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Literatura

Fantástica

Escola Estadual Dr. Juscelino Kubitschek


Diretor: Márcio Rodrigo Gomes
Vice-diretora: Alessandra Maria de Carvalho
Professora Mestranda: Sandra de Oliveira Machado Vilela
Professor orientador: Acir Mário Karwoski
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Plano de Trabalho
Os contos tradicionais são textos que, por seu conteúdo mágico, fascinam crianças e adultos.
Em geral, são histórias de autoria desconhecida, que fazem parte da cultura oral de um povo e se
perpetuaram, como todos os textos da tradição oral, pela passagem de geração em geração. A
sobrevivência deles até nossos dias deve-se a pesquisadores, que, cada um em sua época e em
seu país, fizeram um verdadeiro trabalho de garimpagem dessas histórias, viajando em busca
dos contadores e contadoras que guardaram na memória esse repertório maravilhoso. Para os
alunos, ler ou ouvir esses textos permite que conheçam outros povos, ou se reconheçam no
imaginário deles e, desse modo, ampliem as formas de pensar, sentir e descrever o mundo. Ler
contos talvez seja a forma mais segura de introduzir os alunos no universo literário. Fascinadas
pela temática desses textos, as crianças enfrentam desafios para compreendê-los, pois a
linguagem nem sempre é simples. Com isso, ampliam seu universo linguístico e seu
vocabulário, conhecem variadas estruturas de frases e experimentam diferentes possibilidades
da linguagem (descrições, diálogos etc.). A seguir, descrevemos a proposta de um projeto
didático durante o qual os alunos lerão contos, analisarão alguns dos recursos de linguagem
utilizados e serão desafiados a reescrever contos lidos. Ao dedicar-se a esta atividade, terão
oportunidade de pôr em jogo os conhecimentos que construíram a partir da leitura,
preocupando-se em utilizar a linguagem mais adequada. É preciso lembrar que a condição
didática para que os alunos sejam capazes de realizar essa proposta é a participação, mesmo
como ouvintes (ao acompanhar a leitura de outra pessoa), de muitas situações de leitura de
contos. A reescrita de histórias conhecidas é um importante procedimento didático para que os
alunos aprendam a escrever narrativas: como conhecem o enredo (ouviram várias vezes a
história) e podem se apoiar no texto-fonte, o desafio que encontrarão refere-se à linguagem. Sua
preocupação enquanto escrevem será buscar a melhor forma de “dizer” aquele conteúdo. Isso
não significa esperar que reproduzam as palavras contidas no texto-fonte. Em vez disso, deverão
buscar a melhor forma de contar aquela história, utilizando seu vocabulário, mesmo que
algumas palavras sejam “emprestadas” da história ouvida. O que se espera que os alunos
aprendam:

 Alguns novos conhecimentos sobre a linguagem e os recursos discursivos presentes nos


contos tradicionais.

 Reapresentar uma história conhecida, considerando não apenas seu conteúdo, mas também a
forma de a contar (reescrita).

 Colocar em jogo conhecimentos sobre a escrita correta (mesmo que este não seja o foco do
projeto, espera-se que, enquanto escrevem, os alunos preocupem-se em utilizar o que sabem
sobre ortografia).

 Reconhecer a importância da pontuação para favorecer a compreensão daqueles que lerão o


texto.

Produtos sugeridos
Produção: Lançamento de um livro com histórias inéditas, contos fantásticos que serão frutos
de pesquisas realizadas no ambiente familiar do aluno.
Situação de comunicação oral: Noite de autógrafos realizada com a família na qual haverá
apresentação dos contos trabalhados durante a realização do projeto. Teatro, contação de
história, jogral, entrevista e exposição de desenhos.

Atenção:

- Neste projeto, os alunos participarão de situações de leitura e escrita de contos.


- Para tornar possíveis as atividades sugeridas, é indispensável que os textos sejam lidos
previamente pelos alunos e também a leitura compartilhada em sala de aula, com a finalidade de
sanar dúvidas que surgem.
- Os alunos serão desafiados a pôr em jogo seus conhecimentos de linguagem adquiridos
durante o processo.

Organização geral:
Leitura em voz alta de textos literários pelo (a) professor (a) para os alunos. Nas situações de
leitura de textos literários pelo professor, os alunos estarão vivenciando comportamento leitor,
da prática social da leitura e também aprendendo a linguagem escrita, típica dos gêneros lidos.

1. Atividades Permanentes:
- As cópias dos contos serão fornecidas pela escola ou pela professora e entregues anteriormente
às aulas para que seja feita leitura prévia.
- Leitura em voz alta, compartilhada ou dialogada dos contos, pela professora e pelos alunos.
- Roda de leitura.
- Diário de leitura: O aluno terá um caderno específico para anotações e produções feitas
durante todas as aulas.
- Cada aluno terá uma pasta catálogo para conservação dos textos, livros e diário de leitura que
serão transportados de casa para a escola e vice-versa.
- As produções dos alunos serão analisadas pela professora que fará intervenção didática sempre
que dificuldades forem apresentadas. As atividades de intervenção serão planejadas e colocadas
em prática durante o processo para que as lacunas de aprendizagem sejam sanadas no decorrer
da realização da SD.
- Uso da sala de vídeo para a realização de contação de histórias para a utilização de recursos
áudio- visuais como recurso de ambientação.

Gênero: Contos fantásticos.


Essa atividade de leitura para os alunos é de extrema importância. Neste material, ela ocorrerá
como primeira atividade de todas as aulas, pois deve ocorrer no horário nobre da aula, ou seja,
no horário mais importante, de maior audiência, pois as aprendizagens que ela possibilita são
inúmeras e preciosas. A leitura de textos literários para seus alunos poderá ajudá-los a aprender
com você comportamentos de leitores experientes, como interessar-se em saber sobre o autor do
texto e/ou sobre a obra e, sobretudo, poder desfrutar junto com você da emoção de ler um livro.
Nesse momento, você será responsável por introduzir a ideia de que a escrita que está nos livros
é um jogo instigante e a leitura, uma fonte inesgotável de prazer e de conhecimento – conhecer
novos mundos sem sair do lugar, viajar no tempo, indo a um passado distante ou percorrendo
um futuro, que pode nem acontecer, conhecer visões e culturas diferentes das nossas e, com
isso, tornarem-se seres humanos mais completos, mais realizados, mais participantes! É
importante que sempre você busque informações sobre o autor e o livro que vai ser lido ou a
fonte que o texto foi retirado, bem como que compartilhe com os alunos as informações que
considere mais interessantes, algo que os aproxime da leitura que você vai realizar. Procure
preparar a leitura antecipadamente, para poder dar as entonações e pausas adequadas.
Antes de iniciar a leitura: falar um pouco sobre o texto. Também apresentar opinião sobre o que
vai ler, do que gostou, por que gostou... (sem dar spooler).
No decorrer da leitura: se achar conveniente, faça algumas pausas para comentar alguma
passagem que seja bonita ou triste, ou ainda cause suspense, levantando ideias do que ocorrerá.
Essas são as estratégias para mergulhar seus alunos no jogo literário, porta de entrada ao mundo
infinito da imaginação. Mas com cuidado para não fazer muitas pausas, evitando tornar a leitura
cansativa. Não parar a leitura para explicar palavras que achar difíceis, nem as troque por outras
mais fáceis. A compreensão de uma palavra pode ser conseguida ao longo do texto, pois o
contexto auxilia na inferência do que pode significar. Lembre-se de que um dos objetivos dessa
leitura é justamente que os alunos tenham acesso à linguagem típica dos textos escritos. Se
mudarmos a linguagem, estaremos impedindo que o aluno desfrute da beleza das palavras
menos usuais (típicas dos textos literários). As palavras são escolhidas pelos autores com muito
cuidado e são tratadas como objeto estético, carregadas de intencionalidade. Por isso, não
podemos mutilar o texto.
Ao final da leitura: abrir espaço para os alunos comentarem a história que ouviram: do que
gostaram ou não, quais sentimentos e emoções puderam usufruir com a leitura. É importante
que possam falar das próprias emoções e também conhecer as da professora. Esse momento não
pode ser confundido com uma situação de avaliação sobre o que compreenderam ou
interpretaram.
Lembrete: os textos literários possibilitam diferentes interpretações e todas são corretas e
legitimas.
Esse momento de conversa após a leitura é parecido com aquela situação em que lemos um
livro ou assistimos a um filme no cinema e queremos contar para alguém o que achamos, dar
nossa opinião, rememorar partes maravilhosas ou discutir partes confusas, falar sobre a
experiência recente. Dentro desse jogo, o texto literário oferece um sabor, uma experiência
diferente a cada um de seus alunos. Assim, você estará ajudando seus alunos a se apropriarem
das diferentes formas de utilizar a leitura para deleite, para que possam mergulhar nesse mundo
mágico e encantador que é a leitura de obras literárias.

A Roda de Leitura
A roda de leitura abre espaço para que os alunos, leitores principiantes, comecem a formar seu
repertório, seu estilo e sua seleção crítica. Por isso, crie situações atraentes para que eles se
sintam à vontade e interessados em socializar suas leituras. Defina previamente os critérios para
comentar o conto fantástico na roda; isso é importante para que os alunos, aos poucos,
aprendam a lançar um olhar mais refinado sobre as obras literárias. Uma possibilidade é discutir
com eles as razões pelas quais gostaram do conto – do que gostaram, por quê? Há muitas
maneiras de justificarmos o motivo de gostar de determinada obra. Podem ser, por exemplo,
sensações provocadas pelo texto (medo, alegria, curiosidade), interesse pela temática da obra
(aventura, suspense, magia, encantamento, humor), preferência pelo autor, a linguagem
utilizada (coloquial, formal, antiga, regional) ou o tipo de narrador (protagonista, testemunha,
observador, onisciente). São muitos os critérios para justificar o “gostar” ou não de um livro.
Fazer com que os alunos pensem sobre esses critérios é um passo para ajudá-los a desenvolver
critérios de análise. É evidente que eles ainda não conseguem dar justificativas aprofundadas,
mas você deve orientá-los para que fiquem atentos a esses aspectos. Focar os critérios que
caracterizam o conto fantástico, ou o que acharam mais engraçado, o que causou medo, ou
situações inusitadas e curiosas. Enfim, são muitas as possibilidades. Aos poucos, eles
começarão a utilizar os critérios com autonomia. Procure evitar situações que se tornem
monótonas, com todos fazendo relatos de suas impressões a respeito da leitura. Trata-se de um
momento de aprendizagem de comportamento leitor, em que eles próprios vão comentar as
apreciações que fizeram de suas leituras. É necessário buscar alternativas didáticas para que
esse tipo de atividade crie um espaço dinâmico e sirva de referência na hora da escolha dos
livros lidos pelos alunos.

Reescrita
A reescrita é uma atividade de produção textual com apoio, é a escrita de uma história cujo
enredo é conhecido e cuja referência é também a forma, a linguagem que se usa para escrever,
diferente da que se usa para falar. A reescrita é a produção de mais uma versão, e não a
reprodução idêntica. Não é condição para uma atividade de reescrita – e nem é desejável – que o
aluno memorize o texto. Para reescrever não é necessário decorar: o que queremos desenvolver
não é a memória, mas a capacidade de produzir um texto em linguagem escrita. O texto original
funciona como uma espécie de matriz para a escrita, ao reescrever uma história os alunos
precisam coordenar uma série de tarefas; eles precisam recuperar os acontecimentos, utilizar a
linguagem que se escreve, organizar junto com os colegas o que querem escrever, controlar o
que já foi escrito e o que falta escrever. Portanto, a proposta não é trabalhar a memória, mas sim
possibilitar uma situação de produção de texto que a ideia (enredo da história) esteja garantida.
Assim, permitimos que os alunos foquem sua atenção na linguagem escrita, na melhor forma de
se comunicar com o leitor. Preocupar-se com aspectos relacionados à linguagem escrita que
envolve práticas de comportamento escritor, isto é, implica preocupar-se constantemente com o
leitor, com a legibilidade do texto. Tendo base um texto fonte, podemos mergulhar no texto e na
maneira do autor causar o efeito em seus leitores; para tentar resultados equivalentes, podemos
recorrer aos mesmos recursos em nossa escrita. Quanto mais textos de boa qualidade e de bons
autores pudermos conhecer profundamente e quanto mais tivermos a chance de imitá-los,
produzindo reescritas de seus textos, mais condições teremos de criar nossos próprios textos.

Apresentação do projeto:
Compartilhar com os alunos o conteúdo do projeto e os objetivos pretendidos: dizer a eles o que
será feito e o produto que será realizado por todos. Ao envolvê-los no processo, ajudamos o
aluno a se concentrar no papel de escritor que tem algo a dizer, de determinada forma – texto
literário, com características próprias desse gênero; para destinatários reais – no caso,
comunidade escolar.
Explicar algumas das etapas que comporão o projeto e como será a elaboração do produto final.
Nessa abordagem inicial, aproveitar para falar dos contos que serão lidos, incluindo algumas
informações sobre eles e dados da história, apenas para aguçar a curiosidade e o desejo pela
leitura.

Objetivo: Desenvolver interesse e comprometimento com o projeto, sabendo os contos que


serão lidos, o produto final que será produzido e a quem se destina, bem como as etapas
necessárias para elaborar o produto final e o que aprenderão em cada uma delas.
Planejamento
 Como organizar os alunos? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras
nos momentos de leitura individual, nas atividades diferenciadas os alunos serão dispostos de
maneiras diferenciadas (conforme possibilidades). Usaremos a sala de vídeo nos momentos de
necessidade de mais espaço e da utilização do projetor de imagens (previamente preparada).

 Quais os materiais necessários? Cadernos que serão utilizados como diários de leitura e cópias
dos textos.

 Qual a duração? Cerca de 32 aulas.

Encaminhamento
 Conversar com a turma com o objetivo de contar o que será feito no projeto, que textos serão
lidos, qual será o produto final e para quem se destina. Além disso, também é interessante
explicar o que os alunos poderão aprender nas diferentes etapas do projeto.

 Explicar que iniciaremos um projeto em que leremos contos fantásticos. Mas que além de
lerem, ouvirem, reescreverem, farão várias atividades diversificadas. As produções servirão
para compor um livro onde os alunos de outras turmas poderão ler para conhecer as histórias
contadas por eles.

 Pedir que façam uma pesquisa em casa para a realização da primeira atividade: Sarau de
contação de histórias. O aluno deverá buscar aprender histórias que causam medo de seu meio
familiar e cantá-las aos colegas de maneira espontânea e interessante. Ficar atentos para a
maneira de contar. Para ter uma ideia de como deve ser, apresentar uma contação de história aos
alunos (a professora mesmo contará história Barra Velha adaptada para o conto fantástico,
história contada por sua família.).

1º Momento: - PRODUÇÃO INICIAL

Tempo de duração: 4 aulas;


Preparação:
- A sala de vídeo deverá ser ambientada com cenário preparado para o evento: cortinas
escuras, fundo musical com imagens.
- Os alunos deverão passar os nomes atribuídos por eles das histórias que irão contar e a
professora irá auxiliar dando dicas para aos alunos de como contar as histórias.
- Orientar que poderão usar figurinos diferentes ou usar o que será proposto pela
professora.
Procedimentos: “Sarau de contação de histórias que causam medo. ”
Os alunos já se prepararam anteriormente para este momento, pesquisando histórias que
já ouviram em casa para contá-las aos colegas então neste momento a professora irá
apresentar um a um os contadores.
Cada aluno terá 5 minutos para contar a sua história, sequencialmente, de acordo com
chamada previamente combinada com a professora.
Haverá um intervalo de 10 minutos para que os alunos descansem e serão servidos chá
e biscoitos.
Após todos se apresentarem, haverá uma roda de conversa onde os alunos farão
comentários e apreciação do evento.
Produção: Cada aluno deverá contar a sua história em forma de redação. Como na hora
de contar, ao escrever, o aluno deverá atentar para a estrutura narrativa:
Introdução: situação inicial em que as personagens são apresentadas, cenário e tempo
em que a história acontece.
Desenvolvimento: Através das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense
que culmina no clímax.
Conclusão: Final da história.

O que se pede: 

Imaginação para compor uma história cativante que entretenha o leitor, provocando
expectativa e medo.

Elementos básicos da narrativa: 


Depois de escolher o tipo de narrador que vai utilizar, é necessário ainda conhecer os
elementos básicos de qualquer narração. 

Todo o texto narrativo conta um fato que se passa em determinado tempo e lugar. A


narração só existe na medida em que há ação; esta ação é praticada pelos personagens.

Um fato, em geral, acontece por uma determinada causa e desenrola-se envolvendo


certas circunstâncias que o caracterizam. É necessário, portanto, mencionar o modo
como tudo aconteceu detalhadamente, isto é, de que maneira o facto ocorreu. Um
acontecimento pode provocar consequências, as quais devem ser observadas. 

• Fato – o que se vai narrar (O quê?) 


• Tempo – quando o fato ocorreu (Quando?) 
• Lugar – onde o fato se deu (Onde?) 
• Personagens – quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?) 
• Causa – motivo que determinou a ocorrência (Por quê?) 
• Modo – como se deu o fato (Como?) 
• Consequências – Geralmente provoca determinado desfecho. 

Após definir os elementos da narrativa, basta organizá-los para elaborar uma narração.
Os alunos então poderão escrever seus contos em folha disponibilizada pela professora
como primeira versão da história contada.

Observação: A segunda versão será escrita na semana seguinte para que haja o
distanciamento do autor, importante para o enriquecimento do texto.

2º momento: Identificação do Conto Fantástico.

Tempo de duração: 2 aulas.


Preparação:
- Material explicativo sobre as características do conto fantástico para colar ou copiar no
diário de leitura.
- Produção de texto feita pelos alunos no 1º momento.
Procedimentos:
- Retomar o assunto e falar sobre as características do gênero do conto fantástico.
- Estas características podem ser encontradas ou percebidas nas histórias contadas pelos
alunos.
- Momento de Socialização de ideias: quais as características dos contos fantásticos
vocês encontraram nos contos apresentados por vocês no “Sarau de Contação de
Histórias que causam medo”?
- Fazer a releitura da história que cada um escreveu para observar o que há de
características do conto fantástico.

Denomina-se ‘Contos fantásticos’ os contos pautados numa realidade não lógica, ou


seja, uma narrativa que se desenrola num mundo irreal, marcado pelo absurdo, pela
inverossimilhança e por situações ou ações extraordinárias. Com origem no século
XVII, os contos fantásticos provocam uma sensação de “estranhamento” no leitor, por
meio da ruptura realidade-ficção e, com isso, estimulam uma experiência rica de leitura.
Dentre os grandes nomes da literatura fantástica para crianças e jovens temos Ricardo
Azevedo, Edgar Allan Poe, Walter Scott, Hans Christian Andersen e Murilo Rubião.

Produção: Reescrever o conto já produzido, observando as características dos contos


fantásticos e modificando caso seja necessário. Em folha disponibilizada pela
professora, para arquivamento.

3º momento: MÓDULO I
Conto: Pedro, João e José.
Autor: Ricardo Azevedo.
Tempo de duração: 6 aulas.
Preparação:
- Os alunos receberão o texto anteriormente para leitura prévia e serão orientados a
atentarem para as palavras desconhecidas, tentando compreendê-las no seu contexto ou
buscar significado em pesquisa oral ou no dicionário.
- Formular perguntas para os personagens. Deverão levantar questões que ficaram
implícitas na história ou mesmo com relação às atitudes que tomaram. Se você se
encontrasse com algum dos personagens, o que perguntaria? Fazer algumas anotações
para reformulação em sala de aula. (Anotar no caderno de leitura.)
- Selecionar um aluno(a) que simulará um(a) programa de entrevista.
- Organizar o cenário e a programação.
Procedimentos:
1ª etapa: Leitura, compreensão e preparação para entrevista.
- Inicialmente haverá uma leitura em sala de aula com mediação da professora.
- Conversa informal sobre a leitura. *Como foi? *Quanto tempo gastou? *Leu tudo de
uma vez? *Qual foi seu personagem favorito? *Encontrou dificuldades para entender a
história?
- Leitura compartilhada (selecionar previamente o leitor de cada personagem);
- Alguns alunos deverão reformular as perguntas feitas em casa para os personagens:
Pedro, João, José, pai, velha e moça. A reescrita das perguntas deverá ser feita em
papéis avulsos.
- Outros alunos irão se preparar para responder as perguntas feitas pelos colegas como
se fossem os personagens da história, para isso, receberão as perguntas antecipadamente
e formularão as suas respostas previamente em casa.
2ª Etapa: Entrevista.
- Haverá a simulação de um programa de entrevistas em que um dos alunos será o
apresentador que fará as perguntas e apresentará o programa.
- As personagens serão apresentados: Pedro, João, José, pai, velha e moça
(possivelmente caracterizados).
- Encerramento do programa: apresentação do autor do conto: Ricardo Azevedo.

Produção:
O aluno deverá escrever no diário de leitura:
Desde a leitura do texto, formulação de perguntas ou respostas à apresentação da
entrevista simulada:
- O que mais gostou? - Do que não gostou? - O que você aprendeu de
novo?

4º momento: MÓDULO II
Conto: O gato preto.
Autor: Edgar Allan Poe
Tempo de duração: 4 aulas.
Preparação:
- Preparar ambiente confortável para a realização da leitura silenciosa: Sala de vídeo
preparada com tapetes e almofadas para que todos se sintam à vontade.
- Colocar música ambiente suave, com tom de mistério.
- Preparar aluna para apresentar biografia de Edgar Allan Poe.
Procedimentos:
- Atividades de escrita será feita no diário de leitura.
- O texto será lido na escola: Leitura Silenciosa.
- A professora conta a história ou algum aluno se propõe a contá-la (caracterizada de
alguém sombrio)
- Cinema: assistir na sala de vídeo – com pipoca.
- Apresentação de uma aluna do nono ano sobre biografia de Edgar Allan Poe.
Produção:
Os alunos deverão escrever um texto sobre o conto, fazendo sua apreciação da história:
1- Quem é o narrador?
2- Ele se mostra arrependido pelo que fez?
3- O primeiro gato era o mesmo que apareceu depois com marca branca no
pescoço?
4- Por que você acha que a esposa do narrador era tão compreensiva com o
protagonista?
5- O que ocasionou a mudança de atitude do autor, quando deixou de gostar dos
animais?
6- O que você achou de toda a história?
- Reescrita.

5º momento: MÓDULO III


Conto: A sombra.
Autor: Hans Cristian Andersen.

Duração: 4 aulas.
Preparação:
- Preparação de jogral para contar a história de Ans Cristian Andersen.
- Pedir que os alunos leiam o texto previamente em casa, anotando as palavras
desconhecidas e procure saber o significado de cada.
Procedimentos:
- Jogral falado: os alunos irão apresentar um jogral contando a vida do autor.
HANS CHRISTIAN ANDERSEN
1. O escritor Hans Christian Andersen nasceu na cidade de Odense, na Dinamarca, no
dia 2 de abril de 1805. Seu pai era um sapateiro pobre, conhecido como o "lunático" da
cidade.
2. Hans era uma criança muito feia cujo corpo lembrava a figura de uma cegonha, e não
tinha amigos. Sua única diversão era ler as histórias de homens pobres que ficaram
famosos.
3. Aos 14 anos, ele se mudou para Copenhague, capital do país, e tentou ser cantor.
Tinha uma linda voz de soprano, tomou aulas de dança e canto, mas não alcançou o
estrelato nos palcos.
4. Publicou seu primeiro conto com 17 anos. Em toda sua vida, escreveu 156 no total,
traduzidos em mais de cem idiomas. Alguns de seus títulos mais famosos foram "A
Roupa Nova do Imperador", "O Patinho Feio" e "A Pequena Sereia". Também compôs
seis romances e mais de mil poemas.
5. Andersen tinha muito medo de ser enterrado vivo. Fez alguns amigos prometerem
que cortariam uma de suas artérias antes de colocá-lo no caixão.
6. Os contos de Andersen não fizeram sucesso na época em que foram publicados. O
autor já tinha cerca de 40 anos quando sua obra começou a ser reconhecida pelo público
infantil.
7. Hans Christian Andersen nunca foi bonito. Há rumores de que a história "O Patinho
Feio" tenha sido baseada em sua própria experiência pessoal.
8. Apesar da carreira literária, quando criança Hans detestava ir à escola. Ele costumava
dizer que os anos de estudo foram a época mais sombria de sua vida.
9. Apesar da facilidade de entender a mente infantil, Hans Christian Andersen nunca se
casou nem teve filhos.
10. Quando estava mal de saúde, deixava um recado em sua mesinha-de-cabeceira antes
de dormir: "Estou só parecendo morto". O escritor morreu em 4 de agosto de 1875 em
Copenhague, na Dinamarca. Ele tinha 70 anos.
- Os alunos irão fazer a leitura do texto novamente em sala de aula para que o professor
possa auxiliá-lo;
- Finalmente haverá a leitura compartilhada do conto . Narrador – sábio – sombra –
princesa;
- Compartilhamento dos textos.
Produção:
- O aluno deverá reescrever a história da sua maneira, porém em 1º pessoa, como se
fosse a sombra.
- Reescrita.

6º momento: MÓDULO IV
Conto: Teleco, o coelhinho.
Autor: Murilo Rubião.
Duração: 4 aulas.
Preparação:
- Leitura prévia do texto.
- Preparar cenário e figurino.
- Pedir previamente que os alunos tragam lápis de colorir para a aula de desenhos.
Procedimentos:
- Perguntar sobre as palavras desconhecidas e conversar sobre o significado na
contextualização;
- A professora irá contar a história.

Produção:
Atividades:
1- Teleco é herói ou anti-herói? Justifique.
2- O que você acha que Teleco fez durante o tempo em que esteve fora da casa do
seu amigo?
3- Faça uma lista dos animais que Teleco se transformou e escreva as
características principais de identificação de cada um.
4- Quem é o narrador?
5- Escreva sobre Tereza.
6- Escreva o que entendeu do final da história, analisando a mensagem passada
pela história.
7- Você gostou da história?
- Debate e desenhos ilustrativos confeccionados pelos alunos.

7º momento: MÓDULO V
Conto: A história de Willie, o vagabundo.
Autor: Murilo Rubião
Duração: 4 aulas;
Obra: Contos fantásticos do século XIX – Ítalo Calvino – p. 83;
Preparação:
- Orientar os alunos para a tarefa de formular perguntas sobre o conto: as perguntas
devem ser coerentes;
- Preparação do ambiente;
- As regras deverão ser esclarecidas e anotadas anteriormente (no diário de leitura).
Procedimentos:
- Leitura do texto.
- Haverá uma disputa de equipes: meninas X meninos.
1ª tarefa: cada equipe formulará 10 perguntas referentes ao conto lido.
2ª tarefa: cada equipe deverá responder corretamente as perguntas da outra equipe.
Regras:
- Para início, um integrante da equipe feminina e um integrante da equipe masculina
competirão entre si para saber quem inicia as perguntas. (Ímpar X par)
- As perguntas que forem repetidas, mal elaboradas ou de entendimento duvidoso serão
descartadas da competição;
- Haverá revezamento de alunos para perguntas e respostas: o (a) participante somente
irá perguntar ou responder apenas uma vez.
- A cada acerto a equipe somará 10 pontos.
- A equipe que somar mais pontos será a vencedora.
- Compartilhamento das histórias textos escritos pelos alunos.
Produção:
- Os alunos escreverão histórias baseadas no conto estudado. Poderão fazer
modificações conforme desejarem.
- Reescrita.

PRODUÇÃO FINAL

Duração: 4 aulas
Preparação:
- Resgatar primeiro texto produzido pelo aluno nesta sequência didática.
- Preparar confecção do livro da turma: cotar preços.
- Fazer sondagem para saber o dia e o horário que serão convenientes aos pais para que
venham à escola.
- Preparar convite para a “A fantástica noite de autógrafos”.
- Preparar ambiente, roteiro e recursos audiovisuais.
- Produção de mural para cenário de fotos dos alunos com seus familiares.
Procedimentos:
- Os alunos farão a reescrita do texto inicial e haverá a produção de um livro dos contos
fantásticos da turma.
- Após a correção dos textos, a professora ficará encarregada de providenciar a
confecção do livro da turma.
- Na “Fantástica noite de autógrafos” toda a comunidade escolar será convidada.
Algumas atividades que foram trabalhadas em sala de aula serão expostas em forma de
apresentação e exposição de desenhos.

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