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Mariana mora no morro da cachoeirinha. Acorda cedo todos os dias; cedo de verdade, quando
ainda está meio escuro. Mas não é por causa da hora da escola.
A aula só começa às sete. Mariana pula cedinho da cama para carregar água.
No morro não há água. A cachoeirinha que existe é apenas um pequeno e inútil córrego que
despenca do alto e engrossa em dias de chuva. Para terem água em casa, os moradores do morro
descem com suas latas e vão enchê-las na bica que a prefeitura mandou instalar no inicio da subida.
A fila começa ao amanhecer.
Todos os dias, Mariana levanta a mesma hora. Não tem domingo nem feriado para dormir até
tarde. Como faz Vicente, seu irmão, quatro anos mais velho que ela.
-Mariana! – chama D. Marta. – Está na hora...
A menina sai da cama onde dorme com Belinha, a irmã menor, calça as sandálias e vai pegar
a lata vazia. Sem comer, desce o morro depressa.
O caminho, entre barracões de madeira, é estreito e íngreme, passa por valas, contorna
pedras, acompanha o despenhadeiro e vem sair no final de uma rua modesta, onde se encontra o
pessoal diante da bica.
Na volta, Mariana demora à beça! A lata, muito grande para ela, fica pesada, quando está
cheia. Apesar de ser magrinha e ter só doze anos, Mariana sabe equilibrar a lata na cabeça. Basta
escorá-la com as pontas dos dedos, dar um jeitinho no corpo e não se distrair. Se não – tibum! –
toma o maior banho.
Isto aconteceu uma vez. Ela subia o morro devagar, equilibrando a lata, quando, de repente,
surgiu o Ruço na curva mais estreita do caminho. Vinha com um canivete na mão.
Mariana estremeceu, deixou a tala virar e molhou-se da cabeça aos pés. Ficou pingando água,
enquanto o Ruço caia na risada. Depois teve de voltar à bica e entrar na fila de novo. Como
conseqüência, chegou atrasada à escola e foi repreendida.
FOLHAS SECAS
OS CRAQUES DO FUTURO
Todo pai de classe media tem um de dois sonhos: ou quer que o filho seja doutor, ou jogador
de futebol. O primeiro sonho é mais antigo, e vem da época em que um diploma era tudo, mas hoje,
com tanto profissional desempregado e com os jogadores de futebol ganhando fortunas, o sonho
mudou. De qualquer modo, ser jogador de futebol exige esforço. Porque já se foi à época em que
um garoto se tornava craque nas peladas de rua; as ruas são perigosas. Alem disso, futebol agora se
aprende – nas escolinhas. (Por enquanto é escolinha. Logo será faculdade, mestrado, doutorado. Já
imaginaram um PhD em futebol teorizado antes de fazer passe? Chegaremos lá.)
É com a maior emoção que um pai matricula seu filho na escolinha de futebol. E é com
emoção maior ainda que ele aguarda o resultado da primeira aula. Agarra o professor ansioso:
- Então? Já posso fazer um contrato com os italianos?
O professor responde de maneira reticente: sim, o guri tem futuro, mas... O pai não quer
saber de ponderações: o seu rebento é o sucessor de Pelé e Garrincha e estamos conversados. Tudo
o que o professor tem a fazer é desenvolver este talento inato.
E em casa ele mesmo faz o teste decisivo: pega uma bola e vai para o pátio ou para o
playground do edifício. E, de fato, o garoto é bom; tem um notável controle da pelota, corre, dribla,
chuta forte. O pai é derrotado fragorosamente, para sua imensa satisfação: eu não dizia que meu
filho é um gênio do futebol? Janta e vai para a cama, feliz, pensando nas manchetes dos jornais do
futuro: Surge um novo astro do futebol brasileiro. De repente lhe ocorre que ganhar numa pelada de
um pai classe media, sedentário, meio barrigudo, não é tão difícil e que talvez seu filho seja apenas
um menino como todos os outros meninos brasileiros que gostam de futebol e que bem ou mal
chutam sua bolinha. Mas este pensamento incomodo não chega a perturbá-lo; não seu filho não é
igual aos outros; seu filho é um grande jogador de futebol, o tempo o demonstrará. Adormece feliz,
e nos sonhos recebe do filho, diante das câmeras de TV, a Taça Jules Rimet: justa homenagem a um
pai que acreditou no talento de seu garoto e que soube, pelo menos, sonhar.
(Moacyr Scliar)
Dia de euforia para o caçador Nicolau. Equipamentos organizados, transporte para atravessar
o grande rio rumo à floresta.
Após o desembarque, o grande caçador fez uma reunião com seus seguidores para acertar os
últimos detalhes da sonhada caçada ao animal mais temido da região: o leão-de-juba-dourada.
Um dos animais, o esquilo, ficou à espreita, observando os caçadores empolgados com a idéia
de se tornarem reconhecidos naquela região. Ouviu o combinado e correu para avisar a vitima.
2ª Parte:
E o inevitável aconteceu...
Pois Dom Quixote viu, nesses moinhos, gigantes que agitavam os braços, desafiando-o
para a luta.
Seu ajudante tentou convencê-lo de que não havia gigante nenhum; mas foi inútil.
Dom Quixote estava certo de que aquele era o grande combate de sua vida.
Empunhando a lança, partiu a galope contra os gigantes...
O resultado, diz Cervantes, foi desastroso. A lança do cavaleiro ficou presa nas asas do
moinho, ele foi levantado no ar e depois jogado para longe. Para Sancho, e para todas as
pessoas que ali viviam, uma clara prova de que o homem era mesmo maluco.
3ª Parte:
A história termina assim:
Essa era a história que Cervantes contava. Já meu tatara-tatara-tataravô, que também
conheceu o Dom Quixote, narrava o episódio de uma maneira inteiramente diferente. Ele
dizia que, de fato, Dom Quixote viu os moinhos e que ficou fascinado com eles, mas não por
confundi-los com gigantes. Se eu conseguir enfiar minha lança naquelas asas que giram,
pensou, e se puder agüentar firme, terei descoberto uma coisa sensacional.
E foi o que ele tentou. Não deu completamente certo, porque nada do que a gente faz
dá completamente certo; mas, no momento em que a asa do moinho levantava o Dom
Quixote, ele viveu o seu momento de glória. Estava subindo, como os astronautas hoje
sobem; estava avistando uma paisagem maravilhosa, os campos cultivados, as casas, talvez
o mar, lá longe, talvez as terras de além-mar, com as quais todo o mundo sonhava. Mais que
isso, ele tinha descoberto uma maneira sensacional de se divertir.
É verdade que levou um tombo, um tombo feio. Mas isso, naquele momento, não tinha
importância. Não para Dom Quixote, o inventor da roda-gigante.
No viveiro do zoológico, Fabio viu 48 canários e 37 sabiás. Seu pai lhe apontou mais 21 sabiás e
o irmão dele, que é seu tio, mostrou-lhe mais 10 canários. Quantos pássaros ele viu ao todo?
Quando Henrique nasceu, seu pai tinha 36 anos. Hoje ele tem 12 anos, então qual a idade do
pai dele?
Seu César, pai de Olívia, presenteou-a no inverno com uma coelhinha branca para iniciar uma
criação. No seu aniversario seguinte, Olívia já tinha 17 coelhos: 13 deles eram filhos do macho
preto que sua avó havia lhe dado no Natal, e os demais do manchado que sua tia havia trazido do
sitio dela. Quantos coelhinhos são filhos do manchado?
No Natal, Carlos ganhou um álbum de selos. Em cada página cabem 7 selos. Seu álbum tem ao
todo 30 páginas. No mês seguinte ao Natal, Carlos ganhou de sua avó 12 selos e de aniversário
ganhou mais 9 de sua madrinha. Quantos selos ainda cabem em seu álbum?
Ana convidou sua amiga Bia para fazer um álbum de papeis de carta. Ela possuía 23 papeis. Bia
trouxe os seus, e juntas montaram um álbum com 51 papeis de carta. Ana adorou o álbum, mas
quer saber quantos papeis sua amiga trouxe.
A tinta de escrever
A tinta de escrever é um liquido com a qual a gente suja os dedos quando vai fazer a
lição. A gente podia fazer com lápis, mas com lápis era muito fácil e por isso a professora
não deixa. Assim a gente tem que tomar muito cuidado porque com tinta o erro nunca mais
sai. E uma coisa que eu não sei é como um vidrinho de tinta tão pequeno pode ter tanto erro
português.
O professor não gostou do texto. Conclusão: mandou reescrevê-lo.
1) Faça o mesmo: reescreva-o a lápis trocando a gente pelo pronome nós e fazendo
todas as alterações necessárias.
2) Porque você acha que o Millôr, escolher escrever a gente no lugar de nós?
3) Ao usar nós, o que mais você teve de alterar no texto?
4) Volte ao texto que o Millôr escreveu. Nele estão destacadas algumas palavras.
Observe-as e responda:
a) Qual é a classe gramatical dessas palavras?
b) Com um lápis de cor sublinhe os adjetivos e/ou locuções adjetivas que os
caracterizam.
Era quase um garrancho, mas o menino a leu, letra por letra. E disse:
_Boa noite.
A palavra respondeu:
_Boa noite.
Diante da delicadeza da resposta, o menino perguntou:
_Quem é você?
E ela, rindo com todas as letras do seu corpo, respondeu:
_Sou uma palavra.
O menino pensou que ela estivesse presa, já que não podia sair do lugar, e perguntou-lhe:
_Mas quem pôs você de castigo aí no muro?
A palavra retrucou:
_Eu não estou de castigo. Estou livre. Todas as palavras que você vê nos muros da cidade são
livres. Nenhuma delas está em cativeiro.
_Mas você está presa.
A palavra tornou a desmentir.
_Eu não estou presa. Num muro uma palavra é livre como um pássaro. Menino, vou dizer-lhe
uma coisa para você guardar a vida inteira. Nenhuma palavra vive em cativeiro.
O menino lembrou-se, então, de que em sua casa havia um grande dicionário que tinha nome
de gente. E ponderou:
_Mas, num dicionário, as palavras estão presas.
A palavra (seria uma senhora ou uma senhorita?) riu, exibindo os seus belos e brancos dentes
feitos de silabas, e explicou:
- Mesmo num dicionário, as palavras livres. Um dicionário não é uma prisão. É uma praça
onde a gente se reúne.
- Pra quê? – interrogou o menino.
- Para servir aos homens. Todos nós temos uma serventia. Estamos a serviço da vida, do
amor. Uma palavra é como um sol. Esquenta as pessoas. Quem sabe palavra, não sente frio.
-Mais quem foi que pôs vocês ai no muro? – quis saber o menino.
- Foi um homem. Foi a mão de um homem.
- Foi de dia ou foi de noite? (O menino era curioso, queira saber tudo.)
A palavra não precisou se lembrar da hora em que fora colocada no muro como se fosse uma
criança que a mãe põe no colo. Sabia isso na ponta da língua, pois as palavras também têm língua,
como gente:
- Foi de noite. Estava muito escuro. Você sabe que a noite é nossa irmã? Muitas vezes, em
certos lugares, só de noite que a gente pode andar.
- Mas as palavras andam?
- Menino, as palavras andam sempre. São como os ciganos. Não podem ficar paradas em
lugar nenhum, nem nos livro nem na boca dos homens. Já lhe disse que somos passarinhos.
Nascemos para voar.
- Então como foi que você nasceu?
- Eu não nasci. Eu estava voando. Então pousei na mão de um homem como se fosse um
passarinho. Ele não precisou de gaiola para me agarrar. Era um homem que tinha vindo de um
comício, o povo tinha gritado muito. Ele estava precisando de uma palavra para dizer o que queria,
tudo aquilo que estava dentr4o do seu coração e não podia se manifestar porque eu ainda não tinha
parecido. Então eu pousei na mão dele. Esta rua estava escura, quase ninguém passava. O homem
olhou para um lado e para o outro, viu que nenhum soldado estava passando, não havia policia por
perto, e pôs-me aqui. Dia e noite as pessoas passavam e, mesmo em silêncio, conversaram comigo,
e levam-me em suas lembranças e nos seus
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
(Ledo Ivo)
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do
lugar. Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
corações. É um pouco difícil de explicar, mas eu sou levada e no entanto fico aqui, sem sair do lugar.
Você entende?
- E como é o seu nome, palavra-passarinho? – quis saber o menino.
- MEU NOME É LIBERDADE, MENINO.
- A senhora tem um nome muito bonito!
- Não me chame de senhora, chame-me de você. Eu sou você.
História de assombração
Pois não é que eles vinham vindo pela estrada fria, Nhô Bê e Chico, dois homens.
Vinham vindo pelo estradão sem fim, naquela noite amarga de escura, nem uma estrela no
céu, nenhuma claridade, tudo negro, tudo medonho. Era quase meia-noite e eles vinham
vindo, só com o facão na cintura, voltando pro rancho.
Nisso estavam chegando perto da casa do defunto Miguelangelo, uma tapera
abandonada, que de noite apareciam lá não sei quantas almas do outro mundo. Muita gente
já tinha visto as tais almas cantando, tinha dado tiro nelas, mas a bala não pegava. Uma
tocava viola, uma viola chorosa e bem afinada, mas ninguém via a viola. Coisa misteriosa.
Era mesmo daquelas assombrações que a gente respeita e passa longe, evita elas, mas, Nhô
Bê não acreditava “nessas bobagens não”.
- Isso de assombração é besteira, Chico.
- Se é, compadre.
- Pois eu não acredito nisso e acho que é até pecado acreditar. O pessoal lá em casa é
meio besta, acredita, isto é, a mulherada que é meio besta.
- Em casa também, compadre.
- Negadinha boba, Chico. Donde se viu?! Eu nunca tive medo dessas invenções.
- Nem eu, Nhô Bê, nem eu.
Eu estava orgulhoso de ver dois bravos com essa coragem formidável, isso sim, era
gente pra pôr num conto, até dava gosto lidar com eles. Precisava ver quando, daí a pouco,
desabou uma tempestade de acabar o mundo, daquelas mesmo de lavar a terra e a gente
não se agüentar em pé debaixo dela.
Chuáaa, e a aguaceira caía que não era vida! Então, os dois homens estavam bem
pertinho da casa mal-assombrada, onde tinham matado o defunto Miguelangelo. Foi uma
barbaridade aquela morte, quebraram os dentes dele, quebraram os dedos dos pés e das
mãos e depois deixaram o velho ir morrendo devagarzinho, naquele sofrimento, que só
aquilo merecia o céu.
Estavam mesmo na frente da casa, e a chuva de não se agüentar embaixo. Nhô Bê
falou para o companheiro:
- Acho que é melhor a gente entrar na casa e esperar passar a chuva, Chico.
- Mas é eu essa casa tem uma fama desgraçada, compadre...
- O que tem isso, Chico? Pois a gente não tem medo de assombração.
- Ah! é mesmo, compadre! Então vamos.
E foram. Entraram sem abrir a porta, porque não tinha porta mais, nem janela.
Mas entraram com muita precaução, espiaram pra dentro, foram andando de manso,
chegaram no centro da casa, juntaram uns gravetos, e tal, e fizeram fogo.
O fogo eles disseram, lá entre ele, que era para esquentar o corpo, mas eu desconfio
que era pra espantar as almas do outro mundo. Porque, francamente, eles não estavam
muito firmes,não. Coragem eles tinham e bastante, mas, numa hora dessas, num lugar assim
de má fama, meia-noite, aquela chuva torvando,aquela casa escangalhada, a gente fica
mesmo meio esquerda. Mas eles estavam ali, firmes.
De repente, um barulhinho esquisito, que nem gente que pisa disfarçado. Os dois
estavam agachados na frente do foguinho, nessa hora arregalaram os olhos, ficaram
assustando pro lado do barulho, que era no vão da porta.
Para dizer a verdade, estavam com os olhos deste tamanho, olhavam um pro outro e
depois pra porta. Outro barulhinho mais perto e apareceu uma sombra se mexendo na porta.
Nhô Bê puxou a faca da cintura. Chico segurou a “pernambucana” e ficou pronto para
enfrentar o bicho. Mas, porém, o bicho não era “aquele bicho”. Era um franguinho. O pobre
vinha todo molhado, pingando chuva, querendo encontrar um cantinho pra esquentar. Aquilo
foi um contentamento pros dois, um alivio pra eles, até pra mim que não tinha nada com o
caso. Não é que eles tivessem medo, mas, numa hora daquelas, aquele barulho na porta, um
negocio assim que vinha agachado pro lado deles, era mesmo pra gente arregalar os olhos e
parar a suspiração.
- Está vendo, Chico, se agente tivesse medo podia até morrer de susto agora, pois é só
um franguinho.
- Pois é, compadre, um franguinho, um franguinho, compadre...
O franguinho veio vindo, chegou perto do fogo, chacoalhou as asas, esticou o pescoço
pra cima, fez assim uma carinha de gente e falou pros dois com voz de trovão:
- PUXA VIDA, COMO ESTÁ CHOVENDO, NÃO ?
foi um contentamento pros dois, um alivio pra eles, até pra mim que não tinha nada com o
caso. Não é que eles tivessem medo, mas, numa hora daquelas, aquele barulho na porta, um
negocio assim que vinha agachado pro lado deles, era mesmo pra gente arregalar os olhos e
parar a suspiração.
- Está vendo, Chico, se agente tivesse medo podia até morrer de susto agora, pois é só
um franguinho.
- Pois é, compadre, um franguinho, um franguinho, compadre...
O franguinho veio vindo, chegou perto do fogo, chacoalhou as asas, esticou o pescoço
pra cima, fez assim uma carinha de gente e falou pros dois com voz de trovão:
- PUXA VIDA, COMO ESTÁ CHOVENDO, NÃO ?
foi um contentamento pros dois, um alivio pra eles, até pra mim que não tinha nada com o
caso. Não é que eles tivessem medo, mas, numa hora daquelas, aquele barulho na porta, um
negocio assim que vinha agachado pro lado deles, era mesmo pra gente arregalar os olhos e
parar a suspiração.
- Está vendo, Chico, se agente tivesse medo podia até morrer de susto agora, pois é só
um franguinho.
- Pois é, compadre, um franguinho, um franguinho, compadre...
O franguinho veio vindo, chegou perto do fogo, chacoalhou as asas, esticou o pescoço
pra cima, fez assim uma carinha de gente e falou pros dois com voz de trovão:
- PUXA VIDA, COMO ESTÁ CHOVENDO, NÃO ?
foi um contentamento pros dois, um alivio pra eles, até pra mim que não tinha nada com o
caso. Não é que eles tivessem medo, mas, numa hora daquelas, aquele barulho na porta, um
negocio assim que vinha agachado pro lado deles, era mesmo pra gente arregalar os olhos e
parar a suspiração.
- Está vendo, Chico, se agente tivesse medo podia até morrer de susto agora, pois é só
um franguinho.
- Pois é, compadre, um franguinho, um franguinho, compadre...
O franguinho veio vindo, chegou perto do fogo, chacoalhou as asas, esticou o pescoço
pra cima, fez assim uma carinha de gente e falou pros dois com voz de trovão:
- PUXA VIDA, COMO ESTÁ CHOVENDO, NÃO
...Casimiro tinha que levanta a cerca do sitio, carrega os tijolos, tira os animais
do curral, ordenha as vaca, rega a horta, conserta o telhado da casa e leva as couve e
as cebola para o mercado.
Levantava-se ao alvorecer, e despertava a mulher dizendo:
_Filomena, eu vou até o mercado vende as verdura. Vá prepara o café que eu
volto logo.
Filomena, vendo que as estrela ainda brilhavam no céu, respondia.
_Já estou levantando, Casimiro! Já estou levantando.
Quando Casimiro saia, ela tornava a se vira para o outro lado e dizia:
Só mais um pouquinho_ e voltava pega no sono...
A vara de São Marmelo-2ª parte
Ao ver a vara, Filomena e sua irmã levantar _________- se como que movidas
por um terremoto. Imediatamente sair ______ para a cozinha, remover ______ as
cinzas, acender_____ o fogo, correr_____ até o rio, trouxer_______ água, sair______
para ordenhar as vacas, puser______ o leite o para ferver, bater______ a manteiga,
amassar_____ o pão, limpar_____ a mesa e servir_______ o café. Terminando a
refeição, elas lavar_____ as xícaras, tirar______ os animais do curral, varrer_______
a casa, limpar____ a cozinha e puser_____ tudo no seu devido lugar. Em seguida
carregar_______ os burros com as verduras e rapidamente dirigir ______-se ao
mercado.
Casimiro estava atônito. Era absolutamente certo o que dissera o seu compadre
Valentim: a vara de São Marmelo era um santo remédio
Naquela manhã, há três meses, Clarissa Dallas acordou bem cedinho. Como era
de costume de Clarissa, Clarissa foi pegar na porta dos fundos do chalé de Clarissa a
garrafa de leite. O leiteiro deixava o leite para Clarissa de madrugada.
Clarissa ainda estava de roupão com os rolinhos que Clarissa usava para eriçar
seus cabelos cor-de-rato. Clarissa levou para dentro a garrafa. Clarissa encheu um
copo, Clarissa preparou uma bandeja com ovos, torradas e geléia. Clarissa nunca
perdera os hábitos britânicos que Clarissa tinha, mesmo morando a vida inteira
naquela “subdesenvolvida e minúscula cidadezinha latina”, como Clarissa costumava
dizer. Clarissa foi para a sala de estar. Clarissa sentou-se à mesa. O desjejum de
Clarissa estava diante de Clarissa.
As recordações de Clarissa
2ª parte
Coloque barrinhas para separar as informações que aparecem. 2ª parte.
Vários povos indígenas usam troncos de arvores entrelaçados para montar a estrutura
de suas casas folhas de palmeiras para cobrir o teto e folhas secas para cobrir as paredes
retirando esses recursos da própria natureza.
Há moradias totalmente construídas com madeira essas moradias são típicas dos
imigrantes europeus que moram na região Sul do Brasil.
3ª parte
As palafitas são casas de madeira construídas sobre estacas. Como ficam acima do
nível do rio, as palafitas não sofrem inundações na época das cheias. Abrigam populações
ribeirinhas, que vivem às margens de rios e mangues. É comum encontrá-las na região
amazônica.
O pequeno Pequetito ( Neil Philip)
1ª parte:
Era uma vez um casal que queria ter um filho aí depois de muito esperar e pedir
aos deuses conseguiu ter um filho daí o menino nasceu com saúde e bem bonito aí ele
nunca cresceu daí ele recebeu o nome de Pequetito aí chegou a hora de mandá-lo
conhecer o mundo aí seus pais deram-lhe uma agulha para servir de espada e uma
cuia de comer arroz para ser seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de
remos aí Pequetito partiu com esse equipamento aí navegou até Kyoto e daí chegou
ao casarão de uma família daí a família se encantou com ele aí o convidou para morar
ali.
Como vocês perceberam, esse menino conhece muito bem a história, mas ainda
precisa aprender a melhor forma de escrevê-la. Re-escreva esse trecho, arrumando o
que for necessário para que fique melhor. Quais os recursos que podem ser utilizados
para evitar o uso do ai e daí quando escrevemos.
2ª parte:
(1) Aí um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões (2) e ela era uma
linda jovem e gostava muito dele (3) aí no caminho um ogro os atacou (4) e
disse que queria raptar a moça (5) aí o corajoso rapaz exclamou: Primeiro vai
ter que lutar comigo! E brandiu a agulha (6) aí o ogro riu (7) aí agarrou-o
sem perda de tempo o engoliu.
2ª parte:
(2) Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões. (2) Ela era uma linda
jovem e gostava muito dele. (3) No caminho um ogro os atacou, (4) dizendo
que queria raptar a moça.(5) O corajoso rapaz exclamou: Primeiro vai ter que
lutar comigo! E brandiu a agulha. (6) O ogro riu, (7) agarrou-o e sem perda
de tempo o engoliu.
Compare as duas versões da história. Existe algum recurso usado pelo autor da
versão 2 que você ainda não havia descoberto? Se houver algum, escreva-o.
3ª parte:
Aí Pequetito estava lá no estomago do ogro aí Pequetito o espetou tanto com
sua agulha e aí o malvado papão o cuspiu fora e daí assim que se viu livre daí o
moço furou-lhe os olhos com a agulha e aí o ogro gritou de dor r aí correu e fugiu e
aí deixou cair um pequeno objeto de metal daí a jovem explicou que era o martelo
mágico que realizava desejos e aí Pequetito disse para ela dar-lhe uma martelada
na cabeça para fazê-lo crescer e aí a moça martelou-lhe a cabeça com toda força e
aí o rapaz se transformou num samurai alto e famoso com quem ela logo se casou.
Como você também já cresceu como Pequetito, mostre que já sabe re-escrever o final
da história sem todas as marcas de oralidade, é claro!!!
O Vulcão e a formiga
Era uma vez um vulcão muito nervoso Ele morava numa pequena cidade onde
só havia animais nessa cidade os animais e as outras coisas podiam falar. todos os
dias o vulcão entrava em erupção exatamente as três horas da tarde. um dia uma
formiga estava passeando quando viu um grupo de baratas subindo no vulcão. ela
ficou com muita pena das baratas, pois todo mundo que subia no vulcão nunca mais
saia de lá. então a formiga subiu no vulcão para ajudar as baratas e o vulcão falou: o
que vocês querem aqui. desçam de mim senão vou matar vocês rapidamente as
baratas saíram correndo. a formiga resolveu ficar por lá e ter uma conversa com o
vulcão. depois de conversar muito tempo o vulcão ficou amigo de todos.
Rosinha morava na cidade e só havia ido ao sitio da Vó Maria quando era bem
pequena. Nas férias, sua família foi visitar a avó no campo.
- Que bom que vocês vieram, exclama a avó superfeliz, finalmente vou poder
mostrar a vocês minha criação de aves premiadas.
A menina, que não convivia com aquele tipo de seres, ficou maravilhada,
encantada e ... pensativa ( mas que galinhas mais esquisitas!). De repente, passeando
pelos arredores do sitio, ela viu um pavão majestoso abrindo a cauda colorida. Voltou
“voando” para casa e, toda alegre, avisou:
- Vovó, vovó, uma de suas galinhas está “dando flor”!!!
Releia o 2º parágrafo. Com uma cor sublinhe a fala da personagem e com outra cor a
fala do narrador. Observe e responda:
A- Qual a função da virgula no 2º parágrafo?
B- Que pontuação poderia ter sido utilizada nesse trecho com a mesma função da
virgula?
Barba – Suja estendeu a mão para acariciar a cabeça do animal mas este esquivou-se.
então ele falou brandamente.
- Não tenha medo filinho não vou vingar da bicorada que você me deu venha cá...
Desinteressado da conversa o urubu começou a afastar-se mas o homem meteu a mão
no bolso da calça e de lá tirou um pedaço de carne salgada que foi cortado e jogado a
pequena distância.
- Veja se gosta disto.
E agora, o que você acha que vai acontecer? Escreva um final para a história.
Versão 2- Estilo:____________________________________________________
Mãe: Mãe varrendo apressadamente a casa.
Filho: Filho entra afobadamente e mostra com aflição o dedo machucado.
Mãe: Mãe olha de rapidamente o dedo, telefona às pressas para o médico.
Médico: O médico chega falando calmamente.
O diretor começa a perder a paciência; corta a cena e, muito bravo, manda a equipe se
sentar e pede venha que venha outra em seu lugar.
Versão 3- Estilo:____________________________________________________
Mãe: Mãe varrendo aos prantos a casa.
Filho: Filho entra chorosamente e mostra sofridamente o dedo machucado.
Mãe: Mãe olha com desespero o dedo, telefona ansiosamente para o médico.
Médico: O médico chega falando piedosamente.
Mais uma vez o diretor, furiosamente, corta a cena e, impacientemente, pede que
outra equipe recomece...
Versão 4- Estilo:____________________________________________________
Mãe: Mãe varrendo alegremente a casa.
Filho: Filho entra ruidosamente e mostra às gargalhadas o dedo machucado.
Mãe: Mãe olha com atenção o dedo, telefona animadamente para o médico.
Médico: O médico chega falando alto.
O diretor grita furioso: ”Pela última vez!!!”. Então, tentando controlar-se, diz
suavemente: “Venha mais uma equipe recomeçar...”
Versão 5-Estilo:_____________________________________________________
Mãe: Mãe varrendo irritadamente a casa.
Filho: Filho entra raivosamente e mostra aos xingos o dedo machucado.
Mãe: Mãe olha com mau humor o dedo, telefona asperamente para o médico.
Médico: O médico chega falando com desprezo.
Prontos? Atenção... câmera... ação!! Vamos começar!!!!