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UNIVERSIDADE CEUMA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
VOLTADO PARA DETECÇÃO DO VÍRUS HIV

SÃO LUIS - MA
2022
UNIVERSIDADE CEUMA

Alunos: Ana Gabryelle Vieira de Oliveira; Bárbara Guimarães Guedêlha; Elisamara Reis dos Santos; Ellen
Maria, Prazeres Araújo; Érica Michelle Veríssimo Gama; Giovanna Maria Martins C. de Oliveira; Hellem Polyana
Silva Cavalcante; Layse Ribeiro de Sousa Carvalho; Lorrana Rocha Viana; Nathalia Rodrigues dos Reis; Samira
Barros de Sousa; Willame da Silva dos Santos; José William De Araújo De Andrade¹

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
VOLTADO PARA DETECÇÃO DO VÍRUS HIV

Artigo científico apresentado à Universidade Ceuma,


como requisito parcial para a obtenção de nota da
disciplina de Projeto interdisciplinar I.

Orientadora: Rayana Larissa P. S.²

São Luis - MA
2022
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
VOLTADO PARA DETECÇÃO DO VÍRUS HIV

Ana Gabryelle Vieira de Oliveira; Bárbara Guimarães Guedêlha; Elisamara Reis dos Santos; Ellen Maria¹
Prazeres Araújo; Érica Michelle Veríssimo Gama; Giovanna Maria Martins C. de Oliveira; Hellem Polyana Silva
Cavalcante; Layse Ribeiro de Sousa Carvalho; Lorrana Rocha Viana; Nathalia Rodrigues dos Reis; Samira
Barros de Sousa; Willame da Silva dos Santos; José William De Araújo De Andrade

Orientadora: Rayana Larissa P. S.²

RESUMO
Segundo o Ministério da Saúde, HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência
humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o
organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+, é alterando o
DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. O diagnóstico é feito da seguinte
forma: amostras de soro ou plasma devem primeiramente ser vinculadas a um imunoensaio,
chamado ELISA (“teste 1″ – capaz de identificar tanto anti-HIV-1 quanto anti-HIV-2), essa
etapa se chama triagem sorológica. As amostras com resultados não-reagentes no “teste 1″
serão definidas como “amostra negativa para HIV”. Nesse caso, se o diagnóstico da infecção
for conclusivo, um teste adicional não será necessário. As amostras com resultados
reagentes ou inconclusivos nesse primeiro imunoensaio precisarão ser submetidas a uma
etapa de confirmação sorológica: imunofluorescência indireta, imunoblot ou western blot. Um
segundo imunoensaio, diferente do primeiro na sua constituição antigênica ou princípio
metodológico, e testes confirmatórios. Se o resultado for positivo, depois da etapa de
confirmação sorológica, os laboratórios solicitarão uma nova amostra do paciente, para
então confirmar seu estado sorológico. Preferencialmente 30 dias após a emissão do
resultado referente à primeira amostra. Se houver resultados diferentes em todos os
métodos, será necessário a realização de Western blot.
Palavras chaves: Diagnóstico; HIV; vírus.

ABSTRACTS
According to the Ministry of Health HIV is the English acronym for the human
immunodeficiency virus. Causer of AIDS, it attacks the immune system, responsible for
defending the body from diseases. The most affected cells are CD4+ T lymphocytes. And it
is by altering the DNA of that cell that HIV makes copies of itself. The diagnosis is made as
follows: serum or plasma samples must first be linked to an immunoassay, called ELISA
(“test 1″ – capable of identifying both anti-HIV-1 and anti-HIV-2), this step is called serological
screening. Samples with non-reactive “test 1″ results will be defined as “HIV negative
sample”. In this case, the diagnosis of the infection is completed, an additional test will not be
necessary. Samples with reactive or inconclusive results in this first immunoassay will need
to undergo a serological confirmation step: indirect immunofluorescence, immunoblot or
western blot. A second immunoassay, different from the first in its antigenic constitution or
methodological principle, and confirmatory tests. If the result is positive, after the serological
confirmation step, the laboratories will request a new sample from the patient, in order to
confirm their serological status. Preferably 30 days after the issuance of the result referring
to the first sample. If there are different results in all methods, Western blotting will be
necessary.
Keywords: Diagnosis; HIV; virus.

¹ Discente do curso de Biomedicina da UNICEUMA


²Doscente do curso de Biomedicina da UNICEUMA
INTRODUÇÃO

Desde sua identificação em 1981, a AIDS, conhecida como síndrome da


imunodeficiência adquirida, transfigurou-se como uma grande descoberta científica
da história humana. Essa grande epidemia, causada pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV) retrata um acontecimento global e que depende do comportamento
humano e varia em diferentes escalas para diferentes regiões. (BRITO, et al, 2001).
O HIV refere-se a um retrovírus causador da difusão imunológica crônica e
gradativa devido a carência de linfócitos CD4, quanto menor for o índice desse vetor
imunológico, maior será a possibilidade de desenvolver AIDS. O tempo entre a
obtenção do HIV e a manifestação da AIDS pode durar alguns anos, entretanto,
mesmo que o portador do vírus apresente um quadro assintomático, é possível que
desenvolva transtornos psicossocial, desde o momento do resultado do
diagnóstico.(CANINI, 2004)
Quando analisa-se o Brasil, os primeiros casos eram categorizados pela
ocorrência de pessoas homossexuais e pacientes que precisaram de transfusão
sanguínea (GODOY, 2008), sendo o primeiro caso se dado na cidade de São Paulo.
Estima-se que em 2005, já teriam ocorrido 371.827 casos de HIV/AIDS, cerca de
46,2% dos infectados pela doença, desde o começo da epidemia, infelizmente,
vieram a óbito. (AGUIAR, T. S. et al . 2021).
Em resultado das imensas desigualdades da sociedade brasileira, a
propagação da infecção pelo HIV e da AIDS mostra uma epidemia de diversas
dimensões que vem sofrendo transformações epidemiológicas significativas. Em seu
início restrita aos grandes centros urbanos e marcadamente masculina, já
atualmente a epidemia do HIV e da AIDS caracteriza-se pelos processos de
heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização. As mudanças no
perfil da AIDS no Brasil devem-se à difusão geográfica da doença a partir dos
grandes centros urbanos em direção aos municípios de médio e pequeno porte, ao
aumento da transmissão por via heterossexual e ao persistente crescimento dos
casos entre usuários de drogas injetáveis.(BRITO, et al, 2001).
Por conseguinte, este projeto tem como finalidade relatar sobre o diagnóstico
de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana.
MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de estudo de revisão bibliográfica sobre o tema Diagnóstico


laboratorial voltado para a detecção do vírus do HIV. O objeto de estudo deste
trabalho foi a produção científica sobre o tema, existente em periódicos indexados
nos bancos de dados da Literatura como: Scielo e Google Acadêmico, a partir das
palavras-chave: HIV, vírus , diagnóstico, no período de Março a Abril de 2022, como
parte das atividades desenvolvidas durante as horas da disciplina de Projeto
Interdisciplinar I, da Universidade Ceuma.

RESULTADOS

O diagnóstico laboratorial se baseia em técnicas sorológicas em que é feito a


pesquisa de anticorpos e de antígenos associados. Testes rápidos(TR 's) são
imunoensaios simples que podem ser feitos em ambientes laboratoriais ou não,
previstos pelo ministério da saúde. Podem ser realizados em até 30 minutos, estes
testes, recomendados para testagens presenciais podem ser realizados com
amostras como: saliva, plasma, soro ou sangue total. Existem muitos formatos de
TR, feitos mais frequentemente: imunocromatografia de fluxo lateral, imuno
cromatologia de dupla migração (DPP) dispositivos de imunoconcentração e fase
sólida. Estão calculados em >99,5% e > 99% a respeito de sensibilidade e
especificidade.
Os testes imunoensaios, Elisa, de primeira geração tem o formato indireto, ou
seja a presença de anticorpos específicos é detectada por um conjugado do
constituído por um anticorpo anti- IgG, na fase sólida são originados de um lisado
viral de HIV. O teste de segunda geração também tem o formato indireto, porém,
utiliza antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de proteínas do
HIV. Outrossim, o de terceira geração tem o formato de "sanduíche" (ou
imunométrico), a característica desse ensaio e utilizar antígenos recombinantes ou
peptídeos sintéticos tanto na fase sólida quanto sob a forma de conjugado, permite a
detecção de anticorpos anti-HIV IgMe IgG. Igualmente ao de terceira, o teste de
quarta geração também possui o formato de sanduíche, logo, detecta todas as
classes de imunoglobulinas contra proteínas recombinantes ou peptídeos sintéticos
derivados das glicoproteínas gp41 y gp120/160, detecta simultaneamente o
antígeno p24 e anticorpo específicos anti HIV.
O tratamento inicia-se no momento da confirmação da soropositividade, pois
é a partir desse ponto que o paciente deve ser orientado sobre o HIV, o objetivo da
terapia, a motivação dos usos dos medicamentos. O desenvolvimento de drogas do
tipo antiviral e da terapia antirretroviral foram essenciais para a quebra de estigma
sobre o HIV ser uma enfermidade intratável.
É realizado a combinação de 3 medicamentos, 2 INTR e 1 IP, terapia
denominada antirretroviral altamente eficaz HAART (highly active antiretroviral
therapy), a qual foi observada uma queda da carga viral de 5 vezes mais que a
utilização de mono ou dupla terapia. Ainda, a carga viral é suspensa por um período
maior do que nos outros tratamentos. Entretanto, a HAART não causa a erradicação
da infecção pelo vírus, porém reduz a mortalidade, melhora a qualidade de vida das
pessoas portadoras do vírus. A terapia antirretroviral (TARV) é uma aliada
importante para a diminuição da transmissão do vírus HIV.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo o conhecimento passado até o presente momento pretendeu relatar


sobre como é feito o diagnóstico da Síndrome da Imunodeficiência Humana e
também quais técnicas são usadas para a obtenção de respostas que facilitam no
tratamento de pacientes infectados pelo vírus do HIV.
É importante salientar que, nenhum estudo divulgado até agora, com objetivo
de encontrar uma cura para a aids, obteve êxito. Porque são encontradas
dificuldades no processo de criação de uma vacina anti-HIV eficaz.
De acordo com o livro Virologia humana 3a edição, apenas três dos testes
alcançaram a fase III devido a questões limitantes como a dificuldade de geração de
anticorpos neutralizantes, à variabilidade genética do vírus, a imunidade prévia ao
vetor por infecções anteriores e a complexidade na preparação de grandes ensaios
clínicos.
Visto isso, conclui-se que o diagnóstico precoce junto ao tratamento correto
reduzem a carga viral de forma que seja quase indetectável em testes, sendo a
transmissão interrompida e a qualidade de vida e bem estar do portador melhorada.
Porém, não existem vacinas profiláticas para uso clínico que impeça a infecção.
REFERÊNCIAS

LORETO, Sónia; AZEVEDO-PEREIRA, José M; A infecção por HIV – importância


das fases iniciais e do diagnóstico precoce. Acta Farmacêutica Portuguesa.
Disponível em: <https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/18> .
Acesso em: 01/04/2022

Epidemiological profile of HIV/AIDS in Brazil based on data from DataSUS in the year
2021 | Research, Society and Development. Disponível em:
<https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26402>. Acesso em: 01/04/2022

Manual técnico para diagnóstico da infecção pelo HIV em adultos e crianças.


Ministério da Saúde, 2018.

HIV - Manual Técnico. Diagnóstico. Disponível em:


<https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/material-tecnico/hiv> Acesso em:
21/05/2022

SANTOS, et al; Virologia Humana. 3a edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,


2015.

TELELAB, Diagnóstico e monitoramento. Disponível em:


<https://telelab.aids.gov.br> Acesso em: 21/05/2022

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