientes com fatores de risco, utilizar corticóide, anti-
histamínico H1 e bloqueador H2 -> prednisona 40mg/dia + dexclofeniramina 2mg ou
loratadina 10mg 3x/dia + ranitidina 150mg 2x/dia, nos três dias antes do cateterismo. Se o
procedimento for urgência, utilizar hidrocortisona EV + difeninframina EV.
Sedação -> não se usa de rotina; midazolan 0,5 a 1mg EV ou fentanil 25 a 50mg EV.
ECG -> fazer logo após o procedimento e comparar com o ECG anterior. Supra ou infraST
ausentes anteriormente, associado a sintomas anginosos, sugerem espasmo coronariano ou
oclusão aguda do vaso (por exemplo, trombose aguda). O espasmo coronariano é tratado com
nitrato EV, associado ou não a bloqueadores de canal de cálcio, com reversão das alterações
do ECG. A não reversão das alterações no ECG sugere oclusão aguda do vaso ->CATE urgente!
A oclusão de ramos secundários durante a realização da ICP deve ser controlada com fármaco.
Marcadores de lesão miocárdica (CPK e CKMB) devem ser monitorados por 18 a 24hr após ICP.
Diagnóstico de IAM periprocedimento é feito quando CKMB sobe a valores 3 ou mais vezes o
normal. IAM periprocedimento pode ser causado por embolização distal de debris ou
enjaulamento de ramos secundários. Seu tratamento é clínico, com ajuste farmacológico e
acompanhamento até que CKMB normalize.
**Retorno de sintomas anginosos nos primeiros meses, deve fazer pensar em reestenose
coronariana. Se houver retorno da angina entre 3 e 6 meses, fazer novo CATE.
**Como cerca de 25% dos pacientes com reestenose apresenta isquemia silenciosa, alguns
defendem fazer MIBI ou eco-stress após a ICP.