Introdução

Os Sais minerais são considerados elementos essenciais, eles, como as

vitaminas, não podem ser sintetizados pelo organismo, por isso precisam ser fornecidos
através da alimentação (PINHEIRO et al, 2005). Os minerais são elementos inorgânicos
(geralmente um metal), combinados com algum outro grupo de elementos químicos,
como por exemplo, óxido, carbonato, sulfato, fósforo, etc.

Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para o funcionamento

adequado do nosso organismo. Eles estão presentes como eletrólitos nos líquidos
corporais, como componentes de enzimas e hormônios e como componentes estruturais
de alguns órgãos, tais como ossos e dentina nos dentes.

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Objetivos de Estudo

Objetivo Geral

 Conhecer quais os sais minerais compõem o organismo.

Objetivos específicos

 Descrever os principais tipos de sais minerais;

 Conhecer as funções básicas dos sais minerais que compõem o organismo.

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2. Fundamentação Técnica

2.1. Definição de termos e conceitos

 Sais Minerais: Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para o
funcionamento adequado do nosso organismo.
 Macrominerais: são sais minerais necessários ao organismo, em maior
quantidade, superior a 100 mg por dia.
 Microminerais: são sais minerais necessários ao organismo, em quantidade
individual entre 1 e 50 mg por dia.

2.2. Minerais no organismo

Os sais minerais no organismo humano desempenham funções estruturais e

biológicas vitais para a manutenção da vida. Vários são os minerais que desempenham
funções importantes no organismo

A saúde do ser humano está relacionada com as mais variadas substâncias

químicas, como proteínas, carboidratos, vitaminas, lipídios, sais minerais etc. Entre
essas substâncias, os minerais ou sais minerais apresentam diversas e importantíssimas
funções no organismo humano.

Antes de conhecer a importância dos minerais no organismo, é fundamental

defini-los. Trata-se de substâncias inorgânicas, isto é, possuem origem mineral e não
podem ser produzidos no organismo de um ser vivo. Mesmo que não sejam produzidos
por nós, os minerais desempenham funções vitais para o organismo, ou seja, a presença
deles favorece o equilíbrio e manutenção de funções corporais básicas, como:

2.3. Funções corporais básicas dos sais minerais:

 Condução de impulsos nervosos;
 Atividade e manutenção celular;
 Ativação e regulação de atividades de diversas enzimas;
 Controle do equilíbrio ácido-base;
 Contração dos músculos;
 Realização de processos metabólicos.
 Funções estruturais no organismo:
 Formação dos dentes;

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  Formação das unhas;
 Formação dos ossos.

A importância da presença dos minerais no organismo é indiscutível. Todavia,

devemos ter uma alimentação saudável para que todas essas funções possam ser
realizadas. Uma alimentação rica em minerais é fundamental, já que a ausência deles
também pode acarretar diversos problemas de saúde para o indivíduo. Alguns exemplos
são: Osteoporose; Deficiência no crescimento; Cãibras; Aumento da pressão arterial;
Disfunção reprodutiva.

Sais minerais são nutrientes importantes para a formação de estruturas e

funcionamento do organismo em diversas áreas, auxiliando na manutenção geral de
ossos e músculos, assim como da atividade adequada para o cérebro e coração. Isso
acontece em parte pela utilização dos minerais na produção de enzimas e hormônios em
nosso metabolismo, ou seja, as funções biológicas dependem desses componentes tanto
quanto precisa de vitaminas.

Os sais minerais são elementos que têm sua origem a partir do solo, sendo assim,
os seres vivos não podem produzi-los. Para conseguirmos os sais necessários para nossa
sobrevivência, uma alimentação adequada e balanceada é essencial. De acordo com a
necessidade diária de cada sal mineral, podemos classificá-los em: Macrominerais e
Microminerais

2.4. Classificação dos Sais Minerais

2.4.1. Macrominerais: são aqueles cujas necessidades diárias superam os 100 mg.

Nesse grupo encontram-se o cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e
enxofre.

Segundo Pinheiro, 2005, os macronutrientes estão presentes em maiores

concentrações no organismo.

Cálcio - O cálcio é um macromineral, importante para manter ossos e dentes

saudáveis, além de propiciar o relaxamento e a contração dos músculos e, ainda,
colaborar com o funcionamento dos nervos, a coagulação do sangue, a regulação da
pressão arterial e a saúde do sistema imunológico (SOUZA, 2016). O cálcio pode ser
encontrado no leite e nos produtos lácteos, em peixes em conserva com ossos, como o

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salmão e a sardinha, e, vegetais de folhas verdes (brócolis, espinafre), o leite de soja, a
mostarda e as leguminosas (HACK, 2012).

Fósforo - possui função essencial na estocagem de energia, no transporte e na

estrutura das membranas celulares, além de participar da estrutura dos ossos e dos
dentes, da estrutura do núcleo e do citoplasma celulares, do equilíbrio ácido-base, da
transformação de energia, da transmissão dos impulsos nervosos e de participar no
metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas (PEREIRA, 2005). O fósforo está
presente em carnes, peixes, aves, ovos e leite (SOUZA,2016).

Sódio - é essencial à manutenção da pressão osmótica do sangue, plasma e

fluidos extracelulares (PINHEIRO, 2005). O sódio no organismo possui função de
manutenção da pressão osmótica isto é a pressão exercida sobre a solução para impedir
a passagem de solvente através de membrana semipermeável. De importância vital para
manter o equilíbrio hídroeletrolítico entre os compartimentos extra e intracelular
(PEREIRA, 2005).

Potássio- desempenha diversas funções importantes no organismo,

principalmente no funcionamento dos músculos e na transmissão de impulsos nervosos.
Também é necessário para a função celular normal. Suas concentrações intra e
extracelulares, quando em desequilíbrio, podem afetar a transmissão neural, a contração
muscular e o tônus vascular. (HACK, 2012). Frutas e legumes em geral, como banana,
tomate, batata e laranja, são ótimas fontes de potássio. Outros alimentos ricos nesse
mineral são peixes, carnes, aves domesticas e damasco (REVISTA-FI, 2008).

Magnésio - está presente nas nozes e sementes, legumes, vegetais verdes, frutos
do mar, chocolate, alcachofra e na água potável, que é bom para ossos e necessário para
a produção de proteína, a contração muscular, a transmissão nervosa e a saúde do
sistema imunológico (SOUZA, 2016).

Cloro - Tem importância na manutenção da pressão osmótica e no equilíbrio

hídrico. Atuando juntamente com o sódio e o potássio (PINHEIRO, 2005). Componente
do suco gástrico. Forma o ácido clorídrico do estômago. Encontra-se combinado ao
sódio no sal comum (HACK, 2012).

Enxofre - O enxofre faz parte das moléculas de proteínas em todas as células do

organismo. Essa estreita relação com as proteínas confirma que ele é suficiente em toda

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a dieta rica nas mesmas. As funções do enxofre no organismo são várias: Constituinte
das proteínas celulares, da melanina, da cocarboxilase, do humor vítreo, do fluido
sinovial, dos tecidos conjuntivos, dos mucopolissacarídeos, da heparina, da insulina, das
cartilagens; atuação no metabolismo do tecido nervoso; atividade nos mecanismos de
desintoxicação (PEREIRA, 2005). O enxofre é encontrado em moléculas de proteína de
alimentos como carnes, aves, peixes, ovos, leite, legumes e nozes (SOUZA, 2016).

2.4.2. Microminerais: são aqueles que a necessidade diária é inferior a 100 mg. Nesse
grupo, podemos destacar o ferro, cobre, zinco, manganês, iodo, selênio e flúor.

Segundo Pinheiro, 2005 são os micronutrientes são os minerais em menores

quantidades, mas com funções específicas essenciais.

Ferro - O ferro é responsável por transportar oxigênio pelo corpo. É essencial

para o fornecimento de oxigênio às células e deve ser consumido em maior quantidade
pelas mulheres, uma vez que elas perdem o dobro de ferro que os homens, sendo assim
é indispensáveis para o desenvolvimento correto de numerosas funções fisiológicas. É
um constituinte da hemoglobina e ocupa o centro do núcleo pirrolidínico, chamado
heme.

É encontrado em carnes de órgãos como o fígado, carnes vermelhas, peixes,

aves, mariscos, gemas de ovo, legumes, frutas secas e folhas verde-escuras, pães e
cereais enriquecidos com ferro (SOUZA, 2016).

Zinco - É um dos mais importantes elementos essenciais à nutrição humana

(HACK, 2012). O zinco pode ser encontrado em carnes, peixes, aves, cereais integrais e
legumes fermentados, e necessários para a produção da proteína e material genético e
tem função na percepção do paladar, na cicatrização de machucados, no bom
desenvolvimento do feto, na produção de esperma, no crescimento normal, na
maturação sexual e na saúde do sistema imunológico (SOUZA, 2016).

Cobre - O cobre é um ótimo antioxidante, além de componente de diversas

enzimas envolvidas na produção de energia celular, na formação de tecidos conectivos e
na produção de melanina (REVISTA-FI, 2008). O cobre, encontrado em legumes,
nozes, sementes, grãos integrais, carnes orgânicas e água potável, e é necessário para o
metabolismo do ferro (SOUZA, 2016). A recomendação de consumo de cobre para
adultos é de 900mcg (microgramas) diárias (FANI, 2015).

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 Manganês - No homem não foi estabelecida nenhuma necessidade absoluta de
manganês. Os sais de manganês são poucos absorvidos pelo intestino; todavia, após
administração parenteral, o manganês acumula-se no fígado e nos rins, particularmente
nas mitocôndrias, sendo excretado em grande parte no colón e na bile, com pequenas
porções aparecendo na urina (SMITH, 1988).

2.5. Consequências dos principais Sais Minerais no Organismo

Ferro

 Carência: a falta de ferro também pode causar dificuldade de controlar a

temperatura corporal, aumento na queda de cabelo e baixa no sistema
imunológico, tornando a pessoa mais vulnerável a infecções. A falta de ferro no
organismo pode gerar alguns sintomas como o cansaço constante, pele pálida,
perda de apetite e diminuição da tolerância para exercícios.
 Excesso: no sangue, pode provocar ferrugem nos órgãos, causando
consequências distintas para cada parte do corpo. No fígado, altos níveis do
mineral podem causar cirrose; no pâncreas, diabetes; no coração, insuficiência
cardíaca; nas glândulas, mau funcionamento e problemas na produção hormonal.

Fluor

 Carência: a deficiência de flúor pode causar fraqueza nos dentes e ossos. A

maior parte do flúor no organismo se encontra armazenada nos ossos e nos
dentes. O flúor é necessário para a formação de ossos e dentes saudáveis.
 Excesso: pode levar a um quadro de intoxicação crônica chamado pelos
dentistas de fluorose. Essa condição clínica é um problema de saúde bucal que
pode afetar o esmalte e levar à perda do cálcio, pois afeta a estrutura dos dentes
de forma definitiva.

Cálcio

 Carência: a falta de cálcio pode causar raquitismo e osteomalácia. Raquitismo é

uma doença que ocorre em crianças e adolescentes, resultante da falta de
mineralização do osso recém-formado.
 Excesso: pode levar à formação de pedras nos rins, náuseas, fraqueza muscular,
insuficiência renal e confusão mental.

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Magnésio

 Carência: A carência de magnésio pode levar também ao aumento da absorção

e deposição de manganês nos tecidos, além de contribuir para o surgimento de
algumas doenças como aterosclerose, hipertensão, diabetes, asma e osteoporose.
Os sintomas típicos são anorexia, náusea, vômitos, letargia e fraqueza e, em
casos mais graves, a pessoa pode apresentar parestesia (sensação de dormência,
formigamento, coceira), irritabilidade, diminuição da atenção e confusão mental.
 Excesso: nesses casos, a pessoa pode ter náuseas, vômitos, queda da pressão
arterial, sonolência e fraqueza.
Potássio

 Carência: a deficiência grave de potássio é caracterizada por hipocalemia

(concentração de potássio no sangue inferior ao normal), geralmente associado
com o aumento da pressão sanguínea, podendo aumentar o risco de doenças
cardiovasculares.
 Excesso: pode causar batimentos cardíacos irregulares, náusea e vômito, e
fraqueza muscular.
Fósforo

 Carência: a deficiência de fósforo leva ao aumento moderado do cálcio no

plasma, podendo contribuir para o entupimento do vaso sanguíneo e aumento na
urina, facilitando assim, a formação de cálculo renal de cálcio.
 Excesso: neste caso podem surgir irregularidades na função renal e vascular,
diminuição da fertilidade, aumento do risco de envelhecimento precoce e
desenvolvimento de câncer.
Sódio

 Carência: por ser facilmente encontrado nos alimentos, a deficiência de sódio é

rara, mas pode ocorrer em casos de indivíduos com suor excessivo como
trabalhadores braçais ou atletas em ambientes quentes. Nesse sentido, a
deficiência de sódio pode causar alterações no equilíbrio hidroeletrolítico e
acidobásico, na absorção de aminoácidos e glicose, na transmissão nervosa e
contrações musculares.
 Excesso: resulta na elevação da pressão sanguínea, sendo um fator de risco para
o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

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Iodo

 Carência: na deficiência de iodo, não há formação adequada do hormônio

tireoidiano e sua excreção é reduzida. A baixa ingestão por tempo prolongado
resulta no aumento (hipertrofia) da glândula da tireoide.
 Excesso: o consumo excessivo de iodo pode causar tireoidite crônica autoimune
(tireoidite de Hashimoto) ou hipertireoidismo induzido por iodo.

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 Conclusão
Os sais minerais são de estrema importância para o bom funcionamento do
organismo, são substancia inorgânicas, não produzidas pelos seres vivos, e desempenha
grandes funções.
Por isso é de suma importância ter conhecimento da atuação desses minerais e
sua atuação na saúde humana e animal, pois uma alimentação saudável, nutritiva e
equilibrada fornece todos os elementos necessários ao crescimento, manutenção da
saúde, e a prevenção de muitas doenças

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