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Medcurso (Aula oficial + Apostila) Cardiologia: volume 01 – capítulo 04

Medcel (Aula) Cardiologia: volume 01 – capítulo 12

Parada Cardiorrespiratória Taquicardia ventricular sem pulso – bradiarritmia culmi-


nando em assistolia e atividade elétrica sem pulso são
Definição: menos comuns.
 Cessação súbita da atividade elétrica que provoca: PCR intra hospitalar
o Irresponsividade. Fibrilação ventricular – 1/3.
o Respiração anormal (agônica/apneia).
Assistolia ou atividade elétrica sem pulso – 2/3.
o Ausência de circulação.
Isso ocorre pois pacientes internados possuem condições
Morte súbita cardíaca que aumentam a proporção de ritmos não FV.
Morte natural de causa cardíaca que se manifesta pela  Causa da PCR:
perda de consciência dentro de 1h após início dos sinto- o Extra-hospitalar:
mas (geralmente são imediatos, sem sintomas premoni-  Doença coronariana aterosclerótica – 80%.
tórios) – “PCR não revertida”. Isquemia miocárdica  Trombose oclusiva, lesões de re-
Nem sempre evolui para óbito. perfusão e vasoespasmos.
Quando é revertida chama-se morte súbita cardíaca A isquemia e área infartado gera uma lentificação da con-
abortada. dução + área de fibrose (substrato arritmogênico), de for-
A PCR é a emergência das emergências. ma que se houver um gatilho (extrassístole ou TV) pode
Epidemiologia: crianças menores de 1 ano, adultos entre gerar FV.
45-75 anos, raça negra e homens. A reperfusão pós oclusão é capaz de gerar uma arritmia
Fatores de risco: aterosclerose coronariana, tabagismo, ventricular maligna.
obesidade, sedentarios ao realizar atividade física vigo- O influxo de cálcio nos miócitos, bem como os radicais li-
rosa, cardiopatias com menor fração de ejeção do ventrí- vres produzidos induzem as extrassístoles e TV.
culo esquerdo (alto risco se extrassistoles ventriculares  Cardiomiopatias – 15%.
frequentes, TV não sustentada), fatores genéticos e bio- Fatores de risco para morte súbida com cardiomiopatia:
psicossociais. baixa fração de ejeção (FE < 40%) e história prévia de sín-
Até 2/3 dos casos ocorre em pacientes que não perten- cope.
cem a grupos de risco! A cardiomiopatia dilatada pode ser causada por sarcoi-
Morte biológica (óbito) dose ou doença de Chagas.
Perda irreversível da consciência associada à perda irre- Já a cardiomiopatia hipertrófica é um risco independente
versível da função cardiopulmonar. para morte súbita. Associa-se com HAS, doença corona-
É antecedida pela PCR e pode ocorrer de forma súbita ou riana e valvopatia aórtica.
progressiva. -O aumento da massa ventricular torna-se um substrato
A PCR torna-se óbito a partir do momento em que as fun- arritmogênico.
ções encefálicas (cérebro + tronco cerebral) são irreversi- -Cardiomiopatia hipertrófica hereditária possui risco de
velmente extinguidas. 65-70% de morte súbita, principalmente em crianças e
Tipos de PCR adolescentes em atividades esportivas. É a causa mais co-
mum de morte súbita em indivíduos assintomáticos com
Súbita – pode ser revertida com RCP (manobras de res-
menos de 35 anos. Fatores de risco: jovens, história
suscitação cardiopulmonar).
familiar de morte súbita, episódios prévios de síncope.
Evolução do quadro clínico.
 Displasia arritmogênica de VD.
Etiopatogenia:  Valvopatias.
 Ritmo cardíaco que possa gerar um estado de ausência  Cardiopatias congênitas.
de fluxo sanguíneo:  Arritmia induzida por drogas.
o Fibrilação ventricular. O uso de cocaína leva a oclusão coronariana por trom-
o Taquicardia ventricular. bose ou vasospasmo ou até mesmo um efeito arritmogê-
o Assistolia. nico direto.
o Atividade elétrica sem pulso. Ação adrenérgica e anestésico local-simile.
PCR extra hospitalar  Drogas que aumentem o intervalo QT.
Fibrilação ventricular é a mais comum (60-80%) – evolui  Antiarritmicos – devido ao efeito pró-arritmico.
para assistolia após uma média de 10 minutos (injúria is-  Morte súbita cardíaca sem cardiopatia estrutural.
quêmica generalizada do miocárdio).
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Síndrome de Wolff-Parkinson-White (fibrilação atrial pa- Primeiros passos
roxística): taquicardia de QRS alargado + frequência rápi- 1) Avaliar a segurança da cena/paramentação para então
da + resulta em FV. iniciar o BLS/ACLS.
Síndrome de Brugada (genética): pseudo BRD + supra- 2) Avaliar a responsividade (segurar nos ombro e sacudi-
desnivel de ST em V1, V2 e V3 + ritmo sinusal + propensão lo).
a FV + ausência de cardiopatia estrutural. 3) Após diagnóstico de irresponsividade = chamar ajuda
Síndrome do QT longo congênito. (carrinho de parada, DEA ou SAMU).
Fibrilação venticular idiopática. 4) Checar pulso e respiração simultaneamente (5 a 10s).
Commotio cordis: FV após impacto do tórax. -Se dúvida: presumir que sem.
Ritmos cardíacos na PCR -Se Gasping = parada.
Fibrilação Ventricular: -Leigos não devem checar o pulso.
-Ondulações irregulares no traçado eletrocardiográfico. 5) RCP de alta qualidade ou ventilações (se apenas parada
-Frequência geralmente superior a 320 por minuto. respiratória)!
-Sem discernimento de complexo QRS. 6) Se chegar o DEA (Desfibrilador Externo Automático):
-Ocorrem múltiplos focos de reentrada, gerando movi- após chegar deve-se ligar, conectar pás e conectar os ca-
mentos anárquicos. bos ao aparelho.
-Se não for realizado choque acaba se transformando em É autorizado abandonar a vítima para chamar por ajuda
assistolia, devido a degeneração do miocárdio e do siste- antes de iniciar a RCP se não houver como outros aciona-
ma de condução. rem enquanto realiza o primeiro atendimento.
-Para ocorrer a FV existem dois pré-requisitos: Mocárdio Se a causa for asfixia (hipoxia – afogamento, OVACE), pri-
“eletricamente doente” com áreas de condução lentifi- meiro realiza-se 1 ciclo de 2 min e então busca ajuda, pois
cada (arritmias premonitórias) + “Gatilho” que pode ser há chances de reverter antes de chamar ajuda.
extrassístole ventricular ou taquicardia ventricular. RCP de alta qualidade
Atividade elétrica sem pulso: 30 compressões seguidas de 2 ventilações.
Ritmo cardíaco que não a FV ou TV + Ausência de pulso 100/120 compressões torácicas por minuto (sístole).
arterial detectável. Profundidade de 5 a 6 cm.
Coração não consegue realizar uma contração mecânica Deixar o tórax retornar a posição inicial (diástole).
eficaz, embora receba o estímulo elétrico. Minimizar interrupções.
Pode haver contração ventricular, mas é tão fraca que é Ideal que durante o tempo de parada permaneca pelo
incapaz de desencadear um pulso palpável – pseudo menos 60% do tempo recebendo compressões torácicas
AESP. (ideal: > 80%).
Causas: insuficiência respiratória, hipóxia, acidose respi-
Alternar compressões a cada 2 minutos ou menos (se can-
ratória e hipovolemia.
saço).
Pode ocorrer ausência do fluxo devido bloqueio no retor-
no venoso do ventrículo esquerdo ou doença miocárdica BLS – Basic Life Support
grave que leve a alterações bioquímicas (miócitos então C:
param de se contrair).  Compressões torácicas.
Assistolia: o Braços com ângulo de 90°.
Consequência tardia da FV. o Alta qualidade.
Fatores de risco para falência no automatismo do nódulo Leigos realizam apenas as compressões! Socorristas rea-
sinusal, AV ou fibras de Purkinje: cardiomiopatia não lizam compressões + ventilações, mesmo se sozinho.
isquêmica, insuficiência cardíaca avançada, disitúrbios de A:
condução, distúrbios sistêmicos graves (hipóxia, acidose,  Abrir via aérea.
choque, falência orgânica múltipla, acidente vascular en- o Se trauma: sem extensão cervical + elevação do quei-
cefálico). xo.
Diagnótico: o Sem trauma: extensão cervical + elevação do queixo.
 Irresponsividade. B:
 Respiração agônica ou apneia.  2 ventilações após 30 compressões OU assíncrona com
 Ausência de pulso em grandes artérias. as massagens se ambu ou via aérea definitiva:
o Carótida ou femoral – entre 5 e 10 segundos. o Ambu x máscara.
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o Boca x máscara. No afogamento/hipóxia: ABCD.
o Boca x boca. Se decorrente de abuso/intoxicação de opioides: naloxo-
30 compressões x 2 ventilações. na.
A cada 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) = troca de Parada respiratória
posições. Pulso presente + Ausência de respiração.
Tempo inspiratório de 1 segundo = discreta elevação to- 1) Ventilação a cada 6 segundos.
rácica bilateral. 2) Cada ventilação durando 1 segundo.
D: 3) Verificar elevação do tórax – se técnica correta.
 Desfibrilação: choque não sincronizado (coração recebe 4) Evitar hiperventilar!
o choque em qualquer momento do ciclo).
5) Checar o pulso a cada 2 minutos.
o Se ritmo chocável/desfibrilável – Fibrilação ventricu-
Manobras
lar ou Taquicardia ventricular sem pulso.
Inclinação da cabeça + Elevação da mandíbula.
Anteriorização da mandíbula (se trauma).
Técnica de acoplar válvula-mascara: C-E / 2C + 2E (se em
2).
ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support /
Suporte Avançado de Vida
Via aérea avançada:
 Permite ventilação assíncrona com as compressões.
o Ventilar 10x/minuto – 1x a cada 6 segundos.
o Não é cardioversão! o 1-2 litros de volume – volume corrente aproximado de
 Utilizada nas taquiarritmias. 600 ml.
 Choque sincronizado com onda R. o Deve-se hipoventilar, pois a hiperventilação aumenta
Choque a pressão intratorácica, diminuindo o retorno venoso
e ainda mais o débito cardíaco, além de gerar hipo-
1º - Gel nas pás (se não for o DEA).
capnia e vasoconstrição cerebral e redução da perfu-
2º - Posição. são cerebral (maior risco de dano).
 Agora as trocas serão a cada 2 minutos e não mais a ca-
da 30:2.
 Opções:
o IOT – melhor método.
o Máscara laríngea.
o Tubo laríngeo.
Se a causa da parada for hipóxia, a intubação deve ser fei-
3º - Afastar + chocar. ta o quanto antes!
- Choque único: monofásico (360 J) / bifásico (120 a 200 Se a ventilação com bolsa valvula máscara estiver sendo
J). eficiente, não é necessário intubar!
4º - Imediatamente voltar para compressão cardíaca – Riscos da IOT: intubação do esôfago (distensão estoma-
RCP 30:2 (5x). cal = regurgitação e broncoaspiração) ou desposiciona-
5º - Checar o ritmo: mento do tubo durante o transporte.
-Se organizado – conferir pulso. Acesso venoso.
-Se ainda alterado - ACLS/Suporte avançado de vida:  Ou intraósseo.
VA avançada. Tratar a arritmia:
Acesso venoso.  Após a sequência em que houve o 1º choque.
 Se persistência da TV sem pulso/ FV:
Tratar a arritmia.
o Desfibrilar + RCP (5x 30:2 ou 2 minutos)  Adrenali-
Identificar e corrigir causas. na/Epinefrina – 1 mg a cada 3 a 5 minutos (ou seja, a
Cuidados pós parada. partir de finalizar o 2º ciclo de RCP).
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o Se permanecer sem retorno: Desfibrilar + RCP (5x 30:2 Uma taquicardia sinusal, bradicardia sinusal, um ritmo
ou 2 minutos)  Amiodarona – 300 mg (2 ampolas de sinusal... se sem pulsos são considerados AESP!
150 mg) ou Lidocaína – 1 a 1,5 mg/kg (antiarrítmicos).
Identificar e corrigir causas reversíveis:
o Novamente o ciclo.
o Se precisar reutilizar o antiarritmico – metade da dose  Hidrogênio – acidose.
anterior (amiodarona 150 mg – lidocaína 0,72 mg/kg)  Hiper K/ Hipo K.
e somente mais essa 2ª vez.  Hipovolemia.
o A adrenalina pode ser reutilizada na mesma dose.  Hipotermia.
o Após acabar os ciclos com o antiarritmico, intercala-se  Hipóxia.
um ciclo com adrenalina/um ciclo sem adrenalina...  Hipoglicemia (não mais considerado).
Assim sucessivamente.  TEP.
Intervalos entre drogas  Toxinas.
Adrenalina: 3 a 5 minutos.  Tamponamento.
 Tensão no tórax – pneumotórax.
Amiodarona: 3 a 5 minutos.
 Trombose coronariana – IAM.
Lidocaína: 5 a 10 minutos após.
 Diagnóstico dos 5H/5T:
Cuidado
o Cervical:
Lidocaína a dose máxima é de 3 mg/kg!!  Se turgência jugular = tamponamento, pneumotó-
Após a ingesta da droga deve-se elevar o membro + 20 ml rax, TEP e IAM.
de solução salina após o bolus (se EV).  Traqueia desviada = pneumotórax hipertensivo =
Adrenalina punção no 2º espaço intercostal.
Vasopressor.  Traqueia não desviada = pericardiocentese as cegas,
Provoca vasoconstrição periférica e desvia o fluxo gerado ou então guiada se USG disponivel.
pela massagem cardíaca para órgãos nobres.  Se supeita de IAM com supra/TEP = trombolítico.
o Se ausência de turgência jugular = pensar em hipovo-
Antiarrítmicos
lemia, hipoxia, acidose, hipo/hipercalemia, hipoter-
Aumentam a chance de retorno a circulação espontânea mia e toxidade = tratamento específico.
em FV/TV refratária. Cuidados pós-PCR:
FV/TV refratária  Elevar cabeceira a 30°.
Se necessário uso de antiarrítmico.  UTI.
 IOT (se ainda não houver), para manter ventilação ade-
quada + evitar broncoaspiração.
 Acesso venoso central (cuidado se trombolíticos).
 Sat O2 – 92-98% com menor FiO2 possível.
 Evitar hiperventilar.
 PaCO2 entre 35 a 45 mmHg.
 PAS > 90 mmHg / PAM ≥ 65 mmHg.
 Glicemia entre 140 e 180 mg/dL.
 Manter eutérmico.
 Se Assistolia ou Atividade elétrica sem pulso:  Tratar a etiologia da PCR + angiografia coronariana.
o Assistolia = protocolo linha reta.  Se voltou comatoso:
 Conferir cabos – CA. o Controle direcionado de temperatura (hipotermia)
 Ganhos (“zoom no batimento”) – GA. durante 24 horas (32-36°C).
 Derivação (mudar a posição das pás e as derivações o Determinar prognóstico neurológico somente após 72
do monitor) – DA. horas.
o Adrenalina 1mg a cada 3-5 minutos + RCP 5x 30:2 ou
2 minutos.
 Adrenalina deve ser o mais rápido possivel, ja ini-
ciando no primeiro ciclo.
 Intercalar um ciclo com adrenalina/um ciclo sem
adrenalina.
o Chegar novamente pulso e se necessário retornar o ci-
clo.
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Betabloqueadores
Reduz a mortalidade pós IAM e em cardiomiopaita dila-
tada.
Devem ser utilizados nesses casos em conjunto com os
antiarrítmicos, visando prevenir novos episódios de
TV/FV.

Injúria de isquemia-reperfusão
Radicais livres em excesso (gerados a partir do oxigênio),
gerando dano exacerbado, principalmente na microcir-
culação.
Há vasodilatação generalizada + Aumento da permeabili-
dade vascular promovem tendência a instabilidade he-
modinâmica progressiva (má perfusão tecidual) seme-
lhante ao choque séptico.
Deve-se manter uma perfusão sistêmica adequada a fim
de evitar a síndrome de falência orgânica multipla.
Sobreviventes de morte súbita cardíaca
Condutas visando prevenir a recidiva da PCR (senão o in-
díce de nova PCR é de até 45%):
-Revascularização miocárdica (ecocardiograma – função
cardíaca, lesões estruturais, trombos – + coronariografia
= avalia necessidade de revascularização cirurgica ou an-
gioplastia).
-Restante dos casos = teste provocativo de isquemia.
-Drogas antiarrítmicas – utilizar do holter e do estudo ele-
trofisiologico para definir se serão usadas como adjuvan-
te nos casos de alto risco, somado ao cardiodesfibrilador.
Drogas antiarrítmicas
Classe I – quinidina, procainamida, disopiramida, mexile-
tina, encainida, fecainida, propafenona, morizicina.
Classe III – amiodarona, sotalol, dofetilida.
A classe I é mais prejudicial, com aumento da mortalida-
de.
Muitos optam por iniciar com a classe III empiridcamente,
sem holter/EEF.
-Amiodarona 1200/1800 mg/dia, VO por 1-2 semanas +
manutenção com 200-400 mg/dia, VO.
-Sotalol 240-480 mg/dia, VO em 2-3 tomadas.
Cardiodesfibrilador implantável
Subcutâneo.
Endocárdio, no VD.
Reconhece FV/TV e emite um choque.
Em alguns casos funciona como marca-passo e reverte Quando cessar PCR?
outras taquicardias.  A capnografia < 10 mmHg por pelo menos 20 minutos
Superior a farmacos isolados, principalmente se FE < 35% pode ser utilizada para considerar encerrar os esforços.
(se normal não possui vantagem).  Esgotamento da equipe.
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PCR e Covid-19 Deve-se carregar o desfibrilador 15 segundos antes do fi-
EPI + minimizar o número de pessoas no cenário. nal do ciclo e manter-se preparado para o choque, se não
Se paciente em parada e pronado, pode-se realizar a mas- houver necessidade é possivel cancela-lo.
sagem assim (entre T7 e T10). Se for necessário trocar quem está nas compressões torá-
A – Priorizar IOT, podendo até mesmo parar as compres- cicas, isso não pode demorar mais que 5 s.
sões para IOT (diferente da RCP normal que deve ser com Se for necessário a IOT, não deve demorar mais de 10 s.
as compressões) + Usar filtros HEPA + Manter ventilação Não deve-se utilizar bicarbonato de rotina na PCR! Pois
mecânica (se já estava) + FiO2 100% + Modo de pressão desloca a curva de dissociação de oxigênio-hemoglobina,
controlada. de modo que a hemácia não irá liberar o oxigênio. Só é in-
D – Desfibrilação se ritmo chocável: dicado se acidose previamente conhecida, hipercalemia,
intoxicação com triciclicos. Dose: bolus EV + elevação do
membro por 10 a 20 segundos (chegar mais rapido ao
coração), se não possivel, optar por IO ou então endotra-
queal (dose usual de 2 a 2,5x a dose EV, sendo necessário
interromper a RCP + ventilar).

Capnografia
Permite analisar a qualidade da RCP.
Pode ser utilizada no dispositivo bolsa válvula mascara ou
na via aérea avançada.
Pelo menos 10 mmHg devem ser alcançados, sendo ideal Se necessário (últmos casos), pode-se utilizar na via endo-
20 mmHg ou mais. traqueal: epinefrina, vasopressina ou lidocaína.
Se menor que 10 mmHg deve-se melhorar as Elos ACLS
compressões torácicas.
6º - Recuperação: cuidados como um todo, incluindo
Se houver elevação abrupta e prolongada (> 40 mmHg) mentalmente (e de seus familiares).
indica que o paciente voltou!
PA invasiva
Se menor que 20 mmHg = melhorar compressões!
Saturação venosa central
Se menor que 30% = melhorar compressões!

O que salva mais vidas ? (utilizando a adrenalina como


referência)
Chamar ajuda: 10x mais efetivo.
RCP de alta qualidade: 8x mais efetivo – mantém a per-
fusão do cérebro e do miocárdio, aumentando a chance
de sucesso da desfibrilação.
Desfibrilar rapidamente: 20x mais efetivo – a cada minuto PCR em gestantes
sem desfibrilação a chance de reversão diminui a cerca de A medida que o útero cresce há compressão da aorta e
10%. cava.
Observações -Compressão Aorta = aumento da pós carga.
Amiodarona e lidocaína não alteram a sobrevida! -Compressão Veia cava = redução do retorno venoso.
A AHA recomenda ter um instrutor de RCP durante a pa- Dessa forma, a partir da 2ª metade da gestação deve-se
rada, para avaliar a qualidade das compressões e venti- deslocar o útero para a esquerda (descompressão aorta-
lações! cava) de modo contínuo.
A desfibrilação e medicações é igual!
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Existe maior risco de hipóxia, sendo uma via aérea avan-
çada extremamente importante.
Ofertar O2 a 100% + Priorizar manejo de via aérea.
Se não voltou após 5 minutos de RCP = cesária perimor-
tem + manter compressões.
Paciente com marca passo ou cardiodesfibrilador
implantável
Choque deve ser próximo ao gerador (localizado no sub-
cutâneo infraclavicular a direita) poderá danific-lo, de-
vendo manter as pás a uma distância de 8 cm do gerador,
podendo ser na configuração antero-posterior.
Se contrações espontâneas dos músculos peitorais, suge-
re-se que o cardiodesfibrilador esta em plena atividade,
devendo esperar cessar o ciclo (30-60 segundos) e então
acoplar as pás do desfibrilador.
Observações
Se Torsades de Pointes (TV polimórfica com QT longo) =
Sulfato de Magnésio 1-2 g, IV.
Se TV/FV por hipercalemia, acidose metabólica, intoxica-
ção por tricíclicos ou cocaína ou salicilatos = Bicarbonato
de sódio – 1 mEq/kg.
Se suspeita de hipovolemia = solução salina isotônica.
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Gestantes
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