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Ensine esse gênero literário com atividades de leitura e produção de texto, focando suas
características marcantes, como o emprego intencional de advérbios e a presença de um personagem que
representa a sabedoria
Conto de aventura que se preze prende o leitor à trama da primeira à última página, deixando o
público ávido para descobrir o que vem pela frente e, evidentemente, como a história termina. Isso se
deve a vários fatores, mas três deles são marcantes e imprescindíveis.
O primeiro é a organização do texto, feita de maneira a sempre deixar um clima de suspense e
indefinição no ar, solucionado páginas depois. Isso pode ser feito com a divisão da história em segmentos.
Desse modo, a narrativa é interrompida algumas vezes estrategicamente. Quanto melhor o
desenrolar dos acontecimentos, mais a trama chama a atenção. "O bom autor sabe como e quando fazer
pausas no texto e domina a maneira e o momento de retomar o assunto", explica Heloisa Prieto, escritora
e doutora em Literatura pela Universidade de São Paulo (USP).
Explorar essa característica foi um cuidado constante no projeto organizado por Eudes. Ao preparar
a leitura em voz alta que fazia diariamente para a garotada, ela não somente se preocupava em escolher
bons títulos. Estudava com dedicação as melhores partes para fazer pautas na leitura e gerar muita
expectativa nos estudantes.
A segunda marca do gênero é o emprego de palavras específicas que revelam as mudanças
repentinas, as interrupções no enredo e o clima de suspense. São os advérbios - termos invariáveis que
modificam verbos, adjetivos, outros advérbios e até mesmo uma frase inteira e indicam diversas
circunstâncias, entre elas, de tempo, modo e intensidade.
"Devagar, lentamente e repentinamente, por exemplo, revelam encontros com o acaso, a
passagem de uma situação para outra ou que a realidade foge do controle dos personagens", explica
Heloisa. É importante que os estudantes percebam isso e se apropriem desse recurso em suas produções -
afinal de contas, a gramática é um conteúdo de verdade desde que seja usada na prática.
A terceira característica é a existência de um personagem que representa a sabedoria, como um
mestre. Ele é responsável por ensinar coisas importantes para os demais integrantes da história e
possibilitar o contato com valores.
Diversos títulos podem ser apresentados à garotada para iniciar um bom projeto de produção de
histórias. Os que mais fizeram sucesso na sala de Eudes foram Os Melhores Contos de Aventura, entre mais
de 30 títulos, que ficavam à disposição. Depois de muita leitura e análise de vários aspectos dos textos,
Eudes distribuiu cópias com o início dos diversos contos de aventura lidos pelos estudantes e propôs que
sublinhassem os recursos principais.
"Meu objetivo era fazer a garotada identificar jeitos de iniciar a narrativa e criar um repertório a ser
consultado na hora de escrever os próprios contos", explica Eudes (leia o projeto didático). Ela também
orientou que observassem como os profissionais fazem para retomar eventos que foram deixados em
suspense.
Muitas aventuras saíram da cabeça da criançada para o papel e foram reunidas em livro, doado
para a biblioteca da escola. No entanto, mais do que esse resultado satisfatório, Eudes fez a turma
conquistar a intencionalidade para escrever, ensinando a estruturar as ideias e prender a atenção dos
leitores, como fazem os bons autores profissionais.
O conteúdo do 6º ao 9º ano
Para trabalhar com os alunos mais velhos, além de propor o estudo das características já citadas e a
produção de histórias, uma atividade relacionada à verossimilhança leva a turma a pensar mais sobre os
personagens da trama. "Um texto nunca diz tudo sobre alguém", diz Cláudio Bazzoni, selecionador de
Língua Portuguesa do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Proponha que todos imaginem outras
características para eles além das descritas pelo autor. Lembre-os de que é preciso levar em conta o
contexto para não criar incoerências.
Leitura e escrita de contos de aventura
Objetivos
- Apreciar a leitura de um clássico da literatura.
- Apropriar-se da linguagem típica de contos de aventura.
Conteúdos
- Leitura.
- Produção de texto.
Anos
4º e 5º.
Tempo estimado
15 aulas.
Material necessário
Conto A Quarta Viagem de Simbad, o Marujo, publicado em Os Melhores Contos de Aventura.
Cartolinas.
Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Invista na riqueza da descrição dos personagens, para que o aluno cego envolva-se na história. É
importante que ele tenha acesso ao conto em braile. Conte com a ajuda do AEE para antecipar algumas
etapas do projeto, se julgar necessário. O trabalho em duplas ajuda o aluno com deficiência visual. O
colega pode servir como escriba para o aluno cego durante as produções coletivas, mas é importante
oferecer tempo extra para que o aluno faça a transcrição dos textos para o braile. As informações contidas
no cartaz devem ser repetidas em voz alta para que o aluno faça seus registros no caderno. Para digitar a
versão final dos textos, oriente-o a utilizar um teclado adaptado e amplie o tempo de realização desta
etapa.
Desenvolvimento
1ª etapa
Apresente à turma o marujo Simbad, personagem célebre da obra As Mil e Uma Noites, uma
compilação de histórias milenares do Oriente. Convide as crianças a conhecerem um dos contos em que
ele é citado.
2ª etapa
Organize sessões diárias de leitura em voz do conto e peça que os estudantes levantem
informações importantes sobre os personagens, o ambiente, a sequência dos episódios, os aspectos
linguísticos (como marcadores de tempo, tempos verbais e expressões típicas usadas pelos personagens).
Anote-as em um quadro para ficar afixado na sala para consultas futuras.
3ª etapa
Convide a garotada a produzir, em duplas, versões de A Quarta Viagem de Simbad, o Marujo. O
material dará origem a um livro de versões e será doado para a biblioteca da escola. Chame a atenção para
o efeito causado pelas descrições e expressões usadas no original para tornar a leitura atraente.
4ª etapa
Retome os principais episódios da história e anote-os em outro cartaz.
5ª etapa
É hora de reunir as duplas e produzir versões. Realize uma discussão sobre como planejar o
trabalho. Peça que os estudantes escolham quais as mudanças principais a serem feitas. É possível, por
exemplo, uma versão moderna, com personagens vivendo nos dias de hoje. O que é preciso alterar, sem
deixar de lado as caraterísticas da aventura e a coerência do texto?
6ª etapa
Sugira a consulta às anotações feitas nas etapas anteriores. Faça intervenções sempre que julgar
necessário.
7ª etapa
Leia as primeiras versões produzidas e oriente a revisão. As ações dos personagens e as
características dos personagens são coerentes? Retome o planejamento feito coletivamente, as anotações
produzidas durante a leitura, bem como trechos das versões estudadas para análise. Por fim, os alunos
devem digitar a versão final, corrigindo erros ortográficos.
Produto final
Livro de versões do conto A Quarta Viagem de Simbad, o Marujo.
Avaliação
Observe o comportamento leitor e escritor dos estudantes: comentários e apreciação da leitura,
anotações, preocupação com a legibilidade do texto e a disponibilidade para realizar as atividades. Em
relação às produções, avalie se apresentam a linguagem típica de um conto de aventura.
Objetivos:
- Apreciar a leitura de um clássico da literatura.
- Apropriar-se da linguagem típica de contos de aventura.
Conteúdos:
- Leitura.
- Produção de texto (linguagem característica do gênero, coesão e coerência, pontuação e
ortografia.
Anos:
4º Ano e 5º Ano.
Tempo estimado:
2 a 3 meses
Material necessário:
Livro: As aventuras de Gulliver e outras Histórias.
Filme: As viagens de Gulliver (2.011).
Livro: As sete viagens de Simbad, o marujo.
Filme: “Os goonies” (1985)
Produto Final:
Coletânea de Narrativas de Aventura, produzidas pelos alunos. Essas histórias poderão estar
impressas em formato de livro ou disponíveis no blog da escola.
Desenvolvimento
2ª etapa
Organize sessões diárias (aproximadamente 03 dias) de leitura compartilhada da história “As
aventuras de Gulliver” e peça para que os estudantes levantem informações importantes sobre os
personagens, o ambiente, a sequência dos episódios, os aspectos linguísticos (como marcadores de tempo,
tempos verbais e expressões típicas usadas pelos personagens). Anote-as em um quadro para ficar afixado
na sala para consultas futuras.
ESTRUTURA
Narrador
Heróis protagonistas
Personagens antagonistas (que
se opõe aos desejos do herói)
Personagens auxiliares
Características e talentos
especiais
Época (tempo)
Lugar e suas características
Como chegam aos lugares
Os perigos e riscos que devem
correr e os desafios que devem
enfrentar
O desejo do herói
3ª etapa
Após a leitura compartilhada os alunos irão assistir ao filme “As aventuras de Gulliver" com a
intenção de comparar as versões apresentadas no livro e no filme. Preenchendo o quadro acima.
Organize as ideias que diferenciam as versões apresentada pelo livro e pelo filme, este último
possui um gênero humorístico o qual perpassa a aventura.
4ª etapa
Solicite que os alunos produzam individualmente a reescrita da história “As aventuras de Gulliver”.
Poderão ser utilizados ideias das duas versões – livro e filme.
Para o professor: Verifique se nas produções apresentadas pelos alunos aparecem algumas das
características do gênero “narrativas de aventura”;
5ª etapa
O professor irá propor a revisão coletiva de uma produção da classe, a qual não contemplou todas
as características do gênero. Durante a revisão o professor chamará a atenção para alguns aspectos que
não poderão faltar no texto.
Nesta etapa do trabalho não se preocupe em destacar as questões de ortografia e pontuação. O
que se deve garantir são os elementos de coesão e coerência e também as características do gênero.
Dessa forma, ao apresentar o texto que será revisado, procure transcrevê-lo conservando a grafia
correta das palavras e também a pontuação adequada, para que assim os alunos possam refletir em torno
de alguns elementos, considerando que a redação de bons textos é uma atividade complexa, que necessita
ser desenvolvida em etapas.
Neste momento, tenha como foco do trabalho a coesão, a coerência e as características do gênero.
Durante a etapa de revisão, releia o texto várias vezes, isso mostrará aos alunos que este processo
de retomada o texto é importante e precisa ser realizado para verificar se está adequado à situação
discursiva da qual fará parte. Explique aos alunos o objetivo do trabalho, ou seja: “este texto fará parte da
coletânea de produções, estamos escrevendo textos que depois serão apresentados à comunidade escolar
e aos familiares, será que os leitores compreenderão essa história? Como ela poderá ficar melhor?”.
É importante que as crianças percebam a situação discursiva da qual a produção faz parte, dessa
forma, ela poderá atribuir significado à todas as etapas do trabalho.
6ª etapa
Dando continuidade, será lido o texto “As sete viagens de Simbad, o Marujo” (primeira viagem). A
leitura também será realizada de forma compartilhada. Depois, o professor estabelecerá com a classe uma
discussão sobre quais elementos justificam tratar-se de uma narrativa de aventura. Questões norteadoras
da discussão:
7ª etapa
Discussão e sistematização de algumas características do gênero: o professor retomará a tabela de
análise (As aventuras de Gulliver) e as discussões da sétima etapa (As sete viagens de Simbad, o marujo) e
elaborará um novo quadro com as características do gênero narrativas de aventura. Esse quadro também
deverá ficar fixado na sala de aula.
8ª etapa
O professor irá propor que os alunos em duplas realizem a produção da segunda viagem do Simbad
atentando-se para as características que já foram sistematizadas anteriormente.
Leia para a classe, o texto referente à Segunda Viagem de Simbad, presente no livro já indicado,
discuta com a turma, as semelhanças e diferenças entre a versão original e os textos criados pelas duplas.
9ª etapa
Neste momento o professor trabalhará com uma das produções da classe - a qual atende as
características do gênero - e trabalhará nesta produção a ortografia e a pontuação. Durante a revisão
textual, procure reler o texto várias vezes para verificar se a coesão e a coerência estão garantidas e se
todas as características do gênero estão contempladas.
Observação:
Neste momento do trabalho, o professor verificará como a turma se encontra em relação à
aquisição do gênero. Sendo assim, poderá retomar algumas das características já levantadas com a turma e
aprofundar questões que necessitam de uma maior atenção. Para isso, poderá ser realizado:
10ª etapa
Sessão do Filme “Os Goonies” (1985). Os alunos também deverão observar as características do
gênero narrativas de aventura presentes no filme e discutir em seguida as partes do filme que mais
chamaram a atenção.
11ª etapa
Proposta de produção individual sem apoio, ou seja, os alunos produzirão sua própria narrativa de
aventura, considerando-se tudo o que aprenderam sobre o gênero até o momento.
Serão essas produções que serão utilizadas em novas atividades de revisão coletiva, em duplas e
individuais, considerando-se os aspectos da escrita, tais como: características do gênero, coesão,
coerência, pontuação e ortografia.
Esses textos depois de revistos pela turma serão organizados para a publicação, no blog ou em
forma de livro (coletânea).
PARA O PROFESSOR
12 "Disfarçado (Undercover)"
Existe um agente duplo trabalhando na AIG! Zac Power precisa se disfarçar para impedir o roubo de
todos os segredos e equipamentos mais valiosos da AIG! Será que Zac conseguirá encontrar o agente duplo
antes que a AIG seja destruída?
A ilha do tesouro
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/473774-ilha-tesouro/#ixzz1O9FfnnZB
Sugestão de Filmes:
Passo 1
Perguntar para as crianças o que elas sabem sobre as narrativas de aventuras, quais são as ações
dos personagens etc.
Passo 2
Leitura das três primeiras narrativas com a interpretação textual.
Robison Crusóe
Se possível mostrar o livro, a capa, trazer dados do autor ( A inspiração de Daniel Defoe)
Para escrever seu romance, Daniel Defoe inspirou-se na história verídica de Alexander Selkirk, um
marinheiro escocês. A seu próprio pedido, em razão das péssimas condições do navio em que viajava,
ele foi abandonado numa ilha do arquipélago Juan Fernández, no Pacífi co Sul. Lá viveu de
1704 a 1709, quando foi resgatado por um navio inglês que passava pela ilha. Fazer a interpretação
textual:
A) O naufrágio
1.Qual era a alegria inicial de Robinson Crusoé?2.Onde o navio estava na
m a n h ã s e g u i n t e ? 3.Com que material o náufrago fez sua primeira jangada?4.Em que local
do navio Robinson encontrou as armas que tanto necessitava? 5 . Q u a i s e r a m a s
preciosidades do náufrago?
C) Robinson Crusoé
1. Quantos anos Robison Crusóe já havia vivido naquela ilha?
2. Durante quanto tempo ele viveu sozinho?
3. No texto, Robinson Crusoé menciona como estava se senti ndo após viver tanto
temponesse ambiente tão hostil e qual era seu plano para o futuro?
4. Quem são as personagens da narrativa de aventura que você leu?
5. Quem lidera as ações principais da narrativa?
6. Quem auxilia o líder a alcançar esses objetivos?
Passo 3
. Propor que os alunos reescrevam um texto dos que eles leram,
m e s m o q u e imperfeito somente para que o professor possa perceber o que ele tem que trabalhar.
Passo 4:
Ampliar o repertório dos alunos com mais narrativas de aventura.
A) A criatura
Interpretação textual
1.O garoto do jogo enfrentou muitos perigos. Copie e preencha a tabela a seguir em seu caderno,
informando como ele agiu para superar alguns desses perigos.
Ele é arrastado pela correnteza em direção a uma cachoeira.
Uma fera faminta o ameaça. Ele precisa fugir antes que a fera acorde.
2. O início do texto descreve uma tempestade.
a) Identifique os elementos que a caracterizam.
b) A que outros elementos naturais o texto se refere?