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ESTÁCIO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

PROJETO DE PESQUISA EM BIOMEDICINA

SURTOS DE COVID-19 ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA REGIÃO


CENTRO-OESTE ENTRE OS ANOS DE 2020 E 2021

FABIANA OLIVEIRA FEITOSA 202002753765


FERNANDA FERNANDES BUGARI 202001581898
JUNIOR MELLO DE MORAIS 202002371587

JUÍNA-MT
2023
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SURTOS DE COVID-19 ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA REGIÃO


CENTRO-OESTE ENTRE OS ANOS DE 2020 E 2021

FABIANA OLIVEIRA FEITOSA 202002753765


FERNANDA FERNANDES BUGARI 202001581898
JUNIOR MELLO DE MORAIS 202002371587

Projeto de Biomedicia, apresentado à


Universidade Estácio de Sá.Como
requisito parcial para a obtenção de
nota.Orientadora: Angelica Martins
Batista.

JUÍNA-MT
2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
OBJETIVOS GERAIS .............................................................................................. 9
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 9
MÉTODOS E MATERIAIS....................................................................................... 9
REFERÊNCIA ....................................................................................................... 11
ANEXOS.................................................................................................................13
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INTRODUÇÃO

Diante do surgimento da doença do novo coronavírus SARS-Cov-2 como


agente causador da doença COVID-19,os servidores da saúde, tanto no nível
municipal, estadual e mundial foram afetados diretamente. E nessa ocasião, um
grande pânico foi instaurado na população pois o vírus era classificado como
altamente transmissível, e após seu surgimento foi nomeado como uma nova
infecção viral. De acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) foi
em meados de 2019 e início de 2020 que iniciou a pandemia causando altas taxas
de mortalidade.
Decorrente disso, o planeta entrou em choque, mobilizando os serviços de
saúde em todo o mundo na busca por soluções para seu enfrentamento.
Profissionais de diferentes áreas da saúde e da pesquisa precisaram juntar forças
e ações, de acordo com as novas evidências apontadas pela ciência e demandas
até então inexistentes. Neste sentido, Silva et.al. (2020) afirma que a área da saúde,
ficou diretamente na linha de frente na luta desse inimigo invisível, assim causando
um surto da doença entre os profissionais da saúde.
E com esse contato direto com a doença, acarretou-se um surto de
contaminação entre os profissionais da saúde em todo o mundo. Na região Centro-
Oeste, segundo o banco de dados do Lacen-MT, aponta um crescimento de
contaminação desses profissionais muito elevado, entre 2020 e 2021. Segundo
dados avaliados, os óbitos por Covid-19 de março de 2020 a março de 2021
“Contabilizou 622 médicos, 200 enfermeiros e 470 auxiliares e técnicos de
enfermagem” (FIOCRUZ,2021).
Essas análises foram registradas com base em dados dos conselhos federais
de Medicina e Enfermagem. Todavia, a Fiocruz (2021) relata que os níveis de
contaminação e mortes podem ainda ser maiores do que o registrado, devido ao
caos que o momento vivia, era quase impossível registrar todos os casos
sistematicamente, deixando assim uma lacuna a ser estudada e refletida
futuramente.
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O SARS-CoV-2, é um vírus que pode atacar humanos e animais e causam


infecções que variam do resfriado comum a infecções respiratórias mais graves,
levando a morte. Nas últimas duas décadas surgiram três coronavírus humanos
altamente perigoso, responsáveis pela síndrome respiratória aguda grave e pela
síndrome respiratória (EDOVATO, 2020).
O vírus, foi detectado em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, província
de Hubei, China, de origem ainda incerta, está provavelmente relacionado a uma
mutação do coronavírus que infecta morcegos, já que o local inicial de transmissão
provavelmente tenha sido um mercado de frutos do mar e animais vivos na cidade,
com os primeiros casos em indivíduos frequentadores do mercado
(MEDEIROS,2020).
Em progressão, o vírus foi transmitido para províncias próximas, expandindo-
se para diversos países de todos os continentes. Assim, poucos meses depois do
início das manifestações na China, a doença foi considerada emergência global e
pandemia pelo órgão regulamentador da saúde no mundo, Organização Mundial da
Saúde (OMS) (MEDEIROS, 2020).
Segundo a OMS (2020) A nomenclatura pandemia, faz referência a
propagação geográfica que o vírus alcançou, antes do coronavírus outras
pandemias já haviam ocorrido, porém com menos letalidade, exemplo da pandemia
de H1N1A, vírus zika entre outros. Em todas essas ocasiões os profissionais da
saúde, estavam sempre em pronto atendimento.
Para Teixeira et.al. (2020) Os profissionais da saúde apesar de, atuarem na
linha de frente no combate da COVID-19, não tinham pessoal em quantidade
suficiente para atender a demanda, o que provocou uma pressão cotidiana na
organização dos atendimentos devido ao aumento do fluxo de pacientes, ficando
vulneráveis a contaminação.
Nestes casos a sobrecarga prévia existente na maioria das realidades e
contextos de saúde, além daquela imposta pela situação pandêmica, eleva os riscos
de adoecimento físico e emocional dos profissionais e de seus familiares,
contribuindo para a formação de um cenário de estresse, medo e até mesmo pânico,
menciona Teixeira et.al. (2020).
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Uma pessoa pode transmitir o vírus para duas a quatro pessoas, por
gotículas e/ou contato por meio da auto inoculação do vírus em membranas
mucosas (nariz, olhos ou boca) e do contato com superfícies inanimadas
contaminadas, nas quais o vírus pode permanecer viável e infeccioso de horas a
dias (BARRETO, 2020).
O período de incubação conhecido é em média de cinco dias, podendo variar
de dois a 14 dias. “O espectro da apresentação clínica é amplo, a maioria dos
adultos apresentam síndrome gripal (90%) com sintomas leves: febre, fadiga, tosse
seca, anorexia, mialgia, dispneia e produção de catarro” (ISER, et.al., 2020, p.06).
Porém, formas graves ou críticas são também descritas, especialmente em idosos
e indivíduos com comorbidades.
As complicações pós-covid podem ser inúmeras, com manifestações
contínuas ou não, estudos apontam problemas relacionados a distúrbios de
coagulação secundárias ao vírus. “Cerca de 36,2% dos pacientes infectados
desenvolvem trombocitopenia e podem ter um dímero D elevado, alterações que
podem ser explicadas pela ativação excessiva da cascata de coagulação e
plaquetas” (RAFAEL et al., 2020, p.11).
Os pacientes totalmente recuperados do Covid-19 têm os sintomas
resolvidos, e apresentaram normalidade na disfunção de órgãos pulmonares.
Porém não é o caso de todos os contaminados. Conforme Iser et.al. (2020) O
insuficiente conhecimento científico, a alta velocidade de disseminação e
mortalidade, associado a ausência de tratamento específico acabou provocando um
caos nos sistemas de saúde em todo o mundo.
Neste sentido, gerou muitas incertezas quanto à escolha das melhores
estratégias a serem utilizadas. No Brasil, os desafios que se apresentaram foram
ainda maiores, visto que o sistema único de saúde (SUS) esta por si só sempre
sobrecarregado, imagina na pandemia, ainda existem muita preocupação por parte
dos governantes no controle do vírus (OMS,2020).
A descoberta da vacina contra o Covid-19, foi uma avanço muito grande em
meio ao caos que estava o mundo naquele momento e quem sabe estamos
caminhado para a cura desse vírus. O teste utilizado é o (RT-qPCR) para este teste,
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utiliza-se como amostra, o material coletado da nasofaringe, orofaringe ou uma


pequena amostra de sangue19,33(OMS,2020). O teste é aprovado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além dos profissionais da saúde (TEIXEIRA, et.al.,2020) menciona que
muitos outros trabalhadores foram afetados diretamente com o vírus, como é o caso
dos atendentes da farmácia, entregadores (delivery), carteiros, motoristas, frentistas
de postos de combustíveis entre tantas outras atividades aqui não mencionadas,
porém o surto se deu entre os profissionais que estavam tralhando diretamente com
a população contaminada.
Neste sentido, Leonel(2021) relata que o impacto foi generalizado em todas
as áreas da saúde, médicos,enfermeiros, técnicos, laboratórios e a equipe de
nutrição e infraestrutura que atende a rede de saúde. Desencadeando um série de
problemas durante e pós pandemia no meio desses profissionais, assim como nas
demais áreas. Abordaremos aqui as dificuldades e transtornos nos profissionais da
saúde.
Um dos fatores de contaminação em massa foi a escassez e inabilidade no
manuseio dos EPIs, falta informação da gravidade e periculosidade da transmissão
da nova cepa. “Além dessas falhas técnicas, vem a exaustão e sobrecarga de
trabalho estiveram presentes em toda a pandemia” (LEONEL,2021, p.06). Observa-
se muitos sintomas psicológicos em sobreposição aos físicos reforça a necessidade
de atenção aos profissionais da saúde no que se refere a condições dignas de
trabalho.
As autoridades sanitárias e a OMS têm buscado medidas de atender esses
profissionais após a pandemia, visto que durante o período pandêmico foi
impossível atender esses profissionais (OMS,2020). Os desafios dos profissionais
durante a pandemia era atender a população contaminada sem contrair o vírus,
porém esse desafio não foi concretizado, devido muitos fatores já mencionados
acima, como um vírus novo e sem conhecimento prévio, falta de EPIs entre tantos
outros fatores.
Os profissionais da saúde, infelizmente não puderam ser acolhidos e tratados
durante o período pandêmico, infelizmente muitos morreram em consequência da
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COVID-19 e com eles mais de 500.00 mil vidas foram ceifadas (SENADO,2021). A
maioria, desses mortos foram sepultados em enterros coletivos, deixando assim
uma grande dor por parte das famílias.
É notório que, existe a necessidade de valorização aos profissionais da
saúde, priorizando a assistência e orientação contínua voltada a possíveis surtos
de epidemias e pandemias (NEGRI, et.al.,2020, p.05). Após todas as pesquisas foi
possível perceber que a ciência, ainda não responde a todos os questionamentos,
mas abre caminhos e perspectivas para melhor compreensão da COVID-19, no
sentindo de qualificar as ações de vigilância e dos serviços de saúde.
Portanto, pensando em todas essas situações que acarretaram na área da
saúde durante a pandemia e o surto da doença entre o profissionais da saúde, ficou
claro a urgência de políticas públicas voltadas a saúde e ao cuidados com esses
profissionais, priorização aqueles que cuidam dos demais.Todos os países
precisam encontrar um equilíbrio entre proteger a saúde desse, e minimizar as
sequelas deixadas pela Covid-19(OMS,2020).
O trabalho justica-se pela importância, de se levantar vozes e ações em
defesa do sistema único de saúde, pois deve ser eficaz em todo o Brasil. Deve-se
exigir que os governantes se engajem na defesa da vida do povo, do contrário,
serão responsabilizados pela tamanha desproporção daquilo que se apresenta
potencialmente como uma das maiores tragédias sanitárias já vividas neste país.
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OBJETIVOS GERAIS
Entender e Analisar o surto de COVID-19 entre os profissionais da saúde
entre 2020 2021 no Centro-Oeste e quais métodos seriam eficazes na prevenção
desses casos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os principais fatores de risco de contaminação desses


profissionais;
• Pesquisar quais são as políticas públicas voltadas a prevenção de novos
surtos;
• Enumerar medidas preventivas tomadas na época;
• Compreender os reais motivos do surto de Covid-19 entre os profissionais da
saúde.

METODOLOGIA

A metodologia adotada neste estudo será a pesquisa bibliográfica, sendo que


para o levantamento bibliográfico, serão utilizados 13 artigos dos bancos de dados
Lacen,Cofen, Medline, Scielo,OMS, MS e Lilacs, buscando artigos científicos
publicados entre os anos de 2020 a 2021 que abordem o tema Covid-19 e o surto
da doença entre os profissionais da saúde na região Centro-oeste.
Serão utilizados descritores específicos, como “Covid-19, “prevenção e
orientação” e “políticas públicas: cuidados com os profissionais da saúde ”. Essa
abordagem permitirá coletar informações atualizadas e confiáveis sobre o tema,
contribuindo para o aprofundamento da discussão e para a identificação de lacunas
no conhecimento.
A pesquisa bibliográfica é uma técnica amplamente utilizada na produção de
conhecimento científico e proporciona a possibilidade de realização de estudos
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comparativos e análises críticas de diferentes perspectivas sobre o tema em


questão.
Para a seleção dos artigos que farão parte deste levantamento bibliográfico,
serão estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em inglês,
português ou espanhol; estudos que abordem a prevenção de contágio; artigos
publicados entre os anos de 2020 a 2021; estudos que apresentem metodologia
clara e objetiva; e artigos disponíveis na íntegra.
Já os critérios de exclusão serão: artigos que não apresentem relação direta
com o tema proposto; estudos que sejam de caráter puramente descritivo, sem
apresentar análise crítica dos dados; estudos que utilizem amostras pequenas ou
que não apresentem metodologia clara; artigos que não estejam disponíveis na
íntegra; e estudos publicados em idiomas diferentes dos previamente
estabelecidos. Dessa forma, espera-se garantir a seleção de artigos relevantes e
confiáveis para a realização da pesquisa bibliográfica.
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REFERÊNCIAS

BARRETO. L, D. S. et al. Capacitação nacional emergencial em saúde mental e


atenção psicossocial na Covid-19: um relato de experiência. Saúde em Debate,
44: 293-305, 2020.

EDOVATO, T. G. et al. Trabalhadores/as da saúde e a Covid-19: condições de


trabalho à deriva? Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 46: 1-15, 2020.

FIOCRUZ. Há uma estratificação brutal na área da Saúde.2021,Disponível em


https://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/53155. Acesso em 10 de maio de 2023.

ISER. Betino Pinto M. Et.al. Definição de caso suspeito da COVID-19: uma revisão
narrativa dos sinais e sintomas mais frequentes entre os casos confirmados,2020.
Disponível
https://www.scielo.br/j/ress/a/9ZYsW44v7MXqvkzPQm66hhD/.Acesso em 26 de
maio de 2023.

LEONEL, Felipe. Pesquisa analisa o impacto da pandemia entre profissionais


de saúde,2020. Disponível em< https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-analisa-o-
impacto-da-pandemia-entre-profissionais-de-saude. Acesso em 26 de maio de
2023.

MEDEIROS,Paulo. et al. Análise das características clínicas de 30 novas


pneumonias por coronavírus na equipe médica. Jornal Chinês de Tuberculose
e Doenças Respiratórias, 2020; 43.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR).Secretaria de Vigilância em Saúde-MT.Centro de


Operações de Emergências em Saúde Pública . Infecção humana pelo novo
coronavírus Disponível em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/8/Boletim-
epidemiologico-SVS 2020.pdf. Acesso em 26 de maio 2023.
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ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Histórico da Pandemia


do COVID-19.2020. Disponível em< https://www.paho.org/p19/historico-da-
pandemia-covid-19> Acesso em 26 de maio de 2023.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Organização Pan-Americana de


Saúde (OPAS). Folha Informativa – COVID 19. Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_ntent&vi.Acesso em 10 de maio
de 2023.

RAFAEL, R. M. R., et al. Epidemiologia, políticas públicas e pandemia de


COVID-19 no Brasil: o que esperar no Brasil? Revista Enfermagem Uerj
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro), v. , nº , p., 2020.

SENADO, Agência do. Profissionais da saúde incapacitados pela covid-19


podem vir a ser indenizados,2020. Disponível em< https://www12.senado.prsaude-
incapacitados-pela-covid-19-podem-indenizados>Acesso em 26 de maio de 2023.

SILVA, Ana Beatriz da. Et.al. Pandemia da Covid-19: reflexões sobre a


sociedade e o planeta.2020. Disponível em < https://escola.eeoplaneta.pdf.Acesso
em 26 de maio de 2023.

TEIXEIRA. S, et.al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da


pandemia de Covid-1. Disponível em < https://www.sciJ6vP5KJZyy7Nn45m3Vfypx/#>
Acesso em 26 de maio de 2023.
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ANEXOS

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