Você está na página 1de 28

THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA –

Abordagem Inicial do Paciente Grave


*As 3 doenças que o tempo é importante: trauma,
CALMA, CONHECIMENTO, TREINAMENTO E
cérebro-vasculares (AVC e doenças coronarianas) e
EXPERIÊNCIA.
sepse.
“Saber prioridades “.
Identificar o paciente grave, colher uma história
PEDIR AJUDA! BLS (suporte básico de vida)! ACLS
direcionada e realizar um exame físico mínimo.
(suporte avançado de vida)
Diagnóstico sindrômico, com isto, irá ter vários
diagnósticos diferenciais.

Rebaixamento do nível de consciência: todo paciente


que chegar assim é grave, pelo menos, no momento Toda emergência tem que ter um carro de parda, que
inicial da avaliação. deverá ser verificado ao receber o plantão.

Alterações importantes dos sinais vitais: Ao chegar um paciente grave, realizar o MOV:
o FR acima de 36 ou menor que 8 ipm Monitorização
o FC acima de 130 ou menor que 40 bpm Oxigênio
o PAS menor que 90 mmHg Veia
o Enchimento capilar acima de 3 segundos
*Mesmo que o paciente esteja estável, é necessário
*Paciente que chega numa emergência clínica com FC fazer o MOV para fazer a avaliação.
acima 130bpm, até que se prove o contrário este *Se você achar que o paciente é muito grave, pode
paciente está em choque, sepse fazer uma gasometria na monitorização. Ex.: paciente
*Pacientes que chegam com 40bpm, possivelmente desacordado que precisa ser entubado; paciente
estar fazendo uma arritmia, uma bradicardia hipotenso, sudorese, está em choque.
importante, bradiarritmia.
*PAS menor que 90mmHg, o paciente estar em
choque. Se é idoso, pensar em sepse. Se tiver com
Anamnese, IS, Antecedentes= juntos e misturados.
edema em MMII e ascite, pode ser um possível choque
cardiogênico.
Focar na queixa, duração e associação com alguma
*Enchimento capilar retardado, se for idoso, pensar no
coisa. Fazer um exame físico mínimo, direcionado.
coração (choque cardiogênico) ou em choque séptico.
Se for crianças, pensar me choque cardiogênico.
Hipótese diagnóstica sindrômica (choque, insuficiência
respiratória e rebaixamento do nível de consciência-
Pacientes com achados potencialmente emergenciais
coma). Sempre começar com o diagnóstico sindrômico.
o Precordialgia ou dor torácica: são pacientes com
alta chances de morbi mortalidade, seja de origem
cardíaca, digestiva ou pleuro pulmonar. Pois eles
podem evoluir com hipóxia (insuficiência
Exame neurológico: Glasgow + pupila (midríase, miose
respiratória) e hipotensão (insuficiência
ou anisocoria). As pupilas podem chamar atenção para
circulatória, uma doença coronariana).
as diversas lesões que existem no cérebro (desde
o Febre com suspeita de neutropenia
intoxicação até AVC ou até a morte encefálica.
o Suspeita de obstrução de via aérea:
Também é importante fazer alguns sinais, que são
principalmente em crianças
sugestivos de meningite: rigidez de nuca, reflexo de
o Dor intensa: saber diferenciar se é uma dor de
Brudzinski e reflexo de Babinski). Importante realizar
doença incurável, doença cirúrgica ou de uma
esses testes nos pacientes que chegam se
doença clínica que requer analgésico. queixando de cefaleia e febre.
o Intoxicações agudas
o Hematêmese, enterorragia ou hemoptise Exame cardiovascular: checar o pulso (MMSS e MMII);
o Alterações neurológicas agudas (déficits motores, verificar PA; FC através da ausculta e do pulso. Realizar
afasias, convulsões, delirium). eletrocardiograma em pacientes com alto risco para
isquemia coronariana, sendo mandatória nos casos de
pacientes que apresentam dor torácica. Se ausculta B3
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA –

(que não é normal), o paciente deve estar tendo uma “Motrim”: manchas equimóticas, que apresenta graus
insuficiência de ventrículo (direita ou esquerda). variados. Associada a mortalidade
Avaliar se tem turgência jugular
Lactato e base excesso: importante para avaliar a
*Importante fazer o comparativo dos pulsos nos ressuscitação, se está sendo eficaz ou não. Lactato
membros. Pacientes que estão com dessecação de acima de 2,4 é anormal.
aorta ou aneurisma dessecante de aorta: chegam com
dor torácica grande. Ao avaliar o pulso do MMSS está
bem forte, o pulso do MMII está bem fraco.
Cardiovascular:
Exame pulmonar: ausculta juntamente com o oxímetro o Hipotensão não é necessariamente choque.
de pulso. Como exemplo tem os hepatopatas, que são
muito vasodilatados, apresentam uma hipotensão
Exame abdominal: inspeção, ausculta e percussão. Se < 90mmHg
observar movimentos peristálticos no abdome, até que Hipoperfusão = Choque
se prove o contrário, trata-se de abdome agudo Porém, a prevalência de pessoas com hipoperfusão e
obstrutivo. com hipotensão (<90mmHg) é alta, por isso é associado
essa hipotensão com o choque.
Membros: pulsos. Observar se existe alteração dos
fâneros; varizes; alterações de partes moles o Taquicardia é um sinal de alerta. Os cirróticos
apresentam taquicardia, porque geralmente são
Aspecto Geral: observar se tem desnutrição, sinais de vasoplegicos (precisam aumentar a FC para ter um
embriaguez, delírio, sinais de consumo crônico. Escore DC melhor).
fisiológico de performance, muito utilizado na o Acidose metabólica: é má perfusão até que prove
geriatria. o contrário. A não ser que ele seja um paciente
renal crônico.
Obs.: Em emergência clínica não se dar alta o Aumento de Lactato = hipoperfusão
imediatamente. Tem que deixar o paciente em
observação para definir melhor o seu quadro. É Respiratório: rebaixamento do nível de consciência
importante frisar quando for dar alta, que é alta da (hipotensão e hiperpefusão), delirium (etilismo,
emergência, ou seja, ele precisa procurar atendimento drogas, seja por diversão ou depedência).
ambulatorial para tratamento da sua patologia.
*É comum o paciente estar chocado, em coma com
insuficiência respiratória. Porque teve uma
hipotensão, que fez o cérebro se “desligar”, o músculo
Sistema venoso: estase venosa no pescoço; varizes no relaxar e a língua cai para trás.
MMII; pulso venoso (jugular) A conduta é fazer uma via aérea definitiva, reanimação
por líquido.
Cronotropismo: força de contratilidade do coração.
Inotropismo: força de atividade Urinário: oligúria, aumento de escórias nitrogenadas.

*Esses dados do coração são vistos através da Digestório: aumento de bilirrubinas, íleo paralitico.
monitorização, como a cardioscopia, “Hepatite Hipóxica”: pacientes que fazem isquemia
eletrocardiograma. Ou de forma invasiva, colocar um (hipoperfusão), que o fígado sofre muito. Vai chegar
cateter na artéria ou PVC (veia central). Pode ser feito ictérico, relativamente grave. Não é muito comum na
imediatamente em casos de choque. emergência, é mais comum na UTI.
PVC (cateter venoso centra): vai mostrar se o coração
está cheio de líquido ou não. Ílio Paralítico: se tem hipoperfusão, não terá
PAM (cateter em artéria radial), tem que ter monitor: mobilidade.
está indicado em pacientes que vai fazer gasometria
repetitivamente. Hematológico: CIVD, paciente chega cheia de
É importante juntar os parâmetros na hora que fazer a petéquias, com febre, até que prove o contrário é uma
avaliação do caso. septicemia.

Má perfusão: enchimento capilar. Mais que 3 segundos


está anormal. Passar mais que segundos a mortalidade
é alta.
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA –

Tipos de Choque: hipovolêmcio, distributivo, o Gradiente alvéolo-arterial: medir o oxigênio


cardiogênico e obstrutivo. dentro do alvéolo e da artéria (gasometria). O
Na clínica tem muito choque séptico, mas também valor até 6 está bom.
pode ter cardiogênico e obstrutivo.

Causas:
Incapacidade aguda do sistema respiratório em manter
- Metabólicas: distúrbios hidroeletrolíticos, ácido-
a oxigenação arterial e a eliminação do gás carbônico.
básico, doenças com alteração endócrinas
O paciente chega com FR muito alta ou muito baixa,
(hepatopatas que apresentam encefalopatia;
cianose em extremidades/lábios. Eles estão
diabéticos em coma metabólico).
agonizantes, precisando de uma via aérea urgente.
- Anatômicas (AVC, trauma)
*O Metabólico tem mais chance de ser reversível.
Tipo I: hipoxêmica. Ex.: COVID (também pode ter os 2
tipos).
Avaliação inicial: Glasgow; neurológico direcionado
Tipo II: hipercápnica
Pupilas
Padrão motor
Apresentação: grave; dispneico; taquipneico;
Irritação meníngea
cianótico; saturação abaixo de 90%, ao oferecer
Encefalopatia difusa e focal: as de origem metabólicas,
oxigênio, sobe para no máximo 92%. Gasometria
até que se prove o contrário são difusas. As de origem
mostrará a hipoxemia e algumas vezes já com acidose.
vasculares (AVC) são focais.
Indicação de ventilação, não necessariamente entubar.
Ao estabilizar o paciente, levar para UTI.

Observar no paciente:
o Ventilação: paciente sem falar, fazer uma via
aérea definitiva. Ele fala, mas não está ventilando,
realizar uma gasometria.

o Musculatura acessória: músculos intercostais,


supra-clavicular, supra-xifoideo, batimento de asa
de nariz. Após o batimento de asa de nariz, o
paciente tem grande chance de entrar em
insuficiência respiratória/ parada respiratória, por
hipóxia

o Vias aéreas pérvias


o Retenção de CO2: gasometria
o Oxigenação: gasometria
o Difusão: avaliar através da gasometria ou
tomografia
o Espaço morto: o alvéolo não vai encher de ar
completamente, então o sangue passa, mas não
tem oxigênio.
o efeito shunt: o alvéolo enche de ar, mas a
circulação não está passando.
THAMYRES CAVALCANTE – 6º MA–

Choque e Hipotensão na Emergência


e por último os choques obstrutivos. Está ordem não é
via de regra. Muitas vezes vai depender da
Choque é hipoperfusão, não necessariamente
especialidade do hospital que o médico trabalha.
apresentará uma hipotensão, no momento do
diagnóstico. O pulso do paciente em choque estará
forte ou fino.
o Palidez: devido a vasoconstrição periférica, não
A apresentação da má perfusão tecidual irá depender passando sangue pela periferia.
de onde existe o maior predomínio dessa o Agitação: hipóxia cerebral
hipoperfusão. Apresenta sofrimento tecidual e hipóxia o Confusão mental: hipóxia cerebral
tissular. o Taquicardia
o Taquipnéia
O sofrimento tecidual ocorre quando se tem má o Sudorese fria
perfusão e não foi dado um diagnóstico precoce. o Má perfusão periférica: enchimento capilar
Geralmente é mostrado necrose através da o Hipotensão:
gasometria. *Nem sempre a hipotensão vai estar presente. Porém
Ex.: paciente idoso chega com dor no pé, diminuição do tem estudos que mostram que a PAD menor/igual a
pulso distal. Ele pode estar com sofrimento distal 90mmHg, o paciente está em choque (com exceção dos
naquela região, que chegou desde o dia anterior na pacientes hepatopatas, que não apresentaram
emergência, mostrando uma isquemia (lesão na pele). hipoperfusão naquele momento)
Mas não necessariamente ele estará em choque.
ATLS: todo paciente com taquicardia, sudorese e frio,
Hipóxia tissular = hipóxia tecidual. Toda vez que ver está em choque.
um paciente com hipoperfusão, procurar uma hipóxia
tissular. Sempre ficar atento aos pacientes com
instabilidade hemodinâmica, para manifestação de
Na maioria das vezes são encontrados 2 tipos de
algum tipo de hipóxia.
choques associados.
Quando ocorre uma hipóxia, os tecidos respondem de
alguma forma. No intestino ocorre a desmotilidade
Hipovolêmico: podem ser de origem hemorrágica e
intestinal, ficando parado e produzindo muito gás, com
não hemorrágica.
apresentação de distensão abdominal.
o Hemorrágico: pode ser subdivido em hemorrágico
traumático e não traumático (HDA, gravidez
Pode ser dado o diagnóstico através da clínica do
ectópica rota, ruptura de cisto de ovário, ruptura
choque ou da hemodinâmica do choque.
de baço espontânea).
o Não hemorrágico e não traumático: idosos e
Diagnóstico Clínico: suor ou sudorese profusa; pele fria
crianças com diarreias e vômitos repetitivos. Tem
ou esbranquiçada; cianose nas extremidades;
que ser feito reposição volêmica rápida, pois estão
alteração da perfusão nos vários sistemas (diminuição
em choque circulatório.
do nível de consciência, diminuição do débito urinário).
Cardiogênico: de origem cardíaca. Observado
Do ponto de vista clínico e rápido, pode ser feito o teste
principalmente, em paciente com isquemia
de enchimento capilar nas extremidades dos dedos ou
coronariana aguda ou crônica agudizada.
em cima do joelho. Acima de 3,5 está normal, acima de
Ex.: pacientes que infartam, podem fazer uma necrose
5 tem mal prognóstico.
grande da musculatura cardíaca, diminuindo a fração
de ejeção, que não vai permitir o bombeamento
Diagnóstico Hemodinâmico: hipotensão e
cardíaco, com isso o sangue ficará represado. Portanto,
hipoperfusão
não irá existir sangue suficiente para manter o débito
Na hemodinâmica, pode ser feito exames para avaliar
cardíaco, consequente ocorrerá isquemia nos
a microcirculação, através da gasometria (lactato, BE e
segmentos de todo o corpo.
pH).
Ex.: pacientes com cardiopatias dilatadas, que no
Obs.: a maioria dos pacientes que chegam com choque
nosso meio a maioria é de origem Chagásica. Chegam
circulatório, na emergência, será de origem séptica.
com uma dor torácica importante e edemaciado. Ou
Depois seria de origem cardiogênica, depois anafilática
seja, eles têm uma insuficiência cardíaca congestiva
THAMYRES CAVALCANTE – 6º MA–
que agudizou, pois o coração está começando a falhar,
podendo ou não está infartando.
O problema é a redução de volume, o conteúdo,
portanto, primeiramente, o paciente precisa de
Distributivo: o componente principal é a vasoplegia. Os
volume, uma vez que o conteúdo estar em
vasos da periferia ao invés de fazer vasoconstricção,
vasoconstrição. Portanto, se fizer um vasopressor,
fazem vasodilatação, com isso o débito cardíaco pode
incialmente, pode piorar essa vasoconstrição. Então,
estar alto, mas o paciente está vasoplegico.
após infundir bastante volume, é que se faz o
Encontrado no trauma (choque neurogênico), choque
vasopressor.
séptico, choque anafilático.
O vasopressor de escolha é a dopamina (porém, ele
Fazer apenas volume, não é a solução, pois ele o
causa arritmia), nesse tipo de choque. Caso não tenha
problema não é de volume (conteúdo) e sim,
resposta, faz a noradrenalina para potencializar a
continente (leito vascular), pois ele tem uma
vasoconstricção e subir a pressão. Em casos de
vasoplegia.
taquicardia, faz noradrenalina.
Obstrutivo: menos frequente e mais grave. Existem
Exemplos: hemorragia, diarreia, vômitos, febres e
duas situações que a resposta é tranquila e rápido:
perdas para o terceiro espaço.
o Tamponamento cardíaco: trauma; doenças
reumatológica, hematológicas e infecciosas-
*Em situações de choque hipovolêmico de origem
COVID que fazem derrame pericárdico de uma
hemorrágica, faz volume e depois substitui por sangue
hora para outra.
(relação 1:1:1).
o Pneumotórax hipertensivo: devido ao aumento
da pressão intratorácica, a cava “dobra”, e esse
paciente não consegue ter bombeamento de Quantificação das perdas??
grande quantidade de sangue. É preciso fazer uma Não tem como quantificar, todo paciente que chegar
toracocentese ou drenagem imediatamente. na emergência tem que fazer MOV (monitorização,
o TEP maciço: sendo muito difícil de reverter. Trata oxigênio e veia)
o sintoma do choque, mas não consegue tratar a o Monitorização: avalia parâmetros
causa imediata. Por isso tem alto índice de hemodinâmicos, como: FC, FR, PA. E se colocar a
mortalidade. sonda vesical, verá o débito urinário.

Obs.: o Manejo
Choque críptico: a macro hemodinâmica está normal, ▪ resolução da causa (SEMPRE). A USG ajuda
mas a micro hemodinâmica estar comprometida. bastante para o diagnóstico mais precoce.
Ex.: paciente chegar na emergência com PA normal, FC ▪ reposição de volume: uso de cristalóides. Os
limítrofe. Gasometria com Lactato aumentado ou pH e colóides fica para um segundo momento,
BE baixos quando foi feito muito volume.
▪ reposição de hemácias
Obs.: Todo paciente que você suspeitar que pode estar ▪ drogas vasoativas
em choque, mesmo estando com os parâmetros
normais, é importante solicitar uma gasometria!
Ocorre uma Falha da bomba. Exemplos: IAM, ICC,
Arritmia (FA descompensada, BAVT-pacientes com
Chagas)
É importante, sempre avaliar o momento
o Monitorização: MOV e acesso central (PVC e
hemodinâmico do choque:
saturação venosa central de oxigênio).
o Relação entre continente e conteúdo
Obs.: Fazer um acesso central para avaliar a PVC, pois
o Componentes da macro-hemodinâmica
ICC + choque, o problema está no VD. Portanto, nesses
▪ Continente (leito vascular): vasos
casos de VD, é preciso fazer um pouco de volume, para
▪ Conteúdo(volemia): sangue
que ocorra o transbordamento e posteriormente o
▪ Bomba (coração)
débito.

Manejo
o Coração impulsiona (bomba) o tratamento da causa (trombólise, controle da
o Sangue (conteúdo) arritmia)
o Através de leitos vasculares (continente) o drogas vasoativas: dobutamina (para melhorar o
inotropismo)
THAMYRES CAVALCANTE – 6º MA–
o marcapasso (arritmia), BIA (balão intra-aórtico),
CEC (circulação extra corpórea), Liberação de grandes quantidades de mediadores
o coração artificial (para o paciente entrar na lista inflamatórios Alterações da permeabilidade vascular,
de transplante)
por isso que se fizer volume no paciente ele ficará
o reposição volêmica??? Sim, principalmente
quando for do lado direto. Não, quando a PVC está edemaciado
muito alta, através da punção venosa central.
Fisiopatologia padrão é a Vasoplegia e perfusão
variável
o Obstrução total ao fluxo do sistema
Depressão miocárdica, que pode ocorrer
o Tamponamento cardíaco
precocemente ou tardiamente, podendo causar um
o TEV (TEP maciço): muito crescente devido a
choque cardiogênico. Também ocorre a
cirurgia bariátrica
o Embolia aérea miocardiopatia séptica
o Embolia gordurosa
o Obstrução da saída do VD Insuficiência adrenal relativa, não ocorre toda vez.
o Trombose arterial de grandes vasos: raro, mas se Devido a uma diminuição do cortisol, porque a adrenal
acontecer é praticamente fatal foi muito estimulada e não tem mais hormônio para ser
o Geralmente fatal liberado. Nesse caso, o tratamento é corticoide.
o Manejo: muito difícil
▪ resolução da causa: TEP maciço tentar resolver Choque séptico- manejo
por via percutânea, caso não consiga, tem que o Precocidade
ser por via cirúrgica. o Alto índice de suspeição
▪ Suporte: reposição de volume com cautela e o Protocolos de sepse
vasopressores (noradrenalina) o EGDT: early goals directed therapy
o Surviving sepsis campaign: devido aos estudos da
EGDT
o Monitorização
O grande problema é a sepse. Aumento
o Tratamento da fonte
desproporcional do continente (vasoplegia). Por isso,
o Reposição volêmica agressiva
nesse tipo de choque também é feito reposição
o Drogas vasoativas: noraadrenalina
volêmica associada a um vasopressor (noradrenalina e
o Corticoide??? Se confirmar insuficiência adrenal
em alguns momentos a adrenalina).
relativa
o Anafilaxia: resposta imunológica exarcebada,
o Miocardiopatia séptica- dobutamina?? Caso tenha
liberação de mediadores, edemas e vasodilatação.
problemas no coração.
o Choque medular: TRM, desconexão do sistema
simpático, vasodilatação e bradicardia.
*Os vasopressores podem ser iniciados em veia
o Choque séptico: modelo complexo de choque
periféricas para não perde tempo, e posteriormente
pegar um acesso venoso central.
Manejo
o Anafilaxia: expansão, monitorização, anti-
histamínicos, corticoides, drogas vasoativas.
o Neurogênico: geralmente auto-limitado, manter Sem evidência na macrohemodinâmica: normotenso
volemia e controle da diurese, monitorização,
eupnéico, bem perfundido.
drogas vasoativas.
Porém, ao fazer a gasometria, observa-se um
sofrimento tecidual incipiente, ou seja, a
*Na anafilaxia a droga de escolha é adrenalina, pode
ser subcutânea ou endovenoso (intra-hospitalar). microhemodinâmica afetada Pode evoluir para
choque manifesto grave
*TRM: tratar com volumes e drogas vasopressoras Manejo: alto índice de suspeição, monitorização
(noradrenalina) microhemodinâmica, terapêutica dirigida pelos
achados.

Reação imunológica severa e amplificada ao processo


infeccioso Colonização-bacteremia-sirs-sepse-choque o Ressuscitação volêmica inicial (sempre):
séptico cristalóide (20ml/kg em 1 hora) / Colóide 500 ml
em 30 min
THAMYRES CAVALCANTE – 6º MA–
*A manobra que é feita para saber se o paciente está
precisando de volume é chamada de Manobra da
elevação passiva das pernas (ou MMII): coloca o
o Lactato arterial, pH, BE
paciente deitado e eleva os MMII em 30° (máx. de 45°),
o Delta de pco2
isso aumentará o retorno venoso. Feito isto, observa a
o Delta de po2
pressão do paciente, se aumentar 10-15%, esse
o Minimamente invasivo
paciente está precisando de volume.
o Medida direta de sofrimento tecidual
o Hemotransfusão: nos choques hemorrágicos
o Acesso venoso periférico
Outros Parâmetros da microhemodinânica:
o Acesso venoso central
o Suporte ventilatório
Saturação venosa central de oxigênio, pode ser vista
o Diagnóstico e tratamento da causa básica
através de PVC ou cateter da artéria pulmonar. Pode
ser dado o diagnóstico de diferentes tipos de choque
*VIP: ventilação, infusão e bomba. Essa sigla de
através desse parâmetro, pois pode mostrar o
utilizada no manejo dos pacientes com choque.
momento hemodinâmico do choque. Ela irá medir a
quantidade de oxigênio que está chegando no coração.

o Controle das hemorragias: controlar Seu valor normal é de 65-70%.


o Pneumotórax hipertensivo: drenar o tórax Valor abaixo de 65%: significa que o sangue está indo
o Tamponamento pericárdico: drenar, através de lentamente na corrente sanguínea e o oxigênio está
punção ou cirurgia sendo muito captado, débito cardíaco muito lento
o Arritmias cardíacas: desfibrilação (visto no choque cardiogênico).
o Insuficiência adrenal aguda: corticoide A saturação também pode estar baixa, se o paciente
o Anafilaxia: adrenalina não tem sangue, ocorrendo no choque hemorrágico.
o Sepse: dose inicial do antibiótico, EGDT Valor acima de 70%: mostra que o sangue está
passando muito rápido ou que está tendo shunts
aberto, isto é visto no choque distributivo (séptico).
o ATLS
GAP de CO2: a diferença arteriovenosa de gás CO2.
o ACLS
Colhe a gasometria arterial e ver o CO2, colhe a
o FCCS
gasometria central e ver o CO2. Faz a diferença do CO2
o PALS
da veia – CO2 da artéria. Valor até 6 é normal. Valor
o PHTLS
acima de 6 não está normal, mostra que o paciente
o ALSO
precisa de volume
“o protocolo não pode cegar o profissional “

o Dopamina: dose dependente, janela terapêutica


o Hemodinâmica básica
estreita, efeitos dopa (??), beta e alfa
o Exame físico
o Dobutamina: inotrópico, efeito predominante
o Sinais vitais
beta, baixa a pressão (???). Utilizando mais em
o Perfusão periférica
choques cardiogênicos
o Palidez, sudorese fria, pulsos, retorno venoso no
o Noradrenalina: efeito alfa predominante. Melhora
leito ungueal
perfusão, através do aumento da pressão arterial.
o Diurese
o Outras perdas
o Balanço hídrico
o PANI X PAM o Choque=sofrimento tecidual
o PVC: coluna d’água x on-line o Relação entre conteúdo e continente
o Tratamento inicial no PS é fundamental
o Monitorização é a regra não a exceção
o Reposição volêmica- precoce, e agressiva (sepse)
Avançada Cateter de artéria pulmonar (SWAN- GANZ) o Uso de drogas vasoativas- atenção
o Diagnóstico diferencial do choque o Cuidado: diagnóstico diferencial e tratar a causa!
o Parâmetros: PVC, PAP, POAP, SVCO2, DC, RVS
o VIGILEO-FLO TAC (infência do DC VIA PVC E PAM)
o Ecocardiograma na beira do leito e
eletrocardiograma-transesofágico
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Insuficiência Respiratória no Pronto-socorro


ele da ventilação mecânica para esperar o quanto o
A IRpA é uma das maiores emergência médica
paciente precisa ficar em apneia, sem o estímulo
ventilatório para realizar uma gasometria. Se verifica
Só fazer a ventilação excessivamente, pode levar a
que, apesar de uma PaCO2 de 50, ele não volta a
fadiga respiratória e muscular pode levar a PCR. O
respirar, mostrando que o sistema respiratório não
paciente começa apresentar gasping, necessitanto de
funciona.
uma via aérea definitiva.
Ventilação (V): aeração, chegada de ar no alvéolo
A IRpA é a incapacidade de ventilar, oxigenar, realizar
Perfusão (Q): chegada de sangue, circulação
troca gasosa de acordo com a necessidade metabólica.

O manejo adequado é simultâneo ao diagnóstico Zona de West


precoce.
Distribuição do fluxo sanguíneo dentro do parênquima
pulmonar, da parte basal para parte apical.
Na região apical, em posição supina, maior aeração, ou
Nos EUA é a principal causa de internamento na UTI. seja, maior ventilação.
Europa e EUA, aumentando a frequência e a Na região da base, em posição supina, maior
mortalidade alcança 40%. vascularização, ou seja, maior perfusão.

Fatores contribuintes: Envelhecimento populacional, Em posição supina:


obesidade e doenças crônicas. Zona 1 (ápice): maior V/ menor Q PA: pressão alveolar
o No Brasil, em torno de 49% das internações na (PA > Pa > Pv) Pa: pressão arterial
UTI. Das causas infecciosas, a pneumonia é a mais Zona 2 (intermediária) equilíbrio Pv: pressão venosa

prevalente. (Pa > PA> Pv)


o Estado de saúde prévio, presença de disfunções Zona 3 (base)– menor V / maior Q (Pa > Pv > PA)
orgânicas e reserva funcional estão associadas ao
prognóstico. Em posição dorsal
Parte para cima (corpo): mais aerada/ventilação. Essa
região diminui em relação a posição supina. Por isso, é
necessário fazer algumas condutas ventilatórias para
O tronco encefálico é a área responsável pelo centro
melhorar a ventilação das outras regiões.
respiratório. Eles têm estímulos próprios, através dos
Parte central: aumenta essa região
quimiorreceptores que são estimulados pelo meio
Parte para baixo (contato com a cama)
interno ácido (H+ mais potente) ou H+ mais potente,
devido à grande presença de CO2, levando a uma
Ex.: COVID, acometendo mais a região central ou basal
acidose. Esses estímulos são mandados de volta
quando o paciente está em pé. Quando ele se deitar,
através dos nervos eferente para musculatura
ele fica praticamente com todo o pulmão
diafragma, pulmão, aumentando a expansão, gerando
comprometido, porque as áreas sem aeração
um gradiente pressórico e o ar entrar na via principal.
aumentam.
A conduta é manda o paciente virar de barriga para
Existe os quimiorreceptores periféricos (corpo
baixo (posição prona), pois a parte distal do pulmão
carotídeo e aórticos), que vão ter um estímulo menor,
ficará para cima, aumentando a área de aeração, e a
através do oxigênio.
parte apical ficará para baixo. Conseguindo assim,
ventilar mais o paciente.
O bulbo é responsável pela inspiração/expiração. No
bulbo também o centro quimiossensível da respiração
(H+-atravessa a barreira HE).
A ponte responsável pela coordenação da frequência e
amplitude da respiração (centro pneumotáxico).

O PaCO2 que vai coordenar o processo respiratório. A


prova disto é quando se faz a prova de morte Figura 2: Em posição dorsal
Figura 1: Em posição supina
encefálica, após ter fornecido oxigênio a 100%, retira
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Relação Ventilação - Perfusão mandatória realizar uma gasometria, para dizer o tipo
de insuficiência respiratória ou confirmar essa
insuficiência, caso a oximetria de pulso já tenha
Efeito Shunt: Áreas do pulmão são adequadamente
mostrado.
perfundidas, mas não são adequadamente ventiladas,
o que gera hipoxemia. Denomina-se shunt quando a
obstrução dos alvéolos é total e efeito shunt é quando
a obstrução é apenas parcial. Pessoas “normais”
podem ter shunt numa proporção pequena.

Efeito espaço morto: Áreas do pulmão são


adequadamente ventiladas, mas não são
adequadamente perfundidas. Isso não gera hipoxemia,
gera hipercapnia, porque o sangue que passa capta
oxigênio, mas não há área de troca suficiente para
eliminar todo o CO2.
Na prática seria um baixo débito, vasoconstricção,
circulação lenta.

Figura 3: B (V/Q normal);


A(problema em V);
C (problema no Q)

Hipoxêmica ou tipo I:
Redução da PaO2 abaixo de 60 mmHg, mensurada
através da gasometria, causando uma saturação menor
que 90%.
o Hipoventilação: porque não entra muito ar ou não
estar tendo uma boa troca
o Alteração da relação V/Q
o Alteração da difusão: a membrana alvéolo-capilar
pode ter sofrido alguma alteração, fazendo com
que o oxigênio não se difunda bem.

Como pode ocorrer: a pessoa está em um lugar com


pouco oxigênio, não entrando O2 suficiente. Ou uma
redução na ventilação alveolar por alguma coisa que
esteja acontecendo.
Em embolia, não tem perfusão, e o paciente pode
cursar com hipoxemia (efeito espaço morto). Por isso,
que nesses casos, aumentar o oxigênio, não irá
melhorar a hipoxemia, uma vez que o problema está A maioria das insuficiências respiratórias que chegam
relacionado a perfusão. no pronto socorro, são do tipo I, que em sua maioria
são resolvidos com a oferta de oxigênio. Ou outros
Hipercápnica ou tipo II: CO2 alto tipos de insuficiência respiratória são de baixa
Tem que ter uma PaCO2 acima de 50. Ex.: Asma (onde frequência, que são:
o problema está na expiração); DPOC (graves) o hipercápnia ou tipo II
o insuficiência respiratória perioperatória ou tipo III
Para dar o diagnóstico dessa classificação, é necessário o insuficiência respiratória no choque ou tipo IV
ter a oximetria de pulso ou/e uma gasometria. Como
na maioria das emergências não tem um capnógrafo, é
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

SDRA/SARA: existe tanto a hipoxemia como a


hipercapnia. Muitas vezes fica difícil definir o seu tipo Oximetria de pulso e de pulso frontal (proveniente da
(I ou II), imediatamente. carótida interna, ela sofre pouca influência no choque,
não sofre vasoconstricção). A oximetria de pulso, em
Regras de Berlim: hipoxemia grave, alteração na pacientes em choque, pode mostrar resultados falsos.
relação V/Q, sem edema agudo de pulmão, não tem
PVC aumentada e tem um raio x com essas alterações, Oximetria na testa: essa região é irrigada pela carótida
junto com gradiente alveolar-arterial menor que 300. interna (n choque não sofre vasoconstricção), sendo
Um paciente que tenha esse quadro, diz-se que tem assim mais fidedigno do que a oximetria de pulso.
SDRA/SARA.
Exames laboratoriais: gasometria arterial e venosa
O COVID pode levar a SARA. central/ mista, hemograma, pró-BNP (peptídeo
natriurético cerebral).

*Se tem anemia, até que prove o contrário, tem


insuficiência respiratória.

*O pró-BNP, não é muito realizado aqui no Brasil. Eles


estão muito presente em pacientes com disfunção
cardíaca. A insuficiência respiratória pode ser de causa
pulmonar ou cardíaca). Portanto, esse exame dando
alterado vai provar que a causa da insuficiência
respiratória é cardíaca.

Dispneia intensa com FR >35ipm ECG: procurar por arritmias.


Cianose
Alteração do nível de consciência (sonolência/torpor) Exames de imagem: Raio X, TAC e USG torácica- pensar
Taquicardia >100bpm na beira do leito.

Esse quadro clínico citado é importante pois lembra o *Ver se tem derrame pleural ou imagem do
qSOFA (faltando apenas a hipotensão). Mostrando a parênquima pulmonar.
importância do qSOFA para ter um diagnóstico precoce
de uma patologia, seja choque, sepse, insuficiência *Em hemotórax/pneumotórax grande pode causar
respiratória. insuficiência respiratória

*Quanto maior a hipóxia, maior torpor. Ex.: paciente *e-fast/USG rapidamente ver se tem lesão no
com taquipneia e não acorda, até que se prove o parênquima pulmonar.
contrário é uma hipoxemia severa.
*Quanto maior o CO2, maios sonolência e torpor. Pico de fluxo respiratório: pode mostrar um
prognóstico reservado e acelerar o manejo.
Importante para ASMA e DPOC.
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

MOV (monitorização, oxigênio e veia)


Avaliar a via aérea:
o Oferta de oxigênio com baixo fluxo
o Oferta de oxigênio com alto fluxo
o Intubação orotraqueal

ECG: na primeira linha do monitor


Oximetria de pulso: segunda linha, ondas pulsáteis.
PAM: Onda dicrótica/bifásica
Capnografia: saída de CO2, quarta linha. Tem mais no
bloco cirúrgico
FR: quinta linha
Tempertura
VNI: ventilação mecânica não-invasiva: por máscara.
Na insuficiência respiratório, quais os parâmetros mais Muito utilizado para não intubar o paciente naquele
importantes para ser avaliados no monitor: momento. Coloca uma quantidade grande naquele
- Hipercapnica: avalia a capnometria paciente sob pressão. Ele não consegue falar, uma vez
que a máscara fica no rosto todo. Vai entrar pelo nariz
e pelo estômago, podendo ter chance de vômito e
Gasometria: mandatória na insuficiência respiratória. broncoaspiração.
Para colher, é necessário ver se a perfusão da mão é VM: ventilação mecânica invasiva: por meio de cânula
permitida, através do Teste de Allen. da traqueia
Como a gasometria é mais comum na radial, caso faça
o teste de Allen e a mão seja muito dependente dessa
artéria, não faz o procedimento nela.
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA–

Sepse e Choque Séptico


Sepse é um termo muito antigo interligado a pancreatite, queimaduras e infecções. Pode ocorrer
putrefação (SEPTIKÓS) + HAINA (SANGUE). Hipócrates tanto em pacientes infectados, como não infectados. A
começou a mencionar em lesões que tinha isquemia, SIRS é a manifestação clínica desse fenômeno e foi
muito pus e associado com febre. definida como a presença de dois ou mais seguintes
critérios:
Ignaz Philipp Semmelweis, o pai da antissepsia
sanitária e o "salvador das mães", que descobriu que Temperatura corporal > 38ºC ou <36ºC
FC > 90bpm
através da higienização das mãos pelas parteiras, o
FR < 20ipm ou PaCO2 < 32mmHg
índice de infecção nos partos diminuiu bastante. Na
Leucograma com > 12.000 ou < 4.000 células/mm ou ainda
época isto não foi reconhecido, e ele desenvolveu > 10% de neutrófilos imaturos
transtorno psiquiátrico, onde foi internado,
desenvolveu sepse e acabou falecendo. Obs.: SIRS vai ser encontrado em todo paciente que é
submetido a algum tipo de estresse. Porém, se o
Pasteur na França e outro cientista na Alemanha, paciente apresenta SIRS associado a um quadro de
identificaram que os microrganismos tinham o poder infecção, será chamado de SEPSE.
de desenvolverem infecções.
Sepse: SIRS desencadeada por infecção (documentada
ou suspeita).
Para ser sepse é necessário apresentar pelo menos 2
Vários termos para definir a mesma doença, que na
critérios de SIRS associado a um quadro infeccioso.
verdade é uma síndrome: Sepse, septicemia, síndrome
séptica e choque séptico. Com a evolução do
Sepse grave: Sepse associada com disfunção orgânica,
conhecimento foi se descartando alguns termos e
hipotensão ou sinais de hipoperfusão. A hipotensão é
ficando com o mais apropriado.
definida como PA sistólica< 90mmHg ou queda> 40mm
do basal na ausência de outras causas. As disfunções
Para chegar ao termo Sepse, utilizado atualmente, teve
orgânicas incluem hipoxemia, insuficiência renal
que passar por essa transição:
aguda, coagulopatia, plaquetopenia, íleo paralítico e
- Sepse 1 (1991)
hiperbilirrubenemia.
- Sepse 2 (2001), onde foi mantido os termos e criou-se
*Esse termo não é mais utilizado
o nome de síndrome da resposta inflamatória
sistêmica.
Choque séptico: hipotensão mantida ou necessidade
Esse termo foi determinado, pois foi visto que esses
de inotrópicos-vasopressores, à despeito de
pacientes que apresentavam um quadro de infecção
ressuscitação volêmica adequada, associadas a sinais
apresentavam uma resposta sistêmica, com quadro
de hipoperfusão orgânica (ex:hiperlactatemia,
clínico de: febre, frio, taquicardíaco, taquipneico, pulso
rebaixamento do nível de consciência, oligúria).
forte e rápido, batimento de asa de nariz, leucócitos
altos.
Esse termo é utilizado para os pacientes com sepse,
que receberam alguma carga de volume e não
Definições de sepse e síndromes correlatas de 1991 obtiveram resposta, persistindo hipotensão e lactato
aumentado.
Infecção: processo patológico induzido por
microrganismo
Síndrome da disfunção de múltiplos órgãos: presença
de disfunções orgânicas que impedem a manutenção
Bacteremia: Presença de bactérias no sangue. De
da homeostase sem intervenção
forma análoga pode-se usar os termos fungemia,
viremia, parasitemia etc.
Expansão dos sinais e sintomas relacionados à sepse (2001)
Septicemia: Segundo o consenso de 1991, o termo não Sepse: Infecção comprovada ou suspeita a alguns dos
deve ser utilizado de forma corrente da literatura seguintes
médica
Variáveis gerais:
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS): • Febre (temperatura central > 38.3ºC)
Uma série de insultos pode gerar um estado orgânico • Hipotermia (temperatura central < 36ºC)
inflamatório, incluindo politrauma, pós-operatório,
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA–

• Frequência cardíaca > 90Bpm Obs.: Todo paciente que chega na emergência com
• Estado mental alterado: o sensório é uma das quadro sugestivo de sepse tem que aplicar o MOV
primeiras alterações observada em hipoperfusão. (monitorização, oxigênio e veia). Na monitorização
• Edema significativo ou balanço hídrico positivo deveria ser feito o PVC e o cateter arterial (uma vez que
(>20mL/kg em 24horas): ganho de peso vai depender da repetição de gasometria).
*Até que se prove o contrário, os pacientes com
infecção (principalmente com sepse, devido a Variáveis de disfunções orgânicas:
vasoplegia) tem o sistema renina-angiotensina- • Hipoxemia arterial (pressão arterial de O2/fração
aldosterona ativado. Com isso, a tendência é que eles inspirada de O2 < 300)
retenham sódio e água (cada molécula de sódio, 300mL • Oligúria aguda (débito urinário < 0,5mL/kg/hora
de água). por >duas horas
Portanto, se ver esse paciente aumentando de peso, • Aumento de creatinina > 0,5mg/dL
possivelmente é uma infecção, e se ele estiver em uso • Alterações de coagulação (INR> 1,5 OU TTPA
de antibiótico, provavelmente este não está sendo >60s)
eficaz. • Ausência de ruídos hidroaéreos
Obs.: em pacientes internados, é importante avaliar se • Plaquetopenia < 100.000 células/mm3
eles estão com ganho de peso. • Hiperbilirrubinemia bilirrubina total >4mg/dL)
Pesar o paciente faz parte do exame clínico!
• Hiperglicemia (glicose plasmática >120mg/dL na *Importante avaliar se o paciente apresenta algum tipo
ausência de diabetes): hormônios de disfunção.
(contrarreguladores) do estresse é o glucagon e
cortisol, que vão aumentar a glicose. A Caso clínico de SIRS e SEPSE. idoso diabético,
hiperglicemia é um dos primeiros sinais que hiperplasia prostática, sem urinar há 2 dias, com
mostra que o paciente está infectado. calafrios e febre. Foi feito o MOV. FC de 120bpm,
enchimento capilar >3,5 (hipoperfusão). Foi feito
Variáveis inflamatórias: reposição volêmica e solicitado gasometria. A palpar o
• Leucograma com > 12.000 ou 4.000 células/mm abdome, ele queixou-se de dor hipogástrica, ele
ou >10% de neutrófilos imaturos (quando também estava com retenção urinária. A gasometria
apresenta células mais jovens, significa que o mostrou lactato aumentado. Diante desse quadro, foi
paciente está lutando contra alguma coisa) determinado que o paciente está em sepse de origem
• Proteína C-reativa > 2 desvios-padrão do valor urinária.
normal
• Procalcitonina > 2 desvios-padrão do valor normal Variáveis de perfusão tecidual:
• Hiperlactatemia > 1mmol/L
Obs.: quando a proteína C-reativa e a procalcitonina • Tempo de enchimento capilar lentificado ou
estão alterados mais que 2x do normal, sugere quadro livedo reticular
de infecção. Lembrar que vários processos
inflamatórios estarem alterados, não necessariamente
terá uma infecção.

Variáveis hemodinâmicas:
• Hipotensão com PA sistólica < 90mmHg ou PA
média < 70mmHg ou queda > 40mmHg do basal
• Saturação venosa central > 70%
• Índice cardíaco >3,5L/min/m2. Quando está com
cateter de Swan-ganz ou algum cateter invasivo
de tecnologia. Hoje em dia está utilizando um
cateter na artéria radial e outra na veia central,
que serão colocados no mesmo modo do As principais infecções que causam sepse são:
computador e ele mesmo faz o cálculo e dar o respiratória, abdominal e urinária. Em idoso e criança,
débito cardíaco. origem da sepse respiratória. Adultos jovens, infecção
abdominal (apendicite, pancreatite etc.). Mulheres e
*A saturação venosa central é muito utilizada em idosos/homens de origem urinária.
pacientes que estão em choque séptico ou em sepse.
Mostrando que praticamente não existe captação de
oxigênio na corrente sanguínea.
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA–

Antigamente, os cirurgiões eram orientados a quando Variáveis testadas em estudos clínicos: local de
o paciente apresentasse um quadro de febre no pós infecção, se localiza ou dissemina o agente
operatório, pensar na regra dos 4 W’s (em inglês), pois microbiológico, comunitária vs. nosocomial
até que se prove o contrário essa febre é de origem
infecciosa. Que correspondem a: doenças pulmonares, Resposta: um pouco contraverso, pois nem todos os
cateterismo vesical, ferida do sítio cirúrgico e trombose pacientes terão o exame. A resposta do organismo a
venosa. um processo infeccioso pode ser difícil categorizar.
Hoje em dia, foi acrescentado mais 2 W’s: drogas Pode incluir sinais clínicos de SIRS, biomarcadores
maravilhosas (mostrando que qualquer droga pode (PCR, PCT) dosagem de interleucinas etc. Uma melhor
levar a febre e achar que é sepse); doenças compreensão da resposta orgânica à agressão de
coronarianas. ajudar em inovações terapêuticas que modulem tal
resposta, que até o presente momento na maioria dos
casos não se mostraram benéficas.
Variáveis testadas em estudos clínicos: hipotensão ou
No mundo
choque, hipoxemia grave, taquicardia, taquipneia,
Incidência estimada: 2,4 a 3,7/1.000 habitantes/ano
desvio à esquerda no leucograma
com aumento progressivo
Alta morbimortalidade associada
Disfunção de órgão: A extensão da lesão orgânica
Grande parte dos pacientes é idosa e/ou com
ocasionada pelo quadro, que pode ser graduada pelo
comorbidades graves
SOFA, MODS ou outros sistemas. Tem profundo
Aumento de cepas multirresistentes isoladas, uma vez
impacto prognóstico e seria análoga à presença de
que eles usam mais antibióticos.
metástases do sistema TNM. Perspectiva para que no
Muitos pacientes com sepse grave são tratados fora da
futuro seja avaliado o dano intracelular, mitocondrial
UTI: grande diferença que existe com o Brasil.
etc.
Variáveis testadas em estudos clínicos: disfunções
No Brasil
orgânicas, hiperlactatemia
O conhecimento dos médicos sobre a síndrome é
deficiente
Densidade de incidência em UTI’s estimada em
58/1.000 pacientes dia ou 30/100 admissões Insuficiência bioenergética: existe problemas dentro
A mortalidade é elevada e os custos sociais são da célula, nos locais que vão fornecer energia. Existe
significativos alteração:
Há notáveis discrepâncias entre os setores público e • Disfunção mitocondrial (o ciclo de Krebs não irá
privado funcionar)
• Alterações microvasculares (os vasos não vão
efetuar as trocas, tanto de oxigênio como de
alimentos.
Houve um sistema que tentou estabilizar, chamado
O paciente vai apresentar um problema na troca, ele
PIRO. Porém, só ficou na teoria.
pode apresentar desoxia, ou seja, pode apresentar
Sistema PIRO hipóxia e pouco tempo depois ter uma hiperoxia. As
Presisposição Muitos fatores pré-mórbidos exercem alterações de permeabilidade não são constantes
influência tanto na suscetibilidade para a infecção dentro do organismo.
quanto no seu desfecho.
Variáveis testadas em estudos clínicos: idade, tempo Disfunção Imune
de internação e localização prévia antes da admissão Resposta pró-inflamatória na sepse (citocinas,
na UTI, câncer ativo, doença pulmonar obstrutiva complemento, neutrófilos)
crônica, insuficiência cardíaca, cirrose, insuficiência Imunossupressão durante a sepse (CARS = Síndrome da
renal crônica, AIDS ou outra forma de resposta anti-inflamatória compensatória)
imunossupressão

Resultados de infecção: Local de infecção, extensão do


processo, agente microbiológico, seu perfil de Proteína C-reativa: quando este está aumentado com
sensibilidade aos antimicrobianos, em resumo são as um sinal de SIRS importante, categoriza que o paciente
características particulares da infecção em questão. está infectado. No pós operatório de grande cirurgia,
Dessa forma, uma infecção urinária comunitária, uma estará aumentado.
pneumonia hospitalar bilateral por bactérias com
multirresistência representa insultos diferentes. Procalcitonina: menos influenciada pela inflamação.
Proteína de fase aguda.
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA–

*Ambos são marcadores inflamatórios, deverá associar Sinais de disfunção e de falência orgânica
2x o valor normal com o quadro clínico.
SNC ENCEFALOPATIA
POLINEUROPATIA/MIOPATIA
CARDÍACOS Taquicardia
Taquiarritmias
• Inespecífico Depressão miocárdia
PULMONARES Insuficiência respiratória aguda
• Choque Lesão pulmonar aguda
• Disfunção miocárdica Síndrome da angústia respiratória
• SDRA RENAL
aguda
Insuficiência renal aguda
• Disfunção hematológica
Íleo paralítico/pseudo-obstrução
• Encefalopatia Gastrite
• Injúria renal aguda: choque e sepse GASTROINTESTINAL Colecistite acalculosa
• Disfunção gastrointestinal Pancreatite
Isquemia intestinal
• Disfunção endócrina HEPÁTICO Colestase
Hepatite isquêmica
METABÓLICO Hiperglicemia
Hiperlipidemia
HEMATOLÓGICO Coagulação intravascular
Infecção: documentada ou suspeitada disseminada
Trombocitopenia
Gerais: IMUNOLÓGICOS Disfunção imune
Temperatura > 38ºC ou < 26ºC ENDOCRINO Disfunção hipofisária, adrenal e
tireoidiana
Frequência cardíaca > 90bpm *Importante: Insuficiência adrenal que seria uma
Frequência respiratória ≥ 20 incursões/min manifestação dos pacientes que estão com quadro
Estado mental alterado infecciosos com SIRS e sepse.
Hiperglicemia
Extravasamento de líquidos para o terceiro espaço

Inflamatórios: Contagem de leucócitos < 4.000 ou > Exame Clínico


12.000 células ou bastões ≥ 10% Exames laboratoriais
Exames radiológicos
Hemodinâmico: Exames bacteriológicos: solicitar a cultura, sempre é
Hipotensão: Pressão sistólica < 90mmHg importante.
PAM < 70mmHg
SVO2 > 70
• SOFA: mais antigo. Na prática é muito utilizado
IC > 3,5L /min
• APACHE II: tem 32 variáveis
• SAPS 3
Perfusão tecidual:
Hipoxemia • MODS
Oligúria aguda • MEDS
Coagulopatia
PFH anormais
Contagem de plaquetas
Acidose lática
Cutis marmorata

Zero: completamente normal


Respiração: FiO2 se estiver em ar ambiente é 21%. A
partir de 300 é injúria pulmonar aguda. De 200 para
baixo, sem hipovolemia, é SARA. COVID se situa no
valor a partir de 300.
THAMYRES CAVALCANTE – 6ºMA–

Cardiovascular: verifica na pressão não invasiva. Menor


que 70, o paciente já está começando a se complicar.
Nível 2, quando tem qualquer tipo de droga. SEPSE3: A partir desse ano, só fica sendo utilizado o
termo de sepse e choque séptico.

Onde sepse é utilizado de uma forma rápida, através


M.O.V (monitorização, oxigênio e veia) do qSOFA:
Suporte às disfunções: insuficiência respiratória, • sensório (Glasgow diferente de 15)
intuba. Insuficiência Circulatória, faz droga. • FR (>22)
Insuficiência Renal, dialise. • Pressão sistólica (menor/igual a 100bpm).
Antimicrobianos e culturas: utilizar um de grande
espectro e depois ver o resultado da cultura. Caso tenha 2 desses critérios, tem qSOFA positivo. Vai
Controle do foco: precisa ser resolvido, dar o alerta que existe alguma fonte de infecção, para
imediatamente. assim, pensar numa possível sepse.
Reavaliar (sempre !!!) Posteriormente, faz o SOFA, caso de menor/igual a 2.

Começa a repor o volume no paciente. Caso a pressão


não aumente e o lactato ainda fica acima de 2, esse
paciente está em choque séptico. Faz volume, cultura
e iniciar um antimicrobiano.

Caso não tenha um qSOFA igual ou acima de 2, mas


você suspeita de uma fonte de infecção, já é suficiente
para denominá-lo de sepse.

Em serviços que não tem gasometria nos serviços.


Caso faça volume e drogas vasopressoras e o paciente
não melhora, caracterizar como choque séptico.

Esse protocolo usou métodos invasivos na


emergência, nem guiados por valores
estabelecidos, que antes só era utilizado dentro da
terapia intensiva.
Todo paciente em sepse era colocado um PVC e um
cateter na artéria radial para ver a PAM.
Também foi observado que a hemotransfusão foi
utilizada para melhorar a hemoglobina.
Tem que ter débito urinário de pelo menos 0,5ml/kg
em adultos e mais de 1ml/kg/hora em criança.
Por fim, foi acrescentado a saturação venosa central,
que deveria estar entre 65-70%.
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Coma: abordagem prática na Emergência


vai estar associado ao centro, como: núcleo do centro
Tem origem do Grego (Homa), que significa sono respiratório, da pressão arterial.
profundo.
O mesencéfalo parte para os 2 hemisférios cerebrais,
O mais grave dos distúrbios da consciência. A mais séria muitos nervos cranianos fazem parte da função pupila
emergência neurológica. Pode entrar em insuficiência e movimentos oculares, principalmente do III par.
respiratória rapidamente, devido ao rebaixamento do Portanto, quando o neurologista faz o teste da pupila
músculo da língua, portanto, tem que ficar alerta para no paciente, ele estar avaliando o grau de coma ou o
via aérea. núcleo/ centro causador do coma.

Consciência = capacidade de reconhecer e interagir


com o ambiente
O paciente chega com desconforto respiratório
Consciência = condição sine qua nom da experiência de
vida
ABC sempre: Avaliar inicialmente a via aérea. Também
entra o MOV (monitorização, oxigênio e ventilação)
Evitar usar os termos: letargia, semi-coma e
embotamento.
SSVV, fundoscopia: avalia se tem hipóxia. Caso tenha
capnografia, fazer. Na fundoscopia já pode ter lesão na
Usar os termos: sonolência, estupor e coma
retina, sugerindo doença aguda ou crônica.

Pesquisa de rigidez de nuca com o exame neurológico:


• AVE só pode ser realizado, quando for afastado uma lesão
• Estado epiléptico não convulsivo na cervical do paciente.
• Meningite/encefalite
• Abstinência alcoólica Anamnese e exame físico geral: sinais e sintomas,
• Intoxicação por drogas alergias a medicações, medicamentos que usa,
passado cirúrgico, última refeição, última menstruação
• Encefalopatia (se estiver menstruando), e história de como ocorreu o
• Metabólica (hepática, urêmica, tiroidiana, incidente.
suprarenal) O exame físico geral, é o que é visto naquele momento.
• Hipoglicemia
• Hipóxia/hipercápnica *o exame físico mais detalhado, não necessariamente
• Choque circulatório será o exame neurológico completo. Vai ser o exame
• Sepse que irá falar sobre os centros de alerta e vigília.
• Tumores do encéfalo
*Pode ser feito uma USG a beira do leito, em que o
• Morte encefálica transdutor irá ver a espessura do nervo ótico, porém,
ele não irá dizer a causa do coma, mas dirá se o
paciente está em hipertensão intracraniana ou não.
Sistema reticular de ativação ascendente (SRAA), tem
correspondências nos dos hemisférios cerebrais.
Trauma, parada cardíaca ou ingestão de fármacos?
Normal: vigília e coerência do pensamento
Anormal: lesões do SRAA, córtex cerebral, supressão Pontos úteis:
da função reticulo cerebral. Qualquer alteração em um • rapidez do aparecimento dos sintomas
desses centros, terá uma alteração do nível de (precedentes?).
consciência • Uso de medicamentos, drogas ilícitas ou álcool?

SRAA encontrasse no mesencéfalo, portanto, o exame Importante fazer essas perguntas quando o paciente
clínico que irá sugerir que o paciente estar em coma, chega com rebaixamento do nível de consciência: “ele
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

é assim ou ficou assim”, “tem alguma doença Existe uma nova escala, chamada FOR, que possui
neurológico” ou “está sempre assim”? dados a mais, para fazer uma avaliação melhor dos
pacientes clínicos.
Inquisição direta aos familiares, observadores, técnicos
da ambulância. Avaliação do nível de consciência:
• Estímulos auditivos: inicia-se fazendo esse
Uma maneira rápida de identificar pacientes em coma, estímulo
é avaliando: • Estímulos táteis e dolorosos (glabela ou
interdigital, evitar fazer no esterno, devido a
Odor no hálito: pois pode ser algo de origem deixar grandes hematomas)
metabólica:
• fruta estragada: até que prove o contrário, são os Gasometria
pacientes hepatopatas
Alcalose respiratória: encefalopatia hepática e
• odor urêmico (odor adocicado): insuficiência renal
intoxicação por salicilato
que está sem fazer a diálise.
• Bolorento (morfo): associado a doenças
Acidose respiratória: intoxicação por sedativos, DPOC
infecciosas, inclusive fúngica.
e sepse
*com o hálito, já pode dar um diagnóstico desse
paciente em coma
Acidose metabólica: CAD (cetoacidose metabólica),
uremia, acidose láctica, choque séptico, intoxicação
Pele: cor, mancha.
(etilenoglicol, metanol, paraaldeído, salicilato e
Ex.: petéquias com rebaixamento do nível de
isoniazida).
consciência, pode ser uma meningoencefalite ou
meningite meningocócica.
Pacientes com intoxicação de monóxido de carbono Pesquisa de irritação meníngea
pode chegar com a pele com um tom alaranjado.
Flexão passiva do pescoço: só pode fazer essa
Temperatura: manobra, após descartar lesão de cervical.
• Hipertermia: associado a tumor cerebral
• Hipotermia: associado com uso de medicações Sinal de Kernig: faz a flexão e o paciente flete o joelho
ilícitas para pelve.

Padrão respiratório: o centro do padrão respiratório é Sinal de Brudzinski: faz flexão e ele mantém a perna
no tronco encefálico. Pode ser visto Cheyne-Stockes, estendida.
biot, aspiração central, padrões atípicos de respiração.
*Esses sinais não são utilizados com muita frequencia,
Hemodinâmica porque faz mais o da flexão do pescoço
• Hipertensão: pensar em transtornos vasculares
encefálicos Avaliação dos nervos cranianos
• Hipotensão: pensar em choques, principalmente
de origem séptica.
Aval ocular-tamanho e reflexo: no tamanho é visto se
tem midríase, miose ou anisocoria. Porém 15% da
população pode apresentar anisocoria, portanto, faz o
Responsividade à estímulos (nível de consciência): reflexo. Pode ser feito o reflexo fotomotor direto ou
score de Glasgow consensual (contralateral, estimula a direita e ver se a
esquerda contrai, e faz o oposto também).
Pesquisa de irritação meníngea: manobra de elevação
do pescoço, se existe rigidez. Sinais de Kernig, Aval ocular- MOExtrínseca: levatar a pálpebra para
Brudzinski, avaliação dos nervos cranianos cima, para baixo, para o meio e para lateral. Vai
(principalmente III, ver pupila e movimento ocular) fornecer ideia do II e VI par de nervo.

Aval do padrão respiratório Aval ocular- reflexo corneano: feito mais pelo
neutologista. Pesquisar a morte encefálica
Aval da resposta motora: de acordo com o Glasgow
Obs.: o Glasgow deve ser usado, porém ele é uma
maneira de avaliar o paciente naquele momento.
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Reflexo nauseoso e da tosse: abaixador de língua ou se Escala de Four


ele estiver entubado, puxa um pouco o tubo. Se ele
Tema alguns parâmetros que não são avaliados no
tiver reflexo, não tem morte encefálica.
Glasgow. Ela preza pela semiologia, valorizando o
exame clínico. Não valoriza exames de imagem.
Avaliação do padrão Respiratório

Respiração de Cheyne-Stokes: começa devagar, depois


aumenta e entra em apneia. Além de estar presente
em pacientes neurológicos, pode ocorrer na
insuficiência cardíaca.

Hiperventilação central: respiração rápida, que não


estar associada com a PaCO2.

Hiperpnéia primária: respiração muito rápida.

Respiração apnêustica: totalmente anárquica, tem


muito momentos de parada respiratória.

Respiração atáxica ou Biot: menos anárquica do que a


apnêustica.

Avaliação Motora

Movimento proposital: ele obedece, portanto não tem


coma.
Movimento patológico:
Ausência de movimento: seria a pontuação 1 da escala
de Glasgow.
Existe várias maneiras do paciente de forma
*os dois movimentos que interessam para o coma, são: gravíssima, desenvolvendo hipertensão intracraniana,
patológico e a ausência. através das hérnias, mais bem visto no trauma.

O que vai chamar atenção numa emergência:

Tríade de Cushing-HAS, bradicardia e irregularidade


respiratória: emergência cirúrgica (Rapidamente, tem
que estabilizar o paciente através da via aérea e
realizar um exame de imagem).

PIC = PPC – PAM. Para melhorar a pressão de perfusão


cerebral é preciso melhorar a PAM. Mesmo o paciente
sendo hipertenso, não se pode baixar a pressão dele.
Tem que analisar como se ele está bradicardico e com
a respiração diferente, antes de tentar baixar a pressão
é preciso fazer uma neuroimagem, pois ele pode estar
com hipertensão intracraniana.
Obs.: como irá avaliar coma, se o paciente tem
abertura ocular, se o paciente pode responder. Evitar hipóxia, hipovolemia e hipotensão
Portanto, muitos pontos já são perdidos na avaliação
do coma.

Hemorragia intracerebral: AVC’s hemorrágicos


Hematoma subdural/epidural: Subdural (pacientes
mais idosos, crônicos e etilista) e epidural (mais jovens)
Infarto cerebral: AVE
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Oclusão da artéria basilar: bem incomum, que vai ECG e Ecocardiograma: pesquisar arritmias e
acometer a parte posterior do polígono. aneurisma de ventrículo (ECO).
Tumor cerebral/abcesso cerebral: tumor é mais Ex.: paciente tem doença de Chagas e fez um AVE.
frequente Pesquisar se tem aneurisma de VE com coágulo,
através do ECO. Sabendo que a causa do AVE foi o
êmbolo no VE.
Hipoglicemia/hiponatremia: relacionados com íons e
com glicose. É muito comum ver a encefalopatia
relacionada a hiponatremia (cirrótico) ABC-G + D.O.N.T: ABC-G (MOV + dosagem de glicemia).
Hipoxemia/hipotermia-hiper: mais na pediatria D.O.N.T: dextrose (hipoglicemia), oxigênio
Overdose de drogas (hipoxemia), naloxone (antagonista de opioide) e
Encefalopatia hepática: pode ser a partir de tiamina (pacientes alcoólicos evitar o delírio tremens).
hiponatremia ou de shunt porta sistêmicos
Meningite-encefalite: causas infecciosas. *Quando fizer a tiamina, associar a dextrose, pois ela
só será convertida com a ajuda de outro cofator
(tiamina). Como nos pacientes etilistas tem deficiência
de tiamina, se fizer só dextrose sem a tiamina, o
Hemorragia subaracnóidea: mais prevalente em
paciente pode apresentar a síndrome de Wernicke1.
idosos, devido ao cérebro estar menor e os vasos
estarem mais “esticados”
Antídotos e ATB’s: intoxicação por benzodiazepínico
Crise Convulsiva
(antídoto) e ATB’s (meningite)
Coma Psicogênico: só dar o diagnóstico após descartar
Fluído e solução hipertônica: choque (volume),
uma causa orgânica
Hipertensão intracraniana (manitol)
Suporte às disfunções orgânicas
Internar na UTI: não demorar com ele na emergência
Avaliação Laboratorial
Perfil toxicológico
Glicemia (hiperglicemia é causa de coma), gasometria É uma perda irreversível da função cerebral, incluindo
arterial (para identificar hipoxemia ou hipercapnia), o tronco cerebral.
eletrólitos (principalmente o sódio que estará Deve possuir os seguintes critérios:
aumentado no coma) • evidência clínica ou neuroimagem compatível
Função renal e hepática: obrigatório com ME
Hemograma completo e hemocultura (causas • Exclusão das seguintes situações: distúrbios AB e
infecciosas) HE, endocrinopatias e ausência de overdose ou
envenenamento e temperatura corporal 32 graus
Avaliação Radiológica C.
TAC de crânio (sem contraste): para descartar
hemorragia e massa. Imediatamente não dar para ver Para dar um diagnóstico, o paciente não pode ter
isquemia (por isso, que de início não consegue distúrbios (excluir: hipo e hipertemia, distúrbios de
identificar o AVC) sódio, potássio). Se o paciente faz hemodiálise, realizar
RNM de encéfalo: para identificar a causa. Mas não é a diálise para depois fazer o diagnóstico.
comum ser feito imediatamente.
Coma associado a ausência dos reflexos do tronco
cerebral.
Outros Exames • Sem resposta pupilar à luz
Estudo do líquor: só fazer depois que fizer uma • Sem reflexo oculocefálico: chamado de “olhos de
neuroimagem e descartar hipertensão intra-craniana. boneca)
Pois, caso ele tenha, vai causar uma herniação • Sem reflexo oculovestibular: coloca um líquido
(iatrogenia) gelado no canal auditivo do paciente.
EEG (eletroencefalograma): fazer quando os pacientes • Sem reflexo corneal
estiverem estabilizados (em seus leitos ou na UTI, não • Sem reflexo mandibular
se faz diretamente na sala vermelha) • Sem reflexo de tosse/engasgo
USG doppler de carótida: importante para ver se tem
• Apneia durante 8-10 minutos, com PCO2
aterosclerose para ver se não estar causando estenose
>60mmHg
na carótida (causas de isquemia ou embolo). A carótida
interna dará a parte posterior do polígno de Willis.
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

Existe testes bem definidos para saber se o paciente


estar em morte encefálica: eletroencefalograma; eco
Paciente feminino, 23 anos. Admitida na UPA com
de carótida, eco doppler craniano, angiografia cerebral
diminuição do nível de consciência. Trazida por
(insuficiência vascular).
familiares.
Testes confirmatórios:
UPA: oxigênio; venóclise (SF 0,9%); HGT=135; Glasgow
• Angiografia cerebral
11-12 (médico avaliou).
• Doppler transcraniano
• Cintilografia cerebral 2 horas após SPO2 <90%; PCR súbita, IOT; transferência
• EEG para o hospital.
(ela teve PCR, devido a hipóxia)
No SUS é feito o doppler e o EEC. No privado é feito *paciente em coma, nível de consciência rebaixando,
mais a angiografia cerebral. estabilizar imediatamente e mandar para UTI. Foi visto
que ela continuou na UPA.
A morte encefálica é de comunicação obrigatória
(Lei: 9.434/97, Art. 13): Hospital/sala vermelha: MOV; entrevista com
É obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde, familiares, que mencionou que ela tem depressão,
notificar às CNCDO’s da unidade federal onde ocorrer, passado cirúrgico de bariátrica há 2 anos e ingeriu 32
o diagnóstico de ME feito em pacientes por eles comp. de benzodiazepínico.
atendidos.
(como ela ingeriu esses comprimidos (intoxicação),
Fases do processo de doação de órgãos: poderia ter feito um antídoto na UPA).

Declara-se o diagnóstico de morte encefálica Após 12horas na sala vermelha: pupila midriáticas;
A família autoriza a retirada de órgãos irresponsiva; sem sedação. Foi transferida para UPA.
O órgão é retirado e levado para a refrigeração na
central de notificação UTI (48horas após): Na=160; diurese 3L em 24hrs (ela
O receptor é preparado para receber o órgão no pré- pode estar em morte encefálica, pois já estar tendo
operatório diabetes insipidus).
O receptor é medicado para evitar rejeição Conduta; neurologista

Diagnóstico do Neurologista:
- Coma: intoxicação por benzodiazepínicos
- Coma: encefalopatia metabólica: hipóxia
- Morte Encefálica

Paciente masculino, 62 anos. Engasgo há 2horas,


cefaleia e falta de ar (dispneia). Evoluiu com desmaio.
SAMU transfere o paciente da sua residência para
emergência e hospital privado.

Pronto Socorro: admitido com diminuição do nível de


consciência (Glasgow:10-11); MOV; SPO2 <64%; IOT;
COVID-19?

UTI: IOT (VM protetiva); cuidados para COVID-19; TAC


tórax (?) e mantido sedação.
(só pensaram em COVID-19).
(paciente com sedação tem a avaliação neurológica
1. Dedique-se um pouco às respectivas famílias (evite prejudicada).
a conspiração do silêncio)
2. Faça o simples e objetivo. Chame o neurologista! 24horas UTI: acordar precoce (sem sucesso). Melhora
3. Não se precipite em informar sobre a ME; o mais dos parâmetros ventilatórios (saturação e gasometria),
importante é a manutenção do potencial doador Nutrição/profilaxia TVP/LAMGD (lesões aguda de
mucosa gástrica duodenal).
THAMYRES CAVALCANTE – 6° MA –

48horas UTI: 24horas sem sedação (Não acorda!);


pupilas fixas; instabilidade hemodinâmica; TAC crânio
(hemorragia intracerebral).

*o engasgo pode ter sido o que desencadeou o AVC, e


ninguém considerou. A dispneia pode ter sido
potencializada porque ele broncoaspirou. Caso tivesse
sido feito uma TAC precocemente, poderia ter sido
identificado precoce.

72horas UTI: consulta neurologista; pupilas


midriáticas; Na=172; instabilidade hemodinâmica
(noradrenalina + vasopressina); ME: potencial doador?
(família negou doação de órgãos).
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Dor Torácica na Emergência


Uma das queixas mais frequentes no PS. ▪ Músculo-esquelética: frequente devido aos
Um evento coronariano fatal ocorre a cada minuto nos exercícios físicos.
EUA
Desafio: condições benignas x fatais *pacientes com herpes- zoster muitas vezes
O papel das unidades de Dor torácica. Melhora a passam com dor despercebidas.
qualidade de atendimento e diminui o custo. ▪ Psico-emocional: descartar uma causa
orgânica.
Importante relacionar fatores de risco com a doença
que o médico esteja pensando. Ex.: adolescente, 15anos com dor torácica do lado
direito importante + sudorese, MV diminuído do lado
esquerdo; turgência jugular D.
Tratava-se de um pneumotórax hipertensivo. Portanto,
Primeiramente diferenciar se a dor é de origem
foi feito uma drenagem.
cardíaca ou não cardíaca.
Ex.: paciente, 35anos. Fazia uso de anticoncepcional
Cardíaca
com dor torácica importante há 5 dias, com dispneia.
o Isquêmica: precisa agir rapidamente e chamar a
Foi solicitado um raio-x de tórax (sinais de
terapia intervencionista.
hipertransparência no pulmão esquerdo). Perna direita
▪ Angina estável
com um pouco de edema e pulso difícil de ser palpado.
▪ Angina instável
Também referiu uma dor lombar, que progrediu para o
▪ IAM
tórax. Foi solicitado um doppler, que mostrou uma
trombose femoral, indo para veia hipogástrica.
o Não isquêmica: precisa agir rápido, mas com mais
Posteriormente, foi solicitado TC, D-dímero. A TC
“cautela”
mostrou uma embolia pulmonar.
▪ Pericardite aguda
▪ Dissecção aguda de Aorta
Cada vez mais, está sendo trabalhado a utilização do
▪ Doença valvar
USG a beira do leito, pois tem situação de risco de vida
*Muitas vezes, a pericardite e a doença valvar, pode
eminente: tamponamento cardíaco, pneumotórax
ser identificadas na beira do leito, através do USG
hipertensivo, pericardite aguda, dissecação formando
(ECO).
um aneurisma.
Eco ver instabilidade do ventrículo, se VE ou VD, se o
Não Cardíaca
paciente está infartando.
o Gastroesofageana
▪ Refluxo esofagiano: está proporcionado
sintomatologias distantes do seu sítio, como
exemplo, sinusite.
▪ Espasmo esofagiano
▪ Úlcera péptica: mais raro, devido a banalização
dos inibidores da bomba de prótons. A dor
epigástrica pode ir para as costas.
▪ Rotura esofágica: catastrófica! Síndrome
séptica importante, mortalidade alta!

Obs.: paciente com dor epigástrica ou torácica inferior,


sudorese ou até mesmo chocado. Irá se pensar
inicialmente que se trata de uma dor de origem
cardíaca. Ao examinar, ver um abdome em tábua,
sendo sugestivo de úlcera péptica.
O principal desafio: identificar risco iminente de
o Outras causas morte!!
▪ Pneumotórax: desde espontâneo até um Os pacientes com IAM que recebem alta: 2x morte
hipertensivo. Pacientes com baixo risco: eventos adversos com
▪ TEP testes terapêuticos
Importância do exame físico.
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Identificar o paciente de risco= história clínica + outros marcadores de isquemia como, DHL e TGO, mas
exame físico na medicina baseada em evidência, esses exames não
são necessários para pensar em isquemia coronariana.
Mas eles podem ajudar outras entidades isquêmicas
Característica da dor
(perfuração de esôfago).
o Localização e qualidade
o Intensidade e irradiações: a intensidade dar dor,
não estar associada com a gravidade da doença.
o Início da dor e duração: o Angina instável
- Dor da isquemia (não demoram tanto, mas são o IAMSSST
de grande intensidade), não dura mais de 10- o IAMCSST
25min, porque o paciente não vai aguentar ou
entra em choque (angina estável). Pode começar *Na prática se usa: paciente infartando com ou sem
no repouso ou fazendo algum esforço. supra.
- Dor esofageana, ela pode durar de 1-4horas, com
exceção do espasmo esofageano, acontece como Diferença entre estabilidade e instabilidade: na
uma cólica (dar e vai embora, dar e vai embora). estabilidade, o fluxo estar sendo parcialmente
- Dor pleurítica: apenas quando respira resolvido e na instabilidade o fluxo está
- Dor epigástrica: a duração vai depender se ele completamente obstruído, dando a instabilidade
tomou algo para aliviar. Ou a dor estar durando daquela placa.
desde o início do jejum, durando mais tempo do
que uma de causa coronariana. Como fator *Para os cardiologistas os infartos com supra ST são de
precipitante pode ser a alimentação. piores prognóstico. Para os emergencistas, eles gostam
o Sintomas associados; fatores que pioram e de pegar infarto sem supra ST, porque são de melhores
melhoram prognóstico e dar tempo de pensar em fazer o manejo
e mandar para terapia intensiva.
O início da dor e a duração são bastante importantes
para o tratamento.
o Dissecção aguda da aorta: mais frequente
Dor de opressão/comprimindo que irradia para braço
o Hematoma intramural aórtico: menos frequente
esquerdo: isquemia
o Úlcera penetrante de aorta: menos frequente
Dor em furada: não é uma dor de origem coronariana.
Associada com a dor pleurítica, quando respira dói.
Dor epigástrica que vai para o ombro: pode ocorrer na
colecistite
o Pericardite: principalmente em pacientes com
Dor nas costas, podendo chegar nos testículos
cirurgia cardíaca; doenças reumáticas; infecções
(homens) e na vagina (mulheres): pode ser da aorta
(COVID)
descendente.
o Doença cardíaca valvar
o Trombo-Embolismo Pulmonar: mais frequente
Antecedentes patológicos: DM; passado cirúrgico
(coração, tórax, vascular), isquemia de MMII etc.

Hábitos de vida: principalmente quando associadas a


doenças coronarianas. Tabagismo, sedentarismo. o Hipertensão pulmonar
o Pneumonia
o Pleurite
o Neoplasia torácica
Eletrocardiograma: se pensar em evento cardíaco, só
*Essas causas vão mais para especialidade.
tem até 10min para ser feito. Na prática, já se avalia
rapidamente e faz um eletrocardiograma,
principalmente se ele tem os fatores de risco atrelado
a dor. Em serviços de dor torácica é rotina fazer o o Hespes Zoster: dor muito grave, e ao examinar
eletrocardiograma, independentemente de fator de não fosse encontrado nada.
risco ou não. o Cotocondrite
Radiografia de Tórax: importante para avaliar o Radiculite
identidades pulmonares e pleurais
Biomarcadores cardíacos: troponinas, que devem ser
pedidas imediatamente. Tem entidades que solicitam
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Troponina ultrassensível: irá subir rapidamente, em


torno de 40min você já tem esse resultado.
D-dímero: utilizando para dar diagnósticos de eventos
embólicos trombóticos.

O biomarcador vai de acordo do que tem no serviço,


principalmente os ultrassensíveis. Na prática:
Troponina T e I (principalmente).

Na medicina baseada em evidência não se pede mais o


CK-MB. Porém, em casos que só tenha ela, poderia
solicitar ele, juntamente com TGO e DHL. Ela tem uma
boa sensibilidade.

O exame Clínico é MOV


simultâneo ao manejo
do Paciente
HEMODINÂMICA E
VENTILAÇÃO

ECG (rai x
tórax)

Troponina (T e I) e
CK-MB

MD-dímero e
ECOCARDIOGRAMA
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Reanimação Cardiopulmonar

o 35% das mortes no Brasil- causas


cardiovasculares.
o 300mil mortes anuais (Brasil).
o EUA- 250mil mortes súbitas (SCA).
o Maior prioridade na medicina clínica (PCR).
o O papel da MBE.

Cadeia de sobrevida: Obs.: se a parada for intra-hospitalar, tem que ter no


o Reconhecimento imediato da PC e o mínimo, duas pessoas na parada.
desencadeamento do sistema de emergência
(CHAMAR POR AJUDA) Massagem cardíaca efetiva: comprimir o tórax 5cm e
o Aplicação das manobras RCP depois deixa o tórax voltar ao normal.
o Desfibrilação: em ritmos chocáveis
o SAV Ao chegar o desfibrilador, colocar logo as pás.
o Cuidados pós-PCR Ritmos chocáveis: taquicardia ventricular e a fibrilação
ventricular.
Obs.: houve uma mudança, hoje dia, se faz primeiro as
compressões e depois a via aérea.

Time de resposta rápida: são plantonistas


(intensivistas) que ficam à espera da chegada de
pacientes que estão passando mal. Realizam o qSOFA
ou exames normais. Código azul é quando existe uma
parada. Em hospitais que tem esse time diminuiu o
índice de mortalidade por parada intra-hospitalar.

Obs.: tem 4min de chance para o paciente não ter


sequelas.

Estar realizando as compressões torácicas (ciclo de


2min), chegou o desfibrilador, termina o ciclo das
compressões para colocar o desfibrilador. Caso não
SBV: compressão torácica. Se tiver obstrução faz a saiba o tempo que estar nas compressões, colocar logo
manobra de Heimlich o desfibrilador.
Atendimento da PRC Se deu o ritmo for chocável, e após o choque o ritmo
SAV não voltou, volta para as compressões.

No intra-hospitalar, depois do 2° choque, se o paciente


não voltou, fazer uma via aérea definitiva (intubação).
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Caso só tenha uma pessoa, é preciso manter a via aérea Obs.: Reanimação fútil, quando o paciente não tem
pérvia, pode ser feito com a manobra de Sellick prognóstico, não adianta persistir na reanimação.
(quando não tem lesão de cervical). Quando tem lesão
na cervical, faz a manobra Jaw-Thrust.

Em resumo: começa a massagem (30x2). Outra pessoa


eleva o pescoço do paciente. Uma terceira pessoa já
pega bolsa-válvula-máscara.
Ao chegar o desfibrilador: define se é ritmo chocável.
Se for chocável, aplica o choque, caso não volte o
ritmo, faz a massagem sem parar e ventila com a bolsa-
válvula-máscara. Como já é a segunda vez da Obs.: no trauma a maioria das Parada cardíaca são por
massagem, pode insuflar a bolsa-válvula-máscara a assistolia ou por AESP, ou seja, não faz a desfibrilação.
cada 8-10seg (6-10 insuflação/min). FV/TV são mais nas paradas clínicas.

Faz o segundo choque, se não voltar. Colocar uma via Obs.: existe 2H’s muito frequente no trauma, que é a
aérea definitiva e começar as medicações (adrenalina). hipovolemia e hipóxia (choque hipovolêmico e choque
Apenas na assistolia, que já pode iniciar com a hemorrágico). Por isso, muitas vezes a parada cardíaca
adrenalina. Se o ritmo for chocável, só faz a adrenalina do trauma é revertida, embora pouco tempo depois ele
a partir do 2° choque. venha a falecer. Já nos pacientes clínicos é difícil
Após o 3° choque, persistindo FV/TV, dar amiodarona reverter a parada, pois a maioria tem isquemia.
(antiarrítmico) e depois faz as compressões.
*Trombose pulmonar: seria embolia pulmonar.
Depois de 3 choques, se o paciente faz assistolia, não
chocar.

o Exame clínico completo


o Monitorização cardíaca contínua e ECG completo
o Acesso venoso central
o Avaliação dos outros procedimentos invasivos
o Radiografia do tórax: ver o tubo, se tem
pneumotórax
o Exames laboratoriais
o Medicamentos para manutenção

Obs.: o correto seria, depois da reanimação, levar o


paciente para terapia intensiva.

Obs.: gasometria vai mostrar através da PaCO2, se as


compressões estão eficazes. Ou seja, se entubar rápido
e conseguir colocar um capnógrafo, ele será o principal
Obs.: caso não tenha amiodarona pode ser feito a medidor de eficácia da parada, caso consiga colocar. O
xilocaína. PCO2 ou etCO2 vai tender a ser normal (>10-15mmHg).
Em casos de Torsades de Points, usar o sulfato de Se a PaCO2 começar a cair, o paciente vai entrar em
magnésio. parada de novo.
THAMYRES CAVALCANTE – 6MA –

Você também pode gostar