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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Conteúdo
Material
Deixa que eu conto. 1ª Ed. – São Paulo: Global, 2003. – (Coleção Literatura em
minha casa; v. 2. Conto). Vários autores.
Não há nada de que a criatura humana tenha mais pavor do que de morto.
Deve haver realmente e de forma obscura uma força tremenda, invisível e
imensurável da parte de quem morreu sobre aquele que anda firme na vida,
anulando neste a capacidade de resistir à presença, ao contato ou à simples
suspeita da aproximação daquele. Daí as inibições físicas e psíquicas,
incontroladas, mesmo quando se trata de pessoas queridas que já se foram.
Dentro, tudo cheio. O homem que precisava seguir sua viagem aceitou viajar
na coberta com os volumes e o caixão vazio. Subiu. O tempo tinha se fechado para
chuva e logo começou a pingar grosso. O sujeito em cima achou que não seria nada
demais ele entrar dentro do caixão e ali se defender da chuva. Pensou e melhor fez.
Entrou, espichou bem as pernas, ajeitou a cabeça na almofadinha que ia dentro,
puxou a tampa e, bem confortado, ouvia a chuva cair.
Mais adiante, dois outros esperavam condução. Deram sinal e a perua parou
de novo: os homens subiram a escadinha e se acocoraram no alto. Iam conversando
e molhados com a chuva fina e insistente.
Cora Coralina. Medo. Deixa que eu conto. 1ª Ed. – São Paulo: Global, 2003. –
(Coleção Literatura em minha casa; v. 2. Conto). Página 11-14.
Objetivos
Tendo em vista que para a execução da presente Proposta de intervenção,
pretendemos trabalhar com a primeira série do ensino médio, onde devemos
Incentivar a leitura, por meio de contos (iniciando pelo que foi indicado
anteriormente), onde os alunos vão ter contato com a literatura, de forma “leve”, a
qual eles poderão fazer ligação do conto lido, com as histórias locais, reproduzindo-
as para a turma, de forma oral, trocando experiências e conhecimentos. Com isso,
podemos destacar; as leituras, interação com os colegas, a oralidade.
Procedimentos didáticos
Nesse instante, o professor deve mover-se de modo a tornar mais real o encontro
obra/leitor atendendo logicamente as expectativas que foram observadas. Desse
modo, as ações adotadas pelo docente podem ser diversificadas, tais como estantes
de livros variados em sala, cartazes com títulos de diversos contos, vídeos com
variado número de obras. No momento em que esse aluno está em contato com os
variados nomes de contos, nomes de autores e livros, o professor precisa ser um
exímio observador, fazendo registro da frequência do interesse por determinados
livros, nomes de contos ou autores em razão de outros.E a partir desse registro o
docente elege entre textos/autor mais procurados pelos alunos, um conto para ser
trabalhado. Baseando-se nesse registro o professor anuncia o texto escolhido.
Diante dos registros feitos pelo professor o texto a ser escolhido aponta para o conto
Medo, de Cora Coralina.A partir daí começa o trabalho com a obra, com uma leitura
individual e silenciosa.Finalizada a leitura o professor deve ler o texto em voz alta de
modo a provocar a interação dos alunos, a partir de perguntas que já foram
previamente elaboradas e que sejam capazes de promover a busca de sentidos do
texto. Esse trabalho contexto pode ser estendido por mais encontros.
Nesse momento o próprio professor deve fazer a leitura do texto proposto, sempre
pedindo a participação dos alunos. Para que a proposta continue com esse texto é
necessário que o professor divida a turma em plateia e atores, logo após, fazer uma
dramatização do conto. O papel dessa plateia será o de observar e criticar, sempre
analisando se a proposta da dramatização foi de fato coerente com alguns dos
sentidos propostos no texto. Mas para isso, a plateia deverá ser dividida outra vez
em grupos menores e cada grupo deverá ficar como observador de um personagem,
sempre buscando identificar a diversidade de sentidos que as ações e as falas
desses personagens remetem ao texto.
Deixa que eu conto. 1ª Ed. – São Paulo: Global, 2003. – (Coleção Literatura em
minha casa; v. 2. Conto). Vários autores.