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VACINA ANTI-COVID-19 E IMUNOGENICIDADE: LIMITES E

PERSPECTIVA NO BRASIL

Autores
Maria Juliana Moura-Correa – Doutora em Epidemiologia pela UFBA. Pesquisadora
Associada Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP)/Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ).
Marcus Vinicius Correa dos Santos – Mestre em Ciências, doutorando pelo Programa
em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio
Arouca (ENSP)/Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Introdução

A disseminação global do vírus Sars-Cov-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome


Coronavirus 2), responsável por provocar a doença COVID-19 (Coronavirus Disease)
se espalhou mundialmente, desde sua descoberta em 31 de dezembro de 2019, em
Wuhan, na China (WHOa, 2019) .

A Organização Mundial da Saúde, de acordo com o Regulamento Sanitário


Internacional (RSI), classificou o Sars-CoV-2 como Emergência de Saúde Pública de
Importância Internacional (ESPII) (WHOb, 2020)2. E no Brasil, em 26 de fevereiro de
2020, quando foi identificado o primeiro caso declarou-se Emergência em Saúde
Pública de Importância Nacional (ESPIN)3.

Há mais de um ano que os países vivem sobre os efeitos da grave síndrome


respiratória aguda severa, provocada pela COVID-19, com impacto importante sobre a
saúde humana e na mortalidade da população adulta e idosa, especialmente nos que
apresentam co-morbidades (WHOc, 2020)4. E sem perspectiva de tratamento eficaz.

Segundo dados internacionais da Johns Hopkins6, até 07 de fevereiro de 2021, o


vírus foi confirmado em 192 países, 105.995.961 casos globais da COVID-19 com
2.313.477 óbitos. O Brasil ficou em 3º lugar, entre os países com maior número de
casos confirmados de COVID-19, com 9.447.165 casos e 230.034 óbitos. Entre os 10
países com mais número de infectados, o menor coeficiente de mortalidade por COVID-
19 foi o na Índia com 11,39/1.000.000 habitantes e o maior no Reino Unido
169,60/1.000.000 habitantes, enquanto no Brasil ocorreram 108,93/1.000.000
habitantes.

Esforço global tem sido empreendido em pesquisas e produção de vacinas para


aumentar a imunidade da população, reduzir a gravidade dos efeitos à saúde e a
letalidade, para com isso enfrentar a grave crise sanitária instalada no mundo. Em
resposta, diversas organizações com vacinas candidatas iniciaram ensaios clínicos,
numa magnitude de estudos sem precedentes.

No início do ano de 2021, segundo fonte de dados da OMS sobre o panorama de


vacinas candidata e testes de triagem para informações clínicas, foram registradas 240
vacinas, dentre elas 63 em desenvolvimento de ensaios clínicos e 177 em pré-clínico,
conforme painel criado partir da rede de pesquisadores e da indústria 7. A maioria dos
estudos em fase 3 demonstraram boa segurança e imunogenicidade para COVID-19
(WHOd, 2021).

No Brasil, diversas vacinas estão sendo testadas experimentalmente em seres


humanos. Dentre as cinco vacinas em acordo com os laboratórios, duas tem autorização
de uso emergencial, pela Anvisa - a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford
associada à farmacêutica britânica AstraZeneca e a da empresa chinesa Sinovac. Essas
vacinas foram testadas e realizado acordo de transferência de tecnologia para produção
no país, respectivamente para Bio-Manguinhos, na Fiocruz Rio de Janeiro, e no Instituto
Butantã, em São Paulo. A vacina Sputnik V não tem estudo desenvolvido no Brasil e o
pedido de uso pelo estado da Bahia, ainda está em avaliação na Anvisa. As vacinas da
Jannsen e Pfizer não possuem pedidos para uso emergencial. Porém, a Pfizer enviou à
Anvisa o pedido de registro definitivo da sua vacina contra a COVID-19, no dia
06/02/2021. Este é o segundo pedido, recebido pela Agência, para uso definitivo de uma
vacina. O primeiro foi o pedido da vacina de Oxford apresentado à Anvisa no dia
29/01/2021 (ANVISA, 2021)8. Até o momento a Jannsen não possui pedidos de
registro junto a Anvisa, mas apresentou pedidos nos EUA, o que pode facilitar uma
futura aprovação no Brasil (FORATO, 2021)9.
Este artigo tem objetivo de apresentar a síntese atual dos estudos no Brasil, para
aprovação das vacinas Anti-COVID-19, apresentando os resultados da sua eficácia e
segurança em cenário da transmissão crescente, bem como os limites e perspectivas
para a concretização da imunidade coletiva.

Tipos de vacinas com estudos clínicos realizados no Brasil

Do período de 2020 a 2021, as vacinas aprovadas e com estudos clínicos sendo


realizados no solo brasileiro, podem ser divididas em 3 tipologias de estratégias para a
criação da vacina:

Vacina com o vírus inativado:

Estratégia abordada pela Sinovac em parceria com o instituto Butantã. A inativação do


vírus se dá, ao adicionar substâncias químicas para que o vírus não seja capaz de causar
doença. Em outras palavras: O vírus está lá (seu corpo), mas não causa doença porque
está “morto”. O que é suficiente para o sistema imune reconhecer e montar uma
resposta imune.

Vacina de vetor viral não replicante:

Estratégia escolhida pelos laboratórios da Aztrazeneca e Oxford, com a Fiocruz;


Janssen, do grupo Johnson & Johnson e pela russa Sputnik V. Os adenovírus que
compõem a vacina não podem se replicar na pessoa vacinada (vírus não-replicante) e
esse adenovírus é manipulado geneticamente para ter o gene da proteína Spike do Sars-
CoV-2 (proteína de superfície do vírus), que são reconhecidos por nossas células e
desencadeiam uma resposta imunológica específica para a proteína S, gerando
anticorpos e outras células (células T) contra o novo coronavírus.

Vacina a base de mRNA:

Escolhida pela Pfizer, a vacinas de mRNA COVID-19 fornece instruções para que
nossas células façam um pedaço inofensivo do que é chamado de proteína Spike, que é
encontrada na superfície do vírus que causa COVID-19. A vacina é administrada no
músculo do braço. Uma vez que as instruções (mRNA) estão dentro das células do
sistema imunológico, as células as usam para fazer o pedaço de proteína. Em seguida, a
célula exibe o pedaço de proteína em sua superfície. Nosso sistema imune reconhece
que a proteína não pertence a esse local e começa a construir uma resposta imunológica
e a produzir anticorpos, como acontece na infecção natural contra COVID-19.

Independente da abordagem adotada, o objetivo é que nossos corpos adquiram memória


imunológica para se proteger contra infecções futuras.

Estudos clínicos e suas fases

Para aprovação emergencial da vacina, as normativas da vigilância em saúde


exigem a realização de estudos clínicos com acompanhamento na fase 3. Para isso,
foram realizados estudos multicêntrico, randomizados, conduzidos por endpoint, duplo-
cego, controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança da vacina.

Os desenhos de ensaios clínicos adotaram como desfecho os sintomas da infecção


por SARS-CoV-2 para fins de avaliar a eficácia da vacina em relação a reduzir a
gravidade dos efeitos à saúde da população.

Laboratório AztraZeneca

Os ensaios clínicos com a vacina desenvolvida pelo laboratório da AztraZeneca


(AZD1222) iniciaram a fase 1 no Reino Unido em 23 de abril de 2020. Após
realizaram mais três ensaios randomizados controlados em todo o Reino Unido, Brasil e
Sul África. Na fase 1 foi organizado um estudo coorte para avaliação da eficácia e na
fase 2 e 3 foi ampliada a população com inscrição de participantes com maior exposição
ao vírus, como por exemplo os profissionais de saúde. Na fase 3 foram inscritos adultos
com maior faixa etária que a fase anterior e de comorbidades variadas.

No Brasil, o estudo cego de fase 3 iniciou em 23/06/2020 e finalizou em


22/12/2020. O recrutamento foi direcionado a população de alto risco de exposição ao
vírus, onde foram incluídos os profissionais de saúde de locais distintos no território
brasileiro. Todos os participantes receberam duas doses da vacina (de 3,5 a 6,5X10 10) de
partículas virais com administração de até 12 semanas de intervalo.
Laboratório SinoVac

Na China, em Jiangsu, o ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por


placebo, de fase 1 e 2 foi realizado em adultos saudáveis (18 e 59 anos). Foram
excluídos adultos com exposição ou história de infecção à SARS-CoV-2. Os resultados
dos estudos nas 3 fases evidenciaram que para a segurança e capacidade de produção de
imunogenicidade, a dose sugerida é de 3 μg de CoronaVac (Zhang et al., 2021).

A vacina em parceria com o Instituto Butantã, em São Paulo, iniciou a fase 1/2 em
julho de 2020 e foi concluído em 30/11/2020 (Anvisa, 2021). O ensaio clínico fase 3,
randomizado, multicêntrico, conduzido por endpoint, duplo-cego, controlado por
placebo, avaliou a eficácia e segurança da vacina adsorvida COVID-19 (inativada)
produzida pela Sinovac. Os voluntários eram profissionais de saúde. Estes receberam
duas doses do produto (3 ug) sob investigação ou do placebo, em uma proporção de 1:
1, estratificada por faixa etária (18 a 59 anos e 60 anos ou mais) (Haidere et al., 2020).

Características da população alvo selecionada

No Brasil, a população total que participou dos estudos, voluntariamente, foi de 22.115
pessoas. Destas 10.000 eram do estudo da Oxford e 12.115 pessoas se inscreveram para
o estudo da Coronavac, sendo que em ambos os estudos, a vacina foi administrada na
proporção de 49,9% indivíduos e 50,1 % de placebo. A faixa etária que recebeu maior
parte de vacinas foi entre 18 e 55 anos, com 83% a de Oxford e 95% a Coronavac. Para
o total da aplicação das duas vacinas, as mulheres foram mais vacinas que os homens
com razão de 1,5 mais que os homens. E nas pessoas de raça branca essa diferença foi
maior, sendo que 1 pessoa negra foi vacinada a cada 10 brancos vacinados nos estudos
(Tabela1).
Tabela 1. Características da população testada com as vacinas de Oxford e
Coronavac. Brasil, 2021

Estudo ChAdOx1, Oxford N=10002 Coronavac N= 12123

Grupo
Vacina Placebo Vacina Placebo
(N=5000) (N=5002) (N=6057) (N=6058)

Faixa etária n (%)

18-55 4146 (82.9%) 4192 (83.8%) 18-59 5738 (95,1) 5731 (95,0)

56-69 717 (14.3%) 692 (13.8%) 60+ 294 (4,9) 300 (5,0)
70+ 137 (2.7%) 118 (2.4%)

Sexo n (%)
Mulher 2764 (55.3%) 2688 (53.7%) Mulher 3829 (62,4) 3939 (65,2)
Homem 2236 (44,7%) 2314 (46,3%) Homem 2210 (36,6) 2099 (34,8)
Etnia n(%)

Branco 3395 (67.9%) 3434 (68.7%) 4554 (75,8) 4494 (74,8)

Negro 452 (9.0%) 464 (9.3%) 313 (5,2) 302 (5,0)


Asiático 127 (2.5%) 100 (2.0%) 142 (2,4) 157 (2,6)
Multiracial 994 (19.9%) 972 (19.4%) 989 (16,5) 1040 (17,3)
Outro 32 (0.6%) 32 (0.6%) 10 (0,2) 13 (0,2)
Fonte: Adaptadas com dados dos artigos de Voysey et al, 2021 e Anvisa, 2021.

Imunogenicidade conforme fase dos estudos

A eficácia e a segurança para vacinas são estimadas em ambiente controlado, pela


observação nos organismos das pessoas que pertençam às populações-alvo, com base
entre o produto candidato e um humano. É esperado que uma vacina com eficiência
pudesse fornecer memória imunológica por um período longo e não agrave a doença a
qual deveria bloquear /ou atenue os sintomas em grupos de vacinados.

O resultados de imunogenicidade do estudo no Reino Unido, em 1.077 adultos


saudáveis com idade entre 18-55 anos, na fase 1 e 2 e outro estudo de coorte em adultos
mais velhos (≥56 anos) (Ramasamy et al., 2010)6 mostraram um perfil de segurança
aceitável para a vacina com indução de ligação e neutralização anticorpos, assim como a
capacidade de gerar respostas para anticorpos mais elevados após uma segunda dose de
vacina(Folegatti et al., 2020; Barret et al., 2020)5-7.

Quadro 1. Vacinas com estudos no Brasil, de acordo com eficácia e pedidos de uso
emergencial e registro. Brasil, 2021

Laboratórios Países dos Eficácia Pedido de Uso Pedido de


Estudos geral Emergencial Registro

Solicitado em
Brasil, Reino Solicitado
08/01/21
AztraZenica Unido e África 70,4% em
Autorizado em
do Sul 29/01/21
17/1/21

África do Sul,
Argentina,
Não
Jannsen Brasil, Chile, 85,0% Não Solicitado
Solicitado
Colombia, EUA,
México, Peru

África do Sul,
Alemanha, Solicitado
Pfizer Argentina, 95,0% Não Solicitado em
Brasil, EUA, 06/02/21
Turquia

Solicitado em
Brasil, China,
08/01/21 Não
SinoVac Chile,Indonésias, 50,3%
Autorizado em Solicitado
Turquia
17/1/21
Fonte: Adaptados dos estudos FORATO, 2021; VOYSEY et al., 2021, Anvisa, 2021.
Obs: a Vacina Sputnik V não realizou estudo no Brasil.

Nos resultados dos ensaios clínicos multicêntricos, ocorridos no Brasil, a eficácia geral
estimada foi entre 50,3% e 95,00%, atendendo, portanto, o limite proposto pela OMS e
FDA que considera eficaz a vacina que atingir um nível de proteção de pelo menos
50%. Estão com pedido de uso emergência duas vacinas, a do laboratório SinoVac e
AztraZenica.
Discussão

Avaliações de eficácia e segurança em fase emergencial foram apresentadas,


demonstrando não haver preocupações quanto à segurança do uso na população, a partir
dos resultados dos estudos multicêntricos. Estudo de Voysey (2021) em análise
conjunta dos quatros ensaios com vacina de vetor viral de coronavírus (AztraZenica)
demonstrou eficácia significativa 70,4%, após duas doses e proteção de 64 · 1% após
pelo menos um dose padrão, contra doença sintomática.

Importante destacar os avanços da Saúde Pública no Brasil que o colocam em


vantagem em relação a outros países, com instituições com acreditação pública como a
Fiocruz e a USP, a potência do SUS em seu caráter universal e hierarquizado, presente
em todas as regiões do país. Assim como, a expertise do Programa Nacional de
Imunizações do SUS (PNI/SUS) na organização de grandes campanhas nacionais
distribuídas geograficamente com mais de 30 mil salas de vacinação e outros espaços
operacionais.

A participação de pesquisadores brasileiros tanto no país como fora do país


envolvidos em diversos estudos, universidades e vários grupos trabalhando com
vacinas, tecnologias e pessoal capacitado. Diversos, participando de estudos clínicos em
fase 3 e reposicionamento de drogas nos hospitais. Planejamento de estratégias de saúde
pública. Além disso, o país conta com duas fábricas Manguinhos e Butantã capaz de
produzir e envazar as vacinas e o SUS com expertise em grandes campanhas
populacionais de vacinação em massa.

Essas características poderia tornar o país referencia na produção e vacinação da


população, desde que as instituições governamentais tivessem realizado planejamento
de aquisição de insumos para a produção de vacinas e investido no SUS e nas políticas
públicas, o que não foi viabilizado pelo atual governo federal.

Entretanto, inúmeras incertezas sobre a ação das vacinas Anti-COVID-19


permanecem sem respostas. Entre elas, a necessária cobertura vacinal para atingir a
imunidade da população. Além disso, até o momento não é conhecido o tempo de
duração da imunidade da vacina.

A tendência, nesse contexto da saúde global, é de que o Sistema Nacional de


Vigilância em Saúde (SNVS) passe a enfrentar problemas de regulamentação sanitária,
tanto no âmbito do processo interno nacional e internacional. Diante disso, a Saúde
Global tem relevância no âmbito da vigilância tanto pelo fato da disseminação de
doenças em caráter pandêmico quanto das estratégias que devem ser planejadas em
territórios ampliados. Dessa forma, compreendem-se as “questões de Saúde
transcendem a organização nacional, seus limites e governos, e que chamam atenção
para ações de controle sobre as forças e fluxos globais capazes de determinar os
processos de saúde e doença das pessoas”5. A adoção do conceito de Saúde Global é
urgente, na medida em que estratégias locais e fragmentadas são insuficientes para
conter a pandemia. Para tanto, invocar a Saúde Global é pressuposto para obter maior
inclusão social e compromisso entre os países na condução e garantia das políticas
públicas de saúde, entre as quais aquelas voltadas para o melhor controle dos
determinantes sociais e econômicos da saúde.

Do ponto de vista político e econômico é fato que o atraso no plano de imunização


põe em risco a possibilidade de compra suficiente de vacina, devido o monopólio dos
fabricantes e a ausência de regulação internacional para distribuição global do
imunizante, que resulta em enorme insegurança sobre a garantia de vacinação para toda
a população, incluindo a brasileira. O que se tem até o momento, para o Brasil, são
perspectivas de doses insuficientes para a população. Diante da escassa cobertura
vacinal do país, já é do conhecimento público que não haverá vacinação em massa para
população, portanto os planos de vacinação devem adotar critérios de prioridades para a
população em maior risco. Consequentemente, é preciso garantir esquema de vacinação
para segmentos da população com maior exposição - os trabalhadores essenciais
continuamente em risco, para os quais o pode ser utilizado a classificação de risco
hierarquizado da OSHA e os grupos de riscos já identificados – os idosos, populações
tradicionais, pessoas com comorbidades, grupamentos com dificuldade de realizar
distanciamento social devido a maior vulnerabilidade social em relação aos demais
grupos. Então, como não teremos cobertura de 100% da população, poderão ser
adotados modelos matemáticos para estimativas de cenários baseados na taxa de
expansão do contágio a partir do primeiro caso (RO), para a definição de regiões
prioritárias, intensificar o distanciamento social elevando as taxas, pra impedir a
circulação do vírus.

Há necessidade premente de definição jurídica e legislativa sobre a necessária


compra de vacinas para a população brasileira, com pleno monitoramento e
acompanhamento da aplicação em conformidade com os planos estaduais e nacional.
Bem como a integração junto à campanha de vacinação de ações em saúde coletiva, por
território da Atenção Primária de Saúde, com medidas não farmacológicas para conter a
circulação do vírus.

O desenvolvimento das vacinas anti-COVID-19 mostraram ser seguras e eficazes.


Entretanto a acessibilidade e disponibilidade universal ainda é um tema que precisa de
regulamentos internacionais para equidade entre os países no efetivo enfrentamento e
controle global da crise pandêmica.

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