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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA

CONHECIMENTO E ACEITAÇÃO DA VACINAÇÃO DA


COVID-19 EM RESIDENTES DO DISTRITO DA SAMBA EM
SETEMBRO DE 2022

Autor: Aurio do Carmo Caetano Manuel

LUANDA, 2023
AURIO DO CARMO CAETANO MANUEL

CONHECIMENTO E ACEITAÇÃO DA VACINAÇÃO DA COVID-19 EM


RESIDENTES DO DISTRITO DA SAMBA EM SETEMBRO DE 2022

MONOGRAFIA APRESENTADA AO DEI DE SAÚDE


PÚBLCA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE
LICENCIATURA EM MEDICINA.

ORIENTADOR: FRANCISCO XAVIER


SANHANGALA (MESTRANDO- ASSISTENTE)

LUANDA, 2023
1
Dedico esse trabalho aos meus Pais, por me terem
gerado, dar-me toda instrução, educação e por
tudo que fizeram e têm feito por mim.

2
AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha vida , e por me ajudar a ultrapassar todos os obstásculos encontrados ao
longo do curso.

Aos meus pais e irmãos, que me incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a
minha ausência enquanto me dedicava à realização deste trabalho.

Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor


desempenho mo meu processo de formação profissional.

3
“Conheça todas as teorias, domine todas as
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana”.

(Carl Gustav Jung)

4
RESUMO

A COVID-19 é actualmente uma ameaça global à saúde e uma emergência internacional de


saúde pública. Em 21 de janeiro de 2021 foram registrados em todo mundo mais de dois
milhões de mortes atribuídas a COVID-19. O presente estudo objectivou descrever o
conhecimento e a aceitação da vacinação da COVID-19 em residentes do Distrito da Samba.
Tratou-se de um estudo descritivo transversal realizado no mês de Setembro de 2022. A
amostra do estudo, de 300 indivíduos seleccionada pelo método probabilístico por
conglomerados em duas etapas, para colheita de dados utilizou-se um formulário com onze
questões, quatro referentes às variáveis sociodemográficas: idade, sexo, nível de escolaridade,
ocupação, cinco perguntas fechadas para avaliação do conhecimento e duas sobre a aceitação
da vacinação da COVID-19. Evidenciou-se que dos 300 participantes (51%) tinha excelente
conhecimento acerca da vacinação da COVID-19, a faixa etária com maior pontuação de
conhecimento compreendeu dos 18-22 anos (36%). O sexo feminino foi predominante
alcançando a maior pontuação de conhecimento ( 55%), e o nível de escolaridade com a maior
pontuação de conhecimento acerca da vacinação foi o Ensino superior representando (55%).
A taxa de aceitação da vacinação foi de (97%). Dos 8 (3%) participantes que rejeitaram à
vacinação tinham entre péssimo (50%) e mau (50%) conhecimento da vacinação. Quanto à
ocupação dos 8 (3%) participantes que rejeitaram a vacinação 6 (75%) tinham ocupação não
remunerada. Entre as razões da não-aceitação da vacinação dos 8 (3%) que rejeitaram a
vacinação 7 (87,5%) relataram medo dos efeitos colaterais da vacinação. O estudo Constatou
que mais da metade dos participantes tinham excelente conhecimento acerca da vacinação, o
estudo obteve alta taxa de aceitação da vacinação, dos participantes que rejeitaram a
vacinação a maioria relatou medo dos efeitos colaterais como razão para não aderir à
vacinação da COVID-19.

Palavras Chaves: Aceitação. Conhecimento. Covid-19. Vacinação.

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ABSTRACT

COVID-19 is currently a global health threat and an international public health emergency.
On January21, 2021, more than two milion deaths attributed to COVID-19 were recorded
worldwide. The presente study aimed to describe the knowledge and acceptance of COVID-
19 vaccination in the residents of the Samba District. This was a cross-sectional descriptive
study carried out in September 2022. The study sample of 300 individuals selected by the
probabilistic method by conglomerate in two stages, to collect data was used a form with
eleven questions, four referring to the
sociodemographic vaiables: age, sex, level of schooling, occupation, five closed questions for
knowledge assessment and two on the acceptance of COVID-19 vaccination .It was
evidenced that of the 300 participants,154 (51%), the age group with the highest knowledge
score comprised 18-22 years (36%).Had excellent knowledge about vaccination COVID-19
vaccination, the female sex was predominantly reached the highest knowledge scores (55%),
and the level of education with the highest score of knowledg about vaccination was higher
education represented (55%). The vaccination acceptance rate was (97%). Of the 8 (3%)
participants who rejected vaccination had between poor (50%) and poor (50%) knowledge
about vaccination. As for the occupation of the 8 (3%) participants Who reject vaccination 6
(75%) had as unpaid occupation.Among the reasons for non-acceptance of vaccination of the
8 (3%) who rejected the vaccination 7 (87,5%) reported fear of adverse effects of vaccination.
The study found that more than half of the participants had excellent knowledge about the
vaccination, the study obtained a high vaccination acceptance rate, of the participants who
rejected vaccination most reported fear of adverse effects as a reason for not adhering to
vaccination of COVID-19.

Kywords: Acceptance. Knowledge. Covid-19. Vaccination.

6
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8

2. OBJECTIVOS .................................................................................................................. 11

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 12

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................ 15

5. DISCUSSÃO.................................................................................................................... 24

6. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 26

7. RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................... 27

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 28

APÊNDICE A .................................................................................................................. 31

APÊNDICE B ................................................................................................................. 33

APÊNDICE C ................................................................................................................. 37

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1. INTRODUÇÃO

A organização mundial da saúde declarou a 30 de janeiro de 2020 acelerada disseminação


global do novo coronavírus como uma emergência de saúde mundial (Anderson et al., 2020).
Essa doença é caracterizada por uma infecção respiratória aguda, que se apresenta de forma
ampla, podendo ser assintomática em alguns casos, e levar a uma pneumonia viral grave em
outro, pode provocar insuficiência respiratória, além de ser de fácil transmissão, e afectar de
forma mais grave pessoas com comorbilidades (Silva et al.,2021). É causada pelo vírus
chamado SARS-cov-2(sigla inglesa que significa coronavírus 2 síndrome respiratória aguda
grave), um vírus responsável pela doença do novo coronavírus (COVID-19) a nível mundial,
sendo detectado primeiro em Wuhan na China em Dezembro de 2019 (Agência Nacional de
vigilância Sanitária [ANVISA],2021).
A pandemia da COVID-19 espalhou-se globalmente afectando mais de 216 países e territórios
em todo o mundo. Nos primeiros três meses, quase 1 milhão de pessoas foram infectadas e
50.000 morreram. Em seis meses, o número de casos ultrapassou 10 milhões e houve mais de
500.000 mortes. Até 31 de Dezembro de 2020, mais de 46,6 milhões de casos foram
confirmados, com mais de 1,2 milhões de óbitos atribuídos à COVID-19, com uma segunda
onda da doença afectando vários países da Europa e de outros continentes. A OMS notificou a
30 de Dezembro de 2020, que variantes de mutações genéticas do SARS-CoV-2 com
características de maior transmissibilidade foram identificadas em 31 países/territórios.
(Organização Mundial da Saúde [OMS], 2020).
Em Angola, os dois primeiros casos da COVID-19 foram confirmados a 21 de Março de
2020, importados de um país com transmissão comunitária. A 26 de Abril de 2020, foi
confirmado o primeiro caso de transmissão local. Até 31 de Dezembro de 2020, 17.553 casos
de COVID-19 foram confirmados mediante o teste RT-PCR, com 405 óbitos, o que significa
uma taxa de letalidade de 2,3%, explicada em parte pela existência de comorbidades não
controladas, como hipertensão, diabetes, tuberculose, VIH, drepanocitose, doenças
cardiovasculares, pulmonares e renais crônicas. (Ministério da Saúde de Angola [MINSA],
2020).
Angola até o dia 9 de Março de 2021 reportou 28.740 casos confirmados de COVID-19, dos
quais 3.930 casos activos, 633 óbitos e 24.717 casos recuperados (Direcção Nacional de
Saúde Pública [DNSP], 2021).
À medida que a ciência entrou em ação para revelar mais sobre o novo coronavírus SARS-
cov-2 e as formas de prevenção e tratamento da doença, tornou-se mais evidente a

8
necessidade de vacinação para frear as altas taxas de contágio e letalidade. Entretanto, a
descoberta de vacinas seguras e eficazes em tempo recorde esbarra não apenas na dificuldade
de acesso diante da capacidade de produção insuficiente para atender a demanda mundial por
imunizantes, mas também na hesitação e recusa decorrentes da desconfiança estimulada pela
desinformação (Folha de São Paulo, 2021).
Em Dezembro de 2020, as primeiras vacinas postuladas para iniciar o combate a Covid- 19
foram devidamente comprovadas como seguras e eficazes na proteção imunológica contra o
novo coronavírus (Su, 2021). Esse facto representou um grande avanço na área cientifica e
principalmente em saúde pública, contribuindo significativamente para o processo de combate
e controle da pandemia de COVID-19 (Souza & Buss, 2021).
A partir da consolidação das vacinas contra a COVID-19 no mundo, houve uma grande
discussão sobre aceitação da vacinação pela população mundial (Galli & Modesto, 2021).
Diante da divergência da opinião pública sobre a vacinação, surgiram vários meios de
comunicação, duvidosos, que disseminaram desinformação nas redes socias (Galhardi et al.,
2020) . Somando isto, a influência política e ideológica das disputas governamentais foi
decisiva para a polarização acerca da vacinação contra a COVID-19 (Monari & Sacramento,
2021).
O grupo consultivo estratégico de especialistas em imunização (SAGE) define hesitação
vacinal como atraso na aceitação ou recusa de imunização, independentemente da
acessibilidade do serviço de imunização. (Garcia et al., 2020).
A hesitação vacinal contra a COVID-19 é considerada um desafio no enfretamento e controle
da pandemia, contribuindo para o aumento da crise econômica e social causada pela pandemia
(Souto & Kabad, 2020).
Em 26 de Outubro de 2021, enquanto mais de 3,84 bilhões de pessoas em todo mundo
receberam uma dose da vacina COVID 19 (equivalente a cerca de 50% da população
mundial), 24 países africanos vacinaram menos de 3% de suas populações (The New York
Times, 2021).
Angola iniciou o seu programa de vacinação contra a COVID 19 no dia 2 de Março de 2021
tendo vacinado até ao dia 5 de junho de 2022 um total de 12 700 926 com pelo menos 1 dose
correspondente a 38,6% da população e 6 811 268 totalmente vacinadas correspondente a
20,7% da população (Our World in Data [WHO],2022).
As taxas de vacinação contra COVID-19 permanecem mais baixas na África subsariana do
que em outras regiões de baixa e média renda, isso é em parte, atribuído a recusa à vacinação,
principalmente devido a desinformação. O atraso na vacinação vai expor diversas pessoas que

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deveriam estar imunizadas ao risco de contágio e morte por COVID-19, consequentemente
pode ampliar a demanda por internações colocando em risco sistemas de saúde desta região.
(Our World in Data [WHO],2022).
A escassez de vacinas COVID 19 e a falta de conhecimento, atitudes negativas e desconfiança
em relação ao COVID 19 são as principais barreiras para aumentar a cobertura vacinal em
África. (The New York Times, 2021).
Vários países, incluindo a Serra Leoa e Malawi, descartaram um grande número de doses de
vacinas que expiraram antes de ser usada devido à baixa demanda da população uma situação
também prevista em Uganda. (The New York Times, 2021).
Na África Subsarina 52% dos sul africanos indicaram que não aceitariam a vacinação entre os
sul africanos alguns dos principais factores eram crenças religiosas e o medo da vacinação ser
um meio de rastreamento ou vigilância do governo. Além disso50% dos zimbabuenses
indicaram que aceitariam a vacinação com 30% e 20% inseguros e rejeitando a vacinação por
completo.
A não aceitação da vacinação em África deve-se á falta de conhecimento sobre o facto de que
as vacinas são intervenções de saúde pública mais eficaz e reduziram significativamente a
carga, morbidade e mortalidade de doenças transmissíveis. Existem também dinâmicas
históricas, estruturais que sustentam a hesitação da vacinação entre as pessoas que
reconhecem a importância da imunização para a saúde pública. Uma história de abuso de
pesquisa médica e vacinal em África diminui a confiança na vacinação atual. (Callaghan et
al., 2021).
Com este estudo pretendo conhecer os níveis de conhecimento e aceitação da vacinação da
COVID-19 na minha comunidade, com o objectivo de enriquecer os meus conhecimentos
científicos na qualidade de futuro profissional de saúde e identificar os factores responsáveis
pela relutância em aceitar a vacinação com vista a contribuir no aumento dos níveis de
conhecimento e aceitação relacionados à vacinação da COVID-19 na minha comunidade.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Geral:
2.1.1. Descrever o conhecimento e a aceitação em relação a vacinação da COVID-19 em
residentes do Distrito da Samba em Setembro de 2022.

2.2. Específicos:
1. Caracterizar a população segundo idade, sexo, escolaridade e ocupação.

2 . Identificar:

- O conhecimento dos residentes do Distrito da Samba sobre a vacinação.

- A aceitação da vacinação nos residentes do Distrito da Samba.

- As razões da não-aceitação da vacinação.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1.Tipo de estudo

Foi realizado um estudo descritivo transversal sobre o conhecimento e aceitação da vacinação


da COVID-19 em residentes do Distrito da Samba em Setembro de 2022.

3.2.Local de estudo

O estudo foi realizado no Distrito da Samba, localizado no Município de Luanda, Província


de Luanda, em Angola. Tem 345,3km2 e cerca de 54 mil habitantes. Limita-se a sul e a oeste
com o oceano Atlântico, a norte com o Distrito da Maianga e com o Município de Kilamba
Kiaxi e a leste ao Município de Viana.

3.3.Universo
O universo foi constituído pelos residentes do Distrito da Samba (54 mil habitantes segundo a
projecção do INE 2021).

3.4.Amostra

A amostra foi seleccionada pelo método probabilístico por conglomerados em duas etapas. Na
primeira etapa fez-se a listagem de todos os bairros que constituem o Distrito da Samba e pelo
método aleatório simples foi sorteado o Bairro da Samba. Na segunda etapa fez-se a listagem
de todas as ruas do Bairro da Samba e pelo método aleatório simples foram sorteadas três
ruas, nomeadamente rua Mártires de Angola, rua do Silêncio e rua Heróis de Kangamba.

3.5.Critérios de exclusão

Foram excluídos do estudo os indivíduos menores de 18 anos, indivíduos que residiam há


menos de um ano no Bairro da Samba e os que não estavam em condições de participar do
estudo no momento de recolha de dados.

3.6.Variáveis de estudo e suas definições operacionais

Variável Definição Categoria

Idade Tempo cronológico de vida Foi considerado o número de anos


expresso em anos. dos participantes no momento do
Quantitativa
estudo e categorizados em grupos
(contínua)
etários com intervalo de 5 anos.

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Conjunto de características
Sexo
estruturais e funcionais os quais Masculino

Qualitativa um ser vivo é classificado como

(Binária) macho ou fêmea Feminino

Escolaridade Grau de instrução académica


formal em curso ou concluída. Nenhuma, Ensino primário, Ensino
secundário (I e II ciclo) e Ensino
Qualitativa superior.
(Ordinal)

Ocupação Actividade económica (ou não)


realizada em tempo integral ou
Qualitativa Remunerada e não remunerada.
parcial com ou sem vínculo
(Nominal)
legal/ profissional.

Conhecimento Acto de conhecer, ter ideia,


Foi avaliado com base a escala de
através de informações que lhe
Qualitativa Likert.
são apresentadas.

Aceitação Aceitação-todos os participantes que


Ação de aceitar, de receber que aceitaram ser vacinados.
Qualitativa aquilo que lhe é ofertado.
Não Aceitação- todos os
(Binária)
participantes que não aceitaram ser
vacinados.

Critérios de Avaliação

O conhecimento foi avaliado com base a escala de Likert onde foram atribuídos pontos
correspondentes as seguintes questões:

1. Para que serve a vacinação da COVID-19?


2. Se um membro da família for vacinado os restantes da mesma casa estarão
protegidos da COVID-19?
3. Quem já foi vacinado pode contrair a COVID-19?

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4. Quem já foi vacinado deve continuar com as medidas de biossegurança?
5. Quem deve aderir a vacinação da COVID-19?

•Excelente quem acertou cinco (5) questões.

•Bom quem acertou quatro (4) questões.

•Regular quem acertou três (3) questões.

•Mau quem acertou uma a duas (2) questões.

•Péssimo quem errou todas as questões.

3.7. Instrumento de recolha de dados

Os dados foram colhidos pelo autor em quatro semanas, através de um formulário com onze
questões, quatro referentes às variáveis sociodemográficas, cinco perguntas fechadas para
avaliação do conhecimento e duas sobre a aceitação da vacinação.

3.8.Tratamento, análise dos dados e apresentação dos resultados

Os dados colhidos foram tratados e analisados no programa Microsoft excel 2016 com base a
estatistica descritiva em frequências absolutas e relativas. Foram realizados Testes qui-
quadrado para associação entre as variáveis qualitativas. O nível de significância estatística
foi estabelecido em p<0,05. Os resultados apresentados em tabelas e gráficos projectados no
Microsoft Power Point 2016.

3.9. Aspectos Éticos

A pesquisa foi submetida à aprovação do DEI de Saúde Pública. O estudo foi efectuado
segundo a Declaração de Helsínquia: “Princípios Éticos para a Investigação Médica
envolvendo Seres Humanos”. Os participantes podiam aceitar ou não em participar do estudo
após o devido esclarecimento ou até mesmo desistir do mesmo sem serem alvos de ameaças
ou represálias. O estudo possuiu objectivo exclusivamente académico. Os dados foram
colhidos mantendo-se o sigilo e foram obedecidos os princípios de anonimato e
confidencialidade.

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4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Participaram do estudo um total de 300 indivíduos, 161 (54%) eram do sexo feminino e 139
(46%) do sexo masculino. O mínimo de idade foi de 18 anos e o máximo foi de 74 anos, a
idade média de 28 anos, estando grande parte dos participantes concentrados no primeiro
grupo etário (32%). O nível de escolaridade predominante foi o Ensino superior (43%).
Quanto à ocupação (61%) era não remunerada e (39%) remunerada.

Tabela 1. Distribuição dos residentes segundo a idade e sexo, Bairro da Samba em Setembro
de 2022.

Idade Sexo

Feminino Masculino Total

nº % nº % nº %

18-22 62 39 35 25 97 32

23-27 42 26 33 24 75 25

28-32 26 16 34 24 60 20

33-37 10 6 10 7 20 7

38+ 21 13 27 19 48 16

Total 161 - 139 - 300 -

% 54 - 46 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Em 300 participantes, verificamos que o grupo etário mais frequente (32%) foi dos 18-22 anos de
idade e o menos observado (7%) foi dos 33-37 anos.

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Tabela 2. Distribuição dos residentes segundo o nível de escolaridade e ocupação, Bairro da
Samba em Setembro de 2022.

Escolaridade Ocupação

Remunerada Não remunerada Total

nº % nº % nº %

Nenhuma 3 3 1 1 4 1

Primário 11 9 3 2 14 5

Iº Ciclo 16 14 17 9 33 11

IIº Ciclo 44 38 75 41 119 40

Superior 42 36 88 48 130 43

Total 116 - 184 - 300 -

% 39 - 61 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Verificamos que em 300 participantes o ensino superior (43%) teve a maior frequência e a menor
frequência observada (1%) pertenceu aos participantes sem nenhuma escolaridade, a ocupação não
remunerada (61%) teve mais frequência em comparação à ocupação remunerada.

16
Tabela 3. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento da vacinação da COVID-19
por idade, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Idade Conhecimento

Excelente Bom Regular Mau Péssimo Total

nº % nº % nº % nº % nº % nº %

18-22 56 36 24 34 9 31 6 23 2 10 97 32

23-27 42 27 22 31 6 21 - - 5 24 75 25

28-32 36 23 16 23 4 14 4 15 - - 60 20

33-37 10 6 6 9 2 7 - - 2 10 20 7

38+ 10 6 2 3 8 28 16 62 12 57 48 16

Total 154 - 70 - 29 - 26 - 21 - 300 -

% 51 - 23 - 10 - 9 - 7 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Em 300 participantes, a maior nota (excelente 36%) recaiu para o grupo etário dos 18-22 anos de idade
e a menor nota (péssimo 57%) para o grupo etário dos 38+.

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Gráfico 1. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento da vacinação da COVID-19
por sexo, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Masculino Feminino
%
76
69
66
62
55

45
38
34
31
24

Excelente Bom Regular Mau Péssimo

Fonte: Tabela 4

No gráfico podemos observar que, em 300 participantes a maior nota (excelente 55%) recaiu para o
sexo feminino e a menor nota (péssimo 76%) para o sexo masculino.

18
Tabela 5. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento sobre a vacinação da
COVID-19 por nível de escolaridade, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Escolaridade Conhecimento

Excelente Bom Regular Mau Péssimo Total

nº % nº % nº % nº % nº % nº %

Nenhuma 2 1 - - - - - - 2 10 4 1

Primário - - - 3 10 6 23 5 24 14 5

Iº Ciclo 6 4 10 14 9 31 4 15 4 19 33 11

IIº Ciclo 62 40 26 37 9 31 14 54 8 38 119 40

Superior 84 55 34 49 8 28 2 8 2 10 130 43

Total 154 - 70 - 29 - 26 - 21 - 300 -

% 51 - 23 - 10 - 9 - 7 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Verificamos que em 300 participantes o nível de escolaridade que obteve a maior nota de
conhecimento (excelente 55%)) foi o Ensino superior e a menor nota (péssimo 38%)) recaiu ao II
Ciclo.

19
Tabela 6. Distribuição dos residentes segundo a aceitação da vacinação da COVID-19 por
idade, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Idade Aceitação

Aceita Não Aceita Total

nº % nº % nº %

18-22 97 33 - - 97 32

23-27 71 24 4 50 75 25

28-32 56 19 4 50 60 20

33-37 20 7 - - 20 7

38 + 48 16 - - 48 16

Total 292 - 8 - 300 -

% 97 - 3 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Verificamos que em 300 participantes, o grupo etário que teve a maior aceitação (33%) foi dos 18-22
anos e o grupo etário com menor aceitação (19%) foi dos 28-32 anos.

20
Tabela 7. Distribuição dos residentes segundo a aceitação da vacinação da COVID-19 por
sexo, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Aceitação Sexo
Masculino Feminino Total
nº % nº % nº %
Aceita 137 47 155 53 292 97

Não Aceita 2 25 6 75 8 3

Total 139 - 161 - 300 -


% 46 - 54 - - 100
Fonte: formulário de pesquisa

Verificamos que de um total de 300 participantes o sexo feminino teve maior aceitação (53%) da
vacinação em comparação ao sexo masculino.

Tabela 8. Distribuição dos residentes segundo a aceitação da vacinação da COVID-19 por


nível de escolaridade, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Escolaridade Aceitação

Aceita Não aceita Total

nº % nº % nº %

Nenhuma 4 1 - 4 1

Primário 12 4 2 25 14 5

Iº Ciclo 27 9 6 75 33 11

II º Ciclo 119 41 - - 119 40

Superior 130 45 - - 130 43

Total 297 - 8 - - -

% 97 - 3 - - 100

De um total de 300 participantes, a maior aceitação da vacinação recaiu para o ensino superior (45%) e
a menor aceitação (9%) para o Iº Ciclo.

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Gráfico 2. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento e a aceitação da vacinação da
COVID-19, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Aceita Não aceita

53 %
50 50

24

10
8
6

Excelente Bom Regular Mau Péssimo

Fonte: Tabela 9

De um total de 300 participantes, a maior aceitação da vacinação recaiu para os participantes com nota
(excelente) e a menor aceitação para os participantes com nota (péssimo).

Tabela 10. Distribuição dos residentes segundo a aceitação da vacinação da COVID-19 por
ocupação, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Ocupação Aceitação
Aceita Não Aceita Total
nº % nº % nº %
Remunerada 114 39 2 25 116 39
Não remunerada 178 61 6 75 184 61
Total 292 - 8 - 300 -
% 97 - 3 - - 100
Fonte: formulário de pesquisa

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Gráfico 3. Distribuição dos residentes segundo as razões da não-aceitação da vacinaçãoda
COVID-19, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

As razões da não-aceitação
13%
Por medo dos efeitos colaterais

Porque não acredito na doença

87%

Fonte: Tabela 11

Constatou-se que os participantes que rejeitaram a vacinação, a maioria relatou medo dos efeitos
colaterias.

23
5. DISCUSSÃO

O presente estudo constatou que mais da metade da população tinha excelente nível de
conhecimento (51%) e (23%) tinha bom conhecimento relacionado à vacinação da COVID-
19. Esses dados assemelham-se a pesquisa realizada por (Nasimiyu et al., 2022) sobre
conhecimento atitudes e práticas da vacinação da COVID-19 em um assentamento urbano
informal em Nairóbi. Em que um total de 308 participantes, (67,2%) demonstrou ter excelente
conhecimento sobre a vacinação contra a COVID-19. Acreditamos que o alto nível de
conhecimento em mais da metade da população deve-se à ampla cobertura da mídia impressa
e social, a utilização de canais formais e informais pelo governo para divulgar informações
sobre a vacinação contra a COVID-19.

A faixa etária dos 18-22 anos apresentou a maior pontuação de conhecimento relacionados à
vacinação da COVID-19, esse achado contraria a pesquisa realizada por (Vasilopoulos et al.,
2022) sobre Factores subjacentes à negação e descrença em relação à COVID-19 na Grécia
onde pessoas com mais de 40 anos obtiveram maiores pontuações de conhecimento acerca da
vacinação.

Na associação entre variáveis, sexo e a ocupação não tiveram associação estatisticamente


significativa ao bom conhecimento sobre a vacinação da COVID-19 entre a população em
estudo, esses dados contrariam o estudo realizado por (Njingu et al.,2021) sobre
conhecimento, atitudes e práticas em relação a COVID-19 entre camaroneses que vivem em
áreas urbanas e rurais, que indicou a presença de associação estatisticamente significativa do
sexo com o conhecimento da vacinação da COVID -19, no qual o sexo feminino alcançou
maiores níveis de conhecimento em relação ao sexo masculino.

No presente estudo aqueles com nível de escolaridade superior obtiveram maiores pontuações
de conhecimento, Excelente (55%), Bom (49%) em comparação com outros níveis de
escolaridade. Estes dados vão de acordo com o estudo realizado por (Ao et al.,2022) sobre
Aceitação de vacinas COVID-19 entre adultos em Lilongwe, Malawi. Em que os participantes
que obtiveram maiores pontuações de conhecimento em relação à vacinação da COVID-19
tinham igualmente os níveis de escolaridade mais elevados. Presumimos que isso ocorre
possivelmente porque aqueles com nível de escolaridade mais elevado têm mais acesso a
informação e consequentemente ao conhecimento.

O estudo demonstrou alta taxa de aceitação da vacinação da COVID-19 (97%) esse achado
assemelha-se a pesquisa realizada por (Njoga et al. 2022) sobre Hesitação persistente de
24
vacinação em África. Em que regiões da África Austral e Oriental tiveram taxas de aceitação
da vacinação da COVID-19 (83%) e (69,7%) respectivamente.

Acreditamos que a iniciativa do governo para lançar campanhas para sensibilização da


população sobre a importância da vacinação foi um dos factores que contribuiu para o
aumento da taxa de vacinação. E a exigência de evidência de vacinação como um dos pré-
requisitos para ter acesso a serviços governamentais, transporte, religiosos e recreativos
acreditamos que foi um dos pontos principais para adesão massiva da população aos postos de
vacinação.

Na associação entre variáveis, sexo, idade, escolaridade e ocupação não tiveram associação
estatisticamente significativa à decisão de aceitar a vacinação da COVID-19 estes dados
contrariam a pesquisa realizada por (Kelly et.,al 202l) sobre preditores de disposição para
obter uma vacina da COVID-19 nos EUA onde os estudantes universitários eram os menos
hesitantes em aceitar a vacinação e a faixa etária com maior aceitação variava dos 55 aos 75.
E do estudo realizado por (McAbee et al., 2021) sobre factores associados as intenções de
vacinação contra COVID-19 no leste do zimbábue onde o sexo feminino apresentou taxa
significativa (44%) de recusa à vacinação em comparação ao sexo masculino (15%).

No entanto dos (3%) participantes que rejeitaram à vacinação tinham entre péssimo e mau
conhecimento sobre a vacinação. Dados que assemelham-se a pesquisa realizada (Abebe et
al., 2021). Sobre compreensão do conhecimento, atitude, aceitação e determinação da
vacinação COVID-19 entre a população adulta na Etiópia, onde os participantes com menores
pontuações de conhecimento sobre a vacinação foram os que maioritariamente rejeitaram a
vacinação da COVID-19.

Dos participantes que rejeitaram a vacinação 8 (3%), 7 (87,5%) relataram medo dos efeitos
adversos da vacinação da COVID-19. Esses dados vão de acordo com a pesquisa realizada
por (Olu-Abiodun et al., (2022) sobre Vacinação contra COVID-19 na Nigéria onde 1/4 dos
participantes que rejeitaram a vacinação relatou medo dos efeitos colaterais como razão para
não aderir à vacinação da COVID-19.

25
6. CONCLUSÕES

1- Constatou-se que mais da metade dos participantes tinham excelente conhecimento acerca
da vacinação da COVID-19.

2- A faixa etária compreendida entre 18-22 anos foi a que apresentou maior pontuação de
conhecimento.

3- O sexo feminino foi o que obteve alta pontuação de conhecimento da vacinação.

4- Os participantes com o ensino superior em curso ou concluído foram os que maiores


pontuações obtiveram sobre o conhecimento da vacinação da COVID-19.

5- A pesquisa obteve alta taxa de aceitação da vacinação da COVID-19 entre a população em


estudo.

6- Entre os participantes que rejeitaram a vacinação tinham entre péssimo e mau


conhecimento acerca da vacinação, não houve associação estatisticamente significativa entre
as outras variáveis em estudo quanto à aceitação da vacinação da COVID-19.

7- Das razões da não-aceitação da vacinação, a maioria relatou medo dos efeitos colaterais da
vacinação.

26
7. RECOMENDAÇÕES

1-A Direcção Nacional de Saúde Pública de Angola e outros órgãos afins a realização de
pesquisas sobre o conhecimento e aceitação da vacinação da COVID-19 em todo país para
definição real da situação em Angola.

a)- Formação de agentes comunitários para divulgação de informações sobre a COVID-19,


importância da vacinação, realização de palestras sobre as medidas de prevenção da COVID-
19.

b)- Dinamização do programa nacional de vacinação da COVID-19.

27
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Abebe, H., Shitu, S., & Mose, A (2021). Compreensão do conhecimento, atitude,
aceitação e determinação da vacina COVID-19 entre a população adulta na
Etiópia.Infecção e resistência a medicamentos ,14, 2015.

2. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria(2020,15 dez) ANVISA: COVID-19,


Disponivel em <https:// www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/ pafcoronavirus>.

3. Anderson, M.,Mckee, M.,& Mossalos, E.(2020).Covid-19 exposes weaknesses in


European response to outbreaks. Bmj,368.

4. Ao,Q., Egolet, R.O.,Yin,H., & Cui, F.(2022) Aceitação de vacinas Covid-19 entre
adultos em Lilongwe, Malawi: um estudo transversal baseado no modelo de crença em
saúde. Vacinas, 10 (5), 760.

5. Callaghan T, Moghtaderi A, Lueck JA., Hotez, P., Strych, U.,Dor, A.,.. & Motta,
M.(2021).Correlates Disparities of intetion to vaccinate against COVID-19. Social
science & medicine(1982),272,113638.

6. Direcção Nacional de Saúde Pública-DNSP. (2021). Pandemia da COVID-19 em


Angola. Boletim Informativo 474 de 09.05.2021 pp. 1 de 4.

7. Folha de São Paulo.(2021).Enfermeiro engana ao dizer que médico morreu por efeitos
da vacina Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equili-
brioesaude/2020/11/enfermeiro-engana-ao-dizer-que- -medico-morreu-por-efeitos-da-
vacina-de-oxford.shtml. Acesso em: 19/05.

8. Garcia, A. S., Assis, C. C., & Ribeiro, R. A. (2020). Covid-19 no Continente Africano:
Impactos, Respostas e Desafio.

9. Galhardi, C. P., Freire, N. P., Minayo, M.C.D.S., & Fagundes, M. C. M. (2020). Fato
ou Fake? Uma analise da desinformação frente a pandemia da covid-19 no Brasil.
Ciência & Saúde coletiva,25,4201-4210.

10. Galli,L.M., &Modesto,J.G.(2021). A influência das crenças Conspiratórias e


Orientação política na vacinação. Revista de Psicologia da IMED, 13(1),179-1993.

11. Kelly, BJ, Southwell, BG, McCormack, LA, Bann, CM, MacDonald, PD, Frasier,
AM,…& Squiers, LB (2021). Predictors of Willingness to get a COVID-19 vaccine in
the US. BMC Infectious Diseases, 21(1), 1-7.

28
12. McAbee, L., Tapera, O., & Kanyangarara, M. (2021). Factores associados às intenções
de vacinação contra COVID-19 no leste do Zimbábue: um estudo transversal. Vacinas,
9(10), 1109.

13. Ministério da Saúde de Angola-MINSA. (2020). Dados epidemiológicos da Covid-19


em Angola. Jornal de angola. online Available at:
http://www.jornaldeangola.sapo.ao.

14. Monari,A. C. P., & Sacramento, I. (2021). A vacina chinesa de João Doria, a
influencia da disputa política-ideologica na desinformação sobre a vacinação contra a
COVID-19. Revista Mídia e Cotidiano, 15(3), 125-143.

Nasimiyu, C., Audi, A., Oduor, C., Ombok, C., Oketch, d., Aol, G., …& Munywoki,
PK (2022). Conhecimento, atitudes e práticas da COVID-19 e aceitabilidade de
vacinas na zona rural do oeste do Quênia e um assentamento urbano informal em
Nairobi,Quênia: uma pesquisa transversal, COVID,2 (10), 1491-1508.

15. Njingu, A. E., Jabbosssung, F. E., Ndip-Agbor,T. E., & Dedino, A. G. (2021).
Comparing Knowledge, attitudes and practices regarding COVID-19 amongst
cameroonians living in urban versus rural aread. The Pan African Medical Journal,38.

16. Njoga, E. O., Awoyomi, O. J., Onwumere-Idolor, O. S., Awoyomi, P. O.,


Ugochukwu, I. C., & Ozioko, S. N. (2022).Hesitação persistente de vacinação em
África: os porquês, consequências Globais para a Saúde Pública e saídas- Taxas de
Aceitação da Vacinação COVID-19 como caso em ponto. Vacinas, 10 (11), 1934.

17. Olu-Abiodun, O., Abiodun, O., & Okafor, N.(2022). COVID-19 vaccination in
Nigeria: A rapid review of vaccine acceptance rat and the associated factors.Plos one,
17(5),e0267691.

18. Organização Mundial da Saúde-OMS, (2020). Os profissionais mais vulneráveis ao


novo coronavírus.. online Available at: https://www.sanarmed.com/rastreador-
sinais-e-sintomas-da-covid-19.

19. Silva C. C., Carvalho C. M. O., Lima D. C., Costa E. S.,de Andrade V.M.B., Tenorio
B. M., Britto.D. B. L. de A., & TenorioF. C.A.M. (2021). Covid-19: Aspectos da
origem, fisiopatologia, imunologia e tratamento-uma revisão narratica. Revista
electrônica Acervo de Saúde,13(3), e6542.https://doi.org/10.25248/reas.e6542.2021.

20. Souto, E.P., & Kabad J. (2021) Hesitação vacinal e os desafios para o enfretamento da
pandemia de COVID-19 em idosos no Brasil. Revista de Geriatria e Gerontologia,23.

21. Souza, L.E. P.F. D., & Buss ,P.M (2021). Desafios globais para o acesso equitativo a
vacinação contra a COVID-19.Cadernos de Saude publicam, 37,e0005652.

29
22. Su Y.(2020). It doesn’t take a vilage to fall for misinformation: Social media use,
discussion heteogeneity preference,worry of the virus, faith in scientist, and COVID-
19 related misinformantion beliefs. Telematics and informatics,58,101547.

23. The New York Times.(2020)coronavirus vaccine Tracker; 2020[acessed 2021 Dec
30].https://www,nytimes.com/interactive//science coronavirus-vaccine.

24. The New York Times.(2020) coronavirus vaccine Tracker;[acessed 2021 Dec
30].https://www,nytimes.com/interactive/2020/science coronavirus-vaccine.

25. Vasilopoulos, A., Pantelidaki, N. A., Tzoura, A., Papadopoulou, D., Stiliani, K.,
Paralikas, T., … & Mastrogiannis, .(2022). Fatores subjacentes à negação e descrença
em relação à COVID-19. Jornal Brasileiro de pneumologia,48

26. WHO. (2020). COVID-19 Case Definition. https://www.who.int/publications-detail-


redirect/WHO-2019-nCoV-Surveillance_Case_Definition-2020.2.

30
APÊNDICE A

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO


FACULDADE DE MEDICINA

DEI DE SAÚDE PÚBLICA

Tabela 4. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento da vacinação da COVID-19


por sexo, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Conhecimento Sexo

Feminino Masculino Total

nº % nº % nº %

Excelente 85 55 69 45 154 51

Bom 46 66 24 34 70 23

Regular 9 31 20 69 29 10

Mau 16 62 10 38 26 9

Péssimo 5 24 16 76 21 7

Total 161 - 139 - 300 -

% 54 - 46 - - 100

Fonte: formulário

31
Tabela 9. Distribuição dos residentes segundo o conhecimento e a aceitação da vacinação da
COVID-19, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

Conhecimento Aceitação

Aceita Não aceita Total

nº % nº % nº %

Excelente 154 53 - - 154 51

Bom 70 24 - - 70 23

Regular 29 10 - - 29 10

Mau 22 8 4 50 26 9

Péssimo 17 6 4 50 21 7

Total 292 - 8 - 300 -

% 97 - 3 - - 100

Fonte: formulário de pesquisa

Tabela 11. Distribuição dos residentes segundo as razões da não-aceitação da vacinaçãoda


COVID-19, Bairro da Samba em Setembro de 2022.

As razões da não-aceitação da vacinação


nº %
Porque não acredito na doença 1 13
Por medo dos efeitos colaterais 7 87
Total 8 100
Fonte: formulário de pesquisa

32
33
APÊNDICE B

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO


FACULDADE DE MEDICINA

DEI DE SAÚDE PÚBLICA

CONHECIMENTO E ACEITAÇÃO DA VACINAÇÃO DA COVID-19


EM RESIDENTES DO DISTRITO DA SAMBA EM SETEMBRO DE 2022

Formulário de Recolha de Dados

IDENTIFICAÇÃO

Sexo: F M

Idade:______anos

Tempo de residência no Distrito da Samba:_______________________________

Ocupação: ___________________________

ESCOLARIDADE

Nenhum

Ensino primário

Ensino secundário 1º Ciclo

2º Ciclo

34
Ensino superior

I. CONHECIMENTO

1. Para que serve a vacinação da COVID-19?

(Assinale com um x a questão que acha certa)

a)Curar quem estiver doente ___

b)Proteger contra as formas graves da doença, reduzir o risco de morte e diminuir a


propagação do vírus___

c)Implantação de microchip para controle populacional___

d)Não sei para que serve a vacinação contra a COVID-19 ___

2. Se um membro da familia for vacinado, os restantes da mesma casa estarão


protegidos da COVID-19?
a)Sim ___
b)Não___

3. Quem já foi vacinado pode contrair a COVID-19?


a) Sim___
b) Não___

4. Quem já foi vacinado deve continuar com as medidas de biossegurança?


a) Sim ____
b) Não___
5. Quem deve aderir a vacinação da COVID-19?

35
(Assinale com um x a questão que acha certa)
a) Apenas os idosos porquê fazem parte do grupo de risco ___

b) Apenas os profissionais de saúde devem aderir a vacinação___

c) Em Angola todos os indivíduos acima dos 12 anos previamente inqueridos pelo Ministério
da Saúde de Angola podem aderir a vacinação contra a Covid-19 ___

d) Mulheres grávidas não devem aderir a vacinação devido ao risco de óbito fetal ___

I. ACEITAÇÃO

1. Já foi vacinado contra a COVID 19?


a)Sim ___

b)Não ___

2. Se sim, por quais razaões ?

(Assinale com um x a razão que lhe fez se vacinar)


a)Por imposição do governo no acesso restrito a instituições públicas e privadas para quem
não se vacinar ____

b)Para minimizar a propagação do vírus, proteger a minha saúde e de outros ____


c)Para poder viajar ____

d)Porque fui aconselhado por amigos ou familiares ____

e)Outras razões (por favor, especifique)

________________________________._____________________________

3. Se não , por quais razaões?

(Assinale com um x a razão que lhe fez não se vacinar)

a) Porque não acredito na doença___

b) Acho que a vacinação não tem efeito__

36
c) A vacinação foi desenvolvida para nos prejudicar ____

d) Tenho medo dos efeitos colaterais da vacina ____

e) Por medo de contrair a Covid-19 ou uma outra doença___

f) Outras razões (por favor, especifique)

________________________________.________________________________

37
APÊNDICE C

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE MEDICINA

DEI DE SAÚDE PÚBLICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Declaro, por meio deste termo, que concordei em participar da pesquisa com o título
Conhecimento e Aceitação da Vacinação da Covid-19 em residentes do Distrito da
Samba Em Setembro de 2022, desenvolvida pelo estudante do 6º ano da Faculdade de
Medicina da Universidade Agostinho Neto.

Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo
financeiro ou ter qualquer bônus e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da
pesquisa. Fui informado(a) do objectivo estritamente académico da pesquisa, que em linhas
gerais é avaliar o conhecimento e aceitação dos residentes do Distrito da Samba em relação a
vacinação da COVID-19.

Fui também esclarecido(a) de que os usos das informações por mim oferecidas estão
submetidos às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos.

Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de um formulário (a ser preenchido a
partir da assinatura desta autorização). O acesso e a análise dos dados colhidos se farão
apenas pelo pesquisador e/ou seu orientador.

Fui ainda informado(a) de que posso retirar-me desse estudo a qualquer momento, sem
prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos.

Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e


Esclarecido, conforme recomendações éticas.

Luanda, ____ de _________________ de _____

Assinatura do(a) participante:

________________________

38

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