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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

TESTE RÁPIDO HIV 1/2

MARIA RITA SOTERO CORCINIO


LUIZ GUSTAVO CORREIA DE VASCONCELOS

São Cristóvão
2023
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE IMUNOLOGIA CLÍNICA
TESTE RÁPIDO HIV 1/2

Relatório de aula prática de


Imunologia Clínica desenvolvida por
Maria Rita Sotero Corcinio e Luiz
Gustavo Correia de Vasconcelos,
alunos da Universidade Federal de
Sergipe. Sob orientação do
pesquisador Dr° Lysandro Pinto
Borges.

SÃO CRISTÓVÃO/SE
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4

2. MATERIAIS E MÉTODOS 4

3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 5

4. CONCLUSÃO 6

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7
1. INTRODUÇÃO

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é a manifestação clínica avançada


decorrente de um quadro de imunodeficiência ocasionada pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV), o qual é transmitido pelas vias sexual, parenteral ou vertical. O HIV
diferencia-se em tipos 1 e 2, sendo que o HIV-1 é o mais patogênico e o mais prevalente no
mundo e o HIV-2 é endêmico na África Ocidental, disseminando-se pela Ásia
(LAZZAROTO, et al. 2010).

A infecção aguda/primária é definida como o período de tempo que vai desde a infecção
pelo HIV até ao início da resposta imunitária. Assim, a formação de anticorpos específicos
para o HIV, geralmente detectados de 3 a 12 semanas após o contágio, marca o fim da fase
aguda da infecção. Os métodos de diagnóstico da infecção pelo HIV dividem-se em dois
grupos: os métodos diretos e os métodos indiretos. Nos métodos diretos é identificada a
presença da partícula viral ou de componentes dessa partícula viral. Nesse grupo estão
incluídos os métodos de isolamento e cultura viral, detecção do antígeno p24 (Ag p24) e
detecção do genoma viral (RNA e DNA) por RT-PCR e PCR, respectivamente. Nos métodos
indiretos, põe-se em evidência a presença de anticorpos específicos para antígenos virais.
fazem parte desse grupo os testes de rastreio e de confirmação (LORETO, AZEVEDO,
2012).

O método demonstrado em aula prática foi o método indireto, ou seja, verificou-se a


presença qualitativa do anticorpo na amostra do paciente. O teste utilizado possui boa
sensibilidade, ainda assim outros produtos do mercado já possuem tecnologia superior,
demonstrando maior exatidão nos resultados.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais utilizados para a realização do método:

● Touca

● Máscara
● Luvas

● Jaleco

● Sapato fechado

● Solução tampão de corrida

● Solução para eluição da amostra

● Dispositivo de teste

● Pipeta automática

● Amostra do paciente

Imagem 1: dispositivo de teste

Pode ser utilizado o soro, o sangue ou o plasma do paciente como amostra. Em aula
foi utilizado o plasma. Abaixo estão descritas as etapas realizadas.

1. Pipetar uma amostra de plasma do paciente para o poço 1;


2. Adicionar 2 gotas da solução para eluição no poço da amostra;
3. Adicionar duas gotas de solução tampão no poço 2;
4. Acionar o cronômetro e fazer a análise dos resultados entre 15 a 20 minutos;
3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Após a eluição de toda amostra pela superfície de teste, pode-se observar a formação
de uma ou duas linhas na janela de leitura. Através disso será possível indicar a presença de
anticorpos na amostra. Esses anticorpos – associados a ouro coloidal - se ligam ao antígeno
presente na superfície do dispositivo de teste, o que leva à formação de uma faixa na região
teste (T). Tanto em casos positivos como em negativos, deverá ser produzida uma linha
(roxa/rosa) na área controle, demonstrando o funcionamento adequado dos reagentes e a
validação do teste. A seguir, a tabela 1 apresenta resumidamente a interpretação da janela de
leitura.
Tabela 1: análise do resultado

Interpretação

Duas linhas coloridas aparecerão. Uma linha deve estar na região controle
Positivo
C e outra na região teste T.

Negativ Uma linha colorida na região controle C e nenhuma linha colorida na


o região de teste T.

Inválido Falha no aparecimento da linha de controle.

Dessa forma, a aula prática ministrada no dia 11 de abril de 2023 que foi realizada no
Laboratório de Bioquímica Clínica e Imunologia Clínica (LABIC) possibilitou aos discentes
da disciplina de imunologia clínica a execução do teste HIV 1/2. Em caráter demonstrativo e
informativo, também foi proporcionada a interpretação dos resultados obtidos, baseando-se
no conhecimento de que a análise é feita de acordo com aparecimento e localização de linhas
coloridas em dispositivo de teste. A partir da amostra utilizada em aula, observou-se a
formação de apenas uma linha na região controle após realizar todo procedimento e esperar
15 minutos, o que indica um resultado negativo.

4. CONCLUSÃO
O teste rápido de HIV 1/2 é uma técnica simples e eficaz para identificação de anticorpos
para HIV com finalidade de triagem. A identificação do anticorpo na amostra é essencial para
uma doação de sangue segura bem como para auxiliar em diagnósticos e pode ser realizada
com boa sensibilidade através do teste rápido. Contudo, somente será identificado se o
paciente realizar o procedimento a, no mínimo, 3 semanas após o contágio, em alguns casos
essa identificação ocorrerá depois de 12 semanas, apenas. Apesar dessas limitações o teste
rápido é um ótimo indicador para realizar triagem, sendo um teste relativamente barato e de
produção nacional, o que possibilita seu uso em larga escala por campanhas governamentais.
Portanto, é de suma importância a realização do teste em laboratórios, farmácias e unidades
de saúde para a identificação precoce de infecções por HIV.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LAZZAROTTO, Alexandre Ramos; DERESZ, Luís Fernando; SPRINZ, Eduardo.


HIV/AIDS e treinamento concorrente: a revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina
do Esporte, v. 16, p. 149-154, 2010.

LORETO, Sónia; AZEVEDO-PEREIRA, José M. A infecção por HIV–importância das fases


iniciais e do diagnóstico precoce. Acta Farmacêutica Portuguesa, v. 1, n. 2, p. 5-17, 2012.

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