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QUALIDADE DE VIDA NA PANDEMIA DO COVID-19

A pandemia de COVID-19 vem causando prejuízos em todo


mundo. Quando se trata de qualidade de vida durante a pandemia,
as dimensões biológicas, psicológicas, sociais e espirituais podem
ser afetadas. Durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19 no
Brasil, o sentimento frequente de tristeza e depressão atingiu 40%
dos adultos brasileiros, e a sensação de ansiedade e nervosismo foi
reportada por mais de 50% deles. É o que revela estudo sobre
comportamentos realizada no Brasil, em 2020, pelo Instituto de
Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde em parceria
com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade
Estadual de Campinas. Sobre pesquisas que analisaram o impacto
psicológico da quarentena em epidemias prévias, reporta que a
maioria dos estudos verificou efeitos psicológicos negativos, e que
os principais fatores de estresse identificados foram a duração da
quarentena, o medo da infecção, os sentimentos de frustração e de
aborrecimento, a informação inadequada sobre a doença e seus
cuidados, as perdas financeiras e o estigma da doença. Os estudos
revistos relatavam a ocorrência, nas pessoas em quarentena, de
sintomas psicológicos, distúrbios emocionais, depressão, estresse,
humor depressivo, irritabilidade, insônia, ansiedade e sintomas de
estresse pós-traumático. As pesquisas também apontam que
indivíduos com transtornos mentais tendem a apresentar níveis
mais elevados de estresse e sofrimento psicológico durante a
quarentena provocada pela COVID-19, comparados a pessoas sem
esses transtornos, em decorrência tanto da maior vulnerabilidade
psíquica como de outros fatores; por exemplo, a dificuldade de
acesso a tratamento durante a pandemia. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país
mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência
de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões
de pessoas. Durante a pandemia, a situação se agravou: estudo
realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ)
revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número
de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo
praticamente dobrou entre março e abril de 2020. O cotidiano
individual também adoeceu: diversos estudos apontam para um
crescimento no consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e comida
ultra processada no período de distanciamento social. Em
contrapartida, hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono de
qualidade e boa alimentação perderam terreno. Outro problema
revelado pela pesquisa e que traz preocupação, é a solidão. A
pesquisa revelou que os idosos foram muitos afetados, por terem
que ficar afastados. Ser do grupo de risco da doença os afetou
muito, desencadeando um sentimento de solidão muito grande. No
presente estudo, foram sistematizados conhecimentos sobre
implicações na saúde mental e intervenções psicológicas diante da
pandemia da nova corona vírus. Em suma, compreende-se que a
Psicologia pode oferecer contribuições importantes para o
enfrentamento das repercussões da COVID-19, que vem sendo
considerada a maior emergência de saúde pública que a
comunidade internacional enfrenta em décadas. Essas
contribuições envolvem a realização de intervenções psicológicas
durante a vigência da pandemia para minimizar implicações
negativas e promover a saúde mental, bem como em momentos
posteriores, quando as pessoas precisarão se readaptar e lidar com
as perdas e transformações.

REFERENCIAS
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/estudos-relacionam-aumento-
de-problemas-fisicos-e-mentais-durante-a-pandemia/
https://pebmed.com.br/como-estresse-psicologico-evoluiu-na-
pandemia-de-covid-19/
https://bvsms.saude.gov.br/saude-mental-e-a-pandemia-de-covid-
19/
https://www.sanarmed.com/impactos-psicologicos-da-quarentena-e-
como-reduzi-los

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