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R3TI Flávia Castanho Hubert

Graduação em Medicina - Universidade Federal do Paraná


Residência em Clínica Médica – Hospital São José
Residente de Terapia Intensiva do Hospital do Trabalhador
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica
Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiência tricúspide
Próteses valvares
Introdução
Principal causa de IC
Degenerativa ou reumática
Doença crítica em duas situações: doença
aguda descompensando lesão valvar
crônica ou lesão valvar aguda gerando IC.
Necessidade de exame físico detalhado
Métodos de imagem: ecocardiografia e
CATE (principais), RX, ECG, TC, RNM
SUMÁRIO
Introdução

Estenose Aortica
Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiência tricúspide
Próteses valvares
ESTENOSE AÓRTICA
1. ESTENOSE AORTICA
Lesão valvar mais comum
Causa principal = degenerativa
Até 30% após os 70 anos
2% das valvas aorticas são bicúspides:
malformação congênita mais comum.
Curso lento e progressivo

AUMENTO PROGRESSIVO DE
RESISTÊNCIA AO FLUXO SANGUINEO
1. ESTENOSE AORTICA

ÁREA VALVAR < 1CM²


- Pior prognóstico
- Mais sintomas
- Maior gravidade

- Tratamento Cirúrgico
1. ESTENOSE AORTICA
Débito mantido por hipertrofia do
ventrículo – sobrecarga contínua leva a
distensão
Disfunção diastólica e hipertensão
pulmonar secundária
Isquemia cardíaca: por DAC ou por
desproporção fibra x vaso. RISCO EM
CONDIÇÕES DE QUEDA DA PA (Ex
sepse). Cuidado com uso de diurético e
vasodilatador
1. ESTENOSE AÓRTICA
CLÍNICA:
- Dispneia
- Angina
- Síncope
- Fadiga
- Tontura
- Palpitação
1. ESTENOSE AORTICA
EXAME FÍSICO
- Sopro em crescendo e descrescendo
- Ictus desvido
- Irradiação do sopro para carótida
Classificação da EA

CLASSIFICAÇÃO (baseado no eco)


- Severa: velocidade > 4m/s, gradiente >
40mmHg, area valvar < 1cm².
- Eco com dobutamina com > 20% do DC
= melhor resultado cirúrgico.
Velocidade jato Gradiente Área valvar (cm2)
aórtico(m/s) médio(mm Hg)

Leve <3 < 25 > 1.5

Moderada 3–4 25 – 40 1 – 1.5

Grave >4 > 40 <1


MANEJO - EA
Furosemida: dose inicial baixa +
manutenção em BIC (diminui pré-carga)
Controle da PA
Dobutamina (cuidado com taquicardia)
Nitroprussiato se edema agudo. Guiado
por monitorização hemodinâmica invasiva.
B-bloq prévio: reduzir a dose ou
suspender na descompensação aguda
Balão intra-aortico
MANEJO - EA
Tratar agressivamente a taquicardia
(cardioverter / controlar FC)
Tratamento da EA – Cirúrgico ou troca
valvar percutânea
Dilatação por balão: risco de AVE, IAM,
regurgitação Ao aguda, morte em 10%
dos casos e reestenose em 6 meses. (uso
em choque cardiogênico / gestante)
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica

Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiência tricúspide
Próteses valvares
2. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
CAUSAS
- Endocardite
- Dissecção Ao
- Traumática (valva Ao é a mais envolvida
no trauma).
- Crônica: reumática, calcificação, marfan,
aortite, sífilis, AR,
2. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Progressão lenta
Tratamento se sintomáticos ou com
disfunção de VE.
Leva a dilatação ventricular
AGUDO: aumenta pressão diastólica
ventricular esquerda e diminui a pressão
diastólica Ao diminuindo a perfusão
coronariana.
2. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
AGUDA

• Fisiopatologia
– VE de tamanho normal não acomoda
volume regurgitante
– Aumento abrupto das pressões de
enchimento
– Edema pulmonar, choque cardiogênico
2. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
EXAME FÍSICO
- Sopro diastólico em decrescendo
- Sopro de Austin-Flint no ápice
- Hiperpulsatilidade arterial
- PA divergente
- ICC
- Congestão pulmonar
2. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
CLASSIFICAÇÃO – Eco
- Doença grave quando jato regurgitante é
> 30mm³ e > 60 ml

CATE: av grau de regurgitação,


coronárias – quando cx está indicada.
Manejo da IA
IA aguda = emergência cirurgica (edema
pulmonar fulminate é comum).
Av causa = principalmente se suspeita de
dissecção Ao ou Endocardite.
Diurético
Nitroprussiato (monitorizado)
Vasoconstritores – CI relativa.
Enalapril ou Nifedipino: não previnem
disfunção ventricular ou atrasam a troca valvar.
TTO com troca valvar nos casos agudos
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica
Insuficiência Aortica

Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiência tricúspide
Próteses valvares
3. ESTENOSE MITRAL
Principal causa é a febre reumática
Calcificação
Congenita
Mucopolissacaridose
Mixoma

Área mitral normal de 5 cm²  1cm² =


grave com hipertensão pulmonar.
3. ESTENOSE MITRAL
FA –Piora edema pulmonar e IC (perda
20% do débito).

Fatores de descompensação: FA, anemia,


gestação, tireotoxicose,.

Hipertensão pulmonar grave – pior


prognóstico. Dilatação de VD e faleência.
Clínica da EM
Piora com aumento da FC
Hemoptise por ruptura de vv brônquicas
Sopro diastólico de difícil ausculta.
Melhor em decúbito lateral.
ECG e RX com sinais de aumento atrial,
esquerdo, hipertrofia ventricular.
Calcificação
Manejo da EM
Tratamento da IC
Tratamento da causa da descompensação
Tratamento do edema pulmonar
Controle da FC (Alvo de 60 bpm)
Preferência por tratamento não cirúrgico
= valvoplastia por balão (CI se
calcificação importante ou se regurgitação
mitral importante associada.
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica
Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiênciatricúspide
Próteses valvares
4. INSUFICIÊNCIA MITRAL
Principal causa: degeneração miomatosa
Marfan
Ehler-Danlos
Osteogenese imperfeita
Pseudoxantoma elástico
Isquêmico
AGUDO: Endocardite, IAM com ruptura
de papilar.
Clínica da IM aguda
Aumento da P do AE = congestão
pulmonar.
Redução do DC / choque cardiogênico
Crônico: aumento de VE. Fej < 40% =
grave com pior prognóstico pós
operatório.
Clínica da IM
Disfunção diastólica ventricular esquerda
Sopro holossístólico, irradiação para axila
Avançado – falência de VD
Impulso apical palpável
RX com cardiomegalia, calcificação
Ecocardio: doença grave se orificio de
regurgitação > 0,4 cm² e volume
regurgitante > 60 mL.
Manejo da IM
Edema pulmonar: nitroprussiato,
diurético, VM OU VNI
Inotrópico positivo de hipotensão com
nitroprussiato.
Casos agudos – tto cirúrgico
Reparo valvar é preferido em relação à
troca da valva.
Indicação de tratamento cirúrgico
depende se é agudo ou não e da causa
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica
Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral

Insuficiência tricúspide
Próteses valvares
5. INSUFICIÊNCIA
TRICÚSPIDE
IT funcional é mais comum que a
orgânica e é resultado de hipertensão
pulmonar ou de doença cardíaca esquerda
IT aguda e severa geralmente decorre de
trauma
- Trauma
- Inserção ou remoção de Marcapasso
- Bx
Manejo IT
Cirurgia deve ser considerada em
pacientes com insuficiência tricúspide
severa, sinais de falência cardíaca.
SUMÁRIO
Introdução
Estenose Aortica
Insuficiência Aortica
Estenose Mitral
Insuficiência mitral
Insuficiência tricúspide

Próteses valvares
PRÓTESES VALVARES
VALVA METÁLICA
- Risco elevado de trombose
- Falência cardíaca por obstrução valvar
- Anticoagulação

VALVA BIOLÓGICA
- Degeneração com necessidade de troca
valvar
OBRIGADA!

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