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ISSN: 1696-8352
RESUMO
Introdução. Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou a COVID-19
uma pandemia, a qual resultou em impactos sociais e econômicos significativos. O
distanciamento social, adotado para conter o vírus, foi adotado como política de saúde,
mas pode impactar negativamente na saúde mental. Taxas mais altas de depressão,
ansiedade, comportamento suicida, foram associadas a epidemias virais anteriores. O
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ABSTRACT
Introduction. In March 2020, the World Health Organization declared COVID-19 a
pandemic, which resulted in significant social and economic impacts. Social distancing,
adopted to contain the virus, has been adopted as a health policy, but it may have a
negative impact on mental health. Higher rates of depression, anxiety, suicidal behavior,
have been associated with previous viral epidemics. The study aimed to analyze risk
factors for suicide associated with the COVID-19 pandemic period. Method. The articles
were searched in the Medline databases, via PubMed, Lilacs, Scopus, Web of Science,
Science direct, EMBASE, PsycInfo. They were selected from the year 2019 when the
pandemic started. There are no restrictions on the language or design of the study. Results.
It was found that social distancing, unemployment, fear of contamination of family
members by SARS-CoV-2, increased anxiety and stress, depression, insomnia and
economic situation acted as negative impact variables for the outcome of suicide acts.
RESUMEN
Introducción. En marzo de 2020, la Organización Mundial de la Salud declaró pandemia
de COVID-19, lo que tuvo importantes repercusiones sociales y económicas. El
distanciamiento social, adoptado para contener el virus, ha sido adoptado como una
política de salud, pero puede tener un impacto negativo en la salud mental. Las tasas más
altas de depresión, ansiedad y comportamiento suicida se han asociado con epidemias
virales previas. El objetivo del estudio fue analizar los factores de riesgo de suicidio
asociados al período de la pandemia de COVID-19. Método. Los artículos fueron
buscados en las bases de datos Medline, vía PubMed, Lilacs, Scopus, Web of Science,
Science direct, EMBASE, PsycInfo. Fueron seleccionados a partir del año 2019 cuando
comenzó la pandemia. No hay restricciones en el idioma o el diseño del estudio.
Resultados. Se encontró que el distanciamiento social, el desempleo, el miedo a la
contaminación de los miembros de la familia por SARS-CoV-2, el aumento de la ansiedad
y el estrés, la depresión, el insomnio y la situación económica actuaron como variables
de impacto negativo para el resultado de los actos suicidas.
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1 INTRODUÇÃO
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do que a população em geral. Além disso, a pandemia parece ter contribuído para um
aumento da depressão em populações jovens, com um aumento do risco de suicídio,
especialmente entre aqueles que enfrentam maior precariedade econômica. É provável
que a restrição da prática religiosa coletiva ou que o aumento da violência doméstica já
observado em muitos países tenham um impacto negativo na evolução das taxas de
suicídio. (Halford et al., 2020; Conejero et al., 2020). A detecção precoce desses fatores
de risco é importante, uma vez que todos os elementos apresentados sugerem a
possibilidade de aumento da taxa de suicídio em conexão com a epidemia de COVID-19,
durante e também posteriormente à pandemia (Conejero et al., 2020). Tal conjectura pôde
ser observada na epidemia de SARS, em 2003, que foi associada a um aumento na taxa
de suicídio entre os idosos. Embora a pesquisa em saúde mental relacionada a desastres
tenha aumentado nos últimos anos, a maioria das pandemias no último século gerou
estudos limitados (Rogers et al., 2020; Damiano et al., 2021). Diante do exposto nota-se
a importância de analisar os fatores que podem aumentar os riscos de atos suicidas para
melhor preveni-los e promover uma política de saúde específica.
2 MÉTODOS
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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período. O estudo ainda descreve que nem todos os impactos foram negativos, alguns
relataram gostar de trabalhar em casa e passar mais tempo com a família. No entanto,
uma minoria relatou situações de vida difíceis durante o isolamento por solidão e/ou mau
relacionamento com integrantes do domicílio. Quase um em cada dez participantes
experimentou diretamente algum tipo de dano familiar incluindo agressão sexual,
agressão física ou assédio e comportamento ameaçador. Ao contrário de muitos países,
este país implementou medidas rigorosas de lockdown desde os primeiros casos de
infecção para conter a propagação do vírus. Embora essas restrições tenham sido eficazes
na contenção do coronavírus, elas também intensificaram alguns fatores de risco para
suicídios. A redução do contato social, diminuindo as oportunidades de recreação, teve
um impacto direto no bem-estar psicológico, resultando em níveis mais altos de
ansiedade. Além disso, fatores como diagnósticos prévios de doença mental, perda ou
redução de empregos e aumento da insegurança financeira contribuíram para esse cenário.
A pesquisa, observacional, transversal realizada de novembro a dezembro de 2020
por Hermosilo-de-la-Torre et al., contou com 8.033 adolescentes mexicanos que foram
confinados devido à pandemia de COVID19. O estudo forneceu uma visão oportuna da
situação dos jovens que estiveram em confinamento durante a pandemia. Quase 21% de
todos os estudantes relataram comportamento suicida, 11% com tentativa de suicídio de
baixa letalidade e cerca de 4% com tentativa de suicídio de alta letalidade (Hermosilo-de-
la-Torre et al., 2021). Observou-se alguns fatores de risco para o comportamento suicida
como o período de confinamento, o que contribuiu para o desenvolvimento da depressão
maior, aumento da ansiedade, maior exposição a drogas, insônia, preocupação de
contágio de familiares e desesperança.
O estudo elaborado por Acharya et al., refere-se a um estudo retrospectivo que
investigou as mudanças nas taxas de suicídio no Nepal durante o período de pandemia de
COVID-19 (abril de 2020 a junho de 2021), em comparação com o período pré-pandemia
(julho de 2017 a março de 2020), e os fatores de tendência para taxa de suicídio. As taxas
anuais de suicídios em todo o Nepal em 2018, 2019 e 2020 correspondem a 19,6; 20,6 e
23,9 respectivamente por 100.000 habitantes. Todos os meses da pandemia, com exceção
de abril e maio de 2020 e fevereiro e março de 2021, apresentaram uma taxa de suicídios
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4 CONCLUSÃO
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